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Scardoso, 194527 - PT

Este artigo de revisão explora a relação entre a irisina, um hormônio liberado durante o exercício físico, e a Doença de Alzheimer, destacando seus efeitos benéficos na função cognitiva e na plasticidade cerebral. A revisão sistemática analisa como a prática de exercícios pode retardar a neurodegeneração e contribuir para a prevenção da doença, enfatizando a importância da irisina na saúde mental dos idosos. Os resultados sugerem que a irisina pode ser um alvo terapêutico promissor para melhorar o prognóstico da Doença de Alzheimer.
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Scardoso, 194527 - PT

Este artigo de revisão explora a relação entre a irisina, um hormônio liberado durante o exercício físico, e a Doença de Alzheimer, destacando seus efeitos benéficos na função cognitiva e na plasticidade cerebral. A revisão sistemática analisa como a prática de exercícios pode retardar a neurodegeneração e contribuir para a prevenção da doença, enfatizando a importância da irisina na saúde mental dos idosos. Os resultados sugerem que a irisina pode ser um alvo terapêutico promissor para melhorar o prognóstico da Doença de Alzheimer.
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doi: http://dx.doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v102i1e-194527 Rev Med (São Paulo). 2023 jan.-fev.;102(1):e-194527.

Artigo de Revisão

Relação do hormônio irisina liberado durante o exercício físico e a doença de


Alzheimer: uma revisão da literatura

Relationship of the hormone irisin released during physical exercise and


Alzheimer’s disease: a literature review

Gabriela Carlin Gonçalves¹, Laís Helena Venturelli², Lara Magioli Cadan Sarmento³,
Layla Bertozzi4, Liliane Risseto Joaquim5, Sandro Othávio de Carvalho Abrantes6,
João Gabriel Pacetti Capobianco7

Gonçalves GC, Venturelli LH, Sarmento LMC, Bertozzi L, Joaquim LR, Abrantes SOC, Capobianco JGP. Relação do hormônio irisina
liberado durante o exercício físico e a doença de Alzheimer: uma revisão da literatura / Relationship of the hormone irisin released
during physical exercise and Alzheimer’s disease: a literature review. Rev Med (São Paulo). 2023 jan.-fev.;102(1):e-194527.

RESUMO: Com o aumento no número de idosos, observa-se ABSTRACT: The growing population of elderly people has
também um aumento no aparecimento de algumas doenças, increased the number of diseases, such as Alzheimer’s Disease,
como a Doença de Alzheimer, caracterizada pela deterioração which is characterized by the deterioration of neurons and
dos neurônios, com consequentes perdas significativas nas significant losses in brain functions. During physical exercises,
funções cerebrais. Durante o exercício físico, ocorre a liberação myokines are released, including Irisin (produced and activated
de mioquinas, dentre elas a irisina, produzida e ativada pelos by skeletal muscles), promoting beneficial effects on cognitive
músculos esqueléticos, promovendo efeitos benéficos na função function and general brain plasticity. Therefore, physical exercises
cognitiva e na plasticidade geral do cérebro. Sendo assim, os are one of the factors known for delaying the neurodegeneration
exercícios físicos são um dos fatores conhecidos por retardar a process, and plays an important role in the lives of the elderly.
neurodegeneração, desempenhando papel importante na vida dos Thus, the present work is a systematic review that seeks to point
idosos. Assim, este trabalho constitui uma revisão sistemática que out the benefits brought by the practice of physical exercise in
busca apontar os benefícios trazidos pela prática de exercícios preventing the pathology in question.
físicos na prevenção da patologia em questão.

Palavras-chave: Irisina; Doença de Alzheimer; Exercícios físicos. Keywords: Irisin; Alzheimer’s Disease; Physical exercise.

1. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Departamento de Medicina. https://orcid.org/0000-0001-7973-6253. E-mail: [email protected]
2. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Departamento de Medicina. https://orcid.org/0000-0002-2034-3065. E-mail: [email protected]
3. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Departamento de Medicina. https://orcid.org/0000-0002-1161-7765. E-mail: lara.sarmento99@gmail.
com
4. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Departamento de Medicina. https://orcid.org/0000-0003-1751-5038. E-mail: [email protected]
5. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Departamento de Medicina. https://orcid.org/0000-0003-2264-3632. E-mail: liliane_08joaquim@hotmail.
com
6. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Departamento de Medicina. https://orcid.org/0000-0003-2459-9217. E-mail: othavio_abrantes@hotmail.
com
7. Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Departamento de Medicina. https://orcid.org/0000-0003-2626-3880. E-mail: [email protected]
Endereço para correspondência: Layla Bertozzi. Rua dos Expedicionários, 243, Apart. 61, Poços de Caldas, MG. E-mail: [email protected]

1
Gonçalves GC, et al. Relação do hormônio irisina liberado durante o exercício físico e a doença de Alzheimer

INTRODUÇÃO tecido adiposo por meio da transformação do tecido adiposo


branco em tecido adiposo marrom5 .

O
Como o hipocampo é uma região do cérebro
número de idosos vem crescendo em todo
envolvida centralmente no aprendizado e na memória,
o mundo devido ao aumento da expectativa
esse efeito favorável da irisina pode inibir ou protelar o
de vida da população em geral. Concomitantemente,
surgimento de doenças neurodegenerativas, incluindo a
observa-se um incremento no aparecimento de doenças
DA. Além disso, os fatores envolvidos na formação da
características do avanço da idade, destacando-se a doença
irisina parecem suprimir a agregação de β-amiloide, que é
de Alzheimer¹.
a marca patológica dessa afecção⁶.
A DA decorre da deterioração dos neurônios, que são
Foi relatado que os efeitos benéficos específicos do
estruturas fundamentais para que ocorra o processamento
exercício no cérebro incluem aumentos no volume e no
de informações no sistema nervoso. Depósitos fibrilares
fluxo sanguíneo do hipocampo em humanos, mudanças
amiloidais são encontrados nas paredes dos vasos
morfológicas nos dendritos e espinhas dendríticas,
sanguíneos, em associação com diferentes tipos de placas
ampliação da plasticidade das sinapses e, o mais relevante,
senis e acúmulo de proteína TAU. Ocorre, então, formação
neurogênese no giro denteado em vários modelos de
de novelos neurofibrilares, inflamação e perda neuronal e
exercícios de camundongos. A neurogênese no cérebro
sináptica². O acúmulo extracelular do peptídeo β-amiloide
adulto é observada em somente duas áreas, e o giro
(Aβ) e a deposição da proteína TAU no interior da soma
denteado do hipocampo é uma delas. O exercício é um
dos neurônios ocasionam desestruturação e morte celular³.
dos poucos estímulos conhecidos dessa neurogênese. O
Alguns estudos vêm sendo desenvolvidos na
hipocampo é uma das áreas cerebrais mais beneficiadas
intenção de mostrar os benefícios do exercício físico para
pelo exercício físico, uma vez que ocorre diminuição da
a saúde mental, visto que, durante sua realização, ocorre
neuroinflamação, além do aumento do fluxo sanguíneo5.
um aumento de neurotransmissores, os quais atuam na
Portanto, como a irisina transforma o tecido
manutenção das funções cognitivas dos idosos¹. Tal fato
adiposo branco em marrom, que é um tecido com maior
pôde ser ainda mais evidenciado durante a pandemia do
termogênese, esse processo gera energia para o organismo,
Covid-19. Segundo um estudo da Escola de Educação
aumentando o fluxo sanguíneo do hipocampo, promovendo,
Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) da USP, os
também, uma neurogênese e reduzindo a neuroinflamação
indivíduos que praticaram atividades físicas conseguiram
pela liberação dos fatores neurotróficos como BNDF5.
suportar melhor a ansiedade e o estresse durante a
O hormônio aumenta o metabolismo energético e
quarentena⁴.
regula a homeostase da glicose e a resistência à insulina,
Durante a realização de exercícios físicos, ocorre
fator de risco para a DA, podendo contribuir para a melhora
a liberação de mioquinas na corrente sanguínea por meio
da neuropatia, reduzindo a neuroinflamação e aumentando
da atividade endócrina da contração das fibras musculares,
as funções sinápticas no cérebro7.
promovendo efeitos positivos na função cognitiva e na
Uma outra abordagem interessante refere-se à
plasticidade geral do cérebro, retardando ou inibindo o
lipidômica, uma vez que o cérebro é altamente enriquecido
surgimento de doenças neurodegenerativas5.
em lipídios e a cessação da homeostase lipídica está
A irisina é uma mioquina codificada pelo gene
relacionada a distúrbios neurológicos, bem como a doenças
FNDC5 e está envolvida no escurecimento de tecido
neurodegenerativas, como a DA. Portanto, considerando
adiposo branco, cuja função é parecida com a do tecido
que o envelhecimento está ligado a mudanças na
adiposo marrom, em um processo que favorece o gasto de
composição lipídica, sugere-se que a análise do lipidoma
energia, tornando a irisina um agente endógeno terapêutico
pode colaborar para a identificação de biomarcadores para
para doenças metabólicas. Os benefícios fisiológicos da
prevenção, diagnóstico e prognóstico, bem como para a
irisina são observados pelo fato de que os níveis circulantes
descoberta de novas opções terapêuticas3.
se relacionam positivamente com a massa muscular
Além disso, os fatores envolvidos na formação da
esquelética e com a capacidade aeróbia. Além disso,
irisina inibem a agregação da proteína beta-amiloide, visto
exercícios físicos, tanto agudos como crônicos, aumentam
que níveis elevados desta proteína aumentam o estresse
a liberação de irisina no sangue5.
oxidativo, o que torna as células suscetíveis à apoptose6.
A irisina possui destaque dentre as mioquinas,
A Hipótese da Cascata Amiloide considera como
tendo sua liberação induzida pelo exercício físico após
objeto chave no desenvolvimento da doença os efeitos
a clivagem da fibronectina do tipo III. Tal hormônio é
neurotóxicos do beta-amiloide. O acúmulo das formas
capaz de proteger o hipocampo, região relacionada ao
solúveis desse peptídeo leva à toxicidade sináptica e à
aprendizado e à memória, ao estimular a expressão de
neurotoxicidade, ocasionando a ruptura da homeostase
fatores neurotróficos, como o fator neurotrófico derivado
do cálcio, a indução de estresse oxidativo e a disfunção
do cérebro (BDNF). Ademais, a irisina atua promovendo
mitocondrial. O beta-amiloide é derivado por clivagem
um aumento na termogênese e no consumo de energia do
proteolítica da APP pela ação de beta e gama secretases

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Rev Med (São Paulo). 2023 jan.-fev.;102(1):e-194527.

e, em condições normais, ele é degradado por enzimas e Word] como descritores para o levantamento de dados nos
retirado do encéfalo por meio de um balanço entre efluxo últimos dez anos (2011 – 2021).
e influxo. Esses processos são mediados pela proteína A seleção dos artigos analisados neste estudo
receptora de LDL e receptores para produtos finais de atendeu aos seguintes critérios de inclusão: estudos de
glicosilação avançada8. meta-análise e revisões de literatura, de acesso gratuito,
Na DA, um desbalanço entre a produção e em idioma português, inglês ou espanhol, cujo objeto seja
o clearence do beta-amiloide levam ao depósito de de interesse desta revisão. Os critérios de exclusão foram:
oligômeros deste peptídeo (em especial A42) no espaço artigos duplicados e/ou que, embora abordassem sobre
extracelular, ocasionando inibição do potencial de longa exercício físico e DA, não tratavam sobre a irisina.
duração hipocampal e da plasticidade sináptica. Estudos Após a leitura dos títulos dos artigos, constatou-se
recentes revelam também a ocorrência de uma produção que, embora se tenha utilizado para a pesquisa os descritores
excessiva de beta-amiloide intraneuronal, podendo esta obtidos em um primeiro instante, foram encontrados muitos
causar lise neuronal e formação de placas senis. Essas placas estudos que não correspondiam ao tema abordado por
acabam por desencadear ativação astrocítica e microglial este estudo. Desta forma, identificou-se um total de 2951
e a produção de resposta inflamatória, gerada no entorno artigos primários, sendo 387 no Google Acadêmico, 272
dos depósitos de beta-amiloide e, assim, contribuem com no Periódico Capes e 2292 no PubMed. Ao término da
a morte de neurônios, com o déficit de neurotransmissores busca em todas as bases de dados eletrônicas, os resultados
colinérgicos, serotoninérgicos, noradrenérgicos e com a foram exportados para o gerenciador bibliográfico EndNote
redução dos níveis de somatostatina e corticotropina8. basics.
Nesse contexto, a irisina pode ser um futuro alvo Todos os títulos e resumos foram lidos pelos
com potencial de melhora para a patologia da DA e para seis revisores de forma independente e, após a leitura
prevenção de seu início. Por essa ótica, este artigo busca dos resumos, restaram 35 artigos e, ao final, 22 artigos
compreender e relacionar ambos os aspectos7. atenderam a todos os critérios de inclusão, sendo utilizados
no presente estudo. A estratégia de seleção dos artigos está
MÉTODO apresentada na Figura 1, conforme a recomendação do
grupo PRISMA9.
O presente estudo faz referência a uma revisão
sistemática, que é uma forma de pesquisa com base na
literatura sobre determinado tema. Nesse sentido, esta
revisão incorporou a construção de uma análise sobre DA
e irisina, buscando compreender como o exercício físico
propicia a melhora no prognóstico de tal enfermidade.
Este estudo contribui para a estruturação da temática
apresentada, com base na fundamentação teórica e análise
da produção científica pré-existente, possibilitando a
identificação de lacunas de conhecimento para a elaboração
de novos estudos.
Dessa forma, a fim de responder à pergunta
norteadora – “A liberação de irisina durante o exercício
físico traz benefícios para a prevenção da DA?” – foi
realizada uma definição dos termos a serem utilizados
na realização das buscas, que se deram por meio dos
descritores com os conceitos mais apropriados à questão de
pesquisa, através dos vocabulários estruturados da área da
saúde, apresentados como descritores de assunto – Medical
Subject Headings (MESH), coordenado pela National
Libery of Medicine dos Estados Unidos (US NLM). Fonte: autoria própria, Poços de Caldas, MG, Brasil, 2021.
As buscas foram realizadas no mês de novembro
Figura 1 – Fluxograma de identificação dos estudos primários
de 2021 por seis autores desta revisão em três bases incluídos na revisão.
de dados, sendo elas: PubMed, Google Acadêmico,
Plataforma CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento RESULTADOS
de Pessoal de Nível Superior), LILACS, Scielo e
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram utilizados os Dos 22 artigos analisados, 13 foram publicados em
termos delimitadores de pesquisa: irisin[All Fields] AND inglês, dois em espanhol e sete em português. Identificou-
“alzheimer disease”[MeSH Terms] OR alzheimer[Text se concentração das publicações nos últimos três anos

3
Gonçalves GC, et al. Relação do hormônio irisina liberado durante o exercício físico e a doença de Alzheimer

(77,2%) sendo que destas, 29,4% foram publicadas em apresentam a fisiologia do hormônio irisina, sua liberação
2019 e 41,1% em 2021. durante a realização de exercícios físicos e a relação desta
A presente revisão identificou 22 artigos que com a prevenção da DA (Quadro 1).
Quadro 1 – Artigos incluídos na revisão sistemática.
No de
Artigo Autor País A No Tipo de estudo
participantes
A1 – A influência da irisina na memória em pacientes
Baltokoskik; Accardo5 Brasil - 2021 Revisão Narrativa
com doença de Alzheimer: revisão narrativa.

A2 – Influência da liberação de irisina induzida pelo


exercício físico no tratamento do Alzheimer: uma revisão Rios et al.³ Brasil - 2021 Revisão de Literatura
de literatura.
A3 – A meta-analysis of prospective studies on the role
of physical activity and the prevention of Alzheimer’s Beckett et al.²¹ Canadá 20.326 2015 Revisão Sistemática
disease in older adults.
A4 – Alzheimer’s disease and exercise: a literature
Cass22 Estados Unidos - 2016 Revisão de Literatura
review.
A5 – From Exercise to Cognitive Performance: Role of
Pesce et al.23 Itália - 2021 Revisão Sistemática
Irisin.
A6 – Physical Exercise Modulates Brain Physiology
Through a Network of Long- and Short-Range Cellular Consorti et al. 10 Itália - 2021 Revisão Sistemática
Interactions.

A7 – Ativação do hormônio irisina no exercício físico


Silva et al.¹ Brasil - 2021 Revisão Sistemática
para saúde de idosos com doença de Alzheimer.

A8 – The role of PGC- 1α/UCP2 signaling in the


Bristot et al.11 Brasil - 2019 Revisão Sistemática
beneficial effects of physical exercise on the brain.
A9 – Déficits de memória e plasticidade sinápticos
resgatadas em modelos de Alzheimer vinculados a Oliveira et al.¹5 Brasil - 2019 Revisão Sistemática
miocina estimulada ao exercício físico.

A10 – Physical activity and brain health. Liegro et al.17 Itália - 2019 Revisão Sistemática
A11 – Practice of physical exercises as a non-
pharmacological stategy in the treatmente of alzheimer’s Doine et al.¹6 Brasil - 2020 Revisão Sistemática
disease treatment.
A12 – Protective actions of exercise- related FNDC5/
Freitas et al.¹³ Brasil - 2020 Revisão Sistemática
Irisin in memory and Alzheimer’s disease.
A13 – Harnessing the effects of endurance exercise to
optimize cognitive health: fundamental insights from Dr. Jachim et al.14 Estados Unidos - 2020 Revisão Sistemática
Mark P. Mattson.
A14 – Molecular and functional interaction of the
myokine irisin with physical exercise and Alzheimer’s Jin et al. 6 Coreia - 2018 Revisão Sistemática
disease.
A15 – The Role of Irisin in Alzheimer’s disease. Kim; Song 7 Coreia - 2018 Revisão Sistemática

A16 – The beneficial effects of physical exercise in the


brain and related pathophysiological mechanisms in Liu Y, et al. 20 Estados Unidos - 2019 Revisão Sistemática
neurodegenerative diseases.
A17 – Possible neuroprotective mechanisms of physical
Mahalakshmi et al.19 Vietnã - 2020 Revisão Sistemática
exercise in neurodegeneration.
A18 – Ejercicio y algunos mecanismos moleculares
que subyacen a uma mejora del desempeño en tareas Montero et al.24 Costa Rica - 2020 Revisão Sistemática
cognitivas.
A19 – Molecular mechanisms underlying the
beneficial effects of exercise on brain function and Nay et al. 25 Austrália - 2021 Revisão Sistemática
neurological disorders.
A20 – A atuação do exercício físico sobre fatores
neurotróficos no tratamento de pacientes com mal de Castro12 Brasil - 2012 Revisão Sistemática
Alzheimer.
A21 – FNDC5/Irisin system in neuroinflammation
and neurodegenerative diseases: update and novel Pignataro et al.¹8 Itália - 2021 Revisão Sistemática
perspective.
A22 – Irisina/FNDC5 o como el ejercicio podría
prevenir el deterioro cognitivo en la enfermedad de Arribas²6 Espanha - 2019 Revisão Sistemática
Alzheimer.
Fonte: Autoria própria, Poços de Caldas, MG, Brasil, 2021.

4
Rev Med (São Paulo). 2023 jan.-fev.;102(1):e-194527.

DISCUSSÃO DA é sustentada pela análise de artigos externos, vide


que, em um estudo de 2021, concluiu-se que o exercício
físico é uma alternativa não medicamentosa em doenças
Atividade Física
como a DA. O exercício atrelado a atividades cognitivas
promove uma proteção ao intelecto, amenizando os
Nesta revisão, foram analisados 22 artigos sobre a
sintomas característicos da doença. Em outra pesquisa,
irisina e sua relação com a DA. No músculo esquelético,
afirmou-se que a irisina secretada pelos miócitos é capaz
o exercício físico prolongado ativa o coativador 1α do
de proteger o hipocampo ao estimular a espressão do
receptor γ, ativado pelo proliferador do peroxissoma
BDNF, fator envolvido na neuroplasticidade, neurogênese,
(PGC-1 α) através da proteína quinase 5’ AMP-ativada
sobrevivência neuronal, sinaptogênese e cognição. O
(AMPK). O PGC-1α aumenta a concentração sanguínea
efeito da via FNDC5/irisina-BDNF influenciaria então
de irisina, controlando a expressão da proteína 5, a partir
no resultado de doenças neurodegenerativas, como a DA.
da qual a irisina é clivada. As atividades físicas melhoram
a via PGC-1α/BDNF por meio da sinalização da irisina
Doença de Alzheimer
circulante, que fortalece as sinapses e, no cérebro, exerce
um efeito tipo antidepressivo e confere neuroproteção em
A ação neuroprotetora de fatores específicos
modelos animais10.
liberados através da prática de exercícios físicos foi
Esses efeitos neuroprotetores são potencializados
analisada por um grande número de estudos. Lourenço et al.
pelos efeitos antioxidantes do UCP2, que é expresso
(2019) relataram que os níveis de irisina são reduzidos em
em níveis aumentados nos neurônios em resposta ao
camundongos com DA. Dessa forma, a elevação dos níveis
exercício. Evidências sugerem um papel da irisina/UCP2
de FNDC5/irisina através da prática de exercícios físicos
no mecanismo subjacente aos benefícios do exercício físico
aeróbicos contribuíram na recuperação da plasticidade
no SNC, de modo que este peptídeo pode ser um potencial
sináptica do hipocampo e melhorou o desempenho e o
alvo para melhorar a função cerebral e prevenir ou tratar
reconhecimento de objetos em novas tarefas em modelos
doenças neurológicas e neurodegenerativas11.
de camundongos com DA13
Em um estudo, foi realizada uma intervenção
Em dois estudos recentes, Lourenço et al.
com exercícios físicos voluntários e observou-se
investigaram a relação existente na alteração dos níveis
uma normalização da inflamação hipotalâmica e da
de FNDC5/irisina e a DA. Foi demonstrado que o
neurodegeneração. Isso sugere que o exercício físico
silenciamento de FNDC5 com RNA de grampo pequeno
previne a progressão da DA através de um mecanismo
específico teve como consequência a perda do potencial
mediado pelo hipotálamo¹¹. O BDNF, entre todos efeitos
de longo prazo (LTP) no nível do hipocampo em cérebro
endócrinos e autócrinos resultantes da prática de exercícios
de camundongo. Foi possível observar perda semelhante
físicos, é o maior contribuinte no retardo dos males
de LTP, induzida em modelo de DA através da injeção
causados pela DA12.
de oligômeros-amiloide-β (AβOs), causando defeitos
Camundongos submetidos a um exercício diário
comportamentais e de memória. Esses processos de perda
de natação por cinco semanas demonstram níveis mais
de LTP e alterações comportamentais pode ser revertida
altos de FNDC5/irisina e expressão de BDNF do que seus
através da injeção de irisina recombinante na forma
equivalentes sedentários (Lourenço et al.). Vários estudos
glicosilada15.
também relataram níveis aumentados de FNDC5/irisina em
Em uma abordagem adicional, foi utilizado um
resposta a exercícios aeróbicos, como natação e corrida13.
adenovírus expressando FNDC5 no cérebro, sendo injetado
O exercício físico é responsável por atuar
AβOs após seis dias, obtendo, dessa forma, a recuperação
na neuroinflamação e promover a neurogênese e a
análoga dos animais. Outro fator contribuinte para a
sinaptogênese, além de reduzir o risco de desordens
reversão dos defeitos comportamentais da injeção de AβO
neurológicas e neuropsiquiátricas, sendo sugerido
foi o PE, apoiando a ideia de que a indução de FNDC5 no
como uma das melhores intervenções no estilo de
hipocampo foi mediada pelo mesmo15.
vida para o envelhecimento e pacientes com doenças
Em 2020, durante estudo em pacientes com DA
neurodegenerativas, como a DA. Assim, exercitar-se
e indivíduos de controle, Lourenço et al. sugeriram a
contribui para uma melhora no desempenho das tarefas
existência de uma correlação positiva entre os níveis de
de memória do hipocampo, como recordação de histórias,
irisina e BDNF no líquido cefalorraquidiano (LCR) e
listas de palavras e mnemônica discriminação em seres
a memória. Isso evidencia dados anteriores da relação
humanos. Ademais, atividades aeróbicas melhoram ainda
entre FNDC5/irisina-BDNF e a neuroplasticidade no
mais a cognição e evitam reduções no volume cerebral
cérebro, havendo, assim, uma ligação entre PE e funções
associadas à idade em idosos14.
cognitivas. Porém, a ativação da via PCG-1α/BDNF pode
A hipótese levantada nessa revisão de que a
contribuir para o efeito antidepressivo da PE através da
prática de atividade física contribui para a prevenção da
irisina juntamente com a serotonina. Em 2019, constatou-

5
Gonçalves GC, et al. Relação do hormônio irisina liberado durante o exercício físico e a doença de Alzheimer

se que o nível de FNDC5/irisina é reduzido em cérebros (CSF), bem como em modelos de camundongos
com Alzheimer3. AD (camundongos transgênicos APPswe/PS1ΔE9 e
Todos esses achados, em conjunto, demonstram camundongos do tipo selvagem injetados com Aβ solúvel)4.
que a ativação do sistema FNDC5/irisina pode ser a forma A restauração dos níveis de irisina central ou
pelo qual o PE induz a neurogênese em nível molecular, periférica, seja por exercício ou por manipulação molecular,
havendo importante associação entre irisina e BDNF¹6. resultou na melhora da plasticidade sináptica e da memória
Quanto maior a concentração da irisina, maior será a de em modelos de camundongos com DA18. Com a prática
BNDF e, estando este ativo no hipocampo e demonstrando- constante dos exercícios, a irisina pode ser capaz de gerar
se como agente efetivo no processo de neurogênese e benefícios para a função cognitiva protegendo o cérebro
neuroproteção, entende-se que a atividade física, utilizando contra a degeneração e aumentando a expressão do fator
a irisina como biomarcador, é responsável por aprimorar neurotrófico do cérebro, atribuindo melhoria na habilidade
a função cognitiva 3. de aprendizado, memória, bem como no processo de
Pacientes com Alzheimer possuem níveis baixos de envelhecimento16.
irisina no cérebro. Através da estimulação de PGCI-alfa- Basicamente, a importância da irisina em doenças
FNDC5-irisina por meio do exercício físico, há um aumento neurodegenerativas e o possível crosstalk entre os níveis
na expressão e secreção do fator neutrófico derivado do periféricos de irisina e seu papel no SNC estão cada
cérebro, que pode aumentar a sobrevivência da célula vez mais emergindo, mas são necessários mais estudos.
nervosa, a neurogênese e a sinaptogênese, além de estimular Seria importante estudar o espectro de declínio cognitivo
a diferenciação e plasticidade neural e sináptica, fatores clínico antes do estágio de demência, com foco no
diretamente relacionados com o aprendizado, cognição e comprometimento cognitivo leve e declínio cognitivo
memória16. subjetivo19.
Além disso, estudos externos corroboram a No mesmo sentido, estudos da Universidade
hipótese de que se exercitar é benéfico para pacientes Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) demonstram que o
com DA. Em uma pesquisa, afirmou-se que a literatura aumento da irisina, assim como da proteína FNDC5, reduz
especializada demonstra diversos benefícios de ordem o déficit de memória e aprendizagem em roedores com
cognitiva quando aborda a prática regular de exercícios Alzheimer. Também, testes do Instituto Oswaldo Cruz
físicos em pacientes com DA, como a redução do avanço com camundongos mostraram que a irisina melhora a
da DA em pacientes fisicamente ativos e a estimulação do comunicação entre os neurônios, preservando as sinapses
melhor funcionamento do sistema nervoso. Também, em e, ademais, sustentaram que o hormônio atua na prevenção
uma revisão sistemática de 2019, concluiu-se que a prática da perda de memória e na recuperação da memória perdida,
regular de atividades físicas contribui para a preservação reforçando a hipótese desta revisão.
ou mesmo melhora temporária de várias funções cognitivas
em pacientes com DA. Limitações do processo de revisão

Irisina Esta revisão foi feita com base em 22 artigos de


diversas bases de dados, dentre eles Revisões Sistemáticas
O exercício físico estimula a liberação de irisina do e Metanálises. As revisões sistemáticas são a estratégia de
músculo. A irisina, parte extracelular clivada proteolítica melhor performance para avaliar a totalidade da evidência
da proteínas 5, contendo domínios de fibronectina tipo III disponível sobre o assunto, entretanto, podem possuir
(FNDC5), é uma miocina cuja expressão depende de PGC- algumas limitações que chegam a afetar a sua integridade.
1α, regulada positivamente pela contração muscular. Assim São elas: o viés de publicação (e outros similares, como
como o FGF21, ao ser liberado na circulação sistêmica, viés de linguagem), riscos de viés nos estudos primários
a irisina pode contribuir para o escurecimento do tecido escolhidos para a revisão (tais como limitação metodológica
adiposo branco17. dos estudos primários), além de algumas dificuldades em
O aumento induzido pelo exercício da liberação de combinar estudos, tais como nas populações, intervenções,
FNDC5/irisina da periferia resulta no aumento de FNDC5/ comparadores e definição dos desfechos (heterogeneidade
irisina nos neurônios, bem como no aumento da produção clínica).
de BDNF no neurônio. Níveis diminuídos de neurotrofinas, Esta revisão se fez necessária porque notou-se que
como BDNF, foram mostrados em várias regiões do cérebro há pouco conhecimento sobre o assunto e para que se
com DA17. Como o BDNF é um regulador crucial da possa estabelecer uma relação clara do quanto é conhecido
plasticidade cerebral, a diminuição do BDNF circulante sobre o papel da irisina na prevenção da DA. A prática de
potencializa o risco de redução da memória e da função exercícios físicos, que tem como consequência a liberação
cognitiva que acompanha a DA6. de mioquinas na corrente sanguínea, demonstra benefício
Resultados recentes demonstraram que a irisina na saúde mental, e esta revisão também possui o papel de
é reduzida no hipocampo e no líquido cefalorraquidiano deixar isto claro.

6
Rev Med (São Paulo). 2023 jan.-fev.;102(1):e-194527.

CONCLUSÃO mostram que moderados a altos níveis de atividade física


estão associados a uma melhora da qualidade de vida e
modulam os potenciais fatores de risco no desenvolvimento
Após a leitura de todos os 22 artigos, concluiu-se de demências e outras desordens neurodegenerativas20.
que a realização de exercícios físicos é benéfica para a Considerando que as medicações atuais são incapazes
prevenção da DA. Os níveis de írisina demonstraram-se de reverter os efeitos da DA, uma mudança em direção à
aumentados em indivíduos que praticavam atividades prevenção e retardamento do início da patologia deve ser
físicas e diminuídos em pacientes portadores de DA, enfatizada²1.
demonstrando a correlação entre o hormônio, a ativação Considerando a relevância de um avanço no
do músculo esquelético e a prevenção da doença tratamento e cura da DA e a diversidade de estudos atuais
neurodegenerativa. sobre a influência da liberação de irisina durante o exercício
A saúde pública deveria considerar uma maior físico na prevenção da patologia em questão, mostra-se
ênfase em encorajar a realização de exercícios físicos importante continuar as pesquisas sobre este assunto
para idosos, pois estes são conhecidos por retardar o sob esta perspectiva, além de estimular os indivíduos a
processo de neurodegeneração20. Apesar de os mecanismos realizarem atividades físicas em prol de uma futura melhora
ainda não serem completamente conhecidos, evidências nos índices da população acometida pela doença.
Participação dos autores: Os autores GCG, LHV, LMCS, LB, LRJ e SOC participaram ativamente na seleção das bases de dados para
a pesquisa, análise e interpretação dos dados e na escrita, e o autor JGPC realizou a revisão crítica final do manuscrito.

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Aceito: 17.10.2022

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