Introdução A Sistemática
Introdução A Sistemática
Departamento de Biologia
Nampula
2021
G.Jossamo 1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA BOTÂNICA SISTEMÁTICA
A Sistemática Vegetal é a parte da botânica que tem por finalidade agrupar as plantas dentro de
sistemas, levando em consideração suas características internas e externas, suas relações
genéticas e afinidades. Muitos botânicos consideram o termo sistemática e taxonomia como
sinônimos; porém, outros reservam a designação taxonomia para a ciência que elabora as leis da
classificação e sistemática para aquela que cuida da classificação dos seres vivos, baseada
fundamentalmente na morfologia. A sistemática compreende três etapas : a identificação, a
nomenclatura e a classificação.
Sistemática: é uma ciência que se empenha na classificação dos seres vivos.
Os termos: sistemática e taxonomia, como dito acima não são sinônimos, embora muitos autores
considerem e usem os termos dessa forma.
Taxonomia – esse termo foi proposto por DE CANDOLLE em 1813, no herbário de Gênova
(taxonomie), em referência a teoria da classificação das plantas. Irá tratar dos Princípios e Regras
da Botânica. Dos procedimentos para realizar uma classificação, visto que dependendo dos
princípios teremos diferentes classificações. Contudo, para a Botânica seguimos os Princípios e
Regras Internacionais da Botânica.
Classificação polifilectica: defende que os taxons devem ser descendestes de mais de uma
ancestral.
Classificação parafilectica: defende que os taxons não devem ser de 1 ou mais ancestrais
comuns.
• Reino
• Filo ou divisão
• Classe
• Ordem
• Família
• Género
• Espécie.
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ou
Divisão
sub-divisão
Classe
sub-classe
Ordem
sub-ordem
Família
sub-família
tribo
Gênero
sub-gênero
Espécie
sub-espécie, variedade, forma
ou
Angiospermopsid
Classis Classe OPSIDA
a
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Subgenus Subgénero subgen. Rosa
Identificação ou determinação
Consiste em reconhecer uma planta ou ser vivo já classificado, ou seja, significa a aplicação de
um nome conhecido ao espécime colectado.
As classificações são sistemas para armazenar ou transmitir informação sobre os seres vivos ou
fazer possíveis predições ou generalizações. Nas classificações se criam grupos onde estão
reunidos os organismos com o maior número de possíveis caracteres em comum. Isso é possível
porque todos os organismos estão relacionados entre si (em maior ou menor grau) por vias
evolutivas descendentes.
Conceito de espécie
Além de ser uma unidade taxonómica fundamental, a espécie deve possuir certos atributos.
Quando dois ou mais indivíduos estiverem reunidos como sendo da mesma espécie, faz-se
necessário:
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3. Em condições naturais não trocarem esses caracteres com outras espécies (isolamento
reprodutivo).
As espécies, por sua vez, possuem caracteres comuns que possibilitam classificá-las ou agrupá-
las em géneros. Esses são agrupados em famílias, essas em ordens e assim sucessivamente, até
chegar no táxon Reino (Regnum vegetabile) de forma hierárquica.
As categorias básicas foram desenvolvidas por LINNEU, que se baseou nos conceitos
desenvolvidos na Grécia Antiga por ARISTÓTELES através do princípio da "divisão lógica":
formação de subgrupos baseados em critérios lógicos ("fundamentum divisonis"). LINNEU
aplicou as categorias taxonómicas para todas as plantas conhecidas em sua época, cerca de 7700
espécies. A hierarquia taxonômica deve reflectir a divergência filogenética, mas existem
dificuldades que se opõem a isto:
4. Relações filogenéticas em rede não são representativas para um sistema hierárquico, por
exemplo, as que se originam por hibridação.
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Nomenclatura botânica
Parte da Botânica Sistemática que se dedica a dar nome às plantas e grupos de plantas. Os
primeiros nomes foram vemáculos ou nomes comuns, mas esses tem os seguintes
inconvenientes:
• Duas ou mais plantas não relacionadas podem ter o mesmo nome comum ou uma mesma
planta tem diferentes nomes comuns;
O primeiro sistema que sugeriu adoptar somente duas palavras (sistema binomial) foi GASPAR
BAUHIN. Mas não foi adotada até a publicação de Species Plantarum por LINNEU em 1753
que estabeleceu definitivamente o sistema binomial, descrevendo e nomeando todo o mundo
vivo conhecido até então.
Todas as normas que controlam a criação de nomes científicos para as plantas e categorias
taxonômicas estão contidas no ICBN (International Code of Botanical Nomenclature) (Códico
Internacional de Nomenclatura Botânica-CINB). Existem dois outros códigos semelhantes,
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porém independentes: o Código Internacional de Nomenclatura Zoológica (ICZN) e o Código
Internacional de Nomenclatura Bacteriológica (ICNB).
Nomenclatura Botânica
Se detém a criar nomes para designar as plantas ou grupos de plantas (taxa ou taxons, plural de
taxon). A criação dos nomes está regulada por um conjunto de normas reunidas no Código
Internacional de Nomenclatura Botânica, reeditado a cada 5 ou 6 anos em decorrência do
Congresso Internacional de Botânica.
Descrição e Diagnose
Consiste de uma série de palavras e frases técnicas referentes as suas características, de maneira
que formem a definição do taxon em questão. Os caracteres que contribuem para uma descrição
taxonómica são conhecidos como caracteres taxonómicos ou sistemáticos. A diagnose é uma
descrição reduzida que cobre somente os caracteres diagnosticados, ou seja, a necessária para
distinguir um taxon de outros relacionados.
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Nomes dos taxa
De acordo com o comentado acima, os nomes científicos dos grupos taxonômicos são tratados
como latim ou sua derivação (quinto princípio do CINB).
O nome genérico é um substantivo no singular ou uma palavra tratada como tal (nome
uninomial). Quando for o nome de uma pessoa, no caso de uma comemoração, deverá ser
latinizado.
terminação vocal: se adiciona -a. Por exemplo: Boutelou (Bouteloua), excepto quando acaba em
a, então se adiciona -ea, Colla (Collaea).
Terminação consoante: se adiciona -ia. Por exemplo: Klein (Kleinia), Knaut (Knautia), Koelpin
(Kolepinia), Laurent (Laurentia), Lagous (Lagousia), Lobel (Lobelia), Rothmaler (Rothmaleria),
Wahlenberg (Wahlenbergia).
Para formação de epítetos específicos em latim, deve-se considerar sua combinação ao nome
genérico. Um mesmo epíteto pode estar associado a diferentes nomes genéricos, e.g., Anthemis
arvensis, Anagallis arvensis. Cada epíteto deve estar no mesmo modo gramatical (singular,
plural, neutro) que o nome genérico.
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Tabela 3: As terminações mais frequentes
Existem outras terminações que servem para qualquer nome genérico: eleg-ans, rep-ens, bicol-or,
simple-x. Por exemplo: Ranunculus repens, Ludwigia repens, Trifolium repens. Nos epítetos, por
aposição, o género gramatical do epíteto não tem por que coincidir com o nome genérico.
• terminação em vogal (excepto -a), se adiciona -i, exemplo., Asa Gray (Lilium grayi),
Joseh Blake (Aster blakei).
• terminação em vogal -a, se adiciona -e, exemplo, Mr. Balansa (balansae), lagasca
(lagascae).
Epítetos descritivos
• relacionados à cor: albus, aureus, luteus, niger, virens (verde), viridis (verde).
O resto do nome em letras minúsculas (excepção: alguns casos onde se comemora nomes
importantes, a primeira letra do epíteto era maíuscula).
Método continental desenvolvido na Idade Média pela Igreja Católica Romana: (i) os ditongos ae
e oe se lêem e, e.g.: laevis, rhoeas; (ii) a combinação ch se lê k, exemplo: Chenopodium; (iii) a
combinação ph se lê f, e.g., Phleum phleoides; (iv) a acentuação nunca acontece na última sílaba;
(v) as palavras de duas sílabas são de uma só tonalidade (monótonas); (vi) as palavras de três
sílabas podem ser monótonas se a penúltima sílaba é longa (se terminar em vogal longa, ditongo
ou consoante) ou proparoxítona se a penúltima sílaba é breve.
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Código Internacional de Nomenclatura Botânica (CINB)
Serve para padronizar o sistema de nomenclatura botânica a nível mundial, facilitando a troca de
informações e o acesso a diversos sítios botânicos sem que haja confusões entre os nomes
populares de cada país e o científico. Então, dessa forma cada planta terá apenas um nome válido
e somente esse poderá ser aplicado. O nome científico é o símbolo nominal da planta ou grupo
de plantas, indica a sua posição no sistema ou sua categoria taxonômica.
Princípios
III. Cada grupo taxonómico não pode ter mais do que um nome correcto, deverá ser o mais
antigo em conformidade às regras, salvo as excepções especificadas.
IV. Os nomes científicos dos grupos taxonómicos se expressam em latim, qualquer que seja
seu táxon (categoria ou grupo).
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Principais regras de nomenclatura biológica.
Nomes acima do grupo espécie: devem começar com letra maiúscula, são uninominais ou
solitários.
Exemplos:
Categorias Taxon
Reino: Plantae
Filo/divisão Espermatophyta
Classe Monocotiledones
Ordem Poales
Família Poaceae
Género Zea
Reino Fungi
Filo/divisão Basidiomycota
Classe Basydiomycete
Agaricales Agaricales
Família Agaricaceae
Género Agaricus
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Sistemas de classificação dos seres vivos.
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Sendo assim, no reino monera foram colocados todos os procariotas que se alimentam
por absorção. No reino protista estão os microrganismos eucariotas unicelulares, que têm
os 3 tipos de nutrição. No reino plantae encontram-se os eucariotas superiores as plantas
verdes fotossintéticas e algas superiores. No reino animalia estão os animais que
ingerem. No reino fungi os organismos que absorvem os alimentos.
Sendo assim os cientistas agruparam os microrganismos em 3 reinos dos 5 actualmente
aceites:
• Monera: (bactérias)
• Protista: (protozoários e algas microscópicas)
• Fungi: (leveduras e bolores)
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Estudo dos Prokaryotas: Reino Monera:
1ª Divisão: archaeobacteria
Archaeobacteria.
1. Halofitas externas
2. Metanogenicas
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3. Termofilas externas.
1. Halofitas externas: são um grupo diverso que ocorrem em todos os lugares da natureza
onde a concentração de sal è bastante elevada. Sua paredes celulares, os ribossomas e
enzimas são estabilizadas pelo ião sódio.
Cocos: São bactérias de forma arredondada, cujo tamanho, em geral, situa-se entre 0,2 e 5
mícrons de diâmetro. Apresentam-se isoladas ou formam colónias. Segundo a quantidade e
disposição as bactérias do tipo cocos são classificadas em:
• Diplococos – colónia de dois cocos;
• Tétrade – colónia de quatro cocos;
• Sarcina – colónia cúbica de oito ou mais cocos;
• Estreptococos – colónia de cocos em fileira;
• Pneumococos – colónia de dois cocos em forma de chama de vela;
• Estafilococos – colónia de cocos dispostos em cacho;
• Gonococos – colónia de dois cocos reniformes (em forma de rim).
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Estrutura Bacteriana
As células de todos fungos, algas verdadeiras, plantas e animais demonstram uma construção
eucarionte. Isto quer dizer que elas possuem núcleo com membrana nuclear, nucléolo,
cromossomas. Assim, opõem-se filogeneticamente a eles os Prokaryota, descritos atrás. O outro
termo que substitui Eukaryota é Karyobionta (organismos com núcleo).
REINO FUNGI
Fungos são organismos eucarióticos, eucariontes. Sendo assim, eles posicionam-se ao lado das
plantas e dos animais. Eles, porém, constituem um reino independente, o Reino Fungi. De
princípio, um reino monofilético por ter uma única origem filogenética. Em muitas ocasiões da
evolução da Taxonomia e em muita literatura foram classificados como Eumycota, o que quer
dizer, fungos verdadeiros. Também pode-se encontrar a designação Eumycetes.Trata-se de
organismos heterotróficos, facto que os levou à separação das plantas. Sendo assim, eles são
seres aclorofilados (sem clorofila) e possuem o glicogênio, típico dos animais, como substância
reserva. A parede celular é quitinosa, a quitina é uma substância característica dos animais.
Contudo, a grande tendência dos estudiosos foi a de colocá-los junto das plantas, embora as
evidências estruturais e funcionais os coloquem mais próximos dos animais. A disciplina
biológica que se dedica ao estudo dos fungos chama-se Micologia. Leveduras, bolores e
cogumelos são as formas mais conhecidas deste grupo.
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Diversidade, Hábitos, Ecologia e Importância dos Fungos
Os fungos estão bastante propagados na maior parte dos habitates, muitas vezes invisíveis ao
olho nú, habitando o solo e locais húmidos ou fixando-se sobre matéria orgânica morta, ou ainda
ocorrendo como simbióticos em animais e plantas. Em desertos e ambientes hipersalinos
(elevado teor de sal) e mares profundos também podem ser encontrados fungos. Certas formas de
fungos suportam condições extremas, tais como elevadas e baixas temperaturas, radiações UV e
cósmicas.
A maioria das espécies dos fungos cresce em forma de filamentos multicelulares (do talo)
chamadas hifas, que podem ou não ser septados. O conjunto de hifas forma o micelo. É preciso
salientar que alguns fungos crescem como células simples. A sua reprodução sexuada e
assexuada ocorre maioritariamente via esporos geralmente produzidos por estruturas
especializadas.
Algumas espécies perderam definitivamente a capacidade de produzir estruturas reprodutivas,
optando por uma reprodução vegetativa.
Estes são organismos de aspecto gelatinoso encontrados em lugares húmidos e sombrios, como o
chão de florestas, sobre troncos e folhas em decomposição. O corpo desses fungos pode ser
formado por células
mononucleadas isoladas ou em forma de colónias, ou ainda por um plasmódio polinucleado. Os
mixomicetos assemelham-se, em certas fases de sua vida, com protozoários, como as amebas,
pois conseguem emitir pseudópodes. Isto é possível, pois não apresentam parede celular, apenas
uma membrana flexível, o que lhes permite a movimentação. Ao deslizarem sobre o solo, vão
englobando diversas partículas orgânicas, além de bactérias e fungos. Podem reproduzir-se
assexuadamente, através da produção de zoósporos, ou sexuadamente, através da fusão de
determinadas células que formam um zigoto
Divisão Acrasiomycota
Esta divisão apresenta uma classe das Acrasiomicetes que é formada por amebas que se agregam
formando originando plasmódios ou pseudoplasmódios. A parede celular destes contém celulose.
Ciclo de vida
Na fase de multiplicação vegetativa as amebas se dividem. As amebas se agregam a seguir sem
se fundir através de forças de interacção quimiotática e que se dá graças a presença de uma
substância denominada acrasina. Esta fusão depende da abundancia ou não dos alimentos.
Os plasmódios agregados reptam (rastejam) pelo substrato até formar um corpo culmonar. Nesta
fase mantém-se a individualidade das amebas unicelulares enquanto se processa a diferenciação
que leva a formação do corpo frutífero (fase latente em que as amebas estão envolvidas por uma
parede celular dura), as novas amebas são liberadas e reptam pela superfície até atingirem a parte
superior onde se forma o esporângio (que contém células redondas e haploides). Depois da
esporulação, as células da cortiça morrem.
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Divisão Myxomicota
Os plasmódios se originam por fusão de mixoflagelados ou mixamebas que em certa fase do seu
ciclo de vida apresentam a parede celular com galatosamina. Esta divisão apresenta 3 classes:
Myxomycetes, Protosteliomycetes e Labyrinthulomycetes. Na classe Myxomycetes a fase
vegetativa é um plasmódio não dividido em células (há fusão entre as amebas). O plasmódio
diploide é revestido por uma parede dupla sem celulose nem quitina, mas sim por polímeros de
galactosamina. Apresentam colorações vivas em seus plasmódios, sobretudo nos corpos
frutíferos (que são usados como indicadores de tipos de solos).
Ciclo de vida
Os esporos germinam em água ou substrato húmido (estes podem permanecer cerca de 70 anos
enquanto as condições não forem favoráveis para a germinação) e originam amebas flageladas
que originam amebozigotos que a seguir se fundem por plasmo ou cariogamia. A formação de
corpos frutíferos se dá em condições determinadas (substrato, temperatura, PH e luz). Os corpos
frutíferos apresentam parede externa calcária.
Nutrição
A nutrição é com base em diferentes microorganismos (bactérias, leveduras, protozoários e hifas
de fungos) que são fagocitados e digeridos por acção enzimática, o que não se digere é expelido
dentro de algum tempo. Na classe Protosteliomycetes os plasmódios se formam a partir de
células não flageladas. Nas Labyrinthulomycetes encontra-se espécies endo parasitas de plantas
marinhas como a Zostera sp. e a Lamnaria sp. os plasmódios se originam de células bi-
flageladas. dos Myxomicota
Divisão Plasmodiophoromycota
Difere das outra divisões pela particularidade na divisão do núcleo. Pressupões-se que os
indivíduos dessa divisão sejam descendentes de Myxomycetes endoparasitas, mas os seus
esporos apresentam dois flagelos com comprimentos desiguais. O ciclo de vida apresenta
plasmódios haplóides e diplóides. Ex: Plasmodiophora brassicae que causa a hérnea da couve.
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Mycobionta
Os fungos são organismos eucariontes, heterótrofos e, em sua maioria, multicelulares. Suas
células apresentam reforço celulósico externo, como nas algas e vegetais, porém é comum a
presença de depósitos de quitina, substância característica dos animais. Os fungos são seres
aclorofilados e possuem o glicogênio, típico dos animais, como substância reserva. A maioria
dos fungos é fixa ao substrato, porém, os mais primitivos apresentam mobilidade em uma fase da
vida, locomovendo-se pela emissão de pseudópodes, como as amebas. Os fungos executam
nutrição externa, ou seja, vertem enzimas sobre o alimento (substrato) e absorvem as partículas
previamente digeridas. As substâncias são distribuídas através de uma corrente citoplasmática
que percorre todas as células A respiração pode ser aeróbia ou anaeróbia facultativa, como nas
leveduras. Muitos promovem a fermentação alcoólica como em Saccharomyces cerevisae
utilizado para a produção de vinhos e cervejas. A excreção é feita por difusão direta pelas
células. Apresentam reprodução gâmica ou agâmica com a produção de esporos semelhantes aos
vegetais. As células dos fungos estão intimamente ligadas uma às outras,
formando uma massa de longos filamentos multinucleados chamados hifas. Elas correspondem a
tubos microscópicos que podem ou não apresentar septos transversais, delimitando as células. A
reunião das hifas ramificadas e entrelaçadas constitui o micélio. Muitos fungos podem formar os
corpos de frutificação de tamanho, forma e cores variadas, como os cogumelos, champignon e
orelhas-de-pau.
Os corpos de frutificação somente surgem em períodos de reprodução sexuada. Quando dois
micélios pertencentes a sexos diferentes se encontram, as suas hifas se organizam para a
formação do corpo de frutificação ou basidiocarpo (cogumelo).
Divisão Oomycota
Estes fungos apresentam celulose na parede celular. São os chamados fungos d'água porque
muitos são aquáticos. Alguns se nutrem à custa da matéria orgânica em decomposição, como os
Saprolegnia parasitica, que decompõem principalmente insectos mortos. Certos oomicetos são
parasitas de vegetais, como Phytophthora infestants, que causa a ferrugem na batatinha, ou o
Plasmopora vinicola., causador de doenças em uvas, maçãs e peras. A reprodução assexuada se
faz por zoósporos, enquanto a reprodução sexuada se faz por gámetas perfeitamente distintos.
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Ciclo de vida das Oomycota
Divisão Eumycota
Em consequência da sua adaptação a vida fora da água os Eumycota perderam completamente os
zoosporos e os gâmetas flagelados, entretanto os representantes primitivos desta classe
apresentam um flagelo liso. A parede celular contem sempre quitina, não tem celulose. Alguns
representantes desta divisão contém parede com galactosamina-galactano (classe
Trichomycetes) outros representantes mais conhecidos são as Saccharomyces em que se encontra
a Saccharomyce cerevisiae.
Physoderma maydi- causa a mancha morron no milho.uma espscie bem conhecida è Allomyces
arbuscula.
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Classe das Zygomycetes
As Zygomycetes possuem em geral micélio de hifas muito ramificadas que carecem de septos e
são plurinucleadas. Na reprodução sexuada não se formam gâmetas sempre se copulam
os gametângios inteiros (gametângiogamia) resultando num zigósporo, este germina graças a
ocorrência de meioses resultando num esporângio germinal que fragmenta-se endogenamente
formando um grande número de meiósporos.
Esta classe contém cerca de 500 espécies que são esporófitas que se incluem em três ordens tais
como: Mucorales, Endogonales e Entomophtorales. A maioria destes fungos são conhecidos
como fungos do pão..
Ordem mucorales: Mucor mucedo (bolor abundante em substancia rica em açúcar)
Rhizopuz nigracans (bolor de pao)
R. stolonifer. Bolor negro, ataca substâncias ricas em carbohidratos
Ordem Endogonales: Endogone lactiflua
Ordem Entomophtorales: Entomophtora muscae
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Classe ascomycota:
Correspondem ao grupo de fungos mais numerosos. Caracterizam-se por apresentarem o asco,
uma estrutura resultante da reprodução sexuada. No interior do asco, existem os ascosporângios,
onde são produzidos os esporos (ascósporos). Portanto, realizam tanto reprodução sexuada, como
assexuada. No entanto, também podem realizar a metagênese ou alternância
de gerações. A maioria dos ascomicetos realiza decomposição de matéria orgânica, mas alguns
podem parasitar os vegetais. É o caso do Claviceps purpurea que causa uma patologia vegetal
conhecida como o "esporão do centeio". Este fungo produz um alcalóide tóxico denominado
ergotamina. Quem consumir o centeio com o fungo sofrerá uma intoxicação denominada
ergotismo. Pode surgir gangrena, espasmos nervosos, ilusões psicóticas, convulsões e até mesmo
a morte. A ergotamina é a matéria-prima inicial para a síntese do poderosíssimo alucinógeno
conhecido como LSD ou Dietilamida do Ácido Lisérgico. O género Saccharomyces e muitas das
suas variedades são utilizados na fabricação de pães, cervejas, vinhos e álcool etílico comercial.
Espécies do género Aspergillus são usados na fabricação do sakê e do molho de soja shoyu. O
Penicillium roquefortti e o Penicillium camembertii são empregados na fabricação de queijos
que levam seus nomes.
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Sistemática:
Subclasse Protascomycitidae:
São ascomycetes que não formam corpos frutíferos, hifas nem ascosporos.
Saccharomyces servisiae. Usada na fermentação de cerveja aguadentes e pão.
Subclasse Euascomycetidae:
Ordem Aspergillales ou Plectascales:
Tem a reprodução sexuada com formação de ascosporos e sexuada com formação de
conidiosporos.
Piniccillium notatum, P. Patulum, são usados no fabrico de antibióticos.
Aspergilus flavus, A. glacus, provocam a deterioração em alimentos e forragens armazenadas.
Ordem Erisiphales.
Erisiphe gramines: causa míldio em cereais e em gramíneas.
Ucinula necator: provoca o mofo branco em pereiras.
Ordem Clavicipitales;
Claviceps purpúrea: parasita de cereais, trigo e centeio
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Subclasse: holobasidiomycetidae.
Ordem hymenomycetales
Subordem polyporinales
Polyporus destuctor- orelhas de pau que vivem nos troncos de arvores e nas paredes de casas de
madeira.
Boletus escabor, B. edulis são cogumelos comestíveis.
Boletus Satanás, e um cogumelo extremamente venenoso.
Subordem agaricinales:
Agaricus campestris: cogumelo comestível.
Ordem uredinales: são parasitas obrigatórios.
Hemileia vastatrix: ferrugem do café
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Os deuteromicetos estão presentes nos mais variados ambientes, sendo que algumas espécies são
parasitas e causadores de doenças, inclusive no homem. O Trycophyton sp. é um deuteromiceto
causador da micose conhecida como frieira ou pé-de-atleta. O fungo Candida albicans é o
causador do sapinho da língua e da vulvovaginite, conhecida como monilíase ou candidíase.
Ordem Melanconiliales;
Glomerella lindemuthiana provoca manchas pretas nas vagens de feijão. (antracnose)
Ordem moniliales:
Trichopyton tonsurans: provoca micoses graves em pessoas
Cercosporella hepotrichoides: podridão de caule de cereais.
LEVEDURAS:
São fungos unicelulares e filamentosos que se reproduzem assexuadamente por brotamento. A
maioria das leveduras pertence aos ascomycetes, na qual se reproduzem assexuadamente, com a
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formação de ascosporos. Muitas leveduras são usadas como fonte de etanol para o fabrico de
bebidas alcoólicas, e outras são usadas na panificação.
ALGAS EUCARIOTAS:
O nome alga, palavra que vem do latim e significa "algae, planta marinha". Embora não se
possa descrever a organização da vida primitiva com absoluta certeza, os registros fósseis
indicam firmemente que organismos semelhantes às algas atuais viveram há mais de três bilhões
de anos. Isso não permite afirmar categoricamente que as algas foram os seres vivos mais
antigos, pois os registros fósseis são sempre incompletos, mas há indícios de que as algas,
juntamente com as bactérias e certos fungos, são organismos extremamente antigos (Bold, 1972).
Por isto e em virtude da relativa simplicidade da maioria das algas, o estudo sobre a diversidade
do reino vegetal se iniciará nesses organismos.
O termo alga, usado a partir de 1753 e introduzido por Lineu é aplicado a uma variedade tão
grande de organismos que hoje não se pode atribuir um significado preciso a ele. As algas
abrangem as Talófitas clorofiladas (e seus aparentados não pigmentados) que têm como único
caráter comum a ausência do envoltório multicelular nos esporângios e gametângios, tal como
ocorre nas briófitas mais primitivas. A única exceção é o gametângio das Caráceas.
As algas habitam em água doce ou salgada e podem ocorrer também no solo ou em associação
com fungos (formando os líquens), vegetais ou certos animais.
Por serem organismos fotossintetizantes têm um importante papel como produtores primários
formando a base do ciclo nutricional para a vida aquática animal. Além disso oxigenam o
ambiente e ainda podem fixar nitrogênio atmosférico (cianofíceas).
As algas ainda podem ser úteis ao homem de várias maneiras: como alimento (muitas espécies
marinhas são utilizadas como alimento pelos orientais) ou em dentifrícios e etc. Por outro lado,
muitas algas podem excretar produtos tóxicos ao homem e demais animais, como é o caso da
"maré vermelha" que mata peixes e ocorre devido a um "bloom" (crescimento excessivo) de
Gonyaulax e outras pirrófitas.
Organização celular
Com exceção das cianofíceas, todas as demais algas são eucarióticas. Apresentam cloroplastos,
que variam em forma e pigmentação nas diversas divisões. O núcleo muitas vezes pode estar
mascarado pelos plastos. Algas unicelulares móveis possuem um ou mais flagelos.
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As cianofíceas diferem de todas as demais algas na sua organização celular. Em certos aspectos
assemelham-se muito às bactérias, sendo por isso denominadas cianobactérias. Não possuem
qualquer organela interna, seus pigmentos acham-se localizados em lamelas citoplasmáticas e
não chegam a constituir um cloroplasto.
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c) Hormogônios: nas cianofíceas filamentosas, cada "fio" é uma colônia filamentosa que
não ultrapassa certo comprimento, podendo se multiplicar por fragmentação. Cada
filamento que se separa da colônia recebe o nome de hormogônio. Essa separação pode se
dar por morte de algumas células do filamento, isolando o fragmento, ou por simples quebra
do filamento.
Figura: Tipos de reprodução sexuada com base na forma dos gametas. (a) isogamia: os gâmetas
têm igual tamanho e forma. (b) anisogamia, um gameta (convencionalmente dito masculino, é
menor que o outro. (c) oogamia, onde o gameta feminino é imóvel.
No processo oogâmico os gametas femininos são imóveis podem liberar substâncias que atraem
os gametas masculinos. As oosferas são mais volumosas e armazenam reservas imprescindíveis
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para a germinação do zigoto. Há casos onde o gametângio feminino é tão grande que produz
somente uma oosfera. Os anterozóides são ágeis, pequenos e produzidos em grande quantidade.
Ex: Dictyota . É importante relembrar os ciclos de vida, que se distinguem de acordo com a
posição da fecundação e meiose no ciclo de vida dos vegetais. Podem ser: haplonte, diplonte e
haplodiplonte.
a) Haplonte: a meiose ocorre logo após a fecundação e formação do zigoto, sendo portanto
meiose zigótica ou inicial. Os indivíduos do ciclo são haplóides.
b) Diplonte: os indivíduos do ciclo são diplóides (2n) e portanto a meiose ocorre na formação
dos gametas (n) e por isso é chamada gamética ou final.
c) Haplonte-diplonte ou Haplodiplonte: em um mesmo ciclo de vida há alternância de uma
fase de indivíduos diplóides com uma fase de indivíduos haplóides. Isso é chamado de
alternância de gerações ou metagênese.
Divisão 1 : Cianophyta
Constituída pelas algas azuis ou cianobactérias. São procarióticas unicelulares, filamentosas ou
coloniais. Pigmentos: clorofila a, xantofilas, ? -caroteno e ficobilinas (ficocianina e ficoeritrina).
Ocorrem em água doce e salgada, bem como em ambientes terrestres e fontes termais, não
possuem núcleo diferenciado nem organelas citoplasmáticas (procariontes) e os pigmentos
localizam-se em lamelas citoplasmáticas (tilacóides). Algas azuis unicelulares como
Chrorococcus, multiplicam- se por divisões celulares sucessivas, seguidas da separação dos
produtos das divisões como células individuais. Em Merismopedia não há essa individualização
das células divididas, formando um tipo de organização em colônia. A reprodução por
fragmentação também pode ocorrer em Oscillatoria, Nostoc e Anabaena, que são filamentosas.
Os filamentos de muitas espécies de Oscillatoria são móveis, bem como seus hormogônios.
Células especializadas com paredes espessas e maiores que as células vegetativas aparecem em
certas cianófitas filamentosas e são chamadas de acinetos (esporos de resistência). Muitas
G.Jossamo 34
espécies também produzem heterocistos, que são estruturas especializadas para a fixação de N2
(possuem nitrogenase). A parede celular contém celulose e há freqüentemente excreção de
mucilagem pela célula, que pode se difundir no meio e constituir uma bainha.
Algumas cianofíceas vivem em associação com outros vegetais. Um caso bem conhecido são
aquelas que vivem em cavidades especiais no talo de Anthoceros (Briófita) e em cavidades nas
folhas flutuantes de Azolla (Pteridófita aquática). A associação com fungos para formar os
líquenes é muito comum. As algas azuis classificam-se numa classe única: Cyanophyceae
subdivididas em quatro ordens: Chroococcales, Pleurocapsales, Chamaesiphonales e
Hormogonales (cuja reprodução sexuada não é conhecida).
Divisão 2: Chlorophyta
Incluem-se nesta divisão as algas verdes. Contém clorofila a, b, ? -caroteno e várias xantofilas
(principalmente luteína). As células contém de um a muitos núcleos (cenocíticas) e desde um até
muitos cloroplastos com as formas mais diversas. São de distribuição tão ampla quanto as algas
azuis, porém têm predominância nas formações de água doce. Há muitas formas tubulares e
membranosas marinhas. Existem representantes unicelulares, coloniais, filamentosos,
membranosos e tubulares. A reprodução sexuada vai desde a isogamia até oogamia. Além disso,
em muitos géneros ocorre reprodução assexuada por zoósporos, por ex: Chlamydomonas. A
reprodução assexuada pode-se fazer por simples divisão, pela dissociação de filamentos ou pela
formação de zoósporos, aplanósporos ou autósporos. Algumas algas verdes filamentosas não
ramificadas, como Spirogyra reproduzem-se sexuadamente por um processo de conjugação, que
consiste na união de gametas amebóides. Em certas ordens há uma nítida alternância de
gerações. Apresentam amido como material de reserva (nos pirenóides). Em certas espécies não
há, basicamente, paredes transversais ou septos dividindo as células ao longo de toda a fase
vegetativa do ciclo vital. Tais células não divididas e multinucleadas são chamadas cenocíticas e
resultam de repetidas divisões nucleares sem a formação de paredes celulares. Codium magnum,
a maior clorofícea conhecida, é um membro desta linha evolutiva e pode atingir até 8 metros de
comprimento. Clorofíceas multicelulares: um dos passos mais críticos na história dos vegetais
foi a transição da condição de célula solitária, tal como Chlamydomonas, para de multiplicidade
celular. Encontram-se vários tipos de multiplicidade celular entre as clorofíceas , dependendo do
plano no qual as divisões ocorrem. Caso as divisões se restrinjam a um único plano, resultarão
filamentos (por exemplo, Spirogyra). Caso ocorram divisões em dois planos, podem originar
G.Jossamo 35
filamentos ramificados (é o caso de Cladophora) ou lâminas planas. Se as divisões forem em três
planos, haverá a formação de um corpo tridimensional como ocorre em Ulva (alface do mar).
Divisão 3: Euglenophyta
Os euglenóides, como são chamados, são unicelulares flagelados e bem conhecidos através de
exemplos como Euglena, Phacus e Trachelomonas. Não apresentam parede celular, mas sim
uma película ou lórica (em Trachelomonas). Vivem em água doce, mas podem habitar água
salgada, geralmente são mixotróficos e alguns heterotróficos. Possuem clorofila a e b e
carotenóides. Armazenam carboidratos na forma de paramido, que se forma fora do cloroplasto.
A reprodução se dá por divisão celular. As células se dividem longitudinalmente formando duas
células novas idênticas. Não há reprodução sexuada conhecida. As formas são flageladas, sendo
um flagelo longo emergente com pêlos muito finos em um dos lados e um outro flagelo pequeno,
não emergente.
Figura 7.3: representação esquemática de algumas clorófitas. 1-5: Oedogonium (1. Filamento
vegetativo; 2. filamento formando zoósporo; 3. dois oogônios; 4. formação de zoósporos; 5.
oogônios de outra espécie). 6- Zygnema (filamento vegetativo). 7- Spirogyra, célula vegetativa e
8- zigotos. 9 a 11- Mesotaenium (indivídous vegetativos, início da copulação, zigoto jovem e
mais velho, respectivamente). 13- Micrasterias (indivíduo). 14- Closterium (indivíduo). 15
Bryopsis (parte superior de um indivíduo). (Adaptado a partir de Joly, 91).
Divisão 4 : Chrysophyta.
É constituída por três grandes classes: Chrysophyceae, Xanthophyceae e Bacillariophyceae.
Classe Chrysophyceae Apresentam uma coloração "marrom dourada" e apresentam clorofila a, -
caroteno e xantofilas (luteína e fucoxantina). É frequente a impregnação das paredes celulares
com CaCO3. Ocorre nesta classe a formação de estatósporos. A maioria é unicelular e colonial,
flagelada (2 flagelos diferentes). Seu material de reserva é a crisolaminarina. Ex : Synura,
Mallomonas, Dinobryom.
G.Jossamo 36
Classe Xanthophyceae
Algas verde-amarelas, com clorofila c, na maioria unicelular, flagelada (2 flagelos lisos de
tamanhos diferentes), algumas filamentosas, cenocíticas e coloniais. Vivem preferencialmente
em água doce. Material de reserva: crisolaminarina, não têm fucoxantina.
A reprodução sexuada é como nas clorófitas. Competiram com as algas verdes pelas águas
continentais e não foram bem sucedidas.
G.Jossamo 37
Gêneros freqüentes são: Melosira, Coscinodiscus, Chaetoceros, Biddulphia, Triceratium, etc.
Alguns indivíduos estão representados na figura 7.4. Reprodução assexuada (divisão
longitudinal) e reprodução sexuada.
G.Jossamo 38
Na maioria das plantas de semente actuais, desenvolve-se um embrião dentro da semente antes
da dispersão (excepto para Ginkgo). Todas as sementes contêm reservas de alimentos. O
endosperma primário deriva directamente do tecido gametofítico haplóide e é formado antes da
fertilização.
Phyllum Cycadophyta
Conhecidas desde há 250 milhões de anos (Pérmico) e ainda persistentes como fósseis vivos,
muito numerosas no Mesozóico (130 a 100 milhões de anos) – “Idade das cicas e dinossauros”.
A única família (Cycadaceae) que chegou aos nossos dias compreende 11 géneros e 140 espécies
nas regiões tropicais e subtropicais. As plantas são semelhantes a palmeiras pois as folhas
funcionais apresentam-se em grupos de 5 no cimo do caule semelhante a espique densamente
coberto pela base das folhas. Podem atingir 8 ou mais metros. Apresentam crescimento
secundário devido à actividade de um câmbio vascular, contrariamente às palmeiras
G.Jossamo 40
A parte central é uma grande massa de medula. Por vezes são altamente tóxicas por terem
neurotoxinas e substâncias carcinogénicas. Hospedam cianobactérias e assim fixam o azoto
atmosférico enriquecendo assim os locais onde habitam. São plantas dióicas que exibem flores
nuas dispostas em estróbilos no ápice. As masculinas são constituídas por folhas estaminais em
forma de escama ou escudo, com numerosos sacos polínicos na página inferior. O tubo polínico
é não ou pouco ramificado e o esperma multiflagelado. Têm um microgametófito com dois
espermas. As flores femininas do tipo mais arcaico encontram-se em todas as espécies do género
Cycas. O ápice vegetativo caulinar produz geralmente um grande número de carpelos,
cobertos por denso indumento castanho-amarelado, em vez de folhas vegetativas; estas folhas
carpelares não se tornam verdes e na parte inferior formam alguns óvulos em posição marginal.
O ápice vegetativo não cessa o desenvolvimento e após algum tempo forma novamente folhas
vegetativas e catafilos. As flores femininas das Cycas, muito primitivas, não apresentam
crescimento limitado, contrariamente às suas flores masculinas e femininas e masculinas de
todos os outros géneros de cicadáceas em que o ápice vegetativo suspende a sua actividade, tal
como todos os espermatófitos. Após a fecundação, que ocorre após alguns meses da polinização
(que é entomófila – grupo dos coleópteros (escaravelhos)), desenvolvem grandes sementes, cujos
tegumentos se tornam carnudos exteriormente (sarcotesta) e pétreos, pela formação de
esclerênquima interiormente (esclerotesta).
Devido às suas decorativas folhas penatissectas, cultivam-se muitas vezes em estufa, podendo
também ser encontradas em alguns dos nossos jardins ao ar livre, principalmente Cycas revoluta,
originária de Java.
Phylum Coniferophyta
A designação conífera significa com cones ou pinhas e refere-se aos agrupamentos das flores
femininas, que são muito reduzidas e confundem-se com as escamas ovulíferas; frequentemente
também soldadas com as suas brácteas (escamas protectoras). Estes complexos de escamas
protectoras e ovulíferas formam muitas vezes inflorescências estroboliformes (pinhas). É a mais
numerosa, a mais espalhada e ecologicamente a mais importante das divisões das
gimnospérmicas actuais. Compreende cerca de 70 géneros e 630 espécies pertencentes a 7
famílias. Como exemplo refere-se Sequoia sempervirens (conífera) a planta vascular mais alta
das costas da Califórnia e Sudoeste de Orégão, com 113 m de altura e 11 m de diâmetro. Às
coníferas pertencem árvores como pinheiros, abetos, píceas de grande valor comercial.
As coníferas datam do período Carbónico (300 milhões de anos). As coníferas
G.Jossamo 41
actuais têm as folhas aciculares (em agulha) ou escamiformes, com muitas características de
resistência à secura, benefícios ecológicos em certos habitats e relação com a diversificação do
filo no período Permiânico (290 a 245 milhões de anos), vivendo em geral vários anos (excepto
Larix decidua Miller, de folha caduca).
Principais famílias e generous
.
Família Pinaceae
A esta família pertencem as coníferas florestais mais importantes. A ela pertence o género Pinus
L., género que dá o nome à família e à divisão. Géneros:
Abbies – abetos – o abeto comum (Abbies alba Miller),
Cedrus – cedros – uma das espécies é o Cedrus libani A. Richard, cujas plantas
desempenhavam um papel muito importante na Antiguidade.
Larix – larício – o larício europeu (Larix decidua Miller
Pinus – pinheiros. Os pinheiros possuem uma raiz principal que penetra profundamente no
subsolo e permite- lhes extrair água suficiente mesmo em solos secos e arenosos. Podem ainda
associar-se a alguns fungos, formando as micorrizas, associação benéfica para ambos, podendo
deste modo retirar mais facilmente os nutrientes do solo. O pinheiro-silvestre (Pinus sylvestris
L.) forma extensas florestas no Centro e
Tsuga – tsugas Pseudotsuga – pseudotsugas – a pseudotsuga (Pseudotsuga menziesii (Mirbel)
Franco, que é muito apreciada pelas suas folhas, aroma e qualidade da madeira, é originária da
América do Norte.
Cupressaceae
As cupressáceas adquiriram o nome do género típico - Cupressus. Géneros:
Chamaecyparis – falsos-ciprestes. Chamaecyparis lawsoniana (A. Murray) Parl é uma espécie
muito conhecida.
Cupressus – ciprestes. O cipreste comum (Cupressus sempervirens L.)
Juniperus – juníperos, zimbros. Juniperus communis L.
Thuya - árvore vida, tuia. Plantadas nos jardins como ornamenta.
Araucariaceae
Géneros: Agathis
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Araucária – araucárias. Plantas originárias da América do Sul.
Taxodiaceae
Géneros: Metasequoia Sequoia – sequóias. As sequóias Sequoia sempervirens (D. Don) Endl. e
Sequoia dendron giganteum (Lindl.) Buchh., podem atingir mais de 100 m de altura.
Sequoiadendiron – sequóia gigante
Phyllum Ginkgophyta
Compreendem um só género e uma só espécie Ginkgo biloba, que evoluiu pouco desde há 150
milhões de anos.
Apareceu no Pérmico (270 milhões de anos). Actualmente é considerada um fóssil vivo, pois é a
mais antiga das árvores actuais; não crescendo espontaneamente no mundo, mas os chineses e
japoneses preservaram-na em templos. A partir daí foi introduzida em toda a parte há cerca de
200 anos em parques e jardins.
Tem ramificação aberta e dicotómica, tornando-se atractiva, imponente, de crescimento lento até
30 ou mais metros. As folhas dos raminhos são inteiras, as dos ramos longos e das plântulas
profundamente lobadas, em forma de leque (flabeliformes), acunheadas e percorridas por
nervuras ramificadas dicotomicamente, são caducas no Outono.É resistente à poluição aérea,
cultivada nos parques e jardins e passeios urbanos. É dióica como as cicas.
Apesar de grande diversidade de tamanho e forma, todas as plantas com flores, tais como׃
maripousa, bananeira, cacto, etc, têm um padrão similar apresentam raizes, talos e folhas
integradas de tal forma que lhes permitem viver e crescer como uma unidade; em determinada
época durante o seu ciclo de vida florescem, se reproduzem dando origem a novas plantas.
Caracteristicas gerais
G.Jossamo 44
▪ Nas sementes
▪ Nas folhas
▪ Nas raizes
Um só carácter porque há plantas que pertencem a uma classe e apresentam 1 caracter de outra.
Classe magnoliopsida
São tambem designados de dicotilidoneas caracterizadas por possuir raiz aprumada, feixes
vasculares do caule constituindo aneis, apresentam crescentimento secundário; evoluiram folhas
inteiras ou diversamente recortadas, geralmente com reticulo acentuado (nervação peni ou
palminérvia).
Família
1.Magnoliaceae
▪ Fórmula floral
P∞ A∞ G∞ ou S∞ P∞ E∞ P∞
Exemplo; mognolia
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2. Annonaceae
Anona senegalensis
Uso
Classe ramunculospsida
Familia ramunculaceae
Agrupa 30 generos e cerca de 100 especies, ocorrendo nas regiões temperatura das e frias do
globo terrestre. Estas espeies são herbaçeas ou sulenhosas, com flores de 1 modo geral
hermafroditas apresentam um calice dialisipalo e corola inexistente
Os estames são 5 ou mais, são livres e possuem antera biloculares. O ovario, 1 ou mais por flôr e
supero. Os frutos são secos
Exemplo: Aquilegia SP
São uvas que mostram muitas adaptações aõs locais secos por isso׃folhas reduzidas com uma
carta tendência a tolerância ao solo.Algumas holófitas e há algumas xerófitas de cuja suculência
é justificada pelos tecidos que armazenam e possuem aspectos carnudos. Flores radiais tri ate
pentâmanas, na maioria com gineceu isocarpela, algumas familias contem
soponinas,betacioninas.
1. Ordem Numphaeles
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Nota: Usa se tambem como tempero.
2. Ordem Casuarinales
Árvore de foliagem persistentes lenhosos, muito ramificados monóicos ou dióicos, com ramos
estriados articulados, folhas em verticilos de 4 á 16, escamiformes, forma uma bainha á volta do
raminho.
usado na ornamentação.
3 Ordem Urticales
Familia Moraceae
Com 1550 espécies (família de amoreira). São plantas lenhosas com suco leitoso. Trata-se de
árvores ou arbustos dióicos ou monóicos são perianto, 3 estigmas,1 único óvulo bicarpelar de
folhas caducas ou persistentes.
Folhas alternas simples com 3 à 5 nervuras básicas, com duas estipulas pequenas.
Fabricação de borracha
Preparação
▪ Alimentação.
Articarpus sp.
Usos
Cactus sp.
Classe Rosidae
São trepadeiras, ervas arbustros, árvores, com folhas simples ou compostas com estipulas. As
flores geralmente ciclicas. As pétalas são livres, ovário súpero ou ínfero; o androceu
frequentemente com vários verticilos, giniceu acocárpico, isto é, os carpelos variam de livres até
sincarpicos. Os estiletes geralmente livres, os frutos são complexos.
Família Saxifragaceae
Estão agrupados 24 géneros e cerca de 350 espécies, aparecendo nas regiões temperadas e frias
do globo. Possuem folhas simples e são estipulas, as flores apresentam 1 cálice com 4 à 5 sépalas
ligadas na base.
Família Rosaceae
G.Jossamo 48
Árvores arbustros ou ervas, frequentemente espinhosa, folhas alternas, simples ou compostas e
geralmente com estipulas.
Usos
Rosa sp (Roseira)
Prunus avium (cerejeira)
Ervas: a maioria são da família poaceae; estrutura primária da raíz e do caule; frequentemente
são paralelinínerveas.
Têm flores com estruturas variáveis ou bissexuada, corola típica formada em 5 partes, ovário
súpero ou epigínico. O fruto é normalmente vagem, mais pode aparecer a cápsula.
Família Mimosaceae
Família Caesalpiniaceae
Plantas das regiões tropicais com folhas pinuladas e bipinuladas, parepinuladas, raramente
simples; em regra as flores são zigomórficas.
Exemplo:
Exemplo:
G.Jossamo 50
Dalbergia melanoxylon (Pau-preto)
Abrus precatorius
Ordem Laurales
Família Lauraceae
Cassyta filiformis
Ordem Piperales
Família Piperaceae
G.Jossamo 51
Ex׃Piper nigrum (pimenta)
Ordem Myrtales
Familia Myrtaceae
Exs׃Eucalyptus sp.
Syzygium aromaticum
Syzygium cordatum
Ordem urticales
ײ serpenta
Humulus hipulus
Ordem Passiflorales
Família Passifloraceae
Com 60 espécies trepadeiras, com gavinhas auxiliares, folhas alternas, ramo lateral, sementes
mucilaginosas.
Ordem Cucurbitabitales
Cucuarbita pepo
Cucurbita maxima (Abóbora menina)
G.Jossamo 52
Cucumis sativus (Pepino)
Cucumis melo (Melão)
Citrullus lanatus (Melancia)
Momordica balsamina
Lagenaria sp
Ordem Rutales
Família Rutaceae
Com 1600 espécies que tem a origem na Ásia Austral. De glândulas conoríferas, produtoras de
óleos aromáticos é característica principal.
Família Anacardiaceae
Com 60 espécies, flores unisexuais, presença de canais resiníferos e o ovário em regra uniovular,
e a fruta drupácia.
Ordem Sapindales
Família Sapindaceae
Litchi chinensis
G.Jossamo 53
Família Apiaceae ou Umbelliferae
Agrupa 230 géneros e cerca de 1300 espécies estando disseminada em todo o globo terrestre.
Possuem inflorescencia, constituindo capítulos ou umbelas (simples ou maioritariamente
compostas). As flores são pequenas e o seu cálice é inexistente ou limitado a diminutas sépalas.
A corola é pentapétala e possui 5 estames. O ovário é ínfero sendo constituído por duas estigmas.
Os seus frutos são secos e biloculares (com uma semente em cada lóculo).
Petroselinum crispum(salsa)
Ordem Rhammales
Família Rhammaceae
Agrupa 50 géneros e cerca de 450 espécies, desenvolvendo-se nas regiões quentes, temperadas e
frias. As espécies lenhosas possuem folhas simples e alternas. As flores são pequenas e monóicas
ou unisexuais. O cálice é gamosépalo, e a corola ou é inexistente ou apresenta 4 à 5 pétalas e
ocorrem 4 ou 5 estames. Os ovários são triloculares e súperos, ou semi-ínfero. O fruto é
carnudo.
Exemplo;
Zizuphus quadrangularis
Z. mucronata
Z. mauritânia (Maçaniqueira)
Família Vitidaceae
Agrupa 11 géneros e cerca de 480 espécies, ocorrendo nas regiões quentes e temperadas. Estas
espécies são sarmentosas e possuem gavinhas. As folhas são alternas e lobadas.
G.Jossamo 54
As inflorescências constituem cachos compostos de flores pequenas, regulares, monóicas ou
unisexuais. O cálice é rudimentar, e a corola possui 5 pétalas soldadas, e constituindo uma
espécie de tampa destacável.
Exemplo:
Cissus quadrangularis
C. cactiformis
Família Portulaceae
São aproximadamente 25 géneros e 140 espécies, surgindo em todo o mundo. As espécies são
herbáceas e possuem folhas inteiras, por vezes carnosas.
As flores são monóicas e regulares. As sépalas são livres ou ligeiramente soldadas na base. A
corola é inexistente ou dialipétala e gamopétala. Os estames são livres e hipogínicos ou
perigínicos. O ovário é semi-ínfero ou supero. O fruto é seco.
Exemplo:
Ordem Polygonales
Família Polygonaceae
Possui cerca de 700 espécies representadas por 30 géneros, predominando em todo o mundo. São
herbáceas ou pouco lenhosas e possuem folhas simples e alternas.
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Exemplo:
Ordem Euphorbiales
Família Euphorbiaceae
Compõe-se de 244 géneros e 3500 espécies desenvolvendo-se nas regiões tropicais e temperadas.
Estas espécies possuem folhas simples opostas ou alternas e flores pequenas (nuas ou com
perianto).
Exemplo:
Ordem Violales
Família Caricaceae
Família Rhizophoraceae
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Exemplo:
Rhizophora mangle
Avicennia marina
Família Combretaceae
Exemplo:
Família Punicaceae
Tem um género e duas espécies que se desenvolvem unicamente nas regiões temperadas da Ásia
e Europa austral. Estas espécies são lenhosas, e possuem as folhas caducas, inteiras e
desprovidas de estipulas (modificações de folhas que se encontram nas bases das folhas grandes
usadas como protecção ou defesa da planta).
As flores são regulares monóicas e têm entre 5 à 7 pétalas livres. O número dos estames é
indefinido. O seu ovário é ínfero e possui apenas 1 estilete. O fruto é carnoso, polispérmico e
contém 8 à 15 lóculos.
Exemplo;
Ordem capparales
Família capparidaceae
Agrupam-se 40 géneros e cerca de 380 espécies, ocorrendo nas regiões quentes e tropicais. Estas
plantas possuem folhas alternas simples ou compostas. As flores são monóicas regulares ou
G.Jossamo 57
irregulares. O cálice é dialissépalo com uma corola dialipétala ou inexistente. Os estames são
livres e o ovário é supero e unilocular. O fruto siliquiforme ou bassiforme.
Ordem Lamiales
Família Logamiaceae
Trata-se de um grupo heterogêno, tem flores radiais até zigomórficas, tetracíclicas e os estames
formam um ciclo.
S. mix
Família Apocinaceae
É constituída por 132 géneros e cerca de 1000 espécies que se desenvolvem nas regiões quentes
e temperadas globo terrestre.
Estas espécies possuem as folhas simples e inteiras. As flores são regulares e monóicas. A sua
corola é gamopétala. Os estames são em número de 5 com os filetes curtos, e as anteras são
livres ou aderentes ao estigma. O ovário é supero e os frutos são secos.
Exemplo:
Família Rubiaceae
Agrupa 350 géneros e cerca de 4000 espécies ocorrendo em todo mundo. Possuem caule
geralmente tetragonal com as folhas usualmente verticiladas. As flores são regulares, monóicas
ou unisexuais com a corola gamopétala. O número dos estames oscila entre 3 à 5. O ovário é
ínfero; os frutos são indiscentes, secos ou carnudos.
Família Oleaceae
Tem 21 géneros e cerca de 400 espécies que se encontram em todo o mundo. As espécies são
lenhosas e possuem folhas isentas de estipulas simples ou compostas.
As suas flores de pequenas dimensões são monóicas e comportam um perianto regular. Os seus
estames são em número de 2 (2 filetes e ou anteras dependentes da espécie) e os ovários são
superos com estilete. Os frutos são carnosos e possuem uma à 4 sementes.
Exemplo:
Família Convolvulaceae
Integra 40 géneros e cerca de 950 espécies, germinando nas regiões tropicais ou temperadas do
globo. Estas espécies são herbáceas ou sublenhosas, e possuem folhas alternas e isentas de
estipulas. As suas flores são regulares e monóicas com a corola simpétala (campanulada ou
afunilada). Os seus estames são em número de 4 ou 5, e o ovário é supero. Os seus frutos são
capsulares, possuindo cada um, duas à quatro sementes.
Exemplo:
Ipomoea sp (Nabo)
Ordem Schrophulariales
Família Solanaceae
Agrupam-se 80 géneros e cerca de 1600 espécies que germinam somente nas regiões tropicais e
temperadas do mundo. Possuem folhas insentas de estipulas, alternas, opostas ou radicais. As
G.Jossamo 59
flores são monóicas e regulares. Os cálices são simsépalos e as corolas são simpétalas
(pentalobadas ou pentadentadas e caducas). Os seus estames 4 ou 5, estão inseridos num tubo da
corola, alterando com as respectivas divisões. Os seus ovários são súperos, possuindo os lóculos
numa quantidade compreendida entre 2 à 9 e um estilete.
Exemplo:
Família Pedaliaceae
Tem frutos secos e discentes. As sementes são ácidas e contém óleos e saponinas.
Exemplo:
Ordem Lamiales
Família Lamiaceae/Labiate
Exemplo:
G.Jossamo 60
Rosmarinus officinales (Alecrim)
Família Verbenaceae
Ordem Asterales
Exemplo:
Família Miliaceae
Família Lauraceae
Família Amarantaceae
Ordem Liliales
Família Liliaceae
Exemplo:
G.Jossamo 61
Aspargus setaceus (Espargo)
Família Agavaceae
Exemplo:
Família Dioscoreaceae
Ordem Orchidales
Família Orchidaceae
Ordem Bromeliales
Família Bromeliaceae
Família Musaceae
Ordem Cyperales
Família Cyperaceae
Exemplo:
Ordem Poales/Graminales
Família Poaceae
G.Jossamo 62
Exemplo:
Sorghum sp (Mapira)
Exemplo:
G.Jossamo 63
Leituras adcionais
As fanerógamas
(Do gr. phanerós, ‘aparente’, ‘visível’; gamos, ‘casamento’)
Fanerógamas é um termo usado para se referir aos vegetais superiores que se caracterizam pela
presença de flores, como órgãos de reprodução nitidamente visíveis, destacando-se de outras
traqueófitas, como as pteridófitas. As Fanerógamas também são conhecidas como
espermatófitas, pois são plantas que produzem sementes. A maioria das plantas bem sucedidas
tem na semente seu modo primário de reprodução e dispersão. Poderíamos dizer até que estamos
vivendo a "Idade das Sementes" e essa é o maior avanço evolutivo dos vegetais. Qual a razão de
tamanho sucesso?
1) Os esporos vegetais são compostos por uma única célula, enquanto as sementes
contém uma estrutura multicelular.
2) As sementes contém um suprimento alimentar. Após a germinação, o embrião dentro da
semente é nutrido pelo alimento nela estocado, até que ele seja auto-suficiente.
3) As sementes são protegidas por uma "capa" (tegumento) bastante resistente.
Podemos dividir as fanerógamas em dois grandes grupos:
As Gimnospermas, representadas pelos pinheiros, e Angiospermas, constituídas
pelas plantas que produzem frutos.
Todas as fanerógamas possuem tecidos vasculares, xilema para condução de água
e sais minerais e floema para condução de alimento. Há a alternância de gerações, mas a geração
gametofítica é significativamente reduzida em tamanho e é inteiramente dependente da geração
esporofítica. O megasporângio retêm o megagametófito em todas as espermatófitas. O
megasporângio é envolvido por 1 ou 2 camadas adicionais de tecido, os tegumentos. Estas
G.Jossamo 64
envolvem completamente o megasporângio exceto por uma abertura no ápice, a micrópila. A
estrutura inteira, incluindo megasporângio com megagametófito e tegumentos é conhecida como
óvulo.
4.2.1 Divisão Gymnospermae (gimnospermas)
Gymnospermae significa literalmente “semente nua”, ou seja, seus óvulos e
sementes encontram-se expostos na superfície dos esporófilos ou de estruturas análogas. Incluem
alguns dos vegetais mais interessantes do Reino Vegetal:
• Os maiores vegetais em termos de volume: Sequóias gigantes
• Os maiores em altura: Carvalho-vermelho
• Possuem os indíviduos de maior longevidade: pinheiro da Califórnia (Pinus aristata),
com mais de 4000 anos.
As gimnospermas apresentam uma série de vantagens evolutivas, quando as comparamos com as
pteridófitas.
a) Não há necessidade de água para transportar o gameta masculino. Ao invés disso, o
gametófito masculino parcialmente desenvolvido (chamado grão de pólen), transportasse para
as proximidades do gametófito feminino através de um processo chamado polinização, que
geralmente ocorre pelo vento nas gimnospermas.
b) Após a polinização o gametófito masculino produz uma estrutura tubulosa: o tubo
polínico, através do qual os gametas masculinos são conduzidos até o arquegônio, onde um deles
se fundirá com a oosfera. Nas Gimnospermas atuais ambos os gâmetas são imóveis. Nas
cicadáceas e gimkgo ocorrem anterozóides ainda. As gimnospermas compõem-se de 4 classes
(segundo Joly, 1991), com os seguintes representantes atuais:
G.Jossamo 65