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RIG ID A: Scientia Medica

O estudo analisou o perfil nutricional e o estilo de vida de 50 pacientes antes e após cirurgia bariátrica por derivação gástrica em Y de Roux. Os resultados mostraram perda significativa de peso, redução do índice de massa corporal e aumento da atividade física, embora algumas deficiências nutricionais, como a de vitamina B12, tenham sido observadas no pós-operatório. A pesquisa destaca a importância do acompanhamento nutricional contínuo após a cirurgia para garantir o sucesso do tratamento.

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Thedy Barros
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RIG ID A: Scientia Medica

O estudo analisou o perfil nutricional e o estilo de vida de 50 pacientes antes e após cirurgia bariátrica por derivação gástrica em Y de Roux. Os resultados mostraram perda significativa de peso, redução do índice de massa corporal e aumento da atividade física, embora algumas deficiências nutricionais, como a de vitamina B12, tenham sido observadas no pós-operatório. A pesquisa destaca a importância do acompanhamento nutricional contínuo após a cirurgia para garantir o sucesso do tratamento.

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Scientia Medica

ISSN 1980-6108
http://dx.doi.org/10.15448/1980-6108.2016.3.23707

Sci Med. 2016;26(3):ID23707

A rtigo O riginal Open Access

Perfil nutricional e estilo de vida de pacientes

A
pré e pós-cirurgia bariátrica

ID
Nutritional profile and lifestyle of patients before and after bariatric surgery

Letícia Tomicki Zyger1 , Vivian Polachini Skzypek Zanardo1, Camila Tomicki2

IG
1
Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI). Erechim, RS.
2
Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, SC.

RESUMO

RR
Objetivos: Analisar o perfil nutricional e o estilo de vida de pacientes antes e após a cirurgia bariátrica por técnica de derivação gástrica em
Y de Roux.
Métodos: Estudo de coorte retrospectivo realizado no período de 2010 a 2014, incluindo dados de pacientes submetidos à cirurgia bariátrica
por derivação gástrica em Y de Roux em um hospital privado, localizado em um município da região norte do Rio Grande do Sul. A análise
considerou dados sociodemográficos, estilo de vida, antropometria e consumo alimentar de calorias, nutrientes, vitaminas e sais minerais antes

CO
e um ano após a cirurgia. Foram analisados também os resultados de exames bioquímicos (vitamina B12, hemoglobina, albumina, hematócrito
e ferritina) no período de seis meses a um ano após a cirurgia.
Resultados: Foram incluídos 50 pacientes, sendo 44 (88%) do sexo feminino. Trinta e cinco (70%) pacientes apresentavam patologias antes
da cirurgia, sendo as mais frequentes hipertensão arterial (35%) e diabetes mellitus (20%). Na comparação entre a avaliação pré-cirúrgica e a
realizada um ano após a cirurgia, aumentou o nível de atividade física (18,0% vs. 90,0%; p=0,001); o peso (118,51±21,88 vs. 80,30±15,74),
o índice de massa corporal (43,55±5,52 vs. 29,55±4,21) e a circunferência abdominal (123,06±16,21 vs. 92,36±11,62) apresentaram redução
significativa (p<0,001); e a ingestão de calorias e de vitamina B12 diminuiu significativamente (p<0,05). Nos exames realizados seis meses a
um ano após a cirurgia, um paciente apresentou deficiência de Vitamina B12, sete apresentaram anemia e três deficiência de ferritina.
Conclusões: Após a derivação gástrica em Y de Roux houve perda de peso, redução do índice de massa corporal e da circunferência abdominal
e diminuição da taxa de sedentarismo. Foram detectadas algumas deficiências nutricionais, o que indica que há necessidade de acompanhamento
O

do estado nutricional no pós operatório de cirurgia bariátrica, para garantir o sucesso do tratamento.
DESCRITORES: obesidade; cirurgia bariátrica; estado nutricional; deficiências nutricionais.

ABSTRACT

Aims: To analyze the nutritional profile and the lifestyle of patients before and after bariatric surgery by Roux-en-Y gastric bypass.
Methods: Retrospective cohort study carried out in the period from 2010 to 2014, including data on patients submitted to bariatric surgery by
Roux-en-Y gastric bypass in a private hospital located in the northern region of Rio Grande do Sul, Brazil. Sociodemographic data, lifestyle,
anthropometric measurements, and the intake of calories, nutrients, vitamins, and mineral salts before surgery and one year thereafter were
analyzed. The results for biochemical tests (vitamin B12, hemoglobin, albumin, hematocrit, and ferritin) performed six months to one year
after surgery were also assessed.
Results: Fifty patients were included in the study, and 44 (88%) were female. Thirty-five patients (70%) presented with some conditions before
surgery, among which high blood pressure (35%) and diabetes mellitus (20%) were the most frequent. Between the preoperative evaluation
and one year after the surgery, physical activity level increased (18.0% vs. 90.0%; p=0.001) whereas weight (118.51±21.88 vs. 80.30±15.74),
A

body mass index (43.55±5.52 vs. 29.55±4.21), and abdominal circumference (123.06±16.21 vs. 92.36±11.62) decreased significantly (p<0.001).
The intake of calories and of vitamin B12 also decreased significantly (p<0.05). The tests performed within six months to one year after the
surgery indicated one patient with vitamin B12 deficiency, seven patients with anemia, and three with ferritin deficiency.
OV

Conclusions: After bariatric surgery by Roux-en-Y gastric bypass there was weight loss, reduction in body mass index and abdominal
circumference, and a decrease in sedentary lifestyle. Some nutritional deficiencies were observed, which indicates the need for nutritional
management after bariatric surgery in order to ensure a successful outcome.
KEY WORDS: obesity; bariatric surgery; nutritional status; deficiency diseases.
PR

Recebido: abril, 2016


Aceito: setembro, 2016
Publicado: outubro, 2016 Este artigo está licenciado sob forma de uma licença Creative Commons
Atribuição 4.0 Internacional, que permite uso irrestrito, distribuição e reprodução
em qualquer meio, desde que a publicação original seja corretamente citada.
 Correspondência: [email protected] http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR
A rtigo O riginal Zyger LT, Zanardo VPS, Tomicki C – Perfil nutricional e estilo de vida de pacientes ...

Abreviaturas: CA, circunferência abdominal; IDR, ingestão cirurgia bariátrica é um método eficiente, reduzindo
diária recomendada; DGYR, derivação gástrica em Y de Roux; a mortalidade e promovendo melhora clínica das
DP, desvio padrão; IMC, índice de massa corporal; Máx., máximo; comorbidades [7]. Segundo a Sociedade Brasileira de
Mín., mínimo; ng, nanograma; pg, picograma; URI, Universidade
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões; OMS, Orga- Cirurgia Bariátrica e Metabólica, em 2003 no Brasil
nização Mundial da Saúde. foram realizadas 16 mil cirurgias bariátricas, enquanto
em 2010 foram realizadas 60 mil cirurgias, 35% delas

A
por videolaparoscopia [8].
A escolha pela cirurgia bariátrica para tratamento

ID
INTRODUÇÃO da obesidade deve ser avaliada com muita cautela,
pois os indivíduos após o procedimento cirúrgico
A obesidade é uma doença crônica causada por podem apresentar deficiências nutricionais, incluindo
múltiplos fatores, sendo o excesso de gordura corporal deficiências de ferro, cálcio, vitamina B12, vitamina

IG
sua principal característica. No mundo existem cerca D, acido fólico, zinco e albumina. É muito importante
de 250 milhões de pessoas sofrendo com sobrepeso que o paciente apresente compromisso com resultados
ou obesidade, e o Brasil está incluso nesta estatística, e que mantenha acompanhamento com uma equipe
com cerca de 82 milhões de pessoas apresentando essa multiprofissional. Com orientações sobre consumo de

RR
condição [1-3]. suplementos, pode-se prevenir problemas nutricionais
O levantamento mais recente realizado pela e metabólicos [9-11].
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças A técnica de gastroplastia com derivação gas-
Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) aponta que trojejunal, conhecida por derivação gástrica em Y de
houve um aumento do sobrepeso e da obesidade e,
com isso, aumentou o risco de doenças crônicas entre
CO Roux (DGYR) é a mais utilizada atualmente. Os resul-
tados da DGYR mostram eficácia na perda de peso,
os brasileiros. De todos os entrevistados no País, 20% assim como na redução das comorbidades e melhora
relataram ter o colesterol alto, sendo que esse relato foi da qualidade de vida. Essa técnica exibe alguns dos
mais frequente entre as mulheres (22,2%) do que entre resultados mais consistentes em longo prazo [12-14].
os homens (17,6%). A obesidade se torna mais comum Diante deste contexto, este estudo teve como obje-
com o avanço da idade e em pessoas que apresentam tivo analisar o perfil nutricional e alguns dados do estilo
O

menor nível de escolaridade [2]. De acordo com o de vida de pacientes antes e após cirurgia bariátrica.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística [4],
63% da população do Rio Grande do Sul está acima MÉTODOS
do peso. Como fatores contribuintes nesse estado do

sul do Brasil, poderiam ser citados a cultura e o tipo de Foi realizado um estudo de coorte retrospectivo,
gastronomia, como também o clima frio em boa parte com pacientes submetidos à cirurgia bariátrica em um
do ano, que contribui para o sedentarismo [4]. hospital privado, localizado em um município da região
O tratamento da obesidade deve ser conduzido da Norte do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram coletados
mesma forma como nas outras doenças crônicas, através dados dos prontuários da equipe multidisciplinar
de reeducação alimentar e atividade física. A obesidade de cirurgia bariátrica, que presta atendimento pré
pode ser uma doença silenciosa, mas geralmente está e pós-operatório aos pacientes que realizam esse
A

associada a outras doenças. Os melhores resultados procedimento na instituição, no período de 2010 a


para o seu tratamento são alcançados lentamente; a 2014, sendo incluídos todos os indivíduos de ambos
OV

busca por tratamentos milagrosos e resultados rápidos os sexos, com idade entre 18 e 66 anos, que realizaram
aumentam a chance de abandono do tratamento e a o procedimento DGYR com um mesmo cirurgião.
tendência a recidivas [5]. É consenso que planos Os seguintes dados foram levantados antes e após
alimentares com redução moderada de calorias, dentro um ano da cirurgia bariátrica: sociodemográficos –
de metas reais e sustentáveis, associados à prática de sexo, idade, escolaridade e renda; relacionados ao estilo
PR

atividade física regular e orientada, são a melhor opção de vida – atividade física, ingestão de bebida alcoólica,
de controle nutricional da obesidade [5]. tabagismo e hábitos alimentares; antropométricos
O índice de massa corporal (IMC) igual ou acima – estatura, peso, IMC e circunferência abdominal
de 40kg/m² (obesidade mórbida) indica diminuição da (CA); relacionados ao consumo alimentar de macro
expectativa de vida [6] e aumento da mortalidade por e micronutrientes, sendo considerada a ingestão
doença cardiovascular. Nos casos graves de obesidade, de alimentos e suplementos nutricionais. Foram
onde houve falha na adesão ao tratamento clínico, a analisados também os resultados dos últimos exames

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bioquímicos, coletados dos prontuários, realizados no médio completo (40%), seguido do ensino superior
período de 6 a 12 meses após a cirurgia: vitamina B12, completo (34%). Trinta e cinco (70%) entre os pacientes
ferritina, albumina, hematócrito e hemoglobina. avaliados apresentavam uma ou mais patologias antes
Para a classificação do IMC foram utilizados da cirurgia bariátrica, prevalecendo hipertensão arterial
os parâmetros conforme a Organização Mundial da sistêmica (35%) e diabetes mellitus (20%), sendo que
Saúde (OMS) [15]: IMC entre 18,5 kg/m2 e 24,9 kg/m², 15% apresentavam as duas morbidades.

A
eutrofia; IMC ≥25 kg/m2, sobrepeso; e IMC ≥30 kg/m2, A Tabela 1 apresenta a descrição das variáveis
obesidade. Os valores de circunferência abdominal dicotômicas antes e após a cirurgia bariátrica: atividade

ID
foram considerados como risco de complicações meta- física, consumo de álcool e tabagismo. Houve
bólicas associadas à obesidade segundo a OMS [16]: diminuição significativa do número de pacientes
aumentado (homem ≥94 cm, mulher ≥80 cm); muito sedentários (p=0,001).
aumentado (homem ≥102 cm, mulher ≥88 cm). Os valo-

IG
res recomendados de micronutrientes foram avaliados Tabela 1. Descrição dos dados de estilo de vida em 50
segundo a Ingestão Diária Recomendada (IDR) [17,18], pacientes que realizaram cirurgia bariátrica por derivação
gástrica em Y de Roux, no período de 2010 a 2014. Rio
sendo utilizado o software Avanutri® para o cálculo dos Grande do Sul, Brasil.
recordatórios de 24 horas antes e após seis meses da

RR
realização da cirurgia bariátrica. Para os exames bio- Variáveis
Sim Não
p*
n (%) n (%)
químicos, consideraram-se como referência os valores
Sedentarismo
para vitamina B12, ferritina, albumina, hematócrito e
Pré 41(82,0) 09 (18,0)
hemoglobina conforme Resende et al. [19].
Para a estruturação do banco de dados utilizou-se
o aplicativo Excel 2010 e para as análises o software
CO Pós
Consumo de álcool
05 (10,0) 45 (90,0)
0,001

Bio Estat, versão 5.0. As variáveis quantitativas Pré 01 (2,0) 49 (98,0)


1,000
foram expressas como média ± desvio padrão. As Pós 00 (0,0) 50 (100,0)
variáveis qualitativas foram expressas como frequência Tabagismo
absoluta e relativa. A distribuição da normalidade dos Pré 00 (0,0) 50 (100,0)
dados foi verificada por meio do teste de Shapiro- Pós 00 (0,0) 50 (100,0)
O

Wilk. As possíveis diferenças das variáveis IMC não * Teste de McNemar.


categorizado, CA não categorizada, exames bioquí- Pré: antes da cirurgia; Pós: um ano após a cirurgia.

micos, macro e micronutrientes antes e após a cirurgia


bariátrica foram verificadas utilizando o teste t de A Tabela 2 apresenta os valores médios dos exames

Student pareado para variáveis contínuas ou teste Mc bioquímicos realizados depois da cirurgia bariátrica.
Nemar para variáveis dicotômicas. Para investigar a Apenas um paciente apresentou deficiência de vitamina
relação existente entre percentual de perda de peso (cal- B12; ao ser avaliado, nesse paciente, o aporte alimentar
culado a partir da porcentagem de peso e CA original) de vitamina B12 após a cirurgia, verificou-se que a
e deficiências nutricionais; IMC e deficiências nutricio- oferta estava insuficiente.
nais; CA e deficiências nutricionais, utilizou-se o teste Conforme os dados antropométricos avaliados antes
qui-quadrado de Pearson. Consideraram-se como e após um ano da cirurgia, observou-se que as médias
A

estatisticamente significativos os resultados com p<0,05. de peso, IMC e CA apresentaram redução significativa
A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética (p=0,001) (Tabela 3). Na Tabela 4 estão descritas as
OV

em Pesquisa com Seres Humanos da Universidade variáveis categorizadas IMC e CA antes e depois da
Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões cirurgia. Em relação ao IMC, observou-se que em 31
(URI) Erechim, sob protocolo nº 868.709. pacientes (62%) o diagnóstico após a cirurgia foi mudado
para sobrepeso (27, 54%) e eutrofia (4, 8%). Com relação
RESULTADOS a CA, sete (14%) dos pacientes apresentaram uma
PR

redução para níveis normais. Porém, 43 (86%) ainda


Foram coletados dados de 50 indivíduos, sendo apresentam algum risco de complicações associadas à
44 (88%) do sexo feminino. A idade média dos obesidade. A análise de correlação de Pearson revelou
participantes foi de 38,1±11,9 anos, sendo o mínimo que houve uma correlação estatisticamente significativa
18 anos e o máximo 66 anos. Em relação à renda, entre perda de peso e diminuição da CA; r(48)=0,530
25 (50%) dos pacientes recebiam quatro salários mí- (p<0,005), calculados em porcentagem a partir dos
nimos, e quanto à escolaridade prevaleceu o ensino valores pré-cirúrgicos.

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Tabela 2. Resultados dos exames bioquímicos realizados entre seis meses e um ano após cirurgia bariátrica por derivação
gástrica em Y de Roux, no período de 2010 a 2014 (n=50). Rio Grande do Sul, Brasil.

Classificação dos resultados dos 50 pacientes


em relação aos valores de referência*
Variáveis Mínimo Máximo Média±DP
Deficiente Normal Superior
n (%) n (%) n (%)

A
Vitamina B12 (pg/ml) 103,0 1862,0 340,8±256,7 01 (2) 44 (88) 05 (20)
Hemoglobina (g/dl) 11 17,3 13,2±1,2 07 (14) 42 (84) 01 (2)

ID
Albumina (g/dl) 3,1 41,0 4,6±5,2 00 (0) 48 (96) 02 (4)
Hematócrito (%) 34 126 41,9±12,8 03 (6) 45 (90) 02 (4)
Ferritina (ng/ml) 7,3 2756,0 201,7±389,9 03 (6) 31 (62) 16 (32)

IG
DP, desvio padrão; pg/ml, picograma por mililitro; g/dl, grama por decilitro; ng/ml, nanograma por mililitro.
* Valores de referência conforme Resende et al. [19].

Tabela 3. Dados antropométricos obtidos antes e um ano Tabela 5. Consumo alimentar antes e um ano após
após cirurgia bariátrica por derivação gástrica em Y de Roux, cirurgia bariátrica por derivação gástrica em Y de Roux,

RR
no período de 2010 a 2014 (n=50). Rio Grande do Sul, no período de 2010 a 2014 (n=50). Rio Grande do Sul,
Brasil. Brasil.

Variáveis Mínimo Máximo Média±DP p* Variáveis Mínimo Máximo Média±DP p


Peso (kg) Kcal
Pré
Pós
90
55
184
144
118,51±21,88
80,30±15,74
0,001
CO Pré
Pós
1860
1220
3765
1990
2761,98±480,63
1651,50±158,89
0,002*

IMC (kg/m2) HC (%)


Pré 34,5 56,4 43,55±5,52 Pré 47 71 55,28±7,12
0,001 0,730†
Pós 22,1 40,8 29,55±4,21 Pós 47 66 55,56±3,53
CA (cm) PTN (%)
Pré 90 165 123,06±16,21 Pré 10 32 19,88±7,58
O

0,001 0,312†
Pós 68 124 92,36±11,62 Pós 14 22 18,62±1,76

* Teste t de Student. PTN


DP, desvio padrão; IMC, índice de massa corporal; CA, circunferência (g/kg peso atual)

abdominal. Pré 0,50 1,90 1,07±0,44


Pré: antes da cirurgia; Pós: um ano após a cirurgia. 0,501†
Pós 0,70 1,50 1,02±2,88
LIP (%)
Tabela 4. Índice de massa corporal e circunferência Pré 16 38 24,96±5,80
abdominal antes e um ano após cirurgia bariátrica por 0,523†
derivação gástrica em Y de Roux, no período de 2010 a Pós 17 33 25,22±2,88
2014 (n=50). Rio Grande do Sul, Brasil. Cálcio (mg)
Pré 04 786 428,64±228,37
A

Pré cirurgia Pós cirurgia 0,761†


Variáveis
n (%) n (%) Pós 04 780 402,09±171,40
IMC categorizado (kg/m2)* Ferro (mg)
OV

Baixo peso 0 0 Pré 0,08 15,64 10,70±4,01


0,138†
Peso normal 0 04 (8) Pós 0,09 19,40 10,86±5,17
Sobrepeso 0 27 (54) Vitamina D (mcg)
Obesidade 50 (100) 19 (38) Pré 0,00 2,50 0,80±0,70
0,342†
CA categorizado (cm)* Pós 0,00 2,40 0,68±0,64
PR

Normal 0 07 (14) Vitamina B12 (mcg)


Risco elevado 0 17 (34) Pré 0,02 5,74 2,38±1,60
<0,001†
Risco muito elevado 50 (100) 26 (52) Pós 0,00 4,70 1,72±1,30

IMC, índice de massa corporal; CA, circunferência abdominal. * Teste t de Student.


Peso normal: 18,5 kg/m2 a 24,9 kg/m²; sobrepeso: ≥25 kg/m2; obesidade: † Teste Wilcoxon.
≥30 kg/m2. DP, desvio padrão; Kcal, quilocalorias; HC, carboidrato; PTN, proteína; LIP,
Circunferência abdominal – risco elevado: homem ≥94 cm, mulher ≥80 cm; lipídeo; mg, miligramas; mcg, microgramas; Pré, antes da cirurgia; Pós, um
risco muito elevado: homem ≥102 cm, mulher ≥88 cm. ano após a cirurgia.

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A Tabela 5 descreve o consumo alimentar consequentemente o gasto calórico. Por outro lado, a
dos pacientes, antes e após seguimento de um ano atividade física vai sendo facilitada à medida em que o
da realização da cirurgia bariátrica. Em média, a peso corporal vai diminuindo, resultando em melhora
ingestão de calorias e de vitamina B12 diminuiu da qualidade de vida e manutenção do peso.
significativamente (p<0,05). As outras variáveis Em relação ao consumo de álcool, este estudo não
referentes ao consumo alimentar não apresentaram encontrou diferença significativa entre o momento

A
alteração significativa. prévio e o posterior à cirurgia. Normalmente os
pacientes são orientados a evitar bebidas alcoólicas

ID
DISCUSSÃO após a cirurgia bariátrica, uma vez que o álcool contém
alta taxa calórica e pode causar danos às mucosas do
O aumento na prevalência de obesidade que vem aparelho digestivo, reduzindo a absorção de alguns
ocorrendo nas últimas décadas envolve ambos os sexos nutrientes. Além disso, após esse tipo de procedimento

IG
e todas as classes sociais e níveis culturais [20]. No cirúrgico a absorção do álcool torna-se muito rápida,
presente estudo, a maioria dos pacientes incluídos mesmo quando consumido em pequenas quantidades,
era do sexo feminino. Lehmann et al. [21] e Rangel o que predispõe à embriaguez. As bebidas gaseificadas
et al. [20] que realizaram estudos com adultos que também são contraindicadas por causar dilatação

RR
realizaram cirurgia bariátrica, também mostram dados gástrica [28].
com 76,6% e 75% do sexo feminino, respectivamente, Quanto aos exames bioquímicos no pós-operatório,
em suas amostras. Essa maior proporção de mulheres este estudo observou que a maioria dos pacientes
entre as pessoas submetidas à cirurgia bariátrica pode apresentou níveis séricos dentro da normalidade para
ter várias explicações, desde a possibilidade de uma
maior prevalência de obesidade no sexo feminino em
CO vitamina B12, hematócrito, hemoglobina, albumina
e ferritina, em exames que foram realizados entre
determinadas populações, até a maior preocupação das 6 meses e um ano após a cirurgia. Apenas um paciente
mulheres com a saúde ou, mesmo, com a aparência apresentou níveis séricos baixos de vitamina B12, o
física, tendo em vista os padrões estéticos vigentes que pode estar relacionado à oferta insuficiente desse
na atualidade. Em relação à faixa etária, Quadros micronutriente na dieta, constatada não só nesse
et al. [22] mostraram média de 40 anos, semelhante à paciente como na média geral da amostra, já que o
O

deste estudo. estudo identificou uma diminuição significativa de


Em relação às comorbidades, 35 (70%) dos pa- ingestão de vitamina B12 entre os períodos pré e
cientes avaliados apresentavam uma ou mais doenças pós-cirurgia.
antes da cirurgia bariátrica. Estudos mostraram a

A deficiência de vitamina B12, geralmente defi-


completa remissão de doenças prévias relacionadas nida como níveis séricos inferiores a 200 pg/mL, é
à obesidade entre 82 a 98% dos operados, com referida na literatura como uma das mais comuns
normalização dos valores glicêmicos e pressão arterial complicações metabólicas/nutricionais da cirurgia
sistêmica no período dos 12 meses após a cirurgia bariá- bariátrica, podendo surgir em um tempo variável
trica [23-25]. após a cirurgia e relacionada ou não à oferta na
Em relação à atividade física, na casuística deste alimentação. Vários fatores resultantes da cirurgia pela
estudo houve diminuição significativa do número de técnica de DGYR contribuem para o decréscimo da
A

pacientes sedentários. O sedentarismo é um dos aspectos biodisponibilidade da vitamina B12, como alteração
de estilo de vida que mais acometem a qualidade de da anatomia do estômago, passagem dos alimentos
OV

vida dos obesos, sendo considerado fator de risco diretamente ao duodeno e diminuição do tempo de
primário e independente para o desenvolvimento da contato dos alimentos com o íleo terminal. Com o uso
obesidade, e cuja contribuição tem efeito cumulativo dessa técnica, a deficiência de vitamina B12 é relatada
[26]. Comportamentos sedentários, como permanecer em 12 a 75% dos pacientes, dependendo do tempo
por várias horas na frente da televisão, computador, pós-operatório em que for avaliada. Pode ser vista a
PR

videogames, entre outros, indicam que nos dias atuais partir de seis meses de pós operatório, ou quando as
gastam-se menos calorias por dia do que há 100 reservas no fígado se esgotam. Estudos mostraram que
anos atrás, o que explica o aparecimento de diversas 10 anos após o procedimento existia alta prevalência
doenças crônicas, além do stress que está relacionado (mais de 70%) de deficiência da vitamina B12 [29-32].
à ausência do exercício físico regular [27]. Sendo Na presente casuística, a deficiência não foi observada
assim, recomenda-se que após a cirurgia os pacientes na grande maioria dos pacientes, possivelmente devido
sejam estimulados a aumentar as atividades físicas e ao curto tempo (seis meses a um ano) de pós operatório

Sci Med. 2016;26(3):ID23707 5/8


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em que os exames foram feitos, e em virtude de todos Com relação à redução no IMC, os dados do
os pacientes terem recebido prescrição de suplemento presente estudo são semelhantes aos encontrados por
polivitamínico após o procedimento. outros pesquisadores. Carvalho et al. [44] e Santos
A hipoalbuminemia após a DGYR pode variar et al. [46] identificaram redução no IMC de 49,4±
de 13% em pacientes após dois anos de cirurgia [33] 7,4 kg/m2 para 32,9±4,98 kg/m2 e de 50,4±7,9 kg/m2
a 27,9% após 10 anos [32]. Após oito meses de para 31,9±5,85 kg/m² em um ano após a cirurgia. Neste

A
cirurgia, Farias et al. [34] encontraram concentrações estudo também se observou uma redução do IMC, de
de albumina normais. Já Skroubis et al. [35], após 43,55±5,53 kg/m2 antes para 29,55±4,22 kg/m2 após

ID
avaliar 243 pacientes, observaram baixa incidência a cirurgia.
de hipoalbuminemia e 37,7% dos pacientes apre- A diminuição de 5 a 10% do peso corporal e a
sentaram níveis baixos de ferritina após dois anos diminuição da CA produzem efeitos positivos na
do procedimento cirúrgico. Neste estudo, no período síndrome metabólica e melhora de algumas doenças

IG
analisado, não foi observada deficiência de albu- relacionadas à obesidade. A cirurgia bariátrica é um
mina. dos métodos mais eficazes na perda e manutenção do
Três (6%) dos pacientes deste estudo apresentaram peso, levando a uma perda de 20 a 70% do excesso de
deficiência de ferritina entre seis meses e um ano após peso e consequentemente a uma melhora nítida dos

RR
a cirurgia. Anemia com baixos níveis de ferritina pode componentes da síndrome metabólica [47]. Entretanto,
afetar dois terços dos pacientes submetidos à cirurgia vitaminas e minerais são fatores e cofatores essenciais
bariátrica, pela deficiência de ferro na dieta. Em em muitos processos biológicos que regulam o peso
pacientes submetidos à DGYR, a ocorrência de anemia corporal direta ou indiretamente, e por isso não devem
CO
varia entre 20% a 49% [31,36,37]. Neste estudo, sete
(14%) pacientes apresentaram hemoglobina baixa e
ser negligenciados. Os benefícios metabólicos desses
micronutrientes no controle da perda de peso incluem a
três (6%) pacientes apresentaram hematócrito baixo. regulação do apetite e a absorção de nutrientes. Assim,
Santos [38] analisou 15 pacientes após seis meses da o adequado consumo de micronutrientes é importante
cirurgia por DGYR, e todos mantiveram seus valores não só para a manutenção dos processos metabólicos
de referência dentro do normal, sendo que a maioria do organismo, mas também para obter sucesso na
recebeu suplementação de ferro. manutenção e na perda de peso a longo prazo [11].
O

A quantidade de ferro elementar presente nos A ingestão suficiente de micronutrientes a partir


polivitamínicos geralmente é pequena (10 a 20 mg da alimentação é a forma mais natural de manter as
por comprimido), sendo considerada insuficiente para reservas em níveis desejáveis. Porém, pacientes que

evitar a deficiência de ferro em pacientes submetidos realizam a cirurgia bariátrica necessitam de uma
à DGYR. As recomendações atuais para a prevenção dosagem diária de polivitamínico/mineral para garantir
da deficiência de ferro incluem a administração de 40 um aporte adequado. Portanto, tem sido recomendado
a 80 mg de ferro elementar por dia (200 a 400 mg de iniciar a suplementação logo após a alta hospitalar [11].
sulfato ferroso). Nas mulheres em idade reprodutiva, Seria importante conhecer os resultados dos exames
as recomendações aumentam para 80 a 160 mg de ferro bioquímicos (vitamina B12, hemoglobina, hematócrito,
elementar por dia (400 a 800 mg de sulfato ferroso) albumina, ferritina, cálcio e vitamina D) prévios à
[39-42]. Dessa forma, história clínica de anemia, cirurgia bariátrica, pois as deficiências encontradas já
A

alterações nos valores laboratoriais, idade, sexo e podem começar a ser corrigidas antes da cirurgia. A
aspectos reprodutivos devem ser analisados antes de suplementação nutricional é muito enfatizada como
OV

prescrever o composto com ferro. importante conduta terapêutica para o sucesso do


Na análise da perda de peso, identificou-se tratamento cirúrgico da obesidade [48]. A utilização do
redução de 31,92% neste estudo. Outro estudo, com suplemento nutricional só é considerada correta quando
250 pacientes avaliados após o primeiro ano de utilizada pelo menos cinco vezes por semana [15], mas
cirurgia, mostrou redução de 37,5% no peso [43]. infelizmente apenas 33% dos pacientes atendem a essa
PR

Em contrapartida, Quadros et al. [22] encontraram recomendação. Além disso, 7,7% dos pacientes deixam
resultados inferiores em um igual período de tempo de utilizar os polivitamínicos/minerais após dois anos
(30,69%). Outras pesquisas mostraram que a redução de cirurgia [30].
do peso é maior no primeiro semestre, tornando-se Concluindo, os pacientes após cirurgia bariátrica
após lenta e contínua, atingindo perda de 35 a 40% por DGYR tiveram uma perda de peso efetiva, com
do peso inicial entre o primeiro e segundo ano após a redução do IMC e da CA. A taxa de sedentarismo
realização da cirurgia [44]. diminuiu. A análise do consumo alimentar mostrou que

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A rtigo O riginal Zyger LT, Zanardo VPS, Tomicki C – Perfil nutricional e estilo de vida de pacientes ...

a ingestão de calorias diminuiu entre a avaliação inicial a cirurgia. Pode-se concluir que a cirurgia por DGYR
e a realizada um ano após a cirurgia. A ingestão média nos pacientes estudados foi efetiva para o tratamento
de nutrientes não sofreu alteração, com exceção da da obesidade, e que há necessidade de acompanha-
ingestão de vitamina B12, cuja média diminuiu, sendo mento do estado nutricional a longo prazo, para
que um paciente apresentou deficiência sérica dessa garantir o sucesso do tratamento e evitar deficiência
vitamina e sete pacientes apresentaram anemia após de nutrientes.

A
ID
NOTA
Declaração de conflitos de interesse

IG
Os autores declaram não haver conflitos de interesse relevantes ao conteúdo deste estudo.

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