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Atividade 08

O documento aborda o conceito de narcisismo através da análise psicanalítica dos personagens do filme 'Beleza Oculta'. Através das experiências de luto e melancolia dos personagens, como Howard, Claire e Whit, o texto explora como o narcisismo pode se manifestar em diferentes formas de sofrimento e busca por conexão. O autor conclui que o narcisismo é uma parte inerente da condição humana, sendo importante entender como ele se expressa em nossas vidas.

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O documento aborda o conceito de narcisismo através da análise psicanalítica dos personagens do filme 'Beleza Oculta'. Através das experiências de luto e melancolia dos personagens, como Howard, Claire e Whit, o texto explora como o narcisismo pode se manifestar em diferentes formas de sofrimento e busca por conexão. O autor conclui que o narcisismo é uma parte inerente da condição humana, sendo importante entender como ele se expressa em nossas vidas.

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Atividade 08 – O mito de Narciso.

David Rodrigues Silva Neves

(Questão) ATIVIDADES DO MÓDULO

"O narcisismo das pequenas diferenças é a obsessão por diferenciar-se daquilo que resulta mais
familiar e parecido" - Sigmund Freud

ATIVIDADES DO MÓDULO

1. Releia com atenção os slides da aula

2. Leia o capítulo 13 do livro Fundamentos Psicanalíticos escritos por David E. Zimerman

3. Assista o filme "Beleza Oculta"

4. Faça uma análise psicanalítica dos personagens do filme levando em consideração o


narcisismo, após construa seu texto relatando sua análise. Para ajudar pense: "será que a
fixação em um sofrimento também é um ato narcisista, a fixação da energia do libido no ego?

OBJETIVO

Aluno deve compreender o conceito de Narcisismo, e desenvolver a habilidade de reconhecimento


do Narcisista, utilizando o exercício de analisar os personagens do filme.

O narcisismo nosso de cada dia.

Começarei meu texto respondendo a questão de análise proposta, no final do questionário:


será que a fixação em um sofrimento também é um ato narcisista, a fixação da energia da
libido no ego? Seria impossível pensar em responder tal questão, baseando-se em temas gerais. A
observação e a análise propriamente dita precisam estar posta em campo específico. Um exemplo:

1
Necessitamos nos determos em um caso particular, ou debatendo uma teoria que tenda a ser mais
universal, após o apanhando de muitas situações particulares. A fixação do sofrimento pode ou não
ser um ato narcisista. Para tal, temos que nos debruçar sobre o fato em si e analisar o quanto
necessário seja, antes de iniciamos um processo de direcionamento na terapia. Baseando-se no
personagem do filme, poderíamos dizer que também há um dado narcísico em jogo, mas não
somente isso e muito provavelmente, uma não patologia sobre. Vamos às exemplificações.

O filme beleza oculta traz a tona muitos comportamentos interessantes. Luto parental,
melancolia, estresse pós-traumático, compulsão sexual, fantasia psicótica e até mesmo um caso de
workaholic. Claire simboliza esse último. Trabalhando de forma incessante e até mesmo destrutiva,
começa a perceber o quanto deixou para traz o sonho de ser mãe e ter uma família. Se dedicando
integralmente a função na empresa, ela começa a se dar conta, em contato com o personagem
tempo, o quanto perdeu em realizações pessoais que penara ter podido alcançar. A mensagem final
para com essa personagem traz um alento e uma proposta de reflexão: “Não precisa ter, precisa
passar por você”.

Whit já encara uma situação ligada à paternidade e a compulsão por sexual. Lançando mão dos
conselhos da atriz que representa o amor, e por um processo de autoanálise, que atravessa todos
os personagens do filme, ele consegue se reaproximar se da filha e pelos menos, estabelecer um
canal de comunicação. É dele também que parte a ideia mais imprescindível e fantástica. Ao
conviver por anos, com uma mãe que sofre de Alzheimer, ele tenta desesperadamente trazer seu
amigo a luz da realidade, incitando um enfrentamento psíquico dentro da própria fantasia do
desamparo. Contrata, juntamente com os outros dois sócios, três pessoas para assumirem a forma
dos temas para a qual Howard escrevia. “Usar a própria fantasia para se comunicar com alguém em
situação deslocada da realidade.”

O próximo personagem é Simon. Esse tece sua trama a partir do conhecimento que tem de
sua debilidade física que o levará a óbito em pouco tempo. Relacionando-se mais com a atriz que
interpreta a morte, ele passa a entender e compreender, que precisa abrir mão de sua convicção
sobre manter segredo sobre tal enfermidade.

Já Howard, personagem principal onde todo o drama do filme circula, é um pai atormentado
pelo falecimento recente de sua filha Lívia de seis anos de idade. Trancado em si mesmo, e
rompendo com a realidade de forma psicótica, em algumas situações, ele fica naquilo que podemos
chamar de estado de preservação. Passando por um processo de luto e melancolia pesado, e
visivelmente em um estado depressivo, ele oscila entre momentos de aceitação do fato e outro de

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total repudio com as instâncias atemporais e palpáveis como o amor, o tempo e a morte. O estresse
pós-traumático dele é tão avassalador que começa a escrever cartas, e as envia-las, a essas
instâncias citadas acima. Tudo muda quando ele começa a se deparar com as atrizes e o ator,
contratado por seus sócios, que encarna os objetos que ele se direcionava em cartas. No fim, ele
consegue até se lembrar, pois havia recalcado quem era sua mulher e também o nome da filha.

Após a apresentação parcial dos fatos, juntamente com o desenrolar das tramas do filme,
vamos a algumas observações e análise. Sob o prisma do narcisismo, podemos entender toda essa
posição, permeia os comportamentos e ações no plano cotidiano. Discutindo as aulas do módulo,
como também as leituras teóricas, entendemos que o processo atrelado ao narcismo primário e o
secundário é imprescindível. O desenrolar desse evento irá se desembocar no complexo de Édipo.
Assim, pensando de forma especifica com relação aos atores do filme, é factível que Howard, o
personagem principal, ao entrar em um luto profundo, demonstrou aspectos narcísisticos, bem
como os demais. Entendendo que essa posição perpassa por toda nossa existência, de uma forma
ou de outra, é plausível, em situações de vida das quais há uma complexidade mais aguçada, que
tais demandas psíquicas afloram com uma certa proporcionalidade em virtude das intensidades dos
traumas ou mesmo dentro do processo terapêutico.

Portanto, devemos entender que o narcisismo é algo inerente a muito necessário em nossa
constituição humana. O que precisamos nos deter, com maior afinco, versa sobre a forma como
essa posição nos foi constituída e de como, atualmente, lhe expressamos tais especificidades.
Em minha análise pessoal, pude detectar algumas dessas características. Acredito que entre a
patologia e o que vou chamar de narcismo saudável, há uma infinidade de observações e análises a
se fazer.

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