Dinâmica de Fluidos II
Escoamento Multifásico
Modelo homogéneo
2016
Modelo homogéneo
O modelo homogéneo considera que os valores de
velocidade, Temperatura e potencial químico são os mesmos
para cada componente da mistura e resultam num fluxo em
equilíbrio.
Assim sendo, as equações de balanço macroscópico da massa,
quantidade de movimento e de energia fluidos simples são
também aplicáveis para as misturas, desde que se usem as
propriedades física da mistura no lugar das propriedades dos
componentes.
Modelo homogéneo
Consequentemente as equações de conservação para fluxo
unidimensional tomam a forma:
Balanço de massa
.
m m vA
Balanço da quantidade de movimento
. dv dP
m A S w A m g S cos
dz dz
Onde:
d 2 1
A , S d , w f m v 2
4 2
Modelo homogéneo
Para fluxo turbulento f é geralmente igual a 0,02
Balanço de energia:
dq dwtr . d v2
m (h gz )
dz dz dz 2
Onde:
m- é caudal massico
A-é a área da secção transversal do tubo
v-é a velocidade das fases
Modelo homogéneo
d- é o diâmetro do tubo;
q- taxa de calor fornecido ao sistema
tw-tensão de corte na parede
W-trabalho realizado pela mistura
h- entalpia da mistura
ρm-massa específica da mistura
θ- ângulo formado entre o tubo e a vertical
Modelo homogéneo
Uma modificação da equação de quantidade de movimento
resulta em:
dv
. dP
m A S w A m g S cos
dz dz
.
dP P m dv 4
w m g cos
dz L A dz d
Modelo homogéneo
Significando que a variação total da pressão é igual a
variação da pressão, mais a queda de pressão por fricção,
mais a variação da pressão gravitacional por cada
comprimento do tubo.
Por seu turno, a equação da energia para fluxos adiabáticos
na ausência de superficies sólidas móveis e desprezando os
efeitos das forças de massa simplifica-se para:
v2
hm const
2
Modelo homogéneo
Note que para modelo homogéneo, a velocidade das fases
está relacionada com o fluxo massico por:
.
m
v
A m
.
m
seja G
A
Modelo homogéneo
A equação da quantidade de movimento pode ser expressa
como:
f mG 2 1 1 dx G 2
dA
G2 m g cos
dP 2d m L dz m A dz
g
dz 1
d
1
d
2 g L
1 G x (1 x)
dP dP
Factor de fricção da mistura
As perdas de pressão por fricção em fluxos bifásicos são
determinados por comparação com perdas de pressão por
fricção em fluxos monofásicos . No caso de modelo homogéneo
compara-se a queda de pressão por fricção da mistura com a
que ocorreria se o fluido monofásico escoasse na mesma
conduta com caudal mássico igual ao caudal mássico da
mistura. Define-se os multiplicadores bifásicos como:
Factor de fricção e entalpia da mistura
P
L
2f 0 Fm
P
L
FC
A entalpia da mistura é determinada apartir do título usando o
mesmo raciocinio aplicado para determinação de velocidade
efectiva:
hm xhg (1 x)hL
Exercicio
Uma mistura ar-água a 70ºF flui num tubo vertical de o,98
polegadas de diâmetro. Os caudais são mL=31,3x10-3 slug/s e
mg=0,583x10-3 slug/s. A pressão na descarga é de 14,7 Psia e
18 polegadas a montante é de 15 Psia. Compare esta
variação de pressão com a calculada pela teoria de fluxo
homegéneo.