Índice
INTRODUÇÃO..................................................................... 3
2. PONTOS FUNDAMENTAIS PARA A UNIDADE................... 5
2.1 Relativos ao Movimento:..................................... 5
2.2 Relativos às Equipes:............................................ 5
2.3 Relativos aos participantes:.................................. 5
3. CARISMA........................................................................ 7
3.1. Citações:................................................................. 7
3.2; Definições de Carisma:.......................................... 13
3.3. Conclusão:............................................................ 15
4. MÍSTICA...................................................................... 16
4.1. Citações................................................................ 16
“Mística das Equipes............................................... 16
4.2. Definições de Mística:........................................... 17
4.3. Conclusão:............................................................ 18
5. ESPIRITUALIDADE DO MOVIMENTO.............................. 19
5.1. Citações:............................................................... 19
5.2. Conclusão:............................................................ 22
6. CONCLUSÕES DO PRESENTE DOCUMENTO.................. 23
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A Equipe Responsável Internacional não autoriza nenhum
grupo de casais que não seja admitido no Movimento
a intitular-se “EQUIPES DE NOSSA SENHORA”.
Este documento é de uso interno do
Movimento das Equipes de Nossa Senhora
Responsabilidade
Equipe da Super-Região Brasil
Conselho Editorial
Av. Paulista, 352 – cj. 36
Ens CME capa/miolo_012023_NB
01310-905 – São Paulo-SP
Fones: (11) 3256.1212 / 3257.3599
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edição atualizada
2020
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1
INTRODUÇÃO
U
ma das graças que temos recebido em nosso
Movimento das Equipes de Nossa Senhora é, sem
dúvida alguma, o seu crescimento quantitativo. Isto
significa que mais casais estão tendo a oportunida-
de de se aprofundarem na sua vivência espiritual, no segui-
mento de Jesus Cristo.
Além disso, no Encontro Internacional de Lourdes, fomos cha-
mados a uma nova inspiração para fomentar uma criatividade
comparável à que, no período de 1939 a 1947, levou à for-
mação de nosso Movimento e aos seus Estatutos, procurando
não se fixarem orientações. No entanto, para preservar a uni-
dade das pesquisas que seriam feitas em numerosos países,
a ERI (Equipe Responsável Internacional) pedia que, perma-
necendo fiéis às instituições fundamentais, nos deixássemos
desabrochar em pesquisas e iniciativas, a partir do documento
“Segunda Inspiração”’1.
Se por um lado isto é motivo de alegria, por outro lado deve
nos conduzir a um cuidado especial em muitas das coloca-
ções que se fazem em pontos que são fundamentais para a
preservação do Movimento e de sua unidade.
Conforme mencionado no documento “A Responsabilidade
nas Equipes de Nossa Senhora”, faz parte da missão do casal
super-regional: “Sempre fiel ao carisma fundador, à vocação e
à missão do Movimento, o casal super-regional tem a respon-
sabilidade de transmitir às equipes as grandes orientações do
Movimento, sua pedagogia e seus métodos... Tem a responsa-
bilidade da unidade e da comunhão na Super-Região, vivendo
a colegialidade na equipe super-regional”. “Ter a preocupação
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com a unidade do Movimento e com a comunhão entre a
Super-Região e o conjunto do Movimento”2.
Dentro deste espírito, verificamos alguns termos que, consi-
derados fundamentais para uma boa compreensão do nosso
Movimento, têm sido mal empregados em artigos da Carta
Mensal, em palestras e outras oportunidades, às vezes geran-
do dúvidas em relação ao seu real significado. Dentre estes
gostaríamos de salientar os seguintes: Carisma, Mística e
Espiritualidade do Movimento.
Para fins deste trabalho, procuramos pesquisar o máximo pos-
sível de documentos do Movimento e artigos da Carta Mensal
após 1988 (Segunda Inspiração). Com relação aos documen-
tos do Movimento, procuramos consultar alguns que conside-
ramos fundamentais, escritos anteriormente ao ano de 1988,
como, por exemplo, o próprio Estatuto.
Antes de entrarmos no assunto proposto, cremos que seria
bastante interessante nos determos por um instante em alguns
pontos que são fundamentais para a boa vivência do Carisma
e da Mística do Movimento, bem como para a manutenção
de sua Unidade.
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2
PONTOS FUNDAMENTAIS
PARA A UNIDADE
2.1 Relativos ao Movimento:
2.1.1 0 Movimento das Equipes de Nossa Senhora, embora
tenha Nossa Senhora como patrona, não é um movi-
mento Mariano, mas sim Cristocêntrico e da Igreja.
2.1.2 As responsabilidades exercidas no Movimento, sempre
em casal, se caracterizam pela transitoriedade e gratui-
dade no serviço a ele e às Equipes.
2.2 Relativos às Equipes:
2.2.1 São comunidades de 5 a 7 casais e um Conselheiro
Espiritual, que se encontram ao menos uma vez por
mês, em uma reunião constituída de momentos de:
Oração, Partilha, Coparticipação, Reflexão (Estudo)
e Refeição.
2.2.2 Têm seus trabalhos e decisões definidos em Colegiado,
nos diversos níveis de responsabilidade na estrutura
do Movimento.
2.3 Relativos aos participantes:
2.3.1 Os casais participantes são unidos pelo Sacramento do
Matrimônio e mantêm fidelidade ao Carisma fundador
e à Carta Fundacional (Estatuto) do Movimento.
2.3.2 Apoiam-se na vivência da Vida de Equipe, Pontos
Concretos de Esforço e Orientações de Vida propostos
pelo Movimento.
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2.3.3 Rezam diariamente a oração do Magnificat, para
que Nossa Senhora, patrona das equipes, interceda
pelos casais e conselheiros espirituais equipistas do
mundo todo.
2.3.4 Recebem e leem mensalmente a Carta Mensal das
Equipes de Nossa Senhora.
2.3.5 Devem ter conhecimento dos documentos funda-
mentais do Movimento (“Guia das Equipes de Nossa
Senhora” - onde se encontram os anexos: “Estatuto
das Equipes de Nossa Senhora”, “O que é uma Equipe
de Nossa Senhora”, “A Segunda Inspiração” - “Mística
dos Pontos Concretos de Esforço e Partilha” e “A
Responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora”).
2.3.6 Dão cada ano, a título de contribuição, o produto de
um dia de rendimento do casal1, para assegurar a vida
material e a expansão do Movimento ao qual devem,
de certo modo, o próprio enriquecimento espiritual.
Desta forma o Movimento possui uma expansão sus-
tentada, traduzida pela fiel transmissão da sua meto-
dologia e pedagogia.
1 No Brasil, o Colegiado Nacional, em agosto de 2000, oficializou o critério de
se dividir essa quantia por 10 (dez), sendo que 02 (duas) ficam no Setor/ Pré-
Setor e 08 (oito) são remetidas para a administração nacional do Movimento
(Secretariado), nos meses de março a junho e agosto a novembro
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3
CARISMA
3.1 Citações2:
3.1.1 Em uma conferência proferida aos Casais Responsáveis
Regionais da Europa, Padre Caffarel fez algumas coloca-
ções que a seguir transcrevemos de maneira resumida:
“O Carisma Fundador das Equipes de Nossa Senhora. O que
se deve entender por carisma fundador? É uma inspiração do
Espírito Santo, que será como um dinamismo que há de con-
duzir a instituição durante todo o seu desenvolvimento e lhe
permitirá cumprir a sua missão.
Será necessário resumir os elementos do carisma fundador,
tais como foram se revelando no decurso destes anos? Pois
assim o farei. E vejo sete:
• O casamento é uma obra de Deus, a obra-prima de Deus.
• O casamento tem uma alma, que é o amor. E esquecer
o amor é condenar o matrimônio.
• O homem e a mulher não podem ser fiéis ao amor sem
o auxílio de Cristo. Foi por isso que Ele instituiu o sacra-
mento do Matrimônio, que é preciso aprofundar.
• Os cristãos casados, tais como os outros, como os fra-
des, são chamados à santidade. Foi uma descoberta
bastante original, porque ainda não tinha havido o
2 Para efeito deste trabalho, que é o de se tentar uma definição clara para o
significado do termo “Carisma das Equipes de Nossa Senhora”, iremos apenas
“pinçar” trechos das referidas citações que poderiam de alguma forma nos ajudar
nesta tarefa. Portanto, para uma melhor compreensão do pensamento do(s)
autor(es), sugerimos que sejam consultados os referidos artigos no seu original.
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Concílio e foi aí que se insistiu muito sobre o apelo dos
leigos à santidade.
• A vida conjugal comporta grandes riquezas e também
grandes exigências.
• É necessário, é indispensável elaborar uma espirituali-
dadedo casal. Não pode ser a espiritualidade do celiba-
tário ou do frade.
• Não se pode viver isso senão com a ajuda de um
Movimento, que oriente os pensamentos e enqua-
dre a vida”.
A seguir, Padre Caffarel menciona aspectos menos bem vistos
do carisma fundador, como o amor e a abnegação, a sexua-
lidade no matrimônio, bem como a missão das Equipes de
Nossa Senhora. Neste ponto ele faz uma menção que con-
sideramos importante para o bom entendimento do caris-
ma das Equipes de Nossa Senhora: “Penso que na Igreja não
devemos contentar-nos com falar do matrimônio e de amor;
é preciso falar do casal. Atenção, portanto, à maneira como
falamos das Equipes de Nossa Senhora. Antigamente falava-
-se de um Movimento de famílias “menages” — essa palavra
já não se pode admitir; falava-se de um Movimento de lares
“foyers” — é um pouco vago; trata-se verdadeiramente de
um Movimento de casais “couples” e é essa a grande afirma-
ção que devemos levar para a igreja”. (grifo nosso, pois mais
tarde voltaremos ao assunto quando abordarmos a questão
da Espiritualidade Conjugal).
Por fim, ele menciona aspectos do carisma fundador que nem
sequer poderiam ter sido vistos, como uma necessidade de
catequese inicial para muitos casais que entraram nas equipes;
o trabalho com aqueles casais que estão há 10, 20, 30 anos
ou mais no Movimento e que querem ir mais longe; a questão
da multiplicação dos métodos e processos de contracepção;
e, por último, o desafio de ter a bondade de ajudar os casais
das Equipes de Nossa Senhora a bem envelhecerem, para bem
morrerem, para bem viverem a sua viuvez.
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“... atrevo-me a crer, hoje, que, na origem das Equipes de
Nossa Senhora, houve um carisma fundador”. “E só hoje,
após 40 anos, perante o desenvolvimento das equipes, que eu
penso que, em 1939, com os quatro primeiros casais, houve
outra coisa, além de uma boa ideia”.
Padre Caffarel salienta claramente a necessidade de não se
perder o carisma fundador. Temos de voltar sempre à fonte,
acolher as necessidades e os valores atuais na medida em que
são assimiláveis, e depois encarar uma prospectiva.
3.1.2 Jean e Annick Allemand4, que durante muitos anos
foram membros da Equipe de Responsáveis da França, e
autores da obra de compilação de textos do padre Henri
Caffarel para o livro “A Missão do Casal Cristão — sur-
gimento e caminhada das Equipes de Nossa Senhora”,
assim explicam o “descobrimento” do carisma das
Equipes de Nossa Senhora:
“Da desordem de ideias atiradas sobre a mesa, emerge uma
constante: o amor, mais concretamente, o amor no matrimô-
nio. Santificado por um sacramento. Imagem do amor trini-
tário. Fonte de santidade e de fecundidade. Desta forma, vai
surgindo a intuição central que irá dar como fruto o que se
chamará de “espiritualidade conjugal”: os casados são cha-
mados à santificação, não apesar do casamento, mas no e
pelo casamento”.
3.1.3 Ao tratar sobre a vocação e a missão das Equipes de
Nossa Senhora, Cidinha e Igar Fehr retomam a confe-
rência acima, e assim se reportam sobre a inspiração do
Espírito Santo, dinamismo para o Movimento: “A voca-
ção das Equipes de Nossa Senhora é ajudar os casais a
se santificarem, ou seja, a viver cristãmente as realida-
des conjugais e familiares, ou melhor ainda, a viver, no
estado de casados, todas as exigências da vida cristã”5.
3.1.4 No documento lançado pela ERI por ocasião do Encontro
de Lourdes6 lê-se: “Alguns aspectos do carisma funda-
dor ainda não foram desenvolvidos em profundidade
...”. Constata-se, por exemplo, que:
–9–
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• o primeiro aspecto, que não foi bem explicitado na
pedagogia do Movimento, é que o amor sozinho não
é o único fator de perfeição para o casal: a abnegação
também é necessária;
• o segundo aspecto é que o Movimento não aprofundou
suficientemente o sentido humano e o sentido cristão
da sexualidade;
• o terceiro aspecto diz respeito à importância da missão
das Equipes de Nossa Senhora na Igreja.
3.1.5 Álvaro e Mercedes Gomez-Ferrer, ex-casal responsá-
vel internacional do Movimento, assim se pronunciam
sobre o carisma das Equipes de Nossa Senhora7:
“As Equipes de Nossa Senhora receberam, na altura de sua
fundação há mais de 50 anos, um Carisma do Espírito Santo.
O próprio Padre Caffarel que é muito prudente nestas afir-
mações dizia-nos, durante uma conversa privada que tivemos
há 3 anos, mais ou menos, estas palavras: ‘Agora, depois de
todo este tempo, devo reconhecer que na criação das Equipes
existiu qualquer coisa mais para além da minha inspiração e
da dos primeiros casais. Houve uma inspiração do Espírito’”.
“Cada carisma é uma vocação, um chamamento e contém,
implicitamente, uma missão”.
“Os carismas estão ao serviço do Amor. E sucedem-se na his-
tória como resposta às necessidades de cada momento. As
Equipes de Nossa Senhora são uma resposta ainda hoje?”.
“O nosso Movimento tem ainda a cumprir a parte mais impor-
tante da sua missão”.
3.1.6 Novamente Cidinha e Igar, ao escreverem sobre
“Orientações de Vida”8, retornam ao tema do
Carisma Fundador:
“E o que se deve entender por carisma fundador? É ainda o
próprio Pe. Caffarel que nos diz: ‘Carisma fundador é algo
muito diferente de uma boa ideia, de uma ideia edifican-
te; é uma inspiração do Espírito Santo, que será como um
dinamismo que há de conduzir a instituição durante todo
– 10 –
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o seu desenvolvimento e lhe permitirá cumprir a sua mis-
são’. Carisma fundador é, pois, uma inspiração do Espírito
Santo. Isto significa que as Equipes de Nossa Senhora sur-
giram por uma intervenção do Espírito, significa que na ori-
gem das Equipes de Nossa Senhora há um chamado de Deus,
uma vocação. Deus vocaciona, Deus chama os casais e lhes
concede um dom, lhes confia um carisma para a santificação
própria”.
“Mas, carisma é um ‘favor’ concedido pelo Espírito Santo
a membros da comunidade cristã, para o bem de toda a
comunidade”.
“Somos chamados a viver uma espiritualidade conjugal”.
3.1.7 Em sua palestra, na Sessão de Formação Internacional
de Fátima, Mercedes e Álvaro 9 retomam o assunto
do carisma:
“O chamamento à responsabilidade: um apelo a um amor
maior, um apelo ao serviço de um carisma do Espírito”.
“No momento de seu aparecimento na Igreja, as Equipes de
Nossa Senhora receberam um carisma. Um carisma é um dom
de Deus, ao serviço de seu Amor na Igreja e no mundo. Este
dom é uma resposta adequada para cada necessidade histó-
rica. Os carismas nascem, agem e desaparecem. O amor, este
não passa jamais. O carisma das Equipes de Nossa Senhora
ainda, e mais do que nunca, está vivo, atuante, necessário
na Igreja e no mundo. Um carisma, um dom, não pode ser
manipulado. Isto significaria que acreditamos saber mais do
que o Espírito de Deus. Precisamos ter humildade e respeito
diante deste dom. Por outro lado, só poderemos fazer qual-
quer coisa se nos ‘inserirmos no impulso interior’ do carisma,
se aprofundarmos o que há de especial nele. Foi o Espírito de
Deus que deu força ao carisma das Equipes de Nossa Senhora.
Nada faremos se formos procurar em outro lugar. É por esta
razão que devemos conhecer bem, pensar bem, viver bem
os elementos deste carisma, para que nossa responsabilida-
de dê frutos”.
– 11 –
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3.1.8 Um conselheiro de equipe assim se expressou para veri-
ficarmos se as nossas equipes, como uma comunidade
de leigos, está sendo a manifestação de um carisma do
Espírito Santo:10
“O papa oferece os seguintes critérios:
• O grupo conduz seus membros a serem mais santos; há
um crescimento da vida cristã e da caridade;
• O grupo estuda, professa e expressa a fé. É uma mani-
festação da Igreja;
• Dá testemunho de comunhão com o papa, com os
bispos e com os planos pastorais; não é uma igreji-
nha à parte;
• Tem espírito apostólico, faz evangelização, isto é, faz
Cristo conhecido, amado, seguido;
• É envolvido e engajado na sociedade humana, con-
tribuindo com soluções, sem omissões, indiferença
ou preguiça;
• Existem sinais concretos de oração (pessoal e
litúrgica), um florescimento de vocações e de atividades na
Igreja e no mundo, um estudo da fé, maior presença social,
um espírito de renúncia e uma simplicidade evangélica no
uso do dinheiro e dos bens materiais, mais amor e caridade
para com todos, a conversão de pessoas de outras religiões
e o retorno de ‘filhos pródigos’”.
3.1.9 Para finalizar esta série de citações, vamos nos
reportar ao documento que trata do reconhecimen-
to, por parte da Igreja, do Movimento das Equipes
de Nossa Senhora: 11
• Pontificium Consilium Pro Laicis — Decreto de
Reconhecimento:
“As Equipes de Nossa Senhora, que se colocaram sob o patro-
cínio de Nossa Senhora — porque “não há melhor guia para
levar a Deus do que a própria Mãe de Deus” — querem ser um
Movimento de espiritualidade, agregando casais que querem
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caminhar para a santidade no e pelo casamento, graças à
incorporação concreta de uma “espiritualidade conjugal” na
vida do casal, com o auxílio de uma equipe”. (Eduardo F.
Cardeal Pironio — Presidente).
• Estatutos Canônicos das Equipes de Nossa Senhora:
“... desde a origem as Equipes de Nossa Senhora quiseram
ser um “Movimento de Espiritualidade e não meramente um
grupo amistoso de casais cristãos desejosos de escapar do
isolamento, nem um Movimento familiar ou um Movimento
de ação católica”.
“Fica claro, portanto, que a intuição central das primei-
ras reuniões, que irá dar origem ao que se chamará de
“Espiritualidade Conjugal”, é que os casais unidos pelo sacra-
mento do Matrimônio são chamados a santificar-se não ape-
sar de seu casamento, mas dentro e por meio dele”.
“Da denominação e da qualificação: O nome oficial do
Movimento... Acrescenta-se a ela, em subtítulo, quando cou-
ber: ‘Movimento de Espiritualidade Conjugal’”.
3.2 Definições de Carisma:
3.2.1 “Força divina conferida a uma pessoa, mas em vista da
necessidade ou utilidade da comunidade religiosa”12.
3.2.2 “É geralmente traduzido por “dom do Espírito”. Os
carismas são forças permanentes ou transitórias que
Deus, pelo seu Espírito, dá ao homem. Em sentido mais
estrito, entende-se por carisma uma força especial, dada
ao cristão individual por via não sacramentai, visando
principalmente ao bem do próximo, para a construção
da Igreja. Carismas, em sentido estrito, são manifesta-
ções extraordinárias do Espírito Santo, dadas a membros
individuais das comunidades cristãs para benefício dos
outros, sobretudo para a expansão do cristianismo”13.
3.2.3 “Graças especiais chamadas de carismas, através das
quais o Espírito Santo ‘torna os fiéis aptos e prontos
a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios, que
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contribuem para a renovação e maior incremento da
Igreja’ “14.
3.2.4 “Sejam extraordinários, sejam simples e humildes, os
carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou
indiretamente, têm uma utilidade eclesial, ordenados
que são à edificação da Igreja, ao bem dos homens e
às necessidades do mundo”15.
3.2.5 “Os leigos podem também sentir-se chamados ou vir a
ser chamados para colaborar com os próprios pastores
no serviço da comunidade eclesial, para o crescimento
e a vida da mesma, exercendo ministérios bem diversi-
ficados, segundo as graças e os carismas que o Senhor
quiser depositar neles”16.
3.2.6 “Na comunhão da Igreja, o Espírito Santo ‘distribui
também entre os fiéis de todas as ordens as graças
especiais’ para a edificação da Igreja. Ora, ‘cada um
recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade
de todos’”17.
3.2.7 “A graça é, antes de tudo e principalmente, o dom
do Espírito que nos justifica e nos santifica. Mas a gra-
ça compreende igualmente os dons que o Espírito nos
concede para nos associar à sua obra, para nos tornar
capazes de colaborar com a salvação dos outros e com
o crescimento do corpo de Cristo, a Igreja. São as gra-
ças sacramentais, dons próprios dos diferentes sacra-
mentos. São, além disso, as graças especiais, designadas
também carismas, segundo a palavra grega emprega-
da por S. Paulo, e que significava favor, dom gratuito,
benefício. Seja qual for o seu caráter, às vezes extraor-
dinário, como o dom dos milagres ou das línguas, os
carismas se ordenam à graça santificante, e têm como
meta o bem comum da Igreja. Acham- se a serviço da
caridade que edifica a igreja”18.
3-2.8 “Carisma — Deus encomendou à Igreja o poder de
colaborar na sua própria edificação. O dever e a possibi-
lidade de fazê-lo incumbe a todos e a cada um de seus
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membros. Para este fim ordena Deus de maneira par-
ticular a instituição da hierarquia e multiplica as graças
particulares aos indivíduos, independentemente de que
tenham ou não funções hierárquicas. A estas graças se
denominam carismas”19.
3.3 Conclusão:
Pelas inúmeras colocações feitas acima, podemos definir os
seguintes pontos:
• O carisma das Equipes de Nossa Senhora é a
“Espiritualidade Conjugal”.
• O documento de reconhecimento pela Igreja aprova o
Estatuto Canônico das Equipes de Nossa Senhora, onde
se lê: “Artigo Io — Da denominação e da qualificação. O
nome oficial do Movimento é: “Equipes Notre Dame”,
por abreviação, END. Esta denominação é comum para
o conjunto do Movimento, sem prejuízo do uso de tra-
duções oficiais (No Brasil, Equipes de Nossa Senhora -
ENS). Acrescente-se a ela, em subtítulo, quando couber:
“Movimento de Espiritualidade Conjugal”.
• Esse carisma comporta diversos aspectos, muitos deles
bem compreendidos e vivenciados desde o seu início;
outros não tão bem compreendidos, mas que vão se
descobrindo no passar dos tempos. Por isso, pode-se
imaginar que talvez outros aspectos venham a ser des-
cobertos no futuro.
• Esses aspectos são agregados em três grandes grupos3,
a saber:
• Os inerentes ao casal
• Os inerentes à comunidade
• Os inerentes à missão
3 Vide maiores detalhes ao final da página 22, em Conclusões.
– 15 –
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4
MÍSTICA
4.1 Citações
4.1.1 0 primeiro documento a recorrermos é o próprio
Estatuto das Equipes de Nossa Senhora20:
“Mística das Equipes
Auxílio Mútuo: Os casais... esforçam-se em aprofundar os
próprios conhecimentos religiosos e em avaliar as exigências
de Cristo... É em comum que realizam este esforço.... os casais
auxiliam-se mutuamente no estudo, assim também o fazem
na oração. Rezam uns com os outros. Rezam uns pelos outros.
... esmeram-se em não perder de vista a presença de Cristo
entre eles... praticam entre si o auxílio mútuo tanto no plano
material como no plano espiritual...
Testemunho:... os não crentes serão ganhos para Cristo se
virem os casais cristãos amarem-se realmente e auxiliarem-se
mutuamente na procura de Deus e no serviço prestado aos
seus irmãos. Assim, o amor fraterno, ultrapassando o auxílio
mútuo, torna-se testemunho”.
4.1.2 No trabalho já mencionado anteriormente de Jean e
Annick Allemand, sobre as “Origens das Equipes de
Nossa Senhora”, ao comentarem sobre os Estatutos,
eles assim escreveram: “Após o preâmbulo, que desen-
volve magnificamente o objetivo a que o Movimento se
propõe, sua mística e sua disciplina são descritas com
precisão”. Comentando ainda, neste mesmo trabalho, o
“A Deus” do padre Caffarel, assim escreveram: “Nem o
preâmbulo nem a ‘Mística das Equipes’ foram tocados.
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Os ajustes se referiram à ‘disciplina’ e à ‘estrutura das
Equipes’”.
4.1.3 Padre Caffarel, em 1959, assim se pronunciou:21
“Outro grande auxílio oferecido pelas Equipes: o auxílio
mútuo. A mística do auxílio mútuo, as obrigações de auxílio
mútuo: entre esposos, entre casais, entre equipes”.
4.1.4 Em outro documento mais recente, intitulado “O
Espírito e as Grandes Linhas do Movimento”22 encon-
tramos as seguintes colocações:
“Eis, assim, a mística das Equipes de Nossa Senhora: a mística
do Cristo comunitário, assumindo a nossa reunião”.
“... eis outra força motriz que alimenta a fraternidade dentro
da Equipe, dentro do Movimento. O espírito de cooperação e
auxílio mútuo,... eis mais um aspecto da mística das Equipes
de Nossa Senhora. A fé na presença do Cristo comunitário
assumindo a nossa equipe; a fé no poder do auxílio mútuo
fraternal manifestando-se na vivência do espírito de coope-
ração e auxílio mútuo, eis no seu conjunto a ideia-força, a
ideia-motriz, a mística das Equipes de Nossa Senhora, capaz
de impulsionar para grandes realizações”
Ao final deste capítulo é mencionado o “testemunho”, mas
não o destacando como parte da mística, e sim como con-
sequência. “Então, esta vivência habitual da caridade no lar,
na equipe, no trabalho, na sociedade, tornar-se-á testemu-
nho, a primeira, a mais simples e fácil, a mais incisiva forma
de apostolado, da qual ninguém se pode eximir, à qual nin-
guém é indiferente”.
4.2 Definições de Mística:
4.2.1 “O estudo das coisas divinas ou espirituais; vida religio-
sa e contemplativa; crença ou sentimento arraigado de
devotamento a uma ideia; essência doutrinaria”23.
4-2.2 O Catecismo da Igreja Católica assim coloca: “O pro-
gresso espiritual tende à união sempre mais íntima com
Cristo. Esta união recebe o nome de ‘mística’, pois ela
– 17 –
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participa no mistério de Cristo pelos sacramentos — ‘os
santos mistérios’ — e, nele, no mistério da Santíssima
Trindade. Deus chama-nos a todos a esta íntima união
com ele, mesmo que graças especiais ou sinais extraor-
dinários desta vida mística sejam concedidos apenas a
alguns, em vista de manifestar o dom gratuito feito a
todos”24.
4.2.3 No acima citado livro “O Espírito e as Grandes Linhas do
Movimento” (vide Relação de Literatura n° 22), encon-
tramos a seguinte definição: “Apalavra ‘mística’, de
acordo com a etimologia, está ligada a mistério. Daí,
talvez, a dificuldade de compreender — e explicar — em
que consiste a mística das Equipes. Mística é uma força,
uma ideia-motriz, um leitmotiv (motivo condutor) que
inspira, impulsiona e dá força a alguém. É algo em que
se acredita e em que se aposta tudo. É algo que não se
vê, mas que é uma realidade”.
4.2.4 É o espírito que dá sentido a uma proposta de vida,
a intuição que descobre o que está oculto ao pensa-
mento humano, a orientação que leva uma vida normal
a se transformar em uma procura da comunhão com
Deus”25.
4.3 Conclusão:
A mística das Equipes de Nossa Senhora é a presença do Cristo
na comunidade (equipe), o auxílio mútuo e o testemunho.
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5
ESPIRITUALIDADE
DO MOVIMENTO
Afinal, somos um “Movimento de Espiritualidade Conjugal” ou
somos um “Movimento de Espiritualidade Conjugal e Familiar?”
5.1 Citações:
5.1.1 Padre Caffarel assim se exprime em palestra proferida
em 1959:26
Comentando sobre os inícios do Movimento, diz ele que a segun-
da fase tem início em Paris, em 1940. “Foi aí que surgiu o que se
chama: “Espiritualidade conjugal e familiar”, ou ainda, “A espiri-
tualidade do cristão casado”. A expressão faz sucesso, ainda que
esconda um equívoco. Ela pode traduzir-se por como viver de
maneira cristã as realidades conjugal e familiar? Ou como viver,
em estado matrimonial, todas as exigências da vida cristã? Vocês,
membros das Equipes de Nossa Senhora, sabem que optamos
pela segunda interpretação”. No seu já citado “A Deus” ele irá
mencionar que “De 1940 a 1945 elaborou-se o que depois veio
a ser chamado de espiritualidade conjugal e familiar”.
5.1.2 Em palestra proferida no Encontro Internacional de
Fátima27, o Padre Manuel Iceta assim se posicionou:
“Os esposos são uma presença específica de Cristo no meio
de homens e mulheres de cada época da história. Esta presen-
ça específica dos esposos vive-se na espiritualidade conjugal”.
“Espiritualidade significa antes de mais aquilo que orienta as nos-
sas vidas, as nossas referências de base. Significa, sobretudo, a
aceitação do Espírito de Deus nas nossas vidas. Existe, portanto,
uma espiritualidade conjugal que orienta a vida dos casais. Mas
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poderemos também falar de uma espiritualidade familiar? Falar
de espiritualidade familiar é falar de dimensão específica da espi-
ritualidade conjugal: a da fecundidade... É falar de uma única e
mesma realidade, vista de ângulos diferentes. A espiritualidade
conjugal encerra em si a espiritualidade familiar. Se assim não
fosse, ficaria mutilada no que lhe é mais específico: a fecundi-
dade. As Equipes de Nossa Senhora, ‘peritas’ em espiritualidade
conjugal e entreajuda — é este o seu carisma, o dom de Deus
que lhes é próprio — são inevitavelmente ‘peritas’ em família”.
5.1.3 Retomando as palavras de Mercedes e Álvaro Gomez-
Ferrer28, comentando sobre qual é, atualmente, a voca-
ção do Movimento, achamos interessante reproduzir
alguns pontos por eles colocados:
“Ser o que somos: um Movimento de Espiritualidade Conjugal”.
“Normalmente, cada ser humano, mais ou menos consciente,
tem o seu próprio projeto de vida. No casal, homem e mulher
podem prosseguir individualmente o seu próprio caminho,
mas quando nos casamos, é preciso saber ultrapassar este
projeto individual e cada um renunciar a um pouco de si mes-
mo para construir um projeto comum. Isto é conjugalidade”.
“Homem e mulher, unidos em Cristo, podem deixar-se levar
pelos acontecimentos da vida, pelos sofrimentos e pelas ale-
grias, podem deixar correr. Mas podem também tentar dar
um sentido à sua vida e construir um projeto de vida conju-
gal e familiar. Mais ainda, podem abrir este projeto à Vontade
de Deus e fazer da Vontade de Deus o projeto de vida do seu
casal. Isto é Espiritualidade”.
“Se queremos ‘viver em casal segundo o Espírito’, viver na
procura da vontade de Deus, é pouco a pouco, através de um
diálogo profundo, da oração e de pequenas renúncias, que
iremos orientar as nossas vidas segundo o plano de Deus”.
“É esta a espiritualidade conjugal proposta pelo Movimento:
conhecer a Vontade de Deus para o casal e encarná-la na
nossa vida concreta. Esta espiritualidade retira a sua força
da Graça do sacramento do Matrimônio. Trata-se da nos-
sa identidade”.
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5.1.4 Em artigo já mencionado anteriormente (Orientações
de Vida — Carta Mensal n° 305 — Nov/94), Cidinha e
Igar, ao comentarem sobre a nossa missão, dizem que
“somos chamados a viver uma espiritualidade conjugal.
Viver uma espiritualidade conjugal, isto é, adequarmos
nossa vida pessoal, conjugal e familiar ao projeto de
Deus. E isto implica em mudança de atitudes, em con-
versão, o que requer muito esforço, persistência e uma
busca contínua”.
5.1.5 Dona Nancy, em artigo especial para a Carta Mensal
29
, assim se expressou sobre a Espiritualidade Conjugal,
comentando palavras do próprio padre Caffarel:
“E acrescentava, com firmeza e a convicção que nele sem-
pre encontramos, a frase que aponta e define, ainda hoje e
sempre, os caminhos do Movimento: o seu objetivo essencial
é ajudar os casais a tender para a santidade, nem mais nem
menos”. Comenta ainda que o próprio Padre Caffarel nas
suas conferências, nos seus escritos, nos seus livros que são
muitos, sempre estimulou os casais a cultivar a espiritualidade
conjugal. E definiu esta espiritualidade com palavras simples,
ao alcance de todos, dizendo-nos: ‘A espiritualidade conju-
gal, segundo o conceito das Equipes de Nossa Senhora, é a
arte de viver no estado do casamento, toda uma vida cristã
conforme os desígnios de Deus”’.
5.1.6 Retomando um outro artigo da Carta da ERI30 escrita por
Cidinha e Igar, ao escreverem sobre o falecimento do
Padre Caffarel, lembravam algumas de suas colocações:
“E, então, pareceu-nos necessário elaborar uma espirituali-
dade de cristãos casados, porque era evidente que o ensina-
mento corrente da Igreja era o de uma espiritualidade para
padres e religiosos”.
“Padre Caffarel nos diz também: ‘A ciência e a arte de se
santificar no sacerdócio e pelo sacerdócio é a espiritualidade
sacerdotal; a arte e a ciência de se santificar no casamento,
isto é, a arte de viver, como pessoas casadas, uma vida cristã
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em conformidade com os desígnios de Deus é a espirituali-
dade conjugal’”.
“Assim, pouco a pouco, pela inspiração e pesquisa do Pe.
Caffarel com os primeiros casais e, sobretudo, por obra do
Espírito Santo, as Equipes de Nossa Senhora foram-se cons-
tituindo como um Movimento de espiritualidade conjugal”.
5.1.7 Para encerrarmos nossas citações, gostaríamos de reto-
mar o item 5.1.1., com as colocações do Padre Caffarel
em 1959 e compará-las com suas próprias palavras em
maio de 1987, no trecho por nós grifado, das suas colo-
cações aos regio-nais europeus (item 1.1.1.), bem como
com as seguintes palavras pronunciadas pelo Padre
Olivier, em Fátima31, logo na abertura de sua conferên-
cia sobre a família no centro da missão da Igreja:
“Ao iniciar esta última conferência, creio não ser demais lem-
brar que o Movimento das Equipes de Nossa Senhora é um
Movimento de casais. E faço-o, porque li na imprensa a pro-
pósito do tema que aqui nos reúne que, a partir de agora, as
Equipes de Nossa Senhora deixaram de privilegiar a espiritua-
lidade conjugal para se converterem à espiritualidade familiar.
Não! É uma conversão que não desejamos. Na Igreja, existem
muitos Movimentos e Associações que estão centrados na
família, na educação dos filhos etc., mas existem muito pou-
cos orientados para o casal. Não é o momento de renunciar à
nossa identidade nem à nossa vocação espe cífica. Somos um
Movimento de casais. Mas o casal é o fundamento da família
e estamos bem conscientes desse fato. Ao refletirmos aqui na
missão da família, em comunhão com toda a Igreja e com a
sociedade civil, não mudamos de orientação, mantemos fir-
memente a nossa vocação”.
5.2 Conclusão:
As Equipes de Nossa Senhora são um Movimento de
Espiritualidade Conjugal.
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6
CONCLUSÕES DO
PRESENTE DOCUMENTO
Resumindo as implicações entre estes três elementos, Carisma,
Mística e Espiritualidade do Movimento, poderíamos dizer:
O Carisma (dom) comporta um Ser (vocação) e um Fazer
(missão) impulsionados pela Mística (auxílio mútuo e teste-
munho, tendo o Cristo como referencial). Assim, as Equipes
de Nossa Senhora têm um carisma cujo Ser (vocação) é a
Espiritualidade Conjugal. O seu Fazer (missão) se realiza em
três aspectos, a saber:
• Em casal, no auxílio mútuo e no testemunho da vivência
dos Pontos Concretos de Esforço, na busca da coerên-
cia entre a fé que professam e suas vidas do dia a dia;
• Em comunidade, na família por primeiro e na equipe
por excelência, no auxílio mútuo, na vida de equipe e
nos momentos de oração, de coparticipação, de refle-
xão (estudo) e, principalmente, na partilha dos Pontos
Concretos de Esforço;
• Na Igreja e no mundo, através de sua missão de casal
batizado, com a graça do sacramento do Matrimônio e
o auxílio mútuo de sua equipe e do Movimento, vivendo
de maneira coerente a sua fé e a sua vida, no trabalho,
no engajamento apostólico e, principalmente, entre os
mais abandonados da sociedade.
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Bibliografia
1. Malroux, Jean-Claude e Jeanine, Envio — Carta Mensal n° 9, Dezembro de
1988 — Edição Especial de Lourdes — p. 52
2. Equipes de Nossa Senhora, A Responsabilidade nas Equipes de Nossa Senhora,
edição 2000, p. 28 e 29
3. Caffarel, Pe. Henri — Conferência proferida em 3 de maio de 1987, na reunião
dos responsáveis regionais da Europa, em Chantilly
4. Allemand, Jean e Annick — As Origens das Equipes de Nossa Senhora — No livro
“A Missão do Casal Cristão “ de Henry Caffarel, p. 6 e 7
5. Fehr, Cidinha e Igar — Vocação e Missão das Equipes de Nossa Senhora — Carta
Mensal n° 2, Abril de 1988, p. 2
6. ERI — Segunda Inspiração — Lourdes 1988 — p. 3 e 4
7. Gomez-Ferrer, Mercedes e Álvaro — A Vocação e Missão das Equipes de Nossa
Senhora no Mundo de Hoje — Carta Mensal n° 303 — Especial: Fátima —
Setembro de 1994, p. 46 a 48
8. Fehr, Cidinha e Igar — Orientações de Vida — Carta Mensal n° 305 — Novembro
de 1994, p. 2 e 3
9. Gomez-Ferrer, Mercedes e Álvaro — O Sentido da Responsabilidade — Carta
Mensal n° 304 — Outubro de 1994, p. 29 e 30
10. Kirchner, CSsR, Padre Luís — A Missão e Espiritualidade dos Leigos —Carta
Mensal n° 320 — Agosto de 1996, p. 13
11. ERI — Equipes de Nossa Senhora: Reconhecimento pela Igreja — 1993
12. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
13. Dicionário Enciclopédico da Bíblia
14. Catecismo da Igreja Católica n° 798
15. Ibid n° 799
16. Ibidn°910
17. Ibid n° 951
18. Ibid n° 2003.
19. Dicionário de Espiritualidade — Tomo Primeiro — Barcelona, Editorial Herder,
1983, p. 329
20. Carta das Equipes de Nossa Senhora (Estatutos), p. 3 e 4
21. Caffarel, Henri — Vocação e Itinerário das Equipes de Nossa Senhora — No livro
“A Missão do Casal Cristão” de Henri Caffarel, p. 58
22. ERI — O Espírito e as Grandes Linhas do Movimento — 1978, p. 10 e 11
23. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
24. Catecismo da Igreja Católica — n° 2014
25. Gomez—Ferrer, Mercedes e Álvaro —• Pontos Concretos de Esforço e Partilha
— Ed. Novembro de 1995, p. 1
26. Caffarel, Henri — Vocação e Itinerário das Equipes de Nossa Senhora — Ibid., p. 52
27. Iceta, s.m., padre Manuel — para Uma Espiritualidade da Família — Carta Mensal
n° 303 — Especial: Fátima/94, p. 20 e 21
28. Gomez-Ferrer, Mercedes e Álvaro — A Vocação e a Missão das Equipes de Nossa
Senhora no Mundo de Hoje — Carta mensal n° 303 — Setembro de 1994 —
Especial: Fátima/94, p. 48
29. Moncau, Nancy Cajado — As Equipes de Nossa Senhora no Brasil —Carta Mensal
n°309 — Maio de 1995, p. 20
30. Fehr, Cidinha e Igar—Carta da ERI — Carta mensal n° 324 — Dezembro de 1996, p. 6
31. Olivier, op. Padre Bernard — A Família no Centro da Missão na Igreja — VIII
Encontro Internacional das Equipes de Nossa Senhora — Fátima — 94
– 24 –
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