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Manual Redes Pre PT BR

O documento é um manual sobre Redes Industriais, focando na comunicação serial e protocolos como Modbus-RTU. Ele detalha a configuração e parametrização do inversor MVW3000, incluindo aspectos técnicos de conexão e transmissão. O manual também abrange a estrutura das mensagens e a operação do inversor em diferentes modos de comunicação.

Enviado por

Pedro Berlanga
Direitos autorais
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Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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O documento é um manual sobre Redes Industriais, focando na comunicação serial e protocolos como Modbus-RTU. Ele detalha a configuração e parametrização do inversor MVW3000, incluindo aspectos técnicos de conexão e transmissão. O manual também abrange a estrutura das mensagens e a operação do inversor em diferentes modos de comunicação.

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Motores | Automação | Energia | Transmissão & Distribuição | Tintas

Inversor de Frequência de Média


Tensão
Redes Industriais

Manual de Redes Industriais


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re l i m
P
Manual de Redes Industriais
Série: Redes Industriais
Versão de software:

Idioma: Português

Nº do Documento: XXXXXXXXXXX / 01

Build 000

Data de publicação: 05/2018


Sumário das Revisões

Versão Revisão Descrição


Sumário

Sumário

1 COMUNICAÇÃO SERIAL ...........................................................1-1


1.1 MODBUS-RTU .......................................................................................................... 1-2
1.1.1 Taxa de transmissão........................................................................................ 1-2
1.1.2 Endereço do nó............................................................................................... 1-3
1.1.3 Estrutura das mensagens ................................................................................. 1-3
1.1.4 Operação do MVW3000 na Rede Modbus-RTU ................................................... 1-4
1.1.5 Descrição Detalhada das Funções .................................................................... 1-5
1.1.6 Alarmes e Falhas de comunicação .................................................................. 1-10
1.2 PROTOCOLO WEG.................................................................................................. 1-11
1.2.1 Taxa de transmissão...................................................................................... 1-11
1.2.2 Endereço do nó............................................................................................. 1-11
1.2.3 Variáveis lidas/escritas .................................................................................. 1-11
1.2.4 Parâmetros especiais .................................................................................... 1-11

2 FIELDBUS: ANYBUS-S ..............................................................2-1


2.0.1 Parametrização do inversor .............................................................................. 2-1
2.0.2 Variáveis lidas/escritas .................................................................................... 2-2
2.0.3 Alarmes e Falhas de comunicação .................................................................... 2-6
2.1 ETHERNET/IP ........................................................................................................... 2-6
2.1.1 Conector ........................................................................................................ 2-7
2.1.2 Terminação .................................................................................................... 2-7
2.1.3 Taxa de transmissão........................................................................................ 2-7
2.1.4 Endereço do nó............................................................................................... 2-8
2.1.5 Arquivo de configuração (.eds).......................................................................... 2-8
2.1.6 Sinalizações ................................................................................................... 2-8
2.1.7 Controle e monitoramento via web .................................................................. 2-10
2.1.8 Configuração do cartão EtherNet/IP ................................................................ 2-11
2.2 MODBUS-TCP ........................................................................................................ 2-12
2.2.1 Configuração do cartão Modbus/TCP .............................................................. 2-12
2.3 PROFINET IO.......................................................................................................... 2-12
2.3.1 Arquivo de configuração .gsdml ...................................................................... 2-13
2.3.2 Sinalizações ................................................................................................. 2-13
2.3.3 Configuração do cartão PROFINET IO ............................................................. 2-13
2.4 PROFIBUS-DP ........................................................................................................ 2-13
2.4.1 Conector ...................................................................................................... 2-14
2.4.2 Terminação .................................................................................................. 2-15
2.4.3 Taxa de transmissão...................................................................................... 2-15
2.4.4 Endereço do nó............................................................................................. 2-15
2.4.5 Arquivo de configuração (.gsd) ....................................................................... 2-15
2.4.6 Sinalizações ................................................................................................. 2-15
2.5 DEVICENET ............................................................................................................ 2-17
2.5.1 Conector ...................................................................................................... 2-17
2.5.2 Terminação .................................................................................................. 2-17
2.5.3 Taxa de transmissão...................................................................................... 2-18
Sumário

2.5.4 Endereço do nó............................................................................................. 2-18


2.5.5 Arquivo de configuração (.eds)........................................................................ 2-18
2.5.6 Sinalizações ................................................................................................. 2-18
2.6 DEVICENET DRIVE PROFILE .................................................................................... 2-19
2.6.1 Arquivo de configuração (.eds)........................................................................ 2-20
2.6.2 Sinalizações ................................................................................................. 2-20
2.6.3 Parametrização do inversor ............................................................................ 2-21
2.6.4 Conteúdo dos dados de I/O’s.......................................................................... 2-22
2.6.5 Classes de objetos ........................................................................................ 2-29
2.7 MODBUS-RTU ........................................................................................................ 2-34
2.7.1 Conector ...................................................................................................... 2-34
2.7.2 Terminação .................................................................................................. 2-35
2.7.3 Taxa de transmissão...................................................................................... 2-35
2.7.4 Endereço do nó............................................................................................. 2-36

3 CARTÃO PLC2 .........................................................................3-1


3.0.1 Parametrização do inversor .............................................................................. 3-1
3.1 MODBUS-RTU .......................................................................................................... 3-1
3.1.1 Conector ........................................................................................................ 3-1
3.1.2 Parametrização do inversor .............................................................................. 3-2
3.2 CANOPEN ................................................................................................................ 3-2
3.2.1 Conector ........................................................................................................ 3-2
3.2.2 Terminação .................................................................................................... 3-2
3.2.3 Taxa de transmissão........................................................................................ 3-2
3.2.4 Endereço do nó............................................................................................... 3-3
3.2.5 Arquivo de configuração .eds ........................................................................... 3-3
3.2.6 Parametrização do inversor .............................................................................. 3-3
3.2.7 Objetos de comunicação - COBs ...................................................................... 3-3
3.2.8 Alarmes e Falhas de comunicação .................................................................... 3-4
3.3 DEVICENET .............................................................................................................. 3-5
3.3.1 Taxa de transmissão........................................................................................ 3-5
3.3.2 Endereço do nó............................................................................................... 3-5
3.3.3 Parametrização do inversor .............................................................................. 3-5
3.3.4 Alarmes e Falhas de comunicação .................................................................... 3-5
3.4 FIELDBUS: ANYBUS-S............................................................................................... 3-5
3.4.1 Variáveis lidas/escritas .................................................................................... 3-6
3.4.2 Exemplo de aplicação ...................................................................................... 3-7

Redes Industriais | 0-6


COMUNICAÇÃO SERIAL

1 COMUNICAÇÃO SERIAL

O MVW3000 pode ser conectado a redes de comunicação permitindo o controle e a parametrização do mesmo.
Portanto é necessária a inclusão de um cartão eletrônico opcional de acordo com o padrão de Fieldbus desejado. 1


NOTA!

MVW-01 MANUAL P R04 V3.3x


PLC2 MANUAL P R04 V1.5x
SSW-06 MANUAL FIELDBUS P R06 V1.6x
CFW-09 MANUAL P RXX V4.4x
MVW-01 DEVICENET DRIVE PROFILE R00 (10000598027)

Conexão física

Existem duas possibilidades para a conexão física entre o mestre da rede e um MVW3000 e as mesmas não
podem ser utilizadas simultaneamente:

RS-232:

Utilizada para conexão ponto-a-ponto (um único escravo e o mestre);


Distância máxima: 10 metros;
Níveis de sinal seguem a EIA STANDARD RS-232C;
Três fios: transmissão (TxD), recepção (RxD) e retorno (GND).

RS-485:

Utilizada para conexão multiponto (vários escravos e o mestre);


Distância máxima: 1000 metros com isolação galvânica;
Níveis de sinal seguem a EIA STANDARD RS-485;
Deve-se utilizar um cartão de expansão EBA ou EBB que possuem conexão para comunicação RS-485.

Terminação (RS-485)

Incluir terminação da linha (120 Ω) nos extremos, e apenas nos extremos, da rede. Portanto, ajustar S3.1/S3.2
(EBA) e S7.1/S7.2 (EBB) para a posição ”ON”(consulte o manual do cartão EBA ou EBB).

Parametrização do inversor

Existe um conjunto de parâmetros que habilita e configura a operação do inversor na rede serial. Antes de iniciar a
operação em rede, é necessário configurar estes parâmetros para que o inversor opere de acordo com o desejado:

P0220 - Origem do comando LOCAL/REMOTO


P0221 - Origem da referência de velocidade em situação LOCAL
P0222 - Origem da referência de velocidade em situação REMOTO
Redes Industriais | 1-1
COMUNICAÇÃO SERIAL

P0223 - Seleção do sentido de giro em situação LOCAL


P0224 - Origem do comando Gira/Para em situação LOCAL
P0225 - Origem do comando JOG em situação LOCAL
P0226 - Seleção do sentido giro na situação REMOTO
1 P0227 - Origem do comando Gira/Para em situação REMOTO
P0228 - Origem do comando JOG em situação REMOTO
Estes parâmetros definem a fonte dos comandos e referências para o inversor nos modos LOCAL e REMOTO.
Consulte o manual do usuário para a descrição detalhada destes parâmetros. Para os comandos que se deseja
operar via rede, é necessário programar estes parâmetros para a opção “Serial”.

P0275 - Função da saída digital DO1 (isolada cartão EBA)


P0276 - Função da saída digital DO2 (isolada cartão EBA)
P0277 - Função da saída a relé RL1 (cartão MVC4)
P0279 - Função da saída a relé RL2 (cartão MVC4)
P0280 - Função da saída a relé RL3 (cartão MVC4)
P0281 - Função da saída a relé RL4 (cartão MVC4)
P0282 - Função da saída a relé RL5 (cartão MVC4)
Estes parâmetros definem a função das saídas digitais do inversor. Consulte o manual do usuário para a descrição
detalhada destes parâmetros. Para as saídas digitais que se deseja operar via rede, é necessário programar estes
parâmetros para a opção “Serial”.

1.1 MODBUS-RTU

O protocolo Modbus foi inicialmente desenvolvido em 1979 pela Modicon, e é um dos mais antigos protocolos
utilizados em redes para supervisão e controle de equipamentos de automação. Atualmente, é um protocolo
aberto, sendo utilizado por vários fabricantes em diversos equipamentos.

A comunicação Modbus-RTU do MVW3000 foi desenvolvida baseada em dois documentos:

MODBUS Protocol Reference Guide Rev. J, MODICON, June 1996


MODBUS Application Protocol Specification, MODBUS.ORG, may 8th 2002

Nestes documentos estão definidos os formatos das mensagens utilizadas pelos elementos que fazem parte da
rede Modbus, os serviços (ou funções) que podem ser disponibilizados via rede, e também como estes elementos
trocam dados na rede.

Na especificação do protocolo estão definidos a forma como são transmitidos os bytes da mensagem em dois
modos: ASCII e RTU. O MVW3000 utiliza somente o modo de transmissão RTU, não possuindo portanto, comu-
nicação no modo ASCII. Não é possível utilizar os dois modos de transmissão em uma mesma rede.

1.1.1 Taxa de transmissão

P0312 - Tipo de protocolo serial

Taxa de transmissão: 9600, 19200 ou 38400 bps


Paridade: Par, Ímpar ou Nenhuma.
Todos os escravos, e também o mestre da rede, devem estar utilizando a mesma taxa de comunicação e
mesma paridade.

Redes Industriais | 1-2


COMUNICAÇÃO SERIAL

1.1.2 Endereço do nó

P0308 - Endereço serial

A rede Modbus-RTU opera no sistema Mestre-Escravo, onde pode haver até 247 escravos, mas somente um 1
mestre.

O endereço 0 (zero) é utilizado pelo mestre para enviar uma mensagem comum para todos os escravos
(broadcast).
O mestre da rede não possui endereço e cada escravo na rede deve possuir um endereço particular.
É necessário conhecer o endereço do escravo mesmo que a conexão seja ponto-a-ponto.

1.1.3 Estrutura das mensagens

No modo RTU, cada byte de dados é transmitido como sendo uma única palavra com seu valor diretamente em
hexadecimal. Cada palavra transmitida possui 1 bit de start, oito bits de dados, 1 bit de paridade (opcional) e 1
bit de stop (2 bits de stop caso não se use bit de paridade). Desta forma, a sequência de bits para transmissão
de um único byte é a seguinte:

Tabela 1.1: Byte de dados no Modbus-RTU

Start B0 B1 B2 B3 B4 B5 B6 B7 Paridade ou Stop Stop

Em um telegrama, a estrutura utilizada é: Endereço, Código da Função, Dados e CRC.

Endereço (1 byte):
O mestre inicia a comunicação enviando um byte com o endereço do escravo para o qual se destina a mensagem.

Ao enviar a resposta, o escravo também inicia o telegrama com o seu próprio endereço. O mestre também pode
enviar uma mensagem destinada ao endereço 0 (zero), o que significa que a mensagem é destinada a todos os
escravos da rede (broadcast). Neste caso, nenhum escravo irá responder ao mestre.

Código da Função (1 byte):


Neste campo o mestre especifica o tipo de serviço ou função solicitada ao escravo (leitura, escrita, etc.). De
acordo com o protocolo, cada função é utilizada para acessar um tipo específico de dado.

No MVW3000, os dados relativos aos parâmetros e variáveis básicas estão disponibilizados como registradores do
tipo holding (referenciados a partir do endereço 40000 ou ‘4x’). Além destes registradores, o estado do inversor
(habilitado/desabilitado, com erro/sem erro, etc.) e o comando para o inversor (girar/parar, girar horário / girar
anti-horário, etc.), também podem ser acessadas através de funções para leitura/escrita de ”coils”ou bits internos
(referenciados a partir do endereço 00000 ou ‘0x’).

Campo de Dados:
Campo com tamanho variável, dependendo do que está sendo solicitado. O formato e conteúdo deste campo
dependem da função utilizada e dos valores transmitidos. Este campo está descrito juntamente com a descrição
das funções:

CRC:
A última parte do telegrama é o campo para checagem de erros de transmissão. O método utilizado é o CRC-16
(Cycling Redundancy Check). Este campo é formado por dois bytes, onde primeiro é transmitido o byte menos
significativo (CRC-), e depois o mais significativo (CRC+).

O cálculo do CRC é iniciado primeiramente carregando-se uma variável de 16 bits (referenciado a partir de agora
como variável CRC) com o valor FFFFh. Depois executa-se os passos de acordo com a seguinte rotina:

Redes Industriais | 1-3


COMUNICAÇÃO SERIAL

O conteúdo final da variável CRC é o valor do campo CRC que é transmitido no final do telegrama. A parte menos
significativa é transmitida primeiro (CRC-) e em seguida a parte mais significativa (CRC+).

Tempo entre Mensagens: No modo RTU não existe um caracter específico que indique o início ou o fim de um
1 telegrama. Desta forma, o que indica quando uma nova mensagem começa ou quando ela termina é a ausência
de transmissão de dados na rede, por um tempo mínimo de 3,5 vezes o tempo de transmissão de uma palavra
de dados (11 bits). Sendo assim, caso um telegrama tenha iniciado após a decorrência deste tempo mínimo sem
transmissão, os elementos da rede irão assumir que o caracter recebido representa o início de um novo telegrama.
E da mesma forma, os elementos da rede irão assumir que o telegrama chegou ao fim após decorrer este tempo
novamente.

Se durante a transmissão de um telegrama, o tempo entre os bytes for maior que este tempo mínimo, o telegrama
será considerado inválido, pois o inversor irá descartar os bytes já recebidos e montará um novo telegrama com
os bytes que estiverem sendo transmitidos.

A tabela a seguir apresenta os tempos para três taxas de comunicação diferentes:

#FIGURA#

1.1.4 Operação do MVW3000 na Rede Modbus-RTU

Os inversores de frequência MVW3000 operam como escravos da rede Modbus-RTU, sendo que toda a comuni-
cação inicia com o mestre fazendo uma solicitação ao inversor. Se o inversor estiver configurado para o endereço
correspondente, ele então trata o pedido e responde ao mestre o que foi solicitado.

Configurações do Inversor na Rede Modbus-RTU: Para que o inversor possa se comunicar corretamente na rede,
além da conexão física, é necessário configurar o endereço do inversor na rede, bem como a taxa de transmissão
e o tipo de paridade existente.

Acesso aos Dados do Inversor: Através da rede, é possível acessar todos os parâmetros e variáveis básicas
disponíveis para o MVW3000:

Parâmetros: são aqueles existentes nos inversores cuja visualização e alteração é possível através da HMI
(consulte a Referência Rápida dos Parâmetros).
Variáveis Básicas: são variáveis internas do inversor, e que somente podem ser acessadas via serial. É
possível através das variáveis básicas, por exemplo, alterar referência de velocidade, ler o estado, habilitar ou
desabilitar o inversor, etc.
Registrador: nomenclatura utilizada para representar tanto parâmetros quanto variáveis básicas durante a
transmissão de dados.
Bits internos: bits acessados somente pela serial, utilizados para comando e monitoração do estado do
inversor.

Funções Disponíveis e Tempos de Resposta: Na especificação do protocolo Modbus-RTU são definidas as fun-
ções utilizadas para acessar os tipos de registradores descritos na especificação. No MVW3000, tanto parâmetros
quanto variáveis básicas foram definidos como sendo registradores do tipo holding (referenciados como 4x). Além
destes registradores, também é possível acessar diretamente bits internos de comando e monitoração (referenci-
ados como 0x). Para acessar estes bits e registradores, foram disponibilizados os seguintes serviços (ou funções)
para os inversores de frequência MVW3000:

Endereçamento dos Dados e Offset: O endereçamento dos dados no MVW3000 é feito com offset igual a zero,
o que significa que o número do endereço equivale ao número dado. Os parâmetros são disponibilizados a
partir do endereço 0 (zero), enquanto que as variáveis básicas são disponibilizadas a partir do endereço 5000.
Da mesma forma, os bits de estado são disponibilizados a partir do endereço 0 (zero) e os bits de comando
são disponibilizados a partir do endereço 100. A tabela a seguir ilustra o endereçamento de bits, parâmetros e
variáveis básicas:

Redes Industriais | 1-4


COMUNICAÇÃO SERIAL

Todos os registradores (parâmetros e variáveis básicas) são tratados como registradores do tipo holding, referen-
ciados a partir de 40000 ou 4x, enquanto os bits são referenciados a partir de 0000 ou 0x

1.1.5 Descrição Detalhada das Funções 1

Para a elaboração dos telegramas, é importante observar o seguinte:

Os valores são sempre transmitidos em hexadecimal.


O endereço de um dado, o número de dados e o valor de registradores são sempre representados em 16
bits. Por isso, é necessário transmitir estes campos utilizando dois bytes (high e low). Para acessar bits, a
forma para representar um bit depende da função utilizada.
Os telegramas, tanto para pergunta quanto para resposta, não pode ultrapassar 128 bytes.
A resolução de cada parâmetro ou variável básica segue o que está descrito nas definições do protocolo.

Função 01 - Read Coils


Lê o conteúdo de um grupo de bits internos que necessariamente devem estar em sequência numérica. Esta
função possui a seguinte estrutura para os telegramas de leitura e resposta (os valores são sempre hexadecimal,
e cada campo representa um byte):

Exemplo:
Leitura dos bits de estado para habilitação geral (bit 1) e sentido de giro (bit 2) do MVW-01 no endereço 1:

Tabela 1.2: Add caption

Telegrama: Mestre –> Escravo


Campo Exemplo
Endereço do escravo 01h
Função 01h
Bit inicial (high) 00h
Bit inicial (low) 01h
Número de bits (high) 00h
Número de bits (low) 02h
CRC- ECh
CRC+ 0Bh

Resposta: Escravo –> Mestre


Campo Exemplo
Endereço do escravo 01h
Função 01h
Número de bytes de dados 01h
Estado dos bits 1 e 2 02h
CRC- D0h
CRC+ 49h

Função 03 - Read Holding Register


Lê o conteúdo de um grupo de registradores que necessariamente devem estar em sequência numérica. Esta
função possui a seguinte estrutura para os telegramas de leitura e resposta (os valores são sempre hexadecimal,
e cada campo representa um byte):

Exemplo:
Leitura dos valores de valor proporcional a Velocidade do motor (P0002) e Corrente do motor (P0003) do MVW3000
no endereço 1:

Redes Industriais | 1-5


COMUNICAÇÃO SERIAL

Tabela 1.3: Add caption

Telegrama: Mestre –> Escravo


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
1 Função 03h
Registrador inicial (high) 00h
Registrador inicial (low) 02h
Nº de registradores (high) 00h
Nº de registradores (low) 02h
CRC- 65h
CRC+ CBh
- -

Resposta: Escravo –> Mestre


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 03h
Número de bytes de dados 04h
P0002 (high) 05h
P0002 (low) 84h
P0003 (high) 00h
P0003 (low) 35h
CRC- 7Ah
CRC+ 49h

Função 05 - Write Single Coil


Esta função é utilizada para escrever um valor para um único bit. O valor para o bit é representado utilizando dois
bytes, onde o valor FF00h representa o bit igual a 1, e o valor 0000h representa o bit igual a 0 (zero). Possui a
seguinte estrutura (os valores são sempre hexadecimal, e cada campo representa um byte):

Exemplo:
Acionar o comando habilita rampa (bit 100 = 1) de um MVW3000 no endereço 1:

Tabela 1.4: Add caption

Pergunta (Mestre)
Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 05h
Nº do bit (high) 00h
Nº do bit (low) 64h
Valor para o bit (high) FFh
Valor para o bit (low) 00h
CRC- CDh
CRC+ E5h

Resposta (Escravo)
Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 01h
Nº do bit (high) 01h
Nº do bit (low) 02h
Valor para o bit (high) D0h
Valor para o bit (low) 49h
CRC- CDh
CRC+ E5h

Função 06 - Write Single Register


Redes Industriais | 1-6
COMUNICAÇÃO SERIAL

Esta função é utilizada para escrever um valor para um único registrador. Possui a seguinte estrutura (os valores
são sempre hexadecimal, e cada campo representa um byte):

Exemplo:
Escrita da referência de velocidade (variável básica 4) igual a 900 rpm, de um MVW-01 no endereço 1. As variáveis 1
básicas são endereçadas a partir de 5000, logo a variável básica 4 é endereçada em 5004 (138Ch).

Tabela 1.5: Add caption

Telegrama: Mestre –> Escravo


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 06h
Registrador (high) 13h
Registrador (low) 8Ch
Valor (high) 10h
Valor (low) 00h
CRC- 41h
CRC+ 65h

Resposta: Escravo –> Mestre


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 06h
Registrador (high) 13h
Registrador (low) 8Ch
Valor (high) 10h
Valor (low) 00h
CRC- 41h
CRC+ 65h

A resposta do escravo é uma cópia idêntica da solicitação feita pelo mestre.

Função 15 - Write Multiple Coils


Esta função permite escrever valores para um grupo de bits, que devem estar em sequência numérica. Também
pode ser usada para escrever um único bit (os valores são sempre hexadecimal, e cada campo representa um
byte).

Exemplo:
Escrita dos comandos para habilita rampa (bit 100 = 1), habilita geral (bit 101 = 1) e sentido de giro anti-horário
(bit 102 = 0), para um MVW-01 no endereço 1:

Redes Industriais | 1-7


COMUNICAÇÃO SERIAL

Tabela 1.6: Add caption

Telegrama: Mestre –> Escravo


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
1 Função 0Fh
Bit inicial (byte high) 00h
Bit inicial (byte low) 64h
Nº de bits (byte high) 00h
Nº de bits (byte low) 03h
Número de bytes de dados 01h
Valor para os bits 03h
CRC- BEh
CRC+ 9Eh

Resposta: Escravo –> Mestre


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 0Fh
Bit inicial (byte high) 00h
Bit inicial (byte low) 64h
Nº de bits (byte high) 00h
Nº de bits (byte low) 03h
CRC- 54h
CRC+ 15h

Função 16 - Write Multiple Registers


Esta função permite escrever valores para um grupo de registradores, que devem estar em sequência numérica.
Também pode ser usada para escrever um único registrador (os valores são sempre hexadecimal, e cada campo
representa um byte).

Exemplo:
Escrita do Tempo de aceleração (P0100) = 1,0 s e Tempo de desaceleração (P0101) = 2,0 s, de um MVW-01 no
endereço 20:

Redes Industriais | 1-8


COMUNICAÇÃO SERIAL

Tabela 1.7: Add caption

Telegrama: Mestre –> Escravo


Campo Valor
Endereço do escravo 14h
Função 10h 1
Registrador inicial (high) 00h
Registrador inicial (low) 64h
Nº de registradores (high) 00h
Nº de registradores (low) 02h
Número de bytes de dados 04h
P100 (high) 00h
P100 (low) 0Ah
P101 (high) 00h
P101 (low) 14h
CRC- 91h
CRC+ 75h

Resposta: Escravo –> Mestre


Campo Valor
Endereço do escravo 14h
Função 10h
Registrador inicial (high) 00h
Registrador inicial (low) 64h
Nº de registradores (high) 00h
Nº de registradores (low) 02h
CRC- 02h
CRC+ D2h

Função 43 - Read Device Identification


Função auxiliar, que permite a leitura do fabricante, modelo e versão de firmware do produto. Possui a seguinte
estrutura:

Exemplo: leitura das informações básicas em sequência, a partir do objeto 00, de um MVW-01 no endereço 1:

Redes Industriais | 1-9


COMUNICAÇÃO SERIAL

Tabela 1.8: Add caption

Telegrama: Mestre –> Escravo


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
1 Função 2Bh
MEI Type 0Eh
Código de leitura 01h
Número do Objeto 00h
CRC- 70h
CRC+ 77h

Resposta: Escravo –> Mestre


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 2Bh
MEI Type 0Eh
Código de leitura 01h
Conformity Level 51h
More Follows 00h
Próximo Objeto 00h
Número de objetos 03h
Código do Objeto 00h
Tamanho do Objeto 03h
Valor do Objeto ‘WEG’
Código do Objeto 01h
Tamanho do Objeto 0Eh
Valor do Objeto ‘MVW-01 7.0A’
Código do Objeto 02h
Tamanho do Objeto 05h
Valor do Objeto ‘V2.09’
CRC- B8h
CRC+ 39h

1.1.6 Alarmes e Falhas de comunicação

Os erros podem ocorrer na transmissão dos telegramas na rede, ou então no conteúdo dos telegramas recebido.
De acordo com o tipo de erro, o inversor poderá ou não enviar resposta para o mestre: Quando o mestre envia uma
mensagem para um inversor configurado em um determinado endereço da rede, o inversor não irá responder ao
mestre caso ocorra: � Erro no bit de paridade. � Erro no CRC. � Timeout entre os bytes transmitidos (3,5 vezes o
tempo de transmissão de uma palavra de 11 bits). No caso de uma recepção com sucesso, durante o tratamento
do telegrama, o inversor pode detectar problemas e enviar uma mensagem de erro, indicando o tipo de problema
encontrado: � Função inválida (código do erro = 1): a função solicitada não está implementada para o inversor.
� Endereço de dado inválido (código do erro = 2): o endereço do dado (registrador ou bit) não existe. � Valor de
dado inválido (código do erro = 3): ocorre nas seguintes situações: � Valor está fora da faixa permitida. � Escrita
em dado que não pode ser alterado (registrador somente leitura, registrador que não permite alteração com o
conversor habilitado ou bits do estado lógico). � Escrita em função do comando lógico que não está habilitada
via serial. Mensagens de Erro Quando ocorre algum erro no conteúdo da mensagem (não na transmissão de
dados), o escravo deve retornar uma mensagem que indica o tipo de erro ocorrido. Os erros que podem ocorrer
no tratamento de mensagens para o MVW-01 são os erros de função inválida (código 01), endereço de dado
inválido (código 02) e valor de dado inválido (código 03). As mensagens de erro enviadas pelo escravo possuem
a seguinte estrutura:

Exemplo: Mestre solicita para o escravo no endereço 1 a escrita no parâmetro P0089 (parâmetro inexistente):

Redes Industriais | 1-10


COMUNICAÇÃO SERIAL

Tabela 1.9: Add caption

Telegrama: Mestre –> Escravo


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 06h 1
Registrador (high) 00h
Registrador (low) 59h
Valor (high) 00h
Valor (low) 00h
CRC- 59h
CRC+ D9h

Resposta: Escravo –> Mestre


Campo Valor
Endereço do escravo 01h
Função 86h
Código de erro 02h
CRC- C3h
CRC+ A1h

1.2 PROTOCOLO WEG

1.2.1 Taxa de transmissão

P0312 - Tipo de protocolo serial

1.2.2 Endereço do nó

P0308 - Endereço serial

O protocolo WEG opera no sistema Mestre-Escravo, onde pode haver até 30 escravos e somente um mestre.
Além desses 30 endereços, existem mais dois endereços para executar tarefas especiais:

Endereço 0: qualquer inversor da rede é consultado, independentemente de seu endereço. Deve-se ter ape-
nas um inversor ligado a rede (ponto-a-ponto) para que não ocorram curto-circuitos as linhas de interface.

Endereço 31: um comando pode ser transmitido simultaneamente para todos os inversores da rede, sem
reconhecimento de aceitação.

1.2.3 Variáveis lidas/escritas

1.2.4 Parâmetros especiais

De um modo geral, os parâmetros de um inversor armazenam sua informação em words (1 word = 16 bits).
Quando queremos saber o conteúdo de um destes parâmetros através de uma rede de comunicação (serial, Fi-
eldbus, etc.), informamos o número do mesmo (de acordo com o protocolo utilizado) e recebemos uma informação
de 16 bits como resposta, pois para cada parâmetro temos uma word de informação associada.

Alguns dos parâmetros do MVW3000 possuem mais do que uma word de informação associada, de modo que
o acesso a estes parâmetros se dá de um modo especial. Estes parâmetros são:

P0014 - Último erro ocorrido


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COMUNICAÇÃO SERIAL

P0015 - Segundo erro ocorrido


P0016 - Terceiro erro ocorrido
P0017 - Quarto erro ocorrido
P0060 - Quinto Erro
1 P0061 - Sexto Erro
P0062 - Sétimo Erro
P0063 - Oitavo Erro
P0064 - Nono Erro
P0065 - Décimo Erro
Parâmetros dos últimos erros: 3 words por parâmetro
A primeira word lida traz a informação do número do erro ocorrido e do estado do inversor no momento do erro.
Estas informações estão distribuídas entre os bits da word da seguinte maneira:

b15 b14 b13 b12 b11 b10 b9 b8 b7 b6 b5 b4 b3 b2 b1 b0


Estado Número da falha

A segunda e a terceira word trazem a informação da data/hora em que o erro ocorreu. A informação da data/hora
tem 32 bits e por isso são necessárias duas palavras para representá-la.

P0080 - Data (dd/mm/aa)


P0081 - Hora (hh:mm:ss)
Parâmetros de data e hora: 2 words
Apesar do inversor possuir dois parâmetros relacionados com a data e hora, a informação é armazenada em
uma única variável de 32 bits. Assim, para se obter a informação da data e hora do inversor, deve-se efetuar
duas leituras do parâmetro P0080, já que a informação está contida em 32 bits ou então em duas palavras. Na
primeira leitura o inversor envia a palavra mais significativa (bits 16 a 31) e na segunda leitura a palavra menos
significativa (bits 0 a 15). Esses 32 bits de informação contém a contagem de segundos transcorridos desde as
00hs da data de 01/01/1970. Uma rotina de codificação juliana deve ser usada para se determinar a data e a
hora correspondentes a esta contagem.

P0067 - Registro de erros


Log de erros: 300 words
Este parâmetro possui as informações dos últimos 100 erros ocorridos no inversor. Cada erro possui 3 words de
informação. Deste modo, as três primeiras leituras de P0067 fornecem a informação do último erro ocorrido, as
três leituras seguintes do penúltimo erro e assim por diante até que 300 leituras sejam efetuadas.

P0555 - Condição de trigger 2


P0557 - Valor de trigger 3
P0559 - Percentual de Pré-trigger
P0561 - Função do Trace canal 1
P0563 - Função do Trace canal 3
P0565 - Função do Trace canal 5
P0567 - Função do Trace canal 7
P0569 - Período de amostragem
Dados da função Trace: até 31080 words por parâmetro
A função trace armazena uma quantidade enorme de informações em cada um de seus canais. Para se ter
acesso a esses dados, deve-se efetuar a leitura do parâmetro relacionado ao canal desejado (P0555, P0557,
P0559, P0561, P0563, P0565, P0567, P0569).

Quando se faz a primeira leitura do parâmetro de um determinado canal, ele retorna o parâmetro correspondente
programado para trace. A partir da segunda leitura (em sequência), começam a vir as informações registradas
pela função trace.

NOTA! Quando se efetua a leitura de parâmetros especiais, as leituras devem ser feitas de forma ininterrupta,
Redes Industriais | 1-12
COMUNICAÇÃO SERIAL

lendo sempre o mesmo parâmetro seguidas vezes sem ler nenhum outro parâmetro até que todas as leituras das
palavras associadas tenham sido realizadas. Caso se efetue a leitura de outro parâmetro antes da conclusão da
leitura de todas as palavras associadas a um parâmetro especial, quando se lê novamente este parâmetro ele
volta a enviar a primeira palavra associada a ele.
1

Redes Industriais | 1-13


COMUNICAÇÃO SERIAL

Redes Industriais | 1-14


FIELDBUS: ANYBUS-S

2 FIELDBUS: ANYBUS-S

O MVW3000 possui suporte às seguintes comunicações Fieldbus com cartões de Interface Mestre-Escravo
Anybus-S:

ETHERNET/IP
MODBUS-TCP
PROFINET 2
PROFIBUS-DPV0
PROFIBUS-DPV1
DEVICENET
DEVICENET DRIVE PROFILE
MODBUS-RTU

2.0.1 Parametrização do inversor

P0309 - Fieldbus
Este parâmetro habilita a operação do cartão de comunicação e determina o número de I/O’s trocadas com o
mestre.
Tabela 2.1: Redes Fieldbus: Anybus-S

P0309 Função
0 Inativo
1 Profibus-DP 2 I/O’s
2 Profibus-DP 4 I/O’s
3 Profibus-DP 6 I/O’s
4 DeviceNet 2 I/O’s
5 DeviceNet 4 I/O’s
6 DeviceNet 6 I/O’s
7 Modbus-RTU 2 I/O’s
8 Modbus-RTU 4 I/O’s
9 Modbus-RTU 6 I/O’s
10 DeviceNet Drive Profile
11 EtherNet/IP - Modbus-TCP - PROFINET 2 I/O’s
12 EtherNet/IP - Modbus-TCP - PROFINET 4 I/O’s
13 EtherNet/IP - Modbus-TCP - PROFINET 6 I/O’s

Existe um conjunto de parâmetros que habilita e configura a operação do inversor na rede Fieldbus. Antes de
iniciar a operação em rede, é necessário configurar estes parâmetros para que o inversor opere de acordo com o
desejado:

P0220 - Origem do comando LOCAL/REMOTO


P0221 - Origem da referência de velocidade em situação LOCAL
P0222 - Origem da referência de velocidade em situação REMOTO
P0223 - Seleção do sentido de giro em situação LOCAL
P0224 - Origem do comando Gira/Para em situação LOCAL
P0225 - Origem do comando JOG em situação LOCAL
P0226 - Seleção do sentido giro na situação REMOTO
P0227 - Origem do comando Gira/Para em situação REMOTO
P0228 - Origem do comando JOG em situação REMOTO
Estes parâmetros definem a fonte dos comandos e referências para o inversor nos modos LOCAL e REMOTO.
Consulte o manual do usuário para a descrição detalhada destes parâmetros. Para os comandos que se deseja
operar via rede, é necessário programar estes parâmetros para a opção “Fieldbus”.
Redes Industriais | 2-1
FIELDBUS: ANYBUS-S

P0275 - Função da saída digital DO1 (isolada cartão EBA)


P0276 - Função da saída digital DO2 (isolada cartão EBA)
P0277 - Função da saída a relé RL1 (cartão MVC4)
P0279 - Função da saída a relé RL2 (cartão MVC4)
P0280 - Função da saída a relé RL3 (cartão MVC4)
P0281 - Função da saída a relé RL4 (cartão MVC4)
P0282 - Função da saída a relé RL5 (cartão MVC4)
Estes parâmetros definem a função das saídas digitais do inversor. Consulte o manual do usuário para a descrição
2 detalhada destes parâmetros. Para as saídas digitais que se deseja operar via rede, é necessário programar estes
parâmetros para a opção “Fieldbus”.

P0313 - Bloqueio com - A0128...A0130


Caso o inversor esteja sendo controlado via rede e ocorra alguma falha de comunicação, o inversor poderá indicar
F129 se configurado pelo mestre da rede. Este parâmetro configura o inversor para que ele tome alguma ação
(por exemplo, parar o motor, mudar para LOCAL, etc.).

Tabela 2.2: Ação dos Alarmes A128, A129 e A130

P0313 Função
0 Para por rampa
1 Para por habilita geral
2 Sem função
3 Vai para modo LOCAL

2.0.2 Variáveis lidas/escritas

Variáveis lidas do inversor (inputs)

1. Estado lógico do inversor (E.L.)

2. Velocidade do motor

3. Estado das entradas digitais DI1 à DI10 (P0012)

4. Conteúdo do parâmetro

5. Torque no motor (P0009)

6. Corrente do motor (P0003)

1. Estado lógico do inversor (E.L.)


A word que define o E.L. é formada por 8 bits superiores e 8 bits inferiores, tendo a seguinte construção:

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FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.3: Estado lógico do inversor via Fieldbus: Anybus-S

Bits superiores (status da função associada)


Bit =0 =1
15 Sem falha ou alarme Em falha ou alarme de comunicação
14 Regulador PID em modo manual Regulador PID em modo automático
13 Sem subtensão Em subtensão (Sub)
12 Comando em LOCAL Comando em REMOTO
11 JOG inativo JOG ativado
2
10 Sentido de giro anti-horário Sentido de giro horário
9 Desabilitado geral Habilitado geral
8 Comando gira inativo Comando gira ativado

Bits inferiores
bits 7...0 = indicam o número do código da falha atual.
Exemplo: se a falha F0092 estiver ativa, o código 5Ch será informado aqui.


NOTA!
O bit 8 = 1, significa que o inversor recebeu o comando Gira/Para via rede. Este bit não tem o
propósito de sinalizar que o motor esta efetivamente girando.

2. Velocidade do motor
Essa variável é mostrada usando resolução de 13 bits mais sinal. Portanto o valor será igual a 8191 (1FFFh) (giro
horário) ou -8191 (E001h) (giro anti-horário) quando o motor estiver girando na velocidade síncrona (ou velocidade
base, por exemplo 1800 rpm para motor 4 pólos, 60 Hz).

3. Estado das entradas digitais DI1 à DI10 (P0012)


Esta word indica o conteúdo do parâmetro P0012, onde o nível 1 indica entrada ativa e o nível 0 indica entrada
inativa. As entradas digitais estão distribuídas da seguinte forma:

Tabela 2.4: Estados das entradas digitais via Fieldbus

Bits superiores
bit 15 bit 14 bit 13 bit 12 bit 11 bit 10 bit 9 bit 8
Reservado DI10 DI9

Bits inferiores
bit 7 bit 6 bit 5 bit 4 bit 3 bit 2 bit 1 bit 0
DI1 DI2 DI3 DI4 DI5 DI6 DI7 DI8

4. Conteúdo do parâmetro
Esta word permite ler o conteúdo dos parâmetros do inversor, que são selecionados na word 4 (número do
parâmetro a ser lido) das ”Variáveis escritas no inversor”. Os valores lidos terão a mesma ordem de grandeza
que aqueles descritos no manual do produto ou mostrados na HMI. Os valores são lidos sem o ponto decimal,
quando for o caso.

5. Torque no motor
Esta word indica o conteúdo do parâmetro P0009, desconsiderando o ponto decimal. Essa variável é filtrada por
um filtro passa-baixa com constante de tempo de 0,5 segundos.

6. Corrente do motor
Esta word indica o conteúdo do parâmetro P0003, desconsiderando o ponto decimal. Essa variável é filtrada por
um filtro passa-baixa com constante de tempo de 0,3 segundos.

Redes Industriais | 2-3


FIELDBUS: ANYBUS-S

Variáveis escritas no inversor (outputs)

1. Comando lógico (C.L.)

2. Referência de velocidade para o motor

3. Controle das saídas digitais

4. Número do parâmetro a ser lido


2 5. Número do parâmetro a ser alterado

6. Conteúdo do parâmetro a ser alterado, selecionado na posição anterior

1. Comando Lógico (C.L.)


A word que define o C.L. é formada por 8 bits superiores (máscara) e 8 bits inferiores (comando), tendo a seguinte
construção:

Tabela 2.5: Comando lógico via Fieldbus: Anybus-S

Bits superiores (selecionam a função usada)


Bit Função
15 Reset de falhas
14 Reservado
13 Salvar P0169 e P0170 na EEPROM
12 Seleção de comando LOCAL-REMOTO
11 Comando JOG
10 Sentido de giro
9 Habilita geral
8 Gira-Para

Bits inferiores
Bit =0 =1
7 Reset de falhas (atua na transição positiva do bit)
6 Reservado
5 Salva P0169 e P0170 na EEPROM Não salva
4 Comando LOCAL Comando REMOTO
3 JOG inativo Ativa JOG
2 Sentido de giro anti-horário Sentido de giro horário
1 Habilita geral inativo Ativa habilita geral
0 Gira-Para inativo Ativa Gira-Para


NOTA!
A falha F0016 não pode ser resetada pelo bit 7 sem a senha do usuário programada em P0000.

2. Referência de velocidade para o motor


Esta variável é apresentada utilizando 13 bits de resolução. Portanto, o valor de referência de velocidade para
a velocidade síncrona do motor será igual a 8191 (1FFFh). Este valor deve ser utilizado somente como uma
velocidade de base para calcular a velocidade desejada (velocidade de referência).

Redes Industriais | 2-4


FIELDBUS: ANYBUS-S


NOTA!
Valores acima de 8191 (1FFFh) são permitidos quando deseja-se obter valores acima da velo-
cidade síncrona do motor, desde que respeitem o valor programado em P0134 (Referência de
Velocidade Máxima).

3. Controle das saídas digitais


Permite o controle do estado das saídas digitais do inversor programadas para “Fieldbus”. A word que define o
estado das saídas digitais é formada por 8 bits superiores e 8 bits inferiores, com a seguinte construção:
2

Tabela 2.6: Controle das saídas digitais

Máscara
bit 15 bit 14 bit 13 bit 12 bit 11 bit 10 bit 9 bit 8
Reservado RL3 RL2 RL1 DO2 DO1

Comando
bit 7 bit 6 bit 5 bit 4 bit 3 bit 2 bit 1 bit 0
Reservado RL3 RL2 RL1 DO2 DO1

4. Número do parâmetro a ser lido


Através desta word é possível a leitura de qualquer parâmetro do inversor. Deve-se fornecer o número corres-
pondente ao parâmetro desejado, e o seu conteúdo será mostrado na word 4 das “Variáveis lidas do inversor”.

5. Número do parâmetro a ser alterado


Esta word trabalha em conjunto com a word 6 a seguir. Não desejando alterar nenhum parâmetro, deve-se colocar
nesta posição o código 999. Durante o processo de alteração deve-se:

Manter na posição 5 o código 999.


Substituir o código 999 pelo número do parâmetro que se quer alterar.
Se nenhum código de erro (A124 a A127) for sinalizado no E.L., substituir o número do parâmetro pelo código
999, para encerrar a alteração.

A verificação da alteração pode ser feita através da HMI ou lendo o conteúdo do parâmetro.


NOTA!

Não será aceito o comando para passar de controle escalar para vetorial se algum dos parâme-
tros P0409 a P0413 estiver em zero. Isto deverá ser efetuado através da HMI.
Não programar P204 = 5 já que no padrão de fábrica P309 = Inativo.
P0204 e P0408 não aceitam alteração por comando via redes.
O conteúdo desejado deve ser mantido pelo mestre durante 15,0 ms. Somente após transcor-
rido esse tempo pode-se enviar um novo valor ou escrever em outro parâmetro.

6. Conteúdo do parâmetro a ser alterado


O formato dos valores ajustados nesta posição deve ser aquele descrito no manual, porém deve-se escrever o
valor sem o ponto decimal quando for o caso. Quando se altera os parâmetros P0409 a P0413 podem surgir
pequenas diferenças no conteúdo, quando se compara o valor enviado via Fieldbus com o valor lido na word
4. (”Conteúdo de Parâmetro”), ou com o lido via HMI. Isto se deve ao truncamento (arredondamento) durante o
processo de leitura.

Redes Industriais | 2-5


FIELDBUS: ANYBUS-S

2.0.3 Alarmes e Falhas de comunicação

Os alarmes A124...A127 retornam somente via variável de estado lógico do inversor (E.L.) e não afetam o funcio-
namento do produto.

Tabela 2.7: Alarmes e Falhas de comunicação

Código Descrição Possíveis causas


A124 Parametrização não permitida 1. Tentativa de alteração de parâmetro com inversor habilitado.
2 1. Tentativa de leitura ou escrita em parâmetro inexistente;
A125 Parâmetro inexistente
2. Tentativa de escrita em P0408 ou P0204.
A126 Valor fora da faixa 1. Tentativa de escrita de valor fora da faixa permitida.

1. Tentativa de escrita em parâmetro “somente leitura”;


2. Tentativa de comando com o mesmo não programado para “Fieldbus”.
Verifique os parâmetros P0220 a P0228;
A127 Parametrização incorreta
3. Tentativa de controle de saída digital com a mesma não programada
para “Fieldbus”. Verifique os parâmetro P0275 a P0282.
4. Bit 15 da word de comando lógico ativo sem uma falha ativa no inversor.

F129 Conexão Fieldbus inativa 1. Conexão física do inversor com o mestre da rede de comunicação inter-
rompida.
1. Programação incorreta de P0309;
F130 Cartão Fieldbus inativo
2. Cartão Fieldbus defeituoso.

2.1 ETHERNET/IP

O EtherNet/IP (EtherNet Industrial Protocol) é um sistema de comunicação adequado ao uso em ambientes indus-
triais. Este sistema permite a troca de dados de aplicação, com restrição de tempo ou críticos, entre dispositivos
industriais. O EtherNet/IP está disponível tanto para equipamentos simples como sensores/atuadores quanto
para complexos como robôs, soldadores, CLPs, HMIs e drives.

EtherNet/IP utiliza CIP (Common Industrial Protocol) na camada de aplicação. Este é o mesmo protocolo utilizado
pelo DeviceNet e pelo ControlNet, o qual estrutura os dispositivos como uma coleção de objetos e define métodos
e procedimentos de acesso aos dados. Além disso, faz uso do EtherNet padrão IEEE 802.3 nas camadas mais
baixas e dos protocolos TCP/IP e UDP/IP nas camadas intermediárias para transportar pacotes CIP.

Portanto, a infra-estrutura utilizada pelo EtherNet/IP é a mesma já utilizada pelas redes de computadores EtherNet
corporativas. Este fato amplia consideravelmente as formas de controle e monitoramento dos equipamentos
conectados em rede, tais como:

Disponibilidade de protocolos de aplicação (HTTP, FTP, etc.)


Integração da rede industrial da linha de produção à rede de escritórios
Está baseado num padrão amplamente difundido e aceito
Maior fluxo de dados que os protocolos normalmente utilizados na automação industrial

Redes Industriais | 2-6


FIELDBUS: ANYBUS-S

Figura 2.1: Rede EtheNet/IP

2.1.1 Conector

Tipo: soquete para plug RJ-45 com 8 vias


Pinagem: existem dois padrões para cabos diretos (straight-through) EtherNet: T-568A e T-568B

O cabo a ser utilizado pelo MVW3000 deve seguir um destes dois padrões em ambas as extremidades, ou seja,
os plugs das extremidades de um cabo devem ser crimpados segundo a norma T-568A ou T-568B. A função dos
pinos de cada um deles é mostrada na figura abaixo.

Figura 2.2: Conectores da rede EtheNet/IP

2.1.2 Terminação

Em EtherNet 10BASE-T (10 Mbps) ou 100BASE-TX (100 Mbps) a terminação já é feita no cartão de comunicação
e também em qualquer outro equipamento que utilize par trançado ponto a ponto. Logo, não são necessários
ajustes adicionais no MVW3000.

2.1.3 Taxa de transmissão

O MVW3000 pode operar em redes Ethernet com taxas 10/100 Mbps e em modo half-duplex ou full-duplex.
Quando atua a 100 Mbps full-duplex, a taxa efetiva dobra, passando a 200 Mbps. Estas configurações são feitas
no software de configuração e programação da rede. Não é necessário qualquer ajuste no cartão. Recomenda-se
utilizar o recurso de auto detecção destes parâmetros (autosensing).
Redes Industriais | 2-7
FIELDBUS: ANYBUS-S

2.1.4 Endereço do nó

Endereço IP
Permite programar o valor desejado para o endereço IP utilizado pelo cartão EtheNet/IP. O endereçamento IP
deve ser único na rede, e cada equipamento deve possuir um endereço IP diferente.

Máscara de sub-rede
Permite programar o valor desejado para a máscara de sub-rede utilizada pelo cartão EtheNet/IP. A máscara da
2 sub-rede serve para definir quais as faixas de endereço IP que são válidas na rede.

Gateway padrão
Permite programar o valor desejado para o gateway padrão utilizado pelo cartão EtheNet/IP. O gateway padrão
fornece uma rota para a comunicação com redes remotas.

DHCP
Permite habilitar ou desabilitar a configuração via servidor DHCP. O servidor DHCP pode atribuir automaticamente
endereços IP, máscara de sub-rede, etc. aos equipamentos na rede.

2.1.5 Arquivo de configuração (.eds)

Cada equipamento de uma rede EtherNet/IP está associado a um arquivo EDS que contém informações sobre o
seu funcionamento. Este arquivo fornecido juntamente com o produto é utilizado pelo programa de configuração
da rede.

O cartão de comunicação que acompanha o produto foi desenvolvido pela empresa HMS Industrial Networks
AB. Portanto, no software de configuração da rede o produto não será reconhecido como inversor de freqüência
MVW3000, e sim como “Anybus-S EtherNet/IP” na categoria “Communication Adapter”. A diferenciação será
feita com base no endereço do equipamento na rede.

Configuração dos dados para o mestre da rede


Para a configuração manual do mestre, além do endereço IP utilizado pelo cartão EtherNet/IP, é necessário indicar
o número das instâncias de I/O’s e a quantidade de dados trocados com o mestre em cada instância. Para o
MVW3000 com cartão Anybus-S EtherNet/IP, devem ser programados os seguintes valores:

Instância de entrada (input): 100


Instância de saída (output): 150
Quantidade de dados: programável através do P0309, podendo ser 2, 4 ou 6 words (1 word = 2 bytes)

O cartão EtherNet/IP para o MVW3000 é descrito na rede como “Generic Ethernet Module”. Utilizando estas
configurações é possível programar o mestre da rede para se comunicar com o inversor.

2.1.6 Sinalizações

O cartão eletrônico possui um LED bicolor sinalizando o status do cartão EtherNet/IP:

Redes Industriais | 2-8


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.8: Status do cartão EtherNet/IP

Cor Status Descrição


Intermitente
Cartão inicializado e operante.
(1 Hz)
Verde
Intermitente
Cartão não inicializado.
(2 Hz)

Intermitente
Falha no teste de RAM.
(1 Hz)

Vermelho
Intermitente
Falha no teste do ASIC e da Flash ROM.
2
(2 Hz)

Intermitente
Falha no teste de DPRAM.
(4 Hz)


NOTA!
As indicações em vermelho podem significar problemas de hardware do cartão eletrônico. O seu
reset é efetuado desenergizando e re-energizando o inversor. Caso o problema persista, substitua
o cartão eletrônico.

O cartão de EtherNet/IP também possui quatro LEDs bicolores agrupados no canto inferior direito que sinalizam
o estado do módulo e da rede EtherNet/IP:

Link (Activity) 1 2 Module Status

Activity 4 3 Network Status

Figura 2.3: Sinalizações do cartão EtheNet/IP

Redes Industriais | 2-9


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.9: Estado da rede EtherNet/IP

LED Status Descrição


Link ON O módulo está conectado a outro equipamento na rede (switch tipicamente).
(verde) OFF O módulo não está conectado a outro dispositivo.
OFF Módulo não alimentado.
ON
Módulo está operando corretamente.
Module Status (verde)
(bicolor)
Intermitente
Módulo não configurado.
(verde)
2
ON
Erro crítico detectado.
(vermelho)

Intermitente
Falha detectada.
(vermelho)

Intermitente
Executando auto-teste durante a energização do cartão.
(verde-vermelho)
OFF Módulo não alimentado ou endereço IP não configurado.
ON
O módulo possui ao menos uma conexão EtherNet/IP estabelecida.
Network Status (verde)
(bicolor)
Intermitente
Não há conexões alocadas.
(verde)

ON
Endereço IP duplicado.
(vermelho)

Intermitente
Uma ou mais conexões deste módulo foram para o estado de timeout.
(vermelho)

Intermitente
Executando auto-teste durante a energização do cartão.
(verde-vermelho)

Activity
Intermitente Indica o recebimento e/ou transmissão de pacotes EtherNet/IP na rede.
(verde)

2.1.7 Controle e monitoramento via web

O cartão de comunicação EtherNet/IP possui internamente um servidor HTTP. Isto significa que ele é capaz de
servir páginas HTML. Pode-se com isto, configurar parâmetros de rede, controlar e monitorar o inversor MVW3000
através de um navegador (Internet Explorer, Mozilla, Chrome, etc.) instalado em um computador na mesma rede
do inversor.

Abra um navegador e digite o endereço do inversor na rede. O padrão de fábrica é “http://192.168.0.1”. Certifique-
se que o navegador possui suporte a javascript e cookies habilitados. O acesso aos dados é protegido por nome
do usuário e senha. O MVW3000 sai de fábrica programado com:
Usuário: web
Senha: web

Figura 2.4: Web client para MVW-01

Redes Industriais | 2-10


FIELDBUS: ANYBUS-S

2.1.8 Configuração do cartão EtherNet/IP

Antes de instalar o cartão EtheNet/IP no inversor, copie o endereço MAC que está em uma etiqueta atrás do
cartão de comunicação:

No inversor MVW3000
1) No parâmetro P0309, selecione o protocolo EtherNet/IP e a quantidade de words trocadas com o mestre: 2,
4 ou 6 I/O’s.
2
2) Conecte um cabo de rede de um computador ajustado para o IP “192.168.0.X” ao cartão e certifique-se de
que o LED de Status “Link” está aceso.

3) Se o endereço do inversor na rede pertencer à faixa reservada “192.168.0.X” pode-se utilizar a chave DIP do
cartão para endereçamento e pule para o passo 5. Neste caso a chave representa o valor binário do último byte
do endereço.

4) Abra a ferramenta IPconfig, disponível para download no site da HMS e este vai scanear automaticamente os
dispositivos Anybus conectados na rede. Confirme o endereç MAC e ajuste uma nova faixa clicando em “IP” do
dispositivo desejado. Desative o endereçamento por hardware através das chaves DIP colocando-as na posição
zero (00000000). Caso o endereçamento da rede seja feito através de um servidor DHCP, selecione a caixa “DHCP
enabled” e ajuste a posição de todas as chaves DIP para zero.

6) Reinicie o controle do MVW3000.

Acesso aos arquivos do cartão de EtherNet/IP


O cartão de comunicação permite acesso através de FTP e Telnet. Pode-se com isto, transferir arquivos de/para
o cartão e também acessar o sistema de arquivos de uma forma interativa. Para utilizar tais serviços proceda da
seguinte forma:

Abra uma janela de comandos do MS-DOS ou utilize um cliente Telnet (Exemplo: PuTTY);
Entre no serviço (FTP ou Telnet) desejado seguido do IP ou hostname do MVW3000 na rede;

Usuário: user
Senha: user

O usuário padrão é restrito ao diretório “\user”, sendo permitido criar ou deletar arquivos e/ou diretórios. As contas
de usuário deste nível estão cadastradas no arquivo “sys_pswd.cfg” localizado no diretório “user\pswd”.

Além do controle para acesso ao sistema de arquivos, há também senha para acesso à página HTML do cartão de
comunicação. A senha deste acesso está cadastrada no arquivo “web_accs.cfg” localizado também no diretório
“user\pswd”.

Cada linha destes arquivos contém um par “login:senha” que corresponde a uma conta de usuário e sua senha.
Para alterar as senhas, crie com auxílio de um editor de textos (Notepad, por exemplo) um arquivo que contenha
em cada uma das linhas um parâmetro “login:nova_senha”. As duas palavras deverão estar separadas por dois
pontos.

A seguir transfira estes novos arquivos via FTP para o cartão de comunicação, substituindo os originais.


NOTA!
Não há qualquer mecanismo de criptografia das senhas, ou seja, tanto o login quanto a senha
estão em texto puro.
Após o período de start-up do equipamento recomenda-se a troca de todas as senhas do cartão
de comunicação EtherNet/IP.
As novas senhas só terão efeito após o MVW3000 ser re-energizado.

Redes Industriais | 2-11


FIELDBUS: ANYBUS-S

(Somente ASTEC)


NOTA!
O sistema de arquivos do cartão de comunicação possui dois níveis de segurança para os
usuários: user e admin.

Usuário: admin
Senha: wauweg
2

2.2 MODBUS-TCP

O protocolo Modbus/TCP é uma implementação do padrão Modbus sobre TCP/IP possibilitando o uso do sistema
de mensagens Modbus em uma rede “Intranet” ou “Internet”. O Modbus/TCP basicamente encapsula um frame
Modbus em um frame TCP de maneira simples. A infra-estrutura utilizada é a mesma já utilizada pelas redes
de computadores corporativas. Este fato amplia consideravelmente as formas de controle e monitoramento dos
equipamentos conectados em rede.

O Modbus/TCP para MVW3000 utiliza o mesmo cartão EtherNet/IP com o modelo cliente-servidor.

O cartão EtherNet/IP possui um servidor Modbus/TCP que disponibiliza acesso à área de I/O’s através de um
conjunto de funções definidas na especificação Modbus/TCP. Todas as mensagens utilizam a porta TCP 502 e o
servidor Modbus/TCP pode gerenciar no máximo 8 conexões simultâneas.

Os seguintes itens para o protocolo Modbus/TCP são iguais ao descrito para o protocolo EtherNet/IP:

Conector
Terminação
Taxa de transmissão
Endereço do nó
Sinalizações
Controle e monitoramento via web

2.2.1 Configuração do cartão Modbus/TCP

Para utilizar o protocolo Modbus/TCP do cartão de comunicação EtherNet/IP, é necessário configurar quanti-
dade de dados trocados com o mestre através do parâmetro P0309. O mapeamento das I/O’s no protocolo
Modbus/TCP é apresentado na tabela abaixo:

2.3 PROFINET IO

PROFINET é um protocolo de rede baseado em um padrão de comunicação EtherNet Industrial padronizado


pelas normas IEC 61158-5 e IEC 61158-6, 100% compatível com a tecnologia EtherNet ( IEEE 802.3 ) adotada
pela associação PI - PROFIBUS & PROFINET International.

Foi desenvolvido com foco em comunicação industrial, adotando virtudes do padrão EtherNet e aumentando o
escopo dos modelos de comunicação, o PROFINET disponibiliza comunicação em tempo real, determinismo,
integração com a web, HTTP para acesso à web, entre outras tecnologias.
Disponível para inversores MVW-01 G2 com firmware V3.31 e superiores.

Os seguintes itens para o protocolo PROFINET IO são iguais ao descrito para o protocolo EtherNet/IP:

Redes Industriais | 2-12


FIELDBUS: ANYBUS-S

Conector
Terminação
Taxa de transmissão

2.3.1 Arquivo de configuração .gsdml

Cada dispositivo em uma rede PROFINET IO possui um arquivo de configuração GSDML, que contém informações
sobre o funcionamento do dispositivo na rede. Em geral este arquivo é utilizado por um mestre ou software de con- 2
figuração, para programação dos dispositivos presentes na rede PROFINET IO. O arquivo de configuração GSDML
está disponível na página de internet da HMS (https://www.anybus.com/products/embedded-index/embedded-
other/anybus-master-slave-interfaces/anybus-master-slave-details/anybus-s-profinet-slave-interface).
É importante observar se o arquivo de configuração GSDML é compatível com a versão de firmware do MVW-01.

2.3.2 Sinalizações

O cartão PROFINET IO também possui quatro LEDs bicolores agrupados no canto inferior direito que sinalizam o
estado do módulo e da rede PROFINET IO:

Link (Activity) 1 2 Communication Status

Reservado 4 3 Module Status

Figura 2.5: Sinalizações do cartão PROFINET IO

#TABELA#

2.3.3 Configuração do cartão PROFINET IO

2.4 PROFIBUS-DP

O inversor equipado com o cartão Profibus-DP opera no modo escravo, permitindo a leitura/escrita de seus
parâmetros através de um mestre. O inversor não inicia a comunicação com outros nós, ele apenas responde
aos comandos do mestre. O meio físico de conexão do Profibus-DP é um cabo de cobre blindado com par
trançado. A figura a seguir apresenta a visão geral de uma rede Profibus-DP:

Redes Industriais | 2-13


FIELDBUS: ANYBUS-S

Figura 2.6: Rede Profibus-DP

Interface Física

Meio de transmissão: linha de barramento Profibus, tipo A ou B como especificado na EN50170.


Topologia: comunicação Mestre-Escravo.
Isolação: o barramento alimentado por conversor CC/CC é isolado galvanicamente da eletrônica restante e
os sinais A e B são isolados através de opto-acopladores.
Permite conexão/desconexão de um nó sem afetar a rede.

Utilizando o cartão de comunicação Profibus-DPV1, além da troca de dados cíclicos, que é feita de forma seme-
lhante à interface Profibus-DPV0, é possível realizar serviços de leitura/escrita em parâmetros através de funções
acíclicas DP-V1, tanto pelo mestre da rede quanto por uma ferramenta de comissionamento.
O mapeamento dos parâmetros é feito com base no endereçamento slot e index, conforme mostrado no equa-
cionamento abaixo:

Slot: (PXXXX - 1) / 255


Index: (PXXXX - 1) MOD 255

MOD representa resto da divisão inteira.

Exemplo:
O parâmetro P0100 (Tempo de aceleração) será identificado através de mensagens acíclicas como sendo locali-
zado no slot 0, index 99.

O valor para os parâmetros são sempre comunicados com tamanho de 1 word (2 bytes). O valor também é
transmitido como um número inteiro, sem ponto decimal, e sua representação depende da resolução utilizada.
Exemplo:
P0003 = 3,6 A; valor lido via rede = 36.

2.4.1 Conector

Tipo: Conector D-sub 9 pinos fêmea


Pinagem: conforme a tabela a seguir:

Redes Industriais | 2-14


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.10: Pinagem do conector Profibus-DP

Pino Sinal Função


1 - Não conectado
2 - Não conectado
3 B-Line RxD/TxD positivo, de acordo com especificação RS-485
4 - Não conectado
5 GND
6 +5 V Fonte do circuito RS-485 (isolada)
7 - Não conectado
8 A-Line RxD/TxD negativo, de acordo com especifcação RS-485 2
9 - Não conectado

2.4.2 Terminação

Os pontos iniciais e finais da rede devem ser terminados com impedância característica para evitar reflexões. O
conector DB9 macho do cabo possui a terminação adequada. Se o inversor for o primeiro ou o último da rede a
chave da terminação deve ser ajustada para a posição “ON”.
A chave de terminação do cartão Profibus-DP deve ficar em 1 (OFF).

2.4.3 Taxa de transmissão

A taxa de transmissão de uma rede Profibus-DP é definida durante a configuração do mestre e somente um valor
é permitido na mesma rede, ou seja, o cartão Profibus-DP possui a função de detecção automática e o usuário
não precisa configurá-la no cartão. As taxas de transmissão suportadas são: 9,6 kbps, 19,2 kbps, 45,45 kbps,
93,75 kbps, 187,5 kbps, 500 kbps, 1,5 Mbps, 3 Mbps, 6 Mbps e 12 Mbps.

2.4.4 Endereço do nó

O endereço do nó é feito através de duas chaves rotativas presentes no cartão eletrônico do Profibus-DP, per-
mitindo endereçamentos de 1 a 99. Olhando o cartão de frente com o inversor na posição normal, a chave a
esquerda ajusta a dezena do endereço enquanto a chave a direita ajusta a unidade do endereço:
Endereço = (ajuste chave rotativa esquerda x 10) + (ajuste chave rotativa direita x 1).

2.4.5 Arquivo de configuração (.gsd)

Cada elemento de uma rede Profibus-DPV0 ou Profibus-DPV1 está associado a um arquivo GSD que contém
informações sobre o funcionamento do dispositivo. Estes arquivos fornecidos juntamente com o produto, são
utilizados pelo programa de configuração da rede.

2.4.6 Sinalizações

O cartão eletrônico possui um LED bicolor sinalizando o status do cartão Profibus-DP:

Redes Industriais | 2-15


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.11: Status do cartão Profibus-DP

Cor Status Descrição


Intermitente
Cartão inicializado e operante.
(1 Hz)
Verde
Intermitente
Cartão não inicializado.
(2 Hz)

Intermitente
Falha no teste de RAM.
(1 Hz)
2 Vermelho
Intermitente
Falha no teste do ASIC e da Flash ROM.
(2 Hz)

Intermitente
Falha no teste de DPRAM.
(4 Hz)


NOTA!
As indicações em vermelho podem significar problemas de hardware do cartão eletrônico. O seu
reset é efetuado desenergizando e re-energizando o inversor. Caso o problema persista, substitua
o cartão eletrônico.

O cartão eletrônico também possui outros quatro LEDs bicolores agrupados no canto inferior direito sinalizando
o status da rede Fieldbus de acordo com a figura e tabela a seguir:

Figura 2.7: Sinalizações do cartão Profibus-DP

Tabela 2.12: Status da rede Profibus-DP

LED Status Descrição


OFF Sem problema presente.
Fieldbus diagnostics Intermitente Erro na configuração: o tamanho da área de IN/OUT setado na inicialização do
(vermelho) (1 Hz) cartão é diferente do tamanho setado durante a confguração da rede.

Erro nos dados dos parâmetros do usuário: o tamanho/conteúdo dos dados


Intermitente
de parâmetros do usuário setados durante a inicialização do cartão são diferentes do tamanho/
(2 Hz)
conteúdo setados durante confguração da rede.

Intermitente
Erro na inicialização do ASIC de comunicação do Profbus.
(4 Hz)

Online OFF Cartão não está on-line.


(verde) ON Cartão está on-line e a troca de dados é possível.
Offline OFF Cartão não está off-line.
(vermelho) ON Cartão está off-line e a troca de dados não é possível.


NOTA!
Quando o inversor é energizado e ambos os LEDs (on-line e off-line) da placa Profibus-DP es-
tão piscando alternadamente, significa que há problemas na configuração ou na instalação do
módulo da rede Profibus DP.
Verifique a instalação e o endereçamento do nó na rede.
Consulte a utilização do Profibus-DP/Parâmetros do MVW3000 relacionados.

Redes Industriais | 2-16


FIELDBUS: ANYBUS-S

2.5 DEVICENET

A comunicação DeviceNet é utilizada para automação industrial, normalmente para o controle de válvulas, senso-
res, unidades de entradas/saídas e equipamentos de automação. O link de comunicação DeviceNet é baseado
em um protocolo de comunicação CAN (Controller Area Network). A figura 1.1 fornece uma visão geral de uma
rede DeviceNet.

Figura 2.8: Rede DeviceNet

2.5.1 Conector

A rede DeviceNet utiliza um cabo de cobre blindado com 2 pares trançados, sendo um deles responsável pela
distribuição da alimentação 24 Vcc nos diversos nós, e o outro utilizado para o sinal de comunicação. Na figura
1.2 é apresentado um exemplo de conector 5 vias do tipo plug-in para o cartão DeviceNet:

Figura 2.9: Conector da rede DeviceNet

Tabela 2.13: Pinagem do conector DeviceNet

Pino Sinal Função


1 V- Referência da fonte de alimentação
2 CAN_L CAN_L
3 Shield Blindagem do cabo
4 CAN_H CAN_H
5 V+ Fonte de alimentação: 11...25Vcc

2.5.2 Terminação

Os pontos iniciais e finais da rede devem ser terminados na impedância característica para evitar reflexões. Para
tanto, um resistor de 120 Ohms/0,5 W deve ser conectado entre os pinos 2 e 4 do conector.
Redes Industriais | 2-17
FIELDBUS: ANYBUS-S

2.5.3 Taxa de transmissão

Existem três diferentes taxas de transmissão para DeviceNet: 125 kbps, 250 kbps ou 500 kbps. A seleção é feita
através de duas chaves DIP (Dual In-line Package) existentes no cartão de comunicação:

Figura 2.10: Chaves DIP do cartão DeviceNet

Tabela 2.14: Taxas de transmissão da rede DeviceNet

DIP 1 DIP 2 Taxa de transmissão


OFF OFF 125 kbps
OFF ON 250 kbps
ON OFF 500 kbps
ON ON Reservado

2.5.4 Endereço do nó

O endereço do nó é selecionado através de seis chaves DIP presentes no cartão eletrônico, e pode ser ajustado
de 0 a 63.
Tabela 2.15: Endereços da rede DeviceNet

DIP 3 DIP 4 DIP 5 DIP 6 DIP 7 DIP 8 Endereço


OFF OFF OFF OFF OFF OFF 0
OFF OFF OFF OFF OFF ON 1
OFF OFF OFF OFF ON OFF 2
:
ON ON ON ON ON ON 63

2.5.5 Arquivo de configuração (.eds)

Cada elemento de uma rede DeviceNet está associado a um arquivo EDS, que contém todas as informações
referente ao elemento. Este arquivo é utilizado pelo programa de configuração da rede durante a configuração da
mesma. Utilize o arquivo com extensão “.eds” fornecido juntamente com o cartão DeviceNet.

O cartão de comunicação que acompanha o produto foi desenvolvido pela empresa HMS Industrial Networks
AB. Portanto, no software de configuração da rede o produto não será reconhecido como inversor de frequência
MVW3000 e sim como “AnyBus-S DeviceNet” na categoria “Communications Adapter”. A diferenciação será feita
utilizando-se o endereço do equipamento na rede.

2.5.6 Sinalizações

O cartão eletrônico possui um LED bicolor sinalizando o status do cartão DeviceNet:

Redes Industriais | 2-18


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.16: Status do cartão DeviceNet

Cor Status Descrição


Intermitente
Cartão inicializado e operante.
(1 Hz)
Verde
Intermitente
Cartão não inicializado.
(2 Hz)

Intermitente
Falha no teste de RAM.
(1 Hz)

Vermelho
Intermitente
Falha no teste do ASIC e da Flash ROM.
2
(2 Hz)

Intermitente
Falha no teste de DPRAM.
(4 Hz)

NOTA! As indicações em vermelho podem significar problemas de hardware do cartão eletrônico. O seu reset é
efetuado desenergizando e re-energizando o inversor. Caso o problema persista, substitua o cartão eletrônico.

O cartão DeviceNet também possui outros quatro LEDs bicolores agrupados no canto inferior direito sinalizando
o status da rede de acordo com a figura a seguir:

Reservado 1 2 Network Status

Reservado 4 3 Module Status

Figura 2.11: Sinalizações do cartão DeviceNet

Tabela 2.17: Status da rede DeviceNet

LED Status Descrição


OFF Sem alimentação
Module Network ON
Status Cartão operacional
(verde)

Intermitente
Falta menor
(vermelho)

ON
Falta não recuperável
(vermelho)
OFF Sem alimentação ou offline
ON
Barramento operante, conectado
Network Status (verde)

Intermitente
Online não conectado
(verde)

ON
Falha crítica do barramento
(vermelho)

Intermitente
Timeout da conexão
(vermelho)

2.6 DEVICENET DRIVE PROFILE

Foi desenvolvida com o objetivo de tornar disponível no produto uma interface de comunicação para rede DeviceNet
com as seguintes características:

Possibilitar a parametrização do inversor através da rede, com o acesso direto aos parâmetros com mensa-
gens enviadas pelo mestre.
Redes Industriais | 2-19
FIELDBUS: ANYBUS-S

Segue o padrão “Device Profile for AC and DC Drives”, especificado pela ODVA (Open DeviceNet Vendor
Association), que define um conjunto comum de objetos para drives que operam em rede DeviceNet.

A descrição detalhada do protocolo pode ser obtido junto à ODVA.

Os seguintes itens para o protocolo DeviceNet Drive Profile são iguais ao descrito para o protocolo DeviceNet:

Conector
2
Terminação
Taxa de transmissão
Endereço do nó

2.6.1 Arquivo de configuração (.eds)

Cada dispositivo em uma rede DeviceNet Drive Profile possui um arquivo de configuração EDS, que contém infor-
mações sobre o funcionamento do dispositivo na rede, bem como a descrição de todos os parâmetros existentes
para comunicação. Através deste arquivo, é possível informar ao software de configuração os endereços para
acesso aos parâmetros, e com isso fazer toda a parametrização do inversor. Em geral este arquivo é utilizado por
um mestre ou software de configuração, para programação dos dispositivos presentes na rede.


NOTA!
É necessário observar a versão de software do MVW-01, para utilizar um arquivo EDS que seja
compatível com esta versão.

2.6.2 Sinalizações

O cartão eletrônico possui um LED bicolor sinalizando o status do cartão DeviceNet Drive Profile:

Tabela 2.18: Status do cartão DeviceNet Drive Profile

Cor Status Descrição


Intermitente
Cartão inicializado e operante.
(1 Hz)
Verde
Intermitente
Cartão não inicializado.
(2 Hz)

Intermitente
Falha no teste de RAM.
(1 Hz)

Intermitente
Vermelho Falha no teste do ASIC e da Flash ROM.
(2 Hz)

Intermitente
Falha no teste de DPRAM.
(4 Hz)

O cartão DeviceNet Drive Profile também possui outros quatro LEDs bicolores agrupados no canto inferior direito
sinalizando o status da rede de acordo com a figura a seguir:

Redes Industriais | 2-20


FIELDBUS: ANYBUS-S

Figura 2.12: Sinalizações do cartão DeviceNet Drive Profile


2
Tabela 2.19: Status da rede DeviceNet Drive Profile

LED Status Descrição


ON
Troca de dados cartão - inversor OK
(verde)

Host Communication Intermitente


Falha na troca de dados cartão - inversor (temporário)
Status (vermelho)

ON
Falha na troca de dados cartão - inversor (permanente)
(vermelho)
OFF Sem alimentação
Module Network ON
Status Cartão operacional
(verde)

Intermitente
Falta menor
(vermelho)

ON
Falta não recuperável
(vermelho)
OFF Sem alimentação ou offline
ON
Barramento operante, conectado
Network Status (verde)

Intermitente
Online não conectado
(verde)

ON
Falha crítica do barramento
(vermelho)

Intermitente
Timeout da conexão
(vermelho)

2.6.3 Parametrização do inversor

Idem ao Fieldbus: Anybus-S - Parametrização do inversor, com adição dos seguintes parâmetros:

P0340 - Instâncias deI/O


Este parâmetro define a forma como serão disponibilizados os dados na área de I/O’s do mestre da rede. Existem
quatro opções: duas que seguem o modelo Drive Profile definido pela ODVA, e duas que são específicas WEG:

Tabela 2.20: Instâncias de I/O’s DeviceNet Drive Profile

P0340 Função
0 20 / 70
1 21 / 71
2 100 / 101
3 102 / 103

P0348 - Parâm. Escrita 1


P0349 - Parâm. Escrita 2
P0350 - Parâm. Escrita 3
Redes Industriais | 2-21
FIELDBUS: ANYBUS-S

P0351 - Parâm. Escrita 4


P0352 - Parâm. Leitura 1
P0353 - Parâm. Leitura 2
P0354 - Parâm. Leitura 3
P0355 - Parâm. Leitura 4
P0356 - Parâm. Escrita 5
P0357 - Parâm. Escrita 6
P0358 - Parâm. Escrita 7
2
P0359 - Parâm. Escrita 8
P0360 - Parâm. Escrita 9
P0361 - Parâm. Leitura 5
P0362 - Parâm. Leitura 6
P0363 - Parâm. Leitura 7
P0364 - Parâm. Leitura 8
P0365 - Parâm. Leitura 9
Caso seja selecionado P0340 = 3 (102 / 103), é possível selecionar, através destes, o número dos parâmetros da
área de I/O’s do mestre.

P0366 - Número de I/O


Quando P0340 = 3, este parâmetro define o número de words (1 word = 16 bits) mapeados para a área de I/O’s
(cada word equivale a um parâmetro). O conteúdo de cada word é selecionado nos parâmetros P0348 até P0365.
É possível mapear até 9 parâmetros de leitura (input) e 9 parâmetros de escrita (output).

NOTA: Alterações nestes parâmetros somente terão efeito na próxima vez que o inversor for energizado.

2.6.4 Conteúdo dos dados de I/O’s

O inversor MVW3000 em conjunto com o cartão DeviceNet Drive Profile contém quatro diferentes formatos de
dados para serem mapeados para a área de I/O’s do inversor (assembly instances). Estas instâncias são definidas
por P0340, sendo que as duas primeiras opções seguem o modelo Drive Profile definido pela ODVA, e as próximas
duas são específicas WEG.

Tabela 2.21: Conteúdo dos dados para I/O’s

P0340 Words Dados da área de output Dados da área de input Drive Profile

Word #1 (Controle) Word #1 (Estado do inversor)


20 / 70 2 ODVA
Word #2 (Referência de velocidade) Word #2 (Velocidade do motor)

Word #1 (Controle) Word #1 (Estado do inversor)


21 / 71 2 ODVA
Word #2 (Referência de velocidade) Word #2 (Velocidade do motor)

Word #1 (Controle) Word #1 (Estado do inversor)


100 / 101 2 WEG
Word #2 (Referência de velocidade) Word #2 (Velocidade do motor)

Definidos pelos parâmetros: Definidos pelos parâmetros:


102 / 103 1...9 P0366, P0348, P0349, P0350, P0351, P0366, P0352, P0353, P0354, P0355, WEG
P0356, P0357, P0358, P0359, P0360 P0361, P0362, P0363, P0364, P0365

Conteúdo dos dados para Instâncias 20 / 70


O inversor disponibiliza para a área de I/O’s duas words de escrita (output) e duas words de leitura (input), com o
conteúdo descrito nos itens a seguir:

Words de Escrita (output)

Word #1 (Controle)
Formada por 16 bits onde cada bit possui a seguinte função:
Redes Industriais | 2-22
FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.22: Word de Controle (Instância 20)

Bits superiores
Bit Função
15 Reservado
14 Reservado
13 Reservado
12 Reservado
11 Reservado
10 Reservado
9 Reservado 2
8 Reservado

Bits inferiores
Bit =0 =1
7 Reservado
6 Reservado
5 Reservado
4 Reservado
3 Reservado
2 Reset de Erros inativo Ativa reset de Erros
1 Reservado
0 Parar Girar

Word #2 (Referência de velocidade)


A referência de velocidade é recebida pelo inversor na forma de um número inteiro com sinal (em complemento
de 2). Cada unidade representa 1 rpm, sendo que valores negativos são interpretados pelo inversor como refe-
rência para o inversor girar no sentido anti-horário.
Exemplo:

+1200 (04B0h) = referência de 1200 rpm com sentido de giro horário


–1200 (FB50h) = referência de 1200 rpm com sentido de giro anti-horário


NOTA!
Valores negativos somente irão alterar o sentido de giro se este estiver programado para ser
comandado via Fieldbus.
Se um valor negativo de referência for enviado em conjunto com um comando de girar no sentido
anti-horário, o inversor irá girar o motor no sentido horário.

Words de Leitura (input)

Word #1 (Estado)
Formada por 16 bits onde cada bit possui a seguinte função:

Redes Industriais | 2-23


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.23: Word de Estado (Instância 70)

Bits superiores
Bit Função
15 Reservado
14 Reservado
13 Reservado
12 Reservado
11 Reservado
10 Reservado
2 9 Reservado
8 Reservado

Bits inferiores
Bit =0 =1
7 Reservado
6 Reservado
5 Reservado
4 Reservado
3 Reservado
2 Sem erro Em erro
1 Reservado
0 Parado Girando

Word #2 (Velocidade do motor)


A velocidade que o inversor está girando o motor é transmitida pelo inversor na forma de um número inteiro com
sinal (em complemento de 2). Cada unidade representa 1 rpm, sendo que valores positivos representam que
o motor está girando no sentido horário, e valores negativos representam que o motor está girando no sentido
anti-horário.
Exemplo:

+1800 (0708h) = motor girando à velocidade de 1800 rpm com sentido de giro horário.
–1800 (F8F8h) = motor girando à velocidade de 1800 rpm com sentido de giro anti-horário.

Conteúdo dos Dados para Instâncias 21 / 71


O inversor disponibiliza para a área de I/O’s duas words de escrita (output) e duas words de leitura (input), com o
seguinte conteúdo:

Words de Escrita (output)

Word #1 (Controle)
Formada por 16 bits onde cada bit possui a seguinte função:

Redes Industriais | 2-24


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.24: Word de Controle (Instância 21)

Bits superiores
Bit Função
15 Reservado
14 Reservado
13 Reservado
12 Reservado
11 Reservado
10 Reservado
9 Reservado 2
8 Reservado

Bits inferiores
Bit =0 =1
7 Reservado
6 Referência local Referência via rede
5 Controle local Controle via rede
4 Reservado
3 Reservado
2 Reset de erros inativo Ativa reset de erros
1 Parar Girar anti-horário
0 Parar Girar horário


NOTA!
Os bits 0 e 1, ao final da parada por rampa, fazem também a desabilitação geral do inversor.
Os bits 5 e 6 atuam diretamente sobre o modo de operação LOCAL/REMOTO.

Word #2 (Referência de velocidade)


Idem Word #2 - Referência de velocidade descrito na Instância 20.

Words de Leitura (input)

Word #1 (Estado)
Formada por 16 bits onde cada bit possui a seguinte função:
Tabela 2.25: Word de Estado (Instância 71)

Bits superiores
bits 15...8 = Estado do inversor (1 byte)

Bits inferiores
Bit =0 =1
7 Não atingiu a referência Na referência
6 Referência local Referência via rede
5 Controle local Controle via rede
4 Não está pronto Pronto
3 Parado Girando anti-horário
2 Parado Girando horário
1 Sem warning Em warning
0 Sem erro Em erro


NOTA!
O MVW3000 não possui indicações de warning.
O inversor considera um erro de 0,5 % da velocidade síncrona do motor para analisar se o motor
está girando no valor da referência.

Redes Industriais | 2-25


FIELDBUS: ANYBUS-S

Word #2 (Velocidade do motor)


Idem Word #2 - Velocidade do motor descrito na Instância 70.

Conteúdo dos dados para Instâncias 100 / 101


São disponibilizadas para a área de I/O’s duas words de escrita (output) e duas words de leitura (input), mas o
inversor opera em um modo específico WEG com o seguinte conteúdo:

Words de Escrita (output)

2 Word #1 (Comando lógico)


Word através da qual são enviados comandos para o inversor via rede. O comando lógico é dividido em 8 bits
superiores, responsáveis por habilitar cada um dos comandos enviados nos 8 bits inferiores. Caso a máscara
(nos bits superiores) esteja habilitada, o inversor irá executar o comando indicado no bit inferior correspondente.
Caso a máscara esteja desabilitada, o inversor irá desprezar o valor enviado no bit inferior correspondente. Cada
bit possui a seguinte função:

Tabela 2.26: Comando lógico (Instâncias 100/101)

Bits superiores (selecionam a função usada)


Bit Função
15 Reset de falhas
14 Reservado
13 Reservado
12 Seleção de comando LOCAL/REMOTO
11 Comando JOG
10 Sentido de giro
9 Habilita geral
8 Gira/Para

Bits inferiores
Bit =0 =1
7 Reset de falhas (atua na transição positiva do bit)
6 Reservado
5 Reservado
4 Comando LOCAL Comando REMOTO
3 JOG inativo Ativa JOG
2 Sentido de giro horário Sentido de giro anti-horário
1 Habilita geral inativo Ativa habilita geral
0 Gira/Para inativo Ativa Gira/Para

Word #2 (Referência de velocidade)


Word com o valor da referência de velocidade para o inversor via Fieldbus com resolução de 13 bits. O valor da
referência igual a 8191 (1FFFh) corresponderá a velocidade síncrona do motor (que equivale a 1800 rpm para motor
de 4 pólos e rede 60 Hz). É possível enviar valores superiores ao valor da velocidade síncrona (valores maiores
que 13 bits), desde que o valor enviado ao inversor, convertido para rpm, esteja dentro da faixa de valores de
referência mínimo e máximo programada no inversor (P0133 e P0134).

Words de Leitura (input)

Word #1 (Estado lógico)


Palavra de estado lógico, pela qual o inversor indica seu estado para a rede. Formada por 16 bits, divididos em
8 bits inferiores, indicando o código da falha, e 8 bits superiores, indicando os estados do inversor:

Redes Industriais | 2-26


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.27: Estado lógico do inversor via P0373

Bits superiores (status da função associada)


Bit =0 =1
15 Sem falha Em falha
14 Regulador PID em modo manual Regulador PID em modo automático
13 Sem subtensão Em subtensão (Sub)
12 Comando em LOCAL Comando em REMOTO
11 JOG inativo JOG ativado
10 Sentido de giro anti-horário Sentido de giro horário
9 Desabilitado geral Habilitado geral 2
8 Comando gira inativo Comando gira ativado

Bits inferiores
bits 7...0 = indicam o número do código da falha atual.
Exemplo: se a falha F0092 estiver ativa, o código 5Ch será informado aqui.

Word #2 (Velocidade do motor)


Palavra com o valor da velocidade atual do motor com resolução de 13 bits mais sinal (em complemento de 2).
Portanto o valor nominal será igual a 8191 (1FFFh) (giro horário) ou -8191 (E001h) (giro anti-horário) quando o
motor estiver girando na velocidade síncrona (ou velocidade base, por exemplo 1800 rpm para motor 4 pólos, 60
Hz). O valor de 13 bits é utilizado apenas como base para a representação, valores de velocidade superiores a
13 bits também poderão ser indicados.

Conteúdo dos dados para Instâncias 102 / 103


O conteúdo dos dados na área de I/O’s para as instâncias 102 (output) e 103 (input) é configurável pelo usuário,
através dos parâmetros P0348 até P0365 e o número de I/O’s é selecionado através do P0366. Cada word
representa um parâmetro que será disponibilizado na área de I/O’s. É possível mapear de 1 até 9 parâmetros,
sendo que o número de parâmetros de leitura (input) será sempre igual ao número de parâmetros de escrita
(output).

Parâmetros específicos para a área de I/O’s


Estes parâmetros são acessíveis somente pela área de I/O’s, ou seja, não são visíveis pela IHM do inversor e
foram criados de forma a possibilitar que comandos e estados do inversor possam ser acessados. Devem ser
indicados nos parâmetros P0348 até P0365, de forma a serem acessíveis pela área de I/O’s. São eles:

P0370 -
Parâmetro de leitura/escrita, através do qual são enviados comandos para o inversor via rede. Formado por 16
bits onde cada bit possui a seguinte função:

Redes Industriais | 2-27


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.28: Comando lógico via P0370

Bits superiores (selecionam a função usada)


Bit Função
15 Reset de falhas
14 Reservado
13 Reservado
12 Seleção de comando LOCAL-REMOTO
11 Comando JOG
10 Sentido de giro
2 9 Habilita geral
8 Gira/Para

Bits inferiores
Bit =0 =1
7 Reset de falhas (atua na transição positiva do bit)
6 Reservado
5 Reservado
4 Comando LOCAL Comando REMOTO
3 JOG inativo Ativa JOG
2 Sentido de giro horário Sentido de giro anti-horário
1 Habilita geral inativo Ativa habilita geral
0 Gira/Para inativo Ativa Gira/Para

P0371 -
Parâmetro de leitura/escrita, através do qual é enviado para o inversor o valor da referência de velocidade via rede
com resolução de 13 bits. O valor da referência igual a 8191 (1FFFh) corresponderá a velocidade síncrona do
motor (que equivale a 1800 rpm para motor de 4 pólos e rede 60 Hz). É possível enviar valores superiores ao valor
da velocidade síncrona (valores maiores que 13 bits), desde que o valor enviado ao inversor, convertido para rpm,
esteja dentro da faixa de valores de referência mínimo e máximo programada no inversor (P0133 e P0134).

P0373 -
P0374 -
Parâmetro de leitura, pelo qual o inversor possibilita a leitura da velocidade do motor com resolução de 13 bits mais
sinal (em complemento de 2). Portanto o valor nominal será igual a 8191 (1FFFh) (giro horário) ou –8191 (E001h)
(giro anti-horário) quando o motor estiver girando na velocidade síncrona (ou velocidade base, por exemplo 1800
rpm para motor 4 pólos, 60 Hz). O valor de 13 bits é utilizado apenas como base para a representação, valores
de velocidade superiores a 13 bits também poderão ser indicados.

P0372 -
Parâmetro de leitura/escrita, para acionamento das saídas digitais do inversor via rede, com a seguinte estrutura:

Tabela 2.29: Controle das saídas digitais via P0372

Máscara
bit 15 bit 14 bit 13 bit 12 bit 11 bit 10 bit 9 bit 8
— RL5 RL4 RL3 RL2 RL1 DO2 DO1

Comando
bit 7 bit 6 bit 5 bit 4 bit 3 bit 2 bit 1 bit 0
— RL5 RL4 RL3 RL2 RL1 DO2 DO1

P0375 -
Parâmetro de leitura, que permite o monitoramento das entradas digitais do inversor via rede. Cada bit possui o
seguinte significado:

Redes Industriais | 2-28


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.30: Estados das entradas digitais via P0375

Bits superiores
bit 15 bit 14 bit 13 bit 12 bit 11 bit 10 bit 9 bit 8
Reservado DI10 DI9

Bits inferiores
bit 7 bit 6 bit 5 bit 4 bit 3 bit 2 bit 1 bit 0
DI1 DI2 DI3 DI4 DI5 DI6 DI7 DI8

2
2.6.5 Classes de objetos

Um nó na rede DeviceNet possui uma série de atributos, que estão agrupados em instâncias e classes, através
dos quais é possível ter acesso a uma variedade de informações sobre o equipamento. A seguir é descrita a lista
de classes e atributos acessíveis via rede para o MVW3000:

Identity Object, Class 01h

Tabela 2.31: Atributos da Instância 1

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


1 Get Vendor ID WEG 853 UINT16
2 Get Device Type AC/DC Motor 2 UINT16
3 Get Product Code 1 UINT16
4 Get Revision Communication card 101 Struct of:
revision UINT8 UINT8
5 Get Status UINT16
6 Get Serial Number Device serial number UINT32
7 Get Product Name MVW3000 SHORT_STRING
9 Get Configuration Consist. Device contents iden- UINT16
Value tify configuration

Message Router Object, Class 02h

Tabela 2.32: Atributos da Classe

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


1 Get Revision Array of UINT8

DeviceNet Object, Class 03h

Tabela 2.33: Atributos da Instância 1

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


1 Get MAC ID Node address UINT8
2 Get Baud Rate Device baud rate UINT8
5 Get Allocation Information Allocation Choice Mas- Struct of
ter’s Mac ID UINT8 UINT8

Assembly Object, Class 04h

#TABELA#

Redes Industriais | 2-29


FIELDBUS: ANYBUS-S

DeviceNet Connection Object, Class 05h

Tabela 2.34: Atributos da Instância 1: Explicit Connection Instance

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


1 Get State State of the object 1 UINT8
2 Get Instance Type Indicates either I/O or messages 0 UINT8
connection
3 Get Transport Class Trigger It defines the connection behaviour 83h UINT8
4 Get Produced Connection ID Placed in CAN Identifier Field when UINT16
2 the connection transmits
5 Get Consumed Connection ID CAN Identifier Field value that de- UINT16
notes message to be received
6 Get Initial Communication Cha- Defines the message group(s) UINT8
racteristics across which productions and
consumptions associated with this
connection occur
7 Get Produced Connection size Maximum number of bytes trans- 512 UINT16
mitted across this connection
8 Get Consumed Connection size Maximum number of bytes recei- 512 UINT16
ved across this connection
9 Get/Set Expected Package Rate Defines timing associated with this UINT16
connection
12 Get/Set Watchdog timeout action Defines how to handle inacti- UINT8
vity/watchdog timeout
13 Get Produced Connection Path Number of bytes in the produced 256 UINT16
Length connection path attribute
14 Get Produced Connection Path Specifes the application object(s) Array of
whose data is to be produced by UINT8
these connection objects
15 Get Consumed Connection Path Number of bytes in the consumed 256 UINT16
Length connection path attribute
16 Get Consumed Connection Path Specifies the application object(s) Array of
that are to receive the data consu- UINT8
med by this connection object
17 Get Production Inhibit Time Defines minimum time between 0 UINT16
new data production

Redes Industriais | 2-30


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.35: Atributos da Instância 2: Polled I/O Connection Instance

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


1 Get State State of the object 1 UINT8
2 Get Instance Type Indicates either I/O or messages 0 UINT8
connection
3 Get Transport Class Trigger It defines the connection behaviour UINT8
4 Get Produced Connection ID Placed in CAN identifier field when UINT16
the connection transmits
5 Get Consumed Connection ID CAN identifier field value that deno- UINT16
tes message to be received
6 Get Initial Communication Cha- Defnes the message group(s) UINT8
2
racteristics across which productions and
consumptions associated with this
connection occur
7 Get Produced Connection size Maximum number of bytes trans- UINT16
mitted across this connection
8 Get Consumed Connection size Maximum number of bytes recei- UINT16
ved across this connection
9 Get/ Expected Package Rate Defnes timming associated with UINT16
Set this connection
12 Get Watchdog timeout action Defnes how to handle inacti- UINT8
vity/watchdog timeout
13 Get Produced Connection Path Number of bytes in the produced 3 UINT16
Length connection path attribute
14 Get Produced Connection Path Specifes the application object(s) Array of
whose data is to be produced by UINT8
these connection objects
15 Get Consumed Connection Path Number of bytes in the consumed 3 UINT16
Length connection path attribute
16 Get Consumed Connection Path Specifes the application object(s) Array of
that are to receive the data consu- UINT8
med by this connection object
17 Get Production Inhibit Time Defnes minimum time between 0 UINT16
new data production. This attribute
is required for I/O Client connection

Redes Industriais | 2-31


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.36: Atributos da Instância 2: Change of state/Cyclic Connection Instance

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


1 Get State State of the object 1 UINT8
2 Get Instance Type Indicates either I/O or messages 1 UINT8
connection
3 Get Transport Class Trigger It defines the connection behaviour UINT8
4 Get Produced Connection ID Placed in CAN identifier field when UINT16
the connection transmits
5 Get Consumed Connection ID CAN identifer field value that deno- UINT16
tes message to be received
2 6 Get Initial Communication Cha- Defines the message group(s) UINT8
racteristics across which productions and
consumptions associated with this
connection occur
7 Get Produced Connection size Maximum number of bytes trans- 0 UINT16
mitted across this connection
8 Get Consumed Connection size Maximum number of bytes recei- 0 UINT16
ved across this connection
9 Get/Set Expected Package Rate Defines timing associated with this 0 UINT16
connection
12 Get Watchdog timeout action Defines how to handle inacti- UINT8
vity/watchdog timeout
13 Get Produced Connection Path Number of bytes in the produced 3 UINT16
Length connection path attribute
14 Get Produced Connection Path Specifes the application object(s) Array of
whose data is to be produced by UINT8
these connection objects
15 Get Consumed Connection Path Number of bytes in the consumed 5 UINT16
Length connection path attribute
16 Get Consumed Connection Path Specifes the application object(s) Array of
that are to receive the data consu- UINT8
med by this connection object
17 Get Production Inhibit Time Defines minimum time between 0 UINT16
new data production. This attribute
is required for I/O client connection

Acknowledge Handler Object, Class 2Bh

Tabela 2.37: Atributos da Instância 1

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


1 Get/Set Acknowledge Timer Time to wait for acknowledge be- 16 UINT16
fore resending
2 Get/Set Retry Limit Number of ack timeouts to wait be- 1 UINT8
fore informing the producing ap-
plication of a Retry_Limit_Reached
event
3 Get COS Producing Connection Connection instance which con- UINT16
Instance tains the path of the producing I/O
application object a which will be
notifed of ack handler events

Motor Data Object, Class 28h

Redes Industriais | 2-32


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.38: Atributos da Instância 1

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


3 Get/Set MotorType 0 = Non Standard Motor 7 UINT8
1 = PM DC Motor
2 = FC DC Motor
3 = PM Synchronous Motor
4 = FC Synchronous Motor
5 = Switched Reluctance Motor
6 = Wound Rotor Induction Motor
7 = Squirrel Cage Induction Motor
8 = Stepper Motor
9 = Sinusoidal PM BL Motor 2
10 = Trapezoidal PM BL Motor
6 Get/Set Rated Current Rated stator current from motor na- UINT16
meplate
7 Get/Set Rated Voltage Rated base voltage from motor na- UINT16
meplate
9 Get/Set Rated Frequency Rated electrical frequency UINT16
15 Get/Set Base Speed Nominal speed at rated frequency UINT16
from motor nameplate

Control Supervisor Object, Class 29h

Tabela 2.39: Atributos da Instância 1

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


3 Get/Set Run 1 Run forward BOOL
4 Get/Set Run 2 Run reverse BOOL
5 Get/Set NetCtrl 0 = Local Control BOOL
1 = Control from Network
6 Get State 0 = Vendor Specifc UINT8
1 = Startup
2 = Not ready
3 = Ready
4 = Enabled
5 = Stopping
6 = Fault Stop
7 = Fault
7 Get Running 1 Running forward BOOL
8 Get Running 2 Running reverse BOOL
9 Get Ready 0 = Other State BOOL
1 = Ready or Enabled or Stopping
10 Get Fault 0 = No Faults Present BOOL
1 = Fault Occured
12 Get/Set Fault Reset 0 = No Action BOOL
0 � 1 = Reset Fault
13 Get Fault Code If fault is active, this atribute indica- UINT16
tes the code for the fault. If fault is
not active, it indicates the last error
code.
15 Get Crt from Net 0 = Control is local BOOL
1 = Control is from Network

AC/DC Drive Object, Class 2Ah

Redes Industriais | 2-33


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.40: Atributos da Instância 1

Atributo Acesso Nome Descrição Padrão Tipo


3 Get At Reference Frequency arrival BOOL
4 Get/Set Net Ref 0 = Set reference not DN Control BOOL
1 = Set Reference at DN Control
6 Get/Set Drive Mode 0 = Vendor specifc mode 1 UINT8
1 = Open loop speed (Frequency)
2 = Closed loop speed control
3 = Torque control
4 = Process control (e.g. PI)
2 5 = Position control
7 Get Speed Actual Actual drive speed SINT16
8 Get/Set Speed Ref Speed reference SINT16
9 Get Current Actual Actual current UINT16
15 Get Power actual Actual power UINT16
16 Get Input voltage Input voltage UINT16
17 Get Output voltage Output voltage UINT16
18 Get/Set Acceleration Time Acceleration time UINT16
19 Get/Set Deceleration Time Deceleration time UINT16
22 Get/Set Speed Scale Speed scaling factor UINT8
23 Get/Set Current Scale Current scaling factor UINT8
26 Get/Set Power Scale Power scaling factor UINT8
27 Get/Set Voltage Scale Voltage scaling factor UINT8
28 Get/Set Time Scale Time scaling factor UINT8
29 Get Ref from Net 0 = Local speed reference BOOL
1 = DeviceNet speed reference

Vendor Specific Object, Class 90h


Nesta classe estão disponíveis praticamente toda a lista de parâmetros do MVW-01. A classe está dividida em
diversas instâncias, e em cada instância é possível acessar um grupo de parâmetros de acordo com a tabela a
seguir:

Tabela 2.41: Add caption

Parâmetros Instância Atributos


P002 ... P099 1 102 ... 199
P100 ... P199 2 100 ... 199
P200 ... P299 3 100 ... 199
P300 ... P399 4 100 ... 199
P400 ... P499 5 100 ... 199
P500 ... P599 6 100 ... 199
P600 ... P699 7 100 ... 199
P700 ... P799 8 100 ... 199
P800 ... P899 9 100 ... 199
P900 ... P950 10 100 ... 150

Através destas instâncias e atributos, é possível então acessar cada parâmetro do inversor. O acesso para lei-
tura ou escrita depende do número do parâmetro acessado. Estes atributos estão mapeados no arquivo de
configuração (.eds).

2.7 MODBUS-RTU

2.7.1 Conector

Tipo: Conector D-SUB 9 pinos fêmea


Pinagem: conforme a tabela a seguir:

Redes Industriais | 2-34


FIELDBUS: ANYBUS-S

Tabela 2.42: Pinagem do conector Modbus-RTU (Anybus-S)

Pino Sinal Função


1 - Não conectado
2 TxD RS-232, transmissão de dados
3 RxD RS-232, recepção de dados
4 - Não conectado
5 GND
6 +5 V Fonte de alimentação (isolada)
7 B-Line RS-485+ (A)
8 A-Line RS-485- (B) 2
9 - Não conectado

A seleção do tipo de conexão física é feita através de uma chave DIP existentes no cartão de comunicação.

Figura 2.13: Chaves DIP do meio físico da rede Modbus-RTU (Anybus-S)

Tabela 2.43: Tipo de conexão física da rede Modbus-RTU (Anybus-S)

DIP 5 Conexão física


OFF RS-485
ON RS-232

2.7.2 Terminação

Na rede RS-485, os pontos iniciais e finais da rede devem ser terminados com impedância característica para
evitar reflexões. Para tanto, um resistor de 120 Ohms/0,5 W deve ser conectado entre os pinos 7 e 8 do conector.
A chave de terminação do cartão Modbus-RTU deve ficar em 1 (OFF).

2.7.3 Taxa de transmissão

A seleção é feita através de três chaves DIP existentes no cartão de comunicação.

Figura 2.14: Chaves DIP da taxa de transmissão Modbus-RTU (Anybus-S)

Tabela 2.44: Taxas de transmissão da rede Modbus-RTU (Anybus-S)

DIP 8 DIP 1 DIP 2 Taxa de transmissão


OFF OFF OFF Reservado
OFF OFF ON 1200 bps
OFF ON OFF 2400 bps
OFF ON ON 4800 bps
ON OFF OFF 9600 bps
ON OFF ON 19200 bps
ON ON OFF 38400 bps
ON ON ON 57600 bps

Redes Industriais | 2-35


FIELDBUS: ANYBUS-S

A seleção da paridade é feita através de duas chaves DIP existentes no cartão de comunicação.

Figura 2.15: Chaves DIP da paridade Modbus-RTU (Anybus-S)

2 Tabela 2.45: Paridade da rede Modbus-RTU (Anybus-S)

DIP 3 DIP 4 Paridade


OFF OFF Reservado
OFF ON Sem paridade
ON OFF Par
ON ON Ímpar


NOTA!
Se a paridade estiver habilitada, é usado 1 bit de parada. Se a paridade não estiver habilitada, são
usados 2 bits de parada.

2.7.4 Endereço do nó

O endereço do nó é selecionado através de sete chaves DIP presentes no cartão Modbus-RTU, e pode ser
ajustado de 0 a 127.

Figura 2.16: Chaves DIP do endereço Modbus-RTU (Anybus-S)

Redes Industriais | 2-36


CARTÃO PLC2

3 CARTÃO PLC2

O cartão PLC2 agrega ao inversor MVW3000, funções importantes de CLP (Controlador Lógico Programável),
possibilitando a execução de programas Ladder. Oferece também comunicação CANopen, DeviceNet e Modbus-
RTU, além de também aumentar o número de I/O’s das comunicações Fieldbus com cartão Anybus-S.
Disponível para inversores MVW-01 com firmware V1.60 e superiores.

3.0.1 Parametrização do inversor

Existe um conjunto de parâmetros que habilita e configura a operação do inversor na rede Fieldbus com cartão
PLC2. Antes de iniciar a operação em rede, é necessário configurar estes parâmetros para que o inversor opere 3
de acordo com o desejado. Consulte o manual do usuário para a descrição detalhada destes parâmetros:

P0220 - Origem do comando LOCAL/REMOTO


P0221 - Origem da referência de velocidade em situação LOCAL
P0222 - Origem da referência de velocidade em situação REMOTO
P0223 - Seleção do sentido de giro em situação LOCAL
P0224 - Origem do comando Gira/Para em situação LOCAL
P0225 - Origem do comando JOG em situação LOCAL
P0226 - Seleção do sentido giro na situação REMOTO
P0227 - Origem do comando Gira/Para em situação REMOTO
P0228 - Origem do comando JOG em situação REMOTO
Estes parâmetros definem a fonte dos comandos e referências para o inversor nos modos LOCAL e REMOTO.
Para os comandos que se deseja operar via Fieldbus com cartão PLC2, é necessário programar estes parâmetros
para a opção “PLC”.

P0275 - Função da saída digital DO1 (isolada cartão EBA)


P0276 - Função da saída digital DO2 (isolada cartão EBA)
P0277 - Função da saída a relé RL1 (cartão MVC4)
P0279 - Função da saída a relé RL2 (cartão MVC4)
P0280 - Função da saída a relé RL3 (cartão MVC4)
Estes parâmetros definem a função das saídas digitais do inversor. Para as saídas digitais que se deseja operar
via Fieldbus com cartão PLC2, é necessário programar estes parâmetros para a opção “PLC”.

3.1 MODBUS-RTU

3.1.1 Conector

Tipo: Conector RJ-11


Pinagem: conforme a tabela a seguir:

Tabela 3.1: Pinagem do conector XC7: Modbus-RTU (PLC2)

Pino Sinal Função


1 +5 V Fonte de alimentação
2 RTS Pronto para enviar
3 GND Referência da fonte de alimentação
4 RxD RS-232, recepção de dados
5 GND Referência da fonte de alimentação
6 TxD RS-232, transmissão de dados

Redes Industriais | 3-1


CARTÃO PLC2

3.1.2 Parametrização do inversor

P0764 -
Este parâmetro define o endereço serial do cartão PLC2.

P0765 -
Este parâmetro ajusta a taxa de transmissão da comunicação serial.

3.2 CANOPEN

3 A rede CANopen é uma rede baseada em CAN, o que significa dizer que ela utiliza telegramas CAN para troca de
dados na rede. O protocolo CAN é um protocolo de comunicação serial que descreve os serviços da camada 2
do modelo ISO/OSI (camada de enlace de dados). Nesta camada, são definidos os diferentes tipos de telegramas
(frames), a forma de detecção de erros, validação e arbitração de mensagens.

Em uma rede CAN, qualquer elemento da rede pode tentar transmitir um frame para a rede em um determinado
instante. Caso dois elementos tentem acessar a rede ao mesmo tempo, conseguirá transmitir aquele que enviar a
mensagem mais prioritária. A prioridade da mensagem é definida pelo identificador do frame CAN, quanto menor
o valor deste identificador, maior a prioridade da mensagem. O telegrama com o identificador 0 (zero) corresponde
ao telegrama mais prioritário.

3.2.1 Conector

Tipo: Conector plug-in 5 vias


Pinagem: conforme a tabela a seguir:

Tabela 3.2: Pinagem do conector XC17: CANopen

Pino Sinal Função


1 V- Referência da fonte de alimentação
2 CAN_L Sinal de comunicação CAN_L
3 Shield Blindagem do cabo
4 CAN_H Sinal de comunicação CAN_H
5 V+ Fonte de alimentação: 11...25Vcc

3.2.2 Terminação

Os pontos iniciais e finais da rede devem ser terminados na impedância característica para evitar reflexões. Para
tanto, um resistor de 120 Ohms/0,5 W deve ser conectado entre os pinos 2 e 4 do conector.

3.2.3 Taxa de transmissão

P0772 -

Redes Industriais | 3-2


CARTÃO PLC2

Tabela 3.3: Taxas de transmissão da rede CANopen

P0772 Função
0 1 Mbps
1 Reservado
2 500 kbps
3 250 kbps
4 125 kbps
5 100 kbps
6 50 kbps
7 20 kbps
8 10 kbps

3.2.4 Endereço do nó
3

P0771 -
O MVW3000 em uma rede CANopen é identificado na rede através de seu endereço, ou Node-ID, que deve ser
único para cada escravo da rede, e pode variar de 1 até 127.

3.2.5 Arquivo de configuração .eds

Cada dispositivo em uma rede CANopen possui um arquivo de configuração EDS, que contém informações sobre
o funcionamento do dispositivo na rede CANopen, bem como a descrição de todos os objetos existentes para
comunicação. Em geral este arquivo é utilizado por um mestre ou software de configuração, para programação
dos dispositivos presentes na rede CANopen.


NOTA!
É necessário observar as versões de software do inversor e do cartão PLC2, para utilizar um
arquivo EDS que seja compatível com estas versões.

3.2.6 Parametrização do inversor

P0770 -
Permite selecionar qual o protocolo desejado para comunicação através da interface CAN do cartão PLC2.

3.2.7 Objetos de comunicação - COBs

Existe um determinado conjunto de objetos que são responsáveis pela comunicação entre os dispositivos da
rede. Estes objetos estão divididos de acordo com os tipos de dados e a forma como são enviados ou recebidos
por um dispositivo. O mestre de rede CANopen suporta os seguintes objetos de comunicação (COBs):

Service Data Objects – SDO’s


Os SDOs são responsáveis pelo acesso direto ao dicionário de objetos de um determinado dispositivo na rede.
Eles são utilizados para a configuração e, portanto, possuem baixa prioridade, já que não devem ser utilizados
para comunicar dados necessários para a operação do dispositivo. Existem dois tipos de SDOs: cliente e servidor.
Basicamente, a comunicação inicia com o cliente (usualmente o mestre da rede) fazendo uma requisição de leitura
(upload) ou escrita (download) para um servidor, e este responde ao que foi requisitado.

Redes Industriais | 3-3


CARTÃO PLC2

Process Data Objects – PDO’s


Os PDOs são utilizados para enviar e receber dados utilizados durante a operação do dispositivo, que muitas
vezes precisam ser transmitidos de forma rápida e eficiente. Por isso, eles possuem uma prioridade maior do
que os SDOs. Nos PDOs, apenas os dados são transmitidos no telegrama (índices e sub-índices são omitidos), e
desta forma é possível fazer uma transmissão mais eficiente, com maior volume de dados em um único telegrama.
Porém é necessário configurar previamente o que está sendo transmitido pelo PDO, de forma que, mesmo sem
a indicação do índice e sub-índice, seja possível saber o conteúdo do telegrama. Existem dois tipos de PDOs, os
PDOs de recepção e os PDOs de transmissão. Os PDOs de transmissão são responsáveis por enviar dados para
a rede, enquanto que os PDOs de recepção ficam responsáveis por receber e tratar estes dados. Desta forma
é possível que haja comunicação entre escravos da rede CANopen, basta configurar um escravo para transmitir
uma informação, e um ou mais escravos para receber esta informação.


NOTA!
3
PDOs somente podem ser transmitidos ou recebidos quando o dispositivo está no estado ope-
racional.

Emergency Object – EMCY


O EMCY é utilizado para sinalizar a ocorrência de um erro no dispositivo. Sempre que uma falha ocorrer no inversor,
este objeto irá enviar uma mensagem de emergência para a rede. Esta mensagem poderá ser interpretada por
um consumidor EMCY (usualmente o mestre da rede), que poderá tomar uma ação de acordo com o programado
para a aplicação, como fazer o reset de erro ou desabilitar os demais dispositivos da rede.

Synchronization Object – SYNC


Este objeto é transmitido com o objetivo de permitir a sincronização de eventos entre os dispositivos da rede
CANopen. Ele é transmitido por um produtor SYNC, e os dispositivos que detectam a sua transmissão são
denominados consumidores SYNC.

Network Management – NMT


O objeto de gerenciamento da rede é responsável por um conjunto de serviços que controlam a comunicação do
dispositivo na rede CANopen.

Toda a comunicação do dispositivo com a rede é feita utilizando estes objetos, e os dados que podem ser aces-
sados são os existentes no dicionário de objetos do dispositivo.

3.2.8 Alarmes e Falhas de comunicação

Tabela 3.4: Alarmes e Falhas da comunicação CANopen

Código Descrição Possíveis causas


1. Verifique se a polaridade e a tensão de alimentação no conector CAN
F063 Sem alimentação no conector CAN
estão corretas.

O número de erros de recepção ou transmissão detectados pela CAN é


muito elevado:
1. Verificar terminação (resistores) da rede;
F061 Bus-off
2. Verificar ajustes de taxas de transmissão dos escravos da rede;
3. Verificar instalação: ruído elétrico ou indução elétrica causada por cabos
próximos aos cabos de rede.

O controle de erros da comunicação CANopen detectou erro de


comunicação utilizando o mecanismo de “guarding”:
1. Verificar os tempos programados no mestre e no escravo para troca de
F065 Node Guarding/Heartbeat mensagens;
2. Verifique se o mestre está enviando os telegramas de guarding no tempo
programado;
3. Verifique se há perdas de telegramas ou atrasos na transmissão.

Redes Industriais | 3-4


CARTÃO PLC2

3.3 DEVICENET

Os seguintes itens são iguais ao descrito para a rede CANopen:

Conector
Terminação

3.3.1 Taxa de transmissão

P0772 -
Taxa de transmissão da CAN 3
Tabela 3.5: Taxas de transmissão da rede DeviceNet

P0772 Função
0 Auto-baud
1 Reservado
2 500 kbps
3 250 kbps
4 125 kbps
5
6
Reservado
7
8

3.3.2 Endereço do nó

P0771 -
O endereço do nó pode ser ajustado de 0 a 63.

3.3.3 Parametrização do inversor

P0770 -
Permite selecionar qual o protocolo desejado para comunicação através da interface CAN do cartão PLC2.

3.3.4 Alarmes e Falhas de comunicação

Tabela 3.6: Alarmes e Falhas da comunicação DeviceNet (PLC2)

Código Descrição Possíveis causas


F066 Mestre em estado ocioso (Idle) ...
F067 Time-out de conexões I/O ...

3.4 FIELDBUS: ANYBUS-S

Permite ao usuário definir até 32 variáveis de entradas e de saídas que serão utilizadas pela rede Fieldbus.

Os seguintes itens são iguais ao descrito para as redes Fieldbus sem cartão PLC2:

Redes Industriais | 3-5


CARTÃO PLC2

Conector
Terminação
Taxa de transmissão
Sinalizações

P0313 - Bloqueio com - A0128...A0130


Caso o inversor esteja sendo controlado via rede e ocorra alguma falha de comunicação, o inversor poderá indicar
F129 se configurado pelo mestre da rede. Este parâmetro configura o inversor para que ele tome alguma ação
(por exemplo, parar o motor, mudar para LOCAL, etc.).

3.4.1 Variáveis lidas/escritas


3
Os seguintes dados podem ser configurados no software WLP, via menu Ferramentas | Anybus:

Inputs: permite programar os dados enviados do cartão PLC2 para o mestre da rede. Outputs: permite programar
os dados enviados pelo mestre da rede e recebidos pelo cartão PLC2.

Diferentes dados podem ser adicionados na lista de inputs e outputs:

Parâmetros do usuário
Marcadores de words
Marcadores de bits (sempre múltiplos de 16, pois, para cada linha adicionada com marcadores de bit, são
considerados grupos de 16 marcadores para formar uma word).

Cada dado adicionado nesta lista possui o tamanho de 1 word (16 bits). A ordem com a qual os dados são
programados nestas listas é a mesma ordem em que estes dados são recebidos e enviados pelo mestre da rede.

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CARTÃO PLC2

3.4.2 Exemplo de aplicação

Figura 3.1: Mapeamento de words Anybus-S

Redes Industriais | 3-7

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