0% acharam este documento útil (0 voto)
36 visualizações12 páginas

Trabalho de Planeamento de Controlo

O documento aborda o relato por segmento na Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, destacando sua importância na divulgação de informações financeiras e operacionais de diferentes áreas de uma empresa. O trabalho analisa as vantagens e desvantagens do relato por segmento, práticas nacionais e internacionais, e os determinantes da divulgação de informações. Conclui-se que esse tipo de relato é essencial para a transparência e a tomada de decisões estratégicas informadas.

Enviado por

mateus
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
36 visualizações12 páginas

Trabalho de Planeamento de Controlo

O documento aborda o relato por segmento na Licenciatura em Contabilidade e Auditoria, destacando sua importância na divulgação de informações financeiras e operacionais de diferentes áreas de uma empresa. O trabalho analisa as vantagens e desvantagens do relato por segmento, práticas nacionais e internacionais, e os determinantes da divulgação de informações. Conclui-se que esse tipo de relato é essencial para a transparência e a tomada de decisões estratégicas informadas.

Enviado por

mateus
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 12

Bento Saide

Elia Maurício Fabula

Horácio Filipe

Issufo Chale

Relato Por Segmento

(Licenciatura em Contabilidade e Auditoria)

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2023
Bento Saide

Elia Maurício Fabula

Horácio Filipe

Issufo Chale

Relato Por Segmento

(Licenciatura em Contabilidade e Auditoria)

Trabalho da cadeira de
Planeamento de Controlo, a ser
entregue ao Departamento de
Ciências Económica, para fins
avaliativos sob orientação da Msc.
Jacinta Pio David Arnaldo

Universidade Rovuma

Extensão de Niassa

2023
Índice

1. Introdução............................................................................................................................3

1.1. Objectivos:...................................................................................................................3

1.1.1. Geral......................................................................................................................3

1.1.2. Específicos............................................................................................................3

1.2. Metodologias................................................................................................................3

2. Relato por Segmento...........................................................................................................4

2.1. A relevância do relato por segmentos, suas vantagens e desvantagens e a


normalização contabilística.....................................................................................................4

2.1.1. Vantagens do relato por segmento........................................................................4

2.1.2. Desvantagens do relato por segmento...................................................................5

2.2. Práticas do relato por segmento a nível nacional e internacional................................6

2.3. Determinantes da divulgação de informação por segmentos.......................................7

2.4. Impacto da introdução ou alteração da norma.............................................................8

3. Conclusão..........................................................................................................................10

4. Referências bibliográficas.................................................................................................11
3

1. Introdução

O presente trabalho da cadeira Planeamento de Controlo, com o tema de relato por segmento,
assim sendo é de salientar que, o relato por segmento refere-se à divulgação separada das
informações financeiras e operacionais de uma empresa por diferentes segmentos de negócios
ou áreas geográficas. Isso ajuda a entender o desempenho e a rentabilidade de cada segmento
individualmente.

Também pode incluir informações sobre os activos, passivos, receitas e despesas relacionadas
a cada segmento específico, proporcionando uma visão mais detalhada da saúde financeira de
cada parte do negócio. Isso auxilia na tomada de decisões estratégicas e na avaliação do
desempenho de cada segmento em relação aos objectivos da empresa.

1.1. Objectivos:

1.1.1. Geral

 Abordar sobre Relato por Segmento.

1.1.2. Específicos

 Compreender a relevância do relato por segmentos, suas vantagens e desvantagens e a


normalização contabilística;
 Identificar as práticas do relato por segmento a nível nacional e internacional
 Compreender os determinantes da divulgação de informação por segmentos.

1.2. Metodologias

Varias são as formas de elaboração de um trabalho científico, o que implica que o pesquisador
tem varias opções a recorrer para elaborar um trabalho, mas caso especifico deste trabalho,
recorreu-se a pesquisas bibliográficas por meio de buscas web filtrando-se obras ideais para
sustentar o tema da pesquisa.
4

2. Relato por Segmento

O relato por segmentos divulga a informação por subgrupos, ou seja por actividade, por tipo
de produtos ou serviços, por processo de produção, por classe de clientes, por método de
distribuição, por ambiente regulador ou por zonas geográficas, isto é subgrupos que tenham
características económicas semelhantes e sejam materialmente relevantes.

A informação relatada por segmentos permite aos seus utilizadores, externos ou internos, um
conhecimento mais profundo da organização. Com esta informação poderão fazer uma melhor
avaliação de desempenho de cada segmento e tomar decisões suportadas por informação mais
consistente.

2.1. A relevância do relato por segmentos, suas vantagens e desvantagens e a


normalização contabilística

Segundo Borges, (2014), um segmento é definido como um subconjunto ou componente de


uma empresa (ou entidade) de que interessa dispor e divulgar informação económica e
financeira, dado proporcionar diferentes rendibilidades (resultados) ou estar sujeito a riscos
diferentes.

No seguimento, uma entidade pode segmentar as suas operações de diversas maneiras, mas as
mais comuns são a segmentação por indústria ou tipo de negócio (muitas vezes chamado de
linha de negócios), por área geográfica (quer em termos de localização das operações ou
localização de clientes) ou por uma combinação de ambos.

Ao prestar-se informação por segmentos, os utilizadores das DF têm a possibilidade de


perceber e escolher concretamente quais as entidades mais ou menos atractivas ou seguras.

Note-se que para estes utilizadores existe, obviamente, maior preferência por entidades ou
grupo de entidades que, nomeadamente, operem em mercados de risco reduzido (países
desenvolvidos) ou contemplem produtos e/ou serviços com longos ciclos de vida (em fase de
lançamento ou crescimento) (Borges, 2014).

2.1.1. Vantagens do relato por segmento

Para Bugeja, (2015), As vantagens do relato por segmentos podem ser identificadas aquando
da adopção da denominada “abordagem de gestão”, através da qual as entidades relatam os
seus segmentos externamente numa base semelhante à sua estrutura operacional interna em
que pode ter então as seguintes vantagens importantes:
5

 Minimiza custos e trabalho às entidades, uma vez que as políticas e procedimentos


contabilísticos usados para produzir informações por segmento são os mesmos
utilizados na preparação de relatórios para o PRTDO de uma entidade;
 Diminui a subjectividade na identificação dos segmentos, uma vez que estes se
baseiam na estrutura interna de uma entidade;
 Permite aos utilizadores das DF (externos às entidades) visualizar as operações
“através dos olhos da gestão”, assegurando melhor compreensão sobre uma
determinada entidade e da informação utilizada pelo principal responsável pela
tomada de decisões operacionais (PRTDO) ao decidir sobre a estratégia futura de uma
entidade;
 Ajuda a manter consistências descritivas entre as informações por segmento
apresentadas no anexo/notas explicativas às DF, por um lado, e as informações
financeiras e não financeiras apresentadas noutras partes do relatório anual (como a
secção de revisão de negócios e carta do presidente) ou outras informações publicadas
pelas entidades, por outro;

2.1.2. Desvantagens do relato por segmento

As desvantagens do relato por segmentos, frequentemente associados à adopção da referida,


podem ser apontadas as seguintes:

 Dificuldade do utilizador das DF fazer comparações ao nível dos segmentos numa


mesma entidade ou entre entidades diferentes porque podem ser usadas diferentes
estruturas de gestão interna, diferentes medidas não baseadas em IFRS e diferentes
políticas contabilísticas (por exemplo, diferentes formas de alocação de custos).
Contudo, até certo ponto, de referir-se que o problema da falta de comparabilidade
entre segmentos de uma mesma entidade pode ser minimizado pela exigência
adicional de divulgações que as entidades devem efectuar. O utilizador terá então que
ter o ónus relativo à interpretação dessas informações;
 Algumas dificuldades no processo de auditoria, especialmente, na verificação de
informação, tais como as relativas às alocações de custos comuns, transferências inter-
segmentos, e aos preços de transferência;
 Avaliações menos precisas dos utilizadores das DF em virtude da não apresentação na
maioria das entidades de informação por segmentos na forma matricial. Algumas
entidades, apesar de apresentarem o relato por segmentos na base, tanto por linha de
negócios como por área geográfica, fornecem tais informações de forma separada e
6

não em forma de matriz de apresentação, que proporciona maior percepção sobre a


inter-relação e o grau de comprometimento entre os dois tipos de bases segmentais;
 Possível redução de benefícios futuros para as entidades que divulguem certas
informações, como as contidas no relato por segmentos. As entidades para as quais os
custos percebidos excedem os benefícios, tendem a informar segmentos mais
agregados e menos informação por segmento. A sub-divulgação é, essencialmente,
incentivada para minimizar custos de agência e de propriedade;
 Possível falta de acesso dos utilizadores das DF a informações geográficas chave. Se
tal informação não estiver, por via da normalização contabilística, abrangida pelos
requisitos de divulgação, e se esta não for (supostamente) preparada para uso interno,
a mesma poderá não vir a ser incluída no âmbito dos segmentos operacionais ou das
DRCE, tendo presente, ainda, a relação entre o custo e o benefício da sua produção e
divulgação.
 Possível redução de benefícios futuros para as entidades que divulguem certas
informações, como as contidas no relato por segmentos. As entidades para as quais os
custos percebidos excedem os benefícios, tendem a informar segmentos mais
agregados e menos informação por segmento.

2.2. Práticas do relato por segmento a nível nacional e internacional

Os estudos sobre as práticas de relato por segmentos, de referir-se que a maioria das entidades
utiliza uma base de segmentação de produtos ou serviços (linha de negócios) para os seus
segmentos operacionais. Poucas são aquelas que relatam segmentos operacionais por área
geográfica e um misto ou uma matriz de ambos (Altintaş, 2010).

À luz da IFRS 8, o número médio de segmentos operacionais (de negócios e geográficos


conjuntamente) divulgados por entidade situou-se, na generalidade, entre os três e os cinco
segmentos.

A diferença de resultados vária no foco da análise (segmentos de negócios e geográficos


analisados conjuntamente ou separadamente), nos dados recolhidos (por exemplo,
considerados como segmentos apenas os segmentos operacionais ou também da informação
nas DRCE) e da amostra estabelecida (todas as entidades, ou só as entidades que divulgaram
vários segmentos, ou só as entidades que divulgaram segmentos de negócios ou geográficos).

Dos itens de informação por segmento operacional de divulgação voluntária mais comuns
destacam-se os itens adicionais da demonstração de resultados e do balanço, informações
7

sobre os empregados, informações sobre gastos com pesquisa e desenvolvimento e


informações sobre fluxos de caixa.

A IFRS 8 (International Financial Reporting Standards), exige também que sejam prestadas
informações adicionais sobre produtos e serviços, áreas geográficas e os principais clientes, se
as mesmas não estiverem integradas nos segmentos operacionais relatáveis. Atais informações
a IFRS 8 dá-lhes o nome de DRCE. Uma vez que a maioria das entidades divulgam
informações sobre segmentos operacionais de produtos e serviços, grande parte das entidades
divulga, em contrapartida, mais informação sobre áreas geográficas do que sobre produtos e
serviços nas DRCE.

2.3. Determinantes da divulgação de informação por segmentos

São vários os estudos, pré e pós-IFRS 8, que indicam a existência de factores que influenciam
o nível de divulgação de informação por segmentos (número de segmentos relatados ou
número de itens de informação obrigatórios ou voluntários por segmento divulgados).

De entre vários factores possíveis, estes estudos analisam mais propriamente um leque de
características intrínsecas às entidades, designadamente a dimensão, a rendibilidade, o
crescimento, a alavancagem financeira, a indústria, o país domicilio, o nível de presença em
bolsas internacionais, entre outros seguidamente apresentados.

Herrmann & Thomas, (1996), afirma que, dos factores que apresentam uma relação positiva e
significativa com o nível de divulgação de informação por segmentos, destacam-se os
seguintes: dimensão, nível de presença em bolsas internacionais, idade (incluindo o tempo
que uma entidade está cotada), rendibilidade, alavancagem financeira, nível de dispersão do
capital, barreiras à entrada.

As entidades de maior dimensão divulgam mais do que as pequenas entidades porque


normalmente estão mais expostas aos mercados, conseguem incorrer a menores custos de
produção e divulgação de informação pelos seus sistemas de informação mais avançados (ou
têm mais facilidade em pagar estes custos), estão sujeitas a menores custos potenciais de
desvantagem competitiva (custos de propriedade) dado que são mais complexas,
diversificadas e têm mais recursos, sendo mais capazes de se defenderem contra acções dos
seus concorrentes, e para evitar enfrentar elevados custos de agência e políticos (sindicatos,
órgãos reguladores governamentais e órgãos fiscais)

As entidades mais antigas tendem a divulgar mais do que as entidades mais jovens porque
estão menos susceptíveis a desvantagens competitivas e revelam maior experiência,
8

maturidade e conhecimento das necessidades de informação dos analistas financeiros, estando


mais bem preparadas, a um custo mais baixo, para a recolha, produção e divulgação de
informação.

As entidades com maior número de accionistas tendem também a divulgar mais por forma a
reduzir os conflitos de interesses entre directores (accionistas) e agentes (gestores) e,
consequentemente, os custos de agência, através da redução das assimetrias de informação
entre as duas partes.

Relativamente aos sectores onde as entidades divulgam mais, Alfaraih e Alanezi (2011)
referem que a associação positiva se verifica no contexto das entidades financeiras, visto que
a maioria destas possui sistemas de informação que permitem facilmente, e com o mínimo de
custos, recolher e processar informação.

2.4. Impacto da introdução ou alteração da norma

Segmento pode facilitar a comparação entre empresas do mesmo sector, permitindo uma
análise mais precisa do desempenho e da posição financeira de cada empresa. Isso pode
beneficiar investidores, credores e outros stakeholders na avaliação do valor e do risco dos
negócios.

Além disso, a norma do relato por segmento pode promover a transparência e a prestação de
contas por parte das empresas, fornecendo informações mais detalhadas sobre as diferentes
linhas de negócio e regiões geográficas em que operam. Isso pode ajudar a identificar áreas de
crescimento ou desafios específicos e orientar estratégias futuras.

Os estudos referem que a “abordagem de gestão” da IFRS 8 fez aumentar o número de


segmentos divulgados (maior desagregação), mas provocou uma diminuição na divulgação de
itens de informação por segmento. Em particular, a informação geográfica é mais específica
(são divulgados mais segmentos de países específicos do que continentes ou regiões), mas a
divulgação de informação por área geográfica é menor. Especificamente, destacam-se de
seguida os resultados mais importantes e semelhantes que foram observados nestes estudos.

 Objectivos da introdução ou alteração da norma do relato por segmento

Os principais objectivos da introdução ou alteração da norma do relato por segmento são


aumentar a transparência, melhorar a comparabilidade das informações financeiras, fornecer
uma visão mais precisa do desempenho e posição financeira das empresas, facilitar a tomada
de decisões dos usuários das demonstrações contáveis e promover a prestação de contas das
9

empresas em relação às suas operações segmentadas. O impacto dessas mudanças é criar um


ambiente mais informado e confiável para os investidores e outros stakeholders.

Para evitar impactos negativos da introdução ou alteração da norma, é importante que as


empresas se preparem adequadamente, compreendendo as novas exigências e implementando
sistemas e processos para coletar e apresentar as informações segmentadas de forma precisa e
consistente. Além disso, é essencial que as empresas comuniquem claramente as mudanças
aos seus stakeholders e forneçam orientações adequadas para interpretar os novos relatórios
segmentados. A consulta a especialistas contáveis e a adopção de boas práticas de governança
corporativa também podem ajudar a mitigar potenciais impactos negativos.
10

3. Conclusão

Chegado a esse ponto concluiu-se que, o relato por segmento é importante porque permite
uma análise mais precisa e detalhada do desempenho financeiro de cada segmento de negócio.
Isso ajuda na identificação de áreas lucrativas, identificação de tendências, alocação eficiente
de recursos e tomada de decisões estratégicas informadas para maximizar a rentabilidade e o
crescimento da empresa.

É relevante para atender às exigências de transparência e divulgação de informações


financeiras, tanto para investidores quanto para órgãos reguladores. Isso proporciona uma
visão clara e objectiva das operações da empresa, promovendo a confiança e facilitando a
avaliação do desempenho geral da organização.
11

4. Referências bibliográficas

Alfaraih, M. M., & Alanezi, F. S. (2011). What explains variation in segment reporting?
Evidence from Kuwait. International Business and Economics Research Journal, 10(7), 31-46.
ISSN: 2157-9393.

Altintaş, T. (2010). Switching to IFRS 8 and its impact on the Turkish listed companies.
Sosyal Bilimler Dergisi, (2), 98-107. ISSN.

Borges, A., & Rodrigues, J. A. (2014). Contabilidade e Finanças para a Gestão (5ª ed.).
Lisboa: Áreas Editora. ISBN.

Bugeja, M., Czernkowski, R., & Moran, D. (2015). The impact of the management approach
on segment reporting. Journal of Business Finance & Accounting.

Herrmann, D., & Thomas, W. (1996). Segment reporting in the European Union: Analyzing
the effects of country, size, industry, and exchange listing. Journal of International
Accounting, Auditing and Taxation.

Você também pode gostar