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As Seis Vestes de Jesus

O documento analisa as seis vestes que Jesus usou durante sua crucificação, cada uma simbolizando diferentes aspectos de sua missão e natureza. Através das vestes, como o manto resplandecente, o manto escarlate, e a túnica sem costura, o texto destaca a relação de Jesus com a humanidade, seu papel como Sumo Sacerdote e a representação do pecado e da redenção. A conclusão enfatiza a chamada para que os crentes se despam do velho homem e se revistam do novo homem em Cristo.

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As Seis Vestes de Jesus

O documento analisa as seis vestes que Jesus usou durante sua crucificação, cada uma simbolizando diferentes aspectos de sua missão e natureza. Através das vestes, como o manto resplandecente, o manto escarlate, e a túnica sem costura, o texto destaca a relação de Jesus com a humanidade, seu papel como Sumo Sacerdote e a representação do pecado e da redenção. A conclusão enfatiza a chamada para que os crentes se despam do velho homem e se revistam do novo homem em Cristo.

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As Seis Vestes de Jesus

Como o Senhor Jesus, o Rei dos reis e Senhor do senhores, estava vestido no dia de Sua
morte (crucificação)? Ele usou seis vestimentas diferentes. Em minha opinião, Deus quer nos
transmitir uma mensagem por meio delas. Vamos analisá-las uma a uma.
1. A roupa resplandecente
Quando Pôncio Pilatos descobriu que Jesus era da Galiléia, e que Herodes, cujo domínio
incluía a Galiléia, estava em Jerusalém naquele momento, ele enviou o Senhor até Herodes
(Lc 23.6-7). Fazia tempo que este desejava ver um sinal milagroso realizado por Jesus. Mas
como o Senhor não respondeu às suas perguntas (v.9) nem realizou milagres, o aparente
interesse por Jesus imediatamente se transformou em zombaria e gozação: “E Herodes, com
os seus soldados, desprezou-o, e, escarnecendo dele, vestiu-o de uma roupa resplandecente,
e tornou a enviá-lo a Pilatos” (v.11, RC). Outras traduções chamam esta roupa de “manto
esplêndido”, “manto branco” ou “manto real”. É óbvio que Herodes queria usar isso para expor
a reivindicação da realeza de Jesus ao deboche público. Pois, pouco antes Jesus tinha
respondido à pergunta de Pilatos: “És tu o rei dos judeus?” com “Tu o dizes” (v.3). Todo o
Sinédrio reunido naquele lugar tinha escutado essas palavras, e os mesmos homens agora
acusavam Jesus diante de Herodes, com certeza também pela Sua reivindicação de ser o Rei
dos judeus (cf. Lc 23.3,10). Com esta roupa resplandecente que Herodes tinha mandado que
vestissem em Jesus, ele O tinha exposto à zombaria das pessoas. Elas zombavam dEle por
causa daquilo que Jesus realmente era: o Rei dos judeus; a verdade absoluta e comprovada a
respeito de Jesus foi debochada. Algo muito parecido acontece hoje: inúmeras publicações
sobre Jesus arrastam a verdade a respeito de Sua Pessoa na lama. Nenhuma outra religião é
tão vilipendiada quanto o verdadeiro cristianismo, pois a mensagem do Evangelho de Jesus
Cristo que ela prega é a verdade. Por trás disso está o pai da mentira, o diabo (Jo 8.44), que
combate essa verdade com todos os meios de que dispõe. A roupa resplandecente colocada
sobre Jesus também significa que o Senhor tomou sobre si todos os pecados, mesmo aqueles
que o ser humano tanto gosta de usar, mas que não o fazem feliz: roupas maravilhosas,
esplêndidas, e jóias preciosas. Os homens gostam de se apresentar com elas, mas, na maioria
das vezes, por baixo só estão escondidos egoísmo, orgulho e uma ambição ilimitada. A “roupa
resplandecente” dos homens tenciona esconder a sua miséria e natureza pecaminosa, o
“manto branco” precisa ocultar a hipocrisia, o “manto esplêndido” tenta neutralizar o mau cheiro
da debilidade humana e o “manto real” procura testemunhar imortalidade, mesmo que o ser
humano seja totalmente mortal. Jesus vestiu, tomou sobre si e carregou tudo isso. Agora Ele
transforma qualquer pessoa que crê nEle em “rei e sacerdote” (cf. Ap 1.5-6).
2. O manto escarlate
Depois que Pilatos tinha mandado açoitar Jesus (Mt 27.26), o texto continua: “Logo a seguir, os
soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte.
Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate” (vv. 27-28). Outras traduções
falam em “manto de púrpura”, “capa de soldado púrpura” ou “manto vermelho”. Tratava-se de
uma capa vermelha do tipo usado por soldados. Foi uma capa dessas que colocaram nos
ombros de Jesus. Sem saber, em seu deboche e zombaria os soldados fizeram algo cujo
significado mais profundo indica o motivo do sacrifício de Jesus. Afinal, o “manto vermelho” ou
“escarlate” nos lembra todo aquele sangue derramado sobre a terra, as incontáveis guerras e
as muitas vítimas inocentes. Ele proclama que o homem não se entende com seu próximo, que
há apenas brigas entre eles. Ele nos lembra assaltos, violência, poder desmedido e injustiça,
assassinatos e homicídios e o espírito assassino inventivo da humanidade. Ele nos lembra as
grandes guerras (entre os povos) e as pequenas guerras (nas famílias, entre vizinhos, etc.). O
“manto escarlate” do soldado representa ódio e vingança, retaliação, busca por poder e
exercício da tirania. Mas ele também expressa que o homem não vale nada para os outros
homens. Esse “manto vermelho do soldado” deveria estar sempre diante dos nossos olhos.
Jesus quis tomar nossa culpa sobre si de forma voluntária, e fez isso de forma conseqüente.
Essa era a Sua missão, a Sua tarefa. Jesus tomou sobre si a culpa de todas as discórdias do
relacionamento humano, todo ódio e todo assassinato: esta é a verdade ilustrada pelo “manto
vermelho do soldado”, que Ele permitiu que fosse colocado em Seus ombros.
3. Suas próprias roupas
“E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa, vestiram-lhe as suas vestes e o
levaram para ser crucificado” (Mt 27.31, ACF). As roupas de Jesus eram feitas por mãos de
homem, para serem usadas por homens; eram de material terreno. Jesus usou essas roupas
durante a Sua vida. Sendo Deus, Ele vestiu essa “roupa” para se tornar completamente
homem. Ele praticamente “vestiu nossa pele” e assumiu humanidade completa. E como Jesus
usou essas roupas feitas por homens, elas também realizaram milagres. Uma mulher tocou a
bainha da Sua roupa e imediatamente ficou curada (Mc 5.25ss.). As roupas de Jesus indicam
que Ele se tornou homem, e nos ensinam que Ele quer tornar a nossa humanidade completa. E
quando nós O convidamos a preencher nossa humanidade, Cristo, a esperança da glória (Cl
1.27), vive em nós. Suas roupas se transformaram em símbolo da redenção, pois quatro
soldados as tomaram e dividiram entre si (Jo 19.23). As roupas de um condenado à cruz eram
despojos dos carrascos. Assim, as roupas de Jesus, crucificado vicariamente pela nossa culpa,
transformaram-se em “vestes de salvação” para nós (Is 61.10). Tiraram dele a “capa” e
“vestiram-lhe as suas vestes”. Jesus não era nem como Herodes (manto esplêndido) nem
como os soldados (capa). Ele os usou e depois foi despido delas. Mas Ele continuou sendo
verdadeiro homem.
4. A túnica
“Os soldados, pois, quando crucificaram Jesus, tomaram-lhe as vestes e fizeram quatro partes,
para cada soldado uma parte; e pegaram também a túnica. A túnica, porém, era sem costura,
toda tecida de alto a baixo. Disseram, pois, uns aos outros: Não a rasguemos, mas lancemos
sortes sobre ela para ver a quem caberá – para se cumprir a Escritura: Repartiram entre si as
minhas vestes e sobre a minha túnica lançaram sortes. Assim, pois, o fizeram os soldados” (Jo
19.23-24). O texto diz expressamente que essa túnica tinha sido tecida sem usar qualquer
costura. As roupas do sumo sacerdote também eram feitas dessa forma: “Farás também a
sobrepeliz da estola sacerdotal toda de estofo azul. No meio dela, haverá uma abertura para a
cabeça; será debruada essa abertura, como a abertura de uma saia de malha, para que não se
rompa” (Êx 28.31-32). A diferença estava no fato de que o sumo sacerdote usava essa peça
por cima de todas as outras, e Jesus a usava por baixo. Isso também tem um significado mais
profundo: Jesus Cristo é o verdadeiro Sumo Sacerdote, ainda ocultado. Ele veio ao mundo
como Filho de Deus e revelou-se como Messias de Israel em Seus atos. Mas era preciso que
também ficasse claro que Ele era mais que isso: o eterno Sumo Sacerdote de Seu povo. No fim
de Sua vida ficou claro qual era o Seu destino inicial. O povo celebrou-O como Filho de Davi,
louvou-O como Messias e grande Profeta. Contavam com a vitória sobre os romanos e o
estabelecimento de um reino messiânico. Mas eles não perceberam que primeiro Jesus teria
de morrer pelos pecados dos homens, como o Cordeiro de Deus. Podemos chegar a Ele, o
Senhor crucificado e ressuscitado, com toda a nossa culpa. Ele intercede por nós, é nosso
Advogado diante do Pai celeste: Seu sacrifício vale perante Deus. Jesus é tudo de que nós
precisamos! A túnica de Jesus não tinha costuras. O sacerdócio de Jesus é indivisível, não há
nenhuma costura que possa ser desfeita, ele é uma unidade. Seu sacerdócio não pode ser
dividido com Maria, outra assim chamada mediadora, nem com os sacerdotes eclesiásticos,
nem com o papa nem com nenhuma outra religião. Somente Ele é o eterno e verdadeiro Sumo
Sacerdote, o único Mediador entre Deus e os homens (cf. 1 Tm 2.5-6).
5. O pano
Como Jesus fora despido de Suas roupas e de Sua túnica, Ele ficou dependurado na cruz
coberto apenas por um pano. Estava praticamente nu. O Salmo 22.17-18 O descreve desta
forma: “Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim.
Repartem entre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes”. Hermann Menge
traduziu a última parte do versículo 17 desta forma: “...mas eles olham para mim e se deleitam
com a visão”. A nudez retrata pecado e vergonha. Ela personifica o pecado original. Desde
Adão todos nós nascemos em pecado, por isso chegamos ao mundo nus. Em Gênesis 3.7
lemos: “Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram
folhas de figueira e fizeram cintas para si”. Adão disse a Deus: “Ouvi a tua voz no jardim, e,
porque estava nu, tive medo, e me escondi” (v.10). E Deus respondeu: “Quem te fez saber que
estavas nu? Comeste da árvore de que te ordenei que não comesses?” (v.11). O primeiro Adão
pegou o fruto proibido da árvore, e tornou-se o pecador cuja iniqüidade pesa sobre todos os
homens. O último Adão foi pendurado num madeiro e “feito pecado” (2 Co 5.21). Jesus tomou
sobre si a culpa original do pecado a fim de eliminar a culpa do homem. Quem crê em Jesus
não tem somente o perdão de seus pecados, mas também do pecado original, no qual todos
nós nascemos.
6. Os lençóis
“Tomaram, pois, o corpo de Jesus e o envolveram em lençóis (de linho) com os aromas, como
é de uso entre os judeus na preparação para o sepulcro” (Jo 19.40). O linho era usado nas
vestes sacerdotais (Lv 6.10). Também os tapetes, toalhas e cortinas do tabernáculo eram feitos
de linho (Êx 26.1,31,36; cf. também 1 Cr 15.27). Era costume que os judeus mortos fossem
sepultados enrolados em lençóis de linho. Jesus foi “sepultado” como um verdadeiro judeu.
Mais tarde, quando Jesus ressuscitou, o texto diz: “Então, Simão Pedro, seguindo-o, chegou e
entrou no sepulcro. Ele também viu os lençóis, e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus,
e que não estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte” (Jo 20.6-7). Em minha
opinião, os lençóis nos lembram as obras da lei, o sacerdócio do Antigo Testamento, o
tabernáculo, as leis e prescrições, as obras e os esforços dos judeus que seguiam a lei. Jesus
foi colocado no túmulo envolto em linho, mas na Sua ressurreição Ele deixou os lençóis para
trás. Ele cumpriu a lei de forma completa. Ele é o cumprimento da lei (Mt 5.17). Nele qualquer
pessoa que Lhe pertença é tornada completa.
Aplicação pessoal
Jesus usou o manto esplêndido de Herodes, o orgulho e a soberba da humanidade sem Deus.
O Senhor permitiu que Lhe colocassem o manto vermelho dos soldados, o ódio abismal e a
brutalidade do ser humano. Jesus usou Suas próprias roupas: Ele se tornou completamente
homem. Ele usou uma túnica sem costuras: Ele é o verdadeiro Sumo Sacerdote. Na cruz Ele
foi coberto somente com um pano. Jesus levou não somente os pecados, mas o pecado
original. Na morte o Senhor usou os lençóis de linho, depois despidos na ressurreição. Jesus é
o cumprimento da lei. Agora toda pessoa renascida é chamada a despir o velho homem e
vestir o novo homem em Cristo: “...[despojai-vos] do velho homem, que se corrompe segundo
as concupiscências do engano, e [renovai-vos] no espírito do vosso entendimento, e [revesti-
vos] do novo homem, criado segundo Deus, em justiça e retidão procedentes da verdade” (Ef
4.22-24). “...revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13.14).

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