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Wfide Ldpiii

O trabalho de Fidelina Njeressera Almoço explora as variedades e a variação da Língua Portuguesa, destacando as diferenças entre o português europeu e o brasileiro, além de discutir a diversidade de dialetos. A pesquisa utiliza uma abordagem bibliográfica para compreender as características linguísticas e sociais que influenciam a variação da língua. O estudo conclui que a variação linguística é um fenômeno complexo, interligado por fatores geográficos e sociais.
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O trabalho de Fidelina Njeressera Almoço explora as variedades e a variação da Língua Portuguesa, destacando as diferenças entre o português europeu e o brasileiro, além de discutir a diversidade de dialetos. A pesquisa utiliza uma abordagem bibliográfica para compreender as características linguísticas e sociais que influenciam a variação da língua. O estudo conclui que a variação linguística é um fenômeno complexo, interligado por fatores geográficos e sociais.
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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Variedades e variação da Língua Portuguesa

Nome do estudante: Fidelina Njeressera Almoço. Código:708210081


Docente:

Curso: Licenciatura em ensino da Língua Portuguesa


Disciplina: Linguística Descritiva do Português III
Ano de Frequência: 4º

Tete, Abril de 2025

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Analise e textual
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bibliográfica
nacional e 2,0
internacionais
relevantes na área de
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Aspectos Conclusão  Contributo teóricos
gerais práticos 2,0
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tamanho de letra, 1,0
paragrafo
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA  Rigor e coerência
bibliográficas 6ª edição em das citações/ 4,0
citações referências
bibliográficas bibliográficas

2
Índice
Capítulo I: Introdução ............................................................................................................ 4
1.1 Contextualização .............................................................................................................. 4
1.2 Objectivos ........................................................................................................................ 4
1.2.2 Específicos: ................................................................................................................... 4
1.3 Metodologias de pesquisa ................................................................................................. 5
1.4 Estrutura do trabalho ........................................................................................................ 5
2. Fundamentação teórica ....................................................................................................... 6
2.1 Definição de variedades e variação linguística ................................................................. 6
2.2 Características peculiares do Português Europeu e do Português Brasileiro ...................... 6
Tabela 1: Diferenças entre o Português Brasileiro e o Português Europeu .............................. 7
2.3 Língua portuguesa e seus dialectos ................................................................................... 8
Capítulo III: Conclusão ........................................................................................................ 10
3.1 Referências bibliográficas .............................................................................................. 11

3
Capítulo I: Introdução
O presente trabalho é dedicado à cadeira de Linguística Descritiva do Português III intitulado
“Variedades e Variação da Língua Portuguesa” e pretendemos com este tema compreender
as variedades e a variação da Língua Portuguesa numa determinada região. Todavia, nenhuma
língua permanece a mesma em todo o seu domínio e, ainda num só local, e língua como
língua sempre apresenta um certo número de diferenciações. Ao longo deste trabalho, vamos
abordar a cerca das variedades e variação linguística, das características peculiares do
português europeu e das do brasileiro e finalmente falaremos sobre a língua portuguesa e seus
dialectos.

1.1 Contextualização
A linguagem é o aparato de comunicação e, portanto, as palavras contidas nas línguas são
convenções criadas pelos falantes, ou seja, elas possuem o significado que as pessoas
estabelecem. Por extensão, poderíamos afirmar que a linguagem é uma inesgotável riqueza de
múltiplos valores. Ela é a ferramenta utilizada pelo homem para modelar seu pensamento,
expressar sua vontade e seus actos; é o instrumento com o qual ele influencia e é influenciado,
a base última e mais profunda da sociedade humana. Ela, constitui-se uma forma de
actividade geral específica do quotidiano dos seres humanos e que, como tal, possui
elementos que possibilitam a comunicação. Ela é, em última análise, um conjunto de
operações, próprias do sistema linguístico e/ou do não-verbal, que representam a articulação
das ações individuais em que se estrutura a actividade humana. O homem não poderia
expressar-se nem organizar-se em sociedade sem a linguagem, afinal, a convivência supõe o
estabelecimento de normas ou regras que cada um deve respeitar para que haja um mínimo de
harmonia no seio da coletividade humana. Não se pode pensar nas grandes descobertas, na
história, sem a linguagem, pois ela é que transmite às novas conquistas de uma geração a
outra.

1.2 Objectivos
1.2.1 Geral:
Compreender as variedades e a variação da Língua Portuguesa.
1.2.2 Específicos:
Conceptualizar variedades e variação linguística;
Indicar as características do português europeu e do português brasileiro;

4
Conhecer os dialectos da Língua portuguesa.

1.3 Metodologias de pesquisa


A autora, para este ponto de vista, socorreu-se da pesquisa bibliográfica: pois, a sua
elaboração foi feita a partir de material já publicado, constituído principalmente de: livros,
revistas, monografias, dissertações, teses, com o objectivo de colocar o pesquisador em
contacto directo com todo material já escrito sobre o assunto da pesquisa.

1.4 Estrutura do trabalho


O presente trabalho apresenta três capítulos essenciais: I – a introdução, II – a fundamentação
teórica e III – a conclusão seguida das referências bibliográficas como suporte deste trabalho.

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2. Fundamentação teórica

2.1 Definição de variedades e variação linguística


A variação linguística é um fenómeno que acontece com a língua e pode ser compreendida
por intermédio das variações históricas e regionais, (Possenti, 2007).
Em um mesmo país, com um único idioma oficial, a língua pode sofrer diversas alterações
feitas por seus falantes. Como não é um sistema fechado e imutável, a língua portuguesa
ganha diferentes nuances. O português que é falado no Nordeste do Brasil pode ser diferente
do português falado no Sul do país. Claro que um idioma nos une, mas as variações podem
ser consideráveis e justificadas de acordo com a comunidade na qual se manifesta. J
á para Calvet (2004), Variação linguística é o movimento comum e natural de uma língua,
que varia principalmente por factores históricos e culturais.
Modo pelo qual ela se usa, sistemática e coerentemente, de acordo com o contexto histórico,
geográfico e sociocultural no qual os falantes dessa língua se manifestam verbalmente. É o
conjunto das diferenças de realização linguística falada pelos locutores de uma mesma língua.
Tais diferenças decorrem do fato de um sistema linguístico não ser unitário, mas comportar
vários eixos de diferenciação: estilístico, regional, sociocultural, ocupacional e etário. A
variação e a mudança podem ocorrer em algum ou em vários dos subsistemas constitutivos de
uma língua (fonético, morfológico, fonológico, sintático, léxico e semântico).
Variedade ou variante linguística se define pela forma pela qual determinada comunidade
de falantes, vinculados por relações sociais ou geográficas, usa as formas linguísticas de uma
língua natural, (Calvet, 2004).
É um conceito mais forte do que estilo de prosa ou estilo de linguagem. Refere-se a cada uma
das modalidades em que uma língua se diversifica, em virtude das possibilidades de variação
dos elementos do seu sistema (vocabulário, pronúncia, sintaxe) ligadas a fatores sociais ou
culturais (escolaridade, profissão, sexo, idade, grupo social etc.) e geográficos (tais como o
português do Brasil, o português de Portugal, os falares regionais etc.).

2.2 Características peculiares do Português Europeu e do Português Brasileiro


Para Mattos e Silva (2004c), o português brasileiro exibe uma pronúncia mais relaxada,
geralmente reduzindo ou eliminando sílabas não estressadas.
Ele também apresenta estruturas de vocabulário e gramatical distintos. Por exemplo, certas
conjugações verbais e uso de pronome diferem. A influência das línguas indígenas e das

6
línguas africanas também é mais pronunciada nos portugueses brasileiros, levando a
vocabulário e expressões únicos.
Por outro lado, segundo Raposo et al (2013), o português europeu mantém uma estrutura mais
formal e conservadora, com uma ênfase mais forte nas distinções de pronúncia e um conjunto
de vocabulário diferente.
As diferenças são significativas o suficiente para que a inteligibilidade mútua, embora
geralmente presente, não seja perfeita; Os palestrantes podem precisar de algum esforço para
se entender completamente.

Tabela 1: Diferenças entre o Português Brasileiro e o Português Europeu


PORTUGUÊS BRASILEIRO PORTUGUÊS EUROPEU
FONÉTICA E FONOLOGIA
Há 7 vogais tônicas: a, ê, è, i, ô, ò, u. Não se Há 8 vogais tônicas: a, ä, ê, è, i, ô, ò, u,
distingue a vogal temática a no presente e no distinguindose um a central baixo, como no
pretérito: falamos. A vogal e se mantém presente falamos, de um a mais alterado,
como anterior média fechada antes de como no pretérito falämus. A vogal e antes
palatal: espelho, fecho. de palatal é dita â: ixpâlhu, fâchu.
MORFOLOGIA
O quadro dos pronomes pessoais foi alterado O quadro dos pronomes pessoais permanece
para eu / você / ele / nós – a gente / eles. A como eu / tu / ele / nós / vós / eles. A
morfologia verbal se reduz a 4 formas morfologia verbal dispõe de 6 formas
diferentes: falo, fala, falamos, falam. Em diferentes: falo, falas, fala, falamos, falais,
consequência, mudarão as regras de falam.
concordância do verbo com o sujeito.
SINTAXE
- O pronome ele pode funcionar como - Ele só funciona como sujeito, o objecto
objecto directo, redobrar uma construção de directo pronominal é expresso por o, e não
tópico, e aparecer na oração relativa existem construções de tópico nem relativas
copiadora, respectivamente: Maria viu ela / copiadoras.
A Maria, ela ainda não chegou / O menino - Usa-se apenas haver nas construções
que ele chegou. existenciais: Hoje não há comida.
- Usa-se ter em lugar de haver nas - Prefere-se a perífrase estar + a + infinitivo,
construções existenciais: Hoje não tem mais recente que a anterior: estou a falar.

7
comida.
- Amplia-se o uso da perífrase estar +
gerúndio: estou falando.
Fonte: adaptado pela autora, 2025

2.3 Língua portuguesa e seus dialectos


A língua portuguesa apresenta uma diversidade considerável de dialectos, reflectindo a sua
história e a sua dispersão geográfica. Não existe uma classificação única e universalmente
aceite, mas podemos agrupar os dialectos em famílias principais, considerando factores
fonéticos, lexicais e gramaticais. A variação é contínua, com transições graduais entre os
dialectos, tornando difícil estabelecer fronteiras precisas.
dialecto é uma variedade linguística regional ou social, mais ou menos identificável.
A diferença regional acontece devido à grande extensão de terra em que uma língua está
inserida, o que acaba provocando, necessariamente, mutações em nível linguístico (Trask,
2004).
A esse tipo, Trask denomina dialectos regionais, em contraposição a dialectos sociais ou
socialectos, que são maneiras distintas de falar por membros de diversos grupos sociais.
Ao discutir sobre tal aspecto, de acordo com as concepções de Cunha (2008), “a língua não se
apresenta uniforme e única: ela apresenta variações, conforme os grupos que a usem”, (p. 27).
Cada uma das variantes da língua usada por um grupo apresenta regularidades, recursos
normais para aquele grupo, e chama-se dialecto”.
Dialecto então seriam as “variações de uso regional, que se verificam na entonação, no
vocábulo e em algumas estruturações sintácticas, caracterizando uma comunidade linguística
dentro de um determinado espaço geográfico” (Silveira, 2009, p. 89).
Segundo Cunha (2008), “os principais dialectos são: dialectos europeus e dialectos extra –
europeus”, (p.27).
Entre os dialectos europeus, destacam-se o português de Portugal (com variações regionais
significativas, como o português do norte e o português do sul), o português galego (que
alguns consideram uma língua independente) e o português de Macau (embora este último
tenha sofrido influências externas significativas).
Os dialectos extra-europeus são ainda mais diversos, reflectindo as diferentes histórias
coloniais e as influências locais. Podemos mencionar o português do Brasil (com suas
variações regionais, como o português do sul, do sudeste, nordeste etc), o português de

8
Angola, o português de Moçambique, o de Cabo Verde, o de São Tomé e Príncipe, o da
Guiné Bissau, o de Timor-Leste e o de Goa (embora este útimo tenha sofrido forte influência
do hindi e do inglês).
Cada um destes dialectos apresenta características únicas, em termos de pronúncia,
vocabulário e gramática. É importante notar que dentro de cada país també existem variações
regionais significativas.

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Capítulo III: Conclusão
Chegado aqui, importa deixar claro que não se deve confundir o estilo formal e informal com
língua escrita e falada, pois os dois estilos ocorrem em ambas as formas de comunicação. As
diferentes modalidades de variação linguística não existem isoladamente, havendo um
interrelacionamento entre elas: uma variante geográfica pode ser vista como uma variante
social, considerando-se a migração entre regiões do país. Observa-se que o meio rural, por ser
menos influenciado pelas mudanças da sociedade, preserva variantes antigas. O conhecimento
do padrão de prestígio pode ser factor de mobilidade social para um indivíduo pertencente a
uma classe menos favorecida. Relativamente aos objectivos traçados neste trabalho, vimos
que estes, foram alcançados na totalidade sem restar dúvida.

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3.1 Referências bibliográficas
Calvet, L.-J. (2004). Sociolinguística. Uma Introdução Critica 2º edição ed. São Paulo:
parábola Editorial.
Cunha, M. A. A. (2008). Língua Portuguesa. Programa Gestão da Aprendizagem Escolar –
Gestar II.: Caderno de Teoria e Prática 1 – TP1: linguagem e cultura. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008. 174p.: il.
Mattos e Silva, R. V. (2004c). Ensaios para uma sócio-história do Português Brasileiro. São
Paulo: Parábola.
Possenti, S. (2007). Joga-se os Grãos.... Revista Terra Magazine, 21 de junho.
Raposo, E. B. P. et al. (2013). Gramática do Português. 2 vols. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian.

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