Índice
Introdução.............................................................................................................................................4
A hidrografia de Moçambique...............................................................................................................5
Classificação dos rios de Moçambique..................................................................................................5
A composição da hidrografia em Moçambique.....................................................................................5
A NAVEGABILIDADE DOS RIOS DE MOÇAMBIQUE.................................................................................6
Principais rios de moçambique e suas respectivas bacias hidrográficas................................................7
Influência dos rios nas acções combativas............................................................................................9
Formação lacustre em Moçambique.....................................................................................................9
O canal de moçambique e a sua plataforma continental....................................................................10
Conclusão............................................................................................................................................12
Referencia bibliográfica.......................................................................................................................13
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Introdução
Neste presente trabalho iremos falar da hidrografia de Moçambique onde abordaremos Pela
sua situação geográfica, maioritariamente em plena região do clima tropical, com influência
directa dos ventos húmidos, alísios do Índico; Moçambique é um País privilegiado no tocante
aos recursos hídricos superficiais. O escoamento médio anual Moç. Ascende a 313 x 10
m/ano, e é, cerca de 313km cúbicos por ano; dos quais, 97 kms cúbicos por ano, tem
origem nas precipitações ocorridas em território nacional. O Rio Zambeze contribui com
cerca da metade do escoamento total, porém apenas 17% desta é proveniente de
Moçambique. Segundo a Direcção Nacional da Agricultura – 1987, pg 11; a maior parte
dos rios do nosso País, caracterizam - se por um regime torrencial. Sendo assim, graves
inundações são comuns nos cursos inferiores da zona central (Zambézia, Púngue, Búzi e da
zona sul (Incomáti, Umbeluzi e Maputo).
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A hidrografia de Moçambique
Pela sua situação geográfica, maioritariamente em plena região do clima tropical, com
influência directa dos ventos húmidos, alísios do Índico; Moçambique é um País privilegiado
no tocante aos recursos hídricos superficiais. O escoamento médio anual Moç. Ascende a 313
x 10 m/ano, e é, cerca de 313km cúbicos por ano; dos quais, 97 kms cúbicos por ano, tem
origem nas precipitações ocorridas em território nacional.
O Rio Zambeze contribui com cerca da metade do escoamento total, porém apenas 17% desta
é proveniente de Moçambique. Segundo a Direcção Nacional da Agricultura – 1987, pg 11;
a maior parte dos rios do nosso País, caracterizam - se por um regime torrencial. Sendo
assim, graves inundações são comuns nos cursos inferiores da zona central (Zambézia,
Púngue, Búzi e da zona sul (Incomáti, Umbeluzi e Maputo).
Classificação dos rios de Moçambique
Estes rios classificam – se de acordo com o regime e segundo a D.N.A, eles
podem ser: Rios Permanentes, Sazonais e Temporário ou Periódicos.
a. rios permanentes - todos aqueles que permanentemente possuem Correntes da água
durante todo ano, podendo acontecer em anos Excepcionalmente seco; alguns deles
não tenham fluxo suficiente no Final da estação seca como são os casos dos rios: -
incomáti, limpopo, Save, monapo, lúrio e messalo.
b. rios sazonais: - aqueles que tem corrente de água apenas durante toda a estação
chuvosa, permanecendo seco em outros períodos, embora os seus leitos continuam
com dreno subterrâneo;
c. rios temporários ou periódicos: - são aqueles rios que possuem agua apenas durante
e imediatamente após as grandes chuvas. tradicionalmente diz - se que os rios do
nosso país, são do regime periódico , porque estes registam os seus maiores caudais
nos períodos ou estações chuvosas e menores caudais nas estações secas.
A composição da hidrografia em Moçambique
Em termos gerais, a hidrografia de moçambique inclui águas internas (dos rios, dos lagos e
águas subterrâneas), bem como águas marinhas sob jurisdição de moçambique.
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Águas internas superficiais (rios e lagos): - estas ocupam uma área cerca de 13.000 kms
quadrados.
AGUAS MARINHAS JURISDICIONAIS: - estas estendem se por toda a costa
moçambicana, numa extensão de 2.515 kms, da foz do rio Rovuma à, Ponta do Ouro e uma
extensão de 12.milhas marítimas, contadas a partir Da Linha de base aí tem – águas
territoriais; e ainda até 200 milhas marítimas, a partir da linha da base, temos – águas
jurisdicionais.
O SENTIDO E ORIENTAÇAO DOS PRINCIPAIS RIOS DE MOÇAMBIQUE.
A maioria dos rios do nosso País, nascem nos Países do interland – interior, na parte
ocidental, em zonas montanhosas e de planaltos; devido a disposição do relevo deste País,
que é em forma de escadaria no sentido
Oeste – Este; estes entram no nosso País nesta direcção e desaguam no Oceano Índico. Os
que se localizam ao norte do paralelo 15˚ Sul, correm no sentido Sudoeste – Nordeste ex.:
rio Lúrio. Os rios Púnguè e mais correm no sentido Noroeste – Sudeste, exceptuando os
rios Búzi e Save que correm no sentido Oeste – Este. Os que correm no sentido Sul - Norte
são : - Rio Govuro, na parte litoral norte de I’bane e rio Tembe na prov. De Maputo.
A navegabilidade dos rios de Moçambique
Devido a disposição do relevo, estes atravessam vários rápidos, formando quedas ao longo do
seu percurso, o que torna pouco navegáveis; Também a natureza dos terrenos por estes
atravessados, contribui neste sentido.
Região norte/centro
No Norte e centro do País, regiões constituídas por formações Pré – Câmbricas, de materiais
mais consistentes, os rios desenvolvem uma versão vertical escavando Vales profundas em
forma de ‘’V’’, associando – os ao factor velocidade das suas águas, formação de rápidos e
quedas, confere – lhes um elevado potencial HIDROELECTRICO.
Região sul
No Sul, os rios correm em zonas de Planícies, onde predominam materiais menos
consistentes ou consolidados, os seus leitos e vales são mais largos, e por outro lado, ao longo
do seu percurso apresentam os chamados – MEANDROS. Portanto, apresentam um potencial
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hidroeléctrico baixo, mas em contrapartida, tem um potencial Hidroagrĺcola. Há que referir
que o aspecto climático tem um papel fundamental na regulação dos caudais dos rios do
nosso País. Visto que os maiores caudais se registam na estação quente e chuvosa (nos meses
de Dezembro à Março); o que condiciona frequentemente as Inundações e Cheias Mesmo o
regime dos rios é influenciado pelo clima, daí serem na sua maioria – Sazonais e Periódicos.
Principais rios de Moçambique e suas respectivas bacias hidrográficas
Rio e Bacia do Rovuma
Este rio situa – se no extremo norte do País e sua bacia abrange vastas áreas das Províncias de
C. Delgado e Niassa. Em Moçambique, a área da Bacia é cerca de 101. 106 Kms Quadrados,
compreende o rio Rovuma e seus afluentes, da margem direita a saber: - Lugenda,
Lucheringo e Messinge. Este rio nasce na Tanzânia e depois de um percurso N – S naquele
País serve de fronteira com o nosso País num troço cerca de 650 Kms, no sentido Oeste –
Este, desaguando em forma de Estuário em Palma, no norte de C. Delgado.
Rio e Bacia do Lúrio
Nasce no monte Malema em Nampula, desagua na bacia do Lúrio no Oceano Indico; tem
cerca de 605 Kms de extensão. Tem uma Bacia com cerca de 60.800 Kms. Abrange as
Províncias de Niassa; C. Delgado e Nampula. Tem como afluentes e sub – afluentes, os rios:
- Mucequesse; Muanda; Mutaze; Muvo; Lalaua; etc.
Rio e Bacia do Messalo
Nasce no Planalto Moçambicano – Niassa e desagua no Distrito de Macomia em C. Delgado;
tem uma extensão de 530 Kms. A sua bacia hidrográfica é cerca de 24.000 Kms Quadrados.
Rio e bacia do zambeze
E um dos maiores rios de Africa; - é o maior da Africa austral; é o maior rio que desagua no
oceano índico; e é o maior que atravessa o nosso país. Nasce no planalto de catanga na
Zâmbia, perto da fronteira com angola; serve de fronteira a cinco países nomeadamente: -
Angola; Zâmbia; Zimbabwe; Zamíbia e Moçambique; onde desagua no oceano índico em
forma de delta.
Tem uma extensão de 2.700 kms, mas no nosso país percorre 850 kms. A sua bacia
hidrográfica, é cerca de 1.200.000 kms quadrados, mas entretanto, no nosso país a sua bacia é
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cerca de 200.000 kms quadrados ou seja, cerca de 16,6% da sua área total. Abrange a parte de
tete, no ocidente; também no ocidente do niassa; parte da zambézia, nos distritos de mopeia e
chinde; nos distritos do norte de manica; e em sofala nos distrito
de Chemba , Caia e Marromeu. Um dos seus afluentes ( o rio Cua – Cua ou rio de Bons
Sinais ), desagua um pouco mais à norte de Chinde, sul de Quelimane.
Outros afluentes deste rio são seguintes: - Aruangua, Mucanha, Luia, Revúbue e Chire, isto
na margem esquerda; e na margem direita: - Luenha, Namacombe e Sangue.
O Chire escoa as suas águas para o Zambeze e este por sua vez para o Oceano Índico.
RIO E BACIA DO PÚNGUÈ
Nasce no Zimbabwe e em Moçambique tem uma extensão cerca de 322 km. Tem uma bacia
hidrográfica com cerca de 28.000 Km2 e abrange as Prov. de Manica e Sofala. Tem como
afluentes os rios: - Vanduzi e Muda e desagua na Baia de Sofala à Sul da cidade da Beira.
RIO E BACIA DO BÚZI
Nasce no Zimbabwe; a sua extensão em Moçambique é de 320 Kms e sua Bacia hidrográfica
é cerca de 25.000Kms2, junto do rio Revuè, onde se construiu a Barragem de Chicamba Real
em Manica.
Rio e bacia do Save
Também nasce no Zimbabwe; sua extensão total – 330Kms; sua Bacia hidrográfica – 2.257,5
Kms2; abrange as Prov. de Sofala, Gaza, I’bane e Manica.
Rio Limpopo
Nasce na RSA e entra em Moçambique na localidade de Pafúri em Gaza, onde se localiza a
sua maior bacia hidrográfica. A sua extensão em Moçambique é de 283 Kms e tem como
afluentes os rios: - Changane e dos Elefantes, etc. É neste rio onde se construiu a Barragem
de Massingir do tipo Hidroagrícola.
Rio incomti
Nasce na RSA e desagua na Baia de Maputo, na parte norte da capital – Maputo. A sua
extensão é de 283 Kms. Os rios incomáti e Limpopo, são rios típicos das regiões de planícies,
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onde é frequente a formação de Meandros nos seus percursos e provocam consequentemente
inundações na época chuvosa.
Rio bacia do Maputo
Nasce na RSA e uma extensão cerca de 150Kms, com uma Bacia hidrográfica cerca de 1570
Kms2.
Influência dos rios nas acções combativas
Na hidrografia, o aspecto a considerar, é a existência do rio Zambeze, que naturalmente
forma uma assimetria regional entre Norte e Sul, visto que à Norte interliga a Bacia
hidrográfica da margem direita do rio Rovuma; apresentando uma área com características
físico – geográficas especificas (montanhas e planaltos; rios com leitos abruptas em forma de
“V”; enquanto na parte Sul do rio Zambeze, se observa uma grade planície de Aluvião até
nos montes Libombos.
Estas características acima referenciadas, influem de forma directa ou indirectamente nas
acções combativas; visto que em cada uma das regiões possui características específicas e o
tipo de combate a realizar deve estar em consonância com as mesmas; por exemplo:
a. Do Centro à Norte o combate pode ser tão complexo e prolongado, devidas as
configurações do relevo, que também acabam influenciando as formas dos leitos dos
rios; para tal, requer o emprego do material bélico adequado, tais com: aviação,
canhões, entre outros. Foi desta forma que as duas guerras que ocorreram no nosso
País, foram tão complexas e prologadas nas regiões acima referidas.
b. Enquanto na região Sul, a situação é diferente; portanto, pelas características
apresentadas, não favorece para a realização de combates, apenas para as manobras
sim.
Formação lacustre em Moçambique
Em Moçambique existem cerca de 13.000 Lagos e Lagoas, mas entretanto, apenas cerca de
20 tem áreas iguais ou superiores à 10 Km2. Os maiores Lagos do nosso País, localizam – se
parte ocidental do Niassa, junto ao Vale de Rift ou Rft Valley; da África Oriental; sendo a
destacar os seguintes: - Lagos ( Niassa, Chirua, Chiuta e Amaramba ). São lagos de origem
tectónica, por quanto ocupam focos ou Depressões de refinamento da crusta terrestre e
afundamento da parte central, formando assim, um graben.
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Os primeiros lagos são internacionais. Por exemplo o lago Niassa, pertence a três países
nomeadamente: - Malawi, com a maior parte; Moçambique; e Tanzânia.
Características gerais do lago Niassa
É Um dos maiores lagos de África, i é, o terceiro no continente;
É o maior que banha o território moçambicano;
Tem uma superfície cerca de 26.000 Kms2;
Tem uma profundidade de 703 m; e
Uma extensão de 6480 Kms.
Outros tipos de lagos em Moçambique
Na extensa planície Moçambicana, a sul do rio Save, particularmente ao longo da faixa
costeira, predominam vários lagos, lagoas e Pântanos cuja origem e evolução deveu – se ao
processo de deposição de sedimentos marinhos e continentais e a erosão costeira; dos quais se
destacam:
a. No litoral sul do Distrito de Vilanculos – em Ibane: - Lago Manhial; Zenave;
Muangane; Nhamanene e Nhalchengue;
b. No Distrito de Homoine, na parte Oeste de Haxixe: - Lago e Lagoa de Chiguive e
Nhanvue;
c. Na costa sul de Inhambane, na parte de Cabo das correntes: - Lago de Inharrime
(Poelela), onde desagua o rio Inharrime; e o Lago Quissico, et.;
d. Em Gaza temos os seguintes Lagos: - Marrangue; Uembze – este se comunica com o
mar; Muandze e Pati;
e. No extremo sul de Cabo de Santa Maria à Ponta de Ouro temos: - Chingue; Peti e
Satine; Os lagos de origem antropogênica são seguintes: - Barragens de Cahora –
Bassa; Massingir; Chicamba Real, etc.
O canal de Moçambique e a sua plataforma continental
O canal de Moçambique
O canal de Moçambique é parte integrante do oceano Índico e limita o continente africano no
geral e o território moçambicano em particular, da Ilha de Madagáscar. Tem uma origem
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relacionada com a Teoria Tectónica das Placas ou a Deriva dos Continentes. Porque outrora,
Madagáscar fez parte do bloco continental africano e que pouco a pouco foi se separando,
encontrando - se actualmente bastante afastado, o que permitiu a abertura deste Canal. Em
suma o Canal se assenta sobre uma depressão tectónica resultante dos movimentos da crusta
terrestre.
A largura mínima que se acha entre as costas da Província de Nampula, principalmente os
Distritos de Ilha de Moç.; Angoche e Moma; e o extremo Noroeste de Madagáscar, é cerca de
400 Kms. Porém, a sua maior largura se acha nas latitudes 20˚ Sul, frente à Baia de Maputo
com mais de 1000 Kms de distância. O Canal apresenta muitas áreas com uma profundidade
que varia de 1000 à 4000 m . Das profundidades reconhecidas e consideráveis são: - 3520 m
na parte Setentrional; e 4038 m na parte sul da Prov. de Maputo ( ATLAS, pg. 9; Vol.2 ); as
águas do Oceano Índico, apresenta uma cor azulada, excepto nas proximidades da costa,
devido a existência de lama, particularmente nas
desembocaduras dos rios onde apresentam a cor verde – acastanhada com tonalidade mais ou
menos escura, onde se desenvolve mais ou menos os corais nas costas orientais; por serem
zonas com clima Quente, ié, zonas com correntes Quentes.
A PLATAFORMA CONTINENTAL é zona costeira dos fundos marinhos cuja profundidade
não ultrapassam 200 ou 500 metros, que cinge os continentes e tem por limite o declive
continental. Para Moçambique, é variável na sua extensão longitudinal ou seja, em largura. É
é bastante estreita ao longo da faixa entre o Estuário do rio Rovuma ao rio Ligonha
aproximadamente.
Aqui em particular da Ilha do Ibo à Ilha de Moçambique; regista -se a sua menor largura e é
bastante abrupta; acontecendo que da escassa plataforma precipita – se quase imediatamente
para a profundidade igual a 1000 m; para o sul do rio Ligonha alarga – se gradualmente
atingindo a sua maior largura na Baia de Sofala com cerca de 140 km da costa, contra pouco
e mais ou menos 3 km de largura em alguns pontos da faixa anteriormente referido. Depois
estreita – se bruscamente do Cabo de São Sebastião ao Cabo das Correntes. Para o Sul deste
ponto, alarga-se ligeiramente na costa sul de I’bane e na Baia de Maputo; e volta a estreitar -
se para o sul da Ilha de Inhaca. Com a excepção da Ilha de Moma, emerge uma profundidade
superior aos 20 metros, as restantes principais Ilhas da Plataforma continental moçambicana
encontram – se acima da curva bati métrica dos 20 m.
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Conclusão
Chegamos a conclusão que Hidrografia é a ciência que estuda as águas existentes no planeta
e suas propriedades físicas e químicas, como movimento, cor, temperatura, transparência,
volume etc. Conhecer a hidrografia de uma região significa estudar o ciclo da água que
provém da atmosfera ou do subsolo Ao entrar em contacto com a superfície, a água pode
escolher três caminhos: escorrer, infiltrar-se no solo ou evaporar. O volume global de água no
planeta é de aproximadamente 1,418 milhão de km3 e abrange oceanos, mares, rios, lagos,
geleiras, água no subsolo, lagoas e água na atmosfera.
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Referencia bibliográfica
https://pdfcoffee.com/hidrografia-mocambique-pdf-free.html
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/hidrografia-oceanos-mares-rios-lago
http://monografias.uem.mz/handle/123456789/1393
https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/1376/3/Cap%C3%ADtulo%201%20-
%20Introdu%C3%A7%C3%A3o.pdf
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