Colégio Estadual do Campo Petrônio Portela
Professor: Alam Carlos
Disciplina: Ecossistema
Aluno:___________________________________________
Doenças transmitidas por vetores
Fatos principais
Doenças transmitidas por vetores são responsáveis por mais de 17% de todas as
doenças infecciosas, causando mais de um milhão de mortes anualmente.
Mais de 2,5 bilhão de pessoas em mais de 100 países estão em risco de contrair
dengue.
A malária causa mais de 600 mil mortes por ano em todo o mundo, a maioria delas em
crianças menores de cinco anos.
Outras doenças como a doença de Chagas, leishmaniose e esquistossomose afeta
centenas de milhões de pessoas no mundo.
Muitas dessas doenças são evitáveis através de medidas de proteção informadas.
Principais vetores e doenças que transmitem
Os vetores são organismos que podem transmitir doenças infecciosas entre os seres humanos
ou de animais para humanos. Muitos destes vetores são insetos hematófagos, que ingerem
micro-organismos produtores de doença durante uma refeição de sangue de um hospedeiro
infectado (humano ou animal) e, posteriormente, o injeta em um novo hospedeiro durante a
sua subsequente refeição de sangue. Os mosquitos são os vetores de doença mais conhecidos.
Outros vetores incluem carrapatos, moscas, flebotomíneos, pulgas, triatomíneos e alguns
caracóis aquáticos de água doce.
Mosquitos
Aedes: Chikungunya, dengue, febre do Vale do Rift, febre amarela, zika.
Anopheles: Malária.
Culex: Encefalite japonesa, filaríase linfática, febre do Nilo Ocidental.
Flebotomíneos: Leishmaniose, febre de Flebotomíneo.
Carrapatos: Febre hemorrágica da Crimeia Congo, doença de Lyme, febre recorrente
(borreliose), febre escaronodular, encefalite transmitida por carrapatos, tularêmia.
Triatomíneos: Doença de Chagas (tripanossomíase americana)
Moscas Tsé-Tsé: Doença do sono (tripanossomíase africana)
Pulgas: Peste (transmitida por pulgas de ratos para os seres humanos), Rickettsioses
Moscas pretas: Oncocercose (cegueira dos rios)
Caracóis aquáticos: Esquistossomose (bilharziose)
Doenças transmitidas por vetores
As doenças transmitidas por vetores são causadas por patógenos e parasitas em populações
humanas. Todos os anos há mais de um bilhão de casos e mais de um milhão de mortes por
doenças transmitidas por vetores mundialmente, como malária, dengue, esquistossomose,
tripanossomíase africana, leishmaniose, doença de Chagas, febre amarela, encefalite japonesa
e oncocercose.
As doenças transmitidas por vetores são responsáveis por mais de 17% de todas as doenças
infecciosas.
A distribuição destas doenças é determinada por um complexo dinâmico de fatores ambientais
e sociais.
A globalização das viagens e do comércio, a urbanização não planejada e os desafios
ambientais como as alterações climáticas estão tendo um impacto significativo sobre a
transmissão das doenças nos últimos anos. Algumas doenças, como a dengue, chikungunya e o
Vírus do Nilo Ocidental estão surgindo nos países onde eram desconhecidos.
Mudanças nas práticas agrícolas devido à variação de temperatura e precipitação podem
afetar a transmissão de doenças por vetores. Dados climáticos podem ser usados para
monitorar e prever a distribuição e tendências de longo prazo da malária e outras doenças
sensíveis ao clima.
Resposta da OMS
A OMS responde a doenças transmitidas por vetores:
Proporcionando a melhor evidência para controlar vetores e proteger as pessoas
contra a infecção.
Prestando apoio técnico e orientação aos países, para que possam gerir de forma
eficaz os casos e surtos.
Apoiando países para melhorar os seus sistemas de informação e capturar o
verdadeiro peso da doença.
Fornecendo treinamento em manejo clínico, diagnóstico e controle do vetor com
alguns dos seus centros colaboradores em todo o mundo.
Desenvolvendo novos instrumentos para combater os vetores e lidar com a doença,
como por exemplo, produtos de inseticidas e tecnologias de pulverização.
Um elemento crucial em doenças transmitidas por vetores é a mudança comportamental. A
OMS trabalha com parceiros para fornecer educação e melhorar a sensibilização para que as
pessoas saibam como se proteger e proteger suas comunidades de mosquitos, carrapatos,
insetos, moscas e outros vetores.
Para muitas doenças tais como a doença de Chagas, malária, esquistossomose e leishmaniose,
a OMS iniciou programas de controle usando medicamentos doados ou subsidiados.
O acesso à água e ao saneamento é um fator muito importante no controle e eliminação da
doença. A OMS trabalha em conjunto com diferentes setores de governo para controlar essas
doenças.
A leishmaniose visceral (VL), também conhecida como calazar, é a forma mais grave da
leishmaniose. Se não for tratada, chega a ser fatal em mais de 95% dos casos.
O calazar é endêmico em 78 países – e segundo a Organização Mundial da Saúde, a maioria
dos casos ocorre no Brasil, na África Oriental e na Índia. Estima-se que 50 a 90 mil novos casos
de calazar ocorram anualmente no mundo. Em 2020, mais de 90% dos novos casos notificados
à OMS ocorreram em 10 países: Brasil, China, Etiópia, Eritreia, Índia, Quênia, Somália, Sudão
do Sul, Sudão e Iêmen.
1.
Causa
O calazar é causada pelo protozoário parasita Leishmania que é transmitido pela picada de
mosquitos-palha infectados. O parasita ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção
inicial, a doença pode evoluir para uma forma visceral mais grave, que é quase sempre fatal se
não for tratada.
A doença afeta algumas das pessoas mais pobres do mundo e está associada à desnutrição,
deslocamento de população, condições precárias de habitação e saneamento precário, um
sistema imunológico fraco e falta de recursos financeiros. O calazar, em geral, também está
ligado a mudanças ambientais como o desmatamento, construção de barragens, sistemas de
irrigação e urbanização.
2.
Sintomas
A doença, quando progride, se manifesta de dois a oito meses após a infecção com e se
caracteriza por acessos irregulares de febre, perda de peso, fraqueza, aumento do baço e do
fígado, nódulos linfáticos inchados e anemia. No entanto, se a carga parasitária é alta ou o
nível de imunidade do paciente é baixo, o período de incubação é de 10 a 14 dias.
3.
Diagnóstico
O diagnóstico é realizado combinando os signos clínicos com os testes serológicos e
parasitológicos. Os testes mais efetivos para diagnóstico de leishmaniose são invasivos pois
demandam amostras de tecido, gânglios linfáticos ou da medula espinhal. Esses testes
requerem instalações laboratoriais e especialistas que não estão disponíveis imediatamente
em áreas endêmicas e com poucos recursos.
O método mais comum para diagnosticar o calazar é o teste da tira reagente, mas ele
apresenta alguns problemas. Em áreas endêmicas, pessoas podem ser infectadas pelo calazar,
mas podem não desenvolver a doença. Nesse caso, nenhum tratamento é necessário.
Infelizmente, o teste da tira reagente detecta apenas se o paciente é imune ao calazar. Logo,
se o parasita estiver presente, o teste vai apontar que a pessoa tem a doença. Por isso, não
pode ser usado para verificar se o paciente está curado, se foi reinfectado ou se teve uma
recaída.