Curso de Farmácia
Disciplina : Farmacotécnica II
Introdução a Farmacotécnica
Profª Fernanda M. Peixoto
[email protected] Apresentação do curso
CURSO: FARMACOTÉCNICA A/ 4 ªfeira 8:40-12:10h
Turma regular
NF= Média 6,0
NF= AV1 + AV2/ 2 > igual a 6.0 AV3 FINAL
AV1= nota prova x 0.8 + trab/rel x 0.2
Observação:
1- Os relatorios devem ser entregues em até as avaliações
2- O uso dos EPI’s é INDISPENSÁVEL
3- Frequência, no mínimo, 75% das aulas ministradas
Boas práticas de manipulação em farmácias(BPMF)
RDC nº67 de 2007
“Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos
para o exercício das atividades de manipulação de
preparações magistrais e oficinais das farmácias.”
Infra estrutura
Documentação
Recursos humanos
Equipamentos
Riscos associados a
Procedimento Operacional contaminação
padrão (POP) cruzada,
contaminação por
Treinamentos partículas e troca
ou mistura de
Manipulação produtos
Controle da qualidade da
matéria-prima, armazenamento
Controle em Processo 3
Garantia da Qualidade
GRUPOS ATIVIDADES/NATUREZA DISPOSIÇÕES A SEREM
DOS INSUMOS ATENDIDAS
MANIPULADOS
GRUPO I Manipulação de Regulamento Técnico
medicamentos a e Anexo I
partir de
insumos/matérias
primas, inclusive de
origem vegetal.
GRUPO II Manipulação de Regulamento Técnico
substâncias de baixo e Anexos I e II
índice terapêutico
GRUPO III Manipulação de Regulamento Técnico
antibióticos, e Anexos I e III
hormônios,
citostáticos e
substâncias sujeitas
a controle especial.
GRUPO IV Manipulação de Regulamento Técnico
produtos estéreis e Anexos I e IV
4
Grupo V Manipulação de Regulamento
Bibliografia
5
EMULSÕES
1- Conceito: São formas farmacêuticas semi-sólidas ou líquidas,
constituídas por dois líquidos imiscíveis onde um dos líquidos está
finamente divido como gotículas dispersas no outro, formando uma
mistura heterogênea, mas que a olho nu apresenta aspecto leitoso e
homogêneo
2 - DEFINIÇÃO
Sistema de dois líquidos não miscíveis, de aspecto
leitoso, fluido ou pastoso no qual um deles está
finamente dividido em gotículas, de diâmetro maior
que 0,1 m, no outro.
3 - APLICAÇÕES Campo farmacêutico, cosmético, nutricional
Alimentação por via endovenosa (lipídeos)
Mascaramento de sabor
Uso em dermatologia
Facilita a absorção de gorduras pelo intestino (tamanho glóbulos)
Proteção aos princípios ativos( formação das micelas)
EMULSÕES
2
COMPONENTES DE UMA EMULSÃO
Antioxidantes
Fase interna
Conservantes
Fase externa COMPLEMENTARES
BÁSICOS Corantes
Agente emulsionante
Edulcorante
FASE AQUOSA
ÁGUA – Purificada (Deionizada e Destilada). Deve ser compatível com o
agente emulsionante. Pode-se dissolver o fármaco, conservantes, corantes e
aromas. Passível de contaminação microbiana. Uso de conservantes é
essencial.
FASE OLEOSA
GORDURAS, ÓLEOS, ESSÊNCIAS, RESINAS, CERAS, VITAMINAS, ETC -
Passível de contaminação microbiana e de processo oxidativo (usar
antioxidantes - Ex: alfa - tocoferol, BHT, BHA, metabissulfito de sódio)
CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 03
1) BASECAMENTE DOIS TIPOS DE EMULSÕES:
• Fase externa = hidrofílca EMULSÃO AQUOSA
• Fase interna = lipofílica
(O/A)
• Fase externa = lipofílica EMULSÃO OLEOSA
• Fase interna = hidrofílica (A/O)
EMULSÕES
Fase Externa
Fase Interna
TENSOATIVO
EMULSÕES
Características das emulsões óleo/água:
1. Cremes e loções laváveis, são facilmente removidas da
superfície da pele;
2. Não possuem um efeito oclusivo;
3. Sensorial pouco gorduroso;
4. Mais adequadas para climas quentes.
EMULSÕES
Características das emulsões água/óleo :
Efeito oclusivo, com hidratação das camadas superficiais
do estrato córneo;
Grande emoliência;
Sensorial gorduroso;
Mais adequadas a climas frios.
AGENTES EMULSIFICANTES
FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS
Retardar a separação de fases
Favorecem a estabilização da emulsão
Reduzem a tensão interfacial entre os líquidos a emulsionar
Aumenta a viscosidade da fase externa.
Devem ser compatíveis com os componentes da fórmula
Garantia da estabilidade durante o prazo de validade previsto para a
emulsão.
Inocuidade - Não deve ser tóxico
TEORIA DAS EMULSÕES
Sistema instável no ponto de vista termodinâmico
Ex: Água / Azeite (COMPARAÇÃO)
CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 04
TENSÃO SUPERFICIAL: uso de tensoativos
Emulsificação através da diminuição da tensão interfacial entre dois
líquidos imiscíveis, reduzindo a força repelente.
CUNHA ORIENTADA
A orientação e o arranjo do emulsificante depende de sua solubilidade.
PELÍCULA INTERFACIAL
Emulsificante forma uma fina película na interface óleo / água: (ao redor)
CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 05
Dois líquidos imiscíveis (água e óleo)
Estabilização do
Agitação vigorosa para
sistema: tensoativo ou Emulsão
dispersar as fases
emulgente ou agente Sistema instável
emulsificante (Energia mecânica)
Tensão interfacial entre os líquidos impede a manutenção da dispersão
= SISTEMA TERMODINAMICAMENTE INSTÁVEL
3)Características ideias:
Baixa tensão interfacial entre fases
Alta viscosidade da fase contínua/externa
Gotas pequenas e uniformes
Tensoativo de E.H.L. correto
Concentração de tensoativo adequada
3.1 )Possíveis Instabilidades:
Floculação e formação de creme
Coalescência e separação de fases
• É um veículo muito importante na fabricação e aplicação das FF
• Deve ser PURIFICADA (destilada/deionizada ou osmose reversa)
• Especificações farmacopêicas
• Deve ser isenta de sais minerais, produtos orgânicos e
microbiologicamente pura (isenta de fungos e bactérias)
• A Farmacopéia USP 42 e Guia ABC sugerem máximo de 100
UFC/ mL para análise microbiológica da água e produtos finais
TIPOS DE ÁGUA:
Segundo a Farmacopéia Brasileira 6ª Edição
Água Potável (não é para uso Farmacêutico)
Água Purificada
Água para Injetáveis
Água Ultrapurificada
18
• São substâncias de caráter anfifílico ou anfipático que atuam
diminuindo a tensão interfacial entre os líquidos.
• Molécula formada por uma fração polar e uma apolar, que se
orientam de acordo com o meio externo.
• Necessária a presença acima da Conc crítica micelar.
Classificados:
Segundo o Mecanismo de Ação
Primários ou verdadeiros - atuam sobre a tensão interfacial das fases -
TENSOATIVOS
Secundários ou auxiliares - atuam aumentando a viscosidade da fase
externa(reduz a difusão das gotas emulsionadas)
Segundo as Características Químicas
Naturais: (goma arábica, goma adraganta, goma karaya, gema de ovo, gelatina,
lecitina) - passíveis de contaminação microbiológica
Sintéticos - MAIS UTILIZADOS
- Iônicos ( aniônico e catiônico)
- Não iônicos
- Anfóteros
SINTÉTICOS
Aniônico
Não-iônico
Catiônico
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES
AGENTES EMULSIONANTES ANIÔNICOS
SABÕES
Sabões alcalinos: CH3 ( CH2 )16 COO- Na + Estearato de sódio (ac.
Esteárico)
Sabões metálicos:
Estearato de cálcio
Sabões de bases orgânicas:
Estearato de trietanolamina
Irritantes para pele e mucosas e alteram a motilidade gastro-intestinal (Uso
Externo).
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES
Derivados sulfatados
CH3 ( CH2 )10 CH2 OSO3- Na + Lauril sulfato de sódio
Mais estáveis que os sabões Uso Externo (loções e cremes).
Derivados sulfonados
Dioctilsulfossuccinato de sódio
AGENTES EMULSIONANTES CATIÔNICOS
Sais quaternários de amônio
Brometo de cetiltrimetilamônio e
Cloreto de Benzalcôneo
Cloreto de cetilpiridínio
Emulsificante catiônico e bactericida Uso
Externo.
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES
AGENTES EMULSIONANTES ANFÓTEROS
- Conforme o pH, se comportam como agentes emulsificantes aniônicos ou catiônicos
Betaínas
Diferencial é a baixa irritabilidade na pele
e toxicologia
AGENTES EMULSIONANTES NÃO IÔNICOS
Ligação éster
Fórmula geral RCOOR´ onde R = cadeia lipofílica e R´ = parte hidrofílica
Exemplos: Monoestearato de glicerila, SPANs, TWEENs e PEGs
Uso: Base autoemulsionantes
TENSOATIVOS NÃO IÔNICOS
• Maior classe de compostos empregados em sistemas
farmacêuticos
• Boa estabilidade e compatibilidade química
• Menos sensíveis a variações de pH
Ex.:
Ésteres do glicol e glicerol – MEG (monoestearato de glicerila);
MOG (monooleato de glicerila); DEG (diestearato de glicerila);
MEPPG (monoestearato de propilenoglicol); MOPPG
(monooleato de propilenoglicol)
Ésteres do Sorbitan (SPANs)
Polissorbatos (TWEENs)
Álcoois graxos etoxilados (álcool laurílico; álcool cetílico;
álcool estearílico)
SPANs x TWEENs
Éster do sorbitano designado por números. Exemplos : Span 20, 60 e 80.
SPAN
Ex.:Monolaurato de sorbitan (Span 20); Monopalmitato de sorbitan (Span 40)
Agente emulsionante lipófilo usado para Emulsões A/O (EHL 3-6)
TWEEN )
Derivam dos SPANs, por introdução em sua molécula de radicais
polioxietilênicos (- CH2-O- CH2 - ) - monooleato de polioxietilenossorbitan (Tween 80);
monolaurato de polioxietilenossorbitan (Tween 20)
Também é designado por números. Exemplo: Tween 20, 60 e 80.
Agente emulsionante hidrofílico usado para Emulsões O/A
CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 10
Emulsões
Classe Nome Químico Nome Comercial Propriedades
Ésteres de Sorbitan Monolaurato de Span 20 Emulsionante A/O e
Sorbitan Co-Emulsionante
O/A
Ésteres de Sorbitan Monoestearato de Span 60 Emulsionante A/O e
Sorbitan Co-Emulsionante
O/A
Ésteres de Sorbitan Monooleato de Span 80 Emulsionante A/O e
Sorbitan Co-Emulsionante
O/A
Ésteres de Sorbitan Monolaurato de Tween 20 Emulsionante O/A
Etoxilado Sorbitan 20 OE
Ésteres de Sorbitan Monoestearato de Tween 60 Emulsionante O/A
Etoxilado Sorbitan 20 OE
Ésteres de Sorbitan Monooelato de Tween 80 Emulsionante O/A
Etoxilado Sorbitan 20 OE
Grupo químico Exemplos Propriedades
Aniônico
Carboxil ⇒ -COO-Na+ Sabões de ácido esteárico Irritante para a pele
Sulfato orgânico ⇒ -OSO3 -Na+ Lauril sulfato de sódio e cetil sulfato de sódio Bom poder de espuma, capacidade
detergente, bons emulsionantes em
Éster de ác. fosfórico ⇒ - bases autoemulsionantes
OPO3=(Na+)2 Álcool 2 etil hexanol fosfatado Biodegraáveis
Catiônicos
sais quaternários de amônio Sais de alquil trimetil amônio, os sais de dialquil Poder condicionante ; utilizado em
dimetil amônio cremes corporais
Não iônicos
Éter - O - => Álcoois graxos etoxilados (álcool ceto estearílico) Emulsão A/O, Aumento da viscos.
Hidróxi - OH => Monoestearato de sorbitan (span 60)/Etoxilado Emulsionante primário A/ O&
(Tween 60) 20 etenos Emulsionante primário O/ A
Éster de ácido carboxílico - COO - Acido esteárico etoxilado
=>
Dietanolamida de coco
Carboamida - CON -(CH2CH2OH)2
=>
Bases autoemulsionantes
Mistura Álcool graxo sulfatado e Lauril sulfato de sódio +álcool cetoestearílico Agente de consistência Confere
álcool cetoestearílico (lanette WB) refrescância. Boa tolerância a
eletrólitos. Incompatível com
catiônicos
Cetilestearil sulfato de sódio + álcool cetoestesrílico Agente de consistência. Confere
(lanette N) maior viscosidade que laurilsulfato
de sódio. Pouco hidratante e media
untuosidade
CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES
AGENTES EMULSIONANTES SECUNDÁRIOS
São estabilizantes das emulsões pois aumentam a viscosidade da fase
externa.
TIPOS
NATURAIS: Alginatos
Agar - agar
SINTÉTICOS: Derivados da celulose: Metilcelulose
Etilcelulose
Metiletilcelulose
Carboximetilcelulose - CMC
Sólidos finamente divididos : Hidróxido de alumínio
Hidróxido de magnésio
Escolha do agente emulsionante: Cálculo do EHL (Equilíbrio Hidrofílico – Lipofílico)
•Indica a POLARIDADE da substância, isto é, a tendência à HIDROFILIA ou
LIPOFILIA entre os grupos hidro e lipofílicos do tensoativo.
•Deve ser realizado após a seleção dos constituintes da FO
•Utilizado para selecionar o emulsionante mais adequado para a emulsão em questão
Faixa de EHL Tensoativos
Baixo 1-3 Ag. antiespumante
3-6 Ag. Emulsionantes
A/O
7-9 Ag. molhantes
8-18 Ag. Emulsionantes
O/A
13-16 Detergentes
Alto 16-18 Ag. solubilizantes
EQUILÍBRIO HIDROFÍLICO - LIPÓFILO ( EHL)
Do termo em inglês HLB - Hydrophilic Lipophilic Balance
EHL - sistema para classificar numericamente um
composto segundo suas características hidrofílicas e
lipofílicas estabelecido por GRIFFIN
• Cada emulsionante tem um valor de EHL específico
• Escala numérica de 1 a 50 Hoje
EHL = 20 ( 1 - IS )
IA
Onde :
IS = índice de saponificação do agente emulsivo
IA = índice de acidez do ácido esterificado
Exemplo: Monoestearato de glicerila (S = 161 / A = 198)
EHL = 20 (1 – 161)
198
EHL = 3,8
CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 12
Emulsões
Calculando o EHL de uma Formulação
Cera (EHL).......................................................5%
Parafina Líquida (EHL)....................................26%
Óleo Vegetal (EHL)..........................................18%
Glicerina................................................................4%
Agente emulsionante.............................................5%
Água purificada................................................qsp 100g
Emulsões
Cálculo do EHL
1ª Etapa
Calcular a fração (%) de substâncias lipossolúveis na formulação:
Cera – 5%
Parafina Líquida – 26%
Óleo Vegetal – 18%
_______________________________________________________
Total de Fase Oleosa = 49% da formulação
Emulsões
Cálculo do EHL
2ª Etapa
Calcular a fração (%) de cada componente lipofílico em relação à fase
oleosa.
Cera – 49% ----- 100%
5% ------ x 10,2%
Parafina Líquida – 49% ----- 100%
26% ------ y 53,1%
Óleo Vegetal – 49% ----- 100%
18% ------ z 36,7%
Emulsões
Cálculo do EHL
O EHL das substâncias é tabelado:
EHL Cera = 15
EHL Parafina Líquida = 10,5
EHL Óleo Vegetal = 9
EHL Cera na emulsão = 15 X 10,2% 1,53
EHL Parafina Líquida na emulsão = 10,5 X 53,1% 5,57
EHL Óleo Vegetal na emulsão = 9 X 36,7% 3,3
EHL emulsão = 1,53 + 5,57 + 3,3 10,4
Emulsões
Cálculo do EHL
3ª Etapa
Calcular o EHL da emulsão
O EHL da emulsão corresponde a soma proporcional do EHL de cada
componente lipofílico da emulsão
EHL emulsão = EHL cera + EHL parafina líquida + EHL óleo vegetal
Emulsões
Cálculo do EHL
4ª Etapa
Uma vez conhecido o EHL da emulsão
EHL emulsão = 10,4
Na tabela de EHL EMULSIONANTE IDEAL!
MÉTODO DO EHL DESEJADO
• Um único emulsionante:
• Cálculo das quantidades de emulsionates:
Ttriton X-45 : EHL de 10,4
• Único : 5 g
• Mistura de emulsionantes:
Cálculo da porcentagem de participação de • Triton X-45: 5 g
cada emulsionante:
• Mistura de emulsionantes : total de
Estearil éter polioxietileno: EHL = 15,3 emulsionante x % participação de cada um:
Span 40 :EHL = 6,7
% Emul 1= 100(EHL des – EHL Em2) • 5 x 43,02% = 2,15g de Estearil éter
EHLEm 1 – EHLEm2 • 5 x 56,97% = 2,84g de Span 40
% Emul 2 = 100% - %emul 1
% Esterar= 100( 10,4 - 6,7) = 43,02%
15,3 – 6,7
% Span 40 = 100 - % Em 1
% Span 40 = 56,97%
Processo a Quente:
Processo tradicional onde as fases oleosa e aquosa são aquecidas
separadamente a 75ºe 80ºC respectivamente, e adicionadas uma
sobre a outra, sob agitação até completo resfriamento.
Processo a frio
Agitação
Aquecimento
TÉCNICA:
1. Pesar ou medir todos os componentes.
2. Em caneco de aço inox solubilizar os conservantes em água (sob
aquecimento até 75-80ºC): metilparabeno;
3. À fase aquosa adicionar os demais componentes a cerca de 75-80ºC.
4. Em caneco de inox, aquecer todos os componentes da fase oleosa a cerca
de 70-75ºC.
5. Adicionar a fase aquosa sobre a oleosa, lentamente, agitando
vigirosamente por 5 a 10 minutos, mantendo a temperatura;
6. Reduzir a velocidade de agitação e aguardar o resfriamento;
7. Após atingir 30ºC, adicionar os corantes, essências e vitaminas.
NOTAS:
• A adição da FA à FO deve ser realizada de forma lenta, sob agitação
vigorosa e constante.
• A FA deve ser aquecida alguns a 5 graus a mais do que a FO, pois tem
menor capacidade de manter a temperatura ( menor calor específico).
Emulsões - Cremes e Loções Cremosas
Equipamento Usados na Fabricação das Emulsões
Pequena Escala
Agitadores mecânicos de bancada
Emulsões - Cremes e Loções Cremosas
Equipamento Usados na Fabricação das Emulsões
Escala Industial
Reatores com aquecimento elétrico ou vapor
Agitadores mecânicos industriais
ESTABILIDADE DAS EMULSÕES
Contaminação microbiana
Floculação e formação de creme
Coalescência e separação de fases
FLOCULAÇÃO E FORMAÇÃO DE CREME REVERSÍVEL
Fase interna forma agregados que sedimentam ou sobem à superfície da emulsão
em forma de creme.
Perda de Homogeneidade Erros posológicos e prejuízos à estética da emulsão.
Lei de Stokes = V = 2 r2 g ( d1 - d2 ) Conclusão:
d1= d2 V = 0 Não há formação de creme
Onde: 9
d1< d2 V < 0 Formação de creme na superfície
r = raio g = aceleração da gravidade
d1> d2 V > 0 Formação de creme na parte inferior
= viscosidade da FE
Quanto maior a viscosidade () menor a
d1= densidade da FI velocidade de sedimentação
d2= densidade da FE Quanto menor o raio das partículas menor será a
velocidade de sedimentação
V = velocidade de separação fase
dispersa
ESTABILIDADE DAS EMULSÕES
CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 17B
COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DE FASES IRREVERSÍVEL
Reagrupamento das gotículas na fase interna havendo separação de fases.
Agente emulsionante: inadequado ou em concentração insuficiente pode - se
tentar reverter com a adição de mais tensoativo
FATORES QUE MODIFICAM A ESTABILIDADE DAS EMULSÕES:
Temperatura (T): T estabilidade coalescência.
Viscosidade (): Estabilidade.
Tensão interfacial (TI): TI Estabilidade.
Homogeneidade das partículas dispersas: Homogeneidade Estabilidade.
Fator tempo.
CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 16
DETERMINAÇÃO DOS TIPOS DE EMULSÕES
POR DILUIÇÃO
USO DE CORANTES (eosina,azul metileno/hidro///)
OBSERVAÇÃO NO MICROSCÓPIO
CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (O/A conduzem
corrente elétrica)
48