Progress Testing 2020 Parte 2
Progress Testing 2020 Parte 2
Parte II
A prova tem a duração de 240 minutos, sendo ministrada em duas partes de realização
obrigatória, I e II, com a duração de 120 minutos cada. Cada uma das partes terá 75
perguntas de escolha múltipla, com 5 opções para assinalar a resposta mais correta.
Nesta edição do Progress Testing FMUL realizada on-line, a prova será disponibilizada
na plataforma Fénix a todos os alunos inscritos. A Parte I estará disponível para
preenchimento on-line entre as 9:00 e as 11:00 do dia 21 de março de 2020. Existirá
um intervalo de 30 minutos entre a primeira e a segunda partes. A Parte II estará
disponível para preenchimento on-line entre as 11:30 e as 13:30.
Cada uma das partes da prova inicia-se exatamente à hora marcada (9:00 e 11:30).
Caso os alunos tenham o Fénix iniciado antes dessa hora, poderão não conseguir
visualizar o acesso automaticamente. É necessário que acedam ao Fénix pelo menos
alguns segundos após as 9:00 (Parte I) e após as 11:30 (Parte II). Eventualmente terão
de fechar a sessão e voltar a entrar.
O enunciado de cada uma das partes da prova está disponível no início do formulário
através de link (deve copiar o link e colar no browser).
Mediante as questões que estão no enunciado, deve registar a sua opção de resposta
no formulário. Por motivos de índole técnica, as perguntas da Parte I estão numeradas
de 2 a 76, não havendo pergunta 1.
Quando concluir cada parte da sua prova, pressione “Concluir” (poderá ter de
pressionar mais do que uma vez). Caso não pressione “Concluir”, a plataforma regista
à mesma as opções de resposta que colocou até ao prazo de encerramento (11:00 e
13:30 para as Partes I e II, respetivamente).
1
Enquanto o teste estiver ativo pode alterar o seu sentido de resposta em todas as
questões. Assim que a plataforma encerrar, já não será possível registar mais
respostas.
Recordamos que para ter acesso aos resultados tem de realizar a sua inscrição e
participar nas duas partes da prova.
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77. Um homem de 72 anos recorre ao seu médico de família por queixas de tremor nas
mãos. Estas queixas tinham começado 3 meses antes e afetavam ambas as mãos.
Apresentava como antecedentes pessoais hipertensão arterial, queixas dispépticas
desde há meses, cefaleias ocasionais e dor lombar. Encontrava-se medicado com
propranolol 20 mg tid, metoclopramida 10 mg bid (iniciado há 5 meses) e ibuprofeno
400 mg em SOS. Na observação clínica foi documentado um tremor de repouso e
postural simétrico e uma ligeira bradicinésia e rigidez nos membros superiores.
Quando questionado referiu que o tremor era a queixa mais desconfortável.
78. Um homem de 42 anos recorre ao seu médico de família por queixas de alteração
do equilíbrio que iniciou duas semanas antes e já causaram uma queda. Apresenta
como antecedentes pessoais um quadro clínico de epilepsia desde os 25 anos, para o
qual se encontra medicado com carbamazepina 400 mg tid. Coincidente com as
queixas de alteração do equilíbrio refere ter apresentado febre e dificuldade
respiratória, para o qual foi medicado numa urgência hospitalar com azitromicina.
Apresenta como outros antecedentes clínicos apendicectomia aos 18 anos e
enxaqueca. Efetua ainda medicação adicional com domperidona e zolmitriptano 5 mg
em SOS. Na observação durante a consulta apresentava uma marcha com a base
ligeiramente alargada e nistagmo.
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79. Doente de 44 anos, enviado ao Serviço de Urgência por sensação de grande
cansaço e astenia, referindo a família que o tinham encontrado caído na casa de
banho, muito pouco responsivo, apesar de ter recuperado rapidamente. Negava dor
abdominal ou perdas hemáticas. Nos antecedentes pessoais de referir consumo de
álcool de cerca de 60 g/dia. À entrada apresentava aminotransferases elevadas com
ALT de 323 U/L, AST de 1290 U/L, bilirrubina normal e LDH de 1270 U/L. Tinha Hb:
11,9, e plaquetas de 77 000 x 106/L. No dia seguinte, a ALT atingiu o valor de 685 U/L e
a AST 4087 U/L, mantendo a LDH elevada. Três dias depois as aminotransferases
tinham descido, com ALT 180 U/L, AST 234 U/L e LDH 190 U/L. Foram pedidos
marcadores vírus B e C, que foram negativos.
a) Hepatite hipovolémica.
b) Hepatite viral E.
c) Intoxicação por cogumelos Amanita phalloides.
d) Hepatite medicamentosa.
e) Hepatite alcoólica.
80. Doente do sexo masculino, com 47 anos de idade, sem patologias conhecidas, com
consumo de álcool - 120 g/dia. Admitido por quadro de hematemeses em moderada
quantidade. À observação, encontra-se vigil, orientado, eupneico, com TA 80/45
mmHg, FC 115 bpm e exame torácico, abdominal e dos membros sem alterações
relevantes. Laboratorialmente, tem Hb 12 g/dl, GB 14000 x 106/L, plaquetas 80 000 x
106/L, creatinina 1,1 mg/dl, Ureia 87 mg/dl, e PCR 1,3 mg/dl.
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81. Um homem de 70 anos recorre a uma consulta externa por cansaço significativo de
instalação nos últimos 4 meses. Ao exame objectivo apresenta palidez da pele e
mucosas, escleróticas anictéricas e baço palpável 10 cm abaixo do rebordo costal
esquerdo. Os exames laboratoriais revelam: Hb 8,1 g/dL, VGM 93 fL, leucócitos 8940 x
106/L, com contagem diferencial normal, plaquetas 222000 x 106/L. Tinha ferritina de
63 ng/mL e LDH 730 U/L.
a) Mielofibrose primária.
b) Leucemia mielóide aguda.
c) Leucemia mielóide crónica.
d) Síndrome mielodisplásica.
e) Beta talassémia major.
82. Uma mulher de 57 anos surge com cansaço importante. O exame objectivo revela
palidez da pele e mucosas, bem como escleróticas levemente ictéricas. Tem os
seguintes resultados laboratoriais: Eritrócitos 1,65 x 1012/L, Hb 7,0 g/dL, VGM 124 fL,
ferritina 176 ng/mL, leucócitos e plaquetas em número normal.
a) Esferocitose hereditária.
b) Talassémia major.
c) Carência de vitamina B12.
d) Anemia hemolítica imune.
e) Défice DG6F.
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83. Um homem de 59 anos, com história de cirrose hepática alcoólica, realizou uma
ecografia abdominal de rotina na qual se identificou uma lesão sólida com 2 cm no
lobo direito do fígado e ascite (figura).
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84. Adulto de 45 anos, previamente saudável, com hábitos tabágicos, recorre ao
serviço de urgência na sequência de cefaleia súbita após esforço físico intenso, descrita
como “a pior de sempre”. Mantém cefaleia holocraniana e rigidez da nuca. Apirético.
Ligeira elevação da tensão arterial. Realizou tomografia axial computorizada, que
mostrou densificação das cisternas da base, valas sílvicas e sulcos corticais e ligeira
ectasia dos ventrículos laterais.
a) Hematoma parenquimatoso.
b) Trombose venosa cerebral.
c) Meningite viral.
d) Hemorragia subaracnoideia.
e) Hematoma subdural agudo.
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85. Doente do sexo masculino, 22 anos de idade, com múltiplos episódios desde a
adolescência de edema assimétrico da face, extremidades e/ou genitais. Este edema
não se acompanhava de eritema nem de prurido, sendo por vezes doloroso,
principalmente quando afetava as mãos ou os pés e originando marcada deformação
facial. Negava outras localizações ou outras queixas. Estes episódios tinham em geral
uma duração de 4 a 6 dias e não respondiam de forma significativa à terapêutica com
antihistamínicos ou corticosteroides sistémicos. Recorre ao serviço de urgência na
sequência de mais um destes episódios (o terceiro este ano), com edema da face,
causando desfiguração, edema da mão direita com impotência funcional, sem prurido
ou eritema.
a) Alergia alimentar.
b) Síndrome de hiper-IgE.
c) Imunodeficiência comum variável.
d) Deficiência de C1 inibidor.
e) Doença de Behçet.
86. Uma doente de 25 anos com história de episódios de diarreia crónica sem sangue
desde a adolescência e infeções respiratórias bacterianas (Pneumococus e
Haemophilus) recorrentes.
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87. Um jovem de 17 anos apresenta-se ao seu médico com dor de garganta e dores
inespecíficas no corpo há mais de 5 dias. Ele vive com os pais. É sexualmente ativo,
mas usa preservativos. Tem febre de 38,6ºC, uma frequência cardíaca de 98/min e
uma pressão sanguínea de 110/73 mmHg. Apresenta linfadenopatia no pescoço. A
orofaringe é hiperémica e as amígdalas parecem aumentadas de volume. Um
hemograma mostra:
Hb: 15 g/dL (14-16)
Leucócitos: 11200 m3 (valores de referência: 4000-11000)
Neutrófilos: 42%.
Linfócitos: 50%.
Monócitos: 4%.
Eosinófilos: 3%.
Basófilos: 1%.
Um esfregaço do sangue periférico mostra 9% de linfócitos atípicos.
a) Citomegalovírus.
b) Streptococcus do grupo A.
c) Corynebacterium diphteriae.
d) Toxoplasma gondii.
e) Vírus Epstein-Barr.
88. Uma mulher de 54 anos apresenta-se na Urgência com diarreia que começou na
véspera. As fezes estão líquidas e, às vezes, parecem ter sido sanguinolentas. Três dias
antes esteve numa festa e comeu frango que não estava suficientemente cozido.
Procede-se a coprocultura. No meio de SS e MacConkey crescem apenas bactérias
fermentadoras de lactose. Passados três dias isola-se Campylobacter jejuni.
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89. Uma mulher de 23 anos apresenta-se pela terceira vez ao médico de família com
polaquiúria e dor à micção. Nega febre e dor lombar. No primeiro episódio há 3
semanas tinha sido medicada com amoxicilina por 3 dias e no segundo episódio há
uma semana com ciprofloxacina por 3 dias. Análise da urina com tiras (dipstick) mostra
resultados positivos para a esterase dos leucócitos e nitritos. Um exame microscópico
(entre lâmina e lamela) revela muitos bacilos por campo microscópico.
Qual dos seguintes antibióticos é mais indicado para o tratamento desta infeção em
ambulatório (por via oral)?
a) Ciprofloxacina.
b) Gentamicina.
c) Metronidazol.
d) Amoxicilina
e) Ceftazidima.
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91. Engenheiro petrolífero de 43 anos trabalha numa plataforma “offshore”. Volta
para as férias de Natal, mas na viagem está forçado a passar duas noites numa pensão
num campo no Norte de Angola por corte da estrada. Apresenta-se na Urgência em
Lisboa com febre alta (39,9ºC), calafrios e dois episódios de diarreia. Refere que havia
um “surto” de uma infeção gripal na plataforma. Enquanto esperava no Norte de
Angola para seguir viagem viu-se forçado a comer frango que ele achou não ter sido
cozido adequadamente. Refere também que havia muitas moscas na pensão.
Face a esta situação clínica qual lhe parece ser a marcha de diagnóstico prioritária?
Qual das seguintes atitudes é a mais adequada para ajudar a reduzir o sofrimento
deste paciente?
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93. Mulher de 22 anos, estudante universitária, equilibrada, que no regresso de uma
festa de aniversário de um amigo deu boleia a um amigo do amigo que não conhecia.
Nas conversas na festa tinham percebido que viviam para os mesmos lados. Na viagem
ao atravessarem uma zona mais isolada, o rapaz, que estava ligeiramente alcoolizado,
erotizou a conversa e fez um avanço físico que a obrigou a parar. Depois de um
momento de espanto e paralisia a Maria, com algumas escoriações e hematomas,
conseguiu expulsá-lo do carro. A primeira reação foi de alívio e de regozijo pela forma
como se tinha defendido e resolvido a situação. Não falou do sucedido com ninguém,
incluindo as colegas de casa, as amigas mais próximas ou o namorado que estava em
Londres. Deu uma desculpa ao lado para os arranhões e nódoas negras. Nas semanas a
seguir foi-se sentindo estranha e entorpecida, tentava não pensar no assunto, mas por
vezes surgiam imagens muito vividas, angustiantes, dele a agarrá-la e a mexer-lhe. Não
se conseguia concentrar, sentia-se sempre inquieta e irritava-se com tudo. Resolveu
procurar a sua médica de MGF.
Qual dos seguintes é o passo inicial mais adequado para a gestão clínica desta pessoa?
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94. Mulher de 69 anos, trabalha como chefe de contabilidade num banco, é trazida ao
serviço de urgência por agitação com agressividade, desde há dois dias. A doente
estava a fazer um cruzeiro e iniciou, subitamente, quadro de agitação, com alucinações
visuais, que motivaram a sua evacuação. Referia que “andavam homens a querer
matar-me no navio (…) o mundo vai acabar, há cabeças no ar… e paus também, não
quero (…)”. Como AP há referir dispepsia funcional, medicada com pantoprazol, HTA
medicada com amlodipina, e dislipidémia, com rosuvastatina. Tinha também
escopolamina transdérmica, para o “enjoo do navio”. Tem HF de Doença de Alzheimer
no pai, que morreu aos 80 anos, e de três tias maternas. À observação, apresenta-se
com alterações do comportamento, tenta agarrar objetos que não existem e o
pensamento tem uma série de alterações delirantes, paranoides, e outras
fragmentadas, sem qualquer sistematização.
a) Delirium.
b) Demência em fase inicial.
c) Depressão com sintomas psicóticos.
d) Esquizofrenia de início tardio.
e) Perturbação delirante persistente.
95. Homem de 35 anos, com o 11.º ano, sem atividade profissional, solteiro. Apresenta
um quadro de persistente ideação delirante paranoide, autorrelacionação, atividade
alucinatória acústico-verbal e olfativa, alterações formais do pensamento, hostilidade,
obsessões, ansiedade marcada, dificuldades cognitivas, compromisso da motivação e
isolamento social. A doença teve início insidioso na sua juventude e comprometeu a
sua atividade académica e profissional. Tem uma evolução com sintomatologia
deficitária. Para além de ter motivado internamentos por descompensação, originou
também uma marcada incapacidade para o trabalho e dependência do cuidado de
terceiros. Tem antecedentes pessoais de obesidade e diabetes tipo 2 parcialmente
compensada.
a) Clozapina.
b) Diazepam.
c) Olanzapina.
d) Risperidona.
e) Sertralina.
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96. Homem de 26 anos é observado na urgência referindo estar “viciado” na cocaína.
Embora com um diagnóstico de adição à cocaína está em boa forma física e não tem
outro problema médico significativo. No começo da entrevista é educado e até
cativante. Tem a expectativa de que irá ser internado. No entanto, fica extremamente
irritado, chegando mesmo a ameaçar, quando percebe que poderá ser frustrado nos
seus intentos. Reclama do mau serviço que está a receber porque é um doente como
outro qualquer. Quer uma cama no hospital e medicação, e se isso não for
providenciado diz que estão a forçá-lo a sair dali e ter de ir roubar e possivelmente
ferir alguém, pois já não tem dinheiro para sustentar o seu "vício". Reforça várias vezes
que está realmente preparado para deixar o "vício" e promete que isso acontecerá se
lhe derem uma oportunidade.
97. JLM, sexo masculino, 21 anos, estudante, com um quadro clínico dominado por
pensamentos intrusivos, ansiogénicos, que tenta afastar sem sucesso, “penso que
quero fazer mal aos meus irmãos, que os quero agredir, fazer-lhes coisas más”... Após
um período de mais de um ano a tentar superar sem ajuda médica esta situação, acaba
por ter de recorrer à consulta. Além de um sofrimento psíquico significativo, há
também limitações no seu funcionamento social e ocupacional (deixou de sair com a
família e os seus estudos estão comprometidos).
a) Esquizofrenia.
b) Perturbação de Ansiedade Generalizada.
c) Perturbação de Pânico.
d) Perturbação Delirante.
e) Perturbação Obsessiva Compulsiva.
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98. LF, sexo feminino, 19 anos, estudante, recorre à consulta alegando que “oiço umas
vozes que comentam tudo aquilo que faço, e me chamam nomes”. Quando
questionada sobre os autores dessas “vozes”, a doente refere que “a minha mãe e o
meu pai dizem que não está lá ninguém, mas eu sei que é a máfia que anda atrás de
mim”. Esta sintomatologia mantém-se há cerca de 8 meses e acarreta também
limitações no seu funcionamento social e ocupacional (deixou de sair de casa e deixou
de ir à escola).
a) Esquizofrenia.
b) Fobia Simples.
c) Perturbação de Ansiedade Generalizada.
d) Perturbação de Pânico.
e) Perturbação Obsessiva Compulsiva.
99. MH, sexo masculino, 43 anos, recorre ao médico porque recentemente mudou de
trabalho, para um escritório que fica no 15.º andar de uma torre em Lisboa, e o facto
de não conseguir andar de elevador está a por em causa a manutenção do mesmo.
Desde criança que refere “medo, intenso e incontornável de andar de elevador”, “só o
facto de pensar em elevadores causa ansiedade”.
a) Antidepressivos.
b) Antipsicóticos.
c) Electrochoques.
d) Psicanálise.
e) Psicoterapia Cognitivo-Comportamental.
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100. ML, sexo feminino, 21 anos, recorre ao médico queixando-se de dor retro-
esternal (no peito), náuseas e diarreia, associados a um medo exagerado e constante
de tudo. Estas queixas duram há mais de um ano, e agravam-se quando a doente tem
exames da faculdade, mas no entanto nunca desaparecem completamente. Fez vários
exames médicos e em todos eles os resultados foram negativos.
a) Ansiolíticos.
b) Antipsicóticos.
c) Electrochoques.
d) Psicoterapia Cognitivo-Comportamental e um antidepressivo adequado para
tratar a ansiedade.
e) Um antidepressivo adequado para tratar a ansiedade.
101. NK, de 20 anos, é trazido ao médico pela mãe porque refere que ele tem se
fechado muito no quarto, passa a vida a “falar com Deus, e a rezar”. Os pais são
católicos e ele teve uma educação muito religiosa, mas a mãe diz que “isto é demais”,
“ele só pode estar maluco”. Refere que a vizinha acabou de ser internada no hospital
porque “dizia que falava com deus a toda a hora”. Quando falamos diretamente com o
paciente ele refere que sente um chamamento e que quer ir para padre, acha que tem
vocação, sendo uma ideia que já está a ser ponderada há alguns anos. Esta situação
não tem tido influência nos seus estudos nem na sua convivência com os amigos
(continua a sair com alguns amigos).
a) Humor delirante.
b) Humor eufórico.
c) Ideias delirantes.
d) Ideias obsessivas.
e) Ideias sobrevalorizadas no contexto de um perfil religioso.
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102. Um casal é seguido num serviço de medicina da reprodução, tendo em vista
diagnosticar e ultrapassar uma situação de infertilidade. É feita biópsia testicular cujo
resultado é normal.
103. Uma criança de 3 anos é levada pelos pais ao centro de saúde pelo aparecimento
de área cutânea avermelhada, dolorosa, e com presença de flictenas, situação
acompanhada por febre e calafrios. O quadro instalou-se após ida prolongada à praia.
Foi confirmada queimadura solar. Estas situações ocorrem fundamentalmente na pele
fina.
Qual dos seguintes critérios é mais importante para o diagnóstico histológico de pele
fina?
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105. Na avaliação diagnóstica de um doente com suspeita de linfoma é feita biópsia a
três gânglios cervicais ligeiramente aumentados. O resultado revela ausência de
alterações.
106. No follow-up de uma infeção por vírus do papiloma humano, uma mulher faz uma
biópsia do colo uterino, que é normal.
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107. Homem de 55 anos, trabalhador fabril, foi enviado pelo seu médico de família
para a consulta de cirurgia. Refere que desde há 3 semanas fica muito cheio e
enfartado após as refeições, mesmo quando come pouco, e nos últimos dias acordou
mais cedo para vomitar: grande volume, maior que o jantar e ainda reconheceu as
couves do almoço. Depois de alguma persistência no interrogatório referiu menos
força para algumas tarefas da fábrica, cansaço para o fim do dia, diminuição da líbido,
desinteresse pelos noticiários, perda de peso (2 furos do cinto) e repulsa pela carne.
Nega dores abdominais, nega hábitos alcoólicos, tabágicos ou toxicófilos. Não está
medicado para nenhuma patologia. Ao exame objetivo, os aspetos mais relevantes
foram: mucosas descoradas e secas; anictérico; prega cutânea; marulho gástrico. Sem
adenomegálias.
a) Carcinose peritoneal.
b) Estenose péptica duodenal.
c) Gastrite crónica ativa.
d) Tumor corpo-caudal do pâncreas.
e) Tumor do antro gástrico.
a) Abcesso apendicular.
b) Anemia crónica.
c) Carcinoma do cólon direito.
d) Doença inflamatória intestinal.
e) Tumor do rim direito.
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109. Doente do sexo feminino, 55 anos, 4 filhos, refere, desde há algumas semanas,
mal-estar nos quadrantes superiores do abdómen, sensação de enfartamento pós-
prandial e náuseas. Há cerca de uma semana, o marido notou que os olhos estavam
amarelos e que esta coloração se tinha agravado e espalhado pela pele de todo o
corpo. Refere que as suas fezes ficaram quase sem cor, mas a urina ficou muito escura.
Desde a véspera da consulta começou a sentir muito prurido no corpo, que tem que
coçar. Não tem febre, nem outras queixas. Não perdeu peso. Toma comprimidos para
dormir há 3 anos. O exame objetivo não revela alterações, exceto as lesões de coceira
na pele.
Dos seguintes exames complementares, qual seria a sua primeira escolha para avaliar
a árvore biliar?
110. Homem de 60 anos, engenheiro civil, vem à Urgência por ter sentido uma
“valente punhalada” na “barriga”, “há menos de uma hora”. Mal chegou ao hospital
pediu para se deitar numa maca, onde se encontra quieto para não agravar a dor.
Consome cerca de 40 cigarros/dia, 8 cafés/dia, prefere a Coca-Cola ao álcool. Costuma
ter dores que passam com a alimentação, pelo que vai quase todas as noites ao
frigorifico comer qualquer coisa ou beber leite. Ansioso, suado, abdómen não-móvel
com os movimentos respiratórios, muito doloroso à palpação superficial. A tensão dos
músculos abdominais não permite a palpação profunda. Pulso radial 110 spm, TA
130/70 mmHg, Saturação de O2 =85%. Pulsos femorais palpáveis, rítmicos, regulares e
simétricos. Extremidades quentes.
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111. Homem de 38 anos, diretor de um grupo informático, recorre ao Serviço de
Urgência por dor epigástrica com irradiação ao flanco esquerdo, com 7 horas de
evolução. Refere ter tido uma festa no dia anterior com consumo de álcool em grande
quantidade. Aguarda cirurgia para remoção da vesicula biliar por litíase. No exame
objetivo: Taquicardíaco, polipneico, temperatura timpânica 39ºC, suado, anictérico,
abdómen não-móvel com os movimentos respiratórios, muito doloroso à palpação
superficial e profunda. Dor à descompressão no epigastro e região umbilical.
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113. Criança de 8 anos cai no pátio da escola e faz uma ferida incisa no primeiro dedo
da mão direita com hemorragia abundante e incapacidade funcional.
a) Administração de antibiótico.
b) Analises de sangue e grupagem ABO Rh para transfusão.
c) Compressão direta da ferida.
d) Desbridamento dos tecidos lesados e verificação se há lesão nervosa.
e) Garrote no antebraço.
114. Rapariga de 22 anos, sem patologias prévias é admitida no SU por quadro de dor
na fossa ilíaca direita desde há dois dias. O médico que a observa coloca como
hipótese diagnóstica mais provável uma apendicite aguda.
Qual dos seguintes quadros não é relacionável com a estenose carotídea direita
mencionada?
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116. Um doente de 73 anos, fumador, hipertenso e portador de dislipidemia foi
referenciado a uma consulta de Cirurgia Vascular por ter sido identificado, numa
ecografia abdominal, um aneurisma da aorta abdominal infra-renal com 6 cm de
diâmetro.
a) Frémito no epigastro.
b) Massa pulsátil e com expansão ao nível do epigastro.
c) Massa pulsátil e com expansão ao nível do hipogastro.
d) Massa pulsátil e sem expansão.
e) Sopro sisto-diastólico no epigastro.
117. Cerca de um mês após uma apendicectomia, uma mulher de 20 anos nota um
pequeno nódulo sob a pele no local da incisão no quadrante inferior direito do
abdómen. O nódulo é excisado e o exame microscópico mostra macrófagos, deposição
de colagénio, pequenos linfócitos e células gigantes multinucleadas, em relação com
material refringente polarizável.
a) Formação de abcesso.
b) Inflamação crónica agudizada.
c) Presença de tecido de granulação exuberante.
d) Formação de granuloma.
e) Cura por segunda intenção.
Qual dos seguintes tipos de células inflamatórias nesta lesão desempenha o papel mais
importante no processo de cicatrização?
a) Linfócitos.
b) Fibroblastos.
c) Macrófagos.
d) Neutrófilos.
e) Plasmócitos.
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119. Uma mulher de 22 anos, tem uma anemia congénita que requer múltiplas
transfusões de eritrócitos. No exame objetivo, a sua pele tem tonalidade bronzeada.
As provas de função hepática mostram albumina sérica reduzida.
a) Amiloide.
b) Bilirrubina.
c) Glicogénio.
d) Hemossiderina.
e) Lipofuscina.
Qual dos seguintes genes tem maior probabilidade de ser afetado por essa mutação?
a) BAX.
b) BCL2.
c) C-MYC.
d) FAZ.
e) p53.
Qual será a causa mais provável das infeções respiratórias neste contexto?
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122. Existem diversas estruturas que surgem, mas não persistem durante o
Desenvolvimento, não sendo já identificáveis no adulto. Os sómitos e os canais
mesonéfricos (ou de Wolf) são exemplo desse tipo de estruturas transitórias,
normalmente precursoras de estruturas definitivas.
25
123. Doente do sexo masculino, 23 anos, com quadro de vómitos e diarreia na ultima
semana. Recorre ao serviço de urgência por síncope de instalação súbita e durando
segundos. Apresenta história familiar de morte súbita. Ao exame objectivo a pressão
arterial é de 124/70 mmHg, o pulso 68 bpm, regular rítmico, a observação cardíaca não
mostra alterações e o restante exame objectivo é também normal. É efetuado
eletrocardiograma que é normal e os exames laboratoriais de rotina não mostram
alterações, incluindo a troponina T de alta sensibilidade. À admissão no serviço de
urgência apresenta novo episódio de perda de consciência, com documentação do
seguinte ritmo cardíaco.
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124. Uma doente com 27 anos, abusadora de drogas ilícitas endovenosas, apresenta-
se no serviço de urgência com história perda de conhecimento e cansaço súbito,
havendo ainda referência a febre arrastada, sem precisar data. Na admissão, a
temperatura axilar é de 38,5ºC, a auscultação pulmonar é normal, a frequência
cardíaca de 105 bpm (regular), auscultava-se um sopro holosistólico de baixa
intensidade, com acentuação inspiratória. A hemoglobina era de 9,5 g/L
(Normo/normo), os leucócitos de 9600/μl e os D-Dímeros encontravam-se
marcadamente elevados. A angioTC mostrou oclusão de um ramo lobar da artéria
pulmonar.
27
125. Um doente do sexo masculino, 31 anos, apresenta-se com queixas de dor na
região precordial, opressiva, que agrava à inspiração profunda, com a tosse e o
decúbito dorsal e alivia com a anteflexão do tronco. O doente refere um quadro
sugestivo de infeção respiratória alta (rinorreia, tosse e odinofagia) cerca de 3 dias
antes do início deste quadro. A pressão arterial é de 110/80 mmHg e o pulso 90 bpm,
regular e rítmico. A observação cardíaca não mostra alterações. A auscultação
pulmonar mostra murmúrio vesicular mantido. Da avaliação laboratorial, destaca-se
ligeira subida de troponina T. Realizou eletrocardiograma mostrado abaixo.
a) Pneumotórax.
b) Pericardite aguda.
c) Miocardite aguda.
d) Enfarte de miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST.
e) Tromboembolismo pulmonar agudo.
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126. Um doente do sexo masculino, 74 anos, apresenta-se no Serviço de Urgência com
um quadro de dor retroesternal, com irradiação para o pescoço e região dorsal,
acompanhada de sudorese intensa e vómitos, com cerca de 1 hora de evolução. Tem
antecedentes de diabetes 2 e dislipidemia não controlados.
127. Este jovem, 30 anos, apresentou-se no serviço de urgência com esta postura após
ter caído num jogo de futebol que estava a fazer com os seus amigos de trabalho.
Tinha dor no ombro e braço, com grande impotência funcional do membro, mas sem
alterações grosseiras da sensibilidade e mobilidade ativa do cotovelo, punho e
mão/dedos. Nega qualquer antecedente pessoal.
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128. Na marcha diagnóstica da lombalgia, qual das alíneas é a mais adequada?
129. Jovem de 22 anos vítima de acidente de mergulho com trauma cervical. À entrada
vígil e colaborante com tensão arterial 90-40 mmHg e frequência cardíaca de 40 bpm.
Apresenta polipneia com respiração diafragmática; faz abdução dos ombros e flexão
dos cotovelos; não faz extensão do cotovelo e não faz flexão do punho e dedos e não
tem mobilidade nos membros inferiores. Apresenta nível de sensibilidade até aos
mamilos.
a) Doente paraplégico com um nível de lesão cervical alto dada a lesão provável
do centro respiratório.
b) Deverão ser administrados soros a fim de tratar o choque medular.
c) A coluna cervical deve ser estabilizada com uma tração craniana.
d) O doente apresenta um quadro de tetraplegia com nível de lesão provável em
C6-C7.
e) O doente deverá ser de imediato ventilado a fim de proteger a via aérea.
130. Uma mulher de 50 anos vem ao Serviço de Urgência por notar uma dificuldade
em falar, falta de força no membro superior direito (força grau 3) e desvio da
comissura labial, que se iniciaram de forma aguda há cerca de uma hora. É hipertensa
controlada com fármacos. A TA à entrada era 140-90 mmHg, não tem febre, nem
evidencia de traumatismo e o restante exame físico é normal. É realizada de imediato
uma TC crânio-encefálica que foi normal.
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131. Homem de 34 anos recorre a consulta de neurologia por queixas de tremor das
mãos. Refere que o tremor começou durante a faculdade, mas que tem aumentado
ligeiramente nos últimos anos. O tremor é mais incomodativo durante a escrita e
quando leva uma colher à boca. Refere também um agravamento em situações de
stress e depois de um esforço físico. Refere que o pai e uma tia paterna tremiam da
cabeça. Não refere outros antecedentes clínicos relevantes para além de
apendicectomia aos 18 anos. Não estava a tomar qualquer medicação.
Considerando que o tremor descrito era incomodativo para o doente nas suas
atividades diárias, qual a opção terapêutica mais adequada?
a) Iniciar alprazolam.
b) Iniciar bisoprolol.
c) Iniciar diazepam.
d) Iniciar pregabalina.
e) Iniciar propranolol.
132. Na observação desta doente encontra: Acuidade visual de 3/0 no olho direito e
projeção luminosa no olho esquerdo, catarata corticonuclear em ambos os olhos, PIO
normal, na observação às 48 horas apresentava VS 53 mm/h e proteína C reativa de 84
mg/l.
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133. Mulher, 34 anos com: Perda progressiva de visão bilateral, não dolorosa, com
recuperação numa semana no olho direito e novo episodio sem recuperação da visão
no olho esquerdo. Tinha tido um episódio anterior com perda de visão do olho direito,
mas com recuperação total. Na ressonância magnética do crânio e orbitas realizada
nesse episódio revelaram-se normais. Na observação apresentava visão de 20/400 no
olho esquerdo. Restante observação normal, com exceção de fenómeno de Tyndall no
vítreo (5-6 células/proteínas) em ambos os olhos, fundo ocular aparentemente normal.
a) Sarcoidose.
b) Sífilis.
c) Doença de Lyme.
d) Síndrome isquémico ocular.
e) Tuberculose.
Acerca deste caso clínico, selecione a opção mais correta em relação aos mecanismos
fisiopatológicos envolvidos:
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135. CC, 18 anos, sexo masculino, recorre ao Serviço de Urgência por queixas de
dispneia súbita, com sibilância, precipitada após exercício físico em ambiente frio, pela
manhã. Refere diagnósticos conhecidos de asma, rinite alérgica e eczema atópico.
Nega hábitos tabágicos ou toxifílicos. Refere cumprir apenas ventiloterapia em SOS nas
crises asmáticas, e anti-histaminico oral durante os meses de primavera. No exame
objetivo, destaca-se taquicardia, taquipneia, tiragem intercostal, sibilos dispersos em
ambos os campos pulmonares e SpO2 de 91%.
136. DD, 19 anos, sexo feminino, recorre ao Serviço de Urgência por vómitos
incoercíveis desde há 8 horas. Refere traumatismo craniano, aparentemente minor, no
dia anterior, no decurso de uma aula de surf. Nega dor abdominal ou diarreia. Nega
contexto epidemiológico. Nega medicação habitual, outras patologias, ou hábitos
toxifílicos. Não deteta qualquer alteração no exame objetivo sumário. No estudo
analítico, destaca-se hiponatremia (Na+ 131 mmol/L) com hipocaliemia (K+ 3,2
mmol/L), sem outras alterações.
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137. EE, 35 anos, sexo feminino, Gesta 1 Para 0, recorre ao Serviço de Urgência por
toracalgia e dispneia súbita, desde há 3 horas, sem outra sintomatologia. No exame
objetivo, constata SpO2 92% e taquipneia, sem outras alterações. O estudo
complementar revelou hipoxemia com hipocapnia, na gasimetria arterial, D-Dímeros
aumentados, Troponina T aumentada e prolongamento do aPTT. A doente foi
submetida a Angio-TC pulmonar, que documentou tromboembolia pulmonar da
artéria pulmonar principal direita. A doente nega patologia conhecida, medicação
habitual ou consumos toxifílicos.
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139. Uma mulher de 78 anos, com diabetes mellitus tipo 2 diagnosticada há cerca de
15 anos, obesa, hipertensa vem à consulta de nefrologia para acompanhamento da
doença renal crónica em estádio 3b (G3A2). Apesar de medicada com valsartan, traz
registo de pressão arterial sistólica acima do objetivo, aumento de peso (+ 2 kg) desde
a última consulta. Refere necessidade de automedicação com ibuprofeno por dores no
joelho esquerdo. Fazia-se acompanhar das seguintes análises de sangue: Hemoglobina
10,5 g/dl, creatinina sérica 2,5 mg/dl, potássio 5 mEq/l e urina II com proteinúria 2+ e
sedimento urinário inocente.
Qual das seguintes atitudes não seria a mais adequada nesta doente?
140. Mulher de 35 anos, caucasiana, recorreu ao seu médico assistente por dores e
edema articulares (mãos e pés). Quando interrogada referiu acentuação da queda do
cabelo e alterações cutâneas em “asa de borboleta” no dorso do nariz. As análises
foram consistentes com o diagnóstico de lupus eritematoso sistémico mas, embora
com função renal normal, o médico suspeitou de envolvimento renal do lupus.
Qual das seguintes alternativas seria mais consistente com esta hipótese?
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141. Mulher de 89 anos, residente em lar, acamada, com síndrome demencial
incipiente foi levada ao Serviço de Urgência por prostração. Há 3 dias manifestava
recusa alimentar. Na admissão a doente está desidratada e a pressão arterial 110/60
com pulso 110/min, rítmico e regular. Foi algaliada com saída de 100 cc de urina
concentrada. As análises revelaram hemoglobina 14 g/dl, leucócitos 10500/mm3,
creatinina 2 mg/dl, sódio 153 mEq/l, potássio 5,5 mEq/l. Gasimetria com pH 7,34, pCO2
38, bicarbonato 22 mEq/l, pO2 90 mmHg. Urina II com densidade 1030, sem proteínas
nem glucose e sedimento urinário com algumas células de descamação.
a) Audição.
b) Desenvolvimento intelectual.
c) Linguagem.
d) Olfato.
e) Visão.
143. Após embate da região parietal contra uma parede plana um doente apresenta
uma ferida linear com 2cm de comprimento, sem exposição óssea.
a) Avulsiva.
b) Com perda de substância.
c) Complexa.
d) Contusa.
e) Incisa.
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144. Após sofrer uma ferida com faca de cozinha na porção distal da face palmar da
primeira falange do segundo dedo da mão esquerda, um doente apresenta
incapacidade de flexão ativa da interfalângica distal, mantendo a mobilidade ativa e
passiva da interfalângica proximal e da metacarpofalângica.
145. Homem de 60 anos de idade, fumador crónico desde os 15 anos idade, já com o
diagnóstico de DPOC, que desde há 2 meses tem notado disfonia persistente, sem
dispneia, odinofagia ou disfagia. A laringoscopia mostra lesão exofítica na corda vocal
esquerda, sem alteração da mobilidade da mesma. O clínico pede exames pré-
operatórios e agenda uma biópsia laríngea sob anestesia geral.
a) Amiloidose.
b) Carcinoma.
c) Displasia.
d) Sarcoma.
e) Tuberculose.
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147. Homem de 67 anos diagnosticado com cancro da próstata, tratado com terapia de
privação androgrénica. Após dois anos, deteta-se um aumento dos níveis de PSA,
sugerindo o desenvolvimento de resistência ao tratamento.
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149. Um estudante de Medicina de 21 anos sem qualquer alteração neurológica ou
psiquiátrica fez diagnóstico preditivo para a doença de Huntington (DH). A sua mãe e
vários familiares maternos têm a doença. Os seus resultados foram:
DH alelo 1 - 17 repetições
DH alelo 2 - 43 repetições
a) Tem DH e deve considerar seriamente outra ocupação pois nunca mais vai
conseguir exercer Medicina de modo competente.
b) É um indivíduo assintomático que herdou uma mutação do gene DH e vai
desenvolver sintomas da doença se viver tempo suficiente.
c) Os resultados dos testes são inconclusivos e o risco de 50/50 de herdar a
doença da sua mãe não foi alterado pelo teste.
d) Felizmente, tem um alelo normal. Assim é apenas portador do gene e não vai
desenvolver a doença.
e) Herdou uma mutação do gene DH, mas como atualmente aos 26 anos não tem
sintomas, provavelmente não vai desenvolver a doença.
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151. Um homem de 45 anos de idade, caucasiano, sem antecedentes clínicos
relevantes, deu entrada no serviço de urgência do hospital da sua zona de residência
com um diagnóstico de enfarte agudo do miocárdio, apresentando um pequeno
xantoma no tendão de Aquiles direito. O seu irmão sofria de doença arterial coronária
(DAC) e a sua mãe, avó e tias maternas tinham falecido com a mesma doença. Para
além da sua história familiar e do género, os fatores de risco para DAC e aterosclerose
incluíam elevados níveis de colesterol das LDL, obesidade moderada, hábitos de vida
sedentários e tabagismo. O estudo bioquímico aos seus 3 filhos revelou que um dos
filhos e uma das filhas apresentavam níveis elevados de colesterol das LDL. Numa
consulta de Cardiologia, foi explicado que, para além da terapêutica, o tratamento
eficaz da DAC requeria uma dieta baixa em ácidos gordos saturados e colesterol, a
prática de exercício físico, a perda de peso e a cessação tabágica.
a) Autossómica dominante.
b) Autossómica recessiva.
c) Mitocondrial.
d) Recessiva ligada ao X.
e) Dominante ligada ao X.
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