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ISTs (Resumo Da Sa)

O documento apresenta o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) do Ministério da Saúde, que inclui rastreamento, diagnóstico e tratamento de ISTs como HIV, sífilis, clamídia, gonorreia e hepatites virais. O protocolo enfatiza a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, além de abordar a vacinação contra hepatites A e B. As diretrizes incluem recomendações específicas para manejo e acompanhamento de cada infecção.

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1

MINISTÉRIO DA SAÚDE

PROTOCOLO CLÍNICO E
DIRETRIZES TERAPÊUTICAS
DE ISTs
PORTARIA CONJUNTA SVS/MS e DCCI
2022

RASTREAMENTO INTRODUÇÃO
O rastreamento é a realização de testes diagnósticos em pessoas asintomáticas para
estabelecer o diagnóstico precoce (prevenção secundária) com o objetivo de reduzir a
morbimortalidade do agravo rastreado. O PCDT-IST visa o alinhamento com os PCDT
para Prevenção da Transmissão Vertical de
HIV, Sífilis e Hepatites Virais, Manejo da
Infecção de HIV em Adultos, Profilaxia pré e
pós exposição pelo HIV.

Sífilis: infecção pelo Treponema pallidum

Clamídia e gonorreia: agentes etiológicos mais


frequentes das uretrites, Chlamydia
trachomatis e Neisseria gonorrhoeae,
respectivamente.

Hepatites virais: infecções causadas por vírus


hepatotrópicos A, B, C, D e E.

ANAMNESE

Em toda consulta em que há suspeita de IST,


devem ser feitas as seguintes perguntas:

A relação sexual foi consentida?

Foi uma relação protegida ou desprotegida?

Quando foi a última relação sexual?

Já foi diagnosticado com alguma IST?

Os tabagistas que porventura apresentem contra-


O manejo das
indicação ISTs sintomáticas
a determinado segue condutas
medicamento incluído
baseadas em fluxogramas.
neste protocolo, As principais
não poderão fazer uso do mes-
manifestações
mo; contudo não clíicas são: excluídos
serão corrimentodovaginal
programa,
ou
umauretral, úlceras
vez que geitais e verrugas
o protocolo permite anorretais.
a escolha de
outras alternativas de farmacoterapia, além da
associação ao aconselhamento estruturado para
a cessação do tabagismo.
2

DIAGNÓSTICO

HIV: A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana envolve diversas fases, com Testes Moleculares
durações variáveis, que dependem da resposta imunológica e da carga viral do
indivíduo. Testes sorológicos 4ª geração
• 1ª fase: infecção aguda (surgimento de sinais e sintomas inespecíficos da
doença, que ocorrem entre a 1ª e 3ª semana após a infecção) 3ª e 4ª geração
• 2ª fase: infecção assintomática (período de desenvolvimento de infecções
oportunistas e/ou neoplasias, que podem durar anos). A presença desses
2ª, 3ª e 4ª geração
eventos define a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS).

O teste rápido detecta a presença de anticorpos anti HIV. OBS: falso negativo (em até 30
dias após a infecção = janela imunológica, ainda não produziu anticorpos).

Existem testes complementares para deteção de RNA, p24 e anticorpos, cuja escolha
depende de cada caso.

SÍFILIS: a infecção pelo Treponema pallidum é dividida em estágios, que direcionam o tratamento.
• 1ª: úlcera única, indolor (cancro duro) associada a linfadenopatia regional – período de incubação (10 a 90 dias)
• 2ª: erupção macular eritematosa que progride para lesões mais evidentes, papulosas e eritematosas, podendo acometer toda a pele
– de 6 semanas a 6 meses após a infecção
• 3ª: cutânea (lesões gomosas), ósseas (atrites, sinovites, nódulos), cardio (estenose de coronárias, aneurisma de aorta), neuro sífilis
- ocorre em 15 a 25% das infecções não tratadas, após um período variável de latência

O diagnóstico de sífilis se divide em exames diretos e testes imunológicos. Se exame direto positivo, infecção ativa, mas se negativo, avaliar
se a amostra foi suficiente ou o paciente recebeu tratamento para sífilis. Já os testes imunológicos se dividem em treponêmicos (como FTA-
Abs e ELISA) e não treponêmicos (VDRL). Os treponêmicos são os primeiros a se tornarem reagentes, no entanto, só avaliam a presença ou
ausência – não quantifica os anticorpos, por isso usamos o VDRL para acompanhamento da resposta ao tratamento.

Em ambos, podemos encontrar a cicatriz sorológica: persistência de resultados reagentes com baixa titulação após o tratamento adequado.

CLAMÍDIA: corresponde a 50% das GONORREIA: é assintomática na maioria das mulheres e em 10% dos homens, sendo que
uretrites não gonocócicas no homem, os sintomas mais comuns são corrimento mucopurulento e disúria.
caracterizando-se por corrimentos
mucoides discretos, associado a Além do corrimento, o local primário de infecção pode desencadear sintomas, por exemplo,
disúria leve e intermitente. uretrite (membranas e mucosas da uretra),cervicite (endocérvice), faringite (faringe) ou
conjuntivite (conjuntiva).
O teste por biologia molecular é o
método de escolha, pois rastreia O diagnóstico de gonorreia pode ser realizado por 03 métodos:
infecções assintomáticas e é capaz de • Biologia molecular: rastreia infecções assintomáticas e detecta o agente
detectar o agente etiológico nos etiológico
casos de infecções sintomáticas • Bacterioscopia: presença de diplococos gram – em leucócitos polimorfonucleares
(ausência de diplococos gram – indica (não é recomendado em pessoas assintomáticas)
clamídia). • Cultura de corrimento uretral: permite identificar o Neisseria gonorrheae

HEPATITES: o diagnóstico das hepatites virais baseia-se na detecção de marcadores presentes em fluidos por imunoensaios ou biologia
molecular
• Hepatites B e C frequentemente se tornam crônicas e evoluem para cirrose e câncer hepático
• Nos casos de hepatite sintomática, é comum apresentar síndrome colestática, febre, fadiga, perda de apetite, náuseas e vômitos.
Mesmo na ausência de sintomas, se há suspeita de hepatite viral, deve ser solicitado TGO/TGP e provas de função hepática. Se
elevação de 3x ou mais é sugestivo de hepatite.
• Marcadores específicos:
o Hepatite A: anti-HAV IgM + indica infecção recente, anti HAV total + indica imunidade
o Hepatite B: HBsAg + indica infecção ativa (anti HBc IgM + indica infecção recente e HbeAg indica alta replicação viral) e anti
HBS indica imunidade
o Hepatite C: HCV-RNA+ indica infecção, anti-HCV indica contato prévio
o Hepatite D: anti-HDV ou antígeno HDV+ indica infecção
o Hepatite E: HEV pode ser detectado nas fezes até 01 semana antes do início dos sintomas
.
3

TRATAMENTO
HIV

A terapia anti retroviral (TARV) é recomendada a todos os portadores de HIV, devendo ser iniciada em até 07 dias do diagnóstico.

Esquema preferencial: tenofovir/lamivudina 300mg + dolutegravir 5mg 1x/dia

Antes do início da TARV, devem ser solicitados exames laboratoriais, e repetidos anualmente para monitoramento.

Consultas: Carga viral do HIV: Exames laboratoriais anuais:


07-15 dias após início 02 meses após início (ou mudança de dose) Hemograma, creatinina, Urina 1, CT e frações, TG,
Mensal até adaptação Semestral se estabilidade clínica e imunológica glicemia em jejum, anti HCV, TGO, TGP, BT e frações

Se carga viral detectável, repetir em 01 mês

SÍFILIS

O tratamento de sífilis conciste em penicilina G benzatina, com esquema terapêutico a depender do estadiamento. Em pacientes sem neuro sífilis, o
teste não treponêmico (VDRL) deve ser trimestral – em gestantes, controle mensal. No caso de neuro sífilis, deve ser realizado LCR a cada 6 meses
até normalização.

Primária: Secundária: Neuro sífilis:


ESQUEMA
TERAPÊUTICO 2,4 milhões UI IM 2,4 milhões UI IM a cada 7 dias 18 -24 milhões UI infusão contínua
dose única por 3 semanas por 14 dias

A reação de Jarisch-Herxheimer é um evento que pode ocorrer durante as 24 horas após a primeira dose de penicilina, em especial nas fases
primária ou secundária. Caracteriza-se por exacerbação das lesões cutâneas, mal-estar geral, febre, cefaleia e artralgia, que regridem
espontaneamente após 12 a 24 horas. Pode ser controlada com o uso de analgésicos simples, conforme a necessidade, sem ser preciso descontinuar
o tratamento.

GONORREIA

O aconselhamento estruturado é feito em quatro sessões iniciais, preferencialmente semanais, nas quais são abordados os seguintes
conteúdos:
Não complicada Disseminada Conjuntivite
Ceftriaxona 500mg IM dose única + Ceftriaxona 1g IM ou IV/dia por 7 dias + Ceftriaxona 1g IM dose única
Azitromcina 500mg 2cp VO dose única Azitromicina 500mg 2cp VO dose única

CLAMÍDIA

Tratamento padrão: azitromicina 500mg 2cp VO dose única ou doxiciclina 100mg VO 2x/dia por 07 dias
OBS: doxiciclina está contraindicado em gestantes.

HEPATITES

No protocolo clínico, não há tratamento específico para hepatite A, D e E.

Hepatite B Hepatite C Hepatite D


Tenofovir (TDF) 300mg ou entecavir (ETV) 0,5 a O esquema terapêutico contém 10 Não há tratamento, mas podemos usar TDF,
1mg ou tenofoviralafenamida (TAF) 25mg fármacos, cuja escolha depende do genótipo ETV ou TAF para prevenção de danos hepáticos.
4

ABORDAGEM VACINAL

O Programa Nacional de Imunização (PNI) disponibiliza vacinas gratuitas contra hepatites A e B.


O esquema vacinal de hepatite B no adulto contém 03 doses, com intervalo de 01 mês entre 1ª e 2ª dose, e 05 meses entre 2ª e 3ª dose.

Hepatite A: dose única aos 15 meses Hepatite B (infância): ao nascer, 2, 4 e 6 Hepatite B (adulto): sem idade
meses específica

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