Literatura
Infantil
UNIDADE 4
Literatura Infantil_ Unidade4_ChristianeFarias
Para início de conversa
Caro aluno (a), mais uma vez juntos não é?
Estamos chegando ao fim da nossa disciplina. Vamos estudar agora os conteúdos referentes a unidade 4.
Após termos estudado sobre a história e origem da literatura infantil geral e brasileira, os contos de fadas
e sua importância e a magia na literatura infantil, iremos ver que a leitura enriquece a vida.
Esta unidade vem acompanhada dos seguintes temas:
1. A família, a sociedade e o estímulo à leitura
2. A escola e a formação do leitor
3. A organização de uma biblioteca infantil
Temos muito ainda o que saber!
Orientações da Disciplina
No primeiro tema estudaremos sobre a importância de estimular o hábito de ler em casa desde a infância,
como também a participação da família em introduzir a criança no mundo da imaginação da literatura
infantil. Iremos conhecer também vários programas do governo federal em parceria com as instituições
privadas, como forma de promover o acesso a leitura. Iremos compreender o perfil do leitor de hoje e o
mercado editorial do livro infantil.
No segundo tema iremos refletir sobre o papel da escola na formação de um leitor crítico e ativo e o papel
do professor no incentivo a literatura infantil. Trataremos dos benefícios ou não da literatura obrigatória
na escola e como deve ser a descoberta do prazer do texto de acordo com as considerações do francês,
Roland Barthes.
No terceiro tema entendemos a Lei da Biblioteca Escolar (Lei nº 12. 244), que garantirá a criação de uma
biblioteca em cada escola até 2020. Iremos refletir também sobre a importância da biblioteca e o papel
do mediador na formação dos leitores. Veremos quais são os termos para constituir um acervo literário,
quais obras são indicadas, quantitativo de exemplares que deve adquirir e a organização e espaço físico
da biblioteca no espaço escolar. Iremos ver sugestões de atividades que podemos promover através da
literatura infantil.
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A família, a sociedade e o estímulo à leitura
Palavras do professor
Agora que vocês já sabem o que iremos trabalhar nesta última unidade, iremos começar abordando sobre
um ponto importante, o incentivo à leitura que deve começar na família e continuar na escola. Para que
a criança adquira o hábito de ler, é necessário que a mesma tenha prazer em ler e esse processo se dá
desde cedo com o incentivo das famílias.
Na contemporaneidade as famílias estão cada vez mais distantes de seus filhos, pois precisam trabalhar
muitas horas e não conseguem estimular em casa o hábito de ler outro fator é que as crianças vivem
atraídas pelas tecnologias, horas e horas navegando na internet ou jogando deixando de ter o contato ou
ler livros.
Na escola a criança vai ter acesso a leitura de forma “obrigatória” porque por trás dessa leitura sempre
vai ter uma intenção obrigatória, ou seja, um resumo, uma resenha, um reconto relacionado a história que
leu.
Incentivo a leitura
Dica!
Caro aluno (a), temos que estar ciente de que a leitura é muito importante para aprendizagem, imagi-
nação, criatividade, vocabulário, conhecimento, cultura e escrita, pois quanto mais leitora for a criança,
melhor ela irá escrever um texto uma redação, etc..
Hoje não podemos dizer que não existem livros para crianças, existem livros de pano, plástico, papel,
digital, de capa dura, de capa mole, com muitos desenhos, só com imagens, etc, há livros para todas as
faixas etárias e com temas diferenciados, podendo atender a curiosidade de cada uma delas.
Outro fator importante é o exemplo dos pais ou responsáveis, pois se eles tiverem o hábito de ler, se na
sua casa tem livros, se esses pais frequentam livrarias ou bibliotecas, compram livros, visitam feiras lite-
rárias, essa criança além de desenvolver o prazer de ler, vai também adquirir o hábito da leitura através
dessas vivências, mas quando isso não acontece no âmbito familiar a escola tem que estimular a criança
desde a educação infantil.
Já o leitor juvenil é diferente do leitor infantil, porque ele está entrando na adolescência e está passando
por uma série de mudanças físicas e mentais, além dessas mudanças a rotina do fundamental II é total-
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mente diferente, pois há uma rotatividade muito grande de professores, as atividades que com relação a
literatura também são diferentes, por isso torna-se mais difícil a mediação da leitura.
Guarde essa ideia!
Devemos lembrar que o hábito e a formação do gosto pela leitura começam em casa, por isso as famílias
desempenham um papel importante na formação e no prazer de ler, criando um ambiente favorável, con-
fortável, tranquilo, silencioso e com boa iluminação.
Esse problema de formar leitores não é só do Brasil, países como os Estados Unidos também enfrentam
essa mesma questão. Então a Fundação para leitura infantil (The Children’s Reading Foundation) lançou
uma campanha voltada para disseminação da leitura, com o slogan: “Leia com uma criança. São os 20
minutos mais importantes de seu dia”.
Os organizadores da campanha afirmam que ler 20 minutos para uma criança trará grandes benefícios na
idade pré-escolar, ou seja, do nascimento até os 5 anos, pois é uma fase importante para o desenvolvi-
mento da linguagem no ser humano.
Não devemos esquecer que os pais podem ajudar nesse processo de incentivo a leitura, apro-
veitando o tempo com seu filho de forma prazerosa.
Imagens: http://4.bp.blogspot.com e http://t2.uccdn.com
Leitura complementar
Para lhe auxiliar, leia este artigo: A Contação de Histórias Como Estratégia Pedagógica na
Educação Infantil e Ensino Fundamental.
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Os programas de incentivo à leitura
Depois de estudarmos sobre o incentivo da família no hábito de ler, iremos ver agora algumas campa-
nhas e projetos de incentivo à leitura no Brasil, claro que uns públicos outros em parceria com empresas
privadas.
1970 O governo federal, por intermédio do Instituto Nacional do Livro, criou o projeto de fi-
nanciamento de publicações de obras literárias.
1980 A Fundação Nacional do Livro, em parceria com empresas privadas, patrocinou projetos
de incentivo à leitura com o objetivo de melhorar o acervo de livros de literatura infan-
to-juvenil das bibliotecas das escolas públicas.
1982 a 1985 A campanha Ciranda de Livros foi lançada com o apoio da Fundação Nacional do Livro
Infantil e Juvenil (FNLIJ). A campanha contou com o apoio da empresa Hoechst do Bra-
sil, da Fundação Roberto Marinho e da Fundação Nacional do Livro.
1992 O programa Pró-Leitura foi implantado com o objetivo de contribuir com a formação con-
tinuada, tanto teórica quanto prática, dos professores na área da leitura.
1992 O PROLER (Programa Nacional de Incentivo à Leitura) é um projeto vinculado à Fundação
Biblioteca Nacional (FBN) e ao Ministério da Cultura (MinC), com a contribuição de algu-
mas sociedades organizadas.
Até hoje, o PROLER realiza encontros em comitês de municípios ou comunidades para
promover debates e estimular novas ações para discutir a mobilização social da leitura
e da escrita nas escolas.
1997 O Ministério da Educação e Cultura (MEC), em parceria com a Secretaria de Educação
do Distrito Federal (SEDF), criou o Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE). Seu
objetivo é apoiar projetos de capacitação e atualização de professores do ensino funda-
mental, além de desenvolver programas de incentivo à leitura.
2001 Campanha “Tempo de Leitura”, que teve como objetivo despertar o hábito da leitura
em todo o Brasil. Com essa campanha, o governo federal pretendia estimular o envolvi-
mento dos governos estaduais, das prefeituras, de empresas privadas e da comunidade,
além de contar com a participação de escritores, artistas, pais, alunos, diretores, profes-
sores e bibliotecários.
2005 Campanha “Viva Leitura”, lançada pelo MEC. A campanha pretendia alcançar cerca de
8,5 milhões de aprendizes do ensino fundamental (4o ao 9o ano) e da Educação de Jo-
vens e Adultos (EJA), bem como suas famílias e amigos. A campanha teve o apoio do
MEC, MinC, Unesco, OEI (Organização dos Estados Ibero-Americanos), Undime (União
dos Dirigentes Municipais) e Fundação Santillana para dar continuidade ao programa
Pró-Leitura.
2006 Foi instituído o Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), um plano voltado à valorização
da leitura e do livro (principalmente à biblioteca e à formação de mediadores) e também
ao desenvolvimento da economia do livro, com o estímulo à produção intelectual e ao
desenvolvimento da economia nacional.
2012 Foi lançado o programa de incentivo à leitura “Leia Mais, Seja Mais” pelo Ministério da
Cultura e pela Fundação Biblioteca Nacional.
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Caro aluno (a), um dos programas de incentivo à leitura, realizada por instituições particulares, destaca-
se a campanha “Leia para uma criança. Isso muda o mundo”. Essa campanha foi lançada em 2010, pela
Fundação Itaú Social, onde consiste na doação de dois livros para cada pessoa que se inscrever no site do
Banco Itaú. Essa campanha visa enfatizar a importância da educação.
O acesso às bibliotecas
Nesse processo de campanhas e projetos de incentivo á leitura o governo brasileiro em 2010 sancionou a
Lei nº 12. 244 (BRASIL), 2010 que obriga as escolas públicas e privadas a criarem uma biblioteca escolar
até o ano de 2020.
Mesmo com tantas campanhas, projetos e leis sancionadas sobre o incentivo à leitura, existem ainda
no Brasil escolas tanto da rede pública como da privada que não tem um espaço adequado para que as
crianças vivenciassem o uso do livro.
Guarde essa ideia!
Fique atento, o Censo Escolar 2013 apresentou em seus resultados que somente 33,1% das escolas
cumpriram a lei e montaram uma biblioteca na escola. Contata-se que desde 2013 esse percentual não
aumentou em relação às escolas públicas somente nas escolas particulares.
Com base no site oficial do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP), há no Brasil 6. 062 biblio-
tecas públicas municipais, distritais, estaduais e federais. Existe um projeto chamado “Mais Bibliotecas
Públicas – Apoio à instalação e qualificação de bibliotecas públicas”, criada pelo SNBP, em convênio com
a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) e o Centro de Desenvolvimento e Cidadania (CDC), que está em fase
de levantamento de dados e ampliação do número de bibliotecas públicas no Brasil.
Então com poucas bibliotecas no Brasil, o aluno brasileiro tem pouco acesso aos livros.
Palavras do Professor
A tabela abaixo apresenta os resultados de uma pesquisa chamada “Retratos da Leitura no Brasil” rea-
lizada em 2013 pelo Instituto Pró-Livro (IPL). A pesquisa analisou o que o brasileiro pensa da biblioteca
e como ele utiliza. 5.012 entrevistas forma realizadas em ambientes domiciliares em 315 municípios
brasileiros.
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Comprados (48%), emprestados por outras pessoas
Principal forma de acesso aos livros
(30%), emprestados na biblioteca e na escola (26%).
Um lugar para estudar (71%), um lugar para pesquisar
(61%), um lugar voltado para estudantes.
Acesso a biblioteca
(28%), um lugar para emprestar livros de literatura
(17%), um lugar para emprestar livros para trabalhos
escolares (16%).
Um lugar para estudar (71%), um lugar para pesquisar
(61%), um lugar voltado para estudantes (28%), um lugar
O que a biblioteca representa
para emprestar livros de literatura (17%), um lugar para
emprestar livros para trabalhos escolares (16%).
Frequência com que costumam utilizar 7% usam frequentemente, 17% usam de vez em quando,
a biblioteca. 75% não usam.
Um lugar para estudar (71%), um lugar para pesquisar
(61%), um lugar voltado para estudantes (28%), um lugar
Que tipo de biblioteca frequentam
para emprestar livros de literatura (17%), um lugar para
emprestar livros para trabalhos escolares (16%).
Perfil do usuário da biblioteca por 5 a 17 anos (55%), 18 a 24 anos (15%).
idade
Perfil do usuário da biblioteca Feminino (55%), masculino (45%).
Perfil do usuário da biblioteca por es- Ensino fundamental I (27%), ensino fundamental II
colaridade (27%), ensino médio (24%).
Perfil do usuário da biblioteca por Classe C (50%), classes A/B (36%), classes D/E (14%).
classe
Ter mais livros novos (20%), ser mais próxima ou de fácil
O que o faria frequentar bibliotecas acesso (17%), ter títulos mais interessantes (13%), ter
atividades culturais (11%).
Foram bem atendidos (96%), acham que a biblioteca é
bem cuidada (88%), encontram os livros que procuram
Avaliação da biblioteca (65%); foram atendidos por bibliotecários (66%); gostam
da biblioteca que frequentam (84%); 73% das pessoas
que trabalham na biblioteca fizeram indicação de livros,
de assuntos ou autores parecidos.
Caro aluno (a), os dados constataram que apenas 7% utilizam as bibliotecas; de maneira geral as pessoas
que necessitam dos serviços de alguma biblioteca estão satisfeitos; muitos ainda tem a biblioteca como
um lugar para estudar. A faixa etária das pessoas que frequentam as bibliotecas é entre 5 e 17 anos, ou
seja, crianças e adolescentes.
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O mercado editorial e as livrarias
As campanhas de livros feitas pelo governo brasileiro ajudaram o mercado editorial e as livrarias a cresce-
rem no país. Um dos segmentos que mais cresceu foi o de livros infanto-juvenis, sendo que o de literatura
juvenil com um crescimento de 256% e o de literatura infantil com 124%.
Mesmo com esse percentual apresentado pela Fundação Instituto de pesquisas Econômicas (FIPE), as
editoras continuam apostando e produzindo mais livros infantis. Apostando nos livros infantis as editoras
foram melhorando cada vez mais a qualidade dos livros.
Dica!
Leia mais sobre o mercado editorial e as livrarias as páginas 150 a 152 do seu livro texto, você
vai ficar por dentro desse conteúdo de maneira simples e acessível.
Vamos lá, depois de termos conhecido a lei que rege a implementação de bibliotecas nas escolas, va-
mos ver agora a importância da leitura e da literatura infantil na escola.
A escola e a formação do leitor
Para darmos início a este tópico, vamos responder a seguinte pergunta:
Qual o sentido da leitura?
O ato de ler favorece o processo mental, que amplia nossas capacidades cognitivas, simbólicas e emocio-
nais, além de aprender a ler o mundo e dar sentido a ele.
E quais as funções da leitura?
§ Desperta o prazer de ler quando é vivenciada de forma prazerosa.
§ Traz conhecimentos.
§ Dá acesso a mundos novos, belos, emocionantes e divertidos.
Como é desenvolvido o interesse pela leitura?
- É desenvolvido por crianças, entre oito e treze anos.
- Nessa faixa etária a criança começa a incluir a literatura como elemento formador e humanizador, sen-
sibilizando-se através das palavras e com os temas apresentados.
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Veja o vídeo!
Para lhe auxiliar no entendimento do conteúdo assista ao vídeo sobre a importância da leitura na escola,
https://www.youtube.com/watch?v=8uqSpdeBURU, com aproximadamente 15 minutos e 23 segundos.
A importância da leitura e da literatura na escola
Guarde essa ideia!
Continuando nosso raciocínio, gostaria que você ficasse atento, pois o professor tem um papel importante
na formação do leitor crítico, ativo e competente e para que esse papel seja executado de maneira eficaz,
é necessário que o professor trabalhe a leitura de forma prazerosa e não como obrigação, imposição, pois
cabe ao professor estimular o prazer de ler dentro e fora da sala de aula.
Preparar atividades contextualizadas, lúdicas, gêneros textuais diversos que os alunos possam relacionar
com sua realidade, é importante para formação desse leitor ao qual almejamos formar.
Para isso o professor tem conhecer seus alunos a fundo, pois cada um tem sua história e hoje temos que
considerar que as salas de aula são heterogêneas. A partir daí o docente vai perceber os interesses da
turma.
O professor deve incentivar os alunos a atribuírem sentido e a desvendarem o universo que o texto repre-
senta.
As escolas também tem que exercer seus papéis, disponibilizando livros e um espaço adequado e atraen-
te para que essas crianças tenham acesso a leituras diversas.
A escola e o aluno devem entender que o ato de ler constitui uma relação íntima e profunda, e que a
literatura provoca no leitor ativo um processo de transformação.
Dica!
Quero te dar uma dica, em seu livro texto as páginas de 155 a 157, aborda sobre o papel do
professor, que tal da uma lidinha?
Como vimos a leitura deve ser trabalhada de forma prazerosa e não obrigatória, mas ainda nas escolas
vemos professores passando livros para os aluno ler e em seguida já marcando uma data e tarefa rela-
cionada aquela leitura.
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Dessa forma além de não serem prazerosas essas atividades, os livros são escolhidos pelos professores,
então o que é prazeroso para meu professor pode não ser para o aluno. O ideal é que os próprios alunos
escolham os livros.
Palavras do Professor
Caro aluno (a), vamos agora fazer alguns questionamentos sobre o que foi dito logo acima:
MAS POR QUE ISSO?
Porque se os alunos escolham os livros a leitura vai se tornar mais satisfatória, por isso é necessário que
haja uma rotatividade de livros na sala de aula, para haja a troca e no final a turma irá ter um acervo de
temas onde irão realizar leituras prazerosas.
A leitura desperta no leitor o prazer, a sensação e a satisfação através da leitura. Por meio da leitura o
leitor estabelece uma ligação com o escritor que se dá pela linguagem do texto. Essa ligação possibilita
a “fruição” da leitura, proporcionando assim o prazer.
MAS, O QUE É FRUIÇÃO LITERÁRIA?
A fruição está ligada à leitura que visa a entrega e a imersão do leitor no texto. Não no sentido de buscar
a verdade, mas de ampliar suas significações.
E QUAL O PAPEL DO LEITOR?
É de está em constante conflito com o texto porque deseja entendê-lo, podendo concordar ou não com
ele, ou seja, ele não deseja apenas entender, mas atribuir sentido através da sua experiência humana e
intelectual.
EM QUE CONSISTE O PRAZER DO TEXTO?
Na vontade do leitor de ter um espaço da linguagem no qual possa se encontrar apenas com os signos e
possa desenvolvê-los viajando em seu imaginário e enriquecendo as informações que lhe são apresen-
tadas.
ENTÃO, QUAL É O PAPEL DO TEXTO?
É integrar o leitor para que eles se tornem um único elemento dentro do contexto do texto, para que haja
a troca, o jogo da sedução.
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Como vimos, o ato de ler é fundamental para formação do leitor crítico e ativo, e além de ter essa função
a leitura desperta também a criatividade e sua imaginação.
ENTÃO, O QUE SIGNIFICA TER CRIATIVIDADE?
Significa possuir a habilidade de fazer algo de uma maneira diferente do tradicional ou desenvolver a
capacidade de criar coisas novas. É na infância que a criança deve ser estimulada a criar e a imaginar.
A infância é a fase mais importante da vida de um ser humano, e nessa acredita nos contos de fadas,
surgem amigos imaginários, a imaginação aflora. Uma infância bem vivenciada, um adulto preparado para
enfrentar o conflitos que vão surgir no decorrer de sua vida.
COMO ESTIMULAR A CRIATIVIDADE TAMBÉM DEPOIS DA PRIMEIRA INFÂNCIA?
- Dormir pelo menos oito horas por dia.
- Fazer exercícios ou brincar ao ar livre.
- Anotar ideias que surgem no decorrer do dia para executá-las.
- Utilizar o tempo ocioso para realizar uma atividade criativa.
- Criar o hábito de fazer anotações sempre.
- Ser curiosa em todos os aspectos.
O QUE É NECESSÁRIO NA SALA DE AULA?
Criar um clima favorável ao desenvolvimento da criança. É necessário que o aluno se sinta à vontade
para arriscar e ser criativo. O professor precisa está aberto a aceitar novas ideias e ensinar a respeitar as
opiniões e ideias dos seus colegas.
Dica!
Nesse caso é importante que a escola e a sala de aula proporcionem ambientes emocionalmente seguros,
onde as crianças não tenham medo de arriscar, experimentar, ou seja, ambientes saudáveis, possibilitan-
do-as a vencer o medo do fracasso e da crítica.
Vimos já nesta unidade as bibliotecas, como estão a situação das bibliotecas no Brasil. Agora vamos ver
a organização de uma biblioteca destinada ao público infantil.
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A organização de uma biblioteca infantil
???
Você sabia?
(A Lei 12.244 obriga que as escolas particulares e públicas tenham bibliotecas até 2020.)
Guarde essa ideia!
Na contemporaneidade a definição da palavra biblioteca vem se modificando, isto é, se adequando a nova
geração. Hoje nas bibliotecas são incluídos novos elementos como publicações digitais, material de áudio
e vídeo e nessa nova perspectiva ela também passa a ser vista como um espaço cultural, ao promover
atividades vinculadas ao universo da leitura, possibilitando o acesso à informação e outras finalidades.
Quando direcionadas para educação infantil, a biblioteca deve ter materiais como mesas e cadeiras ade-
quadas para faixa etária e livros que esteja em estantes ao alcance das crianças para que as mesmas
possam escolher e manusear. É necessário que o empréstimo de livros seja de fácil acesso para que a
criança possa se habituar a ele e criar o gosto e o prazer de ler.
Lembrando que a formação de um acervo envolve constante renovação dos títulos, deve obter novas
edições, além de ter almanaques, biografias, contos, jornais, revistas semanais, poesias, paradidáticos,
livros de arte, livros de brinquedos para crianças, etc..
O acervo de uma biblioteca deve conter não só livros, mas gibis, jornais, revistas, CDs, DVDs, etc.
Vale salientar que os livros escolhidos atendam a necessidades das faixas etárias que visitam a bibliote-
ca, ou seja, se for criança livros com uma linguagem acessível a elas, se for adolescentes a mesma coisa,
a linguagem deve estar também adequada.
É importante destacar que o espaço físico da biblioteca seja adequado, confortável, claro e arejado para
atender a necessidade dos que frequentam na escola e o horário deve ser o mesmo da escola.
Acesse o Ambiente Virtual
No seu livro texto, exatamente na página 163 até a 168, você encontrará informações sobre a organização
de uma biblioteca infantil. Você vai gostar muito, leia!
Dentro deste assunto sobre biblioteca, vamos ver também os mediadores de leitura, que podem ser pais
ou responsáveis pelas crianças e depois serão os professores, como também uma pessoa que trabalha na
biblioteca ou outro profissional da área que indicou um bom livro para ler.
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O QUE É PRECISO PARA SER UM BOM MEDIADOR DE LEITURA?
Caro aluno (a), é necessário ser um bom leitor e conhecer bem os livros. Deve também conhecer os livros
da biblioteca para poder indicar o título certo para a faixa etária certa. O mediador também tem o papel
de estimular o leitor a ler um livro de maneira prazerosa, de ensinar a pegar o livro, a passar as páginas, a
manuseá-los e a chamar atenção das imagens, como também um contador de histórias que leve a criança
a viajar sem sair do lugar.
Na biblioteca podemos disponibilizar diversas programações de atividades, deve ser um lugar atrativo e
divertido, para promover assim a socialização e atividades culturais.
A biblioteca pode e deve promover atividades culturais como:
ü contação de história;
ü saraus literários;
ü oficinas de literatura;
ü exposição;
ü dramatizações;
Palavra final
Querido aluno (a), o que achou do nosso conteúdo?
Você gostou, ficou satisfeito? Espero ter lhe ajudado nesta etapa acadêmica.
Não se esqueça de procurar o seu tutor para lhe auxiliar no que for preciso!
Foi um prazer está com vocês durante esta disciplina tão importante e lúdica.
Espero que tenha internalizado o conteúdo de forma prazerosa.
Um grande abraço.
Sucesso!
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Leitura complementar
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura infantil: gostosura e bobices.São Paulo: Scipione, 2006.
BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. Trad. de Arlene Caetano. 9. ed. Rio de Janeiro:
Paz e Terra, 1992.
CANDIDO, Antonio. A literatura e a formação do homem. In:
______. Textos de intervenção. Organização de Vinicius Dantas. São Paulo: Duas Cidades, 2002, p. 77-92.
COELHO, Betty. Contar histórias: uma arte sem idade. São Paulo:Ática, 1999.
COELHO, Nelly Novaes. O conto de fadas. São Paulo: Ática,1987.
FUNDAÇÃO Itaú Social. Leia para uma criança. s.d. Disponível em: <www.itau.com.br/itaucrianca>. Aces-
so em: 12 out. 2014.
INSTITUTO Pró-Livro. Retratos da leitura no Brasil. São Paulo:
Instituto Pró-Livro, 2013. Disponível em: <www.prolivro.org.br/
ipl/publier4.0/dados/anexos/2834_10.pdf>. Acesso em: 8 out.
2014.
LAJOLO, Marisa; ZILBERMAN, Regina. Literatura infantil brasileira: história e histórias. 6. ed. São Paulo:
Ática, 1999.
MAIS bibliotecas públicas. Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas. s.d. Disponível em: <snbp.bn.br/
projetos/maisbibliotecaspublicas>. Acesso em: 12 nov. 2014.
PROGRAMA de incentivo à leitura Leia Mais, Seja Mais é lançado.
Portal Brasil, 3 ago. 2012. Disponível em: <www.brasil.gov.br/cultura/2012/08/programa-de-incentivo-a
-leitura-leia-maisseja-mais-e-lancando>. Acesso em: 10 out. 2014.
PROLER: concepções e diretrizes. 2009. Fundação Biblioteca Nacional. Programa Nacional de Incentivo à
Leitura. Ministério da Cultura. Disponível em: <www.bn.br/proler/images/PDF/cursos3.pdf>. Acesso em:
10 out. 2014.
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