28/02/2025
MICROBIOLOGIA
PROF. IAGO PONTE
GRUPO DA DISCIPLINA
28/02/2025
O QUE É A
MICROBIOLOGIA
• Microbiologia é a área da Biologia que se dedica aos
estudos dos microrganismos. Ela analisa suas
funções, características, metabolizações,
distribuições e seus efeitos;
• Ela também pode ser caracterizada como uma
especialidade da Biomedicina que estuda os
microrganismos patogênicos, ou seja, aqueles que
causam doenças infecciosas, englobando assim a
bacteriologia, virologia, micologia.
OS MICRORGANISMOS
Os microrganismos são seres vivos tão pequenos que o
ser humano não consegue enxergar, somente se tornam
visíveis e observados com ajuda de um microscópio.
Estamos em constante contato com os mais diversos
tipos que existem em todo o ambiente como também,
sobre e dentro do nosso corpo.
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OS MICRORGANISMOS
Dentre esses pequenos seres incluem-se as bactérias, algas,
fungos, vírus e protozoários, que não conseguem sobreviver
sozinhos, de maneira independente. Por isso, ao invadirem o
organismo humano, procuram penetrar em alguma célula,
tornando-se parasitas para conseguir sobreviver e multiplicar-se.
HISTÓRIA DA
MICROBIOLOGIA
Segundo a Teoria do Big Bang, o universo
surgiu de uma explosão. Cientistas ao longo da
história, com seus experimentos, tentaram provar
como tudo existiu e como funciona o processo de
evolução dos seres vivos;
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HISTÓRIA DA
MICROBIOLOGIA
Vale citar os cientistas de grande importância que
colaboraram para os estudos microbiológicos:
• Robert Hooke: Foi o descobridor das células,
descreveu a estrutura da cortiça como
semelhante a um favo de mel, composta por
pequenos espaços vazios, que ele chamou de
“células”. Seu microscópio, no entanto,
desenvolvido por ele mesmo era ainda muito
rudimentar para aprofundar a descoberta
ORGANIZAÇÃO CELULAR
As células são estruturas microscópicas que fazem parte da organização do corpo dos
seres vivos. Essa estrutura foi inicialmente descrita por Robert Hooke ao analisar um
corte de cortiça. O termo célula vem do latim cella, que significa pequeno
compartimento, e faz referência ao que Hooke visualizou ao analisar o corte do vegetal.
Por ter observado células mortas, o pesquisador viu apenas a parede celular das células
vegetais e, por isso, achou que se tratava de um compartimento, e não uma estrutura
viva e complexa.
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HISTÓRIA DA
MICROBIOLOGIA
• Anthony Van Lunwenhok: Primeira observação
dos microrganismos vivos. Considerado o “Pai” da
microbiologia, já que foi ele o responsável pela
construção do instrumento – o microscópio – que
tornou possível a observação de seres pequenos.
O qual observou, descreveu e desenhou
designandoos por “animáculos”.
HISTÓRIA DA
MICROBIOLOGIA
• Lazarro Spallanzani: Desfez a teoria da
abiogênese, mostrou que quando a carne era
fervida não alterava sua composição, mas
destruía os microrganismos;
• Louis Pasteur: relatou à teoria da biogênese,
através de um experimento chamado “frascos de
pescoço de cisne”, os microrganismos proviam
de outros pré-existentes nas poeiras do ar;
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HISTÓRIA DA
MICROBIOLOGIA
• Conh e Tyndall: Descobriu forma de vidas
resistentes ao calor;
• Joseph Lister: Desenvolveu o trabalho sobre
antissepsia;
• Robert Koch: Relatou os primeiros princípios de
como age um micro-organismo através do estudo de
caso de uma doença - “Postulado de Koch”;
• James Watson: Descobriu a estrutura do DNA;•
Alexander Fleming: Descobriu a penicilina.
A IMPORTÂNCIA DA
MICROBIOLOGIA NA NUTRIÇÃO
O estudo da microbiologia permite ao profissional de nutrição entender os
microrganismos e a forma como eles interferem sobre a saúde do ser
humano. Conhecendo a atuação dos microrganismos é possível interromper a
transmissão das doenças, que pode acontecer no mesmo indivíduo ou de
um indivíduo para outro.
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ESTRUTURA BÁSICA DE UMA
CÉLULA E SUA CLASSIFICAÇÃO
Analisando a estrutura básica de uma célula, podemos classificá-la em
procarionte e eucarionte. Procariontes são aquelas que não possuem um núcleo
definido envolto por membranas. Já a célula eucarionte apresenta um núcleo delimitado
pelo envoltório nuclear, possuindo, portanto, uma proteção ao seu material genético.
ESTRUTURA BÁSICA DE UMA CÉLULA
E SUA CLASSIFICAÇÃO
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CÉLULAS PROCARIONTES
As células procarióticas são menos
complexas que as células eucarióticas. Elas
não têm núcleo verdadeiro, pois o DNA não
está contido dentro de uma membrana ou
separado do resto da célula, e sim disperso
em uma região do citoplasma chamada
nucleoide.
CÉLULAS PROCARIONTES
28/02/2025
CÉLULAS PROCARIONTES
As seguintes estruturas e organelas podem ser encontradas em células
procarióticas:
• Glicocálice: cobertura externa adicional que protege a célula, que impede a
desidratação e favorece a adesão às superfícies;
• Parede celular: cobertura externa que protege a célula bacteriana e dá a sua
forma;
• Citoplasma: é uma substância semelhante a um gel. Seu papel é dar estrutura
e manter a forma da célula;
CÉLULAS PROCARIONTES
• Plasmídeo: são moléculas duplas de DNA que armazenam material genético;
• Membrana Celular: é responsável por envolver o citoplasma da célula e
regula o fluxo de substâncias dentro e fora dela;
• Flagelos e cílios: ajudam na locomoção da célula;
• Ribossomo: são estruturas celulares responsáveis pela produção de
proteínas;
• Nucleoide: área do citoplasma que contém a molécula de DNA.
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O QUE SÃO AS CÉLULAS
EUCARIONTES?
CÉLULAS EUCARIONTES
As seguintes estruturas e organelas podem ser encontradas em células Eucariontes:
• Núcleo: é a maior e mais visível organela em uma célula eucariótica. Ele contém o
DNA da célula;
• Retículo Endoplasmático: tem como função produzir e enviar proteínas e lipídios;
• Complexo de Golgi: é responsável por modificar as moléculas celulares e enviar
materiais para fora da célula. É também a única organela que pode gerar
lisossomos;
• Lisossomos: desempenham importante função na digestão celular;
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CÉLULAS EUCARIONTES
• Peroxissomas: são estruturas que possuem enzimas que transformam átomos de hidrogênio
em oxigênio;
• Nucléolos: estão localizadas no interior do núcleo, onde acontece a síntese de
ribossomos;
• Mitocôndrias: responsáveis por liberar energia das moléculas de glicose e dos ácidos
graxos;
• Vacúolos: estruturas que armazenam substâncias relacionadas à digestão ou à nutrição
celular;
• Plastos: presentes apenas em células eucarióticas vegetais. Responsáveis pela
fotossíntese e armazenamento de substâncias.
CICLO VITAL DAS
CÉLULAS
Como o “ser humano”, as células eucariontes e procariontes também têm ciclo vital,
como as fases do nascimento, crescimento, desenvolvimento e morte. Para isso, as
células necessitam de fonte de alimento e água para armazenar energia garantindo
suas funções vitais.
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NUTRIÇÃO CELULAR
É o ato da célula se alimentar para obter energia e realizar suas funções vitais e
criar estratégias para obter seu próprio alimento.
Os organismos que são capazes de adquirir seu próprio alimento são chamados
de autótrofos como as plantas e algas cianofíceas.
Por outro lado temos os que são incapazes de produzir o seu próprio alimento e
precisam de outros organismos para extrair sua fonte de energia chamados de
heterótrofos como os animais
RESPIRAÇÃO CELULAR
É um processo biológico realizado pelos seres vivos para a obtenção de energia. A
Respiração Celular é dividida em dois tipos:
• Aeróbica: ocorre através de reações que utilizam matéria orgânica e oxigênio
livre, sendo a forma mais eficaz de obter energia a partir de nutrientes como, a
glicose.
• Anaeróbica: é o processo mais amplamente utilizado pelos
microrganismos para obtenção de energia através dos alimentos, sendo neste
caso, sem o consumo de oxigênio.
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METABOLISMO CELULAR
ANABOLISMO x CATABOLISMO
RESPIRAÇÃO CELULAR
Glicólise
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REPRODUÇÃO
Processo pelo qual um organismo dá origem a novos indivíduos. É ela que explica
porquê, um ser vivo morre, mas a espécie não desaparece. As formas de reprodução
são associadas em duas categorias:
• Sexuada: envolve a fusão de células diferentes (gametas masculino e
feminino), processo denominado fecundação.
• Assexuada: tipo de reprodução que ocorre sem a intervenção de gametas,
os novos seres são clones do progenitor (fissão binária e brotamento)
Vale ressaltar que quando os dois sistemas reprodutores estão em um mesmo
indivíduo, este é denominado “hermafrodita” ou “intersexo”.
REPRODUÇÃO
Assexuada Sexuada
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FATORES FÍSICOS
Destrói a
maioria dos Mos
Crescimento
muito lento
Zona de perigo
Algumas ainda crescem
Temperatura da geladeira
Sem crescimento significativo
Termófilas, mesófilas e psicrófilas
Halófilas
Acidófilas
FATORES QUÍMICOS
Aeróbios Anaeróbios Anaeróbios Anaeróbios microaerófilos
obrigatórios facultativos obrigatórios aerotolerantes
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CLASSIFICAÇÃO BIOLÓGICA
(TAXONOMIA)
A classificação biológica é um sistema utilizado para
organizar os seres vivos por meio de critérios
preestabelecidos. A taxonomia é a área da biologia
responsável por identificar, nomear e classificar os seres
vivos.
CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA
DOS SERES VIVOS
As categorias podem ser representadas, da mais ampla para a mais
restrita, da seguinte maneira:
Reino > Filo > Classe > Ordem > Família > Gênero > Espécie
RE-FI-CO-FA-GE
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CATEGORIAS TAXONÔMICAS
Linneu estabeleceu um sistema hierárquico de táxons, também chamado de categorias
hierárquicas, são elas:
• Reino: a maior das categorias, é constituída por um conjunto de filos;•
Filo: constituído por um conjunto de classes;
• Classe: constituída por um conjunto de ordens;
• Ordem: constituída por um conjunto de famílias;
• Família: constituída por um conjunto de gêneros;
• Gênero: constituído por um conjunto de espécies;
• Espécie: grupo de organismos capazes de reproduzir-se e originar
descendentes férteis.
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CLASSIFICAÇÃO EM SEIS REINOS
A classificação em seis reinos foi proposta por Carl Woese e se dá da seguinte maneira:
• Reino Bacteria: organismos procariontes unicelulares.
Exemplos: bactérias e cianobactérias.
• Reino Archea: organismos procariontes, autotróficos ou heterotróficos, e que habitam ambientes
extremos, por exemplo, apresentando altas temperaturas e concentração de metano ou enxofre.
Esses organismos assemelham-se, em termos evolutivos, mais aos eucariontes do que às bactérias.
CLASSIFICAÇÃO EM SEIS REINOS
• Reino Protista: organismos eucariontes, unicelulares, autotróficos ou
heterotróficos.
Exemplos: protozoários e algas.
• Reino Fungi: organismos eucariontes, unicelulares ou pluricelulares,
heterotróficos, sendo que sua nutrição ocorre por absorção.
Exemplos: cogumelos e leveduras.
• Reino Plantae: organismos eucariontes, multicelulares e autotróficos
(fotossintetizantes).
Exemplos: algas multicelulares e vegetais inferiores e superiores.
• Reino Animalia: organismos eucariontes, multicelulares e heterotróficos.
Exemplos: animais invertebrados e animais vertebrados.
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CLASSIFICAÇÃO EM TRÊS DOMÍNIOS
A classificação em três domínios foi também proposta por Woese e é a mais
aceita na atualidade.
• Domínio Bacteria: constituído por organismos unicelulares procariontes,
tendo como representantes as bactérias.
• Domínio Archea: constituído por organismos unicelulares procariontes,
também conhecidos como arqueas, anteriormente conhecidas como
“arqueobactérias”, encontrados em ambientes considerados extremos,
apresentando, por exemplo, temperaturas muito elevadas e altas
concentrações de metano ou enxofre - extremófilos.
• Domínio Eukarya: constituído por todos os organismos eucariontes.
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NOMENCLATURAS
Sistema Binomial:
• Gênero: sempre com a inicial maíscula (Escherichia) •
Espécie: sempre com a inicial minúscula (coli)
⚬Exemplo: Escherichia coli ou Escherichia coli
Escherichia homenageia Theodor
Escherich
e coli lembra que habita o cólon humano.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS
VÍRUS
PROF. IAGO PONTE
28/02/2025
VÍRUS
Os vírus, organismos que apresentam diâmetro entre 15 e 300 nm, são
denominados de parasitas intracelulares obrigatórios, pois apenas se
reproduzem no interior de células.
Diferentemente de todos os seres vivos, esses organismos não possuem célula e
metabolismo próprio e, por isso, não são considerados por muitos autores como
formas de vida.
Entretanto, em virtude da capacidade de se autoduplicar e possuir variabilidade de
ácidos nucleicos, outros especialistas consideram esses organismos como seres vivos.
Influenza
Adenovírus Bacteriófago
HIV
MORFOLOGIA
Hepatite B
Rotavírus
Papilomavírus
Ebola Raiva Herpes simples
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VÍRUS
Os vírus foram descobertos a partir dos estudos
independentes realizados por Dmitri Iwanowski e
Martinus Beijerinck em 1892 e 1898, respectivamente.
Esses pesquisadores estudaram o agente causador da doença
denominada de mosaico do tabaco, que deixava as folhas de
tabaco manchadas entre a coloração verde-escura e clara.
Apesar da descoberta, os vírus foram visualizados apenas
na década de 1940, após a invenção do microscópio
eletrônico.
VÍRUS
28/02/2025
ESTRUTURA DO VÍRUS
Com a visualização dos vírus, foi possível conhecer sua estrutura, que é
relativamente simples quando comparada com a das células eucarióticas, por exemplo.
De uma maneira simplificada, podemos dizer que esses organismos são formados por
duas partes principais: o material genético, que normalmente é o DNA ou o RNA,
raramente os dois, e uma capa proteica (capsídeo).
ESTRUTURA DO VÍRUS
28/02/2025
ESTRUTURA DO VÍRUS
• Alguns vírus possuem, além do capsídeo,
outra estrutura que reveste o vírus
denominada de envelope. O envelope
viral, que é constituído por lipídios,
proteínas e carboidratos, é formado a
partir da membrana da célula infectada.
Como exemplo de vírus envelopado,
podemos citar o HIV, o vírus causador da
AIDS.
REPLICAÇÃO VIRAL
• Os vírus reproduzem-se apenas no interior
da célula de um hospedeiro, uma vez que
não possuem metabolismo próprio. Ao
atingir uma célula e parasitá-la, uma série
de processos ocorre até que o vírus
consiga fazer com que a célula trabalhe a
seu favor.
28/02/2025
REPLICAÇÃO VIRAL
De uma maneira geral, podemos dividir a replicação viral nas seguintes etapas: 1 -
Adsorção: Etapa em que o vírus liga-se à receptores de membrana na célula hospedeira;
2 - Penetração: Etapa em que o vírus adentra a célula;
3 - Desnudamento: Etapa em que ocorre a remoção do capsídeo e a liberação do
material genético;
4 - Transcrição e tradução: Etapa em que ocorre a formação de proteínas dos vírus;
5 - Maturação: Ocorre a formação de novas partículas virais;
6 - Liberação: Vírus sai do interior da célula pronto para parasitar outras;
REPRODUÇÃO DOS VÍRUS
• No capsídio e no envelope dos vírus envelopados, há proteínas ligantes, que se
ligam aos receptores encontrados na membrana da célula que seráinfectada. Cada
vírus é capaz de infectar um tipo de célula, sendo assim, dizemos que os vírus
possuem especificidade.
• Os vírus multiplicam-se no interior das células infectadas graças à inserção de seu
material genético, que passa a comandar o metabolismo da célula hospedeira.
Cada vírus possui um mecanismo diferente de multiplicação.
28/02/2025
IMPORTANTE!
Os vírus podem ser encontrados em praticamente todos os locais e infectar qualquer tipo
de célula. As doenças causadas por eles são chamadas de viroses e são tratadas com
poucas drogas, sendo recomendado normalmente repouso e boa alimentação. É
importante frisar que antibióticos não são eficazes no tratamento de doenças
virais.
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
Os vírus podem infectar qualquer ser vivo, desde os unicelulares, como bactérias, até
pluricelulares, como os humanos.
• AIDS – Agente etiológico: HIV (Vírus da Imunodeficiência humana)
• Catapora – Agente etiológico: Varicela-zóster
• Condiloma acuminado – Agente etiológico: HPV (Papiloma Vírus Humano)•
Gripe – Agente etiológico: Influenza
• Herpes bucal – Agente etiológico: HSV-1 (Vírus Herpes Simples tipo 1)• Herpes
genital – Agente etiológico: HSV-2 (Vírus Herpes Simples tipo 2)• Poliomielite –
Agente etiológico: Poliovírus
• Raiva – Agente etiológico: Vírus da raiva
• Resfriado – Agente etiológico: Rinovírus e outros tipos
• Rubéola – Agente etiológico: Vírus da Rubéola
28/02/2025
DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
Rubéola Herpes bucal Poliomelite
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS
BACTÉRIAS
PROF. IAGO PONTE
28/02/2025
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS BACTÉRIAS
• As bactérias são organismos formados por uma
única célula (unicelulares) e podem ocorrer
isoladas ou formando agrupamentos. Vale
dizer também que as células das bactérias são
menores que as células eucariontes.
ESTRUTURA BÁSICA DA BACTÉRIA
28/02/2025
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS BACTÉRIAS
• As bactérias são seres procariontes, ou seja, não
possuem núcleo definido, e além do material
genético presente no nucleoide, nas bactérias
podem ser observadas moléculas circulares de DNA
pequenas — chamadas de plasmídeos —, as quais
se replicam independentemente.
BACTÉRIAS
• Assim como qualquer ser vivo, as bactérias possuem papel fundamental
no ambiente, na fixação do nitrogênio, fermentação (produção de queijos,
iogurtes, etc.), indústria farmacêutica (produção de antibióticos e
vitaminas), dentre outros, mas nem todas as bactérias são benéficas ao
homem.
• Há uma série de bactérias patogênicas, como exemplo, algumas destas
patologia: tuberculose, hanseníase, difteria, coqueluche, pneumonia,
meningite meningocócica, tétano, leptospirose, cólera, gonorreia, sífilis,
botulismo, febre tifoide, dentre outras.
28/02/2025
MORFOLOGIA DAS BACTÉRIAS
• De acordo com a morfologia, as bactérias podem ser classificadas como cocos,
bacilos, vibriões, e espirilos. Os cocos podem se agrupar e formarem colônias,
nas quais dois cocos formam um diplococo. Quando enfileirados, formam um
estreptococos e, em cachos, um estafilococo.
MORFOLOGIA
DAS
BACTÉRIAS
28/02/2025
ESTRUTURA CELULAR DAS BACTÉRIAS
ESTRUTURA BACTERIANA
• A membrana plasmática pode formar invaginações denominadas
mesossomos, onde se concentram as enzimas respiratórias. Em geral, as
bactérias possuem um envoltório rígido denominado parede celular
28/02/2025
ESTRUTURA BACTERIANA
• As bactérias não apresentam núcleo, desta forma, o DNA fica espalhado no
citoplasma da célula. A região que abriga o material genético é chamada nucleóide.
Além desse DNA, há pequenos DNAs circulares denominados plasmídeos e são
nessas regiões que se encontram os genes de resistência aos antibióticos e que são
transferidos para outra bactéria através da conjugação.
• Nesse tipo de reprodução, as células unem-se por uma ponte formada por
citoplasma e ocorre a troca de material genético. Posteriormente, a célula divide-se
por divisão binária.
ESTRUTURAS EXTERNAS DAS BACTÉRIAS
• O glicocálice bacteriano é um polímero viscoso e gelatinoso que está situado
externamente à parede celular e é composto de polissacarídeo, polipeptídeo
ou ambos
28/02/2025
ESTRUTURAS EXTERNAS DAS BACTÉRIAS
• As bactérias locomovem-se por flagelos e fímbrias, sendo esse último também
envolvido na troca de material genético da bactéria durante a reprodução sexual
(conjugação), por isso também denominado fímbria sexual.
NUTRIÇÃO BACTERIANA
• A maioria das bactérias são seres heterotróficos, entretanto existem também
bactérias autotróficas aeróbias (dependem do oxigênio), anaeróbias
facultativas (podem viver com ou sem oxigênio, como por exemplo, os
lactobacilos que realizam fermentação láctica usada na produção de
iogurtes, queijos, entre outros) e anaeróbias obrigatórias ou estritas (morrem
na presença do oxigênio).
• Em condições adversas, como temperatura muito alta ou baixa, presença de
substâncias tóxicas, entre outros, as bactérias formam esporos. Os esportos
são estruturas latentes com metabolismo reduzido, parede celular resistente
e pouca água no citoplasma.
28/02/2025
REPRODUÇÃO BACTERIANA
A principal forma de reprodução das bactérias é por divisão binária. Além dessa,
para garantir a variabilidade genética as bactérias realizam:
• Conjugação: duas bactérias ligam-se através das fímbrias, transferindo o
DNA de uma para outra;
• Transdução: há a participação de vírus (bacteriófagos) que, ao se
reproduzirem nas bactérias, incorporam o DNA bacteriano que, ao
infectarem outra bactéria, transfere-o para a mesma;
• Transformação: absorção de DNA extracelular por uma bactéria que
incorpora o mesmo no seu DNA.
REPRODUÇÃO BACTERIANA
FISSÃO BINÁRIA OU CISSIPARIDADE
28/02/2025
REPRODUÇÃO
Curva de crescimento
bacteriano
REPRODUÇÃO BACTERIANA
ESPORULAÇÃO
28/02/2025
REPRODUÇÃO BACTERIANA
CONJUGAÇÃO
REPRODUÇÃO BACTERIANA
TRANSDUÇÃO
28/02/2025
REPRODUÇÃO BACTERIANA
TRANSFORMAÇÃO
picômetro = 10⁻¹²
nanômetro = 10⁻⁹
ESCALAS
micrômetro = 10⁻⁶ m
milímetro = 10⁻³ m
28/02/2025
ESTRUTURAS EXTERNAS DA CÉLULA
BACTERIANA
• O tamanho, a forma eo arranjo das bactérias constituem sua
morfologia;
Parede Celular
• Estrutura rígida que está presente em quase todas as bactérias e localiza-se
acima da membrana citoplasmática;
• Contém polímeros complexos conhecidos como peptidioglicanos;• Barreira de
proteção;
• Suporte de antígenos somáticos bacterianos. Confere a rigidez!
AS BACTÉRIAS PODEM SER DIVIDIDAS EM
DOIS GRANDES GRUPOS
Essa divisão ocorre com base na
capacidade de suas paredes
celulares fixarem o corante violeta
cristal
• Gram-positivas: que coram em
roxo
• Gram-negativas: que coram em
vermelho (maioria das bactérias -
apresentam endotoxinas
Lipopolissacarídeos)
28/02/2025
GRAM +
• A parede celular de bactérias Gram-
positivas é composta,
majoritariamente, por
peptideoglicano;
• Outros polímeros, tais como ácidos
lipoteicóicos e polissacarídeos,
também podem estar presentes
nessa camada.
GRAM -
• Nas bactérias Gram-negativas o
peptideoglicano constitui uma
camada basal delgada, sobre a qual
se encontra outra camada,
denominada membrana externa.
28/02/2025
PROCESSO DE COLORAÇÃO DE GRAM
• Consiste em tratar bactérias sucessivamente com cristal violeta, lugol, álcool e
fucsina;
• O cristal violeta e o lugol penetram tanto nas bactérias Gram-positivas quanto nas
Gram-negativas, formando um complexo de cor roxa;
• O tratamento com álcool é a etapa diferencial.
1. Nas Gram-positivas, o álcool não retira o complexo cristal violeta + lugol;
2. Nas Gram-negativas, devido à pequena espessura da camada de
peptideoglicano, o complexo corado é extraído pelo álcool, deixando as células
descoradas.
PROCESSO DE COLORAÇÃO DE GRAM
• O tratamento com fucsina não altera a cor roxa das Gram-positivas, ao passo
que as Gram-negativas descoradas pelo álcool tornam-se avermelhadas
28/02/2025
PROCESSO DE COLORAÇÃO DE GRAM
• A coloração de Gram é amplamente utilizada para identificar e classificar bactérias;
• O processo de coloração de Gram é usado para classificar as bactérias em Gram-
positivas ou Gram-negativas, conforme fixam ou não o corante;• As bactérias
Gram-positivas são mais sensíveis à penicilina e à sulfa;
• Este processo de coloração é um dos mais importante métodos realizados em
laboratório de microbiologia.
RELAÇÕES ECOLÓGICAS
28/02/2025
HARMÔNICAS E INTERESPECÍFICAS
• Mutualismo
• Comensalismo
DESARMÔNICAS E INTERESPECÍFICAS
• Amensalismo
• Predatismo
• Parasitismo
• Competição
HARMÔNICAS E INTRASPECÍFICAS
• Sociedade
• Colônia
DESARMÔNICAS E INTRASPECÍFICAS
• Canibalismo
• Competição
28/02/2025
Microbiota Normal
(por região)
ESTUDO DOS FUNGOS
PROF. IAGO PONTE
28/02/2025
FUNGOS
• Os fungos são seres eucariontes, unicelulares ou pluricelulares,
heterotróficos e aeróbios, ou anaeróbios facultativos (leveduras), com
estrutura leveduriforme ou filamentosa . Pertencem ao Reino Fungi. Os
fungos apresentam estruturas microscópicas e macroscópicas e seus
principais representantes são os bolores, mofos, levedos, cogumelos de
chapéu (conhecidos popularmente como Champignon).
FUNGOS
Os produtos produzidos pelos fungos possuem grande importância econômica: • A
penicilina foi o primeiro antibiótico descoberto por Fleming em 1929, cuja
substância é produzida pelo fungo Penicillium.
28/02/2025
FUNGOS
• A descoberta da penicilina se deu de forma
acidental, pelo médico e bacteriologista
escocês Alexander Fleming, em 1928.
Pesquisando substâncias capazes de
combater bactérias em feridas, esqueceu
seu material de estudo sobre a mesa
enquanto saía de férias. Ao retornar,
observou que suas culturas de
Staphylococcus aureus estavam
contaminadas por mofo e que, nos locais
onde havia o fungo, existiam halos
transparentes em torno deles, indicando
que este poderia conter alguma
substância bactericida.
FUNGOS
• Ao estudar as propriedades deste bolor,
identificado como pertencente ao gênero
Penicillium, Fleming percebeu que ele
fornecia uma substância capaz de eliminar
diversas bactérias, como as estafilococos:
responsáveis pela manifestação de diversas
doenças, tanto comuns quanto mais graves.
A substância recebeu o nome de
“penicilina”.
28/02/2025
MORFOLOGIA
DIFERENÇAS FUNGOS X BACTÉRIAS
28/02/2025
REPRODUÇÃO
• A reprodução assexuada pode ser:
(i) brotamento (seres unicelulares);
(ii) fragmentação do micélio, onde um micélio se fragmenta originando muitos outros;
(iii) esporulação, acima dos corpos de frutificação estão os esporângios que produzem
os esporos, estruturas imóveis e resistentes a ambientes desfavoráveis.
• Já a reprodução sexuada requer a fusão de duas hifas haplóides, quando isso não
ocorre, originam-se hifas geneticamente distintas denominadas dicários.
Zigomiceto
28/02/2025
Basidiomiceto
FUNGOS
• Algumas espécies são comestíveis, conhecidas popularmente como Shitake,
Shimeji, Champignon, dentre outros. Entretanto, outras são tóxicas como o
Aspergillus flavus e podem ser encontradas na produção agrícola de milho, nozes,
amendoim que libera a aflatoxina que são substâncias capazes de provocar câncer
no fígado.
28/02/2025
FUNGOS
• Os produtos do metabolismo energético,
fermentação, da levedura Saccharomyces
cerevisiae são utilizados tanto na produção do pão,
onde o fermento biológico, que contém o extrato do
fungo, libera dióxido de carbono na presença do
açúcar, fazendo a massa do pão crescer. Esse fungo
ainda é utilizado na produção de bebidas alcoólicas
uma vez que o mesmo converte a glicose (açúcar) em
etanol durante o processo de fermentação.
FUNGOS
• Além disso, há espécies de fungos patogênicas que causam doenças
denominadas micoses como, por exemplo, as frieiras, sapinho, histoplasmose,
candidíase, dentre outras.
28/02/2025
O QUE É MICOSE?
• A micose é um nome genérico para uma infecção ou doença causada por um fungo.
Os sintomas geralmente envolvem mudanças na cor da pele (vermelhidão, na
maioria dos casos) e coceiras, com um tratamento que costuma ser simples e
eficaz. A inalação de esporos dos fungos pode causar problemas no sistema
respiratório e caso cheguem na corrente sanguínea podem atingir outros órgãos e
desenvolver sintomas difíceis de serem tratados.
TINHA, CASPA OU DERMATOFITOSE
• Essa micose também é conhecida como
tinea, e é causada por um grupo de
fungos que consome queratina. Por
conta disso, é encontrado normalmente
no couro cabeludo, na pele e nas unhas.
Pode ser bastante contagiosa e costuma
deixar a região avermelhada e com
coceira, alterando a textura no local da
infecção.
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TINHA, CASPA OU DERMATOFITOSE
• No couro cabeludo: causa um tipo de caspa, e pode
até provocar a queda do cabelo na região afetada;
• No corpo: é conhecida como impingem,
podendo aparecer em qualquer lugar na pele,
deixando manchas vermelhas e um aspecto
descamado da pele;
• Nos pés: conhecida como frieira ou pé de atleta, e
ocorre entre os dedos dos pés;
• Nas unhas: as unhas ficam mais espessas e sem
brilho.
MICOSE
• O pé de atleta é uma micose causada pelo excesso de calor e umidade dentro
de sapatos fechados.
Trichophyton rubrum
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CANDIDÍASE
• A Cândida é normalmente encontrada no
intestino e nas genitálias femininas em uma relação
de mutualismo, formando a microbiota no local e
ajudando a manter a região limpa. Porém a infecção
por candidíase ocorre quando há um grande
crescimento populacional desse fungo,
seja por variação hormonal ou por variações
ambientais (aumento da temperatura, da
quantidade de açúcar no nosso corpo ou mesmo
estresse).
ESPOROTRICOSE
• É causada por fungos do gênero Sporothrix, normalmente
encontrado na terra e em madeiras, e por isso é uma doença
comum em áreas rurais. Essa micose ataca principalmente a
pele, mas pode acabar se espalhando para o tecido
subcutâneo e alguns gânglios linfáticos, podendo causar caroços sob
a pele, além de vermelhidão.
• Gatos são animais que podem estar infectados com essa doença, e
neste caso, podemos nos contaminar ao sermos arranhados
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MICOSE DE PRAIA OU PANO BRANCO
• A micose de praia é também chamada de
pano branco ou Pitríase versicolor, e é causada
pelo fungo Malassezia furfur. Essa doença
causa manchas na região do tronco, abdômen,
braços e no rosto. As manchas são
normalmente brancas pois durante a infecção
esse fungo impede a produção de melanina
pelas células epiteliais.
ONICOMICOSE
• Nesta micose, os fungos atacam as unhas,
sejam elas das mãos ou dos pés. Como
sintomas, temos o espessamento da unha, com
mudança de cor e forma, e ela pode atémesmo se
descolar da pele.
• As unhas também ficam quebradiças e pode causar
dor, sendo importante o tratamento para aliviar os
sintomas e impedir a proliferação do fungo.
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MENINGITE FÚNGICA
• A meningite fúngica é uma doença infecciosa causada por fungos, que se
caracteriza pela inflamação das meninges, que são membranas que se localizam em
torno do cérebro e da medula espinhal, podendo levar ao surgimento de sintomas,
como dor de cabeça, febre, náuseas e vômitos.
MENINGITE FÚNGICA
• Este tipo de meningite é muito raro, mas pode ocorrer em qualquer pessoa,
principalmente naquelas que estão imunocomprometidas. Pode ser causada
por diferentes tipos fungos, sendo mais comuns os da espécie Cryptococcus.
• Geralmente, o tratamento requer internamento hospitalar, onde são
administrados medicamentos antifúngicos na veia.
Cryptococcus
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MENINGITE FÚNGICA
Possíveis causas:
• A meningite fúngica é causada por uma infecção por fungos, e acontece
quando essa infecção se espalha para o sangue e atravessa a barreira
hematoencefálica, para dentro do cérebro e da medula espinhal.
• Embora seja rara, essa condição tem mais probabilidade de ocorrer em pessoas com
o sistema imunológico enfraquecido, como pessoas com HIV, pessoas que estão a
fazer tratamentos para o câncer ou com outros medicamentos, como
imunossupressores ou corticoides.
MENINGITE FÚNGICA
• Geralmente, os fungos causadores da meningite fúngica pertencem à espécie
Cryptococcus, que podem ser encontrados no solo, em dejetos de aves e madeira em
decomposição.
• Porém, outros fungos podem estar na origem da meningite, como é o caso do
Histoplasma, Blastomyces, Coccidioides ou Candida.
Histoplasma Blastomyce Coccidioides Candida
s
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HISTOPLASMOSE
• Ocorre pela infecção com um fungo encontrado em fezes de morcego, o
Histoplasma capsulatum. Quando os esporos são inalados, os pulmões ficam
infectados, causando danos a este tecido. Em casos mais graves, o fungo cai na
corrente sanguínea e pode causar problemas no coração e também nas meninges.
ASPERGILOSE
• A micose causada pelo fungo Aspergillus também pode ser chamada de
aspergilose pulmonar, pois ataca principalmente o sistema respiratório a partir da
inspiração dos esporos. O desenvolvimento das hifas no pulmão promove a formação
de bolas fúngicas, causando tosse (as vezes com sangue) e falta de ar.
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PARACOCCIDIOIDOMICOSE
• É outra micose mais comum em áreas rurais, e
ocorre pela inalação de esporos de fungos do
grupo Paracoccidioides. Ao se instalar no pulmão,
causa a doença chamada como blastomicose
sul americana, que não sóatinge o sistema
respiratório, mas também causa febres, coceiras
com feridas na pele e também inflamação de
gânglios linfáticos.
PENICILIOSE
• É uma infecção causada pelo fungo Penicillium marneffei, sendo uma doença
grave que pode atingir órgãos vitais. A entrada dos esporos no organismo ocorre
pelas vias aéreas, e pode se espalhar até os rins e fígado. Pessoas com imunidade
mais baixa acabam sofrendo mais com essa infecção.
Penicillium marneffei
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COMO EVITAR DOENÇAS CAUSADAS POR
FUNGOS?
Todas as micoses descritas podem ser tratadas com cremes ou outros
medicamentos antifúngicos, porém a prevenção é sempre o melhor remédio.
Algumas coisas simples já podem ajudar muito a não adquirir micoses:
• Secar bem o corpo após sair da água (seja banho, piscina ou mar);•
Usar roupas íntimas e meias de algodão;
• Usar roupas limpas e de tecidos leves, principalmente no calor;
COMO EVITAR DOENÇAS CAUSADAS POR
FUNGOS?
• Não andar descalço em áreas úmidas e compartilhadas (como vestiário, saunas,
piscinas...);
• Não compartilhar utensílios como toalhas, bonés e itens de manicure;• Evitar
contato físico com pessoas com micose;
• Evitar ambientes com mofo e bolor aparente.