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Identidade e Protagonismo - 1 Série (1º e 2º) PA

O documento apresenta a proposta curricular do componente 'Identidade e Protagonismo' para o Ensino Médio no Maranhão, enfatizando a importância da construção das identidades dos estudantes e seu papel como protagonistas em suas trajetórias. A proposta busca promover uma formação integral, respeitando a diversidade sociocultural e incentivando a reflexão crítica sobre a identidade e a cidadania. Além disso, o documento delineia diretrizes pedagógicas e metodológicas para a implementação do componente, visando preparar os jovens para os desafios contemporâneos.

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Lilian Veras
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Identidade e Protagonismo - 1 Série (1º e 2º) PA

O documento apresenta a proposta curricular do componente 'Identidade e Protagonismo' para o Ensino Médio no Maranhão, enfatizando a importância da construção das identidades dos estudantes e seu papel como protagonistas em suas trajetórias. A proposta busca promover uma formação integral, respeitando a diversidade sociocultural e incentivando a reflexão crítica sobre a identidade e a cidadania. Além disso, o documento delineia diretrizes pedagógicas e metodológicas para a implementação do componente, visando preparar os jovens para os desafios contemporâneos.

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Governador do Estado do Maranhão

Carlos Orleans Brandão Júnior

Secretária de Estado da Educação


Jandira Dias Araújo Silva

Subsecretário da Educação
José Antônio Barros Heluy

Secretária Adjunta de Gestão da Rede do Ensino e da Aprendizagem


Nádya Christina Guimarães Dutra

Superintendência de Gestão do Ensino e Desenvolvimento da


Aprendizagem
Adelaide Diniz Coelho Neta

Supervisão de Currículo Escolar


Profª. Mestranda Patrícia de Jesus Cruz Fernandes
Ficha técnica

Elaboradoras
Profª. Me. Carla Ivana Amorim da Silva
Profª. Me. Fernanda Soares Santos Ferraz
Profª. Me. Larissa Silva Abreu
Profª. Mestranda Patrícia de Jesus Cruz Fernandes

Colaboradoras
Profª. Me. Leonora de Jesus Mendes Tavares
Profª. Esp. Mércia Cristina Gomes Cavalcante

Leitura crítica
Profª. Esp. Adelaide Diniz Coelho Neta
Profª Me. Gislane Gomes Braga
Profª. Me. Francinea Pimenta e Silva
Profª. Mestranda Patrícia de Jesus Cruz Fernandes

Revisão Ortográfica
Profª. Me. Joelma Pereira Silva

Projeto gráfico e diagramação


Fabiel Lima
Larissa Silva Abreu
Marcos Vinícius Oliveira Sobrinho
Newton Lima Ribeiro
Sumário

PARTE 1 - POR QUE “IDENTIDADE E PROTAGONISMO”? ................................... 6


1. Identidade: um ponto de partida e de chegada............................................... 6
2. “Identidade-metamorfose-emancipação”:construindo protagonismos ........... 7
3. A maranhensidade pede passagem! ............................................................... 8
PARTE 2 - A PERSPECTIVA DIDÁTICO-PEDAGÓGICA EM IDENTIDADE E
PROTAGONISMO ............................................................................................................. 9
1. A natureza do Componente e suas dimensões pedagógicas .......................... 10
2. Sobre a oferta do componente ..................................................................... 11
3. Conhecendo os Eixos Formativos .................................................................. 12
4. Proposta Metodológica ................................................................................ 15
5. Orientações para o Processo Avaliativo ........................................................ 16
PARTE 3 - O ORGANIZADOR CURRICULAR DO COMPONENTE ........................ 18
PARTE 4 - ROTEIROS DE APRENDIZAGEM PARA OS ENCONTROS DE
IDENTIDADE E PROTAGONISMO ............................................................................. 19
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 01 ........................................................................... 20
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 02 ........................................................................... 22
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 03 ........................................................................... 25
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 04 ........................................................................... 29
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 05 ........................................................................... 33
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 07 ........................................................................... 39
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 08 ........................................................................... 42
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 09 ........................................................................... 47
5
PARTE 1 - POR QUE “IDENTIDADE E
PROTAGONISMO”?

Em um momento de transformações na política nacional de educação para o Ensino Médio, as


mudanças no oferecimento dessa etapa nos impulsionam a ajustar nossas estruturas, reconfigurar as
matrizes curriculares e renovar os focos pedagógicos, sem deixar de reforçar as metodologias que
orientam nossas práticas. Este é um convite à reinvenção, em que cada ajuste abre caminhos para a
ampliação das possibilidades formativas de nossas juventudes, preparando-as para seus projetos de vida,
e para os desafios do presente e do futuro.
Consideramos fundamental que as atividades propostas no Ensino Médio sigam criando espaços
para a reflexão sobre a construção das identidades dos/das estudantes em suas múltiplas dimensões,
compreendendo como a subjetividade de cada um está profundamente ligada às diversas formas de
representação, contestação e transformação do mundo social.
Dessa maneira, o componente curricular "Identidade e Protagonismo" contribui, ao longo das três
séries do Ensino Médio, por meio de situações de aprendizagem diversificadas, que estimulem a reflexão
sobre as identidades dos/das estudantes, promovendo a valorização das singularidades e das construções
coletivas, além de reforçar valores e atitudes fundamentais para a formação integral, baseada no respeito
às diferenças, na valorização do conhecimento, na participação ativa em sociedade e em uma ética para
o Bem viver.
Iniciamos, pois, com um diálogo sobre os conceitos de Identidade e Protagonismo que orientarão
nossas práticas e movimentos contínuos de ação-reflexão-ação.

1. IDENTIDADE: UM PONTO DE PARTIDA E DE CHEGADA


“Nós somos o começo, o meio e o começo.”
(Mestre Antônio Bispo dos Santos)

O termo "identidade" desperta grande interesse, sendo amplamente discutido por cientistas
sociais, diversos profissionais e pela sociedade em geral. Com frequência, somos levados a nos questionar
ou a questionar os/as outros/as: "Quem é você?".
Essa pergunta nos convida a refletir sobre nós mesmos a partir de nossas práticas, discursos,
saberes, características e outros aspectos que nos situam no contexto social que vivemos, considerando
ainda as nossas crenças, valores e experiências de vida. Portanto, a identidade deve ser vista como uma
forma de nos enunciarmos no mundo sociocultural e político, uma maneira de nos posicionarmos e

6
nos reconhecermos em relação aos outros e aos nossos territórios. Ela é, ao mesmo tempo, pessoal e
coletiva, e está em constante construção nas interações e nas relações sociais.
Stuart Hall (2006), em suas reflexões sobre o assunto, nos convida a entender a identidade como
um processo de "identificação", sempre em movimento. Isso significa que a identidade não é algo fixo,
mas algo dinâmico, vivo, que segue seu curso de maneira contínua, sempre relacional e marcada pela
diferença. Quando nos referimos à identidade, precisamos sempre considerar o que está fora dela, aquilo
que a define em contraste com outras. Por exemplo, se nos identificamos como maranhenses, é porque
existem, também, paranaenses, pernambucanos, piauienses e outros, com suas próprias singularidades.
A construção das identidades não se limita ao campo individual, pois elas são tecidas, negociadas
e construídas nas esferas coletivas e sociais, nutridas de sentidos e significados que ultrapassam o pessoal
e o íntimo. As identidades possuem um poder transformador, capazes de moldar tanto o sujeito que as
enuncia quanto o próprio mundo ao seu redor. Elas são a base para a luta por direitos e respeito às
diferenças, e oferecem os alicerces para a mobilização de sonhos e projetos de vida.
A construção das identidades está profundamente ligada à memória e aos saberes coletivos, e a
educação desempenha um papel essencial nesse processo. Como afirma o professor Kabengele Munanga,
“é através da educação que a herança social de um povo é legada às gerações futuras e inscritas na
história” (MUNANGA, 1986, p. 23). Nesse sentido, valorizar e transmitir a diversidade de narrativas
contribui para a formação de relações mais igualitárias, promovendo o reconhecimento e o respeito às
diferentes identidades que compõem a sociedade.
Quando os sujeitos reconhecem e valorizam suas múltiplas identidades, compreendendo a
diversidade como parte essencial do tecido social, tornam-se mais conscientes de seu papel na
transformação da realidade. Esse processo os fortalece para desafiar estruturas de opressão e
desigualdade, afirmando sua dignidade e humanidade, além de ampliar espaços para a expressão de
suas vozes e vivências.

2. “IDENTIDADE-METAMORFOSE-
EMANCIPAÇÃO”:CONSTRUINDO PROTAGONISMOS

“Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante


Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo (...)” (Raul Seixas)

O conceito de "identidade-metamorfose-emancipação", proposto por Antônio Ciampa (2009),


enfatiza a identidade como um processo contínuo de transformação, em que nos é possível a reinvenção

7
e a ressignificação a partir de nossas vivências e desejos. Nesse sentido, a identidade é metamorfose,
nunca essência, substância estática.
“a metamorfose é a progressiva e interminável concretização histórica do vir-a-ser humano,
que sempre se dá como superação das limitações e das condições objetivas existentes em determinadas
épocas e sociedades” (CIAMPA, 1987).
No entanto, os processos de metamorfose frequentemente são abafados por uma lógica de controle
e conformismo, que aliena as pessoas de si mesmas. Essa lógica estimula a produção em massa de
identidades uniformes, acríticas alinhadas a narrativas hegemônicas. A emancipação, portanto, torna-se
um caminho necessário para o rompimento com essas amarras de conformismo, e para o
desenvolvimento de autonomia crítica, autenticidade e práticas de liberdade.
Ao adotarmos o conceito de “identidade-metamorfose-emancipação”, destacamos a necessidade
de que sejam provocados processos reflexivos sobre como cada estudante constrói sua identidade, como
entra em conflito com as outras identidades e de como reafirmam ou ressignificam suas múltiplas
identidades (social, política, étnico-raciais, de gênero, sexualidade, entre outras). Isso nos leva a pensar
na necessidade de os/as jovens estruturarem, de forma consciente, projetos de vida que os/as orientem nas
suas múltiplas formas de vivenciar identidades.
Nesse sentido, o estímulo ao protagonismo estudantil se torna fundamental, pois é também uma
prática de emancipação, devendo ser entendido não como uma simples afirmação de individualidades,
mas como um processo de fortalecimento da atuação cidadã e da coletividade.
É essencial compreender a juventude como uma condição sócio-histórica-cultural, em que o
processo de "identidade-metamorfose-emancipação" ocorre dentro de contextos específicos e a partir das
histórias de vida e características de cada indivíduo, como suas origens econômicas, étnico-raciais,
religiosas, de gênero e sexualidade. Preparar os jovens nas escolas para seus protagonismos exige
reconhecê-los como sujeitos ativos, responsáveis por suas histórias e projetos de vida, refletindo sobre
as estruturas de poder que os afetam e desafiando essas limitações. Assim, a identidade se fortalece no
protagonismo contínuo, unindo metamorfose pessoal e emancipação coletiva, com a escola sendo um
espaço vital para a expressão e ressignificação de suas identidades.

3. A MARANHENSIDADE PEDE PASSAGEM!

“(...) Esta herança foi deixada por nossos avós


Hoje cultivada por nós
Pra compor tua história Maranhão”
(Humberto de Maracanã)

8
Pensar sobre identidades e protagonismos, implica no reconhecimento da diversidade presente no
chão de nossas escolas. Por essa razão, conforme preconiza o Documento Curricular do Território
Maranhense (DCTMA, 2022), destacamos a necessidade de enxergar a diversidade sociocultural que
norteia a construção histórica do nosso estado e de nosso povo, tendo-se a “maranhensidade” como uma
das concepções fundamentais na consolidação de nossas práticas.
Destacamos aqui, portanto, o compromisso em recontar a história de construção dessa
maranhensidade, destituindo-se da narrativa hegemônica e atenuada de “mistura de raças”. As autoras
maranhenses Fernandes, França e Chaves (2022), nos convidam à tarefa de recontar essas narrativas e
identidades a partir da perspectiva dos sujeitos regionalizados-racializados, abdicando do discurso do
mito da democracia racial1, denunciando as violências históricas que se refazem nos cotidianos, e
desnaturalizando os imaginários que vinculam o Norte e o Nordeste a uma condição de inferioridade,
vou como uma força de trabalho "barata", oriunda de processos históricos de exploração e
colonização, que constroem narrativas, memórias e imagens negativas do ser maranhense.
No Maranhão, nossas juventudes vivem uma complexa e rica diversidade, marcada por um
mosaico de identidades, influenciado por suas diferentes origens geográficas, históricas, étnico-raciais e
culturais. Somos quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco babaçu, marisqueiras, pescadores
artesanais, ribeirinhos, campesinos, e pertencemos a diferentes etnias, raças, classes sociais,
orientações de gênero e sexualidade, religiosidades etc.
Essas juventudes, com seus anseios, histórias e trajetórias diversas, frequentam escolas situadas
em realidades distintas, em diferentes regiões do nosso território, e é fundamental que a escola seja um
lugar que valorize essa pluralidade de forma dinâmica e agregadora, criando um ambiente de
aprendizagem que expanda os horizontes de nossas juventudes sobre si mesmas, conectando perspectivas
locais aos contextos globais dos quais fazemos parte.

PARTE 2 - A PERSPECTIVA DIDÁTICO-


PEDAGÓGICA EM IDENTIDADE E PROTAGONISMO

1
O mito da democracia racial reflete o discurso ideológico de que o Brasil seria uma sociedade sem barreiras raciais, caracterizado
por uma miscigenação e convivência pacífica entre distintos grupos étnico-raciais. No entanto, essa concepção é falaciosa, pois a
mistura de raças não resultou em uma verdadeira igualdade, como evidenciam as persistentes desigualdades sociais e raciais do país.
Além disso, o mito contribui para a dissimulação dessas desigualdades, dificultando a formação da consciência e da identidade
política dos grupos historicamente oprimidos (MUNANGA, 2006).
9
1. A NATUREZA DO COMPONENTE E SUAS DIMENSÕES
PEDAGÓGICAS

O componente curricular Identidade e Protagonismo tem como objetivo principal contribuir para
o desenvolvimento de uma formação humana integral, conectando o aprendizado acadêmico às diversas
dimensões da vida e aos projetos individuais de cada estudante. Seu propósito é incentivar a aprendizagem
contínua, a reflexão sobre identidades e territórios, o respeito às diferenças, o protagonismo, a cidadania
e a preparação para o mundo do trabalho.
Possui como premissa a transversalidade, na medida em que busca contribuir com a integração
de uma formação humanística, que perpassa diferentes dimensões de aprendizagem, conhecimentos e
práticas. A proposta didático-pedagógica, alinhada às novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio (RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2024), visa fortalecer as
capacidades de agir e refletir, com uma abordagem integradora, crítica e humanizante, por meio de
processos estruturados, dialógicos e transdisciplinares que se articulem com as vivências e projetos de
vida dos/das estudantes.
A seguir apresentaremos, de forma esquemática, os aspectos a serem considerados ao longo do
desenvolvimento da proposta curricular, conforme preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio (BRASIL, 2024). Esses aspectos foram agrupados em duas dimensões pedagógicas,
que devem ser levadas em conta nas concepções didáticas do componente "Identidade e Protagonismo".
Figura 1 - Dimensões Pedagógicas da Proposta

Fonte: Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2024).

10
2. SOBRE A OFERTA DO COMPONENTE

O componente curricular acompanhará a experiência dos/das estudantes durante toda a


jornada do Ensino Médio, tendo como horizonte a compreensão de que o intenso percurso de
(trans)formação de nossos (as) estudantes, ao longo desses três anos de suas vidas, envolvem aspectos
socioculturais, políticos, cognitivos, físicos e afetivos que nos desafiam a oferta de um componente capaz
de integrar diferentes dimensões e aspectos, visando fortalecer o desenvolvimento de habilidades como:
pensamento crítico, conhecimento interpessoal e intrapessoal, participação social, capacidade de
solucionar problemas, atitude colaborativa, capacidade de organização e autogestão das novas demandas
escolares, e compromisso com a própria aprendizagem.
Pensando nesse desafio, foi feito um desenho de carga horária ampla para o componente,
totalizando 200 horas ao longo de todo o Ensino Médio. O quadro 1 a seguir apresenta a distribuição
dessa carga horária por série.

Quadro 1 - Carga Horária Anual do componente curricular “Identidade e Protagonismo”

IDENTIDADE E PROTAGONISMO - CARGA HORÁRIA ANUAL

1 ª SÉRIE 2ª SÉRIE 3ª SÉRIE


40 H 80 H 80 H
Fonte: SEDUC, 2024.

A oferta do componente seguirá as diretrizes das DCNEM’s (BRASIL, 2024), focado no apoio
aos projetos de vida dos estudantes ao longo de sua formação, com orientações sobre suas trajetórias
acadêmicas e profissionais. Assim, o (a) professor(a) de Identidade e Protagonismo deve desenvolver
práticas pedagógicas específicas para cada etapa do estudante, conforme estabelecido no Artigo 12,
Parágrafo único, das DCNEMs.

Figura 2 - Alinhamento de Orientações por etapa formativa

11
Fonte: Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2024).
Vale destacar, que o apoio e orientação aos projetos de vida dos/das estudantes, devem também
ser observadas de maneira complementar e transversal nos demais componentes curriculares.

3. CONHECENDO OS EIXOS FORMATIVOS

Os eixos formativos de Identidade e Protagonismo têm a função de articular e integrar a


experiência formativa dos/das estudantes ao longo do Ensino Médio, oferecendo um fio-condutor que
conecta as aprendizagens ao longo do percurso educacional.
A figura 3 a seguir apresenta brevemente os 05 eixos formativos que serão trabalhados no
componente curricular, e que serão apresentados detalhadamente nos próximos tópicos.
Figura 3 - Eixos Formativos de Identidade e Protagonismo

12
Fonte: (SEDUC, 2024).

3.1 Descrição dos Eixos Formativos

EIXO 1 - DIMENSÃO ACADÊMICA E A FORMAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

O foco desta dimensão é promover o desenvolvimento da autonomia e da colaboração para a


aprendizagem contínua, auxiliando na definição de prioridades e escolhas acadêmicas, no preparo para
os itinerários formativos escolhidos, exames e vestibulares, sem deixar de enfatizar a importância do
planejamento e da valorização do conhecimento ao longo da vida.

Questões mobilizadoras

 De que maneira posso organizar melhor meu tempo, recursos e relações para fortalecer meu
processo de aprendizagem?
 Quais tipos de saberes e práticas, eu aprendo com maior facilidade?
 Que atitudes e hábitos posso cultivar para me tornar uma aprendiz mais responsável e com
maior autonomia?
 Como minhas escolhas acadêmicas atuais refletem meus interesses e objetivos futuros?

EIXO 2 - DIMENSÃO INTRAPESSOAL E A FORMAÇÃO DO SER CONSIGO

O foco dessa dimensão é ajudar o estudante a desenvolver uma compreensão sensível de si mesmo,
reconhecendo suas trajetórias, afetos, memórias, desafios e potencialidades. O objetivo é valorizar suas
características pessoais, étnico-raciais, de gênero, culturais e familiares, promovendo o respeito pela
singularidade de suas identidades.

Questões mobilizadoras

 Quem sou eu? E como minha história me torna singular?


 Quais valores me conectam com as outras pessoas e com o mundo?
 Que jeitos de viver a vida me interessam?
 Quais práticas culturais reconheço como parte de mim?
 Quais características físicas, afetivas e culturais carrego como legado da minha família?

EIXO 3 - DIMENSÃO INTERPESSOAL E A FORMAÇÃO DO SER COM O OUTRO

O foco dessa dimensão é o aprendizado sobre convivência, com ênfase no reconhecimento da diferença
e na valorização da diversidade. Busca estimular interações grupais e o reconhecimento de múltiplas
identidades (raciais, de gênero, sexualidade, religiosidade, deficiências etc.) visando ampliar as
relações dos/das estudantes numa perspectiva dos Direitos Humanos e da cultura de paz.

Questões mobilizadoras

13
 Que atitudes me aproximam de um viver coletivo com respeito às diferenças?
 Quais preconceitos preciso superar para construir uma cultura de paz nos espaços que
convivo?
 Quais meus compromissos e práticas pessoais de convívio deixo de legado para outras
gerações?

EIXO 4 - DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA E A FORMAÇÃO DO SER PARA SI E PARA O


OUTRO

Esta dimensão tem como objetivo desenvolver uma consciência crítica e cidadã, promovendo valores
como justiça, equidade e corresponsabilidade social. Busca estimular o diálogo, a participação ativa na
sociedade e o reconhecimento das dinâmicas de poder que estruturam as relações humanas. Além disso,
incentiva a compreensão dos direitos e deveres individuais e coletivos, fomentando práticas baseadas
no respeito à diversidade, na cultura democrática e na construção de um mundo mais ético, sustentável
voltado para a construção de um Bem Viver.

Questões mobilizadoras

 Como passo a existir como pessoa e como exerço minha cidadania? Como me integro aos
lugares sociais?
 As minhas ações acionam a destruição ou a construção corresponsável do mundo em que vivo?
 Como as dinâmicas de poder influenciam as relações sociais e a participação cidadã no dia a
dia?
 Quais desafios e possibilidades encontramos ao promover uma cultura de respeito à
diversidade e à equidade na sociedade?

EIXO 5 - DIMENSÃO DO MUNDO DO TRABALHO E A FORMAÇÃO DO SER


OMNILATERAL

O foco desta dimensão é compreender o/a estudante como um ser inserido no Mundo do Trabalho, mas
também como alguém que vai além das lógicas de exploração capitalista. Busca-se investigar as
influências que o/a constituem, desde sua identidade, sonhos e projetos até suas condições materiais de
vida. Além disso, visa promover a humanização, considerando o ser humano para além da produção, e
incentivar uma reflexão crítica sobre as formas históricas do trabalho. O objetivo é apoiar os/as
estudantes na construção de percepções e alternativas que os/a ajudem a realizar seus projetos de vida
de maneira autêntica e digna.

Questões mobilizadoras

 Como o desenvolvimento de habilidades e interesses pode contribuir para uma vida plena
de sentidos, além do mundo do trabalho?
 Quais propósitos orientam meus projetos de vida?
 Como as minhas experiências pessoais, sonhos e condições de vida influenciam em minhas
escolhas e projetos para o futuro?
 De que maneira as transformações no mundo do trabalho ao longo da história impactam
minha história de vida?

14
 Quais alternativas e caminhos posso construir para transformar as condições de vida
atuais?

3.1.1 O trabalho com os Eixos Formativos:

Conforme poderá ser observado no Organizador Curricular apresentado mais adiante, o trabalho
com os eixos não seguirá uma sequência linear, em vez disso, serão entrelaçados ao longo do Ensino
Médio, permitindo que os objetos do conhecimento e situações de aprendizagem se complementam e se
enriquecem mutuamente. Essa organização visa favorecer uma visão holística, em que as habilidades,
vivências e conhecimentos dos/das estudantes se desenvolvam de forma contínua e interdependente,
primando por uma compreensão global e integrada do processo formativo. Isso significa que o Eixo 1,
por exemplo, será abordado em diferentes momentos ao longo das três séries, assim como os outros eixos.

4. PROPOSTA METODOLÓGICA

No que se refere aos procedimentos metodológicos para os encontros de Identidade e


Protagonismo, adotaremos os cinco passos propostos por Gasparin (2005), e que são reforçados como
referência metodológica no Documento Curricular do Território Maranhense (DCTMA, 2022). Na Figura
4, a seguir, apresentamos um resumo desses passos:
Figura 4 - Procedimentos metodológicos

Fonte: (SEDUC, 2024).


Visando fortalecer o procedimento metodológico, e partindo de uma abordagem dialógica,
fundamentada na pedagogia histórico-crítica, destacamos alguns elementos essenciais para compor os
encontros do componente:
● fortalecimento do diálogo e da participação social e na comunidade;
15
● articulação interdisciplinar/ transdisciplinar com outros componentes curriculares;
● uso de metodologias ativas;
● incentivo à colaboração e trabalho em grupo;
● incentivo à leitura e produção textual;
● valorização da pesquisa e investigação científica;
● valorização de saberes e práticas de comunidades tradicionais e povos originários;
● estímulo à ludicidade e expressões criativas por meio das diversas linguagens artísticas.
● uso ético e estratégico das tecnologias disponíveis;

Destacamos que tais orientações devem ser aplicadas de forma flexível, adaptando-se às
especificidades das comunidades escolares e territórios nos quais serão desenvolvidas, considerando
ainda as demandas dos/das estudantes e o olhar do professor e da professora para esses aspectos.

5. ORIENTAÇÕES PARA O PROCESSO AVALIATIVO

Em Identidade e Protagonismo, entendemos a avaliação como um processo contínuo, qualitativo e


flexível, focado na formação crítica dos/as estudantes. O objetivo é avaliar de maneira contextualizada,
estimulando aprendizagens e considerando a realidade escolar e os perfis dos/as alunos/as. O processo
depende de observações sistemáticas e sensíveis ao desenvolvimento integral dos estudantes. O quadro 2
apresenta orientações para apoiar essa dinâmica avaliativa.

Quadro 2 - Orientações para o Processo Avaliativo em Identidade e Protagonismo

O QUE AVALIAR?

EIXO 1 - DIMENSÃO ACADÊMICA E A FORMAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM

● Participação ativa nas aulas e nas atividades propostas;


● Leitura e escrita crítica e argumentativa;
● Interpretação crítica de ideias, fenômenos e processos;
● Desenvolvimento da autonomia nos estudos e na gestão do percurso acadêmico;

EIXO 2 - DIMENSÃO INTRAPESSOAL E A FORMAÇÃO DO SER CONSIGO


● Capacidade de mudança de atitudes frente a novas situações;
● Originalidade e Expressão criativa em suas produções;
● Valorização e compreensão de suas identidades, territórios e comunidades.

16
EIXO 3 - DIMENSÃO INTERPESSOAL E A FORMAÇÃO DO SER COM O OUTRO

● Colaboração com os colegas de classe e com o bem-estar coletivo;


● Postura dialógica e comunicação clara e respeitosa;
● Mobilização de conhecimentos e habilidades diversas para mediação de conflitos;

EIXO 4 - DIMENSÃO ÉTICO-POLÍTICA

● Expressão de ideias, valores e ações vinculadas aos direitos humanos e à democracia;


● Atuação proativa e protagonismo em diferentes contextos escolares e extraescolares;

EIXO 5 - DIMENSÃO DO MUNDO DO TRABALHO E A FORMAÇÃO DO SER


OMNILATERAL

● Planejamento atencioso e consciente do seu projeto de vida;


● Compreensão ampla sobre seus propósitos, valores e compromissos com o mundo;
● Compreensão crítica do mundo do trabalho, às características e questões relativas a diferentes
áreas profissionais, ocupações e atividades do futuro

Nº mínimo de
Instrumentos 02
Avaliativos

Nota no SIAEP SIM

Reprovação Por inassiduidade. Mais de 25% de faltas.

Processos Trabalhos em Grupo; Atividades interdisciplinares; Debates; Relatórios;


Avaliativos Seminários; Portfólios; Produções textuais; Produções artísticas; Participação em
sugeridos projetos acadêmicos/culturais; Autoavaliação e avaliação entre pares; dentre outros.

17
PARTE 3 - O ORGANIZADOR CURRICULAR DO
COMPONENTE
1ª SÉRIE (CH: 40H)
EIXOS TEMÁTICOS OBJETOS DO CONHECIMENTO OBJETIVOS
Refletir sobre a própria identidade e a
construção coletiva do grupo, reconhecendo
os diferentes papéis que desempenhamos no
EIXO 1 - A Dimensão  Nosso lugar no Mundo: quem sou eu? Quem
mundo;
Acadêmica e a formação somos nós?
Desenvolver habilidades de diálogo e
para a aprendizagem  Convivência ética e respeitosa: construindo
colaboração para estabelecer normas coletivas
normas coletivas para um ambiente de
baseadas na ética e no respeito mútuo.
EIXO 2 - A dimensão aprendizado saudável.
Compreender a estrutura e a organização do
intrapessoal e a formação  Descobrindo uma nova trajetória: como o
Ensino Médio, reconhecendo suas etapas,
do ser consigo Ensino Médio contribui para o meu futuro?
itinerários formativos e possibilidades
 Rumo à aprendizagem com autonomia e pedagógicas.
EIXO 3 - A dimensão corresponsabilidade: como organizar, Incorporar rotinas de estudo à vida acadêmica
Interpessoal e a formação planejar e executar o estudo no Ensino assegurando o seu pleno desenvolvimento
do ser com o outro Médio. intelectual.
Aprender a gerenciar o próprio processo de
aprendizagem, identificando metas e estratégias
para alcançar os objetivos educacionais.
Adquirir saberes que promova reflexões sobre a
identidade pessoal e a relação com os papéis de
EIXO 1- A Dimensão representação escolar.
Acadêmica e a formação  Eu e o coletivo: refletindo minha identidade
para a aprendizagem no ambiente escolar Identificar características individuais que
 Relações democráticas e o ambiente escolar contribuam para a construção de uma
EIXO 2 - A dimensão participativo. convivência democrática e participativa no
intrapessoal e a formação  Representatividade e Liderança - a ambiente escolar.
do ser consigo identificação pessoal na representação
escolar. Compreender o papel da liderança de turma como
EIXO 4 - A dimensão  Liderança e Participação: a Valorização da um elemento essencial para a organização e o
Ético-Política e a Voz de Todos na Turma. bem-estar coletivo.
formação do ser para si e  Ensino Médio para Todos: o Papel da
para o outro Diversidade na Convivência Escolar. Desenvolver atitudes de responsabilidade,
diálogo e colaboração na resolução de desafios
escolares e na promoção de um ambiente
inclusivo e participativo.
EIXO 1 - A Dimensão  Itinerários Formativos Integrados: Identificar oportunidades para a formação
Acadêmica e a formação conhecendo possíveis escolhas integral a partir dos Itinerários Formativos de
para a aprendizagem educacionais. Aprofundamento.
 Conectando Saberes e Sonhos: como os
EIXO 2 - A dimensão itinerários formativos integrados podem Realizar escolhas em alinhamentos com os
intrapessoal e a formação potencializar o projeto de vida. projetos de vida individuais, relacionado com as
do ser consigo  Meu Futuro, minhas decisões: definindo diversas áreas do conhecimento.
escolhas e metas para o Ensino Médio;
Tomar decisões sobre a trajetória escolar
considerando os itinerários formativos
integrados.

EIXO 1 - A Dimensão  Emaranhando identidades: a diversidade


Reconhecer e valorizar a diversidade étnica
Acadêmica e a formação étnica e cultural maranhense.
e cultural maranhense.
para a aprendizagem  Identidades Afro-Brasileiras: quem sou eu?
quem somos nós?

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EIXO 2 - A dimensão  Vínculos afetivos e relações interpessoais: Compreender as contribuições de diferentes
intrapessoal e a formação reflexões sobre laços comunitários e grupos para a identidade local e pessoal.
do ser consigo familiares.
Desenvolver atitudes de respeito,
EIXO 3 - A dimensão pertencimento e valorização das tradições
Interpessoal e a formação regionais e vínculos comunitários.
do ser com o outro

PARTE 4 - ROTEIROS DE APRENDIZAGEM PARA


OS ENCONTROS DE IDENTIDADE E
PROTAGONISMO
Visando colaborar com o planejamento didático da professora e do professor, disponibilizamos
sugestões de roteiros didáticos elaborados com base nos objetos de conhecimento do componente, bem
como materiais de apoio. Os roteiros e materiais serão disponibilizados antes do início de cada período
letivo, através do site da Superintendência de Gestão do Ensino e Desenvolvimento da Aprendizagem
(SUGEDA/SEDUC), no tópico “Componentes Curriculares” no link:
https://sites.google.com/edu.ma.gov.br/sugeda).
É importante destacar que os roteiros oferecem orientações didático-pedagógicas, sugestões de
textos e outros recursos que podem enriquecer o processo de planejamento, mas convidamos as
professoras e os professores do componente, a construírem esse processo de maneira corresponsável,
criando situações de aprendizagem mais confluentes às suas realidades e demandas de seus/suas
estudantes.

19
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 01
1ª SÉRIE - 1º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Nosso lugar no Mundo: quem sou eu? quem somos nós?

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 2 - A dimensão intrapessoal e a formação do ser consigo 02 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIA DA BNCC:
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

1º Encontro (50min)

Sugere-se inicialmente uma breve apresentação dos (as) professores (as) e estudantes
Dinâmica do espelho na caixa.
Esta atividade envolve a reflexão sobre si mesmo, a partir da visão que se tem no espelho. Para realizá-la, é necessário
ter uma caixa com tampa e um espelho pequeno.
Os passos para a dinâmica são:
- Colocar os participantes em círculo e deixar que a caixa fechada passe pelas mãos de cada um deles;
- Explicar que dentro da caixa há uma foto de alguém que os estudantes conhecem muito bem e que devem falar
uma característica dessa pessoa;
- Convidar os participantes a abrirem a caixa, olharem a suposta foto. Ao observarem o seu reflexo, não devem
comentar que dentro da caixa há um espelho para manter o suspense;
Ao final, deve-se perguntar aos estudantes qual foi a sensação de terem que falar de si mesmos. Foi fácil ou difícil? Por
quê?

Após essa ou outra dinâmica, sugere-se fazer uma breve contextualização do Componente Identidade e Protagonismo
(A leitura do Fascículo de Identidade e Protagonismo lhe auxiliará neste momento de explanação).

2º Encontro (50 min)

Sugere-se um momento de explanação sobre o conceito de identidade. (Para ampliar suas leituras neste ponto, sugere-
se o material do fascículo de Identidade e Protagonismo (Parte 1)). Destacamos a importância de enfatizar junto aos
estudantes a importância de conhecer e valorizar quem somos para projetar o futuro com consciência e propósito.

Para sensibilizar e aprofundar nessa temática, sugerimos a vivência da Dinâmica "Linha da Vida"

Sugestão de Roteiro dinâmica “Linha da Vida”:

Peça aos estudantes para desenhar uma linha no papel representando sua trajetória de vida. Eles/Elas deverão marcar
momentos importantes (felizes, desafiadores, transformadores) e pensar em como essas experiências moldaram quem

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são. Destaque a importância de demarcarem onde residiam nesses momentos (estado, cidade, bairro).

● Sugestão de questões mobilizadoras


- O que essas experiências dizem sobre você?
- Que características ou valores você reconhece como parte da sua identidade?
- Compartilhe um dos itens da sua Linha da Vida com o grupo.
- O que os lugares em que você vive te ensinaram sobre seu modo de ser?
- Depois, discutam: Quais características ou valores são comuns entre nós?
- O que significa "nosso lugar no mundo"?
- Como nossa identidade individual se relaciona com o coletivo?
- Como nossas escolhas impactam nossa relação com os outros e com o mundo.

Sugestão de Mensagem Final:

"Entender quem somos e como nos conectamos ao mundo é o primeiro passo para construir um projeto de vida
significativo."

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais…

● Fascículo Identidade Protagonismo


Link: https://linktr.ee/sugeda2
● Caderno de Projeto de Vida (SEDUC/MA)
Link: https://linktr.ee/sugeda2

TECENDO CONEXÕES…

 Convidar os (as) professores(as) de Arte para ampliar a temática através da construção do


autorretrato.
 Junto à Geografia, também seria possível a construção de uma cartografia afetiva dos espaços
ocupados e vividos pelos/pelas estudantes.

BALAIO CULTURAL

Sugestão de Vídeos
 Animação do livro "Zoom" de Istvan Banyai
https://youtu.be/fMqR6qajHFU?si=liVk1SuhPiPvTRI_

 O balão: Metáfora sobre relacionamentos


https://www.youtube.com/watch?v=RxZk1JDInFs

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ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 02
1ª SÉRIE - 1º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Convivência ética e respeitosa: construindo normas coletivas para um ambiente de aprendizado saudável.

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 3 - A dimensão Interpessoal e a formação do ser com o outro 02 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIA DA BNCC:
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

1º Encontro (50min)

Sugere-se a exposição dialogada sobre o conceito de convivência ética, enfatizando como a prática de valores como
respeito, empatia, cooperação e responsabilidade colaboram para a construção de uma cultura de paz na escola e fora
dela.

Sugestão de Questões mobilizadoras:

 Como podemos ter uma boa relação uns com os outros?


 Que atitudes me aproximam de um viver coletivo com respeito às diferenças?
 Quais preconceitos preciso superar para construir uma cultura de paz nos espaços que convivo?
 O que é necessário para tornarmos nosso ambiente de aprendizado saudável?

Uma possível maneira de sensibilizar para a temática da convivência de paz, seria um exercício teatral sobre o assunto,
visando explorar situações de convivência no ambiente escolar e refletir sobre atitudes que promovam o respeito e a ética.

● Sugestão de Jogo Teatral: Construindo Convivência


○ Divida os participantes em grupos de 5 a 7 pessoas
○ Peça que cada grupo represente, através de posturas e gestos, uma situação de conflito na convivência
escolar (ex.: bullying, exclusão, desrespeito a regras, dispersão em sala de aula).
○ Dê 5 minutos para criarem uma "imagem congelada" (uma espécie de estátua coletiva que represente o
conflito).
○ Cada grupo apresenta sua imagem para os demais.
○ Após cada apresentação, peça para os espectadores descreverem o que enxergam acontecendo.
○ Depois, peça ao grupo que criou a imagem inicial que "transforme" a cena em uma representação de
convivência ética e respeitosa.
○ Podem mudar posturas, interações e expressões para resolver o conflito mostrado.
○ Por fim, conduza uma conversa sobre o papel de cada um na construção de um ambiente de
aprendizado saudável; Compreensão dos fatores que influenciam a convivência e como aplicar

22
soluções no dia a dia escolar

2º Encontro (50min)

Sugere-se neste segundo encontro, a produção coletiva do Contrato de Convivência da turma, como uma forma de
exercitar de maneira colaborativa a autogestão e regulação das relações cotidianas.

● Sugestão de Mediação para construção do Contrato de Convivência


- Distribua cartões coloridos aos estudantes.
- Cada participante escreve, em um lado do cartão, uma norma que considera importante. No outro lado, escreve
o motivo pelo qual essa norma deve ser seguida.
- Organize uma leitura em voz alta dos cartões, destacando padrões e pontos comuns.
- Construa a lista final do Manifesto de Intenções da Turma com base nas sugestões, garantindo que todos sintam
suas contribuições valorizadas. Acrescente as normas que não foram contempladas e que podem ser importantes
de serem consideradas.
- Com base nas sugestões consolidadas, registre em um cartaz as normas coletivas.

● Sugestão de Mensagem Final


“Convivência ética é construída dia a dia. O respeito ao outro e a si mesmo é o que torna nosso ambiente mais
acolhedor e produtivo para todos.”

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais

● Como definir o pacto de convivência com os alunos no começo do ano? Como definir o pacto de convivência
com os alunos no começo do ano?
● O que é cultura de paz e como se aplica na escola?
https://porvir.org/o-que-e-cultura-de-paz-escola

TECENDO CONEXÕES…

Convidar os(as) professores(as) de Língua Portuguesa e Filosofia para que possam colaborar com o
tema proposto.

BALAIO CULTURAL

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Sugestão de Músicas

● "Tempos Modernos" - Lulu Santos


Embora fale sobre mudanças e evolução, a letra inspira reflexões sobre atitudes positivas e
convivência em um ambiente transformador.
● "Dias Melhores" - Jota Quest
Essa música destaca como escolhas e atitudes afetam a convivência, promovendo respeito e
responsabilidade em grupo.
● "Imagine" - John Lennon
Apesar de ser em inglês, a mensagem da música reflete o sonho de um mundo melhor, com
união, ética e respeito entre as pessoas.

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ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 03
1ª SÉRIE - 1º PERÍODO

OBJETO DO CONHECIMENTO:
Descobrindo uma nova trajetória: como o Ensino Médio contribui para o meu futuro?

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 1 - A Dimensão Acadêmica e a formação para a aprendizagem 04 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIAS DA BNCC:
● Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
● Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

1º Encontro (50min)

Sugere-se que a leitura coletiva sobre o texto de Chico Soares, a seguir:

Sugestão de Texto:

“O ensino médio brasileiro é feito para poucos.


Muitos não chegam ao ensino médio.
Dos que chegam, muitos não ficam.
Dos que ficam, muitos não aprendem.
Dos que aprendem, muitos não veem sentido no que aprenderam.”
(Chico Soares)

José Francisco Soares (ou Chico Soares) é professor titular aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), tendo sido presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) entre
2014 e 2016.

A partir das reflexões de Chico Soares, proponha-se que os/as estudantes destaquem, considerando a sua realidade,
quais são as dificuldades para que as pessoas tenham acesso e concluam o ensino médio, e que apontem soluções de
como superá-las.

Para este encontro é de grande importância que seja realizada a explanação sobre a organização atual do ensino
médio. Sugerimos a utilização do Guia do Estudante para leitura coletiva junto à turma. Disponível no Link:

25
https://bit.ly/guiaestudante2025

É importante frisar que a Lei nº 14. 945/2024 alterou a LDB e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio.
Com isso, houve a necessidade de reformulação do ensino médio. Destaque essas mudanças junto aos estudantes.

2º, 3º e 4º Encontros (150 min)

Para os encontros seguintes, sugerimos a organização de uma imersão nas áreas de conhecimento, de modo a evidenciar
os itinerários formativos integrados.
Sugere-se a interlocução com os/as professores da escola através de rodas de conversa com a presença de dois ou mais
professores (as) para discutir algumas questões centrais concernentes às suas respectivas áreas.

● Sugestão de tabela de organização para rodas de conversa

● Sugestão de perguntas mobilizadoras


 Como o componente curricular passou a ser uma área de seu interesse?
 Como você se tornou professor/a?
 No cotidiano das pessoas como você, qual a importância desse componente curricular?
 Que habilidades podem ser desenvolvidas a partir do estudo desse componente?
 E no campo das Ciências e das Tecnologias, como você vê a importância desse componente curricular,
principalmente no contexto atual da sociedade de tecnologia, informação e comunicação?
 O componente curricular de que você é professor/a também é parte integrante da formação de muitas
outras áreas. Pode nos falar um pouco mais sobre isso, sobre os campos em que esse componente é
essencial na área de outros profissionais? (Deixe aberto um espaço para que os próprios/as estudantes
possam tirar dúvidas).

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Ao final de cada roda de conversa, seria interessante que os/as estudantes façam registros escritos individuais sobre
o que acharam mais interessante, do que não conseguiram se identificar e do que foi mais importante para as aptidões
pessoais.

● Construindo um painel integrado

Sugere-se a criação de um painel integrado, construído a partir das rodas de conversa, para que os estudantes
compartilhem seus registros sobre as áreas do conhecimento e reflitam sobre como esperam ampliar seus saberes por
meio do aprofundamento dessas áreas. Os estudantes serão organizados em grupos, e a cada grupo será atribuída uma
questão para ser discutida. Cada grupo registrará suas respostas em uma única folha de papel. Após a discussão, um
representante de cada grupo será escolhido para apresentar as respostas para a turma. O tempo de apresentação será
limitado a cinco minutos por representante. Ao final, as respostas de todos os grupos serão transcritas no painel
integrado, criando um material coletivo e visual que reflita as ideias compartilhadas.

● Sugestões de questões mobilizadoras

 Grupo 1: Que habilidades espero desenvolver a partir da área de conhecimento Linguagens e suas
tecnologias?
 Grupo 2: Que habilidades espero desenvolver a partir da área de conhecimento Matemática e suas
tecnologias?
 Grupo 3: Que habilidades espero desenvolver a partir da área de conhecimento Ciências da natureza e suas
tecnologias?
 Grupo 4: Que habilidades espero desenvolver a partir da área de conhecimento Ciências humanas e sociais
aplicadas?

Observação: O professor poderá dividir a turma em mais grupos da mesma área de conhecimento para confrontar as
ideias apresentadas.

● Sugestão de Mensagem Final

"O Ensino Médio não é apenas uma etapa, é o início do caminho para o que você deseja ser."

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais...

• O que muda no ensino médio a partir de 2025


https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2024/agosto/o-que-muda-no-ensino-medio-a-partir-de-
2025
• Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio- DCNEM / RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 13
DE NOVEMBRO DE 2024
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cne/ceb-n-2-de-13-de-novembro-de-2024-596119533
• KRAWCZYK, Nora. Reflexão sobre alguns desafios do ensino médio no Brasil hoje. Cadernos de Pesquisa,
v. 41, n. 144, p. 752-769, 2011. Disponível em:

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https://www.scielo.br/j/cp/a/mq5QhqMxcsdJ9KfDZjqLmtG/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 07 jan.
2025.

TECENDO CONEXÕES…

Convidar os(as) professores(as) das quatro áreas de conhecimento para que possam colaborar com o
tema proposto.

BALAIO CULTURAL

Sugestões de Filmes/Documentários

Pro dia nascer feliz


Gênero: Documentário
Duração: 89 minutos
Lançamento: 2005
País: Brasil
FICHA TÉCNICA
Direção: João Jardim
Roteiro: João Jardim
Produção: Flávio R. Tambellini
Sinopse: O documentário aborda o sistema educacional brasileiro, descrevendo realidades escolares de diferentes
contextos sociais, econômicos e culturais a partir de diversos olhares sobre as realidades que constituem a estrutura
educacional. Foram ouvidos diversos alunos e professores, desde uma escola pública em condições precárias no sertão
nordestino, a uma luxuosa escola particular, no Alto de Pinheiros, em São Paulo.

Nunca me sonharam
Gênero: Documentário
Ano: 2017 (Brasil)
Duração: 90 minutos
FICHA TÉCNICA
Direção: Cacau Rhoden.
Sinopse: Estudantes, gestores, professores e especialistas discutem uma reflexão fundamental e
urgente sobre o valor da educação pública no Brasil.

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ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 04
1ª SÉRIE - 1º PERÍODO

OBJETO DO CONHECIMENTO:
Rumo à aprendizagem com autonomia e corresponsabilidade: como organizar, planejar e executar o estudo no Ensino
Médio

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 1 - A Dimensão Acadêmica e a formação para a aprendizagem 2 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIAS DA BNCC:
● Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.
● Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

1º Encontro (50min)

Sugere-se que inicialmente a professora/o professor mobilize os/as estudantes para a realização de uma
autoavaliação das práticas de estudo.

Você pode anotar no quadro algumas perguntas para os/as estudantes refletirem. Exemplos:

● Com que frequência você organiza seu tempo de estudo?


● Você tem um local fixo e silencioso para estudar?
● Possui uma agenda ou cronograma para anotação de suas demandas de estudo e prazos?
● Costuma revisar os conteúdos aprendidos em sala?
● Como tenho encarado os estudos até este momento?
● Tenho assumido a responsabilidade pelos meus estudos? Por quê?
● Costumo estudar de maneira coletiva para revisão de assuntos?

Após preencherem, peça que compartilhem voluntariamente suas respostas.


Para fortalecer esse momento reflexivo, sugere-se a mostra da canção “Estudo Errado”, de Gabriel", o Pensador,
com os estudantes e proponha exercícios de interpretação dessa música. Link de Acesso:
https://www.youtube.com/watch?v=5OGqB7rBow8

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• Sugestões de questões mobilizadoras:
 Na sua opinião, por que a canção se chama Estudo Errado?
 Qual o tema da música?
 Quais são os personagens descritos na letra da música?
 Durante a música, o menino tem opiniões contrárias em relação ao estudo (ora acha ruim, ora acha bom).
Comente dois momentos em que isso ocorre. Com qual posicionamento você mais se identifica?
 Na penúltima parte, o menino expressa o que é o ideal na escola. Você concorda com ele? Explique.
 Como você tornaria os estudos e a própria escola algo mais interessante para o menino da música?

2º Encontro (50min)

Sugere-se que este encontro seja destinado ao Planejamento de rotinas de estudo.

Nesse sentido, destaque algumas dicas e apresente aos estudantes modelos de cronogramas semanais.

 Divida os (as) estudantes (as) em pequenos grupos e peça que cada estudante monte seu cronograma pessoal
de estudos. Escolha modelos pela internet para esta atividade, e compartilhe com os grupos.
 Eles devem planejar horários para estudo, atividades extracurriculares e lazer.
 Após a atividade, discutam o equilíbrio e as estratégias escolhidas.
● Dicas para construção de cronograma de estudos:
Fonte: https://www.pravaler.com.br/blog/dicas-de-estudo/cronograma-de-estudos-como-montar-um-e-qual-sua-importancia/

● Sugestão para elaboração de um mural coletivo:

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Sugere-se a construção de uma agenda coletiva por turma, no formato de cartaz ou mural interativo no Padlet
(www.padlet.com).

● Sugestões de informações a serem inseridas no mural:


 Datas de entrega de atividades.
 Datas das avaliações.
 Dúvidas da classe por área de conhecimento.
 Indicação dos estudantes sobre “em que posso ajudar/em que preciso de ajuda”.
 Dicas de estudos dos/das professores (as).

Observação: os/ as estudantes serão os responsáveis pela confecção do mural coletivo e pela sua conservação. Já
o preenchimento da agenda coletiva disposta no mural será de responsabilidade dos/das líderes de turma. Deve
ser estimulado o protagonismo juvenil e o espírito de coletividade.

O mural coletivo servirá como instrumento para acompanhamento do desenvolvimento das turmas, e os
professores/as deverão orientar os/as líderes a fazerem o acompanhamento, junto aos colegas, das atividades que

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foram desenvolvidas.

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais…

● Dicas para montar um cronograma de estudos


https://www.pravaler.com.br/blog/dicas-de-estudo/cronograma-de-estudos-como-montar-um-e-qual-sua-importancia/

● Modelo de cronograma de estudos


https://files.passeidireto.com/1da4f833-7492-44db-8a1e-7e0ccb3bd3b8/1da4f833-7492-44db-8a1e-7e0ccb3bd3b8.png

TECENDO CONEXÕES…

Convidar os(as) professores(as) de Língua Portuguesa para que possam colaborar com o tema proposto, e
os (as) professores(as) de Matemática para ampliar a temática com conteúdos, como gestão do tempo,
entre outros.

BALAIO CULTURAL

Sugestão de Música

● Canção Estudo Errado, de Gabriel, o Pensador


https://www.youtube.com/watch?v=5OGqB7rBow8

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ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 05
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Relações democráticas e o ambiente escolar participativo.

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 4 - A dimensão Ético-Política e a formação do ser para si e para o outro 02 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIA DA BNCC:
 Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
 Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

1º Encontro (50 min)

Sugere-se que se inicie a aula expondo o conceito de ‘democracia’ e suas aplicações nas diversas relações
entre pessoas e instituições.
Posteriormente, é crucial que a professora/o professor converse com a turma sobre elementos da Gestão
Democrática escolar, e quais estratégias são utilizadas dentro dessa concepção para viabilizar a participação dos/das
estudantes em decisões importantes para a comunidade escolar.
É importante falar sobre Eleição de Lideranças e Participação de Conselhos de Classe como importantes meios
de exercício da participação ativa dos/das estudantes na gestão democrática da escola.
Liderança de turma: um exercício democrático no ambiente escolar.
Após esse primeiro momento de diálogo e explanações sobre gestão democrática, o professor/ professora pode
focar nas discussões sobre liderança, seguindo os tópicos propostos abaixo:
● O que é a liderança de turma?
● Qual a importância da liderança de turma?
● O que faz um líder ser uma boa liderança?
● Quais as tarefas de um líder de turma?
Sugestão de atividade:
● Organizando a eleição de lideranças:
Sugere-se que as pessoas interessadas na candidatura para representação da turma, montem uma Chapa para
concorrer. Cada chapa deverá montar um pequeno cartaz ou artefato digital (caso seja possível), contendo as

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seguintes informações:
1. Nome do/da candidato (a) a Representante e Vice (Suplente);
2. Ano/Série;
3. Turma;
4. Nome de mais 5 a 6 estudantes apoiadores da chapa;
5. Nome e arte da chapa (com o logo da chapa);
6. Uma frase de efeito (slogan) para a campanha;
7. Um desenho, colagem ou lettering que representa a chapa.

2º Encontro (50 min)


Sugere-se uma breve apresentação dos candidatos (as) e suas respectivas chapas. Incluindo, nesse momento,
perguntas da turma e/ou da professora.
No momento seguinte, será realizada a eleição, em que os/as estudantes da turma escolhem a sua liderança
(líder/vice-líder) pelo processo do voto direto.
Observação: o professor/a professora pode providenciar uma simulação de urna, onde os/as estudantes possam
depositar seus votos, a serem escritos numa cédula elaborada para essa finalidade.
A eleição poderá também, caso possível, ser realizada de maneira digital. Como sugestões para a votação
digital temos o aplicativo para celular “Urna”, onde é possível criar eleições personalizadas. Ou mesmo de maneira
mais simples, através de um Formulários Google.
A apuração dos votos e divulgação fica à cargo do professor (a) com auxílio de um ou dois estudantes.

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais

● Qual é o papel da democracia na sociedade?


https://www.politize.com.br/democracia/.
● Manual para líderes de turma.
https://portal.ifrn.edu.br/campus/lajes/ensino/secretaria-academica/documentos/manual--para-lideres.
● Cartilha de formação de líderes do governo da Paraíba.
https://paraiba.pb.gov.br/diretas/secretaria-da-educacao-e-da-ciencia-e-
tecnologia/arquivos/desenvolvimento-estudantil/cartilha-de-formacao-de-lideres.pdf/view.
● Urna app: criar e simular eleições nunca foi tão fácil:
https://urna.app/.

TECENDO CONEXÕES…

O diálogo com outras pessoas que vivenciaram a experiência da liderança estudantil pode enriquecer
esse momento. Uma possibilidade seria buscar estudantes egressos para um momento de conversa
inspiradora, ou mesmo buscar entre professores (as) e outras (os) pessoas da comunidade escolar, quem
teve essa vivência durante sua formação.

BALAIO CULTURAL

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Sugestão de Músicas
● Liderança - A Saga Harry Potter
https://youtu.be/57D-rj3IB3c?si=hb5xYDGanN_vNF-u.

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ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 06
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Liderança e Participação: a Valorização da Voz de Todos na Turma

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 4 - A dimensão Ético-Política e a formação do ser para si e para o outro 02 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIA DA BNCC:
 Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
 Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental
e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado
de si mesmo, dos outros e do planeta.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

1º e 2º Encontros (100 min)

Sugere-se nestes encontros apresentar aos / às estudantes o dispositivo do “Conselho de Classe” e seu papel na
gestão democrática da comunidade escola, bem como realizar o pré-conselho junto às turmas.
Conselho de classe: O que é, como funciona e para que serve.
O que é?
Um órgão colegiado, institucionalizado e representativo (equipe docente, membros da gestão escolar,
representantes estudantis).
Para que serve?
O Conselho de Classe tem como função avaliar a eficácia da ação pedagógica, e não apenas verificar notas ou
problemas disciplinares dos estudantes, devendo ser uma responsabilidade compartilhada da qual toda a comunidade
escolar participe conscientemente, objetivando realizar um diagnóstico das ações desenvolvidas. Enfim, tem funções
consultiva e deliberativa, possibilitando, assim, a avaliação do educando, do processo ensino-aprendizagem e da prática
docente.
Quem participa do Conselho?
• Professores da série, líderes de turma e equipe gestora.
Qual a função do líder de turma?
• Apresentar o documento elaborado junto à sua turma para os demais participantes do Conselho de Classe.
Como funciona?
• A participação é direta, efetiva e coletiva.
• Princípio educativo: o protagonismo estudantil.
• O Conselho de Classe deve, necessariamente, ser realizado com a presença do líder de turma, com
responsabilidades e papel definidos antes, durante e depois do Conselho.
O que será feito no Conselho?
Serão discutidos e pactuados entre os conselheiros e os líderes de turma os encaminhamentos para a superação
de dificuldades e/ou fortalecimento daquilo que foi identificado como bem-sucedido.
Fases do Conselho de Classe
 Pré-conselho - Momento em que a liderança de turma, com auxílio do professor/da professora de Identidade e
Protagonismo, realizam a pauta de avaliação e autoavaliação junto com a turma, dos pontos a serem levados
para o Conselho. Nesse momento é preenchida uma ficha, que será socializada pelas lideranças no momento do

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Conselho;
 Conselho de Classe - Efetivação da reunião consultiva e deliberativa junto aos docentes. equipe gestora e
lideranças;
 Pós-conselho - após a realização do Conselho de Classe, o professor/professora de Identidade e
Protagonismo apoia o/a líder de turma na organização dos pontos discutidos e apresentados pelos conselheiros,
bem como o posicionamento acerca dos pontos apresentados a partir da avaliação da turma. Na sistematização
desse documento, também são considerados os encaminhamentos propostos, bem como os seus responsáveis e
os prazos para a realização, quando for o caso.
____________________________________________
Orientações para Realização do Pré-Conselho
 Ficha Pré-Conselho
(Link de acesso: https://sites.google.com/edu.ma.gov.br/sugeda/materiais-de-apoio)
 Local de realização: Sala de aula.
 Condução do momento: Professor (a) apoie o/a líder de turma na elaboração da pauta a ser levada para
discussão/ autoavaliação da turma.
 Pautas a serem levantadas no Pré-conselho:
1. A relação professor x estudante:
Pilar da convivência/ensino:
Como foi a nossa convivência com os professores ao longo do bimestre?
O que ajudou ou limitou a nossa convivência e a execução do trabalho dos nossos professores?
2. As metodologias de ensino:
• Que maneiras de ensinar nos chamaram a atenção e colaboraram no nosso processo de aprendizagem?
• Quais foram os componentes curriculares em que conseguimos nos desenvolver mais (em notas, em
participação, em aprendizagem)?
• Quais os componentes curriculares com que tivemos mais dificuldades? Por quê?
• Quais foram os incentivos que recebemos dos professores?
• Que novidades nos chamaram a atenção?
3. Procedimentos de avaliação:
• Nós fomos claramente informados sobre as formas de avaliação da aprendizagem realizadas ao longo do
bimestre?
• Tivemos dificuldades em executá-las?
• Quais foram as nossas dificuldades?
• Em que nós conseguimos avançar até agora?
• Quais sugestões para melhorar o processo de avaliação?
4. Autoavaliação da turma:
• Quais foram as nossas dificuldades enquanto turma?
• Em que avançamos enquanto turma?
• O que nos ajudou ou atrapalhou nesse avanço? Qual é a nossa responsabilidade?
• O que podemos fazer para melhorar o nosso ambiente de ensino e de aprendizagem e todos possam usufruir
do processo de ensino como direito?
5. Proposições em perspectiva:
• Propostas de melhoria.
• O que pode ser feito para melhorar a nossa aprendizagem?
• O que nós podemos fazer para superar as dificuldades?
• Quais compromissos nós vamos assumir para a melhoria do nosso desempenho?
• O que a escola pode fazer junto a nós?

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Observação 1: Orientar a turma para que as propostas sejam passíveis de serem postas em prática,
considerando a realidade escolar.
Observação 2: As pautas a serem levantadas no Pré-conselho tem caráter sugestivo, podendo ser adaptada,
incluindo elementos necessários de acordo com a realidade da turma/ comunidade escolar.

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais


 Caderno de Tutoria
https://drive.google.com/drive/folders/1Rp7bL1xnNDV_enfyho9keUSDiGhTXRrX

TECENDO CONEXÕES…

Neste momento seria interessante chamar estudantes com experiência anteriores em conselhos de classe
para dar dicas aos novos participantes, e narrar as suas experiências pessoais em relação a esse
momento.

Contar com a presença de outros professores/professoras para estimular a participação e o debate, é


uma estratégia que também poderá favorecer o diálogo.

BALAIO CULTURAL

Sugestão de Vídeos
● A importância do conselho de classe para o ano letivo - Jornal Futura - Canal Futura
● Duração: 04 min
● Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=gK66MSAM29M

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ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 07
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
13 de maio e a Luta Negra: Abolição, Resistência e Memória

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 4 - A dimensão Ético-Política e a formação do ser para si e para o outro 04 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIA DA BNCC:
 Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
 Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
 Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

1º, 2º e 3º Encontros (150 min)


Esta sequência de aulas foi planejada a fim de pensarmos criticamente sobre o processo de Abolição da Escravatura no
Brasil. 13 de maio de 1888 foi a data em que a Lei Áurea foi assinada, mas a verdadeira luta pela liberdade começou
muito antes e ainda ecoa nos dias de hoje.
Sugere-se introduzir o tema da abolição e apresentar Luiz Gama como importante figura da resistência negra, e
depois promover um CineDebate a partir do filme “Doutor Gama” (2021), disponível na Plataforma Globo Play
Professor(a), ao iniciar a aula sobre a abolição, é essencial que os / as estudantes compreendam esse processo não como
um ato benevolente da Princesa Isabel ou da monarquia, mas como resultado de séculos de luta e resistência do povo
negro. O Brasil foi o último país do Ocidente a abolir a escravidão, em 1888, com a assinatura da Lei Áurea. No entanto,
essa abolição tardia e sem políticas de reparação deixou marcas profundas que ainda hoje afetam a população negra,
especialmente nas regiões Norte e Nordeste. A abolição foi uma conquista do próprio povo negro para o próprio povo
negro. Foram quilombos, revoltas, sabotagens, fugas e a atuação de intelectuais e advogados negros, como Luiz Gama,
que enfraqueceram o sistema escravista até torná-lo insustentável. Gama, por exemplo, utilizou seu conhecimento jurídico
para libertar centenas de pessoas escravizadas, provando que a resistência negra ocorreu em múltiplas frentes.
Apesar da abolição, os ex-escravizados não receberam terras, moradia ou qualquer suporte para reconstruir suas vidas.
Pelo contrário, foram marginalizados e criminalizados, enquanto imigrantes europeus recebiam incentivos para ocupar
espaços no trabalho e na sociedade. No Norte e Nordeste, essa exclusão foi ainda mais severa, pois a economia dessas
regiões foi diretamente impactada pelo fim da escravidão, sem alternativas para a população liberta. Até hoje,
descendentes de escravizados enfrentam dificuldades de acesso à terra, ao emprego e à educação.
A escravidão no Brasil não foi apenas um período histórico, mas uma estrutura que se reinventou e se reinventa ao longo

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do tempo. O racismo estrutural, a desigualdade social e a violência contra a população negra são reflexos diretos dessa
ferida colonial ainda aberta. Por isso, ao debater a abolição, devemos olhar além da assinatura de um papel e questionar:
o que realmente significa ser livre? Como as lutas de ontem dialogam com as resistências negras de hoje?
Sugestão de Conceitos/ Tópicos a serem trabalhados na aula:
 Racismo estrutural e herança da escravidão
 Resistência negra e protagonismo dos escravizados
 Legislações anteriores à abolição: Lei do Ventre Livre, Sexagenários
 Abolicionismo e seus agentes: intelectuais, populares e jurídicos
 A falsa ideia de “libertação concedida” vs luta por liberdade
 A continuidade da exploração pós-abolição: trabalho, moradia, exclusão
 A importância da memória e das narrativas negras
Sugestão de Autores de Referência
 João José Reis
 Beatriz Nascimento
 Abdias Nascimento
Exibição do Filme Doutor Gama (2021)
Duração: 90 min
Perguntas Mobilizadoras para o debate:
 Quais cenas ou falas mais chamaram a sua atenção durante o filme?
 Como Luiz Gama desafiou o sistema escravista?
 A abolição foi uma conquista do povo negro ou uma concessão do Império? Como isso pode ser percebido no
filme?
 Quais marcas da escravidão ainda vemos na sociedade atual?

4º Encontro (50 min)


Para finalizarmos esta sequência, sugere-se estimular os / as estudantes a expressarem artisticamente reflexões e/ou
percepções sobre o tema.
 Sugestão de Atividade
1. Produção individual ou em pequenos grupos – os/as estudantes escolhem entre poema ou desenho
para expressar sua visão sobre resistência negra e abolição. Para Valorizar a produção dos/das estudantes,
seria interessante construir um mural ou varal de “Memórias da Resistência”.

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais

● 14 de maio: o dia depois da Abolição


https://www.geledes.org.br/14-de-maio-o-dia-depois-da-abolicao-da-
escravatura/#:~:text=Ontem%20foi%20o%20aniversário%20de,ou%2056%25%20da%20população%20naci
onal

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● Foi inimigo número 1 das elites e do próprio imperador, diz biógrafo de Luiz Gama.
https://www.brasildefato.com.br/podcast/bem-viver/2024/05/14/foi-inimigo-numero-um-das-elites-e-do-
proprio-imperador-diz-biografo-de-luis-gama/
● Versos da luta negra: 05 poemas de Solano Trindade.
● https://www.esquerdadiario.com.br/Versos-da-luta-negra-5-poemas-de-Solano-Trindade

TECENDO CONEXÕES…

Em colaboração com os docentes de Artes e Língua Portuguesa, podem ser criados slides, portfólios
ou um mural virtual com referências que inspirem os estudantes na criação de suas obras. Esse material
pode incluir trechos de poemas de Solano Trindade e Conceição Evaristo, além de imagens de
produções afro-brasileiras, como os trabalhos de Rosana Paulino, Silvana Mendes, dentre outros
artistas que dialogam com a temática.

BALAIO CULTURAL

Sugestão de Filmes/ Documentários

“Doutor Gama”
Gênero: Drama
País: Brasil
Duração: 92 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse: Doutor Gama é um filme biográfico sobre a vida do escritor, advogado,
jornalista e abolicionista Luiz Gama, uma das figuras mais relevantes da história
brasileira. Ele utilizou todo seu conhecimento sobre as leis e os tribunais para libertar
mais de 500 escravos durante sua vida. Nascido de ventre livre, Gama foi vendido como
escravo aos 10 anos para pagar dívidas de jogo de seu pai, um homem branco. Mesmo
escravizado, ele conseguiu se alfabetizar, assim conquistou sua liberdade, se tornando
um dos mais respeitados advogados de sua época
Disponível em: GloboPlay

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ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 08
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Eu e o coletivo: refletindo minha identidade no ambiente escolar

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 2 – A dimensão intrapessoal e a formação do ser consigo 02 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIA DA BNCC:

 Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem
ao entendimento mútuo.
 Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

1º e 2º Encontros (100 min)


Tópicos/ Conceitos a serem trabalhados na aula
1) Conceito de Identidade
Identidade é a forma como uma pessoa se reconhece e é reconhecida socialmente, articulando
elementos individuais (como gostos, memórias e escolhas) e coletivos (como cultura, gênero, classe,
etnia). Ela é construída socialmente, ou seja, se forma nas relações com o outro e com o mundo, e
está em constante transformação.
 Sugestão de Autores de referência:

 Stuart Hall (2006)


 Tomaz Tadeu da Silva
 Zygmunt Bauman
2) Conceito de Comunidade
Comunidade é o conjunto de pessoas que compartilham um território, valores, saberes, práticas
culturais ou interesses comuns. Pode ser entendida tanto em sentido geográfico quanto simbólico e
afetivo. O sentimento de pertencimento é central nesse conceito.
Sugestão de Autores de referência:

 Milton Santos
 Nego Bispo
3) Escola como Produtora de Identidades

A escola não apenas transmite conhecimentos, mas também constrói identidades, ao influenciar valores,
comportamentos, formas de linguagem e pertencimento social e cultural. Ela participa ativamente da formação de

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sujeitos, reconhecendo (ou não) suas histórias, culturas e diferenças.

Sugestão de Autores de referência:

 Nilma Lino Gomes


 Bell Hooks

Sugestão de Atividade

Sugere-se aplicar com os estudantes um quiz “Quem estou sendo na escola?”. A seguir sugerimos algumas perguntas
para esse quiz, que pode ser impresso, ou feito no formato de enquete na ferramenta Mentimeter
(www.mentimeter.com).

Quiz - “Quem estou sendo na escola?”


1. Onde é mais provável te encontrar na sala de aula?
🔲(A) Na frente, prestando atenção e anotando tudo.
🔲(B) No meio, só observando e participando de vez em quando.
🔲(C) No fundão, zoando ou distraído com outras coisas
🔲(D) Depende da matéria e do professor.

2. Na hora do intervalo/recreio, você está fazendo o quê?


🔲(A) Comendo rapidinho para depois socializar.
🔲(B) Conversando com os amigos sobretudo.
🔲(C) Jogando bola ou se movimentando.
🔲(D) Curtindo um fone de ouvido ou lendo um livro na sua.
3. Se fosse escolher um superpoder escolar, qual seria?
🔲 (A) Terminar as provas em segundos e gabaritar.
🔲 (B) Nunca ser pego conversando na aula.
🔲 (C) Lembrar de tudo sem precisar estudar.
🔲 (D) Poder sumir quando quisesse ficar sozinho.

4. Você se considera mais de...


🔲 (A) Exatas! Amo números e cálculos.
🔲 (B) Humanas! Filosofia, História e debates são minha praia.
🔲 (C) Biológicas! Adoro estudar o corpo humano e a natureza.
🔲 (D) Artes e Literatura! Amo desenhar, ler e criar.

5. Se sua turma fosse um gênero de filme, qual seria?


🔲 (A) Documentário – cheio de conhecimento e descobertas.
🔲 (B) Comédia – muitas histórias e tretas engraçadas.
🔲 (C) Ação e aventura – um grupo inseparável vivendo intensamente.
🔲 (D) Drama ou fantasia – reflexões profundas e um toque criativo.

43
6. Na sala de aula, você é mais...
🔲 (A) O que sempre tem uma resposta para tudo.
🔲 (B) O que só espera o sinal bater.
🔲 (C) O que faz perguntas filosóficas e reflexivas.
🔲 (D) O que desenha ou escreve no caderno enquanto pensa na vida.

8. Se fosse um personagem de um jogo, qual seria sua função no time?


🔲 (A) Líder estratégico, que planeja tudo.
🔲 (B) Atacante, sempre na ação.
🔲 (C) Apoio, ajudando os amigos a se darem bem.
🔲 (D) O solitário misterioso, que age por conta própria.

9. No trabalho em grupo, você é mais:


🔲 (A) O organizador que divide as tarefas.
🔲 (B) O que faz tudo para garantir uma boa nota.
🔲 (C) O que dá ideias, mas não faz muita coisa.
🔲 (D) O que prefere trabalhar sozinho e entregar algo bom.

10. Se sua mochila falasse, o que ela diria sobre você?


🔲 (A) "Sempre muito organizada, tudo no seu lugar!"
🔲 (B) "Socorro! Tem coisa demais aqui dentro!"
🔲 (C) "Já me perdeu umas 3 vezes essa semana."
🔲 (D) "Carrega mais livros e rascunhos do que cadernos escolares!"

Resultados do Quiz

🧠 Estrategista Nerd

(Maioria de respostas A)
Você leva os estudos a sério e gosta de desafios intelectuais. 📚 Está sempre de prontidão para anotar tudo e planejar
estratégias para se sair bem nas provas e trabalhos. Seu raciocínio é afiado e, se pudesse, terminaria as provas em
segundos. É mais na sua, mas suas amizades sabem que podem contar com você!

🌎 Comunicador(a) Sociável
(Maioria de respostas B)
Você adora uma boa conversa e tem sempre algo para comentar. 🎤 Está sempre na companhia de amizades e conhece
todo mundo na escola. Prefere aprender debatendo e discutindo ideias do que apenas lendo. Estar ao seu lado é certeza
que assunto não vai faltar!

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⚡ Enérgico (a) Desbravador(a)
(Maioria de respostas C)
Você gosta de se movimentar e está sempre participando de alguma atividade. 🏃♂️ Esportes, desafios e ações práticas
são sua praia. Prefere aprender fazendo do que apenas ouvindo explicações teóricas. Às vezes é difícil fazer você parar
e se concentrar, mas quando leva as coisas à sério você consegue!

🎨 O Criativo Sonhador
(Maioria de respostas D)
Sua mente vive cheia de ideias e histórias. ✨ Você pode ser mais introspectivo(a), mas isso não significa que não
tenha muito a dizer – só prefere se expressar por meio da arte, da escrita ou da música. Durante as aulas, provavelmente
está desenhando no caderno, cantarolando uma música ou com a cabeça longe. Você vê o mundo com os olhos da
beleza.

Observação 1: Este quiz foi gerado a partir de Inteligência Artificial, não possuindo validade científica, nem qualquer
propriedade psicométrica fidedigna. É importante que não seja usado para rotular estudantes, mas apenas como uma
forma descontraída de refletir modos de ser na escola.

Observação 2: Após aplicação do quiz, sugere-se que a professora/o professor converse com a turma no sentido de
refletir que ninguém é só uma coisa ou outra. Nossa identidade é complexa e muda com o tempo. Em alguns momentos,
podemos ser mais comunicativos; em outros, preferimos ficar na nossa. Na escola, temos um jeito de agir, mas em casa
ou com amigos próximos, podemos agir de maneiras diferentes. O mais importante é lembrar que estamos sempre em
construção, descobrindo novos interesses, habilidades e formas de nos expressar. Não há um único jeito certo de ser –
o que importa é se permitir mudar e crescer.

Sugestão de Perguntas Mobilizadoras

● Como as diferentes identidades dentro da escola podem contribuir para um ambiente mais rico e acolhedor?
● Quais desafios podem surgir da convivência entre pessoas com identidades diversas e como podemos lidar
com eles de forma respeitosa?

Sugestão de Atividade

Sugere-se que a professora/o professor, escreva na lousa as seguintes frases e peça para que os estudantes/as estudantes
as escreva em seus cadernos e coloque ao lado de cada uma delas se: (a) concordam completamente; (b) concordam;
(c) discordam; (d) discordam completamente.

● “As comunidades são compostas por pessoas que são mais ou menos iguais;
● “Ingressar em uma comunidade significa que você precisa renunciar à sua própria identidade;
● “Para que uma comunidade seja forte, todos os membros devem gostar um do outro;”
● “Uma sala de aula é um tipo de comunidade;”
● “A escola é um tipo de comunidade;”
● “A sociedade brasileira é uma comunidade’

Em pequenos grupos, peça para que os estudantes/as estudantes comparem suas respostas, e discutam suas ideias a
partir de suas experiências e conceitos.
A seguir, dê aos grupos uma cópia do pequeno texto descrito no quadro abaixo e peça que comparem seus conceitos
com o que a autora do texto enuncia:

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“As comunidades não são feitas de amigos, ou de grupos de pessoas com estilos e gostos semelhantes, ou mesmo de
pessoas que se gostam e se entendem. As comunidades são construídas por pessoas que sentem que são parte de algo
que é maior que elas mesmas: um objetivo, um compromisso compartilhado como construir uma estrada, viver
dignamente, ou acreditar em um deus. Construir uma comunidade requer apenas a capacidade de ver valor nos outros;
olhar para eles e ver um potencial parceiro para nossos compromissos.” (Suzanne Goldschmidt)

Após a leitura do texto, sugere-se discutir a partir das perguntas:


1) A partir da definição da autora, como vocês acham que uma sala de aula pode ser uma comunidade? Qual o
compromisso compartilhado de uma sala de aula/ escola?
2) O que significa ser um “potencial parceiro(a) de aprendizagem” de alguém?
3) Como as ideias de comunidade e democracia se complementam?
4) Quais seriam as qualidades de uma comunidade forte?
5) O que você tem a oferecer para que a nossa comunidade siga se fortalecendo?

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais…

● A construção da identidade vista na escola: desafios e perspectivas:


https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/16/2/a-construo-da-identidade-vista-na-escola-
desafios-e-perspectivas
● Quem conta um conto, aumenta um ponto: histórias da escola como lugar de produção de
identidades:
https://multivix.edu.br/wp-content/uploads/2022/05/revista-ambiente-academico-v07-n02-
artigo04.pdf
ENSINANDO COMUNIDADE: UMA PEDAGOGIA DA ESPERANÇA
https://periodicos.unb.br/index.php/les/article/view/45170

BALAIO CULTURAL

Sugestão de Vídeos

 A importância de cada um no grupo e o respeito


 Duração: 07 min
 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vb-3NdH75d0&t=108s

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ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 09
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO

OBJETO DO CONHECIMENTO:
Ensino Médio para Todos: o Papel da Diversidade na Convivência Escolar

EIXO TEMÁTICO: DURAÇÃO PREVISTA:


EIXO 2 - A dimensão intrapessoal e a formação do ser consigo 02 encontros de 50 min cada

COMPETÊNCIA DA BNCC:
 Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural.
 Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

CAMINHOS METODOLÓGICOS

Sugere-se a mostra e discussão do filme brasileiro “As melhores coisas do mundo”, que aborda temas como
adolescência, pressão social, diversidade e inclusão na escola. O filme está disponível no Youtube. Além disso, o filme
possui um Guia de Discussão para Educadores e Pais, que auxilia na produção de debates de diversos temas e na
elaboração de atividades.
Sugestão de Questões Mobilizadoras:
 Quais desafios os jovens enfrentam ao lidar com preconceitos e estereótipos no ambiente escolar?
 Como o filme nos ensina a pensar sobre o respeito às diferenças?
 Em que momento a constatação da diferença se transforma em preconceito?
 Como podemos agir para a construção de uma cultura de paz na nossa casa, na nossa escola, no nosso
bairro, na nossa cidade?
 Por que é tão importante o respeito à diversidade? Qual a relação entre respeito à diversidade e cultura
de paz?
Observação: Considerando o tempo do filme, o professor/ professora poderá fazer sala de aula invertida, em que
os estudantes assistem ao filme em casa, e depois debatem em sala de aula.
Sugestão de Conceitos / Tópicos a serem trabalhados na aula:
1) Conceito de Diversidade
A Diversidade se refere à existência de múltiplas formas de ser, pensar, viver e se expressar no mundo. Envolve
aspectos como cultura, gênero, etnia, religião, orientação sexual, geração, entre outros. Reconhecer a diversidade é
entender que as diferenças fazem parte da riqueza das relações humanas.
Sugestão de Autores de referência:
 Stuart Hall
 Kabengule Munanga
2) Conceito de Diferença
A diferença está relacionada às características que distinguem uma pessoa ou grupo dos demais. No campo
das ciências humanas e da educação, a diferença não é vista como problema ou desvio, mas como

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elemento constitutivo da identidade e da convivência social.
Sugestão Autores (as) de referência:
 Guacira Lopes Louro
 Judith Butler
 Deleuze e Guattari
3) Conceito de Alteridade
Alteridade é a capacidade de reconhecer e respeitar o outro em sua diferença. Está relacionada com a capacidade
de perceber a si mesmo ou o próprio grupo social, não como o padrão, mas também como o outro.
Sugestão de Autores de referência:
 Emmanuel Lévinas
 Paulo Freire

REPOSITÓRIO DE SABERES

Para saber mais

 Projeto Educativo: “As melhores coisas do mundo”: guia de discussão para educadores e
pais.
https://site.mppr.mp.br/sites/hotsites/arquivos_restritos/files/migrados/File/publi/bullying/as_melhores_coisas_
do_mundo.pdf
 A diferença e a diversidade na educação
https://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/download/38/20/47

TECENDO CONEXÕES…

Em parceria com o professor/a professora de Filosofia, Cidadania Digital, Sociologia e Língua


Portuguesa, poderia ser realizado um cine debate e a produção de resenhas críticas a partir do filme,
sobre o tema “Bullying, CyberBullying e Violência na escola”

BALAIO CULTURAL

Sugestão de Vídeos

● A importância do conselho de classe para o ano letivo - Jornal Futura - Canal


Futura
● Duração: 04 min
● Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=gK66MSAM29M

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Sugestão de Filmes/ Documentários

As melhores coisas do Mundo


Ano: 2010
Sinopse: Mano tem 15 anos, e é um adolescente paulista de classe média. Ele
adora tocar guitarra, sair com os amigos e andar de bike. Um acontecimento
na família faz com que ele perceba que virar adulto não é brincadeira.
Enquanto vive intensas transformações familiares, enfrenta o cyberbullying
na escola, o primeiro amor, as inseguranças, os preconceitos, os altos e
baixos na relação com o irmão mais velho etc. O filme mostra como as
relações dentro e fora da escola marcam a adolescência numa travessia nada
simples.
Duração: 105 min
Classificação: 14 anos
Disponível em: https://www.youtube.com/w
.

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Você também pode gostar