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Ciclo Estral

O documento aborda o ciclo estral em diferentes espécies de mamíferos, detalhando as fases do ciclo, características do cio e hormônios envolvidos. Também discute métodos de controle do ciclo estral, incluindo abordagens farmacológicas e não farmacológicas, como manejo nutricional e exposição a machos. O objetivo é otimizar a reprodução e melhorar a taxa de fertilidade em animais.
Direitos autorais
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Ciclo Estral

O documento aborda o ciclo estral em diferentes espécies de mamíferos, detalhando as fases do ciclo, características do cio e hormônios envolvidos. Também discute métodos de controle do ciclo estral, incluindo abordagens farmacológicas e não farmacológicas, como manejo nutricional e exposição a machos. O objetivo é otimizar a reprodução e melhorar a taxa de fertilidade em animais.
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20/03/2025

Ciclo Estral
Prof. MSc. Renan Felipe Silva Santos

Ciclo Estral

 Conjunto de mudanças fisiológicas e comportamentais


que ocorrem no sistema reprodutivo das fêmeas dos
mamíferos, preparando-as para a reprodução.
 Proestro: aumento do estrogênio.
 Estro: Período de receptividade e ovulação (cio).
 Metaestro: desenvolvimento do corpo lúteo.
 Diestro: Predomínio da progesterona
 Se não houver fecundação, ocorre a luteólise e o ciclo
recomeça.
 Anestro: Período pré-púbere, pós-parto

Bovinos

 Tipo: Poliéstricas contínuas (ciclo ao longo do ano)


 Duração do ciclo: 21 dias (média)
 Duração do estro (cio): 8 a 18 horas
 Ovulação: Ocorre 10 a 12 horas após o fim do estro
 Características do cio: Agitação, monta outras fêmeas,
muco vaginal claro e aumento da atividade.

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Equinos

 Tipo: Poliéstricas sazonais (dependente da


luminosidade, mais frequente na
primavera/verão)
 Duração do ciclo: 21 dias
 Duração do estro: 4 a 7 dias
 Ovulação: 24 a 48 horas antes do fim do estro
 Características do cio:
 Aceita o garanhão, relaxamento vulvar, secreção
mucosa e cauda levantada

Suínos

 Tipo: Poliéstricas contínuas


 Duração do ciclo: 18 a 24 dias
 Duração do estro: 2 a 3 dias
 Ovulação: 36 a 44 horas após início do estro
 Características do cio: Imobilidade ao toque
dorsal, inchaço vulvar e secreção mucosa

Caprinos

 Tipo: Poliéstricas sazonais (outono e inverno)


 Duração do ciclo: 17 a 21 dias
 Duração do estro: 24 a 48 horas
 Ovulação: 12 a 36 horas após início do estro
 Características do cio: Vocalização, cauda
abanando, hiperemia vulvar e secreção mucosa

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Caninos

 Tipo: Monoéstricas (ciclo ocorre 1 a 2 vezes ao


ano)
 Duração do ciclo: 6 a 12 meses
 Duração do estro: 5 a 14 dias
 Ovulação: Ocorre entre 48 e 72 horas após início
do estro
 Características do cio: Sangramento vaginal no
proestro, aceitação do macho no estro, inchaço
vulvar

Felinos

 Tipo: Poliéstricas sazonais induzidas (ovulação


induzida pelo coito)
 Duração do ciclo: 14 a 21 dias
 Duração do estro: 4 a 10 dias
 Ovulação: Somente se houver cópula
 Características do cio: Vocalização intensa,
inquietação, lordose e esfregação em objetos

Hormônios Envolvidos no Ciclo estral

 Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH)


 Hormônio Folículo-Estimulante (FSH)
 Estrogênio
 Hormônio Luteinizante (LH)
 Progesterona
 Prostaglandina F2α (PGF2α)
 Inibina

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Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH)

 O GnRH é produzido pelos neurônios hipotalâmicos.


 Ele é liberado de maneira pulsátil na circulação porta-hipofisária,
estimulando a adenohipófise.
 A frequência e amplitude dos pulsos de GnRH determinam qual
hormônio gonadotrópico será mais produzido:
 Pulsos frequentes → Estimulam a secreção de LH.
 Pulsos mais espaçados → Favorecem a secreção de FSH.

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Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH)

 Estimula a liberação de FSH e LH pela hipófise.


 Regula o crescimento folicular e a ovulação nas fêmeas
 Em machos, mantém a produção de espermatozoides ao estimular a
secreção de LH e FSH..

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Hormônio Folículo-Estimulante (FSH)

 O FSH é produzido pela hipófise anterior sob estímulo do GnRH


(Hormônio Liberador de Gonadotrofinas), secretado pelo hipotálamo.
 Sua liberação é pulsátil e modulada por feedback hormonal:
 Inibido pela inibina, produzida pelos folículos em crescimento.
 Regulado pelos estrogênios e progesterona durante o ciclo estral.

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Hormônio Folículo-Estimulante (FSH)

 Estimula o crescimento folicular no ovário.


 Induz as células da granulosa a produzir estradiol (convertendo
andrógenos em estrogênios).
 Participa da seleção do folículo dominante, preparando-o para a
ovulação.
 Trabalha em conjunto com o LH, que induz a ovulação.

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Estrogênio

 O estrogênio é sintetizado nos ovários, principalmente pelas células da granulosa


dos folículos em crescimento.
 Sua produção ocorre por meio da conversão de andrógenos (testosterona) em
estradiol, sob influência do FSH.
 A secreção de estrogênio aumenta à medida que os folículos crescem, atingindo
um pico antes da ovulação.

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Estrogênio

 Estimula o crescimento folicular nos ovários.


 Induz o comportamento de cio (estro), tornando a fêmea receptiva ao macho.
 Promove o pico de LH, desencadeando a ovulação.
 Estimula o desenvolvimento do endométrio, preparando o útero para a gestação.
 Favorece o tônus e contrações uterinas, auxiliando no transporte de
espermatozoides.
 Inibe a secreção de FSH em níveis moderados, impedindo o desenvolvimento
excessivo de folículos.

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Hormônio Luteinizante (LH)

 O LH é secretado pela hipófise anterior em resposta ao GnRH (Hormônio


Liberador de Gonadotrofinas) do hipotálamo.
 Sua secreção é pulsátil e regulada por feedback hormonal dos ovários e
testículos.
 Induz a ovulação ao promover a ruptura do folículo maduro.
 Estimula a luteinização do folículo remanescente, formando o corpo lúteo.
 Estimula a produção de progesterona pelo corpo lúteo para manter a gestação.
 Mantém o funcionamento do corpo lúteo durante as fases iniciais da gestação.

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Progesterona

 Produzida principalmente pelo corpo lúteo no ovário após a ovulação.


 Placenta pode assumir a produção para manter a gestação.
 Se a gestação não ocorre, o útero libera prostaglandina F2α (PGF2α), causando a
lise do corpo lúteo e queda na progesterona, permitindo um novo ciclo estral.

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Progesterona

 Mantém a gestação, impedindo novas ovulações.


 Inibe contrações uterinas, favorecendo a fixação do embrião.
 Prepara o endométrio para a implantação do embrião.
 Reduz a secreção de GnRH, inibindo FSH e LH e impedindo novos cios.
 Estimula o desenvolvimento das glândulas mamárias, preparando para a
lactação.

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Prostaglandina F2α (PGF2α)

 Origem: Vários tecidos, incluindo o útero.


 Função: A PGF2α tem uma função crucial na luteólise, que é a destruição do
corpo lúteo caso não ocorra a fecundação. Isso resulta na queda da progesterona
e no início de um novo ciclo.

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Inibina

 Inibina Produzida por: Folículos ovarianos


 Função: Inibe a produção de FSH para evitar o desenvolvimento excessivo de
folículos

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Como ocorre?

 Proestro (2 a 3 dias)
 A hipófise libera FSH, estimulando o crescimento dos folículos ovarianos.Os
folículos produzem estrogênio, preparando a vaca para o cio.
 Estro (12 a 18 horas)
 O estrogênio atinge o pico, desencadeando o reflexo do cio (a fêmea aceita o
macho).O aumento do LH induz a ovulação (10 a 12 horas após o fim do
estro).
 Metaestro (2 a 3 dias)
 O corpo lúteo começa a se formar e inicia a produção de progesterona, inibindo
novos estros.Diestro (14 a 16 dias)O corpo lúteo está ativo, mantendo alta a
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Como ocorre?

 Metaestro (2 a 3 dias)
 O corpo lúteo começa a se formar e inicia a produção de progesterona,
inibindo novos estros.
 Diestro (14 a 16 dias)
 O corpo lúteo está ativo, mantendo alta a progesterona para suportar uma
possível gestação.
 Se a vaca não estiver prenha, o útero libera prostaglandina F2α (PGF2α), que
lisa o corpo lúteo e reduz a progesterona.
 Reinício do ciclo

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Como ocorre?

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Como ocorre?

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Controle do Ciclo Estral


Prof. MSc. Renan Felipe Silva Santos

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Controle do Ciclo Estral

 O controle do ciclo estral em animais é essencial para otimizar a reprodução,


melhorar a taxa de fertilidade e
 Usado em:
 Inseminação artificial (IA)
 Transferência de embriões (TE)
 Produção in vitro de embriões (PIVE).
 Controle não farmacológico
X
 Controle não Farmacológico

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Métodos Farmacológicos

 Uso de hormônios:
 GnRH  Estrogênio
 FSH  Progesterona
 LH  Prostaglandina F2α (PGF2α)

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Métodos não Farmacológicos

 Manejos:
 Manejo Nutricional:
 Correção de Deficiências Nutricionais.
 Exposição a Machos (Efeito Macho).
 Controle por Fotoperíodo (Manipulação da Luz).

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Manejo Nutricional

 Evitar anestro nutricional e melhorar a fertilidade.


 Fêmeas muito magras ou obesas podem ter ciclos irregulares ou
anestro
 Ideal: CC 3-3,5 antes da reprodução.
 Flushing Nutricional:
 Aumento da oferta de energia e proteína
 Estimula a ovulação e melhora a taxa de concepção.
 Usado em ovinos, caprinos e suínos.

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Manejo da Exposição a Machos (Efeito Macho)

 A presença de um macho pode estimular a atividade cíclica em fêmeas em


anestro, devido à ação dos feromônios e estímulos visuais e auditivos.
 Usado em: Ovinos, caprinos e suínos
 Efeito: Aumento da secreção de GnRH, ativação do eixo hipotálamo-hipófise-
ovário e indução da ovulação.
 Vantagem: Alternativa natural para sincronizar o cio sem hormônios.
 Desvantagem: Necessário combinar com período de monta anual

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Manejo da Exposição a Machos (Efeito Macho)

 Separar os machos das fêmeas por um período mínimo de 3 a 4 semanas


 As fêmeas não devem sentir o cheiro do reprodutor
 Reintroduzir o macho no grupo de fêmeas
 O contato visual, sensitivo e/ou auditivo com o macho induz a um aumento dos
pulsos de LH seguido da ovulação
 maior sensibilidade aos estrógenos num período de 20-40 horas.
 ovulação ocorre nas próximas 24 horas após o pico de LH.

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Manejo da Exposição a Machos (Efeito Macho)

 Separar os machos das fêmeas por um período mínimo 45 dias


 As fêmeas não devem sentir o cheiro do reprodutor
 Reintroduzir o macho no grupo de fêmeas
 cerca de 10 a 15 minutos duas vezes ao dia
 Pode usar um “Rufião”
 Introduzir o Varrão 2 semanas após para cobertura

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Controle por Fotoperíodo (Manipulação da Luz)

 Muitas espécies são influenciadas


pela duração do dia, pois o
fotoperíodo regula a secreção de
melatonina, que afeta o ciclo
estral.

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Controle por Fotoperíodo (Manipulação da Luz)

 Ovinos e Caprinos (Poliéstros Estacionais - Dias Curtos)


 Reproduzem-se no outono/inverno, quando os dias são mais curtos.
 Exposição artificial à escuridão prolongada pode induzir cio fora da estação.

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Controle por Fotoperíodo (Manipulação da Luz)

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Controle por Fotoperíodo (Manipulação da Luz)

 Equinos (Poliéstros Estacionais - Dias Longos)


 Reproduzem-se na primavera/verão, quando há mais luz.
 Aumento da iluminação artificial (16h/dia) no estábulo antecipa o cio.

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Seminários

 Bovinos
 Equinos
 Suínos
 Caprinos\Ovinos
 Cães e Gatos
 Silvestres

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