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Aula 11

O secador pneumático processa material particulado através do contato com ar aquecido, sendo eficiente para partículas de até 2 mm. Este equipamento é compacto, mas suscetível à formação de poeira e desgaste, o que pode aumentar os custos de manutenção. É amplamente utilizado em diversas indústrias, como alumina, ração animal e polímeros.

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O secador pneumático processa material particulado através do contato com ar aquecido, sendo eficiente para partículas de até 2 mm. Este equipamento é compacto, mas suscetível à formação de poeira e desgaste, o que pode aumentar os custos de manutenção. É amplamente utilizado em diversas indústrias, como alumina, ração animal e polímeros.

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Secador Pneumático (flash dryer)

- o secador pneumático (Figura 1) processa um fluxo contínuo de material particulado

Figura 1. Exemplos de diferentes tipos de secadores pneumáticos.

- O material é seco pelo contato com ar aquecido enquanto é transportado pela corrente de
ar

- resfriamento e secagem não podem ser combinados em um secador


- o produto seco é freqüentemente resfriado em um sistema de transporte pneumático, mas
existem outros equipamentos de resfriamento

- é um equipamento simples, ocupa pouco espaço e possui poucas partes móveis

- é viável combinar secagem e transporte vertical


- velocidade do gás de saída entre: 10-30 m/s
- a velocidade do gás do secador flash excede a velocidade do gás dos secadores rotatório
e leito fluidizado por um fator de 10
- a velocidade do gás relativamente alta requer ciclones grandes ou “bag houses”

- tamanho máximo da partícula a ser seca: 1-2 mm


o pois partículas maiores não são envolvidas pelo ar e requerem um tempo de
secagem maior do que aquele alcançado pelos secadores flash
- é susceptível a excesso de carga porque o material não pode ser transportado a altas taxas
de alimentação
- a alta velocidade do gás pode resultar em abrasão ou formação de poeira; o que aumenta
os custos de manutenção
- a formação da poeira é promovida pela alta velocidade do gás quando partículas menores
são geradas pela atrição de partículas maiores (desgaste)
- outro fator que favorece a formação de poeira: tempo de residência curto
- a formação de poeira é um problema sério, podendo culminar em explosão
- um aspecto que concerne a segurança do processo é o “hold up” mínimo dos secadores
flash
- composição do material: não pode aderir à seção de alimentação
- material não seco adequadamente
o retromistura
o moagem
o combinação das duas operações
- o secador flash pode possuir um sistema de classificação do produto seco
- quando as partículas mais grosseiras retornam à seção de alimentação para secagem
adicional, elas podem ser cominuídas
- é possível colocar diversos secadores flash em série para promover tempo de residência
adicional ou para secagem em diferentes condições
- é possível, também, o arranjo em série do secador flash e outro secador (leito fluidizado)
- geralmente, o ar utilizado para secagem é suficiente para o transporte; entretanto, é
importante não exceder a razão de massa sólido/ar de 1
o exceções: materiais grosseiros (partículas de 500 m) contendo pouca umidade
(2-3% de água em peso) a elevadas temperaturas (350°C)
- a degradação térmica de materiais orgânicos depende de três fatores:
o tempo, temperatura e concentração
- em geral, a seção de alimentação apresenta uma pequena pressão negativa
o prevenção contra incrustrações
o prevenção contra emissões de poeira na seção de alimentação
- o diâmetro do tubo de secagem pode alcançar 1 m
- o comprimento pode variar entre 10 e 30 m
- controle da operação de secagem
o através do combustível ou fluxo de vapor com base na temperatura de saída do
ar
- o secador deve ser capaz de agüentar fluxos de alimentação variáveis pois, geralmente,
não há proteção entre o sistema de separação líquido/sólido e o secador; o “hold-up” de
sólidos úmidos não é facilmente controlado.
- é recomendável não variar o fluxo de ar, pois isto afeta o transporte
- a parte interna do secador deve ser uniforme para evitar incrustrações
- manutenção: os secadores flash requerem até 5% de investimentos anuais

Aplicações
- Alumina
- Ração animal
- Carbonato de cálcio
- Catalisadores
- Celulose
- Argila
- Fibra de milho
- Grãos destilados
- Sulfato de magnésio (epsomita)
- Glúten
- Gesso (gipsita); Caolim
- Pigmentos
- PVC; Polietileno; Polipropileno; Poliestireno
- Proteínas
- Sílica
- Bicarbonato de sódio
- Amido
- Resinas sintéticas
- Madeira particulada
- Zeólitos
Sistema combinado
Sistema simples

Sistema fechado

Tempo de residência extendido

Dois estágios

Reciclo parcial

Curva de temperatura e secagem


EXEMPLO 1

Considerar a secagem rápida de um material orgânico constituído de partículas esféricas com


diâmetro médio 𝑑 = 250 𝜇𝑚 e com umidade inicial de 10% em peso. A temperatura do ar de
entrada é 225°C. Determinar o tempo de residência das partículas sendo secas em um secador
pneumático para as condições especificadas a seguir.

DADOS

Sólido
Insolúvel em água
250 m (esferas)
𝜌 = 1200 𝑘𝑔⁄𝑚
𝐾 = 0,2 𝑊 ⁄𝑚 𝐾
𝑐 = 1,2 𝑘𝐽⁄𝑘𝑔 𝐾

Ar
𝜌 = 1,29 𝑘𝑔⁄𝑚
𝐾 = 0,0300 𝑊 ⁄𝑚 𝐾 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑇 = 77℃
𝐾 = 0,0338 𝑊 ⁄𝑚 𝐾 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑇 = 127℃
𝐾 = 0,0373 𝑊 ⁄𝑚 𝐾 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑇 = 177℃
𝐾 = 0,0407 𝑊 ⁄𝑚 𝐾 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑇 = 227℃
𝑐 = 1,0 𝑘𝐽⁄𝑘𝑔 𝐾
𝜇 = 21,8 × 10 𝑁𝑠⁄𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑇 = 100℃
𝜇 = 25,9 × 10 𝑁𝑠⁄𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑇 = 200℃

Água
𝑐 = 4,19 𝑘𝐽⁄𝑘𝑔 𝐾
𝑐 = 1,886 𝑘𝐽⁄𝑘𝑔 𝐾
𝜆 = 2504 𝑘𝐽⁄𝑘𝑔 𝑎 𝑇 = 0℃

DADOS DE OPERAÇÃO

Alimentação

𝑇 = 20℃
𝑋 = 10%

Produto
𝑚̇ = 200 𝑘𝑔⁄ℎ
𝑇 = 60℃
𝑋 = 0,5%
Ar ambiente
𝑇 = 10℃
𝜑 = 60%

Ar aquecido
Fluxo indireto de calor
𝑇 = 225℃

Gás de secagem

𝑇 = 77℃

BALANÇO DE MASSA (kg/h)

Entrada Saída
---------------------------------------------
Água 𝑚̇ 10
---------------------------------------------
Sólidos 1990 1990
---------------------------------------------
Total 𝑚̇ 2000

𝑚̇ = 1990 + 𝑚̇ 𝑒 𝑚̇ = 0,1𝑚̇

𝑚̇ = 221 𝑘𝑔 𝐻 𝑂⁄ℎ

𝑚̇ = 2211 𝑘𝑔 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜⁄ℎ

Água evaporada:

𝑚̇ = 221 − 10 = 211 𝑘𝑔 𝐻 𝑂⁄ℎ

Balanço de energia (kJ/h)

Aquecimento de água, evaporação e aquecimento do vapor:

𝑄 = 𝑚̇ 𝜆+𝑐 𝑇 −𝑐 𝑇 = 211(2504 + 1,886 × 77 − 4,19 × 20)

𝑄 = 541.304 𝑘𝐽⁄ℎ
Aquecimento do sólido

𝑄 = 𝑚̇ 𝑐 (𝑇 −𝑇 ) = 1990 × 1,2(60 − 20) = 95.520 𝑘𝐽⁄ℎ

Aquecimento da água restante no sólido na saída do secador

𝑄 = 𝑚̇ 𝑐 (𝑇 −𝑇 ) = 10 × 4,19(60 − 20) = 1.676 𝑘𝐽⁄ℎ

A quantidade total de calor, QT, necessária para secar o material é

𝑄 = 𝑄 + 𝑄 + 𝑄 = 541.304 + 95.520 + 1.676 = 638.500 𝑘𝐽⁄ℎ


Considerando uma perda de calor da ordem de 20% e a eficiência de troca térmica no sistema de
secagem, a quantidade total de calor necessária para secagem é

225 − 10
𝑄 = 1,2 × × 638.500 = 1.113.060,8 𝑘𝐽⁄ℎ
225 − 77

PERFIL DE TEMPERATURAS

Transferência de calor

𝑄 = 𝑈𝐴(∆𝑇)

[(𝑇 − 𝑇 ) − (𝑇 − 𝑇 )] [(225 − 47) − (77 − 47)]


(∆𝑇) = = = 83,1 ℃
𝑇 −𝑇 225 − 47
𝑙𝑛 𝑇 −𝑇 𝑙𝑛 77 − 47

em que 𝑇 é a temperatura de bulbo úmido, considerada ser a temperatura do sólido.

Equação de Froessling para cálculo do número de Nusselt (Nu)

𝑁𝑢 = 2 + 0,552𝑃𝑟 𝑅𝑒

Número de Reynolds (Re)

𝜌 𝑉𝐷 𝜌 𝑉𝑑
𝑅𝑒 = =
𝜇 𝜇

Calculando uma temperatura média do ar no secador:

225 + 77
𝑇 = = 151℃
2

A massa específica do ar para esta temperatura é

273
𝜌 = 1,29 = 0,83 𝑘𝑔⁄𝑚
273 + 151
Para a temperatura média calculada:

𝜇 = 23,9 × 10 𝑁𝑠⁄𝑚

Considerando uma velocidade terminal de partícula 𝑉 = 1 𝑚⁄𝑠:

𝜌 𝑉𝑑 0,83 × 1 × 250 × 10
𝑅𝑒 = = = 8,68
𝜇 23,9 × 10

Número de Prandtl (Pr)


𝜇 𝑐 23,9 × 10 × 1 × 10
𝑃𝑟 = = = 0,671
𝐾 0,0356

Com os valores dos números de Prandtl e de Reynolds, pode-se calcular o número de Nusselt:

𝑁𝑢 = 2 + 0,552𝑃𝑟 𝑅𝑒 = 2 + 0,552(0,671) (8,68) = 3,42


Para partículas esféricas, o número de Nusselt é:

𝑈𝑑
𝑁𝑢 =
𝐾

em que U é o coeficiente convectivo global, d50 é o diâmetro médio das partículas e Ka é a


condutividade térmica do ar. Explicitando o coeficiente convectivo:

𝑁𝑢𝐾 3,42 × 0,0356


𝑈= = = 487 𝑊 ⁄𝑚 𝐾
𝑑 250 × 10

A área requerida para a secagem das partículas é, portanto,

𝑄 638.500
𝐴 = = = 4,38 𝑚
𝑈(∆𝑇) 3600 × 487 × 83,1

O número de partículas no secador por unidade de tempo, 𝑁̇ , é:

∀̇
𝑁̇ =

̇
em que ∀̇ = é o volume total de partículas no secador por unidade de tempo e ∀ = 𝑑 éo
volume de uma partícula individual. Portanto, o número de partículas por unidade de tempo no
secador é

6 𝑚̇ 6 × 1990
𝑁̇ = = = 202,7 × 10 𝑝𝑎𝑟𝑡í𝑐𝑢𝑙𝑎𝑠⁄ℎ
𝜋𝜌 𝑑 𝜋 × 1200 × (250 × 10 )

A área superficial total que passa pelo secador por unidade de tempo é:

𝐴̇ = 𝑁̇ 𝐴 = 𝑁̇ 𝜋𝑑 = 𝜋 × 202,7 × 10 × (250 × 10 ) = 39.800 𝑚 ⁄ℎ

O tempo de residência das partículas no secador é, portanto,

𝐴 4,38 × 3600
𝜏= = = 0,4 𝑠
𝐴̇ 39.800

EXEMPLO 2

Produto

Geral: 5 𝑡𝑜𝑛/ℎ de um material inorgânico


Temperatura de alimentação: 𝑇 = 20°𝐶
Tamanho médio de partículas: 𝑑 = 600 𝑚
Teor inicial de umidade: 𝑋 = 15%
Teor final de umidade: 𝑋 = 0,1%
Calor específico dos sólidos: 𝑐 = 0,8 𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾
Solubilidade em água dos sólidos: 0% em peso
Processo

Temperatura ambiente: 𝑇 = 10°𝐶


Umidade relativa do ambiente: 𝜑 = 50%
Temperatura de entrada do gás no secador: 𝑇 = 600°𝐶

Dados água-ar

Calor específico da água: 𝑐 = 4,19 𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾


Calor específico do vapor d’água: 𝑐 = 1,886 𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾
Calor latente de vaporização da água a 0°C: 𝜆 = 2504 𝑘𝐽/𝑘𝑔
Relação da massa específica do vapor d’água a 105 Pa: 𝜌 = 220/(273 + 𝑇) 𝑘𝑔/𝑚
Calor específico do ar (média): 𝑐 = 1,05 𝑘𝐽/𝑘𝑔𝐾
Relação da massa específica do ar a 105 Pa: 𝜌 = 355/(273 + 𝑇) 𝑘𝑔/𝑚

Dados gás natural

Poder Calorífico Inferior: 𝑃𝐶𝐼 = 32 𝑀𝐽/𝑚


Massa específica a 0°C e 105 Pa: 𝜌 = 0,78 𝑘𝑔/𝑚

Dados da planta-piloto

Velocidade de saída do gás: 𝑉 = 20 𝑚/𝑠


Temperatura de saída do gás: 𝑇 = 120°𝐶
Temperatura de saída do produto: 𝑇 = 90°𝐶 (o produto está seco)
O material não é termicamente sensível

SEM APROVEITAMENTO

BALANÇO DE MASSA (kg/h)

Entrada Saída
---------------------------------------------
Água 𝑚̇ 5
---------------------------------------------
Sólidos 4995 4995
---------------------------------------------
Total 𝑚̇ 5000

𝑚̇ = 4995 + 𝑚̇ 𝑒 𝑚̇ = 0,15𝑚̇

𝑚̇ = 881 𝑘𝑔 𝐻 𝑂⁄ℎ

𝑚̇ = 5876 𝑘𝑔 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜⁄ℎ

Água evaporada:

𝑚̇ = 881 − 5 = 876 𝑘𝑔 𝐻 𝑂⁄ℎ

BALANÇO DE ENERGIA (kJ/h)

Aquecimento de água, evaporação e aquecimento do vapor:

𝑄 = 𝑚̇ 𝜆+𝑐 𝑇 −𝑐 𝑇 = 876(2504 + 1,886 × 120 − 4,19 × 20)


𝑄 = 2.318.352 𝑘𝐽⁄ℎ

Aquecimento do sólido

𝑄 = 𝑚̇ 𝑐 (𝑇 −𝑇 ) = 4995 × 0,8(90 − 20) = 279.720 𝑘𝐽⁄ℎ

Aquecimento da água restante no sólido na saída do secador

𝑄 = 𝑚̇ 𝑐 (𝑇 −𝑇 ) = 5 × 4,19(90 − 20) = 1.467 𝑘𝐽⁄ℎ

A quantidade total de calor, QT, necessária para secar o material é

𝑄 = 𝑄 + 𝑄 + 𝑄 = 2.318.352 + 279.720 + 1.467 = 2.599.539 𝑘𝐽⁄ℎ

Considerando uma perda de calor da ordem de 20% e a eficiência de troca térmica no sistema de
secagem, a quantidade total de calor necessária para secagem é

600 − 10
𝑄 = 1,25 × × 2.599.539 = 3.994.083 𝑘𝐽⁄ℎ
600 − 120

O consumo de gás natural, CGN, é:

3.994.083
𝐶𝐺𝑁 = = 124,8 𝑚 ⁄ℎ = 97,34 kg⁄ℎ
32000

Ponto de condensação do gás de exaustão (°C)

A quantidade de ar seco necessário para combustão estequiométrica é:

1 m3 de gás natural → 8,5 m3 de ar seco


124,8 m3/h de gás natural → ∀̇

∀̇ = 8,5 × 124,8 = 1060,8 𝑚 ⁄ℎ

As propriedades psicrométricas do ar ambiente são:

𝑇 = 10℃, 𝜑 = 60%, 𝑇 = 6,5℃, 𝑌 = 0,0046 𝑘𝑔á /𝑘𝑔 ,


ℎ = 58,6 𝑘𝐽/𝑘𝑔 e 𝜐 = 0,82 𝑚 /𝑘𝑔

A massa específica do ar é:

355 355
𝜌 = = = 1,25 𝑘𝑔⁄𝑚
273 + 𝑇 273 + 10

A vazão em massa de ar seco, 𝑚̇ , necessária para a combustão estequiométrica do gás


natural é:

𝑚̇ = 1060,8 × 1,25 = 1326 𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜⁄ℎ

A quantidade de vapor d’água presente no ar é

𝑚̇ = 1326 × 0,0046 = 6,1 𝑘𝑔 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟⁄ℎ


A quantidade de vapor d’água produzida na combustão

1 m3 de gás natural → 1,67 m3 de vapor d’água


124,8 m3/h de gás natural → ∀̇

∀̇ = 1,67 × 124,8 = 208,42 𝑚 ⁄ℎ

Combustão estequiométrica do gás natural


---------------------------------------------------------------------------------------------
kg/h
----------------------------------------------
Entrada Saída
-----------------------------------------------------------------------------------------------
Gás natural 97,34 -

Ar seco 1326 -

Vapor d’água 6,1 214,52

Produtos da combustão - 1214,92

Total 1429,44 1429,44

A quantidade total de gases na câmara de combustão é:

𝑄 3.994.083
𝑚̇ = = = 6447,27 𝑘𝑔⁄ℎ
𝑐 (𝑇 −𝑇 ) 1,05(600 − 10)

A quantidade de ar secundário, 𝑚̇ , é:

𝑚̇ = 6447,27 − 1429,44 = 5017,83 𝑘𝑔⁄ℎ

A quantidade de vapor d’água no ar secundário é:

𝑚̇ = 5017,83 × 0,0046 = 23,08 𝑘𝑔 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟⁄ℎ

A quantidade de ar seco no ar secundário é:

𝑚̇ = 5017,83 − 23,08 = 4994,75 𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜⁄ℎ

A quantidade de ar que vaza para dentro do secador, 𝑚̇ , é:

𝑚̇ = 6447,27 × 0,2 = 1289,45 𝑘𝑔⁄ℎ

A quantidade de vapor d’água no ar que vaza para dentro do secador é:

𝑚̇ = 1289,45 × 0,0046 = 5,93 𝑘𝑔 𝑣𝑎𝑝𝑜𝑟 ⁄ℎ

A quantidade de ar seco no ar que vaza para dentro do secador é:

𝑚̇ = 1289,45 − 5,93 = 1283,52 𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜⁄ℎ


Processo Ar seco H2O Total
------------------------------------------------------------------------------------------------------
Combustão 1326 214,52 1429,44

Ar secundário 4994,75 23,08 5017,83

Vazamento 1283,52 5,93 1289,45

Evaporação 0 876 876


------------ ----------- ------------
7604,27 1119,53 8723,80

A umidade absoluta na saída do secador pode ser calculada do balanço de massa apresentado
como:
1119,53
𝑌 = = 0,147 𝑘𝑔 𝐻 𝑂⁄𝑘𝑔 𝑎𝑟 𝑠𝑒𝑐𝑜
7604,27

Para a temperatura de ar na saída do secador de 𝑇 = 120°𝐶, da carta psicrométrica, a


temperatura de condensação é 𝑇 = 58℃

Dimensionamento da unidade de preparação do gás de secagem

Para 𝑄 = 3.994.083 𝑘𝐽⁄ℎ, adquirir uma câmara de combustão com capacidade de 5000 𝑀𝐽/ℎ
ou 1400 𝑘𝑊 (25% de capacidade extra)

A vazão volumétrica de ar na câmara de secagem é:

𝑚̇ 6.447,27
∀̇ = = = 5.157,25 𝑚 ⁄ℎ
𝜌 1,25

A potência do ventilador, 𝑃 , necessária para esta vazão de ar é:

∀̇ ∆𝑃 5.157,82 × 2.500
𝑃 = = = 7,2 𝑘𝑊
3.600 × 1000 × 𝜂 3.600 × 1.000 × 0,5

Adquiri um ventilador com um motor de 10 kW.

Dimensionamento do secador

A vazão volumétrica de ar, incluindo vazamento (excluindo evaporação), é

𝑚̇ = 1,2 × 6.447,27 = 7.736,72 𝑘𝑔⁄ℎ

A massa específica do ar na saída do secador é:

355 355
𝜌 = = = 0,903 𝑘𝑔⁄𝑚
273 + 𝑇 273 + 120

A vazão volumétrica de ar na saída do secador é, portanto,

𝑚̇ 7.736,72
∀̇ = = = 8.567,8 𝑚 ⁄ℎ
𝜌 0,903
A massa específica do vapor na saída do secador é:

220 220
𝜌 = = = 0,560 𝑘𝑔⁄𝑚
273 + 𝑇 273 + 120

A vazão volumétrica de vapor na saída do secador é

𝑚̇ 876
∀̇ = = = 1.564,29 𝑚 ⁄ℎ
𝜌 0,560

A vazão volumétrica de ar, incluindo o vapor, na saída do secador é

∀̇ = 8.567,8 + 1.564,29 = 10.132,09 𝑚 ⁄ℎ

Para a velocidade de ar de 20 m/s, o diâmetro da câmara de secagem pode ser, então, calculado
da vazão volumétrica de ar mais vapor na saída do secador:

𝜋 4∀̇
∀̇ = 𝑉𝐴 = 𝑉𝐷 → 𝐷= = 0,42 𝑚
4 𝜋𝑉

Adotar o diâmetro 𝐷 = 0,4 𝑚. O comprimento, L, da câmara de secagem pode ser dimensionado


como 𝐿 = 3 × 𝐷 = 3 × 4 = 12 𝑚.

Dimensionamento da unidade de exaustão de gás

Potência do ventilador = (10132,09 x 3000)/(3600 x 1000 x 0,5) = 16,9 kW

Utilizar um ventilador com um motor de 25kW. Escolher um ciclone.

Pesquisa

Diâmetro do secador: 0,4 m


Comprimento do secador: 12 m
Capacidade na câmara de combustão: 1400 kW

Consumo de gás natural (fator de carga 1,5)

(1,5 x 124,8) / 5 =37,4 m3/ton de produto

Consumo de eletricidade

1,5 ( 7,2 + 16,9 + 10,0) = 51,2 kW

COM APROVEITAMENTO

- experimento indicam que é possível o aproveitamento de 50% do gás de exaustão


- para se conseguir um produto com 0,1% de água em peso, a temperatura do gás de
exaustão deve ser elevada para 125°C
- Temperatura de saída do produto (95°C) e ponto de condensação do gás de exaustão
(70°C)
Balanço de massa (kg/h)

Entrada Saída
---------------------------------------------
H2O 881 5

Sólidos 4995 4995


-------- --------
5876 5000

Evaporação: 881 - 5 = 876

Calor líquido (kJ/h)

Q1 = 876 (2504 + 1,886 x 125 - 4,19 x 20) = 2326612

Q2 = 4995 x 0,8 (95 - 20) = 299700

Q3 = 5 x 4,19 (95 - 20) = 1571

QT = 2627883 kJ/h

60% do calor é fornecido pelo gás de exaustão reciclado e reaquecido.


40% é fornecido pelos gases com temperatura inicial de 10°C.

Calor aplicado na câmara de combustão para o gás reciclado

1,25 x 0,6 x 2627883 = 1970912 kJ/h

Calor aplicado na câmara de combustão para o gás fresco

1,25 x 0,4 x ((600-10)/(600-125)) x 2627883 = 1632054 kJ/h

Calor total

1970912 + 1632054 = 3602966 kJ/h

Consumo de gás natural

3602966/32000 = 112,6 m3/h

Ao longo do tempo por tonelada de produto

(1,5 x 112,6)/5 = 33,8 m

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