Identidade e Protagonismo - 1 Série (1º e 2º) PA
Identidade e Protagonismo - 1 Série (1º e 2º) PA
Subsecretário da Educação
José Antônio Barros Heluy
Elaboradoras
Profª. Me. Carla Ivana Amorim da Silva
Profª. Me. Fernanda Soares Santos Ferraz
Profª. Me. Larissa Silva Abreu
Profª. Mestranda Patrícia de Jesus Cruz Fernandes
Colaboradoras
Profª. Me. Leonora de Jesus Mendes Tavares
Profª. Esp. Mércia Cristina Gomes Cavalcante
Leitura crítica
Profª. Esp. Adelaide Diniz Coelho Neta
Profª Me. Gislane Gomes Braga
Profª. Me. Francinea Pimenta e Silva
Profª. Mestranda Patrícia de Jesus Cruz Fernandes
Revisão Ortográfica
Profª. Me. Joelma Pereira Silva
O termo "identidade" desperta grande interesse, sendo amplamente discutido por cientistas
sociais, diversos profissionais e pela sociedade em geral. Com frequência, somos levados a nos questionar
ou a questionar os/as outros/as: "Quem é você?".
Essa pergunta nos convida a refletir sobre nós mesmos a partir de nossas práticas, discursos,
saberes, características e outros aspectos que nos situam no contexto social que vivemos, considerando
ainda as nossas crenças, valores e experiências de vida. Portanto, a identidade deve ser vista como uma
forma de nos enunciarmos no mundo sociocultural e político, uma maneira de nos posicionarmos e
6
nos reconhecermos em relação aos outros e aos nossos territórios. Ela é, ao mesmo tempo, pessoal e
coletiva, e está em constante construção nas interações e nas relações sociais.
Stuart Hall (2006), em suas reflexões sobre o assunto, nos convida a entender a identidade como
um processo de "identificação", sempre em movimento. Isso significa que a identidade não é algo fixo,
mas algo dinâmico, vivo, que segue seu curso de maneira contínua, sempre relacional e marcada pela
diferença. Quando nos referimos à identidade, precisamos sempre considerar o que está fora dela, aquilo
que a define em contraste com outras. Por exemplo, se nos identificamos como maranhenses, é porque
existem, também, paranaenses, pernambucanos, piauienses e outros, com suas próprias singularidades.
A construção das identidades não se limita ao campo individual, pois elas são tecidas, negociadas
e construídas nas esferas coletivas e sociais, nutridas de sentidos e significados que ultrapassam o pessoal
e o íntimo. As identidades possuem um poder transformador, capazes de moldar tanto o sujeito que as
enuncia quanto o próprio mundo ao seu redor. Elas são a base para a luta por direitos e respeito às
diferenças, e oferecem os alicerces para a mobilização de sonhos e projetos de vida.
A construção das identidades está profundamente ligada à memória e aos saberes coletivos, e a
educação desempenha um papel essencial nesse processo. Como afirma o professor Kabengele Munanga,
“é através da educação que a herança social de um povo é legada às gerações futuras e inscritas na
história” (MUNANGA, 1986, p. 23). Nesse sentido, valorizar e transmitir a diversidade de narrativas
contribui para a formação de relações mais igualitárias, promovendo o reconhecimento e o respeito às
diferentes identidades que compõem a sociedade.
Quando os sujeitos reconhecem e valorizam suas múltiplas identidades, compreendendo a
diversidade como parte essencial do tecido social, tornam-se mais conscientes de seu papel na
transformação da realidade. Esse processo os fortalece para desafiar estruturas de opressão e
desigualdade, afirmando sua dignidade e humanidade, além de ampliar espaços para a expressão de
suas vozes e vivências.
2. “IDENTIDADE-METAMORFOSE-
EMANCIPAÇÃO”:CONSTRUINDO PROTAGONISMOS
7
e a ressignificação a partir de nossas vivências e desejos. Nesse sentido, a identidade é metamorfose,
nunca essência, substância estática.
“a metamorfose é a progressiva e interminável concretização histórica do vir-a-ser humano,
que sempre se dá como superação das limitações e das condições objetivas existentes em determinadas
épocas e sociedades” (CIAMPA, 1987).
No entanto, os processos de metamorfose frequentemente são abafados por uma lógica de controle
e conformismo, que aliena as pessoas de si mesmas. Essa lógica estimula a produção em massa de
identidades uniformes, acríticas alinhadas a narrativas hegemônicas. A emancipação, portanto, torna-se
um caminho necessário para o rompimento com essas amarras de conformismo, e para o
desenvolvimento de autonomia crítica, autenticidade e práticas de liberdade.
Ao adotarmos o conceito de “identidade-metamorfose-emancipação”, destacamos a necessidade
de que sejam provocados processos reflexivos sobre como cada estudante constrói sua identidade, como
entra em conflito com as outras identidades e de como reafirmam ou ressignificam suas múltiplas
identidades (social, política, étnico-raciais, de gênero, sexualidade, entre outras). Isso nos leva a pensar
na necessidade de os/as jovens estruturarem, de forma consciente, projetos de vida que os/as orientem nas
suas múltiplas formas de vivenciar identidades.
Nesse sentido, o estímulo ao protagonismo estudantil se torna fundamental, pois é também uma
prática de emancipação, devendo ser entendido não como uma simples afirmação de individualidades,
mas como um processo de fortalecimento da atuação cidadã e da coletividade.
É essencial compreender a juventude como uma condição sócio-histórica-cultural, em que o
processo de "identidade-metamorfose-emancipação" ocorre dentro de contextos específicos e a partir das
histórias de vida e características de cada indivíduo, como suas origens econômicas, étnico-raciais,
religiosas, de gênero e sexualidade. Preparar os jovens nas escolas para seus protagonismos exige
reconhecê-los como sujeitos ativos, responsáveis por suas histórias e projetos de vida, refletindo sobre
as estruturas de poder que os afetam e desafiando essas limitações. Assim, a identidade se fortalece no
protagonismo contínuo, unindo metamorfose pessoal e emancipação coletiva, com a escola sendo um
espaço vital para a expressão e ressignificação de suas identidades.
8
Pensar sobre identidades e protagonismos, implica no reconhecimento da diversidade presente no
chão de nossas escolas. Por essa razão, conforme preconiza o Documento Curricular do Território
Maranhense (DCTMA, 2022), destacamos a necessidade de enxergar a diversidade sociocultural que
norteia a construção histórica do nosso estado e de nosso povo, tendo-se a “maranhensidade” como uma
das concepções fundamentais na consolidação de nossas práticas.
Destacamos aqui, portanto, o compromisso em recontar a história de construção dessa
maranhensidade, destituindo-se da narrativa hegemônica e atenuada de “mistura de raças”. As autoras
maranhenses Fernandes, França e Chaves (2022), nos convidam à tarefa de recontar essas narrativas e
identidades a partir da perspectiva dos sujeitos regionalizados-racializados, abdicando do discurso do
mito da democracia racial1, denunciando as violências históricas que se refazem nos cotidianos, e
desnaturalizando os imaginários que vinculam o Norte e o Nordeste a uma condição de inferioridade,
vou como uma força de trabalho "barata", oriunda de processos históricos de exploração e
colonização, que constroem narrativas, memórias e imagens negativas do ser maranhense.
No Maranhão, nossas juventudes vivem uma complexa e rica diversidade, marcada por um
mosaico de identidades, influenciado por suas diferentes origens geográficas, históricas, étnico-raciais e
culturais. Somos quilombolas, indígenas, quebradeiras de coco babaçu, marisqueiras, pescadores
artesanais, ribeirinhos, campesinos, e pertencemos a diferentes etnias, raças, classes sociais,
orientações de gênero e sexualidade, religiosidades etc.
Essas juventudes, com seus anseios, histórias e trajetórias diversas, frequentam escolas situadas
em realidades distintas, em diferentes regiões do nosso território, e é fundamental que a escola seja um
lugar que valorize essa pluralidade de forma dinâmica e agregadora, criando um ambiente de
aprendizagem que expanda os horizontes de nossas juventudes sobre si mesmas, conectando perspectivas
locais aos contextos globais dos quais fazemos parte.
1
O mito da democracia racial reflete o discurso ideológico de que o Brasil seria uma sociedade sem barreiras raciais, caracterizado
por uma miscigenação e convivência pacífica entre distintos grupos étnico-raciais. No entanto, essa concepção é falaciosa, pois a
mistura de raças não resultou em uma verdadeira igualdade, como evidenciam as persistentes desigualdades sociais e raciais do país.
Além disso, o mito contribui para a dissimulação dessas desigualdades, dificultando a formação da consciência e da identidade
política dos grupos historicamente oprimidos (MUNANGA, 2006).
9
1. A NATUREZA DO COMPONENTE E SUAS DIMENSÕES
PEDAGÓGICAS
O componente curricular Identidade e Protagonismo tem como objetivo principal contribuir para
o desenvolvimento de uma formação humana integral, conectando o aprendizado acadêmico às diversas
dimensões da vida e aos projetos individuais de cada estudante. Seu propósito é incentivar a aprendizagem
contínua, a reflexão sobre identidades e territórios, o respeito às diferenças, o protagonismo, a cidadania
e a preparação para o mundo do trabalho.
Possui como premissa a transversalidade, na medida em que busca contribuir com a integração
de uma formação humanística, que perpassa diferentes dimensões de aprendizagem, conhecimentos e
práticas. A proposta didático-pedagógica, alinhada às novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio (RESOLUÇÃO CNE/CEB Nº 2, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2024), visa fortalecer as
capacidades de agir e refletir, com uma abordagem integradora, crítica e humanizante, por meio de
processos estruturados, dialógicos e transdisciplinares que se articulem com as vivências e projetos de
vida dos/das estudantes.
A seguir apresentaremos, de forma esquemática, os aspectos a serem considerados ao longo do
desenvolvimento da proposta curricular, conforme preconizado pelas Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio (BRASIL, 2024). Esses aspectos foram agrupados em duas dimensões pedagógicas,
que devem ser levadas em conta nas concepções didáticas do componente "Identidade e Protagonismo".
Figura 1 - Dimensões Pedagógicas da Proposta
10
2. SOBRE A OFERTA DO COMPONENTE
A oferta do componente seguirá as diretrizes das DCNEM’s (BRASIL, 2024), focado no apoio
aos projetos de vida dos estudantes ao longo de sua formação, com orientações sobre suas trajetórias
acadêmicas e profissionais. Assim, o (a) professor(a) de Identidade e Protagonismo deve desenvolver
práticas pedagógicas específicas para cada etapa do estudante, conforme estabelecido no Artigo 12,
Parágrafo único, das DCNEMs.
11
Fonte: Diretrizes Curriculares Nacionais (BRASIL, 2024).
Vale destacar, que o apoio e orientação aos projetos de vida dos/das estudantes, devem também
ser observadas de maneira complementar e transversal nos demais componentes curriculares.
12
Fonte: (SEDUC, 2024).
Questões mobilizadoras
De que maneira posso organizar melhor meu tempo, recursos e relações para fortalecer meu
processo de aprendizagem?
Quais tipos de saberes e práticas, eu aprendo com maior facilidade?
Que atitudes e hábitos posso cultivar para me tornar uma aprendiz mais responsável e com
maior autonomia?
Como minhas escolhas acadêmicas atuais refletem meus interesses e objetivos futuros?
O foco dessa dimensão é ajudar o estudante a desenvolver uma compreensão sensível de si mesmo,
reconhecendo suas trajetórias, afetos, memórias, desafios e potencialidades. O objetivo é valorizar suas
características pessoais, étnico-raciais, de gênero, culturais e familiares, promovendo o respeito pela
singularidade de suas identidades.
Questões mobilizadoras
O foco dessa dimensão é o aprendizado sobre convivência, com ênfase no reconhecimento da diferença
e na valorização da diversidade. Busca estimular interações grupais e o reconhecimento de múltiplas
identidades (raciais, de gênero, sexualidade, religiosidade, deficiências etc.) visando ampliar as
relações dos/das estudantes numa perspectiva dos Direitos Humanos e da cultura de paz.
Questões mobilizadoras
13
Que atitudes me aproximam de um viver coletivo com respeito às diferenças?
Quais preconceitos preciso superar para construir uma cultura de paz nos espaços que
convivo?
Quais meus compromissos e práticas pessoais de convívio deixo de legado para outras
gerações?
Esta dimensão tem como objetivo desenvolver uma consciência crítica e cidadã, promovendo valores
como justiça, equidade e corresponsabilidade social. Busca estimular o diálogo, a participação ativa na
sociedade e o reconhecimento das dinâmicas de poder que estruturam as relações humanas. Além disso,
incentiva a compreensão dos direitos e deveres individuais e coletivos, fomentando práticas baseadas
no respeito à diversidade, na cultura democrática e na construção de um mundo mais ético, sustentável
voltado para a construção de um Bem Viver.
Questões mobilizadoras
Como passo a existir como pessoa e como exerço minha cidadania? Como me integro aos
lugares sociais?
As minhas ações acionam a destruição ou a construção corresponsável do mundo em que vivo?
Como as dinâmicas de poder influenciam as relações sociais e a participação cidadã no dia a
dia?
Quais desafios e possibilidades encontramos ao promover uma cultura de respeito à
diversidade e à equidade na sociedade?
O foco desta dimensão é compreender o/a estudante como um ser inserido no Mundo do Trabalho, mas
também como alguém que vai além das lógicas de exploração capitalista. Busca-se investigar as
influências que o/a constituem, desde sua identidade, sonhos e projetos até suas condições materiais de
vida. Além disso, visa promover a humanização, considerando o ser humano para além da produção, e
incentivar uma reflexão crítica sobre as formas históricas do trabalho. O objetivo é apoiar os/as
estudantes na construção de percepções e alternativas que os/a ajudem a realizar seus projetos de vida
de maneira autêntica e digna.
Questões mobilizadoras
Como o desenvolvimento de habilidades e interesses pode contribuir para uma vida plena
de sentidos, além do mundo do trabalho?
Quais propósitos orientam meus projetos de vida?
Como as minhas experiências pessoais, sonhos e condições de vida influenciam em minhas
escolhas e projetos para o futuro?
De que maneira as transformações no mundo do trabalho ao longo da história impactam
minha história de vida?
14
Quais alternativas e caminhos posso construir para transformar as condições de vida
atuais?
Conforme poderá ser observado no Organizador Curricular apresentado mais adiante, o trabalho
com os eixos não seguirá uma sequência linear, em vez disso, serão entrelaçados ao longo do Ensino
Médio, permitindo que os objetos do conhecimento e situações de aprendizagem se complementam e se
enriquecem mutuamente. Essa organização visa favorecer uma visão holística, em que as habilidades,
vivências e conhecimentos dos/das estudantes se desenvolvam de forma contínua e interdependente,
primando por uma compreensão global e integrada do processo formativo. Isso significa que o Eixo 1,
por exemplo, será abordado em diferentes momentos ao longo das três séries, assim como os outros eixos.
4. PROPOSTA METODOLÓGICA
Destacamos que tais orientações devem ser aplicadas de forma flexível, adaptando-se às
especificidades das comunidades escolares e territórios nos quais serão desenvolvidas, considerando
ainda as demandas dos/das estudantes e o olhar do professor e da professora para esses aspectos.
O QUE AVALIAR?
16
EIXO 3 - DIMENSÃO INTERPESSOAL E A FORMAÇÃO DO SER COM O OUTRO
Nº mínimo de
Instrumentos 02
Avaliativos
17
PARTE 3 - O ORGANIZADOR CURRICULAR DO
COMPONENTE
1ª SÉRIE (CH: 40H)
EIXOS TEMÁTICOS OBJETOS DO CONHECIMENTO OBJETIVOS
Refletir sobre a própria identidade e a
construção coletiva do grupo, reconhecendo
os diferentes papéis que desempenhamos no
EIXO 1 - A Dimensão Nosso lugar no Mundo: quem sou eu? Quem
mundo;
Acadêmica e a formação somos nós?
Desenvolver habilidades de diálogo e
para a aprendizagem Convivência ética e respeitosa: construindo
colaboração para estabelecer normas coletivas
normas coletivas para um ambiente de
baseadas na ética e no respeito mútuo.
EIXO 2 - A dimensão aprendizado saudável.
Compreender a estrutura e a organização do
intrapessoal e a formação Descobrindo uma nova trajetória: como o
Ensino Médio, reconhecendo suas etapas,
do ser consigo Ensino Médio contribui para o meu futuro?
itinerários formativos e possibilidades
Rumo à aprendizagem com autonomia e pedagógicas.
EIXO 3 - A dimensão corresponsabilidade: como organizar, Incorporar rotinas de estudo à vida acadêmica
Interpessoal e a formação planejar e executar o estudo no Ensino assegurando o seu pleno desenvolvimento
do ser com o outro Médio. intelectual.
Aprender a gerenciar o próprio processo de
aprendizagem, identificando metas e estratégias
para alcançar os objetivos educacionais.
Adquirir saberes que promova reflexões sobre a
identidade pessoal e a relação com os papéis de
EIXO 1- A Dimensão representação escolar.
Acadêmica e a formação Eu e o coletivo: refletindo minha identidade
para a aprendizagem no ambiente escolar Identificar características individuais que
Relações democráticas e o ambiente escolar contribuam para a construção de uma
EIXO 2 - A dimensão participativo. convivência democrática e participativa no
intrapessoal e a formação Representatividade e Liderança - a ambiente escolar.
do ser consigo identificação pessoal na representação
escolar. Compreender o papel da liderança de turma como
EIXO 4 - A dimensão Liderança e Participação: a Valorização da um elemento essencial para a organização e o
Ético-Política e a Voz de Todos na Turma. bem-estar coletivo.
formação do ser para si e Ensino Médio para Todos: o Papel da
para o outro Diversidade na Convivência Escolar. Desenvolver atitudes de responsabilidade,
diálogo e colaboração na resolução de desafios
escolares e na promoção de um ambiente
inclusivo e participativo.
EIXO 1 - A Dimensão Itinerários Formativos Integrados: Identificar oportunidades para a formação
Acadêmica e a formação conhecendo possíveis escolhas integral a partir dos Itinerários Formativos de
para a aprendizagem educacionais. Aprofundamento.
Conectando Saberes e Sonhos: como os
EIXO 2 - A dimensão itinerários formativos integrados podem Realizar escolhas em alinhamentos com os
intrapessoal e a formação potencializar o projeto de vida. projetos de vida individuais, relacionado com as
do ser consigo Meu Futuro, minhas decisões: definindo diversas áreas do conhecimento.
escolhas e metas para o Ensino Médio;
Tomar decisões sobre a trajetória escolar
considerando os itinerários formativos
integrados.
18
EIXO 2 - A dimensão Vínculos afetivos e relações interpessoais: Compreender as contribuições de diferentes
intrapessoal e a formação reflexões sobre laços comunitários e grupos para a identidade local e pessoal.
do ser consigo familiares.
Desenvolver atitudes de respeito,
EIXO 3 - A dimensão pertencimento e valorização das tradições
Interpessoal e a formação regionais e vínculos comunitários.
do ser com o outro
19
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 01
1ª SÉRIE - 1º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Nosso lugar no Mundo: quem sou eu? quem somos nós?
COMPETÊNCIA DA BNCC:
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
1º Encontro (50min)
Sugere-se inicialmente uma breve apresentação dos (as) professores (as) e estudantes
Dinâmica do espelho na caixa.
Esta atividade envolve a reflexão sobre si mesmo, a partir da visão que se tem no espelho. Para realizá-la, é necessário
ter uma caixa com tampa e um espelho pequeno.
Os passos para a dinâmica são:
- Colocar os participantes em círculo e deixar que a caixa fechada passe pelas mãos de cada um deles;
- Explicar que dentro da caixa há uma foto de alguém que os estudantes conhecem muito bem e que devem falar
uma característica dessa pessoa;
- Convidar os participantes a abrirem a caixa, olharem a suposta foto. Ao observarem o seu reflexo, não devem
comentar que dentro da caixa há um espelho para manter o suspense;
Ao final, deve-se perguntar aos estudantes qual foi a sensação de terem que falar de si mesmos. Foi fácil ou difícil? Por
quê?
Após essa ou outra dinâmica, sugere-se fazer uma breve contextualização do Componente Identidade e Protagonismo
(A leitura do Fascículo de Identidade e Protagonismo lhe auxiliará neste momento de explanação).
Sugere-se um momento de explanação sobre o conceito de identidade. (Para ampliar suas leituras neste ponto, sugere-
se o material do fascículo de Identidade e Protagonismo (Parte 1)). Destacamos a importância de enfatizar junto aos
estudantes a importância de conhecer e valorizar quem somos para projetar o futuro com consciência e propósito.
Para sensibilizar e aprofundar nessa temática, sugerimos a vivência da Dinâmica "Linha da Vida"
Peça aos estudantes para desenhar uma linha no papel representando sua trajetória de vida. Eles/Elas deverão marcar
momentos importantes (felizes, desafiadores, transformadores) e pensar em como essas experiências moldaram quem
20
são. Destaque a importância de demarcarem onde residiam nesses momentos (estado, cidade, bairro).
"Entender quem somos e como nos conectamos ao mundo é o primeiro passo para construir um projeto de vida
significativo."
REPOSITÓRIO DE SABERES
TECENDO CONEXÕES…
BALAIO CULTURAL
Sugestão de Vídeos
Animação do livro "Zoom" de Istvan Banyai
https://youtu.be/fMqR6qajHFU?si=liVk1SuhPiPvTRI_
21
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 02
1ª SÉRIE - 1º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Convivência ética e respeitosa: construindo normas coletivas para um ambiente de aprendizado saudável.
COMPETÊNCIA DA BNCC:
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao
outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus
saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
1º Encontro (50min)
Sugere-se a exposição dialogada sobre o conceito de convivência ética, enfatizando como a prática de valores como
respeito, empatia, cooperação e responsabilidade colaboram para a construção de uma cultura de paz na escola e fora
dela.
Uma possível maneira de sensibilizar para a temática da convivência de paz, seria um exercício teatral sobre o assunto,
visando explorar situações de convivência no ambiente escolar e refletir sobre atitudes que promovam o respeito e a ética.
22
soluções no dia a dia escolar
2º Encontro (50min)
Sugere-se neste segundo encontro, a produção coletiva do Contrato de Convivência da turma, como uma forma de
exercitar de maneira colaborativa a autogestão e regulação das relações cotidianas.
REPOSITÓRIO DE SABERES
● Como definir o pacto de convivência com os alunos no começo do ano? Como definir o pacto de convivência
com os alunos no começo do ano?
● O que é cultura de paz e como se aplica na escola?
https://porvir.org/o-que-e-cultura-de-paz-escola
TECENDO CONEXÕES…
Convidar os(as) professores(as) de Língua Portuguesa e Filosofia para que possam colaborar com o
tema proposto.
BALAIO CULTURAL
23
Sugestão de Músicas
24
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 03
1ª SÉRIE - 1º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Descobrindo uma nova trajetória: como o Ensino Médio contribui para o meu futuro?
COMPETÊNCIAS DA BNCC:
● Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
● Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
1º Encontro (50min)
Sugestão de Texto:
José Francisco Soares (ou Chico Soares) é professor titular aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), tendo sido presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) entre
2014 e 2016.
A partir das reflexões de Chico Soares, proponha-se que os/as estudantes destaquem, considerando a sua realidade,
quais são as dificuldades para que as pessoas tenham acesso e concluam o ensino médio, e que apontem soluções de
como superá-las.
Para este encontro é de grande importância que seja realizada a explanação sobre a organização atual do ensino
médio. Sugerimos a utilização do Guia do Estudante para leitura coletiva junto à turma. Disponível no Link:
25
https://bit.ly/guiaestudante2025
É importante frisar que a Lei nº 14. 945/2024 alterou a LDB e estabeleceu uma mudança na estrutura do ensino médio.
Com isso, houve a necessidade de reformulação do ensino médio. Destaque essas mudanças junto aos estudantes.
Para os encontros seguintes, sugerimos a organização de uma imersão nas áreas de conhecimento, de modo a evidenciar
os itinerários formativos integrados.
Sugere-se a interlocução com os/as professores da escola através de rodas de conversa com a presença de dois ou mais
professores (as) para discutir algumas questões centrais concernentes às suas respectivas áreas.
26
Ao final de cada roda de conversa, seria interessante que os/as estudantes façam registros escritos individuais sobre
o que acharam mais interessante, do que não conseguiram se identificar e do que foi mais importante para as aptidões
pessoais.
Sugere-se a criação de um painel integrado, construído a partir das rodas de conversa, para que os estudantes
compartilhem seus registros sobre as áreas do conhecimento e reflitam sobre como esperam ampliar seus saberes por
meio do aprofundamento dessas áreas. Os estudantes serão organizados em grupos, e a cada grupo será atribuída uma
questão para ser discutida. Cada grupo registrará suas respostas em uma única folha de papel. Após a discussão, um
representante de cada grupo será escolhido para apresentar as respostas para a turma. O tempo de apresentação será
limitado a cinco minutos por representante. Ao final, as respostas de todos os grupos serão transcritas no painel
integrado, criando um material coletivo e visual que reflita as ideias compartilhadas.
Grupo 1: Que habilidades espero desenvolver a partir da área de conhecimento Linguagens e suas
tecnologias?
Grupo 2: Que habilidades espero desenvolver a partir da área de conhecimento Matemática e suas
tecnologias?
Grupo 3: Que habilidades espero desenvolver a partir da área de conhecimento Ciências da natureza e suas
tecnologias?
Grupo 4: Que habilidades espero desenvolver a partir da área de conhecimento Ciências humanas e sociais
aplicadas?
Observação: O professor poderá dividir a turma em mais grupos da mesma área de conhecimento para confrontar as
ideias apresentadas.
"O Ensino Médio não é apenas uma etapa, é o início do caminho para o que você deseja ser."
REPOSITÓRIO DE SABERES
27
https://www.scielo.br/j/cp/a/mq5QhqMxcsdJ9KfDZjqLmtG/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 07 jan.
2025.
TECENDO CONEXÕES…
Convidar os(as) professores(as) das quatro áreas de conhecimento para que possam colaborar com o
tema proposto.
BALAIO CULTURAL
Sugestões de Filmes/Documentários
Nunca me sonharam
Gênero: Documentário
Ano: 2017 (Brasil)
Duração: 90 minutos
FICHA TÉCNICA
Direção: Cacau Rhoden.
Sinopse: Estudantes, gestores, professores e especialistas discutem uma reflexão fundamental e
urgente sobre o valor da educação pública no Brasil.
28
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 04
1ª SÉRIE - 1º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Rumo à aprendizagem com autonomia e corresponsabilidade: como organizar, planejar e executar o estudo no Ensino
Médio
COMPETÊNCIAS DA BNCC:
● Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a
reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses,
formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das
diferentes áreas.
● Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital
para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa,
democrática e inclusiva.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
1º Encontro (50min)
Sugere-se que inicialmente a professora/o professor mobilize os/as estudantes para a realização de uma
autoavaliação das práticas de estudo.
Você pode anotar no quadro algumas perguntas para os/as estudantes refletirem. Exemplos:
29
• Sugestões de questões mobilizadoras:
Na sua opinião, por que a canção se chama Estudo Errado?
Qual o tema da música?
Quais são os personagens descritos na letra da música?
Durante a música, o menino tem opiniões contrárias em relação ao estudo (ora acha ruim, ora acha bom).
Comente dois momentos em que isso ocorre. Com qual posicionamento você mais se identifica?
Na penúltima parte, o menino expressa o que é o ideal na escola. Você concorda com ele? Explique.
Como você tornaria os estudos e a própria escola algo mais interessante para o menino da música?
2º Encontro (50min)
Nesse sentido, destaque algumas dicas e apresente aos estudantes modelos de cronogramas semanais.
Divida os (as) estudantes (as) em pequenos grupos e peça que cada estudante monte seu cronograma pessoal
de estudos. Escolha modelos pela internet para esta atividade, e compartilhe com os grupos.
Eles devem planejar horários para estudo, atividades extracurriculares e lazer.
Após a atividade, discutam o equilíbrio e as estratégias escolhidas.
● Dicas para construção de cronograma de estudos:
Fonte: https://www.pravaler.com.br/blog/dicas-de-estudo/cronograma-de-estudos-como-montar-um-e-qual-sua-importancia/
30
Sugere-se a construção de uma agenda coletiva por turma, no formato de cartaz ou mural interativo no Padlet
(www.padlet.com).
Observação: os/ as estudantes serão os responsáveis pela confecção do mural coletivo e pela sua conservação. Já
o preenchimento da agenda coletiva disposta no mural será de responsabilidade dos/das líderes de turma. Deve
ser estimulado o protagonismo juvenil e o espírito de coletividade.
O mural coletivo servirá como instrumento para acompanhamento do desenvolvimento das turmas, e os
professores/as deverão orientar os/as líderes a fazerem o acompanhamento, junto aos colegas, das atividades que
31
foram desenvolvidas.
REPOSITÓRIO DE SABERES
TECENDO CONEXÕES…
Convidar os(as) professores(as) de Língua Portuguesa para que possam colaborar com o tema proposto, e
os (as) professores(as) de Matemática para ampliar a temática com conteúdos, como gestão do tempo,
entre outros.
BALAIO CULTURAL
Sugestão de Música
32
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 05
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Relações democráticas e o ambiente escolar participativo.
COMPETÊNCIA DA BNCC:
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
Sugere-se que se inicie a aula expondo o conceito de ‘democracia’ e suas aplicações nas diversas relações
entre pessoas e instituições.
Posteriormente, é crucial que a professora/o professor converse com a turma sobre elementos da Gestão
Democrática escolar, e quais estratégias são utilizadas dentro dessa concepção para viabilizar a participação dos/das
estudantes em decisões importantes para a comunidade escolar.
É importante falar sobre Eleição de Lideranças e Participação de Conselhos de Classe como importantes meios
de exercício da participação ativa dos/das estudantes na gestão democrática da escola.
Liderança de turma: um exercício democrático no ambiente escolar.
Após esse primeiro momento de diálogo e explanações sobre gestão democrática, o professor/ professora pode
focar nas discussões sobre liderança, seguindo os tópicos propostos abaixo:
● O que é a liderança de turma?
● Qual a importância da liderança de turma?
● O que faz um líder ser uma boa liderança?
● Quais as tarefas de um líder de turma?
Sugestão de atividade:
● Organizando a eleição de lideranças:
Sugere-se que as pessoas interessadas na candidatura para representação da turma, montem uma Chapa para
concorrer. Cada chapa deverá montar um pequeno cartaz ou artefato digital (caso seja possível), contendo as
33
seguintes informações:
1. Nome do/da candidato (a) a Representante e Vice (Suplente);
2. Ano/Série;
3. Turma;
4. Nome de mais 5 a 6 estudantes apoiadores da chapa;
5. Nome e arte da chapa (com o logo da chapa);
6. Uma frase de efeito (slogan) para a campanha;
7. Um desenho, colagem ou lettering que representa a chapa.
REPOSITÓRIO DE SABERES
TECENDO CONEXÕES…
O diálogo com outras pessoas que vivenciaram a experiência da liderança estudantil pode enriquecer
esse momento. Uma possibilidade seria buscar estudantes egressos para um momento de conversa
inspiradora, ou mesmo buscar entre professores (as) e outras (os) pessoas da comunidade escolar, quem
teve essa vivência durante sua formação.
BALAIO CULTURAL
34
Sugestão de Músicas
● Liderança - A Saga Harry Potter
https://youtu.be/57D-rj3IB3c?si=hb5xYDGanN_vNF-u.
35
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 06
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Liderança e Participação: a Valorização da Voz de Todos na Turma
COMPETÊNCIA DA BNCC:
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias,
pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental
e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado
de si mesmo, dos outros e do planeta.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
Sugere-se nestes encontros apresentar aos / às estudantes o dispositivo do “Conselho de Classe” e seu papel na
gestão democrática da comunidade escola, bem como realizar o pré-conselho junto às turmas.
Conselho de classe: O que é, como funciona e para que serve.
O que é?
Um órgão colegiado, institucionalizado e representativo (equipe docente, membros da gestão escolar,
representantes estudantis).
Para que serve?
O Conselho de Classe tem como função avaliar a eficácia da ação pedagógica, e não apenas verificar notas ou
problemas disciplinares dos estudantes, devendo ser uma responsabilidade compartilhada da qual toda a comunidade
escolar participe conscientemente, objetivando realizar um diagnóstico das ações desenvolvidas. Enfim, tem funções
consultiva e deliberativa, possibilitando, assim, a avaliação do educando, do processo ensino-aprendizagem e da prática
docente.
Quem participa do Conselho?
• Professores da série, líderes de turma e equipe gestora.
Qual a função do líder de turma?
• Apresentar o documento elaborado junto à sua turma para os demais participantes do Conselho de Classe.
Como funciona?
• A participação é direta, efetiva e coletiva.
• Princípio educativo: o protagonismo estudantil.
• O Conselho de Classe deve, necessariamente, ser realizado com a presença do líder de turma, com
responsabilidades e papel definidos antes, durante e depois do Conselho.
O que será feito no Conselho?
Serão discutidos e pactuados entre os conselheiros e os líderes de turma os encaminhamentos para a superação
de dificuldades e/ou fortalecimento daquilo que foi identificado como bem-sucedido.
Fases do Conselho de Classe
Pré-conselho - Momento em que a liderança de turma, com auxílio do professor/da professora de Identidade e
Protagonismo, realizam a pauta de avaliação e autoavaliação junto com a turma, dos pontos a serem levados
para o Conselho. Nesse momento é preenchida uma ficha, que será socializada pelas lideranças no momento do
36
Conselho;
Conselho de Classe - Efetivação da reunião consultiva e deliberativa junto aos docentes. equipe gestora e
lideranças;
Pós-conselho - após a realização do Conselho de Classe, o professor/professora de Identidade e
Protagonismo apoia o/a líder de turma na organização dos pontos discutidos e apresentados pelos conselheiros,
bem como o posicionamento acerca dos pontos apresentados a partir da avaliação da turma. Na sistematização
desse documento, também são considerados os encaminhamentos propostos, bem como os seus responsáveis e
os prazos para a realização, quando for o caso.
____________________________________________
Orientações para Realização do Pré-Conselho
Ficha Pré-Conselho
(Link de acesso: https://sites.google.com/edu.ma.gov.br/sugeda/materiais-de-apoio)
Local de realização: Sala de aula.
Condução do momento: Professor (a) apoie o/a líder de turma na elaboração da pauta a ser levada para
discussão/ autoavaliação da turma.
Pautas a serem levantadas no Pré-conselho:
1. A relação professor x estudante:
Pilar da convivência/ensino:
Como foi a nossa convivência com os professores ao longo do bimestre?
O que ajudou ou limitou a nossa convivência e a execução do trabalho dos nossos professores?
2. As metodologias de ensino:
• Que maneiras de ensinar nos chamaram a atenção e colaboraram no nosso processo de aprendizagem?
• Quais foram os componentes curriculares em que conseguimos nos desenvolver mais (em notas, em
participação, em aprendizagem)?
• Quais os componentes curriculares com que tivemos mais dificuldades? Por quê?
• Quais foram os incentivos que recebemos dos professores?
• Que novidades nos chamaram a atenção?
3. Procedimentos de avaliação:
• Nós fomos claramente informados sobre as formas de avaliação da aprendizagem realizadas ao longo do
bimestre?
• Tivemos dificuldades em executá-las?
• Quais foram as nossas dificuldades?
• Em que nós conseguimos avançar até agora?
• Quais sugestões para melhorar o processo de avaliação?
4. Autoavaliação da turma:
• Quais foram as nossas dificuldades enquanto turma?
• Em que avançamos enquanto turma?
• O que nos ajudou ou atrapalhou nesse avanço? Qual é a nossa responsabilidade?
• O que podemos fazer para melhorar o nosso ambiente de ensino e de aprendizagem e todos possam usufruir
do processo de ensino como direito?
5. Proposições em perspectiva:
• Propostas de melhoria.
• O que pode ser feito para melhorar a nossa aprendizagem?
• O que nós podemos fazer para superar as dificuldades?
• Quais compromissos nós vamos assumir para a melhoria do nosso desempenho?
• O que a escola pode fazer junto a nós?
37
Observação 1: Orientar a turma para que as propostas sejam passíveis de serem postas em prática,
considerando a realidade escolar.
Observação 2: As pautas a serem levantadas no Pré-conselho tem caráter sugestivo, podendo ser adaptada,
incluindo elementos necessários de acordo com a realidade da turma/ comunidade escolar.
REPOSITÓRIO DE SABERES
TECENDO CONEXÕES…
Neste momento seria interessante chamar estudantes com experiência anteriores em conselhos de classe
para dar dicas aos novos participantes, e narrar as suas experiências pessoais em relação a esse
momento.
BALAIO CULTURAL
Sugestão de Vídeos
● A importância do conselho de classe para o ano letivo - Jornal Futura - Canal Futura
● Duração: 04 min
● Disponível: https://www.youtube.com/watch?v=gK66MSAM29M
38
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 07
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
13 de maio e a Luta Negra: Abolição, Resistência e Memória
COMPETÊNCIA DA BNCC:
Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação,
tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o
respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos
sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e
digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar
informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
39
do tempo. O racismo estrutural, a desigualdade social e a violência contra a população negra são reflexos diretos dessa
ferida colonial ainda aberta. Por isso, ao debater a abolição, devemos olhar além da assinatura de um papel e questionar:
o que realmente significa ser livre? Como as lutas de ontem dialogam com as resistências negras de hoje?
Sugestão de Conceitos/ Tópicos a serem trabalhados na aula:
Racismo estrutural e herança da escravidão
Resistência negra e protagonismo dos escravizados
Legislações anteriores à abolição: Lei do Ventre Livre, Sexagenários
Abolicionismo e seus agentes: intelectuais, populares e jurídicos
A falsa ideia de “libertação concedida” vs luta por liberdade
A continuidade da exploração pós-abolição: trabalho, moradia, exclusão
A importância da memória e das narrativas negras
Sugestão de Autores de Referência
João José Reis
Beatriz Nascimento
Abdias Nascimento
Exibição do Filme Doutor Gama (2021)
Duração: 90 min
Perguntas Mobilizadoras para o debate:
Quais cenas ou falas mais chamaram a sua atenção durante o filme?
Como Luiz Gama desafiou o sistema escravista?
A abolição foi uma conquista do povo negro ou uma concessão do Império? Como isso pode ser percebido no
filme?
Quais marcas da escravidão ainda vemos na sociedade atual?
REPOSITÓRIO DE SABERES
40
● Foi inimigo número 1 das elites e do próprio imperador, diz biógrafo de Luiz Gama.
https://www.brasildefato.com.br/podcast/bem-viver/2024/05/14/foi-inimigo-numero-um-das-elites-e-do-
proprio-imperador-diz-biografo-de-luis-gama/
● Versos da luta negra: 05 poemas de Solano Trindade.
● https://www.esquerdadiario.com.br/Versos-da-luta-negra-5-poemas-de-Solano-Trindade
TECENDO CONEXÕES…
Em colaboração com os docentes de Artes e Língua Portuguesa, podem ser criados slides, portfólios
ou um mural virtual com referências que inspirem os estudantes na criação de suas obras. Esse material
pode incluir trechos de poemas de Solano Trindade e Conceição Evaristo, além de imagens de
produções afro-brasileiras, como os trabalhos de Rosana Paulino, Silvana Mendes, dentre outros
artistas que dialogam com a temática.
BALAIO CULTURAL
“Doutor Gama”
Gênero: Drama
País: Brasil
Duração: 92 minutos
Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse: Doutor Gama é um filme biográfico sobre a vida do escritor, advogado,
jornalista e abolicionista Luiz Gama, uma das figuras mais relevantes da história
brasileira. Ele utilizou todo seu conhecimento sobre as leis e os tribunais para libertar
mais de 500 escravos durante sua vida. Nascido de ventre livre, Gama foi vendido como
escravo aos 10 anos para pagar dívidas de jogo de seu pai, um homem branco. Mesmo
escravizado, ele conseguiu se alfabetizar, assim conquistou sua liberdade, se tornando
um dos mais respeitados advogados de sua época
Disponível em: GloboPlay
41
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 08
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Eu e o coletivo: refletindo minha identidade no ambiente escolar
COMPETÊNCIA DA BNCC:
Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora
e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e
partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem
ao entendimento mútuo.
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe
possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da
cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
Milton Santos
Nego Bispo
3) Escola como Produtora de Identidades
A escola não apenas transmite conhecimentos, mas também constrói identidades, ao influenciar valores,
comportamentos, formas de linguagem e pertencimento social e cultural. Ela participa ativamente da formação de
42
sujeitos, reconhecendo (ou não) suas histórias, culturas e diferenças.
Sugestão de Atividade
Sugere-se aplicar com os estudantes um quiz “Quem estou sendo na escola?”. A seguir sugerimos algumas perguntas
para esse quiz, que pode ser impresso, ou feito no formato de enquete na ferramenta Mentimeter
(www.mentimeter.com).
43
6. Na sala de aula, você é mais...
🔲 (A) O que sempre tem uma resposta para tudo.
🔲 (B) O que só espera o sinal bater.
🔲 (C) O que faz perguntas filosóficas e reflexivas.
🔲 (D) O que desenha ou escreve no caderno enquanto pensa na vida.
Resultados do Quiz
🧠 Estrategista Nerd
(Maioria de respostas A)
Você leva os estudos a sério e gosta de desafios intelectuais. 📚 Está sempre de prontidão para anotar tudo e planejar
estratégias para se sair bem nas provas e trabalhos. Seu raciocínio é afiado e, se pudesse, terminaria as provas em
segundos. É mais na sua, mas suas amizades sabem que podem contar com você!
🌎 Comunicador(a) Sociável
(Maioria de respostas B)
Você adora uma boa conversa e tem sempre algo para comentar. 🎤 Está sempre na companhia de amizades e conhece
todo mundo na escola. Prefere aprender debatendo e discutindo ideias do que apenas lendo. Estar ao seu lado é certeza
que assunto não vai faltar!
44
⚡ Enérgico (a) Desbravador(a)
(Maioria de respostas C)
Você gosta de se movimentar e está sempre participando de alguma atividade. 🏃♂️ Esportes, desafios e ações práticas
são sua praia. Prefere aprender fazendo do que apenas ouvindo explicações teóricas. Às vezes é difícil fazer você parar
e se concentrar, mas quando leva as coisas à sério você consegue!
🎨 O Criativo Sonhador
(Maioria de respostas D)
Sua mente vive cheia de ideias e histórias. ✨ Você pode ser mais introspectivo(a), mas isso não significa que não
tenha muito a dizer – só prefere se expressar por meio da arte, da escrita ou da música. Durante as aulas, provavelmente
está desenhando no caderno, cantarolando uma música ou com a cabeça longe. Você vê o mundo com os olhos da
beleza.
Observação 1: Este quiz foi gerado a partir de Inteligência Artificial, não possuindo validade científica, nem qualquer
propriedade psicométrica fidedigna. É importante que não seja usado para rotular estudantes, mas apenas como uma
forma descontraída de refletir modos de ser na escola.
Observação 2: Após aplicação do quiz, sugere-se que a professora/o professor converse com a turma no sentido de
refletir que ninguém é só uma coisa ou outra. Nossa identidade é complexa e muda com o tempo. Em alguns momentos,
podemos ser mais comunicativos; em outros, preferimos ficar na nossa. Na escola, temos um jeito de agir, mas em casa
ou com amigos próximos, podemos agir de maneiras diferentes. O mais importante é lembrar que estamos sempre em
construção, descobrindo novos interesses, habilidades e formas de nos expressar. Não há um único jeito certo de ser –
o que importa é se permitir mudar e crescer.
● Como as diferentes identidades dentro da escola podem contribuir para um ambiente mais rico e acolhedor?
● Quais desafios podem surgir da convivência entre pessoas com identidades diversas e como podemos lidar
com eles de forma respeitosa?
Sugestão de Atividade
Sugere-se que a professora/o professor, escreva na lousa as seguintes frases e peça para que os estudantes/as estudantes
as escreva em seus cadernos e coloque ao lado de cada uma delas se: (a) concordam completamente; (b) concordam;
(c) discordam; (d) discordam completamente.
● “As comunidades são compostas por pessoas que são mais ou menos iguais;
● “Ingressar em uma comunidade significa que você precisa renunciar à sua própria identidade;
● “Para que uma comunidade seja forte, todos os membros devem gostar um do outro;”
● “Uma sala de aula é um tipo de comunidade;”
● “A escola é um tipo de comunidade;”
● “A sociedade brasileira é uma comunidade’
Em pequenos grupos, peça para que os estudantes/as estudantes comparem suas respostas, e discutam suas ideias a
partir de suas experiências e conceitos.
A seguir, dê aos grupos uma cópia do pequeno texto descrito no quadro abaixo e peça que comparem seus conceitos
com o que a autora do texto enuncia:
45
“As comunidades não são feitas de amigos, ou de grupos de pessoas com estilos e gostos semelhantes, ou mesmo de
pessoas que se gostam e se entendem. As comunidades são construídas por pessoas que sentem que são parte de algo
que é maior que elas mesmas: um objetivo, um compromisso compartilhado como construir uma estrada, viver
dignamente, ou acreditar em um deus. Construir uma comunidade requer apenas a capacidade de ver valor nos outros;
olhar para eles e ver um potencial parceiro para nossos compromissos.” (Suzanne Goldschmidt)
REPOSITÓRIO DE SABERES
BALAIO CULTURAL
Sugestão de Vídeos
46
ROTEIRO DE APRENDIZAGENS 09
1ª SÉRIE - 2º PERÍODO
OBJETO DO CONHECIMENTO:
Ensino Médio para Todos: o Papel da Diversidade na Convivência Escolar
COMPETÊNCIA DA BNCC:
Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e participar de práticas
diversificadas da produção artístico-cultural.
Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e
reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.
CAMINHOS METODOLÓGICOS
Sugere-se a mostra e discussão do filme brasileiro “As melhores coisas do mundo”, que aborda temas como
adolescência, pressão social, diversidade e inclusão na escola. O filme está disponível no Youtube. Além disso, o filme
possui um Guia de Discussão para Educadores e Pais, que auxilia na produção de debates de diversos temas e na
elaboração de atividades.
Sugestão de Questões Mobilizadoras:
Quais desafios os jovens enfrentam ao lidar com preconceitos e estereótipos no ambiente escolar?
Como o filme nos ensina a pensar sobre o respeito às diferenças?
Em que momento a constatação da diferença se transforma em preconceito?
Como podemos agir para a construção de uma cultura de paz na nossa casa, na nossa escola, no nosso
bairro, na nossa cidade?
Por que é tão importante o respeito à diversidade? Qual a relação entre respeito à diversidade e cultura
de paz?
Observação: Considerando o tempo do filme, o professor/ professora poderá fazer sala de aula invertida, em que
os estudantes assistem ao filme em casa, e depois debatem em sala de aula.
Sugestão de Conceitos / Tópicos a serem trabalhados na aula:
1) Conceito de Diversidade
A Diversidade se refere à existência de múltiplas formas de ser, pensar, viver e se expressar no mundo. Envolve
aspectos como cultura, gênero, etnia, religião, orientação sexual, geração, entre outros. Reconhecer a diversidade é
entender que as diferenças fazem parte da riqueza das relações humanas.
Sugestão de Autores de referência:
Stuart Hall
Kabengule Munanga
2) Conceito de Diferença
A diferença está relacionada às características que distinguem uma pessoa ou grupo dos demais. No campo
das ciências humanas e da educação, a diferença não é vista como problema ou desvio, mas como
47
elemento constitutivo da identidade e da convivência social.
Sugestão Autores (as) de referência:
Guacira Lopes Louro
Judith Butler
Deleuze e Guattari
3) Conceito de Alteridade
Alteridade é a capacidade de reconhecer e respeitar o outro em sua diferença. Está relacionada com a capacidade
de perceber a si mesmo ou o próprio grupo social, não como o padrão, mas também como o outro.
Sugestão de Autores de referência:
Emmanuel Lévinas
Paulo Freire
REPOSITÓRIO DE SABERES
Projeto Educativo: “As melhores coisas do mundo”: guia de discussão para educadores e
pais.
https://site.mppr.mp.br/sites/hotsites/arquivos_restritos/files/migrados/File/publi/bullying/as_melhores_coisas_
do_mundo.pdf
A diferença e a diversidade na educação
https://www.contemporanea.ufscar.br/index.php/contemporanea/article/download/38/20/47
TECENDO CONEXÕES…
BALAIO CULTURAL
Sugestão de Vídeos
48
Sugestão de Filmes/ Documentários
49
50