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Aula 2 - Conduta (Slides)

O documento aborda os requisitos da responsabilidade extracontratual, incluindo a necessidade de ato ilícito, conduta, dano e nexo causal. Ele detalha as diferentes formas de responsabilidade, como por ato próprio, ato de terceiro e fato da coisa, além das especificidades relacionadas a pais, tutores, empregadores e estabelecimentos de ensino. Também discute a responsabilidade objetiva em casos de danos causados por animais e ruínas de edifícios.

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O documento aborda os requisitos da responsabilidade extracontratual, incluindo a necessidade de ato ilícito, conduta, dano e nexo causal. Ele detalha as diferentes formas de responsabilidade, como por ato próprio, ato de terceiro e fato da coisa, além das especificidades relacionadas a pais, tutores, empregadores e estabelecimentos de ensino. Também discute a responsabilidade objetiva em casos de danos causados por animais e ruínas de edifícios.

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Direito das Indenizações

Conduta
Prof. Dr. Manoel Ru ino David de Oliveira
http://lattes.cnpq.br/4820082227732791
f
Requisitos da responsabilidade extracontratual
Para que haja responsabilidade
extracontratual, é preciso que tenha
Ato ilícito civil sido praticado um ato ilícito civil (artigo
186, CC) ou abuso de direito (artigo
187, CC)
Para que haja responsabilidade
extracontratual, é preciso que o agente
Conduta tenha praticado uma conduta, que
pode ser por ato próprio, por ato de
terceiro ou por fato da coisa.
Para que haja responsabilidade
extracontratual, é preciso que tenha
Dano
sido causado um prejuízo material,
moral ou estético da vítima
Requisitos da responsabilidade extracontratual
Para que haja responsabilidade
extracontratual, é preciso que haja um
nexo causal entre a conduta praticada
Nexo causal pelo agente e o dano sofrido pela
vítima. Esse nexo causal pode deixar
de existir pela ocorrência de certas
excludentes de causalidade.
Para que haja responsabilidade
extracontratual, é preciso que seja
comprovado que o agente agiu com
culpa geral, ou seja, com dolo (intenção
Culpa geral
de causar o prejuízo à vítima) ou culpa
especí ca (tenha causado o prejuízo
por violação do dever de cuidado, por
negligência, imprudência ou imperícia)
fi
Conduta
• Responsabilidade civil por ato próprio: o Código prevê a responsabilidade por ato
próprio daquele que praticar ato ilícito (art. 186, CC) ou abuso de direito (art. 187,
CC). Se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão solidariamente pela
reparação.
• Responsabilidade civil por ato de terceiro: quando o dever de indeniza não é
atribuído ao causador do dano propriamente dito, mas a um terceiro. Essa
responsabilidade indireta só ocorre quando o terceiro dispuser de autoridade de direito
ou de fato sobre o agente causador do dano.
• Responsabilidade civil por fato da coisa: situações em que o dano não decorre
diretamente da conduta do agente, mas de acontecimentos ou fatos ligados a objetos
inanimados ou seres irracionais, tais como uma explosão de transformador de energia
elétrica, uma porta automática da garagem fecha enquanto o carro ainda a atravessava
ou um animal sob a guarda do seu tutor morde alguém.
Responsabilidade por ato
próprio
Responsabilidade por ato próprio
• Responsabilidade civil por ato próprio: o Código prevê a responsabilidade por ato próprio daquele que
praticar ato ilícito (art. 186, CC) ou abuso de direito (art. 187, CC). Se a ofensa tiver mais de um autor,
todos responderão solidariamente pela reparação.
• Responsabilidade individual do agente (art. 942, primeira parte, CC): O responsável pelo pagamento
da indenização é todo aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, haja
violado direito e causado prejuízo a outrem. Na responsabilidade objetiva, é aquele que assumiu o risco do
exercício de determinada atividade (risco pro ssional, risco criado, risco-proveito, entre outros).
• Responsabilidade solidária do concurso de agentes (art. 942, segunda parte, CC): casos em que ocorre o
concurso de agentes na prática de um ato ilícito, ou seja, quando duas ou mais pessoas o praticam,
surgindo então a solidariedade dos diversos agentes. Ocorre a solidariedade não só no caso de concorrer
uma pluralidade de agentes, como também entre as pessoas designadas no art. 932, isto é, entre pais e
lhos menores, tutores e tutelados, patrões e empregados etc.
• Responsabilidade dos sucessores (art. 5, XLV, CF e art. 1.792, CC): a obrigação de reparar o dano
ocasionado transmite-se com a herança e se estende aos sucessores do autor, muito embora ela esteja
limitada ao valor do patrimônio transferido.
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Responsabilidade por ato de
terceiro
Responsabilidade por fato de terceiro
• Responsabilidade civil por ato de terceiro: quando o dever de indeniza não é
atribuído ao causador do dano propriamente dito, mas a um terceiro. Essa
responsabilidade indireta só ocorre quando o terceiro dispuser de autoridade de
direito ou de fato sobre o agente causador do dano.
• Responsabilidade dos pais (Art. 932, inciso I, CC)
• Responsabilidade dos tutores e curadores (Art. 932, inciso II, CC)
• Responsabilidade do empregador pelos atos do empregado (Art. 932, inciso
III, CC
• Responsabilidade dos donos de hotéis e estabelecimentos de ensino (Art.
932, inciso IV, CC)
• Responsabilidade dos que tiraram proveito do crime (Art. 932, inciso V, CC)
Responsabilidade por fato de terceiro
• Ação regressiva (artigo 934, CC): é possível aquele que houver suportado os
efeitos da responsabilidade indireta ajuizar ação regressiva contra o autor do
dano e recuperar o valor desembolsado com a reparação da vítima (art. 934, CC).
• O fato de terceiro ser responsabilizado de forma objetiva pelo dano causado não
implica exoneração da responsabilidade do autor do dano. O agente que causou
o dano por ato próprio pode ser processado via ação regressiva a indenizar o
terceiro que arcou com o pagamento de seus danos à vítima.
• Só existe uma única hipótese de afastamento da ação de regresso contra o autor
do dano, quando este for descendente, absoluta ou relativamente incapaz, do
responsável pela indenização. A proibição do regresso justi ca-se por
considerações de ordem moral e de organização econômica da família.

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Responsabilidade dos pais (Art. 932, inciso I, CC)
• Os pais respondem pelos atos dos lhos menores que se acham sob sua autoridade e
companhia. Além dos pais, a responsabilidade objetiva pode também atingir os avós,
quando o menor com eles residir, pois isso con gura delegação de guarda.
• O lho deve ser menor de idade no momento em que pratica a conduta lesiva, pouco
importando se o resultado danoso se produz quando já atingiu a maioridade ou se a ação
de indenização só é ajuizada após a sua maioridade.
• A partir da emancipação legal do menor, cessa a responsabilidade dos pais. Contudo, em
caso de emancipação voluntária, é preciso analisar se os pais tiveram em mira se eximir da
responsabilidade pelo dano causado pelo lho, hipótese em que não cam exonerados
• O m da relação de conjugalidade, em princípio, em nada in uencia na atribuição de
responsabilidade objetiva aos pais do menor. No caso de guarda compartilhada, ainda que
o lho menor estivesse na companhia exclusiva de um dos genitores no momento do ato
danoso, ambos respondem solidariamente.
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Responsabilidade dos tutores e curadores (Art. 932,
inciso II, CC)
• O tutor e o curador respondem objetivamente pelos danos causados pelos pupilos e
curatelados que se encontrem sob sua autoridade e em sua companhia, a exemplo da
responsabilidade atribuída aos pais pelos atos dos lhos.
• Primeiramente, se reconhecida a incapacidade absoluta da pessoa com de ciência mental e
declarada a sua curatela, a regra passou a ser a responsabilidade do curador pelos danos por
ela causados.
• Se a pessoa com de ciência sob curatela torna-se relativamente incapaz, sofrendo restrição
mínima e pontual na sua autonomia, e se é justamente essa restrição que determina a medida
dos poderes do curador, sua responsabilidade deve também ser estabelecida pelo mesmo
critério.
• De outro lado, ainda que não haja curatela regularmente constituída, é possível que a
situação fática imponha a responsabilidade a quem conhece a de ciência do maior não
interdito e se omite em adotar as providências necessárias para o estabelecimento da curatela.
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Responsabilidade do empregador (Art. 932, inciso III, CC)
• A expressão “empregados, serviçais ou prepostos” entende por empregado ou
preposto é todo aquele que presta serviço ou realiza alguma atividade por conta e
sob a direção de outrem, podendo essa atividade ser permanente ou transitória.
• A responsabilidade do empregador depende, ainda, da prática de ato culposo pelo
empregado, que devem ser praticados no exercício do trabalho que lhes competir,
ou em razão dele, vale dizer, no desempenho de suas tarefas. Se assim não fosse,
haveria ao empregador a responsabilidade universal pelos atos do empregado
• Muito se discute se responde o empregador pelos danos provocados por seu
preposto fora do horário do expediente, mas com o uso de ferramentas a ele
inerentes, como em caso de disparo de arma de fogo da corporação por policial
em dia de folga.
Responsabilidade dos estabelecimentos de ensino
(Art. 932, inciso IV, CC)
• Por uma tradição civil de origem romana, o Código Civil prevê que respondem os donos de
hotéis e estabelecimentos similares pelos atos praticados pelos seus hóspedes. Contudo,
nos dias de hoje, não existe mais essa responsabilidade, respondendo os hóspedes por ato
próprio.
• A utilidade do dispositivo se restringe à responsabilidade dos estabelecimentos de ensino.
Isso porque quando pais deixam seu lho no estabelecimento de ensino transferem para a
instituição a guarda transitória de seus lhos.
• Nesse caso, passa a ser responsabilidade do estabeleciemnto de ensino os prejuízos
eventualmente causados pelos estudantes a terceiros durante sua estada no
estabelecimento, ou em veículo de transporte oferecido pela instituição.
• A doutrina e jurisprudência entendem que não existe direito de regresso da instituição
contra os pais dos alunos, tendo em conta a transferência da posse de fato da criança,
sendo unicamente responsável a escola.
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Responsabilidade dos que tiraram proveito do crime (Art.
932, inciso V, CC)
• Esse dispositivo não trata de coautoria (hipótese
disciplinada no art. 942, CC), mas de proveito inocente e
gratuito no crime, a exemplo do donatário de coisa furtada
que sequer tem conhecimento do crime. A inocência não
justi ca enriquecimento ilícito, uma vez que o bem deve
ser ressarcido à vítima.
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Responsabilidade por fato da
coisa
Responsabilidade por fato da coisa
• Responsabilidade civil por fato da coisa: situações em que o dano
não decorre diretamente da conduta do agente, mas de
acontecimentos ou fatos ligados a objetos inanimados ou seres
irracionais, tais como uma explosão de transformador de energia
elétrica, uma porta automática da garagem fecha enquanto o carro
ainda a atravessava ou um animal sob a guarda do seu tutor morde
alguém.
• Responsabilidade por fato do animal (art. 936, CC)
• Responsabilidade pela ruína de edifício (art. 937, CC)
• Responsabilidade por queda das coisas (art. 938, CC)
Responsabilidade por fato do animal (art. 936, CC)
• O dono ou detentor do animal responde pelos danos causados pelo seu animal,
independente de culpa. Se o animal se encontra sob o comando de empregado ou
preposto, a responsabilidade ainda recai sobre o proprietário, por força do art. 932,
inciso III, CC. O mesmo se veri ca quando o animal é entregue a terceiro prestador de
serviço informal, como ocorre com os chamados “passeadores” de cachorro.
• Essa hipótese de responsabilidade por fato da coisa é um caso de responsabilidade
objetiva, ou seja, o dono do animal responde pelos danos independente de ter agido ou
não com culpa. Nesse caso de responsabilidade objetiva, a vítima do dano não precisa
provar que o dono do animal agiu com dolo ou culpa, bastando provar na ação
indenizatória que o processado é dono do animal e que o animal causou um dano.
• O dono do animal apenas se exime de responsabilidade pelos danos causados pelo seu
animal mediante prova do fato exclusivo da vítima, caso fortuito ou a força maior, que
deverá ser provada pelo próprio dono do animal.
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Responsabilidade pela ruína de edifício (art. 937, CC)
• O dono de edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de
sua ruína, se esta provier de falta de reparos, cuja necessidade fosse
manifesta.
• Em razão da escrita do artigo, ca claro que essa hipótese de fato da coisa
é de responsabilidade subjetiva. Ou seja, a vítima precisa provar na ação
indenizatória que o dono do prédio agiu com culpa genérica (dolo,
negligência, imprudência ou imperícia).
• Obviamente, também nesse caso o dono do prédio se exime de
responsabilidade pelos danos causados pela queda da sua construção
mediante prova do fato exclusivo da vítima, caso fortuito ou a força maior,
que deverá ser provada pelo próprio dono do prédio.
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Responsabilidade por queda das coisas (art. 938, CC)
• O proprietário, possuidor ou habitante do prédio/unidade imobiliária/casa é responsável pelo
dano causados pela queda ou arremesso de objetos em lugar inapropriado.
• A proliferação dos condomínios edilícios tem di cultado a identi cação do responsável pelos
danos causados pelo tombo ou lanço de coisas. Nesses casos, doutrina e jurisprudência têm
atribuído ao condomínio a responsabilidade pela reparação do dano.
• Essa hipótese de responsabilidade pelo fato da coisa é de responsabilidade objetiva, ou seja, do
dono do prédio ou da unidade responde pelos danos causados pela queda da causa
independentemente de culpa
• Nesse caso de responsabilidade objetiva, a vítima do dano não precisa provar que o dono do
prédio agiu com dolo ou culpa, bastando provar na ação indenizatória que o processado é dono da
casa e que o objeto que caiu causou um dano.
• O dono do prédio apenas se exime de responsabilidade pelos danos causados pelo objeto caído
mediante prova do fato exclusivo da vítima, caso fortuito ou a força maior, que deverá ser provada
pelo próprio dono do prédio.
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