CST Live 137
CST Live 137
Consultoria
para Perpétuo
@sobralpedro_ pedrosobral.com.br
COMUNIDADE SOBRAL LIVE #137
Bem-vindos, bem-vindos à nossa live n° 137: “Consultoria para Perpétuo com Leandro Ladeira”.
Introdução (03’08’’)
Hoje a gente vai fazer uma consultoria ao vivo com o nosso parceiro Bruno Alves, que é gestor de
tráfego de um expert do nicho fitness de musculação (mas não é musculação pra gente normal,
vocês vão ver o tamanho do expert dele).
Como a gente sabe de tráfego, mas não somos os mestres ninjas do perpétuo, eu chamei o
mestre ninja do perpétuo, que é o meu parceiro Leandro Ladeira.
Ladeira, antes da gente trazer o Brunão pra cá pra gente fazer a consultoria e olhar tráfego e
página de vendas, se apresente aí pra galera. Tem um monte de gente aqui te conhece, mas
também tem um monte de gente aqui que não te conhece. Cara, se apresente aí! Eu sempre achei
você uma das pessoas mais criativas que eu conhecia, mas eu não esperava que um dia você
fosse vir pro palco e lançar o seu produto que ensina as pessoas a fazer o perpétuo. Então, fale
quem você é, o que você vende, da onde você veio, porque as pessoas deveriam escutar você
falar de perpétuo, etc.
Pedro: Te obrigaram? Casou, aí o filho tava vindo e você pensou: “Caraca, vou ter que fazer
dinheiro.”
Leandro: Pior ainda. Não era isso não. Eu gostava de lançar a Cátia, e até hoje o meu trabalho é
com a Cátia Damasceno, que é minha sócia. Quem não conhece, já deixo a dica: sua vida vai ser
um pouco mais feliz! Então, eu tava e tô até hoje muito feliz com o trabalho com a Cátia (os
lançamentos foram dando certo e a gente fez perpétuo que também deu certo), até que chegou
o momento que eu comecei a dar palestra. O primeiro maluco que me chamou pra dar palestra
foi o Samuel Pereira.
Pedro: Você deu uma estudada nos negócios de comédia, né? Ou foi antes disso?
Pedro: É por isso que eu te achava criativo. Você fazia umas piadas muito boas, e tinha umas
sacadas boas pra zoação.
Leandro: Eu fiquei nervoso antes da palestra e tomei todas um dia antes do evento, e aí eu
cheguei na palestra animado e fiz gracinha a palestra inteira. Com isso, eu fui mordido por essa
energia de fazer os outros rirem. Tem gente que fala que quer ajudar as pessoas, mas eu queria
só avacalhar mesmo. E aí eu fui estudar stand up e foi um fracasso. Eu descobri que as pessoas
queriam aprender alguma coisa, e elas riam de dó. Mas nas palestras era bom, e aí eu comecei a
ficar pedindo pra ir nos eventos dos outros.
Pedro: Você teve essa fase de chegar e pedir: “Posso falar no seu evento?”
Leandro: É, e tinha uns eventos massa, como o Fire. E eu tava viciado nessas paradas! E eu vi que
tinha gente que não queria que eu participasse do seu evento, e eu sabia que o negócio ia ser
massa pro evento do cara, então, eu pensei em fazer o meu próprio evento, que ia ser um show
de educação em marketing, mas com humor (tipo as peças da Cátia, que são de humor com
objetivo de educação). E ia ser só eu, quem quisesse ir, iria só pra me ver.
Leandro: Não, era um evento pra mim. E eu iria fazer 2-3 vezes por ano esse evento. Só que aí
veio a pandemia e cagou tudo!
Leandro: Se der eu vou fazer! Eu já tinha comprado mídia e tudo mais. Tava tudo certo, então, eu
resolvi aproveitar e lançar alguma coisa. E aí eu pensei: “O que eu sei fazer?” Eu sei fazer
perpétuo!
Pedro: O que é perpétuo? Explica pra galera, porque tem gente que não sabe. E, mais do que isso,
você tem a sua definição de perpétuo né?!
Leandro: É pra todo mundo, na verdade, não só pra mim. Não é que eu tenha a minha definição,
eu tenho é o meu jeito de fazer, mas a definição é pra todo mundo. Então, a única coisa que
delimita se o seu produto é perpétuo ou não, não é o formato (por exemplo: o produto é uma
Comunidade). Se a oferta tá disponível o tempo inteiro, é perpétuo, não importando se é
Comunidade, recorrência, produto pago de uma vez só, produto físico, etc. Se há todo o momento
a oferta tá disponível pro público, você tem um perpétuo.
Pedro: Top. E aí você começou essa parada de perpétuo com a Cátia e resolveu ensinar para as
pessoas, e então você criou um produto que tem nome de doença venérea. Qual é o nome?
Pedro: “Pedro, isso aí não tem nome de doença venérea”. Mas, se você pegar só as iniciais, fica
VTDS. E aí, cara, há quanto tempo você começou a vender o seu produto no perpétuo?
Pedro: Caraca, animal! Pouca gente sobreviveu 8 anos no mercado, é real. Muito massa! E, cara,
qual foi a melhor coisa de aparecer na frente das câmeras?
Leandro: Cara, eu, particularmente, gosto muito dessa sensação de estar no palco. Tem gente
que fala assim: “Eu não tô aqui pelos aplausos”. Mas eu tô, não vou mentir.
Pedro: Aparecer é massa, né, cara?! Uma vez eu vi um storie de um cara, o João Pedro,
respondendo uma pergunta que era assim: “Meus amigos falam que eu vou fazer conteúdo só
pra aparecer”. E aí ele respondeu: “Véio, mas você faz conteúdo exatamente pra isso. Por que
outro motivo você faria um conteúdo se não fosse pra aparecer? Aparecer é massa!”
Leandro: É uma necessidade mor de todos os humanos: significância! E a maioria das pessoas
ignora que isso existe. Só que eu fui descobrir depois que aparecer é legal (com as
vitórias/conquistas), mas se expor às vezes não e sempre bom, porque não são só as vitórias. Às
vezes a gente não tá num dia bom, e às vezes ainda vem alguém e fala uma coisa indelicada que
te coloca mais pra baixo. E antes eu não sabia disso, mas agora eu começo a perceber que tem
esse outro lado da coisa. Quando eu ia fazer eventos só pra avacalhar, era só isso mesmo, porque
eu podia fazer o que quisesse e as pessoas gostavam, mas agora tem que dar resultado.
Leandro: É, a pessoa pagou e acreditou em mim, e ela não tá lá pra rir mais.
Pedro: Ela tá pagando uma grana pra aprender uma parada e fazer o negócio dela ter sucesso.
Leandro: Exatamente.
Pedro: Show demais! Cara, muito obrigado por ter topado fazer a consultoria aqui.
Pedro: Bruno, conta aí pra gente como você entrou nesse mundo fitness e nesse universo do
tráfego pago, e também como você conheceu o expert com quem você trabalha.
Bruno: Então, eu, como a maioria dos brasileiros, trabalhava como CLT em uma empresa, só que,
ao mesmo que eu trabalhava, eu tava querendo sair. Então, eu comecei a pesquisar mais sobre
produtos de afiliados, e eu tinha um amigo que iria fazer isso junto comigo. Esse amigo era
filmmaker, e disse que conhecia o Bruno Moraes, que é com quem a gente trabalha hoje. Então,
ele foi a ligação com o Bruno M., e aí nós chamamos um outro amigo, o Júlio, e nós 3 passamos a
trabalhar com o Bruno M., mas hoje só eu e o Júlio trabalhamos, porque esse meu amigo que fez
a ligação entre a gente não trabalha mais.
Eu moro em São Paulo, e acabei pedindo demissão do meu trabalho, e viemos pro Rio pra gravar
o curso do Bruno M., e botamos pra vender. Só que a gente não sabia nada de estratégia e
lançamento, e aí largamos somente no orgânico, porque ele tem um Instagram bem forte (com
870 mil seguidores). Fizemos algumas vendas e, depois disso, deixamos o carrinho aberto e foi
parando de vender, e aí ficamos muito preocupados. No desespero eu mandei uma mensagem
pro Ícaro de Carvalho pedindo ajuda (na época ele tinha 30 mil seguidores só), e aí ele aceitou
ajudar e assinamos contrato.
Passou o tempo e o Ícaro começou a crescer e ficar famoso, e não teve tempo mais pra fazer
essas coisas. Então, ele nos mandou uma mensagem explicando a situação e indicou outra
pessoa. E aí a gente fez um outro lançamento com esse rapaz, mas acabou que deu muito ruim, e
isso custou o nosso trabalho. Eu e o Júlio ficamos desempregados, sem um expert, e tivemos que
ir atrás de outros experts. Hoje nós temos a Luciana, que é micropigmentadora, e também
retomamos o contato com o Bruno M., que botou umas condições pra retomarmos: o ticket do
produto não podia ser alto (tinha que ser R$ 50), e ele não iria mais virar noites e noites gravando
(porque da primeira vez que gravamos foi uma loucura). E aí, há 7 meses a gente começou a
vender o curso do Bruno no perpétuo por R$ 50 reais.
Bruno: 11 mil.
Pedro: Maneiro. E por que o produto é tão barato? É porque ele quis que o produto fosse esse
preço?
Bruno: É porque no lançamento anterior, com esse cara que o Ícaro indicou, na hora de precificar
a gente cometeu alguns erros e colocamos o ticket muito alto, e o Bruno M. tinha dito que tava
muito caro. Mas acabou sendo esse preço mesmo e não vingou.
Pedro: E aí isso entrou na cabeça dele, e por isso ele queria que fosse barato agora?
Bruno: Isso. E agora eu e o Júlio estamos trabalhando com ele fazendo essas vendas através do
tráfego no gerenciador, e aos poucos a gente vai convencendo ele de que dá pra aumentar um
pouco e ir trabalhando em busca de um ticket maior.
Leandro: Eu achei engraçado que ele falou que “aos poucos a gente vai avisando pra ele que dá
pra aumentar”. E aí eu fiquei pensando: dá não, PRECISA! Imagina, ter que dividir o lucro por 3 e
pagar as contas.
Bruno: O nosso maior desafio é esse: manter o custo por compra o mais baixo possível.
Leandro: Mas acaba que perde escala. O pessoal acha que ganha escala botando barato, mas
perde, porque você não tem dinheiro pra reinvestir no tráfego.
Leandro: No caso dele, como ele tem muita audiência orgânica e ele vende muito baratinho
assim, é massa porque não é um empecilho. Então, como é orgânico, tá de boa, mas, quando bota
pago é que fica complexo. Vou adivinhar uma coisa aqui: você não faz muito remarketing, faz?!
Bruno: Eu até faço, mas o que eu não faço é ficar testando muita coisa, porque a gente não tem
margem pra ficar testando. Por exemplo: No Google, eu ainda não fui pro Youtube. Eu tô mais na
venda direta.
Leandro: Remaketing você não tem muitos dias pra fazer, porque se fizer 7D de remarketing já
foi embora todo o lucro.
Bruno: Sim, eu dividi de 7, 14, 15... Igual o Ruy fala pra fazer no Venda Todo Santo Dia.
Leandro: Mas aí o lucro vai embora, esse que é o problema. Se ficar muito tempo quando o ticket
é alto, você aguenta. Mas, se você bota o preço muito baixo, não dá dinheiro pra aquecer.
Pedro: Tem que fazer muita transação. O produto do Erico (a Fórmula de Lançamento), por
exemplo, é um produto caro, então, ele tem que fazer pouca transação pra fazer um lançamento
de 8 dígitos. Agora, pra Comunidade Sobral fazer 8 dígitos, é preciso de 10 mil pessoas
comprando numa semana, e isso é muita gente!
Mas se ele falasse que o produto custa, por exemplo, R$ 197, você acharia um preço bom? Você
tem um mínimo que acha que é bom? Porque na minha cabeça o perpétuo é sempre em torno
disso.
Leandro: Depende do produto. O meu, por exemplo, é perpétuo e é R$ 2000, e eu tenho alunos
que têm produto de R$ 5000 no perpétuo. Eu gosto de falar que quem vende carro, é no
perpétuo. Você acha que tem que esperar abrir lançamento de carro? Só que você tem que
entender o produto.
Eu acho que tem 2 coisas que têm que ser levadas em consideração. Muita gente só fala da
percepção de valor, que é meio intangível (por exemplo: a Comunidade sobral custa R$ 997, mas
a percepção de valor é de que vale R$ 5-10 mil). A gente tem como melhorar a copy, o produto,
etc., pra fazer coisas que aumentem a percepção de valor. Mas a percepção tangível de valor, que
é você colocar no papel todos os custos. Muita gente calcula o lucro pelo ROAS no gerenciador
de anúncios do Facebook, mas não consegue perceber que tem que pagar a taxa da Hotmart,
imposto, os custos de ferramenta, escritório, luz, internet, etc. Então, vão tendo custos que
começam a levar o lucro embora.
Eu acho que a primeira coisa é ter esse controle do que é tangível. Então, a primeira coisa que eu
uso pra precificar é o quanto eu vou gastar, e eu boto isso no papel, e aí eu determino o preço.
Pedro: É, às vezes o cara tem um produto de R$ 50, mas tem um gasto por mês de R$ 30 só pra
deixar o produto vivo, então, não faz sentido cobrar R$ 50.
Leandro: E eu posso até estar vendendo muito, mas eu vejo que não vale a pena. Com exceção
daqueles caras que já têm um funil muito elaborado (com upsell e downsell), mas isso é muito
difícil. Por exemplo, o Bruno Moraes já tá dizendo que ainda não quer aumentar o preço, então,
não tem como fazer upsell e downsell. Mas eu costumo já querer fazer o lucro no primeiro
produto e, depois que o prato tá girando, aí eu vou tentar fazer outras coisas. É o caso da
Comunidade Sobral, que já faz bastante lucro sozinha.
Pedro: E botar outro produto pra rodar não é a coisa mais simples do mundo, ainda mais quando
você quer manter a qualidade da parada, porque é mais uma coisa pra tomar conta, mais uma
entrega pra fazer. Mas, no caso dele, que é R$ 50 e tem 11 mil alunos, eu fico muito nessa gana.
Caraca, podia muito vender por mais.
Leandro: Se tivesse vendendo por R$ 90 era outro resultado, e venderia. Vou compartilhar a
página dele aqui com vocês:
Aqui tem o lance da percepção de valor intangível. A primeira vez que eu olhei aqui, eu pensei:
“Esse cara deve vender muito só pro público quente do Instagram dele.” Porque, quando ele vai
pro mundo real, tem pouca percepção de valor (por exemplo: eu comecei a perceber algumas
incoerências de copy).
Quando você pega a página pra ver o que o cara realmente vende, não dá pra entender. Eu não
entendi, e você pode procurar na página toda!
“Evolua 3 anos e 120 dias”. Mas, evolua o que? Em musculação? Em perda de peso? Pro mundo de
fisiculturista, a gente já até sabe, mas esse é um produto pra fisiculturista? Então, eu pensei que
fosse. Só que, mais abaixo na página, ele fala assim: “O novo método BM Experience te ajuda a:
conquistar aquela aparência de quem já treina há 3-4 anos, mesmo que você tenha começado
agora.”:
Pô, é pra fisiculturista ou é pra quem tá começando agora? Não dá pra saber! Então, eu nem sei
se o público final é um frangão igual a mim, que quer ficar igual a ele mesmo sem treinar há 5
anos, ou é pra um cara tipo ele que já treina há 10 anos e quer ganhar competições. Porque, se for
pra ganhar competição, eu não pago R$ 49,90, eu pago R$ 5 mil. Mas, se for só pra ficar com a
camisa mais apertadinha, eu pago só R$ 49,90 ou então eu compro a camisa 3 números menores.
Eu não sei pra quem é o produto, então, é difícil ter percepção de valor se o produto tá confuso.
Eu acho que esse cara vende muito porque ele deve falar coisas muito interessantes no stories e
feed dele. Mas, na página de vendas dele, podia ter só o botão de vendas que ele ia vender a
mesma coisa, porque essa página de agora talvez até atrapalhe a venda.
Na parte superior, fala assim “sem gastar centenas de reais em suplementos, sem fazer dietas
mirabolantes ou perder horas de academia”. Isso aqui, com todo o respeito, é o clichê do clichê
de qualquer produto de musculação.
Pedro: Tá, e qual você acha que seria uma chamada boa?
Leandro: Como eu vou saber se eu não sei nem o que o produto faz e pra quem ele é?
Pedro: Bruno, é pra um cara que já treina e não tem resultado, mas quer evoluir, né?!
Bruno: É, exatamente.
Leandro: Pô, então vocês têm que tirar aquela parte que diz que “mesmo você tenha começado
agora”.
Bruno: Sim. O cara que é do nicho e vê esse “3 anos em 120 dias” consegue entender e assimilar
com o que a gente tá falando.
Leandro: Sim, mas assim vocês pegam só os caras hiper quentes, que treinam muito, e, pensando
no mundo lá fora, eu não sei se todo mundo tem toda essa percepção.
Pedro: É a maldição do conhecimento. Você acha que todo mundo sabe o que você sabe.
Leandro: É, é bem pouco específico. “Evolua 3 anos em 120 dias” é aberto, aleatório, e não fala
nada. Evoluir o que? Quantos quilos? Isso aqui tá parecendo que pegou aquelas chamadas de “7
anos de faturamento em X dias”. Ele pegou uma fórmula que funcionou em outro mercado e
aplicou aqui, só que tá sem contexto. E o pior, não tem o “como?”, ou seja, “qual é o jeito que ele
faz, que vai me convencer a isso?”.
Leandro: Não, ele só fala que é “um método que funciona e gera resultados reais”:
Ele tá querendo empurrar ali que o método funciona e gera resultados, e aí mostra os prints, que
mal consigo ler (e se no computador já tá ruim, imagina no celular). E também não mostra casos
reais, apenas o expert. Eu quero saber de outros caras que ficaram gigantes também. Pô, pra
produto de musculação você pode usar “antes e depois”!
Bruno: Mas “antes e depois” na página de vendas não é legal, né?! O Facebook diz isso.
Leandro: É, pode ser que bloqueie, mas pode tentar por vídeo, ou então só o “depois”, sem ter o
antes.
Leandro: Isso, aí já resolve esse problema. E, quanto aos depoimentos, do jeito que eles estão
aqui, eles são muito contestáveis. Eu tenho uma técnica que é: investigue profundamente cada
depoimento. Por exemplo: Marcos Reis mandou a mensagem “Comprei. Sinceramente, perfeito.
Obrigado, Bruno Moraes, pela oportunidade.” Eu costumo falar que isso não é um depoimento,
isso é um elogio.
Leandro: O elogio é o cara falar bem de você, por exemplo: “Caramba, Sobral, você é bom,
engraçado, tem uma didática perfeita.” E o depoimento é a pessoa falar: “Sobral, tô vivendo de
tráfego. Eu tava desempregado, juntei todas as minhas economias e entrei na Comunidade
Sobral, e hoje eu ganho mais de R$ 20 mil como gestor de tráfego. Tá aqui o extrato bancário.”
Isso não dá pra contestar!
Os “depoimentos” que têm aqui na página do Bruno M. na verdade não são depoimentos, mas
sim elogios. Se vai botar depoimento, tem que botar depoimento! Se vai falar do método que
funciona e que gera resultados reais, tem que botar depoimentos mais específicos, além de
explicar como o método funciona.
Outra coisa é que eu faria comparações, por exemplo: “A maioria dos métodos foca em muita
proteína, mas o que o nosso método faz de diferente é uma parada que a maioria das pessoas
não presta atenção, que é o sono.” Eu não entendo, mas vai ter que ter alguma coisa no seu
método que seja um pouco fora do comum do que o que a maioria das pessoas fazem, para que
o cara pense: “É verdade, eu não presto tanta atenção nisso!”.
Bruno: Ele tem um método de exercícios, onde as séries foram nomeadas por ele mesmo:
adaptacional, carga máxima, submáxima e máxima. E ele também não conta o número de
repetições (é a até a falha). Esses são alguns dos diferenciais do método dele, mas basicamente é
isso.
Leandro: Ele tinha que dar um nome pro método dele, por exemplo “Método até a falha”, e
colocar isso na página.
Ali quando ele fala que é “o novo método BM Experience”, a primeira ajuda que ele fala que o
método dá é em “evitar lesões”. Eu não sei se a primeira coisa que passa na cabeça do público
dele seja evitar lesões, talvez seja a última. Esses caras até devem querer evitar lesões, mas eu
colocaria pro final, porque eles devem querer mesmo hipertrofia, ganho de massa, etc.
Leandro: É, então tem que colocar: “O novo método que te ajuda a: deixar as veias saltando”.
Pedro: Tipo isso. Eu acho que tinha que entender bem qual é o objetivo dessas 11 mil pessoas. Eu
não compraria o produto dele, porque, quando ele me vende um produto de musculação, eu
acredito que é pra eu ficar igual a ele, e eu não tenho esse objetivo. Eu acho que entender isso vai
ajudar a montar a parada melhor. Qual vai ser o benefício que o cara vai ter? Velho, finalmente a
pessoa vai ter resultado: “Você vai deixar de ser um frango, e vai virar monstrão!” Era isso que
tinha que ter escrito ali, com a imagem de um franguinho.
Leandro: É, e não que não tenha que evitar lesões, mas não é o momento de falar isso ali, porque
ali é o momento de ser os olhos do cara.
Depois disso tem a parte que já falamos, que o método ajuda a “conquistar aquela aparência de
quem já treina há 3-4 anos, mesmo que você tenha começado agora.”. Só que o público não é
quem tá começando agora!
Pedro: Eu não acho essa uma chamada ruim, mas eu acho que seria melhor isso lá em cima.
Leandro: Eu fico pensando que, se eu sou esse cara que treina há 5 anos, que eu acho que é o
público de verdade dele, e vejo essa chamada, eu vou ficar pensando que é pros frangos que tão
começando a treinar agora e que querem solução mágica. É muito melhor que a chamada seja
pra quem já treina há 5 anos e quer ter um ultra desempenho e conseguir crescer o que não
conseguiu crescer ainda, do que pro cara que não treina. São públicos completamente diferentes,
e talvez isso mate o público dele. Provavelmente o público dele já treine há anos, já tome uns
veneninhos, etc.
Pedro: Tem que fazer uma pesquisa com a moçada: “Quanto tempo você treina?”
Leandro: Respeite o público. O cara não vai achar que vai ficar do tamanho do Bruno M. se tiver
começando a treinar agora, então, eu tiraria essa parte, e tiraria aquela parte de “3 anos em 120
dias”. E, ao invés de “sem gastar centenas de reais em suplementos, sem fazer dietas
mirabolantes ou perder horas de academia”, eu já colocaria o “como”, que é a base da
metodologia dele, por exemplo: “com uma metodologia que foca em treino de repetição...” E
também especificaria no que a pessoa vai evoluir. O que significa evoluir pra vocês?
Leandro: Então, eu colocaria: “Consiga o resultado de hipertrofia de 3 anos em apenas 120 dias,
com um plano...” Aí tem que parar e pensar aqui, mas com certeza sendo específico, e não
genérico.
No perpétuo a gente traz gente o tempo inteiro, então, logo de cara você já tem que falar pra
quem é e pra quem não é o produto, pros caras entenderem. Tem uma técnica que eu uso no
perpétuo que é colocar os blocos de pessoas, por exemplo: “Pra você que é grande/forte, mas
não consegue secar; pra você que já treina há muito tempo e quer ficar mais forte e chamar
atenção das pessoas; pra você que quer treinar a participar de competição; pra você que é muito
magro e não consegue ganhar massa; e também tem um módulo pra você que quer começar
agora.” Você não começa pelo pior, você começa pelo principal, que é o cara que já treina, e para
o qual o negócio foi desenvolvido (porque não foi desenvolvido pro frangão).
Bruno: Essa é uma dor que a gente identificou de que as pessoas gastam muito com suplemento,
mas gastam com o suplemento errado. Pra crescer, é necessário ter suplemento, e depois ele
indica.
Leandro: Mas aqui na página ele não indica. Então, eu botaria aqui exatamente isso que você
falou, para que o público tome os suplementos certos, que realmente dão resultado.
Pedro: “Aprenda a escolher o melhor custo-benefício de suplementos pra você.” E isso (o curso
dos suplementos) pode até ser um bônus (em forma de e-book, por exemplo).
Leandro: É, sempre tentando pegar essa conversa real que os caras de musculação têm, e menos
essa conversa de vendedor. Quando você bota “centenas de reais” já me perdeu.
Outra coisa: eu colocaria um vídeo desse cara explicando o método, mostrando que ele tem
autoridade. Nem que seja somente um vídeozinho de vendas.
Bruno: Essa é uma das melhorias que a gente vai fazer. Inclusive, eu tô aqui na casa do expert
justamente pra isso.
Bruno: Exatamente!
Pedro: Vocês têm que ver o vídeo dos criativos dele, ele é muito gigante! Ele fala assim: “Eu vivo
aqui, a minha casa é aqui!” E ele tá na academia! Pô, isso dá muita autoridade, eu achei muito
massa. O maluco é brabo mesmo!
Leandro: É, e ele tem que ter essa conversa real, sem essas conversas de vendedor. Por exemplo:
“Se você já foi no nutrólogo e ele passou um monte de coisa super caro, e a maioria era só
farinha, esse curso é pra você.” Isso é diferente do que a conversa de vendedor!
Pedro: “Se você já gastou 1 centavo com BCA na sua vida, esse curso é pra você.” Porque o BCA
deve custar uns R$ 50, que é o preço do curso.
Leandro: Exatamente, e quando você fala isso e bota o nome do suplemento, o cara vai entender
e vai pensar: “É verdade, eu já tomei BCA antes e não me deu resultado nenhum.” Então, eu
incluiria essas frases de conversas mais reais.
Logo abaixo tem: “acelerar os seus resultados através de dezenas de truques, que por muito
tempo só atletas e bodybuilder sabiam”. Não fala qual é o truque, e isso é papo de vendedor. E
tem que pensar que esses caras acessam fóruns de musculação, porque eles tão na internet. Eu
falaria qual é o truque.
Pedro: Isso é muito pro que você falou, Ladeira, de não subestimar a inteligência da galera. Foi a
chave que virou na minha mente!
Aí vem a parte que diz “são + de 70 vídeo aulas completas em alta qualidade”, mas não fala nada
sobre as aulas. Se a tática aqui for curiosidade, tudo bem, porque não dá nenhum indício do que
tem nas aulas até agora:
Bruno: Seria bom deixar essa parte mais pra cima então?
Leandro: Não. É bom isso daí, mas tem um custo. Na verdade, eu não sei se eu faria isso. Ainda
mais pra vocês que vendem tão barato, talvez seja legal daqui 1 ano vender uma renovação.
Pedro: A hora que a gente falou o preço, muita gente perguntou no chat se era mensal, porque a
galera já tá acostumada a pagar produto barato com renovação.
Leandro: A minha pergunta é: quanto isso aumenta a sua conversão? Será que a sua conversão
vai aumentar 5% por causa disso? Eu não sei, mas, se 5% da galera (11 mil alunos) renovar, vale a
pena deixar com renovação em 1 ano.
Pedro: Se for 1 ano, eu acho que no mínimo 30% vai renovar, ainda mais se você der motivo pra
isso. Cara, em produto de renovação você tem que dar motivo pro cara renovar. Que atualização
de conteúdo vai ter pro cara renovar?
Leandro: Lógico. E toda a semana tem um estudo científico do mundo de bodybuilder que dá pra
produzir.
Pedro: É, e treinos novos. Treino é um negócio infinito, e todo mundo que treina varia os treinos.
Leandro: E se você conseguir gerar mais resultado pra ele, essa objeção que você tem com ele
de que ele não quer gravar e ter trabalho vai passando. Ele tá traumatizado, mas, na medida em
que o trauma vai passando, ele vai tendo mais tempo. Por exemplo: A Cátia tinha o trabalho dela
de palestras e eu tinha o meu de agências, e quando o nosso trabalho começou a dar certo, eu fui
tirando do tempo de agência e ela foi tirando do tempo de palestras. Quando passou a dar super
certo, não fazia mais sentido (considerando o custo de oportunidade) eu ficar atendendo cliente
de agência, que me pagava bem menos, do que o que eu recebia com a Cátia, então, eu matei a
minha agência (vendi ela), e a Cátia matou o trabalho de palestras e ficou 100% dedicada ao
nosso trabalho.
Então, isso é possível que aconteça. Eu não recomendo que você fale com ele sobre isso do dia
pra noite, mas, à medida que o dinheiro for entrando, você pode ir exigindo mais dele, porque
você tem credibilidade pra pedir.
Bruno: Agora ele já tá um pouco mais maleável também, e tanto que a gente tá aqui pra gravar.
A gente não vai passar noites e noites como da primeira vez, então vai ser mais tranquilo.
Pedro: Esse negócio de “pra sempre” tem uma treta jurídica gigantesca! Nada é pra sempre, nem
a vida. Prometer “pra sempre” é foda. Eu não prometeria nenhum produto pra sempre.
Leandro: Continuando na página, tem aqui “eu sei que parece bom demais pra ser verdade...”
Porém, primeiro que não parece, porque não tá tão absurdo ainda. O fato de “evoluir 3 anos em
120 dias” até é muito bom pro cara que tava sem evoluir, mas ele não especificou nada. E
segundo, essa é uma frase clichê de vendedor.
Pedro: O bom dos vídeos de vendas é que é mais fácil de mostrar as transformações/antes e
depois.
Leandro: Mas dá pra mostrar aqui os centímetros dos bíceps dos caras, por exemplo. Os caras
medem essas coisas!
Aí complementa: “Mas é exatamente isso: sem letras miúdas, sem truques e sem pegadinhas.”
Mas não tem nem a letra, como assim? Só colocaram isso porque é um padrão, porque nem foi
explicada a oferta. Então, eu achei desnecessária essa seção (pelo menos nesse momento).
Aí vem: “Meu objetivo é te ajudar a conquistar o corpo dos seus sonhos...” Genérico! “...através de
um método testado e aprovado.” Que método? Testado por quem? Qual é a base do método?
Não tá me ajudando a convencer.
Quando você começar a fazer isso que eu falei, você pode cobrar R$ 300 nisso, e ainda assim
talvez vender mais do que você vende esse por R$ 49,90.
Aí continua: “GARANTIDO!” Garantido o que? O corpo dos sonhos? Eu quero saber qual a
performance, e esses caras sabem medir performance.
Não dá pra botar foto de antes e depois, mas dá pra escrever, e esses caras podem te mandar o
desempenho mês a mês. O depoimento perfeito seria assim: “Comecei o treino (nome do treino)
no dia __/__/__. Mês 1: Xkg, percentual de gordura X%, circunferência do bíceps Xcm,
circunferência da coxa Xcm e circunferência do abdômen Xcm; mês 2: Ykg, percentual de gordura
Ycm, circunferência do bíceps Ycm, circunferência da coxa Ycm e circunferência do abdômen;
etc.”
E ainda incluiria no seu curso que a primeira coisa a fazer pra dar certo é medir mês a mês (não
todo o dia e toda a semana), pois, se o cara fizer isso, você vai ter uma máquina de depoimentos
específicos e incontestáveis.
Pedro: Você não tem Comunidade no Facebook pra essa galera, né?!
Bruno: Não. O cara já tentou, mas não vale o esforço. Esse público é bem ignorante.
Pedro: Tá, entendi. É que tem umas manhas de fazer Comunidade. Eu não tenho trabalho
nenhum com a Comunidade Sobral, tem as regras lá e a galera segue as regras, mas entendi.
Leandro: E podem ser depoimentos diferentes: depoimentos de quem fez o treino de ganho de
massa; depoimento de quem fez o treino de secar; etc. Tem que decidir essas coisas na hora da
construção do produto.
Continuando na página de vendas: “Em muito menos tempo do que as academias por aí insistem
em dizer”. Pô, do nada botou uma treta aqui com as academias. Os caras tem que ter academia
pra malhar!
“Sem gastar centenas de reais com suplementos...” Já falamos sobre isso. “...ou perder 2, 3 horas
por dia na academia”. Isso aqui podia fazer parte do método, mas, de novo: eu acho que o seu
público não é o tipo de cara que fiz 3h na academia, então, essa copy não serve pra ele. Esse cara
já sabe que o treino dele tem que ter 40min. Esse treino é de 40min, não é?!
Leandro: E você acha que os caras já não sabem?! Então, eu não sei se eu botaria assim, mas
você até pode botar que os treinos são de 40min a 1h30min, e por que depende do dia.
“Eu sei que você está aqui porque ainda não conseguiu conquistar o corpo que sempre sonhou”
Genérico de novo. “E que talvez você esteja com dúvidas sobre o BM Experience...Mas eu já provei
11.355 vezes que o método funciona.” Cara, você não provou que ele funciona essa quantidade de
vezes, você fez foi essa quantidade de vendas. Você provou aqui 10 vezes (porque são 10
depoimentos), e mal provado. E aí complementa: “Que ele traz resultado. Que ele pode acelerar
seu processo e te fazer evoluir.” Pode ou vai?
Aí vem um meme:
“Mas algo precisa ser dito: O BM Experience não é pra você que... acha que é só comprar o curso e
assistir.” Desnecessário, porque ninguém acha isso.
São as típicas copys que não servem pra nada. Essa terceira parte (“Acha que sabe de tudo e está
fechando novos...”) não serve pra nada.
Sobral, você que é um cara que treina musculação e eu acredito que estude sobre isso também,
você aprendeu alguma coisa com essa página de vendas?
Pedro: Não, só tá me vendendo o método X, mas eu não aprendi um negócio novo. Por exemplo:
“Caraca, eu não tinha ideia de que eu não tinha que fazer isso” ou “Eu faço exatamente isso que
ele falou que eu não podia fazer, e por isso não tenho resultado”. Não teve nada disso!
Leandro: Aí no final ele coloca pra quem é o curso, e isso é legal ter:
Mas ali no ponto II, muita gente nem sabe o que é “platô”, então eu explicaria.
O ponto II não tem nada a ver com o bullet point. Na verdade, esse é “os tipos de caras”: o cara
que tá começando, o cara que já malha; o cara que tá querendo participar de competições (que é
o seu público); e o cara que não participa de competições, mas é um atleta amador que
realmente leva o esporte a sério (é um bodybuilder, apesar de não competir).
Mas, quando você abre a página de vendas, percebe que esse curso é pra um bodybuilder, e eu
acho que eu não vi em momento nenhum a palavra “bodybuilder” aqui.
Pedro: Total. Cara, sabe um negócio que uma vez eu buguei num produto de uma bodybuilder? É
que ela explicava na página dela o que é a palavra bodybuilder, que é construir o corpo:
“Bodybuilder é você esculpir o seu corpo, e é por isso que o meu método é o melhor, porque ele
trabalha exatamente nisso. Você vai aprender a esculpir o seu corpo!” E é real, ninguém nunca
tinha parado pra me explicar isso.
Pedro: É!!
Leandro: Continuando aqui: “Mas, se essa proposta é para você, preste atenção do que eu
preparei, os presentes ainda não acabaram”:
Se você botar um hotjar na sua página, você vai ver quantas pessoas chegam aqui.
Leandro: O hotjar é uma ferramenta que grava a tela do computador ou do celular das pessoas
que navegam o seu site e depois você assiste a navegação do cara. Então, é muito legal, porque
você consegue ver se o cara tá chegando até aqui, porque essa é uma parte interessante, que são
os bônus.
“Além dos 350 reais de desconto”. Mas de onde o cara tirou esse desconto? É um problema você
fazer isso, porque, quando você fala que tá de R$ 399 por R$ 49,90, e não são os últimos dias de
promoção de verdade, o cara não vai mais levar a sério você falar que é promoção.
Leandro: Sim, perde a credibilidade. Pode funcionar agora, porque alguém vai achar que tá na
promoção e vai comprar rápido por isso, só que quando você fizer uma promoção de verdade, e
eu recomendo que às vezes você faça, o cara vai achar não vai acreditar, porque vai achar que
fica sempre em promoção, e aí você vai acabar não podendo fazer promoções mesmo.
Imagine que você tá o tempo todo vendendo por R$ 399, por exemplo, e de vez em quando você
faz uma promoção e vende pela metade do preço?! Você vai dar um “boom” de vendas pros caras
que tavam indecisos por muito tempo. Você faz um remarketing e faz promoção com data de
início e fim. Então, quando você coloca isso, você perde a chance de fazer promoções que
realmente dão esse “boom” de vendas.
No meu caso, por exemplo, tenho o meu perpétuo que vendo todo o dia, mas eventualmente eu
faço promoções. Eu não costumo dar desconto (não abaixo o preço), mas eu dou algumas coisas
a mais, como grupo de mentoria, análise de página de vendas (como essa), etc. E aí o cara compra
porque tá em promoção! Mas, quando você deixa em promoção sempre, na verdade não tem
promoção nunca, e assim você não aproveita o “boom” de uma promoção real.
“5 bônus 100% grátis: 3 planilhas de treino”. Uma coisa que eu colocaria aqui é a imagem de uma
planilha. Mostra a cara da planilha!
Leandro: Pô, direto com o cara?! Olha só, só isso vale mais que o curso inteiro!
Pedro: Total! Com isso aí eu já pirei! Aí vale os R$ 50! O cara faz plantão de dúvidas e não tem
renovação?! Não faz sentido. E ele não tá disposto a gravar vídeos, mas tá disposto a fazer
plantão, não faz sentido.
Bruno: É Mister Rio. Eu não sei o nome dos campeonatos, mas ele é ex atleta, campeão de palco,
etc.
Leandro: Você tem que aprender a vender o seu bônus. Quando você só lista aqui, você não tá
vendendo. Então, você pode colocar: “3 planilhas. A planilha é importante porque a maioria das
pessoas não acompanha de semana a semana... Na planilha a gente tem uma parte que você
inclui como se sentiu no treino, e ao final você tem um gráfico para comparar”; “Plantão de
dúvida: é impossível encontrar outro lugar que você tenha acesso a um campeão tirando dúvidas
especialmente pra você.”
Pedro: Total, isso é muito pro. Esse negócio do plantão de dúvidas é muito épico.
Leandro: Sim. “7 dias de test-drive sem compromisso” Legal! “Descontos em cursos que serão
lançados em 2021” Legal também! O problema é que muita gente nem chega até aqui.
“Quanto tudo isso custaria realmente? Minha consultoria de 4horas/mês já ultrapassou os 8 mil
reais”. Aí é aquela história de não respeitar a inteligência do cara, porque era um negócio que
custava R$ 8 mil e você tá vendendo por R$ 49,90? Talvez se explicar o porquê, por exemplo:
“Agora eu faço em grupo, com uma quantidade maior de pessoas...” Mas não sei, isso me parece
um pouco exagerado.
Eu acho que se você conseguir consertar esses problemas que eu mencionei, você consegue
cobrar o dobro desse valor.
Pedro: E eu acho mais pro cobrar o dobro porque, às vezes, o foda de vender produto barato é
que as pessoas acham que o produto é ruim. Eu olho produto de R$ 49,90 e penso que deve ser
meia dúzia de aulas. Eu tenho muito isso de que negócio bom normalmente é mais caro. Por
exemplo: fui comprar uma lanterna hoje na Amazon, e tinham 3 opções: US$ 10, US$ 20 e US$ 30.
Comprei a de US$ 30, porque deve ser melhor que as outras! As pessoas medem isso, e isso é
real.
Tem alguns cursos de tráfego que cobram mais caro que a Comunidade Sobral, e eu já recebi
centenas de mensagens de pessoas falando assim: “Eu comprei o curso de Beltrano e eu achava
que tinha mais conteúdo que o seu, porque era mais caro, mas eu vi que não.” Então, às vezes o
expert tá vendendo um produto de R$ 49,90 porque quer espalhar o fitness pelo mundo, por
exemplo, e acaba vendendo menos e ajudando menos pessoas, do que se tivesse um produto
mais caro, e que ele ainda poderia investir em tráfego e atingir mais pessoas. Então, se a parada
dele é alcançar mais gente, às vezes cobrar barato não é a opção pra isso, porque ele não tá
deixando mais acessível por isso.
Leandro: Empresas de aplicativo, por exemplo, cobram realmente muito barato, mas é outro jogo
completamente diferente, e normalmente tem investimento externo. No nosso caso não tem
investimento externo, então o que a gente faz não é propaganda igual a Coca-Cola, é marketing
direto, é na unha, então precisa ter essa percepção de que você tem que trazer resultado em
cada anúncio, conjunto, campanha. Por isso tem que ter esse valor, pra conta fechar!
Esse preço, de R$ 49,90, tá com preço de e-book (esse preço é ancorado pra e-book), e como
você mata isso? Com demonstração! Então, bote umas cenas do curso no celular, demonstrando
o curso.
Bruno: Verdade, tem gente que acha mesmo que é e-book. As pessoas chegam perguntando.
Leandro: É, mostrando que é um curso, e não um e-book. Então, bote essa demonstração!
Inclusive, tem um módulo de anúncio no perpétuo que eu ensino que é anúncio de
demonstração. Acho que você pode fazer.
Pedro: Tá, vamos pegar firme agora nos anúncios, pulando pra parte mais de tráfego.
Cara, a primeira coisa que eu quero falar pra você é que, quando eu abri o gerenciador do Google
Ads, eu na hora eu já pensei: “Caraca, velho, como ele não tem uma campanha de Youtube
rodando? Não faz sentido!” Só tem uma campanha de pesquisa pro nome dele.
Pedro: Isso é top! Se eu entro na conta de alguém e não tem isso eu demito o membro da
Comunidade Sobral na hora.
Bruno: Porque às vezes a pessoa olha no Facebook e no Instagram e depois vai pro Google
procurar a pessoa né.
Tem aqui: “curso Bruno Moraes”, “curso Bruno Morais”, “Bruno Moraes Experience”, “BM
Experience”. Eu acho poucas palavras-chaves (só tem 4). Pausou o nome dele (só “Bruno Moraes”)
porque tava pegando outros Brunos Moraes?
Pedro: Mas, cara, vá nas palavras-chaves negativas e tira. E, às vezes, mesmo estando aparecendo
pra outros Brunos Moraes, tem que ver como está o ROI, porque se estiver legal, não tem
problema. Eu apareço pra outros caras que se chamam Pedro Sobral, e o meu CTR pra “Pedro
Sobral” é baixo por causa disso, mas não tem problema.
O teu CTR tá top aqui (em torno de 24%), então, a galera tá clicando bastante. Aqui a
palavra-chave “BM Experience” tá pausada, mas tinha CTR de 16%, então, eu deixaria ativa, por
mais que pegue outras pessoas.
Bruno: Tem outros cursos também. Se você olhar nos termos de pesquisa, as pessoas pesquisam
no Google outros cursos que se chamam Experience.
Pedro: Beleza, mas eu teria um conjunto de anúncio específico pra essas palavras, para que você
tenha certeza que o cara tá pesquisando o seu negócio, e outro conjunto de anúncio menos
específico, mas onde você vai pegar o rebote de algumas pesquisas que as pessoas fizeram
procurando o Bruno M., porque hoje com certeza tem gente procurando ele e não tá
encontrando o anúncio, então, você tá perdendo essa galera, e eu daria um jeito de ganhar eles
também.
Eu tô montando a certificação Subido (certificado de que você é pro no tráfego), e tem uma
pergunta que é: “Qual é o número ideal de anúncios que você deve numa campanha da rede de
pesquisa?” E você tá abaixo do ideal, porque o Google sempre recomenda que você tenha 3
anúncios de texto (e você tem 2), e 1 responsivo.
Isso parece bobagem, mas eu fui uma vez dar uma consultoria pra uma empresa, que acabou me
contratando pra fazer o tráfego deles permanentemente, só que eles contrataram outro gestor
que começou a dar pitaco em tudo o que eu tava fazendo. Era um gestor ruim, com uns pitacos
horríveis, mas ele me deu esse pitaco: o Google recomenda que você tenha 4 anúncios de
pesquisa na sua campanha. Eu pensei: “Nossa, lá vai esses malucos de agência pegando essas
recomendações. Parece consultor do Google que liga.” Mas, como não ia doer mudar isso, eu
botei mais um. Cara, dobrou o volume da campanha! E isso acontece porque o Google consegue
otimizar e entregar melhor quando você tem 4 anúncios no seu conjunto de anúncio. Então, se
você tem 1 tá entregando pouco, se você tem 2 tá entregando um pouco mais, 3 um pouco mais,
e 4 tá na entrega perfeita.
Por mais que os seus anúncios estejam entregando bem, eu tenho certeza que, se você tivesse 4
anúncios aqui (e não 3), você tinha mais impressões (os seus anúncios tinham aparecido mais
vezes) do que tem agora, porque dessa forma você faz a máquina Google funcionar melhor.
Bruno: Sim, eu pausei porque as artes não estavam no tamanho certo. Eu até tentei fazer no
Canva, mas não tinha material, e aí deixei quieto.
Pedro: Beleza. Ladeira, você roda uns displays assim pra quem caiu na página de vendas?
Leandro: Nos perpétuos que a gente tem da Cátia não pode, porque é um conteúdo muito
sensível, então, a gente só pode fazer Search, que é liberado. E no Venda Todo Santo Dia a gente
testou e não funcionava tão bem, então a gente foi abandonando.
Pedro: Pra lançamento é épico! Pra fazer o cara que quase tomou a ação (quem acessou a página
de vendas, por exemplo), tomar a ação, eu acho épico. Ou quando você der bônus, por exemplo:
“Tem um bônus épico essa semana pra quem comprar.”
Aqui tem os anúncios pra quem visitou o site, mas eu faria, principalmente, pro cara que acessou
a página de vendas nos últimos 30D. Da mesma forma que o Ruy ensina a fazer no Facebook,
faça aqui: remarketing pra quem caiu na página de vendas nos últimos 7, 15 e 30 dias,
principalmente quando tiver bônus exclusivo. Mas como tá aqui de 540D e 180D, eu não faria. Eu
começaria pequeno! Roda 7D que é difícil não funcionar aqui no display, mas tem que ter os
formatos certos, e aí você vai ter que pedir pro designer fazer os formatos certinhos, porque
realmente não estão bons.
Nada coerente com a página de vendas. Ladeira tá tendo um treco agora aqui! Aí o cara abre a
página de vendas e diz assim: “Não se lesione”.
Leandro: Aí que eu acho que vem o lance de botar uma demonstração do curso, porque o cara
precisa ter uma ideia do que tem dentro do curso.
Pedro: Porque, nesse caso, se o cara consegue ver que é um curso mesmo, R$ 49,90 fica muito
barato, quase de graça. E, hoje, entrando na página, eu não tenho a sensação de que tá de graça.
Leandro: Eu tenho uma dica de remarketing pra esse tipo de produto, e que funciona pra vários.
Esse insight eu tive através de uma história, que é assim: Tinha um produto de um gringo
(americano), que tinha uma sequência de e-mails, que eram 120 e-mails iguais todos os dias
(mesma título, mesma copy, mesma chamada pra ação, etc.), e o produto vendia demais. Esse
produto era um curso que ensinava a pessoa a parar de roer unha, e todo dia chegava o mesmo
e-mail perguntando: “Você já roeu a unha hoje?” O cara que rói unha, rói todo o dia, e chega um
dia que é o dia do basta. Eu entendi que o gringo fica lembrando as pessoas do problema delas
(que é roer as unhas).
No seu caso, existem 2 formas de fazer isso, perguntando: “Você treinou hoje? Como foi o seu
treino?” ou “Você chegou no seu peso ideal? Você subiu na balança essa semana?” Assim, você tá
lembrando as pessoas do fracasso delas no cotidiano.
Eu tenho um que é assim: “Você já vendeu hoje? Como tá o saldo hoje da sua empresa? E o seu
fluxo de caixa?” Imagina pro cara que não tá vendendo?!
Pedro: Top demais, mas é malvado! Tem uma piada entre os bodybuilder que eles se perguntam:
“Nossa, você emagreceu?” É tipo isso.
Pedro: É, zoeiras de bodybuilder é um negócio que você tem que perguntar pra ele, pra colocar
nos anúncios, que é certeza de que vai dar muito bom.
Pedro: Cara, esses canais do Youtube de maromba bombam muito, é surreal. Um dos canais que
eu, Pedro Sobral, mais converto, é no canal do Toguro, da Mansão Maromba, e tem muita
visualização (do Léo Stronda também, por exemplo). E esses malucos têm os anúncios abertos
dentro do canal, e isso é surreal.
O Ladeira é melhor do que eu nisso. O que você acha, Ladeira? Eu acho que as letras tão
pequenas.
Leandro: Tá bem chamativo. O canal ainda tá pegando tração, mas essas setas que ele bota, e o
nome de outros famosos nos títulos (como o do Léo Stronda, por exemplo), ajudam muito. Se
continuar assim por muito tempo, esse canal vai explodir, porque tá bem feito. Tá muito bom,
bem chamativo!
Eu tenho uma técnica pra Youtube, principalmente, que é: eu abro e fecho ao mesmo tempo.
Abrir é fazer conteúdos como esses com o Léo Stronda, por exemplo, que todo mundo vai curtir
(não só marombeiros). Aqui, você não está preocupado com o seu público, e sim com ganhar o
máximo de público possível, porque, a longo prazo, você vai trazer o seu público, vai ser mais
respeitado, vai ter impressão melhor, etc. Mas tem que ter os conteúdos fechados, que são mais
específicos, ligados ao que o seu produto entrega. E, assim, você faz conteúdos
abertos/chamativos e outros mais fechados, que são pra vender mesmo.
Pedro: Bruno, você foi um bom aluno e criou os públicos de Youtube. Tá tudo bonitinho, mega
organizado, porém, você criou só os de “envolvimento total”. Crie só os de visualização, só os de
inscritos, etc., e crie eles separados também pra popular todos. Vale mais a pena ter todos criados
do que ficar só com os de envolvimento total.
Pedro: Aqui não tem, por exemplo: “visualização 540D”, “inscritos 540D”, etc. Mas eu consigo
pegar o envolvimento total, que tem tudo, então, parabéns por isso, porque tá tudo bem
criadinho, e isso ficou pro!
E é o que o Ladeira falou, bota consistência aqui no Youtube. Uma coisa que bomba muito nesse
negócio de maromba é os caras avaliando o shape um do outro. Eu sempre vejo os vídeos de
maromba e tem muita view nesses vídeos.
Bruno: A gente ainda não foi no Youtube. Eu tenho uma pergunta: nos vídeos de Youtube, vocês
recomendam botar o link do curso em todos os vídeos ou selecionamos alguns vídeos para isso?
Leandro: Coloque em todos. Vá que é um vídeo que vai ter 10 milhões de seguidores e você não
colocou o link?! E bota num comentário destacado também.
Pedro: E faz chamada pra ação nos vídeos para as pessoas comprarem, Ladeira?
Leandro: Eu faço, mas não fica aquela coisa de vendedor. Depois, pra quem quiser entender,
pode olhar nos vídeos do meu canal e da Cátia. No meu canal tem um vídeo que é “criticando
copy dos grandes players”, e eu falo que eu tô fazendo uma chamada pra ação de um jeito sutil,
que é uma brincadeira, onde a parada é mais light. Não pode parecer que você só quer vender.
Leandro: Isso. Primeiro você tem que gerar valor, para depois fazer a chamada pra ação, e não
pode ser assim: “Compre o meu curso, porque ele é o melhor do mundo...” Não! Só fale assim: “Lá
explica melhor, dê uma olhada lá.” É como se você tivesse nem aí, senão fica muito vendedor e o
cara não vai querer seguir você.
Pedro: Saquei. Cara, uma coisa pro de Youtube de cara monstrão é que tem muito canal grande
de cara monstrão. Quando eu falei aqui que um dos canais que eu mais converto é no do Mansão
Maromba, é porque os caras têm muitas visualizações, e roda muito anúncio nos canais desses
caras.
A maior parte das pessoas que anunciam no Youtube tem um problema: elas querem anunciar só
em canais específicos, mas esses canais específicos dos nichos delas não dão visualizações
suficientes pra elas anunciarem o volume que elas querem. No seu caso, você tem esse volume,
e, pra mim, eu acho que uma das coisas mais surreais que tem é isso.
Se você pegar o canal do Léo Stronda, por exemplo, vai ver que ele tem muitos vídeos e muitas
visualizações em cada vídeo. Então, você pode fazer uma lista de canais e botar pra anunciar no
canal do Léo Stronda e do Mansão Maromba, por exemplo. Então, é interessante ligar uma
campanha de Youtube (e até uma de conversão e outra de distribuição de conteúdo) só
segmentado pra canais, porque assim o público é muito qualificado.
Você disse que não tem muita verba pra ficar testando no Youtube (porque o produto é
baratinho), mas, assim que você sentir que a parada tá dando uma engrenada no Facebook e
você quiser dar uma escalada, principalmente se aumentar o preço do produto, na hora eu
mandaria umas campanhas de true view for action segmentando só pra remarketing da página
de vendas e remarketing de quem viu os vídeos dele e se inscreveu no canal do Youtube
recentemente, e, pra público frio, só segmentação de canais. Eu tenho certeza que vai dar certo
assim!
Então, de Google é isso. No Facebook você tá fazendo uma parada maneira. Primeiro: parabéns
pela organização! Eu meço a qualidade do tráfego pelo quão rápido eu consigo me encontrar
numa conta de anúncios.
Você me passou a conta e eu só tive que perguntar o que é criação 1, criação 2 e criação 3. Conta
aí o que você me explicou.
Bruno: São blocos que eu montei de estratégias diferentes. Na criação 1 eu tava testando uma
coisa, na criação 2 eu peguei o que deu certo na criação 1 e adicionei outras coisas, e agora nós
estamos fazendo o teste na criação 3, onde fizemos o upgrade da criação 2. Quando eu vou
mudar de criação, eu refaço tudo do zero e monto as campanhas.
Pedro: Quando as pessoas ficam fazendo esses blocos de teste, eu vejo que é muito comum (em
tudo que é negócio) perderem alguma coisa que tava funcionando bem, porque trocaram tudo.
Então, tome cuidado com isso. Olhe muito bem o que funcionou melhor e siga pegando essas
coisas que funcionaram melhor.
Vou falar um pouco da forma que você divide as campanhas aqui. Primeiro tem uma campanha
de distribuição de conteúdo, que são vídeos curtos, é isso?
Bruno: Isso. Atualmente eu acho que só tem 1 vídeo rodando, porque eu tava bem limitado,
somente com 3 vídeos, pois não tínhamos material. Mas esse vídeo é pra abastecer aos poucos.
Pedro: Quando você faz as suas campanhas de distribuição, Ladeira, você anuncia só pra público
frio ou não?
Leandro: Não. A gente tem 2 etapas. Se for só a etapa de descoberta, é só frio, e aí eu excluo
todo o quente, porque eu quero descobrir gente nova, mas também tem a etapa de
relacionamento, que é só público quente. Nessa etapa de relacionamento, os conteúdos não são
abertos, ou seja, os assuntos que eu falo são realmente interligados com o produto que eu vendo.
Sabe a planilha de treinos que o Bruno M. tem? Eu faria um vídeo explicando a planilha só pra
público quente, porque o frio ainda não precisa ver a planilha.
Aqui nesses conjuntos de anúncios, você determinou R$ 7 por dia em cada um, só que raramente
uma campanha que tem o mesmo valor em todos os conjuntos de anúncios tá certa, porque tem
conjuntos aqui com mais visualizações do que outros.
Então, vale mais a pena, no próximo mês, você investir mais dinheiro no conjunto que tem mais
visualizações. Mas tá top, a distribuição de conteúdo é o poder.
E você falou que só tem 3 vídeos, mas, cara, se é a etapa de descoberta, como o Ladeira falou,
você pode usar os vídeos do Youtube pra fazer os caras descobrirem o expert. Então, você pode
pegar os próprios vídeos que são produzidos pelo Youtube e distribuir lá, porque são vídeos de
tempo bom (em torno de 7min). Pô, se o cara viu um treino de 7min do Léo Stronda, do Alfy e do
Bruno Moraes, ele curte a maromba! Então, você tem os conteúdos prontos aqui pra distribuir. Dê
uma mexida na sua campanha de distribuição de conteúdo, roda mais vídeos!
Leandro: Uma dica pra esses vídeos de descoberta e relacionamento é ficar sempre levantando a
bola pra alguma coisa do seu método, por exemplo: sempre que eu tô no meu conteúdo, eu falo
que alguma coisa é uma urgência oculta. O cara, quando começa a ouvir muitas vezes, começa a
se familiarizar com o seu idioma, e você tá quase falando um idioma único com ele.
Pedro: Total, isso é muito pro. E isso de botar mais o idioma único é o que falta na página de
vendas, porque lá só tem o idioma de vendedor tentando convencer. Então, tem que botar a cara
dele lá.
Tem um vídeo aqui que é “Estímulos diferentes dentro de uma execução perfeita”, e ele é um
vídeo de descoberta, mas também pode ser um vídeo de relacionamento, porque eu não sei se o
cara que tá começando agora vai ver isso. Você acha que isso é bem descoberta ou não, Ladeira?
Leandro: Pode ser descoberta, só que ele não tá levando o cara a começar a entender o método.
Ele tá sendo commodity aí. Qualquer outro cara de musculação vai explicar mais ou menos a
mesma coisa, e esse cara vai ver mais um marombeiro explicando mais uma coisa que ele já sabe.
Então, o conteúdo tem que ser menos do mesmo que todos estão falando e mais sobre o
método dele (por exemplo: “o jeito normal de fazer X versus o jeito do método”)
Pedro: Tá, entendi. Tem outro aqui melhor: “Vão te chamar de maluco: método do Bruno
Moraes”.
Pedro: Esse é mais pro, tanto que é o que mais tem visualizações, e é por isso que ele tá
entregando mais.
Eu sei que é foda eu falar pra rodar os vídeos de aquecimento também, porque você tem um
produto que custa muito pouco, e aí você acaba não tendo muita verba pra ficar pulverizando
num monte de campanha, e isso te prejudica de um lado e te impede de vender mais.
Leandro: Sim. A gente veio pra cá justamente pra gravar mais coisas pra esse curso que tá
rodando, e a gente vai gravar outro curso, porque a nossa intenção é fazer uma esteira de
produtos e vender pras mesmas pessoas. Mas a gente vai aumentar o ticket do BM pra R$ 97 e
lançar mais produtos. Então, a gente tá aqui pra gravar o curso e ter mais materiais.
Pedro: Top. Então, eu faria isso, e teria as campanhas de descoberta (conteúdos pelos quais eu
quero que as pessoas me descubram) e de relacionamento/aquecimento bem divididas. Eu acho
que, pra campanha de aquecimento, você tem que analisar a sua página de vendas e pensar em
quais conteúdos você pode fazer pra explicar cada um dos recursos que são vendidos para as
pessoas.
O meu vídeo que mais vende Comunidade Sobral de todos é a live n° 119, porque eu criei uma aula
inteira em cima de comentários das pessoas da Comunidade Sobral. Então, eu, Pedro Sobral, fiz
uma pergunta na Comunidade Sobral e pedi para as pessoas me responderem o que elas faziam
de tráfego pra negócio local, e aí eu mostro os comentários dos meus alunos. Então, nesse
conteúdo eu tangibilizo pro cara o que é estar dentro da Comunidade!
Quando você fala na página de vendas que tem “planilha de treino”, na minha cabeça vem que é
um excel onde o treino está escrito, mas quando vê não é só isso, e pode ser um negócio
completamente diferente, único e personalizado, só que eu não tenho ideia, assim como também
não tenho ideia do porquê são 3 planilhas de treino. Então, se você explicar isso num conteúdo e
distribui pra galera, quando o cara chegar na página de vendas, ele já vai saber do que se trata.
Agora, dando uma olhada aqui no seu ROI, a média tá 1.38, e eu achei muito baixo. Você falou que
você quer ROI de 2 a 4?!
Bruno: Sim, quero aumentar. Hoje tá entre 1 e 4, mas eu quero aumentar pra ficar entre 2 e 4.
Pedro: Tá. Esse aqui é o ROI das campanhas, mas você tem mais as vendas no orgânico que tão
fazendo esse ROI subir pra 2?!
Pedro: Entendi, é com o apoio do orgânico, mas as campanhas aqui não tão dando tração pra
isso.
Você dividiu os seus públicos em super hot, hot, base (que é a galera que já segue ele), e cold
(que tá com o ROI menor, naturalmente). A sua melhor campanha é a super hot, mas me
responde: por que a super hot tem menos verba do que a cold?
Bruno: Porque o público é menor. Eu separei as campanhas por tamanho de público também.
Pedro: Tá. Nessa campanha super hot, o ROI tá 2.74, mas eu sei que o meu ROI médio tá 1.38,
então, se eu pegasse R$ 100 da campanha cold e realocasse pra super hot (e ficasse com R$ 250
na super hot e R$ 500 na cold), o ROI da super hot até poderia descer pra 2, mas o ROI da cold
talvez aumentasse pra 1, então, no final das contas, o rebalanceamento desse orçamento ia fazer
com que o ROI médio ficasse um pouco maior (em torno de 1.48). Então, brinque mais com essas
verbas. Não é porque o público é maior que você tem que investir mais nele. Bote mais dinheiro
dentro do seu melhor público.
Por isso que, quando eu pego um e-commerce ou alguém que tá vendendo sempre, a primeira
coisa que eu pergunto é qual o ROI mínimo. Se o cara me falar que o ROI mínimo é 2, eu já vou
saber que a campanha dos melhores públicos poderia ter mais dinheiro!
É, mas o dinheiro no bolso vai aumentar, que no final das contas é o que importa. Se tiver dentro
de 2, tá lindo, e hoje em dia o seu não tá, então, a gente tem que brigar pra aumentar esse ROI.
Na sua campanha super hot, você tem 3 conjuntos de anúncios (da mesma forma que o Ruy
ensinou): 7D, 15D e 180D. Eu acho 180D muito, mas eu vi nas suas campanhas antigas que ele é o
que mais vende, então poderia manter.
Pedro: Entendi. No futuro, conforme eles forem crescendo, eu testaria menos dias aqui. O que eu
aprendi com o Ladeira, é que remarketing não é aqueles anúncios ruins que a pessoa fala, por
exemplo: “Eu sei que você acessou a minha página de vendas, por isso que eu tô fazendo esse
anúncio pra você”.
E ele falou uma parada muito massa, que é: além de não ser esse anúncio, você tem que fazer
comunicação diferente do cara dos 7D pro cara dos 15D, e tá a mesma coisa aqui na sua conta. Eu
entrei aqui nos 7D, e os anúncios são os mesmos dos anúncios de 15D.
Bruno: É, a gente veio aqui pra fazer isso também; pra mudar os estímulos conforme a
temperatura da pessoa.
Pedro: É, se o cara tá nos 15D, você tem que começar a mandar outro tipo de anúncio pra ele.
Leandro: E não é nem só o anúncio, mas também o destino do anúncio. Tem gente que muda
até o anúncio, mas leva o cara pra página de vendas. Cara, 7 dias se passaram, ou seja, essa
página de vendas não funcionou. Você vai continuar mandando ele pro mesmo lugar que não
funcionou? O que eu recomendo: crie uma outra página, com um outro estímulo, que não seja o
vídeo de vendas (pode ser uma aula mais interessante, um tira dúvidas com alunos, etc.). É o caso
da live n° 119 do Sobral que vende mais do que a página de vendas dele. Às vezes a gente acha
que a nossa página de vendas é magnífica/perfeita, aí você faz uma live e destrava muito mais,
porque na live, talvez, você está mais descolado.
Pedro: Pode ser que um vídeo dele dando uma consultoria pessoal pra alguém numa academia
bombe mais.
Pedro: Uma coisa que eu queria muito ver é esse cara dando um treino, porque ele vai dar o
treino. Esse é o personal mais barato que o cara vai contratar, porque R$ 50 pra vida inteira é um
baita deal. Então, é isso que o cara tem que visualizar: que o Bruno M. é o personal mais pro e
mais barato que ele vai contratar, só que nesses anúncios eu não consigo ver isso.
Leandro: Se eu sou sócio do Bruno Alves e do Bruno Moraes, eu pegaria um cara do estilo do
Sobral (que é fortinho, mas não é gigante), e, considerando que eu prometo resultado de 3 anos
em 120 dias, eu pegaria o jornal, filmando a data e o Sobral na balança, e faria as medições (braço,
Eu sei que o anúncio do antes e depois no Facebook, mas o vídeo, como se fosse o mini
documentário (em torno de 15 min), pode. E aí, o que acontece? O Sobral, depois de 4 meses, tá
do tamanho do Ruy, então, é incontestável. O pessoal que duvidou que é verdade, nem tem o que
falar. Então, é um vídeo de remarketing cheio de conteúdo (mostrando treino, alimentação,
zoeira, etc.). E vai vender!!
Pedro: Zerou, porque o cara vai ver o resultado real: “Cara, você quer o mesmo resultado? É só R$
97 pra você me ter como seu personal te treinando no curso online.” Aí eu compraria. Então, é
preciso mudar os estímulos e a página pra qual você manda o cara (que pode ser uma aula, um
vídeo mostrando o treino, etc.).
Fora isso, as outras campanhas tão bem organizadas, as exclusões tão todas bem feitinhas, e eu
achei bem pro. A única coisa que eu não curti na separação que você fez, é que, na campanha
hot, tem o público de quem viu o anúncio (que é o que mais vende, então tá certo) e o público de
distribuição de conteúdo de 25% 365D, só que eu não acho que tenha que ser 25% 365D. Eu
peguei os seus públicos de distribuição de conteúdo, e o 25% 365D provavelmente tá errado. Por
que eu sei isso? Porque o 25% tem que ser o maior de todos, e aqui o 25% é menor do que o
50%, então, tem mais vídeos adicionados no 50% do que no 25%. Então, dê uma olhada, porque
sempre o 25% tem que ser maior do que o 50%. Eu pensei assim: “Caraca, se o 50% tem 1
fucking milhão de pessoas, muda o público de distribuição de conteúdo da campanha hot pra
50%”.
Outra coisa: cara, bote mais públicos no mesmo lugar da hierarquia, então, se esses 2 públicos (de
quem viu o anúncio e de distribuição de conteúdo) são igualmente bons, não exclui um do outro,
deixe eles concorrendo entre eles.
Ele tem um envolvimento muito forte no Instagram, então, outro público que eu adicionaria aqui
é o público de envolvimento 7D, e colocaria ele como primeiro da campanha hot. Se ele ganha
1000-2000 seguidores por dia e você pegar o público de envolvimento 7D, já é 7-15 mil pessoas
novas que tão chegando no Instagram dele e que, se tão seguindo, provavelmente curtem a
maromba, e vão ficar recebendo anúncio dele. Então, faça questão dessa galera nova receber os
anúncios.
Eu peguei essa manha muito em e-commerce, porque em e-commerce eu faço remarketing pra
quem visitou o checkout em 2-3 dias, e às vezes até 1 dia, porque é o cara que tá mais quente ali,
então, vale a pena você fazer remarketing pra públicos menores, e não só esses públicos gordões.
Você falou que o público de 25% é um público diferente, mas ele é o que menos tá vendendo e
gasta R$ 500. O meu pensamento é sempre assim: “Se eu gastar esses R$ 500 num público de
vídeo view 50%, será que não vai ser melhor?” Talvez você pegue um público mais qualificado e
faça 10 vendas a mais, e aí já é um ganho aqui.
Quanto aos públicos de base, que são os envolvimentos do Instagram, não faz sentido não ter os
envolvimentos 7D e 30D. Velho, o 180D dele é muito grande (800 mil pessoas). Se você pegar 7D
e 30D, vai ter mais resultado do que com os públicos maiores.
Bruno: Mas, por exemplo, se eu pegaria 7D e não colocaria no base, né?! Eu subiria ele de nível?
Pedro: Pode subir pra outra campanha. Eu adorei como você fez a divisão das campanhas, e acho
que não tem certo e errado nesse aspecto. Acho que é legal quem divide assim em super hot, hot,
base e cold. Essa é a divisão que eu mais vejo funcionando pra quem faz perpétuo, e também não
dá pra dizer que essa campanha (de vários públicos dentro da mesma campanha) tá ruim, porque,
se eu pegar o vitalício dela, tá com um ROI top comparado com as suas outras campanhas (2.1).
Tem um público de interesses aqui que tá com o melhor ROI de todos e tá pausado. Por que
isso?
Pedro: O público provavelmente tá bom, então, faça ele funcionar. Você tem que ser o cara da
UTI. Se o paciente tá mal/morreu, você não vai tentar curar o próximo, você tenta
ressuscitar/curar esse.
Bruno: Eu tentei pegar esse conjunto e replicar na próxima criação e deu ruim.
Leandro: Eu vou explicar o que eu acho que pode ter acontecido aí, principalmente pra esses
públicos quentes de Instagram, que influencia. Eu anotaria as ondas. O que são as ondas? Às
vezes, principalmente pra esse tipo de público, vêm umas ondas muito positivas de venda, e aí,
você que tá fazendo o tráfego, não entende de onde veio essa onda. Só que eu vou te falar:
normalmente, é alguma coisa que esse cara tá fazendo no stories nesse momento, então, a
venda tá vindo lá do stories, só que contabiliza aí.
O que tá vendendo no seu negócio, na minha visão, é o cara mesmo, porque, a página de vendas
tá muito ruim pra converter, então, às vezes o movimento que esse cara tá fazendo no dia a dia
(por exemplo: gravou com o Léo Stronda) influencia. Então, eu tentaria ficar sempre percebendo o
que tá acontecendo no stories, fora daí, pra tentar encontrar as correlações. Quando você
encontrar, você pede pra ele repetir. Ou então, mais importante ainda: pegue os stories dele, salva
e anuncia (a gente já fez isso com os da Cátia).
Pedro: Isso é surreal, velho! A Giulia, da minha equipe (que eu sempre falo que é a melhor gestora
de tráfego que existe), quando assumiu o meu tráfego (porque, no final do meu último
lançamento, eu não tava dando conta de tudo), me mandou uma mensagem: “Me manda esse
storie agora que eu vou anunciar ele”. Era um storie respondendo uma caixinha de pergunta, e é
muito genial, porque eu nunca teria pensado disso do meu próprio conteúdo.
Então, o seu trabalho também é esse como gestor de tráfego. Se o cara postou respondendo
uma caixinha de perguntas ou fez algum storie que bombou, pede pra ele: “Cara, quais foram os
stories que mais bombaram na última semana? Me manda aí.” Às vezes ele tá produzindo o
conteúdo que vai vender ali e nem sabe, e você tem que pedir esse conteúdo pra ele pra anunciar
e fazer o negócio funcionar.
Leandro: Você podia pedir pra alguém da equipe pegar quantos “arrasta pra cima” ele faz e quais
deram mais cliques. A gente faz isso com os da Cátia, através de uma planilha, e tem variações
(tem “arrasta pra cima” que dá 25 mil, e, no mesmo perfil, tem “arrasta pra cima” que dá 600). O
que eu vou fazer com os que dão mais engajamento? Anúncios, porque alguma coisa deu certo
ali.
Pedro: Total. E, cara, além de ter essas campanhas nessa estrutura, eu não descartaria a hipótese
de ter criação 2 ativa, mas não necessariamente eu rodaria ABO nela. Você só roda ABO nela se
você falar assim: “Eu rodo ABO porque eu tenho vários objetivos de conversão, e o Facebook
acabou jogando tudo pro visualizações na página de destino, então eu botei ABO pra controlar.”
Nesse caso tá top e eu até concordo e acho que faça sentido rodar ABO, mas, se não tiver
gastando todo o dinheiro num único lugar, bote o CBO e faça a mágica acontecer. E eu teria uma
campanha de estrutura completa.
Uma coisa que eu senti saudade que eu vi nas criações anteriores foi de anúncio específico do
stories. Isso pra mim é uma coisa que faz diferença, e eu acho maneiro, porque é um formato
muito específico do stories, por exemplo: “Quer ter um shape igual a esse? Sim / Não Arrasta pra
cima”. Esse é o anúncio mais simples de todos e eu tenho certeza que vai funcionar, porque esse
é o meu melhor anúncio. Então, com certeza eu faria um desse também, porque eu acho que vai
dar bom.
Então, eu apostaria mais em anúncio de stories. Às vezes a gente fica tentando inventar moda,
mas a gente não melhora aquilo que tá bom. Então, tá bom o super hot, mas, cadê os anúncios
de stories aqui no super hot? E você tinha antes os anúncios de stories aqui no super hot.
Bruno, eu acho que com esse bolo de informação que a gente te deu e o fato de você estar aí
gravando com o maluco hoje, vai fazer toda a diferença do universo. Então, melhore a página de
vendas; as campanhas não tem tanta coisa pra mudar, eu acho que é mais a questão dos
criativos, mudar a comunicação nas diferentes etapas que você tá fazendo e dar um tapinha
básico nos públicos. Tá tudo bem feito e organizado, então parabéns por esse trabalho, mas
sempre tem otimização pra fazer, e eu falei as que eu faria, agora é só implementar tudo o que
você viu aqui e fazer a mágica acontecer.
Leandro: Obrigado, Sobral, por ter me convidado, fiquei feliz. Eu sou um expectador das suas
lives e estar aqui hoje foi legal.
Pedro: Brigadão mano, muito obrigado por ter vindo. Foi incrível! Você é muito inteligente, eu
tava aprendendo muito. Na hora que você tava analisando a página de vendas, eu pensava:
“Caraca, eu queria ver 30 conteúdos desse do Ladeira analisando as páginas de venda.” Foi muito
bom, mano, você é o mestre dos perpétuos!
Moçada, se você tem um produto perpétuo, não perca mais tempo: vá lá no produto da doença
venérea do Ladeira, compre o Venda Todo Santo Dia, e vá pra cima. Tamo junto e até semana
que vem!
Sumário
Introdução (03’08’’);
Leandro Ladeira (04’31’’);
Bruno Alves (18’24’’).