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Emulsoes - 2022.2 2

O documento apresenta o curso de Farmacotécnica II, abordando a manipulação de emulsões e as boas práticas em farmácias, conforme a RDC nº67 de 2007. São discutidos os tipos de emulsões, seus componentes, características, e a importância dos agentes emulsificantes. Além disso, o documento detalha a classificação dos tensoativos e suas propriedades, essenciais para a formulação farmacêutica.

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Curso de Farmácia

Disciplina : Farmacotécnica II

Introdução a Farmacotécnica

Profª Fernanda M. Peixoto


[email protected]
Apresentação do curso
CURSO: FARMACOTÉCNICA A/ 4 ªfeira 8:40-12:10h

Turma regular

NF= Média 6,0

NF= AV1 + AV2/ 2 > igual a 6.0 AV3 FINAL

AV1= nota prova x 0.8 + trab/rel x 0.2

Observação:

1- Os relatorios devem ser entregues em até as avaliações


2- O uso dos EPI’s é INDISPENSÁVEL
3- Frequência, no mínimo, 75% das aulas ministradas
Boas práticas de manipulação em farmácias(BPMF)
RDC nº67 de 2007
“Regulamento Técnico fixa os requisitos mínimos exigidos
para o exercício das atividades de manipulação de
preparações magistrais e oficinais das farmácias.”
Infra estrutura
Documentação
Recursos humanos
Equipamentos
Riscos associados a
Procedimento Operacional contaminação
padrão (POP) cruzada,
contaminação por
Treinamentos partículas e troca
ou mistura de
Manipulação produtos
Controle da qualidade da
matéria-prima, armazenamento
Controle em Processo 3
Garantia da Qualidade
GRUPOS ATIVIDADES/NATUREZA DISPOSIÇÕES A SEREM
DOS INSUMOS ATENDIDAS
MANIPULADOS

GRUPO I Manipulação de Regulamento Técnico


medicamentos a e Anexo I
partir de
insumos/matérias
primas, inclusive de
origem vegetal.

GRUPO II Manipulação de Regulamento Técnico


substâncias de baixo e Anexos I e II
índice terapêutico

GRUPO III Manipulação de Regulamento Técnico


antibióticos, e Anexos I e III
hormônios,
citostáticos e
substâncias sujeitas
a controle especial.

GRUPO IV Manipulação de Regulamento Técnico


produtos estéreis e Anexos I e IV
4
Grupo V Manipulação de Regulamento
Bibliografia

5
EMULSÕES
1- Conceito: São formas farmacêuticas semi-sólidas ou líquidas,
constituídas por dois líquidos imiscíveis onde um dos líquidos está
finamente divido como gotículas dispersas no outro, formando uma
mistura heterogênea, mas que a olho nu apresenta aspecto leitoso e
homogêneo
2 - DEFINIÇÃO
Sistema de dois líquidos não miscíveis, de aspecto
leitoso, fluido ou pastoso no qual um deles está
finamente dividido em gotículas, de diâmetro maior
que 0,1 m, no outro.

3 - APLICAÇÕES Campo farmacêutico, cosmético, nutricional


 Alimentação por via endovenosa (lipídeos)
 Mascaramento de sabor
 Uso em dermatologia
 Facilita a absorção de gorduras pelo intestino (tamanho glóbulos)
 Proteção aos princípios ativos( formação das micelas)
EMULSÕES

2
 COMPONENTES DE UMA EMULSÃO
 Antioxidantes
 Fase interna
 Conservantes
 Fase externa COMPLEMENTARES
BÁSICOS  Corantes
 Agente emulsionante
 Edulcorante

 FASE AQUOSA
ÁGUA – Purificada (Deionizada e Destilada). Deve ser compatível com o
agente emulsionante. Pode-se dissolver o fármaco, conservantes, corantes e
aromas. Passível de contaminação microbiana. Uso de conservantes é
essencial.
 FASE OLEOSA
GORDURAS, ÓLEOS, ESSÊNCIAS, RESINAS, CERAS, VITAMINAS, ETC -
Passível de contaminação microbiana e de processo oxidativo (usar
antioxidantes - Ex: alfa - tocoferol, BHT, BHA, metabissulfito de sódio)

CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 03


1) BASECAMENTE DOIS TIPOS DE EMULSÕES:

• Fase externa = hidrofílca EMULSÃO AQUOSA


• Fase interna = lipofílica
(O/A)

• Fase externa = lipofílica EMULSÃO OLEOSA


• Fase interna = hidrofílica (A/O)
EMULSÕES
Fase Externa

Fase Interna

TENSOATIVO
EMULSÕES

 Características das emulsões óleo/água:

1. Cremes e loções laváveis, são facilmente removidas da


superfície da pele;

2. Não possuem um efeito oclusivo;

3. Sensorial pouco gorduroso;

4. Mais adequadas para climas quentes.


EMULSÕES

 Características das emulsões água/óleo :

 Efeito oclusivo, com hidratação das camadas superficiais


do estrato córneo;

 Grande emoliência;

 Sensorial gorduroso;

 Mais adequadas a climas frios.


 AGENTES EMULSIFICANTES
FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS
 Retardar a separação de fases
 Favorecem a estabilização da emulsão
 Reduzem a tensão interfacial entre os líquidos a emulsionar
 Aumenta a viscosidade da fase externa.
 Devem ser compatíveis com os componentes da fórmula
 Garantia da estabilidade durante o prazo de validade previsto para a
emulsão.
 Inocuidade - Não deve ser tóxico

 TEORIA DAS EMULSÕES

Sistema instável no ponto de vista termodinâmico


Ex: Água / Azeite (COMPARAÇÃO)

CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 04


 TENSÃO SUPERFICIAL: uso de tensoativos
Emulsificação através da diminuição da tensão interfacial entre dois
líquidos imiscíveis, reduzindo a força repelente.

 CUNHA ORIENTADA
A orientação e o arranjo do emulsificante depende de sua solubilidade.

 PELÍCULA INTERFACIAL
Emulsificante forma uma fina película na interface óleo / água: (ao redor)

CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 05


Dois líquidos imiscíveis (água e óleo)

Estabilização do
Agitação vigorosa para
sistema: tensoativo ou Emulsão
dispersar as fases
emulgente ou agente Sistema instável
emulsificante (Energia mecânica)

Tensão interfacial entre os líquidos impede a manutenção da dispersão


= SISTEMA TERMODINAMICAMENTE INSTÁVEL
3)Características ideias:

Baixa tensão interfacial entre fases


Alta viscosidade da fase contínua/externa
Gotas pequenas e uniformes
Tensoativo de E.H.L. correto
Concentração de tensoativo adequada

3.1 )Possíveis Instabilidades:

Floculação e formação de creme


 Coalescência e separação de fases
• É um veículo muito importante na fabricação e aplicação das FF
• Deve ser PURIFICADA (destilada/deionizada ou osmose reversa)
• Especificações farmacopêicas
• Deve ser isenta de sais minerais, produtos orgânicos e
microbiologicamente pura (isenta de fungos e bactérias)
• A Farmacopéia USP 42 e Guia ABC sugerem máximo de 100
UFC/ mL para análise microbiológica da água e produtos finais
TIPOS DE ÁGUA:
Segundo a Farmacopéia Brasileira 6ª Edição

 Água Potável (não é para uso Farmacêutico)

 Água Purificada

 Água para Injetáveis

 Água Ultrapurificada

18
• São substâncias de caráter anfifílico ou anfipático que atuam
diminuindo a tensão interfacial entre os líquidos.

• Molécula formada por uma fração polar e uma apolar, que se


orientam de acordo com o meio externo.
• Necessária a presença acima da Conc crítica micelar.
Classificados:
Segundo o Mecanismo de Ação
 Primários ou verdadeiros - atuam sobre a tensão interfacial das fases -
TENSOATIVOS
 Secundários ou auxiliares - atuam aumentando a viscosidade da fase
externa(reduz a difusão das gotas emulsionadas)

Segundo as Características Químicas


 Naturais: (goma arábica, goma adraganta, goma karaya, gema de ovo, gelatina,
lecitina) - passíveis de contaminação microbiológica
 Sintéticos - MAIS UTILIZADOS
- Iônicos ( aniônico e catiônico)
- Não iônicos
- Anfóteros
 SINTÉTICOS

Aniônico

Não-iônico
Catiônico
 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES
AGENTES EMULSIONANTES ANIÔNICOS

SABÕES

Sabões alcalinos: CH3 ( CH2 )16 COO- Na + Estearato de sódio (ac.


Esteárico)

Sabões metálicos:

Estearato de cálcio

Sabões de bases orgânicas:

Estearato de trietanolamina

 Irritantes para pele e mucosas e alteram a motilidade gastro-intestinal (Uso


Externo).
 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES

Derivados sulfatados

CH3 ( CH2 )10 CH2 OSO3- Na + Lauril sulfato de sódio


 Mais estáveis que os sabões  Uso Externo (loções e cremes).

Derivados sulfonados

Dioctilsulfossuccinato de sódio

AGENTES EMULSIONANTES CATIÔNICOS

Sais quaternários de amônio

Brometo de cetiltrimetilamônio e
Cloreto de Benzalcôneo
Cloreto de cetilpiridínio
 Emulsificante catiônico e bactericida  Uso
Externo.
 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES
AGENTES EMULSIONANTES ANFÓTEROS
- Conforme o pH, se comportam como agentes emulsificantes aniônicos ou catiônicos

Betaínas

Diferencial é a baixa irritabilidade na pele


e toxicologia

AGENTES EMULSIONANTES NÃO IÔNICOS

Ligação éster
Fórmula geral RCOOR´ onde R = cadeia lipofílica e R´ = parte hidrofílica
Exemplos: Monoestearato de glicerila, SPANs, TWEENs e PEGs
Uso: Base autoemulsionantes
TENSOATIVOS NÃO IÔNICOS

• Maior classe de compostos empregados em sistemas


farmacêuticos
• Boa estabilidade e compatibilidade química
• Menos sensíveis a variações de pH

Ex.:

 Ésteres do glicol e glicerol – MEG (monoestearato de glicerila);


MOG (monooleato de glicerila); DEG (diestearato de glicerila);
MEPPG (monoestearato de propilenoglicol); MOPPG
(monooleato de propilenoglicol)
 Ésteres do Sorbitan (SPANs)
 Polissorbatos (TWEENs)
 Álcoois graxos etoxilados (álcool laurílico; álcool cetílico;
álcool estearílico)
 SPANs x TWEENs

 Éster do sorbitano designado por números. Exemplos : Span 20, 60 e 80.


SPAN
Ex.:Monolaurato de sorbitan (Span 20); Monopalmitato de sorbitan (Span 40)
 Agente emulsionante lipófilo usado para Emulsões A/O (EHL 3-6)
TWEEN )

 Derivam dos SPANs, por introdução em sua molécula de radicais


polioxietilênicos (- CH2-O- CH2 - ) - monooleato de polioxietilenossorbitan (Tween 80);
monolaurato de polioxietilenossorbitan (Tween 20)
 Também é designado por números. Exemplo: Tween 20, 60 e 80.
 Agente emulsionante hidrofílico usado para Emulsões O/A

CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 10


Emulsões

Classe Nome Químico Nome Comercial Propriedades

Ésteres de Sorbitan Monolaurato de Span 20 Emulsionante A/O e


Sorbitan Co-Emulsionante
O/A
Ésteres de Sorbitan Monoestearato de Span 60 Emulsionante A/O e
Sorbitan Co-Emulsionante
O/A
Ésteres de Sorbitan Monooleato de Span 80 Emulsionante A/O e
Sorbitan Co-Emulsionante
O/A
Ésteres de Sorbitan Monolaurato de Tween 20 Emulsionante O/A
Etoxilado Sorbitan 20 OE

Ésteres de Sorbitan Monoestearato de Tween 60 Emulsionante O/A


Etoxilado Sorbitan 20 OE

Ésteres de Sorbitan Monooelato de Tween 80 Emulsionante O/A


Etoxilado Sorbitan 20 OE
Grupo químico Exemplos Propriedades
Aniônico

Carboxil ⇒ -COO-Na+ Sabões de ácido esteárico Irritante para a pele


Sulfato orgânico ⇒ -OSO3 -Na+ Lauril sulfato de sódio e cetil sulfato de sódio Bom poder de espuma, capacidade
detergente, bons emulsionantes em
Éster de ác. fosfórico ⇒ - bases autoemulsionantes
OPO3=(Na+)2 Álcool 2 etil hexanol fosfatado Biodegraáveis

Catiônicos

sais quaternários de amônio Sais de alquil trimetil amônio, os sais de dialquil Poder condicionante ; utilizado em
dimetil amônio cremes corporais
Não iônicos

Éter - O - => Álcoois graxos etoxilados (álcool ceto estearílico) Emulsão A/O, Aumento da viscos.
Hidróxi - OH => Monoestearato de sorbitan (span 60)/Etoxilado Emulsionante primário A/ O&
(Tween 60) 20 etenos Emulsionante primário O/ A
Éster de ácido carboxílico - COO - Acido esteárico etoxilado
=>
Dietanolamida de coco
Carboamida - CON -(CH2CH2OH)2
=>
Bases autoemulsionantes

Mistura Álcool graxo sulfatado e Lauril sulfato de sódio +álcool cetoestearílico Agente de consistência Confere
álcool cetoestearílico (lanette WB) refrescância. Boa tolerância a
eletrólitos. Incompatível com
catiônicos
Cetilestearil sulfato de sódio + álcool cetoestesrílico Agente de consistência. Confere
(lanette N) maior viscosidade que laurilsulfato
de sódio. Pouco hidratante e media
untuosidade
 CLASSIFICAÇÃO DOS AGENTES EMULSIONANTES
AGENTES EMULSIONANTES SECUNDÁRIOS

São estabilizantes das emulsões pois aumentam a viscosidade da fase


externa.
TIPOS

NATURAIS: Alginatos
Agar - agar

SINTÉTICOS: Derivados da celulose: Metilcelulose


Etilcelulose
Metiletilcelulose
Carboximetilcelulose - CMC
Sólidos finamente divididos : Hidróxido de alumínio
Hidróxido de magnésio
 Escolha do agente emulsionante: Cálculo do EHL (Equilíbrio Hidrofílico – Lipofílico)

•Indica a POLARIDADE da substância, isto é, a tendência à HIDROFILIA ou


LIPOFILIA entre os grupos hidro e lipofílicos do tensoativo.
•Deve ser realizado após a seleção dos constituintes da FO
•Utilizado para selecionar o emulsionante mais adequado para a emulsão em questão

Faixa de EHL Tensoativos


Baixo 1-3 Ag. antiespumante
3-6 Ag. Emulsionantes
A/O
7-9 Ag. molhantes
8-18 Ag. Emulsionantes
O/A
13-16 Detergentes
Alto 16-18 Ag. solubilizantes
 EQUILÍBRIO HIDROFÍLICO - LIPÓFILO ( EHL)

Do termo em inglês HLB - Hydrophilic Lipophilic Balance

EHL - sistema para classificar numericamente um


composto segundo suas características hidrofílicas e
lipofílicas estabelecido por GRIFFIN
• Cada emulsionante tem um valor de EHL específico
• Escala numérica de 1 a 50  Hoje

EHL = 20 ( 1 - IS )
IA
Onde :
IS = índice de saponificação do agente emulsivo
IA = índice de acidez do ácido esterificado

Exemplo: Monoestearato de glicerila (S = 161 / A = 198)


EHL = 20 (1 – 161)
198
EHL = 3,8
CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 12
Emulsões

Calculando o EHL de uma Formulação

Cera (EHL).......................................................5%
Parafina Líquida (EHL)....................................26%
Óleo Vegetal (EHL)..........................................18%
Glicerina................................................................4%
Agente emulsionante.............................................5%
Água purificada................................................qsp 100g
Emulsões
Cálculo do EHL

1ª Etapa

 Calcular a fração (%) de substâncias lipossolúveis na formulação:

 Cera – 5%
 Parafina Líquida – 26%
 Óleo Vegetal – 18%
_______________________________________________________

 Total de Fase Oleosa = 49% da formulação


Emulsões
Cálculo do EHL
2ª Etapa
 Calcular a fração (%) de cada componente lipofílico em relação à fase
oleosa.

Cera – 49% ----- 100%


5% ------ x  10,2%

Parafina Líquida – 49% ----- 100%


26% ------ y  53,1%

Óleo Vegetal – 49% ----- 100%


18% ------ z  36,7%
Emulsões
Cálculo do EHL

O EHL das substâncias é tabelado:

 EHL Cera = 15
 EHL Parafina Líquida = 10,5
 EHL Óleo Vegetal = 9

 EHL Cera na emulsão = 15 X 10,2%  1,53


 EHL Parafina Líquida na emulsão = 10,5 X 53,1%  5,57
 EHL Óleo Vegetal na emulsão = 9 X 36,7%  3,3

 EHL emulsão = 1,53 + 5,57 + 3,3  10,4


Emulsões
Cálculo do EHL

3ª Etapa

 Calcular o EHL da emulsão

 O EHL da emulsão corresponde a soma proporcional do EHL de cada


componente lipofílico da emulsão

EHL emulsão = EHL cera + EHL parafina líquida + EHL óleo vegetal
Emulsões
Cálculo do EHL

4ª Etapa

 Uma vez conhecido o EHL da emulsão

 EHL emulsão = 10,4

 Na tabela de EHL  EMULSIONANTE IDEAL!


MÉTODO DO EHL DESEJADO

• Um único emulsionante:
• Cálculo das quantidades de emulsionates:
Ttriton X-45 : EHL de 10,4
• Único : 5 g
• Mistura de emulsionantes:
Cálculo da porcentagem de participação de • Triton X-45: 5 g
cada emulsionante:
• Mistura de emulsionantes : total de
Estearil éter polioxietileno: EHL = 15,3 emulsionante x % participação de cada um:
Span 40 :EHL = 6,7

% Emul 1= 100(EHL des – EHL Em2) • 5 x 43,02% = 2,15g de Estearil éter


EHLEm 1 – EHLEm2 • 5 x 56,97% = 2,84g de Span 40

% Emul 2 = 100% - %emul 1

% Esterar= 100( 10,4 - 6,7) = 43,02%


15,3 – 6,7

% Span 40 = 100 - % Em 1
% Span 40 = 56,97%
Processo a Quente:
Processo tradicional onde as fases oleosa e aquosa são aquecidas
separadamente a 75ºe 80ºC respectivamente, e adicionadas uma
sobre a outra, sob agitação até completo resfriamento.

Processo a frio
Agitação
Aquecimento
TÉCNICA:

1. Pesar ou medir todos os componentes.


2. Em caneco de aço inox solubilizar os conservantes em água (sob
aquecimento até 75-80ºC): metilparabeno;
3. À fase aquosa adicionar os demais componentes a cerca de 75-80ºC.
4. Em caneco de inox, aquecer todos os componentes da fase oleosa a cerca
de 70-75ºC.
5. Adicionar a fase aquosa sobre a oleosa, lentamente, agitando
vigirosamente por 5 a 10 minutos, mantendo a temperatura;
6. Reduzir a velocidade de agitação e aguardar o resfriamento;
7. Após atingir 30ºC, adicionar os corantes, essências e vitaminas.

NOTAS:
• A adição da FA à FO deve ser realizada de forma lenta, sob agitação
vigorosa e constante.
• A FA deve ser aquecida alguns a 5 graus a mais do que a FO, pois tem
menor capacidade de manter a temperatura ( menor calor específico).
Emulsões - Cremes e Loções Cremosas
Equipamento Usados na Fabricação das Emulsões

Pequena Escala
 Agitadores mecânicos de bancada
Emulsões - Cremes e Loções Cremosas
Equipamento Usados na Fabricação das Emulsões
Escala Industial

 Reatores com aquecimento elétrico ou vapor


 Agitadores mecânicos industriais
 ESTABILIDADE DAS EMULSÕES
 Contaminação microbiana
 Floculação e formação de creme
 Coalescência e separação de fases

FLOCULAÇÃO E FORMAÇÃO DE CREME REVERSÍVEL


 Fase interna forma agregados que sedimentam ou sobem à superfície da emulsão
em forma de creme.
 Perda de Homogeneidade  Erros posológicos e prejuízos à estética da emulsão.

Lei de Stokes = V = 2 r2 g ( d1 - d2 ) Conclusão:


d1= d2 V = 0 Não há formação de creme
Onde: 9 
d1< d2 V < 0 Formação de creme na superfície
r = raio g = aceleração da gravidade
d1> d2 V > 0 Formação de creme na parte inferior
 = viscosidade da FE
Quanto maior a viscosidade () menor a
d1= densidade da FI velocidade de sedimentação
d2= densidade da FE Quanto menor o raio das partículas menor será a
velocidade de sedimentação
V = velocidade de separação fase
dispersa
 ESTABILIDADE DAS EMULSÕES

CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 17B


COALESCÊNCIA E SEPARAÇÃO DE FASES IRREVERSÍVEL

 Reagrupamento das gotículas na fase interna havendo separação de fases.


 Agente emulsionante: inadequado ou em concentração insuficiente  pode - se
tentar reverter com a adição de mais tensoativo

FATORES QUE MODIFICAM A ESTABILIDADE DAS EMULSÕES:

 Temperatura (T):  T   estabilidade  coalescência.


 Viscosidade ():     Estabilidade.
 Tensão interfacial (TI):  TI   Estabilidade.
 Homogeneidade das partículas dispersas:  Homogeneidade   Estabilidade.
 Fator tempo.

CURSO DE FARMÁCIA - FARMACOTÉCNICA II EMULSÕES 16


 DETERMINAÇÃO DOS TIPOS DE EMULSÕES

 POR DILUIÇÃO

 USO DE CORANTES (eosina,azul metileno/hidro///)

 OBSERVAÇÃO NO MICROSCÓPIO

 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA (O/A  conduzem


corrente elétrica)
48

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