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Lesà Es Elementares

O documento aborda a semiologia dermatológica, detalhando lesões elementares como máculas, alterações vasculares, púrpura, lesões sólidas, líquidas e de continuidade, além de caducas e sequelas. Também discute aspectos clínicos, fenômenos dermatológicos, semiologia armada e alterações em anexos cutâneos. O texto enfatiza a importância da descrição precisa das lesões, incluindo tamanho, localização e características específicas.

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Vinícius Lara
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Lesà Es Elementares

O documento aborda a semiologia dermatológica, detalhando lesões elementares como máculas, alterações vasculares, púrpura, lesões sólidas, líquidas e de continuidade, além de caducas e sequelas. Também discute aspectos clínicos, fenômenos dermatológicos, semiologia armada e alterações em anexos cutâneos. O texto enfatiza a importância da descrição precisa das lesões, incluindo tamanho, localização e características específicas.

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Semiologia dermatológica e

lesões elementares
David Parente
1 - Mácula
- Alteração de cor, sem relevo;
• Melânica: a/hipo/hipercrômica;
• Pigmento endógeno: xantocromia (caroteno),
icterícia;
• Pigmento exógeno: clofazimina (escurecimento),
antimalárico (amarelado), amiodarona
(acinzentado);
Nota: nessas lesões não deixar de descrever limites
(precisos ou imprecisos) + contorno (regular ou
irregular);
Nota: EM TODA LESÃO ELEMENTAR ESPECIFICAR
TAMANHO E LOCALIZAÇÃO
Máculas acinzentadas
por uso de amiodarona

Máculas acrômicas
2 - Alteração vascular
- Transitória: ocorrem alterações de ordem
funcionais;
• Eritema: maior afluxo de sangue arterial;
• Enantema: “eritema” em mucosa;
• Exantema: extenso; se for de escalatina é dito
escarlatiniforme (caracteristicamente com palidez
perioral – sinal de Filatov); morbiliforme;
• Cianose: Hb reduzida em concentração maior que
5%; quando a causa é cardiopulmonar é dito central;
periférico se dá por alterações circulatórias;
• Cianema: cianose em mucosa;
Cianose periférica

Exantema morbiliforme Exantema escarlatiniforme


2 - Alteração vascular
- Permanente:
• Proliferação vascular: angioma em vinho do
porto, angioma rubi e hemangioma;
• Dilatação vascular: telangiectasias;
• Constrição vascular funcional: nevo anêmico
(não fica vermelho mesmo sob fricção; se dá
por ação de catecolaminas);
Nevo anêmico (branco mesmo após
fricção)

Telangiectasias
3 - Púrpura
- Extravasamento sanguíneo dérmico (pigmento
hemático);
• Petéquia: puntiforme;
• Víbice: linear e traumática;
• Equimose: lençol;
• Hematoma: grandes coleções;
Petéquias

Equimose

Víbices e petéquias
4 - Conteúdo sólido
- Lesões circunscritas decorrentes de acúmulo
de células ou espessamento cutâneo;
• Pápula: acúmulo de células, superficial
(epiderme, derme papilar ou mistas), <5mm,
não deixa cicatriz;
Placa: 2 ou mais lesões elementares;
Pápulas
4 - Conteúdo sólido
• Tubérculo: infiltração de células mesenquimais na
derme, associada a processos granulomatosos,
endurecida, profunda e >5mm; (MH, TB, sífilis terciária,
leishmaniose, sarcoidose, micoses profundas etc);
• Nódulo: endurecida, dimensões variáveis (grandes) e
em camadas profundas da derme ou ao nível da
hipoderme; podem ser:
- Cistos: nódulos de consistência não endurecida,
superfície lisa e com cápsula;
- Goma: nódulo de evolução dinâmica (endurecimento,
amolecimento, esvaziamento e reparação);
Nódulo
4 - Conteúdo sólido
• Nodosidade/ tumoração: >3cm;
• Vegetação: eflorescência que cresce em função da
hipertrofia das papilas dérmicas (papilomatose);
podem ser:
- Verrucosa: seca e com epiderme íntegra (camada
córnea aumentada);
- Condilomatosa: úmida e com epiderme com camada
córnea normal ou diminuída); áreas de mucosa ou
dobra;
Nota: nessas tipo de lesão não se deve esquecer de
descrever a base da vegetação (séssil ou pediculada);
Vegetação
verrucosa
Vegetação condilomatosa
4 - Conteúdo sólido
• Esclerose: endurecimento às custas da
proliferação de tecido colágeno;
• Ceratose: espessamento da camada córnea;
superfície áspera e esbranquiçada;
• Liquenificação: espessamento de várias camadas
da pele, evidencia os sulcos e é resultado do ato
de coçar cronicamente;
• Infiltração: acúmulo circunscrito ou não de
células de natureza neoplásica ou infecciosa (MH
ou leishmaniose);
Esclerose Liquenificação

Ceratose Infiltração
4 - Conteúdo sólido
• Urtica: exosserose e exocitose às custas da
liberação de aminas vasoativas; são fugazes,
pruriginosas e associadas a mastocitose;
• Seropápula: pápula encima por vesícula ou
bolha;
Urtica
Seropápula
5 - Conteúdo líquido
• Vesícula: circunscritas, <5 mm, conteúdo seroso citrino;
pode se dar por espongiose (eczemas – edema
intercelular) ou balonização (vírus – edema
intracelular);
• Bolha: circunscritas, >5 mm; pode ser intraepidérmica
(por acantólise como no pênfigo – perda da adesão
intercelular e desprendimento das camadas) ou
subepidérmica (penfigoides);
Nota: nas lesões de conteúdo líquido cabe incluir a
coloração ou mesmo o conteúdo (citrino, hemático etc);
Nota: cabe, no caso das bolhas, descrever se são tensas
ou flácidas; flácidas em geral são bolhas que já chegam
estouradas na consulta;
Bolha
Vesículas
5 - Conteúdo líquido
• Pústula: dimensões variáveis com conteúdo
purulento;
• Edema: alteração da consistência e espessura por
acúmulo de líquido ou células, não mediado por
aminas;
- Distúrbio onco-hidrostático: pele normotérmica e
edema que deixa fóvea;
- Insuficiência na rede linfática (linfedema): edema
que não deixa fóvea;
- Inflamação: edema comcalor, rubor e dor;
Edema
Pústula
6 - Solução de continuidade
• Erosão: atinge só epiderme; se de ordem
traumática é dito escoriação;
• Exulceração: atinge até derme papilar;
• Ulceração: atinge toda derme ou mais profundo;
fagedêmica (extensa) e terebrante (profunda);
Nota: nesse tipo de lesão é importante descrever
borda (elevada ou plana), fundo (limpo ou
purulento) e pele em que se assenta;
• Fissura/ rágade: linear e estreita;
• Fístula cutânea: trajeto que comunica;
Erosão

Exulceração

Fissura
Fístula
Ulceração
7 - Caducas
- Tendem à eliminação espontânea;
• Escamas: lamínulas epidérmicas de dimensões
variáveis que se desprendem continuamente;
podem ser pitiriásica (como pó) ou laminares;
Nota: descrever se são secas/úmidas + espessas/
finas;
• Crostas: decorrente de ressecamento de
exsudato seroso ou purulento (melicérica) ou
hemático (hemática);
• Escaras: resultado de necrose tecidual;
Crosta
Escamas

Escara
8 - Sequelas
- Eflorescências indeléveis ora primárias ora
secundárias a outras lesões;
• Atrofia: redução da espessura da pele em
decorrência da redução do tamanho das células;
• Cicatriz: se dá pela proliferação de tecido fibroso
(difere da reparação, pois no caso dela haveria
retorno às características iniciais); pode ser
atrófica (pioderma gangrenoso), hipertrófica e
queloidiana (proliferação fibroblástica ultrapassa
os limites do trauma desencadeante);
Outros aspectos clínicos
• Erupção: monomórfica (herpes simples) ou
polimórfica;
• Tempo: aguda (exsudato, vesícula e eritema), subaguda
(crostas) e crônica (espessas, líquen e escamas);
• Distribuição: simétrica, regional, generalizada etc;
• Organização: linear, zosteriforme, herpetiforme (lesões
de conteúdo líquido agrupadas), agrupadas etc;
• Arranjo: anular (sacoidose, lúpus vulgar), circinada
(dermatofitoses), numular (eczema numular),
serpiginosa (larva migrans), etc;
Fenômenos
• Fenômeno de Köebner (isomórfico): reprodução de lesões
típicas de uma doença num local e com a morfologia de
uma agente traumatizante;
• Fenômeno isotópico de Wolf: aparecimento de uma nova
doença dermatológica no local da ocorrência de uma
doença prévia e já curada e com a qual não guarda relação;
• Resposta isotópica reversa: ausência de lesão de uma nova
doença exatamente no local de uma dermatose prévia;
• Fenômeno da patergia: formação de pústula ou piora das
lesões já existentes aos mínimos traumas; o teste de
patergia consiste na formação de pústula em até 48h após
a injeção de solução salina (pioderma gangrenoso, Behçet);
Köebner: vitiligo onde o sutiã traumatizou Isotópico inverso: sem exantema na região
onde foi acometida com herpes zoster no
passado; Se fosse fenômeno de Wolf
haveria uma nova lesão no local da antiga;
Semiologia armada
• Biópsia: excisional (total) ou incisional (apenas uma
parte);
• Curetagem metódica de Brocq: atritagem de cureta em
lesão eritematoescamosa;
- Sinal da vela: desprendimento de escamas micáceas
(psoríase);
- Sinal de Auspitz: surgimento de orvalho sanguinolento
(psoríase);
- Sinal de Zireli: estiramento da pele perilesional com
desprendimento de escamas furfuráceas (pitiríase
versicolor);
• Capilaroscopia periungueal: exploração visual da
morfologia de capilares e vênulas nas pregas
periunguais; altera-se nas colagenoses;
Sinal de Zireli
Semiologia armada
• Luz de Wood: emissão de radiação UV por lâmpada de
Wood;
- Couro cabeludo com Microsporum: verde;
- Couro cabeludo com Trichophyton: verde-palha;
- Pitiríase versicolor: róseo-dourada;
- Eritrasma: vermelho-coral;
- Psudomonas pyocyanea: verde-amarelada;
- Porfirina: róseo-avermelhado (nos dentes é eritropoética e
no sangue é protoporfirina);
- Carcinoma espinocelular: vermelho-brilhante;
• Dermatoscopia: método no qual é feito o uso de
dermastoscópio, um aparelho que amplia a inspeção de
uma lesão sobre a pele (em especial lesões pigmentadas):
Semiologia armada
• Diascopia ou vitropressão: eritema desaparece e púrpura não;
• Sinal de Darrier: atrito em pápula/mácula dá origem a
urticação; patognomônico de mastocitose; se for atrito linear
com objeto rombo forma lesão ponfosa linear
(dermatografismo); dermatografismo branco é quando a
resposta é anemiada, típica da dermatite atópica;
• Sinal de Nikolsky: pressão em pele perilesional a bolha
provoca desprendimento da epiderme (acantólise);
- Sinal de Asboe-Hansen: aplicação vertical de pressão sobre
bolha que gera aumento periférico de sua extensão;
• Sensibilidade: na hanseníase a perda segue a ordem: térmica>
dolorosa> tátil; deve-se avaliar a térmica com comparação
com tubo de ensaio em diferentes temperaturas; a dolorosa
com ponta de lápis ou objeto pontiagudo; e a tátil com
algodão sobre a pele;
Dermatografismo branco
Semiologia armada
• Exame micológico direto: busca hifas e
esporos fungicos;
• Baciloscopia: busca de bacilos como na
hanseníase ou na tuberculose;
• Bacterioscopia: visualização de bactérias;
• Protoparasitológico: visualização de parasitas
(protozoários, helmintos, etc);
• Teste de contato: determinação de respostas
alérgicas;
Provas farmacológicas
• Prova de histamina: coloca-se uma gota de histamina
sobre a pele e por ela é feito uma leve punção com uma
agulha fina, evitando sangrar; a resposta normal é a tríade
de Lewis (eritema inicial – poucos segundos após punção,
eritema pseudopódico com cerca de 3 – 5 cm, e
seropápula após 2 – 3min); na hanseníase há resposta
incompleta sem a segunda fase;
• Prova da pilocarpina: injeção intradérmica de pilocarpina
que gera sudorese após 2 min; antes da injeção deve-se
pincelar a pele com iodo e após injeção deve-se polvilhar
amido; ambas devem ser realizadas em áreas doentes e
sadias, se possível simétrica; quando há resposta normal,
o amido é corado de azul pelo iodo misturado ao suor;
caso isso não ocorra indica comprometimento da
inervação das glândulas sudoríparas;
Alterações em anexos
• Glândulas sudoríparas: anidrose (sem
secreção), hipoidrose, hiperidrose (secreção
excessiva), cromidrose (suor com coloração) e
bromidrose (suor com odor fétido);
• Glândulas sebáceas: asteatose (falta de
secreção), seborreia (secreção exagerada);
Alterações em anexos
• Pelos:
- A/hipo/hipertricose;
- Canície (embranquecimento);
- Tricorrexe (fratura);
- Poliose (ausência segmentar
de melanina);
- Alopercia;
- Madarose;

Poliose
Alterações em anexos
Onicogrifose
• Unhas:
- Anoníquia (ausência),
paquioníquia
(espessamento),
coiloníquia (em formato
de colher – côncava);
- Onicogrifose (em forma
de garra);
- Onicólise (deslocamento
da lâmina ungueal pela
borda livre);

Onicólise

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