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14 - A Santidade e A Nossa Vontade

O documento discute a importância da vontade na busca pela santidade, enfatizando que ela determina nossas escolhas entre o bem e o mal. Destaca a necessidade de submeter a vontade a Deus e de renovar a mente através da Palavra, além de manter vigilância sobre as emoções e desejos que podem nos afastar da obediência. Por fim, sugere a criação de um plano disciplinado para motivar a santidade, reconhecendo que é Deus quem opera em nós para realizar essa transformação.

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O documento discute a importância da vontade na busca pela santidade, enfatizando que ela determina nossas escolhas entre o bem e o mal. Destaca a necessidade de submeter a vontade a Deus e de renovar a mente através da Palavra, além de manter vigilância sobre as emoções e desejos que podem nos afastar da obediência. Por fim, sugere a criação de um plano disciplinado para motivar a santidade, reconhecendo que é Deus quem opera em nós para realizar essa transformação.

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Busca da santidade – A SANTIDADE E A NOSSA VONTADE


FILIPENSES 2.13
Em tudo o que já dissemos até agora sobre a nossa responsabilidade na
santificação — a necessidade de convicção, compromisso, perseverança, disciplina
e santidade no corpo e no espírito —, a atividade da nossa vontade está sempre
implícita.
É a vontade que, em última análise, decide se quer pecar ou obedecer.
É a vontade que escolhe ceder à tentação ou dizer não.
A nossa vontade determina, pois, em última análise, o nosso destino moral, se
queremos ser santos ou impuros no nosso caráter e conduta.
Como isto é um fato, torna-se muito importante que entendamos a maneira como
funciona a nossa vontade — o que a leva a seguir numa direção ou noutra, por que
faz determinadas escolhas.
Acima de tudo o mais, devemos aprender a levar a nossa vontade à submissão e
obediência à vontade de Deus, numa base prática, diária e constante.
Para compreendermos melhor como funciona a nossa vontade, vamos rever a
definição de coração, apresentada anteriormente. Nessa definição, falamos que o
coração, no sentido em que esse termo é aplicado na Bíblia, indica geralmente
todas as faculdades da alma, no seu trabalho conjunto, para fazer o bem ou o mal
— a mente, as emoções, a consciência e a vontade.
Todas essas faculdades foram implantadas por Deus na alma humana, mas foram
todas corrompidas através da queda do homem no Jardim do Éden.
A nossa razão (ou compreensão) foi obscurecida (Efésios 4.18) os nossos desejos
emaranharam-se (Efésios 2.3) e a nossa vontade foi pervertida (João 5.40).
Com o novo nascimento, a nossa razão volta a ser iluminada, os nossos afetos e
desejos são voltados numa nova direção e a nossa vontade dominada.
Contudo, embora isso seja verdade, não se verifica tudo imediatamente.
Na experiência real é um processo gradual.
Fomos exortados a renovar a nossa mente (Romanos 12.2), a pôr o nosso afeto
nas coisas de cima (Colossenses 3.1), e a submeter a nossa vontade a Deus
(Tiago 4.7).
Além disso, quando Deus criou originalmente o homem, a razão, as emoções e a
vontade trabalhavam em perfeita harmonia.
A razão ia à frente na compreensão da vontade de Deus, a vontade consentia em
fazer a vontade de Deus, e as emoções deleitavam-se em fazê-la.
No entanto, com a entrada do pecado na alma humana, essas três faculdades
começaram a trabalhar com objetivos que se opunham entre si e também a Deus.
A vontade tornou-se teimosa e rebelde e não quer concordar com o que a razão
sabe ser a vontade de Deus.
Ou então, o que é mais comum, as emoções tornam-se dominantes e afastam a
razão e a vontade da obediência a Deus.
O objetivo de tudo isso é enfatizar e permitir-nos entender a íntima relação entre a
mente, as emoções e a vontade.
2

Embora a vontade seja o motivo determinante de todas as escolhas, é influenciada


nessas escolhas pelas forças mais poderosas que atuam sobre ela.
Essas forças poderosas vêm de diversas fontes.
Podem ser sutis sugestões de Satanás e do seu sistema mundano (Efésios 2.2), ou
seduções perversas da nossa própria natureza pecaminosa (Tiago 1.14); pode ser
a voz urgente da consciência, o argumento sincero dum amigo querido, ou o calmo
impulso do Espírito Santo. Mas, venham elas donde vierem, a verdade é que estas
forças atingem a nossa vontade através da razão ou das emoções.
Devemos, portanto, estar alerta quanto ao que entra na nossa mente e influencia as
nossas emoções. (Provérbios 4.23).
Se guardarmos diligentemente a nossa mente e emoções, veremos o Espírito
Santo trabalhando em nós, para conformar a nossa vontade com a sua (Filipenses
2.12-13). Como é que então podemos guardar a mente e as emoções? (Salmos
119.9). Davi guardava o seu caminho com a Palavra de Deus.
A Bíblia fala-nos primeiramente através da nossa razão; por isso é tão importante
que a nossa mente esteja sempre sob a sua influência.
Não há absolutamente nenhum atalho para a santidade. (Provérbios 2.10-12).
Como poderemos adquirir boas qualidades para nossa mente? (Provérbios 2.6).
Mas a quem dá o Senhor tais qualidades? (Provérbios 2.1-5).
Torna-se evidente, mesmo numa leitura casual de Provérbios 2.1-12, que a
influência protetora da Palavra de Deus vem como resultado duma assimilação
diligente, em oração e determinada, das Escrituras.
Para guardarmos a mente devemos dar prioridade à Bíblia na nossa vida — não
apenas pela informação espiritual que transmite, mas também para aplicação diária
da mesma às situações concretas da nossa vida.
Nós não devemos guardar apenas a nossa mente; devemos guardar também as
nossas emoções. Para isso, é útil que reconheçamos primeiro que, embora Deus
apele muitas vezes à nossa vontade através da razão, o pecado e Satanás apelam
em geral através dos nossos desejos. É verdade que Satanás irá atacar a nossa
razão para confundir e enevoar as questões, mas isso é só para nos poder vencer
através dos nossos desejos.
Foi essa a estratégia que utilizou com Eva (Gênesis 3.1-6).
Atacou a sua razão questionando a integridade de Deus, mas a sua principal
tentação dirigiu-se ao desejo de Eva. (Gênesis 3.6).
Sabendo que Satanás ataca, acima de tudo, através dos nossos desejos, devemos
vigiá-los com diligência e usar a Palavra de Deus para controlá-los constantemente.
Não se trata de radicalismo; trata-se de prudência espiritual.
Cada um de nós deve procurar estar consciente da maneira como o pecado
nos ataca, através dos nossos desejos, e prevenir-se. (2 Timóteo 2.22).
Guardar os nossos desejos implica, contudo, mais do que lutar na defensiva contra
as tentações do mundo, da carne e do diabo. Temos de passar à ofensiva.
(Manutenção Preventiva). (Colossenses 3.1; Salmos 1.2; Salmos 40.8).
Vemos, então, que devemos colocar os nossos desejos nas coisas espirituais e
deleitar-nos na lei e vontade de Deus.
3

Chegamos assim a razão da disciplina — ter um plano estruturado.


Normalmente, a nossa razão, vontade e emoções deveriam trabalhar nessa ordem,
mas, como tantas vezes nós invertemos a ordem, dando atenção aos nossos
desejos, temos de trabalhar no sentido de dirigir de novo esses desejos para a
vontade de Deus.
Quando comecei pela milésima vez a fazer exercício, não estava muito motivado e,
portanto, não era persistente. Sabia que o devia fazer, que o meu corpo precisava
de condições físicas e que, provavelmente, eu ficaria mais saudável como resultado
da prática desse exercício. O problema é que eu achava não ter condições,
pensava. Isso exigia tempo de que eu não dispunha e, acima de tudo, era difícil.
Assim, comecei, parei, comecei, parei, sem nunca fazer qualquer progresso
significativo. Foi então que vi que me exercitar me deixa mais alerta e desejoso da
leitura da Palavra. Era de motivação que eu precisava.
Ora, além de nos dar instruções e linhas de orientação para a vida, a Bíblia está
cheia de histórias de “sucesso” de pessoas reais que confiaram em Deus e lhe
obedeceram, e cujas vidas foram radicalmente transformadas, ou influenciaram de
modo significativo o curso da história. O capítulo 11 de Hebreus apresenta-nos uma
lista breve de algumas dessas histórias.
Há, contudo, muitos mais que não foram mencionados (como o próprio autor de
Hebreus reconhece em 11.32).
As proezas de homens tais como Daniel, Ananias e Elias, bem como de Abraão,
Noé e Davi podem motivar-nos a avançar e a agir como eles.
Seria, portanto, útil que incluíssemos constantemente os relatos de alguns destes
homens na nossa leitura bíblica para nos motivarem em áreas de santidade.
Além das Escrituras, podemos estar alerta em relação a alguns livros clássicos que
de fato nos motivam para uma vida santa e piedosa.
A ideia básica é que se deve ter um plano — uma abordagem disciplinada — que
nos permita estar motivados para a santidade.
Em última análise, é Deus quem opera em nós tanto o querer como o efetuar,
segundo a sua boa vontade. Contudo, Paulo exorta-nos expressamente a que
trabalhemos nós mesmos para conseguir isso (Filipenses 2.12).
A nossa responsabilidade no tocante à nossa vontade, consiste em guardarmos a
nossa mente e emoções, conscientes do que influencia a nossa mente e estimula
os nossos desejos. Quando fizermos a nossa parte, veremos o Espírito de Deus
fazendo a sua, tornando-nos mais santos.

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