LEMBRE-SE: SOBRE O ATENDIMENTO AO
PACIENTE PEDIÁTRICO
COM SUSPEITA DE SEPSE
A equipe multidisciplinar deve estar atenta à
presença de sinais de resposta inflamatória
O Instituto Latino Americano da Sepse (ILAS) é uma entidade OU CHOQUE SÉPTICO
1 (SRIS) assim como para a ocorrência de
disfunção orgânica, com atenção à ocorrência
de hipoperfusão tecidual.
sem fins lucrativos, fundada em 2004, com o objetivo de auxiliar
no processo de aperfeiçoamento da qualidade assistencial do
paciente com sepse por meio da implementação de protocolos de
reconhecimento e tratamento baseados em evidências científicas,
da geração e difusão de conhecimentos e do desenvolvimento de
estudos clínicos.
A hipotensão não se faz necessária para o
diagnóstico de choque séptico em crianças. DETECÇÃO PRECOCE +
2 Assim, inicie as medidas de tratamento
pertinentes na identificação de sinais de
hipoperfusão tecidual.
TRATAMENTO CORRETO
Aplicável para pacientes > 28 dias até 18 anos.
O atendimento inicial à sepse é
multiprofissional e deve ser feito em qualquer
3 área do hospital (pronto-socorro, unidades de
internação e terapia intensiva). Não retarde o
atendimento à espera de exames laboratoriais
O Escore de Sepse de Phoenix NÃO foi
desenvolvido para ser utilizado como uma
FERRAMENTA DE TRIAGEM PRECOCE
ou vaga na UTI.
Consulte materiais de apoio do protocolo pediátrico. Acesse o site: .ilas.org.br PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM DE
CLASSIFICAÇÃO PARA FINS
NOSSAS AÇÕES!
DE PROTOCOLO GERENCIADO
INDICADORES DE QUALIDADE
A Campanha se baseia em 6 intervenções, diagnósticas e Visite nosso site
terapêuticas (acesso venoso rápido, coleta de HMC e lactato,
Sepse: Infecção suspeita ou confirmada e ≥ 2 pontos
antibioticoterapia de amplo espectro, administração de fluidos em no Escore de Sepse de Phoenix
Implemente protocolos de sepse em
bolus nos pacientes com sinais de hipoperfusão/choque e aminas
vasoativas se choque persistente), que devem ser implementadas
sua instituição
em bloco. Os indicadores são: Choque séptico: Sepse com ≥ 1 ponto
Participe anualmente do nosso
Disfunção Cardiovascular
Fórum Internacional de Sepse
Coleta de exames laboratoriais - kit sepse
MPO
Coleta da hemocultura antes do início da antibioticoterapia TE
Tratamento com antimicrobianos
Informações adicionais: Não retarde o atendimento
à espera de vaga em UTI
Infusão de 10 - 20mL/kg de solução cristaloide (em pacientes com INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE
hipoperfusão e/ou hipotensão) em bolus (até 40 - 60 ml/Kg em 1 hora) E-mail: [email protected] É
VIDA
Uso de drogas vasoativas para manter perfusão tecidual / Acesse nosso site ilas.org.br
pressão arterial*
Reavaliação do paciente ao final da primeira hora objetivando
alvos terapêuticos.*
* conforme valor de referência para a faixa etária
Sinais de hipoperfusão
(alteração do estado mental,
TEC > 2") e/ou hipotensão
arterial (conforme faixa etária)?
Não Sim
Há preocupação em Ressuscitação volêmica:
FLUXOGRAMA DE
relação ao quadro Solução cristaloide balanceada (Ringer lactato)
clínico da criança? Estratégia individualizada – 10 a 20 mL/kg
em bolus (20 min). Na ausência de solução
TRATAMENTO DO Não Sim balanceada, usar solução salina 0,9% ou
Albumina 5%
CHOQUE SÉPTICO Encerrar
Manter observação
clínica e reavaliação
o caso
EM CRIANÇAS NÃO
frequente Avaliar marcadores clínicos do débito cardíaco (FC,
TEC, PAS, PAD, PAM, pressão de pulso,
nível de consciência, débito urinário) após cada
ESQUEÇA! bolus de fluidos. Se disponível POCUS, utilizar para
avaliar a necessidade de novos bolus de fluidos
1. Implementar uma estratégia de triagem * Aumento da necessidade de
oxigênio, aumento do esforço /
sistemática para reconhecimento da sepse Mantém sinais de hipoperfusão
trabalho respiratório,
hepatomegalia
tecidual e/ou hipotensão arterial?
2. Monitorizar paciente
** Avaliar necessidade de
diuréticos e/ou terapia de
3. Fornecer O₂ (saturação >92%) Manter observação Não Sim
substituição renal
clínica e avaliar início
da de-ressuscitação
4. Obter acesso IV / IO rapidamente Sinais de sobrecarga *** Concentração para uso de
hídrica/intolerância a droga vasoativa por acesso
5. Iniciar terapia antimicrobiana empírica fluidos? * venoso periférico: 4 mcg/mL
(até a 1ª hora após suspeita diagnóstica)
6. Coletar kit sepse pediátrico: gasometria e Manter ressuscitação volêmica Não Sim Suspender ressuscitação
volêmica. **
lactato (arterial ou venoso), hemograma individualizada até 40-60 mL/kg.
completo, creatinina, bilirrubina, TGP/ALT,
coagulograma e hemoculturas de sítios
Não Mantém sinais de Sim Qual o perfil
suspeitos hipoperfusão tecidual do choque?
e/ou hipotensão arterial?
7. Corrigir distúrbios metabólicos e de
eletrólitos - atenção para hipoglicemia Choque hiperdinâmico
Choque hipodinâmico
e hipocalcemia Iniciar adrenalina *** Iniciar noradrenalina ***
(0,05-0,3 mcg/kg/min) (0,1-1,0 mcg/kg/min)
8. Caso o acesso venoso central não esteja
disponível rapidamente, na prática clínica,
Não Choque refratário
usamos a droga vasoativa inicial via veia a catecolaminas?
periférica. Preferencialmente em uma veia Sim
proximal à fossa antecubital, utilizando
uma concentração diluída e por curto Choque refratário a catecolaminas
• Iniciar hidrocortisona (se risco de insuficiência adrenal)
período de tempo • Reavaliar perfil hemodinâmico
• Avaliar variáveis clínicas: FC, TEC, PAM, pressão de pulso,
Os critérios de SRIS podem ser uteis para nível de consciência, débito urinário
avaliar a presença de infecção, embora não • Proceder monitorização avançada (DC/IC, IRVS, SvcO₂, pressão de perfusão)
tenham sido incluídos nos novos critérios • Reavaliar exames laboratoriais: lactato (se hiperlactatemia inicial), SvcO₂, Hb
de sepse/choque séptico em Pediatria. • Investigar diagnósticos diferenciais
• Discutir indicação de ECMO