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Lideranca Apresentacao Expandida

A liderança é um processo de influência interpessoal que visa mobilizar esforços de um grupo para alcançar metas organizacionais, envolvendo características pessoais do líder e expectativas dos subordinados. Existem diversas abordagens e modelos de liderança, como os estilos autocrático, democrático e laissez-faire, além de teorias situacionais que adaptam o estilo do líder ao contexto e maturidade dos liderados. Desafios contemporâneos incluem a adaptação à complexidade organizacional, gestão da diversidade e promoção de práticas éticas e sustentáveis.

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Lideranca Apresentacao Expandida

A liderança é um processo de influência interpessoal que visa mobilizar esforços de um grupo para alcançar metas organizacionais, envolvendo características pessoais do líder e expectativas dos subordinados. Existem diversas abordagens e modelos de liderança, como os estilos autocrático, democrático e laissez-faire, além de teorias situacionais que adaptam o estilo do líder ao contexto e maturidade dos liderados. Desafios contemporâneos incluem a adaptação à complexidade organizacional, gestão da diversidade e promoção de práticas éticas e sustentáveis.

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Liderança nas Organizações:

Conceitos, Abordagens e
Desafios
Profª Drª Michélle Barreto
Referência:
ZANELLI, José Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS,
Antonio Virgílio Bittencourt. Psicologia, organizações e trabalho no
Brasil-2. AMGH Editora, 2014.
Liderança
- A liderança sempre desempenhou papel central na organização das
sociedades.
- No contexto organizacional, ela se tornou um dos principais objetos de
estudo da Psicologia.
- Desde os anos 1920, busca-se compreender como líderes influenciam
comportamentos e decisões coletivas.

“A liderança tornou-se um elemento crucial para a compreensão dos


comportamentos sociais.”
Conceito de Liderança
- A liderança é compreendida como um processo de influência
interpessoal, no qual um indivíduo orienta e mobiliza esforços de um
grupo para o alcance de metas organizacionais.

- Esse processo envolve a interação entre características pessoais do


líder, expectativas dos subordinados e demandas contextuais da
organização. A liderança não reside apenas na posição hierárquica, mas
na capacidade de mobilização e articulação de sentidos coletivos.

“Liderança ocorre ENTRE pessoas, e não sobre pessoas.”


Componentes da Liderança
- Liderança envolve:
influência,
presença de um grupo,
mudanças e um propósito compartilhado.
- Esses elementos tornam a liderança algo mais complexo do que
apenas ocupar uma posição formal.

“Relacionamento de influência com intenção de mudanças reais e


propósitos mútuos.”
Problemas Conceituais
- Há múltiplas definições de liderança, o que dificulta uma abordagem
unificada.
- Muitas vezes, confunde-se liderança com gestão ou com cargos
formais de poder.

“Existem tantas definições de liderança quanto pessoas que tentaram


defini-la.”
Modelos e Abordagens
Clássicas de Liderança
- Primeiras teorias focavam nos traços pessoais e estilos de liderança.
a) Traços de Personalidade
- Modelos iniciais associavam a liderança a características inatas
(inteligência, carisma, autoconfiança). Essa abordagem foi criticada por
sua limitação em prever o desempenho do líder em contextos diversos.
- Destacam-se os estudos de Lewin (autocrático, democrático,
laissez-faire) e a Grade Gerencial.

“A liderança passou a ser vista como uma competência construída.”


Modelos e Abordagens
Clássicas de Liderança
b) Comportamentais
Enfatizam os estilos de liderança observáveis:
Estilo autocrático: decisões centralizadas, controle rígido.
Estilo democrático: participação ativa dos liderados.
Estilo laissez-faire: mínima interferência na atuação do grupo.
Estilos de liderança segundo
Lewin
Lewin identificou três estilos principais de liderança: autocrático,
democrático e laissez-faire.
Liderança autocrática
No estilo autocrático, o líder assume o controle absoluto sobre o grupo,
tomando decisões unilaterais, definindo as metas, métodos e etapas do
trabalho, e exercendo forte autoridade sobre os membros. Não há
participação dos subordinados nas decisões, e a comunicação é
predominantemente vertical (de cima para baixo).
Características principais: O líder determina todas as diretrizes do grupo
sem consultar os membros. Distribui as tarefas de maneira individual e
arbitrária. Controla rigorosamente o desempenho dos membros. Há
pouca ou nenhuma autonomia dos liderados.
Resultados observados por Lewin: Os grupos sob liderança autocrática
tendem a apresentar maior produtividade no curto prazo, especialmente
na presença do líder. No entanto, os membros do grupo demonstram
menos espontaneidade, mais dependência do líder e maior propensão à
agressividade quando não supervisionados. O clima emocional é
frequentemente tenso e opressor.
Liderança democrática
O estilo democrático é caracterizado pela participação ativa dos
membros do grupo nas decisões. O líder atua como facilitador ou
coordenador, promovendo a colaboração, a troca de ideias e a
construção coletiva de metas e estratégias.
Características principais: As decisões são tomadas em grupo, com
estímulo ao diálogo e à participação. As tarefas são discutidas
coletivamente e os membros têm autonomia para executá-las. O líder
oferece orientação quando solicitado, mas evita o controle rígido.
Incentiva-se a responsabilidade individual e coletiva.
Resultados observados por Lewin: Grupos com liderança democrática
apresentam maior coesão, criatividade e motivação intrínseca. A
produtividade, embora inicialmente inferior à do estilo autocrático,
tende a ser mais sustentável e de melhor qualidade no longo prazo. Os
membros demonstram mais iniciativa, satisfação e responsabilidade.
Liderança laissez-faire
O termo francês laissez-faire significa “deixar fazer” e, nesse contexto,
refere-se a um estilo de liderança em que o líder se abstém de tomar
decisões, delega completamente a condução das tarefas ao grupo e
interfere minimamente nas atividades dos membros.
Características principais: O líder oferece total liberdade para que os
membros definam seus objetivos e métodos. Há ausência de diretrizes e
de supervisão efetiva. As decisões são descentralizadas e,
frequentemente, pouco coordenadas.
Resultados observados por Lewin: Os grupos sob liderança laissez-faire
tendem a apresentar baixa produtividade e desorganização. A ausência
de orientação pode gerar confusão, insegurança e conflitos entre os
membros. Alguns indivíduos podem assumir lideranças informais, mas o
resultado geral costuma ser menos eficiente.
Abordagens Situacionais
- A eficácia da liderança depende da situação específica.
- Consideram a liderança como dependente do contexto, variando
conforme maturidade dos liderados, tarefa e ambiente. Exemplo:
modelo de Hersey e Blanchard, que adapta o estilo do líder à
competência e ao comprometimento dos subordinados.

“A situação deve ser considerada como determinante.”


Modelo de Hersey e
Blanchard
O modelo de liderança situacional, proposto por Paul Hersey e Kenneth
Blanchard no final da década de 1960 e amplamente divulgado a partir da
década de 1970, constitui uma das abordagens mais relevantes e aplicadas no
campo da administração, da gestão de pessoas e da liderança organizacional.
Este modelo apresenta uma evolução importante em relação às teorias
anteriores, ao introduzir a ideia de que não existe um único estilo de liderança
ideal; ao contrário, a eficácia da liderança depende da situação e,
principalmente, do nível de maturidade dos liderados.
O modelo de Hersey e Blanchard parte do princípio de que a liderança eficaz
deve ser flexível e adaptativa, ou seja, o líder deve ajustar seu estilo de
liderança conforme o grau de prontidão ou maturidade dos subordinados.
Essa maturidade refere-se à capacidade (competência técnica) e à disposição
(comprometimento e confiança) do indivíduo ou do grupo para realizar uma
tarefa específica.
Os dois eixos da liderança
O modelo define a liderança com base em dois comportamentos
principais:
Comportamento diretivo (tarefa): grau em que o líder fornece
instruções específicas, estrutura o trabalho, define papéis e
supervisiona de forma próxima.
Comportamento de apoio (relacional): grau em que o líder se mostra
acessível, escuta, encoraja, oferece suporte emocional e promove a
participação dos liderados.
Combinando esses dois comportamentos em diferentes níveis,
obtêm-se quatro estilos principais de liderança.
Os quatro estilos de liderança
situacional
Os níveis de maturidade dos
liderados
A escolha do estilo de liderança adequado depende do nível de
maturidade ou desenvolvimento dos liderados, que é classificado em
quatro estágios:
Relação entre estilos e
maturidade
O modelo estabelece que:

Para M1, o líder deve usar o estilo E1 (direção).


Para M2, o estilo mais eficaz é o E2 (orientação).
Para M3, o estilo ideal é o E3 (apoio).
Para M4, recomenda-se o estilo E4 (delegação).

Essa correspondência entre estilo e maturidade busca maximizar a eficácia da liderança, promovendo o
desenvolvimento dos subordinados e garantindo o desempenho da equipe. O modelo de Hersey e Blanchard
tem ampla aplicabilidade em contextos organizacionais, educacionais e militares. Sua abordagem é intuitiva,
prática e facilmente compreendida por gestores e Omodelo permanece influente por sua ênfase na adaptação
do comportamento do líder e por oferecer uma ferramenta dinâmica para o desenvolvimento de competências
gerenciais.
Abordagens Relacionais
- A liderança é construída na interação entre sujeitos e não apenas uma
competência individual.
- Envolve elementos simbólicos, culturais e emocionais do grupo.

“Envolve negociação contínua em contextos dinâmicos.”


Liderança Transformacional e
Transacional
Essas abordagens contemporâneas articulam aspectos motivacionais e
estratégicos.
- Transformacional: foco em inspiração, mudança e visão compartilhada. foca
no desenvolvimento e na inspiração dos subordinados; promove mudanças
culturais, inovação e comprometimento elevado.
O líder transformacional atua como modelo, promove visão compartilhada e
estimula o crescimento pessoal e profissional dos membros da equipe.
- Transacional: baseada em trocas claras entre líder e liderado (recompensas e
punições); eficaz em contextos estruturados; ênfase na troca de recompensas
e manutenção da ordem.

“Combinação entre poder e personalidade.”


Dimensões Psicológicas e
Organizacionais da Liderança
A liderança é atravessada por fatores subjetivos e sociais.
Envolve:
Percepções e expectativas mútuas entre líderes e liderados.
Condições organizacionais, como cultura, estrutura e políticas de poder.
Processos de comunicação e tomada de decisão, essenciais para a
manutenção da coesão grupal e efetividade das ações.
Liderança e Cultura Organizacional
- A atuação do líder está profundamente imbricada à cultura da
organização, que fornece os valores, símbolos e práticas que moldam a
legitimidade da liderança.
Líderes bem-sucedidos são aqueles que:
Compreendem e influenciam a cultura organizacional;
Conseguem alinhar objetivos individuais e coletivos;
Promovem sentido e propósito no trabalho.
- A cultura organizacional também influencia os estilos e práticas de
liderança.
“Líderes são atores importantes na formação da cultura.”
Desafios Contemporâneos
- A literatura aponta novos desafios aos líderes nas organizações modernas:
Adaptação à complexidade e incerteza dos ambientes organizacionais;
Gestão da diversidade e da inclusão nas equipes;
Promoção da sustentabilidade organizacional e do bem-estar coletivo;
Atuação ética e transparente frente às demandas da sociedade.

Liderar hoje exige lidar com diversidade, inovação, questões éticas e


mudanças rápidas. A globalização e as tecnologias impõem novos papéis ao
líder.

“Responder aos desafios do ambiente cultural, econômico e social.”


Considerações Finais
- A liderança, no contexto da psicologia organizacional, é um fenômeno
complexo, multidimensional e dinâmico.
Exige não apenas habilidades técnicas e interpessoais, mas também
sensibilidade ao contexto organizacional e às transformações sociais
mais amplas.
A compreensão teórica e prática da liderança continua sendo central
para o desenvolvimento de organizações mais saudáveis, justas e
eficazes.

“A liderança não é um cargo, mas um processo de construção


coletiva.”

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