0% acharam este documento útil (0 voto)
17 visualizações18 páginas

Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Química Engenharia Química

O relatório aborda a condução de calor em uma barra cilíndrica, discutindo a transferência de calor por condução e a aplicação da Lei de Fourier. Os objetivos incluem investigar a variação de temperatura em diferentes materiais e analisar o coeficiente de transferência de calor. Resultados experimentais demonstram que a condutividade térmica é inversamente proporcional ao gradiente de temperatura.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
17 visualizações18 páginas

Faculdade de Engenharia Departamento de Engenharia Química Engenharia Química

O relatório aborda a condução de calor em uma barra cilíndrica, discutindo a transferência de calor por condução e a aplicação da Lei de Fourier. Os objetivos incluem investigar a variação de temperatura em diferentes materiais e analisar o coeficiente de transferência de calor. Resultados experimentais demonstram que a condutividade térmica é inversamente proporcional ao gradiente de temperatura.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 18

Faculdade de Engenharia

Departamento de Engenharia Química

Engenharia Química

Nível III 1o Semestre

Transferência de Calor

Relatório sobre Condução

Discente: Docentes:

Prof. Dr. Miguel Uamusse, Eng.o


Bucha, Jeremias Albano
Prof. Dr. Alberto Tsamba, Eng.o

Maputo, junho de 2022


Índice
1. Introdução............................................................................................................................2
2. Objectivos............................................................................................................................3
2.1. Objectivo geral.............................................................................................................3
2.2. Objectivos específicos..................................................................................................3
3. Metodologia.........................................................................................................................3
4. Fundamentos teóricos...........................................................................................................4
5. Resultados Experimentais e Discussão Dos Valores Obtidos...............................................7
5.1. Experiência 1: Condução linear ao longo de uma barra de bronze....................................7
5.1.1. Resultados experimentais.....................................................................................8
5.1.2. Análise e discussão dos dados..............................................................................9
5.2. Experiência 2 – Condução ao longo de uma barra composta........................................9
5.2.1. Resultados experimentais...................................................................................10
5.2.2. Analise e discussão dos dados............................................................................11
5.3. Experiência 3 – Efeito da área de secção transversal..................................................12
5.3.1. Resultados experimentais.......................................................................................12
5.3.2. Analise e discussão de dados..............................................................................13
5.4. Experiência 6 – Efeito de isolamento.........................................................................13
5.3.1. Resultados experimentais.........................................................................................14
5.4.2. Análise e discussão dos dados..................................................................................15
Conclusão...................................................................................................................................16
Bibliografia................................................................................................................................17

1
1. Introdução
No presente relatório, vai se abordar e discutir assuntos relacionados a condução de
calor por condução numa barra cilíndrica.
Em Termodinâmica, sempre que num sistema se verificar uma diferença de potenciais,
relativa a qualquer uma das propriedades que caracteriza este sistema, este irá sofrer ou
passar por uma mudança de estado, que vai desaguar num segundo estado
termodinâmico, chamado de estado de equilíbrio em que as propriedades do sistema em
cada ponto são iguais. Este processo de mudança de estado é movido por aquilo que se
chama de força motriz, que representa a diferença da quantidade ou da propriedade que
se transfere entre dois ou mais pontos do sistema. (Çengel).
Portanto, quando se fornece energia sob forma de calor a um corpo sólido maciço e
contínuo de comprimento L, que no início estava a temperatura uniforme T em todo o
corpo, a temperatura desta superfície que está em contacto com a fonte de calor (na
posição x =0) irá aumentar para uma nova temperatura T + ∆ T . Por conta do gradiente
de temperatura que surge no sistema (corpo sólido em estudo) entre os pontos x =0 a
temperatura T + ∆ T , e ponto x=L a temperatura T , se vai verificar um processo de
transferência de calor por condução, do ponto de mais alta temperatura (em x =0) para o
ponto de mais baixa temperatura ( x=L), até que se atinja um equilíbrio térmico
(Principio Zero da Termodinâmica). A quantidade de calor que flui entre os extremos do
corpo, é igual a energia fornecida pela fonte, conforme a Primeira lei da
Termodinâmica.

2
2. Objectivos
2.1. Objectivo geral

Estudar, analisar e observar o comportamento da variação da temperatura em diferentes


matérias investigando assim a lei de fourier.
2.2. Objectivos específicos

 Investigação da lei de Fourier na condução linear do calor ao longo de uma barra


simples de bronze cilíndrica;
 Analisar a condução de calor ao longo de uma barra composta e avaliar o
coeficiente de transferência de calor;
 Investigar o efeito de mudança de secção transversal de uma área sobre
comportamento da temperatura ao longo da uma barra;

3. Metodologia

 Pesquisas bibliograficas
 Consulta de Manuais
 Guião do laboratório

3
4. Fundamentos teóricos

O mecanismo de transferência de calor descrito anteriormente é conhecido como sendo


transferência de calor por condução, porque se dá em um corpo sólido e a transferência
de calor é feita pelo movimento caótico característico das moléculas, o movimento
Browniano. (NECATI; OZISIK).

Pela relevância e necessidade de se perceber este processo, o que implica saber


quantificar e saber quanto tempo é necessário para que se efectua um fenómeno de
transferência de calor, que em muitos casos é factor determinante para a optimização de
processos de Industriais, dispõe-se de uma equação matemática empírica que descreve a
maioria dos processos de transferência de calor por condução, a Lei de Fourier.

Esta lei foi proposta pelo físico francês Joseph Fourier, como resultado de vários
experimentos por ele feitos relativos ao assunto de que se trata. A lei se pode enunciar
do seguinte modo:

“A taxa de transferência de calor Q, em um corpo é directamente proporcional ao


gradiente de temperaturas ∇ T , e a área de secção normal A ao fluxo de calor, na
direcção em que está se dá”. (NECATI; OZISIK).

Q=−kA ∇ T [ W ] (1)

dT
Q x =−kA [W ] (2)
dx

Onde: k [ ]
W
2
m ℃
−¿ Condutividade térmica que caracteriza o meio, indicando a

capacidade que o meio material tem de conduzir calor, na maioria das vezes tida como
constante.

A equação (1) é generalizada não especificando a direcção em que o fluxo de calor se


dá. Se se considerar condução de calor unidimensional, em x por exemplo, ela toma a
forma (2). Estás equações permitem determinar a taxa de fluxo de calor na direcção
positiva do eixo x , o sinal negativo contrabalanceia o gradiente de temperatura negativo
na direcção positiva do eixo x , porque a temperatura decresce nesta direcção. (NECATI;
OZISIK).

Determinando a taxa de fluxo de calor por unidade de área, tem-se o fluxo de calorq x :

q x=
Qx
A
=−k
[ ]
dT W
dx m2
(3)

As equações (1), (2) e (3) são válidas para um sistema em que não se gera energia
interna, a condutividade térmica é considerada constante e o regime é estacionário.
Portanto, estas equações são simplificadas, assumindo os pressupostos acima. As

4
equações de condução de calor, tomam várias formas, dependendo das condições e da
geometria em causa.

Durante o processo de transferência de calor se desenvolvem perfis de temperatura que


se estabelecem completamente quando se atinge o equilíbrio térmico.

Fig.4.1- Ilustração do perfil de temperatura, já no estado estacionário, movido pela


diferença de temperaturas, T1 e T2 (T1¿ T2), numa placa de espessura L.

Da lei de Fourier se pode dizer o declive da linha que representa o fluxo calor
unidimensional, em x por exemplo, em um determinado meio é o gradiente de
dT
temperaturas nesta direcção.
dx

Assumir que a o perfil de temperaturas é uma linha


recta, é uma aproximação assumida para facilitar os
cálculos.

Fig.4.2 O gradiente de temperatura é a tangente da curva que descreve o perfil de


temperaturas. (Çengel,)

Equipamentos usados
 P.A. Hilton H940 Heat Conduction Unit;
 Uma barra de bronze multe - seccionada para testar a condução linear de
calor;

5
 Uma barra de aço com secção transversal e comprimento igual ao da barra de
bronze;
 Uma barra de bronze de secção transversal menor que as anteriores;
 Um disco de cortiça.
 Um disco de papel.
Descrição do equipamento para os testes de condução
A unidade de teste de condução é constituída por dois elementos de aquecimento, uma
barra multe - seleccionada para testar a condução linear e um disco metálico para o teste
de condução radial. Uma consola eléctrica fornece a potência eléctrica aos elementos do
aquecimento sistema digital de leitura de temperatura em qualquer ponto seleccionado
ao longo do trajecto de condução de calor. Um pequeno fluxo de água de refrigeração
fornece a dissipação de calor no fim do trajecto de condução em cada elemento.
Módulo linear
A lei de Fourier da condução de calor é muito simplesmente demonstrada através do
módulo de condução linear. Tal inclui uma secção de introdução de energia térmica,
feita de bronze e assentada num aquecedor eléctrico. Três sensores de temperatura são
instalados a intervalos de 10mm ao longo da secção de trabalho com um diâmetro de
25mm. Uma secção separada de dissipação de calor, também de cortiça, é arrefecida
numa extremidade por uma corrente de água, enquanto a secção de admissão de calor de
trabalho e o dissipador de calor podem ser directamente acoplados juntos de modos a
constituir uma barra contínua com sensores de temperatura em intervalos de
10mm.Alternativamente, qualquer uma das três secções intermédias pode ser ajustada
entre essas duas. A primeira destas é uma peça de bronze com 30mm de extensão e com
diâmetro aos das secções dissipante e de influxo de calor que é, mais uma vez, instalada
com sensores a um intervalo de 10mm. Esta secção é indicada acoplada por duas
secções básicas, deste modo, forma uma barra uniforme relativamente longa com nove
sensores espaçados de forma regular.

6
Fig.4.3: Equipamento de testes de condução (P.A. Hilton H940 Heat Conduction Unit
A segunda secção central, que pode ser encaixada, é mais uma vez de bronze com
30mm de extensão mas com um diâmetro de 13mm, sem sensores de temperatura. Esta
secção permite o estudo do efeito da mudança do material enquanto se mantêm
constante a secção transversal. A terceira secção central, que pode ser também
encaixada, e de aço inox e apresentada as mesmas dimensões que a primeira barra de
bronze. Não se incorporam sensores de temperaturas. Esta secção permite estudar o
efeito de mudança de material enquanto se mantêm constante a secção transversal.
Os acoplamentos laterais das cinco secções apresentam acabamentos superficiais finos
para promover um bom contacto apesar de o composto que conduz o calor pode ser
manchado sobre as superfícies para reduzir a resistência térmica. As propriedades de
condução de calor dos isolamentos podem ser encontradas simplesmente através de um
acoplamento de uma peça delgada entre as secções metálicas aquecida e refrigerada. Por
exemplo o papel (cartão). As perdas de calor a partir do módulo linear são reduzidas a
valores mínimos através de cobertura resistente ao calor que cobre um espaço de ar a
volta do módulo. A inter-pemutavel secção central possuem suas pecas de cobertura que
se ajustam com os de influxo de calor e dissipação de calor.
Os sensores de temperatura são ligados a umas fichas em miniatura encaixadas na
cobertura e a ligação dos sensores para o leitor digital de temperatura e feita por via de
nove ligações encaixadas a tomadas apropriadas. Deste modo os gradientes de
temperatura podem ser representados graficamente a partir dos dados em tempo real. O
botão de selecção de temperatura no painel frontal de consola eléctrica permite que
qualquer das novas temperaturas possa ser visualizada.

5. Resultados Experimentais e Discussão Dos Valores Obtidos

5.1. Experiência 1: Condução linear ao longo de uma barra de bronze.

Equipamentos usado
 Uma barra de bronze multe - seccionada para testar a condução linear de
calor;
 Um aparelho de condução de calor;
 Leitor digital de temperaturas;

Procedimentos: Realizaram-se três ensaios com valores de taxa de fluxo de calor


diferentes, onde mediu-se a temperatura em nove pontos diferentes ao longo de uma
barra cilíndrica. A barra com parte metálica de bronze foi conectada ao equipamento,
que permitiu o registo dos valores de fluxo e temperatura em nove pontos diferentes,
através de fios condutores. A barra era aquecida dos pontos 1 a 9 e arrefecida por água
de 9 a 1. Os valores de temperatura foram registados, para cada ensaio após um

7
determinado tempo, em cada ponto, por forma a permitir a estabilização da temperatura
e se apresentam na tabela abaixo.
O ponto 5 da barra registou valores de forma constante devido a problemas de contato
como defeito do próprio equipamento.

5.1.1. Resultados experimentais

Tabela 5.1.1: variação da temperatura ao longo da barra cilíndrica, em função do


comprimento a da variação do fluxo

Teste nº Q T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9
(watts) (oC) (oC) (oC) (oC) (oC) (oC) (oC) (oC) (oC)
A 2,4 29,9 25,4 27,5 28,1 -13,6 26,2 26,5 26,6 24,6
B 3,4 31,5 31,9 31,7 -13,4 -13,6 26,8 26,6 26,7 22,3
C 4,4 32,8 34,6 32,2 -13,5 -13,6 27,3 26,6 26,7 26,7

Fig.5.1.1: grafico da variação da temperatura ao longo da barra cilindrica simples.

Os gráficos traçados foram usados para determinar o valor da condutividade térmica (K)
do bronze a partir da expressão da lei de Fourier:
−K dT
Q=
A dx

onde
dx
K=−QA
dT

8
Do gráfico procedeu-se ao cálculo do valor de K para cada reta:
Para o experimento A tem-se:
−2 , 4 0 ,09 W
k A= × =83 , 00 2
4 , 91× 10
−4
( 24 , 6−29 ,9 ) m ℃
Por analogia:
Tabela 5.1.2: calculo de condutividade termica para cada caso (A,B e C)

Teste nº ∆x ∆T W
k( 2
)
m ℃
A 0,09 5,3 83 , 00
B 0,09 9,2 67,74
C 0,09 6,1 132,22

5.1.2. Análise e discussão dos dados

Analisando os dados da tabela acima, verifica-se que a condutividade térmica é


inversamente proporcional ao gradiente de temperatura, isto porque um gradiente de
temperatura elevado significa uma diferença também elevada entre os pontos em que se
faz a leitura, se a diferença é elevada então, a capacidade do corpo conduzir calor de um
ponto para o outro é muito baixa e vice versa, ou seja, quando o gradiente de
temperatura é menor, a capacidade do corpo conduzir calor entre os pontos é elevado,
no sentido ponto de maior temperatura para menor.

5.2. Experiência 2 – Condução ao longo de uma barra composta

Equipamentos a ser usado

 Uma barra de aço com secção transversal igual a da barra de bronze (o material
da barra fixa é de bronze e o material adicionado é de aço).

 Um aparelho de condução de calor.

 Leitor digital de temperatura

Procedimentos:
 Retirou-se a barra de bronze usada na experiência anterior e substituiu-se
por uma barra de aço com a mesma secção transversal.
 Seleciona-se uma posição baixa para o controle de potência e deixa-se
atingir a estabilidade antes de registrar a temperatura em todos os 6

9
pontos do sensor e a leitura de entrada da potência no wattímetro. Este
procedimento foi repetido para as outras potencias de entrada até o
máximo permitido, após cada mudança deixa-se atingir a estabilidade.

5.2.1. Resultados experimentais

Os valores obtidos foram registrados na tabela abaixo:

Tabela 5.2: Variação da temperatura ao longo da barra composta

Teste no Q (Watts) T1 (oC) T2 (oC) T3 (oC) T7 (oC) T8 (oC) T9 (oC)


A 5,6 36,0 37,8 37,4 26,6 26,7 26,8
B 6,6 37,6 37,5 38,7 26,7 26,8 26,8
C 7,6 39,3 39,4 40,5 26,7 26,8 26,8

Fig. 2.: Gráfico Variação de temperatura ao longo da barra cilíndrica composta

Associando essas duas barras em série, o processo de condução de calor é análogo ao


processo de condução de corrente elétrica. Não havendo geração de energia, introduz-se
o conceito de resistência térmica, que permite calcular o fluxo de calor total sobre a
barra cilíndrica usando a temperatura das suas extremidades, para isso, assume-se que o

10
fluxo de calor é o mesmo por cada camada, uma consequência da Lei de Fourier
(NECATI, OZISIK).

Matematicamente, este conceito é traduzido pela equação:

( T 1−T 3 ) ( T 3−T 7 ) ( T 7−T 9 )


Q= = = ( 5)
R1 R2 R3

Li
com Ri=
AK
Somando todos os termos, temos:
( T 1−T 9 )
Q= =U ( T 1 −T 9 ) ( 6 )
R
1 1 1 1
U= = + +
R R1 R2 R 3

Onde:
R – Resistencia térmica
U – Coeficiente global de transferência de calor

Através da equação (6), calcula-se o coeficiente pra cada reta:


Q 5 ,6 W
U A= = −4
=1239.71 2
A (T 1−T 9) 4 ,91 ×10 (36−26 , 8) m ℃
Q 6,6 W
U B= = −4
=1244.63 2
A (T 1−T 9) 4 ,91 ×10 (37 ,6−26 , 8) m ℃
Q 7,6 W
UC= = −4
=1238.29 2
A (T 1−T 9 ) 4 , 91 ×10 (39 , 3−26 , 8) m ℃

5.2.2. Analise e discussão dos dados

Os coeficientes globais de transferência de calor, caracterizam a capacidade de todo o


corpo conduzir calor e está relacionado com a resistência térmica do material de que é
feito o corpo. Este número possui uma grande aplicabilidade, bastando multiplicar o
gradiente pelo coeficiente global que se terá o fluxo de calor total ao longo da barra,
este valor também pode ser calculado pelo valor da resistência térmica total.

11
Como não se dispõe do comprimento total da barra, não é possível comparar os valores
obtidos por cada um dos métodos, e salientar que o coeficiente de calor aqui calculado
se aplica apenas entre os pontos 1 e 9, não em toda barra.

5.3. Experiência 3 – Efeito da área de secção transversal

Objetivo: Investigar o efeito da mudança da área da secção transversal nos perfis de


temperatura ao longo de um condutor térmico.

Equipamento usado

 Uma barra de bronze de secção transversal menor que as anteriores ( d =


13mm);

 Um aparelho de condução de calor e leitor digital de temperaturas.

Procedimentos:
Seleciona-se uma posição baixa para o controle de potência do aquecedor e deixa-se
estabilizar antes da registrar a temperatura em todos os 6 pontos do sensor e a leitura do
wattímetro. Este procedimento foi repetido para outras potencias de entrada até o
máximo permitido, após cada mudança, deixou-se atingir a estabilidade.

5.3.1. Resultados experimentais

Tabela 5.3.1: Variação da temperatura após redução do diâmetro da barra.

Ensaio Q (w) T1 (oC) T2 (oC) T3 (oC) T7 (oC) T8 (oC) T9(oC)


A 8,6 42,9 43,9 45,6 26,6 26,7 26,7
B 9,6 45,2 46,5 47,6 26,5 26,7 26,7
C 10,4 48,5 50,2 52,1 26,6 25,7 24,5

12
Fig.5.3.1: variação da temperatura ao longo ao longo da barra cilíndrica-efeito da
secção transversal.

5.3.2. Analise e discussão de dados

dT
Pela lei de Fourier, Q x =−KA , se pode dizer que o gradiente de temperatura é
dx
1
inversamente proporcional a área de secção transversal normal de calor, ∇ T ∝ . Este
A
facto, pode ser explicado pelo aumento da resistência térmica, que também é
inversamente proporcional a área de secção transversal normal ao fluxo de calor,
portanto quando a área de secção aumenta, a resistência térmica aumenta e com isso o
fluxo de calor ao longo da barra tende a diminuir, causando assim um elevado gradiente
de temperatura.

Através do gráfico procede-se ao cálculo da razão dos gradientes de temperatura


entre a secção de 25mm de diâmetro e a de 13mm de diâmetro, para cada curva.

dT 48 , 5−52 ,1
∇ T 1= = =120
dx 0 , 03
dT 52 , 1−26 , 6
∇ T 2= = =850
dx 0 , 03
dT 26 ,6−24 ,5
∇ T 3= = =70
dx 0 ,03
∇T1 A1
=0,141 =3 , 70
∇T2 A2

13
∇ T 1 , A1−¿Gradiente e área de secção com diâmetro 25mm; ∇ T 2, A2 - secção de 13mm-
amostra.

Observando os gradientes, comparando com a razão das áreas transversais nota-se pelos
valores obtidos experimentalmente que os gradientes são inversamente proporcionais a
área de secção transversal normal ao fluxo de calor.

5.4. Experiência 5– Efeito de isolamento

Objetivo: Investigar a influência dos isoladores térmicos em uma condução de calor


entre metais adjacentes.

Procedimentos: Usando um micrometro, mediu-se a espessura do disco de papel antes


de prendê-lo entre o aquecedor e as faces do resfriador. Depois controla-se a potência de
entrada para aproximadamente 10-15W e deixa-se atingir a estabilidade e garantir que a
temperatura (T1) não exceda 100℃. Registrou-se a temperatura em todos os 6 pontos
dos sensores e a leitura de potência de entrada no wattímetro antes de repetir todo o
procedimento usando o disco de cortiça no lugar do papel.

5.3.1. Resultados experimentais

Disco de papel de espessura: 1mm


Tabela 5.4.1: Variação da temperatura no condutor cilíndrico com isolamento de papel
com espessura

Q
T1 (oC) T2 (oC) T3 (oC) T7 (oC) T8 (oC) T9 (oC)
(watts)
11,6 60,5 62,0 64,3 27,6 27,2 27,7

Disco de cortiça de espessura: 2mm


Tabela 5.4.2: Variação da temperatura no condutor cilíndrico com isolamento de cortiça
de espessura

Q
T1 (oC) T2 (oC) T3 (oC) T7 (oC) T8 (oC) T9 (oC)
(watts)
12,4 70,6 70,5 75,4 28,3 27,8 26,3

14
Fig.5.4.1:Grafico da variação da temperatura ao longo da barra cilíndrica – efeito de
isolantes.
A semelhança da experiência 1, calcula-se a condutividade térmica dos dois
isolantes:
A semelhança do experimento 1, determina-se a condutividade térmica dos dois
isoladores:

−Q ( espessura)
k= ×
A dT
−11, 6 0,001 W
k papel= × =0,7203
4 , 91× 10
−4
( 27 , 7−60 ,5 ) m℃

−12 , 4 0,002 W
k cortiça= × =1,0816
4 , 91× 10
−4
( 23 ,6−70 , 3 ) m℃

5.4.2. Análise e discussão dos dados

Os valores obtidos mostram como os isolantes possuem uma capacidade muito baixa de
transferir calor por condução, razão pela qual se verifica um gradiente de temperatura
elevado. O valor da condutividade térmica dos isolantes está intimamente ligado a
natureza do material de que este é efeito. Os electrões livres da cortiça e do papel não
possuem muita mobilidade no seu interior, razão pela qual estes conduzem muito pouco
calor.

15
Conclusão

Tendo sido feito os experimentos, se pode concluir que a condutividade térmica de um


determinado corpo é inversamente proporcional ao gradiente de temperatura a que o
corpo está sujeito.
Os resultados obtidos demonstram a validade da lei de Fourier, verificando-se que para
um mesmo condutor o fluxo de calor transferido é diretamente proporcional ao
gradiente de temperatura, sendo constante a condutividade térmica. Verificou-se
também que para os casos de transferência de calor em paredes composta, a
transferência de calor equipara-se a um circuito de resistência elétrica, é possível
determinar um coeficiente de transferência de calor.

Conclui-se também que o gradiente de temperatura diminui à medida que a secção


transversal vai aumentado como consequência do aumento da resistência térmica e
desse jeito o fluxo de calor tende a diminuir.

16
Bibliografia

 Ozisik, M. Necati, Transferência de Calor um Texto Básico. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan S.A, 1990. p.1-13.

 Çengel, Yunus A. Transferência de Calor y Massa, um enfoque pratico, 3ed,


México: McGraw-Hill, 2007. p.1-10.

 Guião laboratorial

17

Você também pode gostar