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Relatorio CF

O documento aborda as bases teóricas das práticas pedagógicas, enfatizando a importância do entendimento profundo sobre o processo de ensino e aprendizagem. Destaca a relevância do espaço de trabalho pedagógico, a gestão da sala de aula e a interação entre os intervenientes do processo educativo. Além disso, menciona diferentes teorias educacionais, como construtivismo e behaviorismo, e sugere práticas para integrar essas teorias no ensino.
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Relatorio CF

O documento aborda as bases teóricas das práticas pedagógicas, enfatizando a importância do entendimento profundo sobre o processo de ensino e aprendizagem. Destaca a relevância do espaço de trabalho pedagógico, a gestão da sala de aula e a interação entre os intervenientes do processo educativo. Além disso, menciona diferentes teorias educacionais, como construtivismo e behaviorismo, e sugere práticas para integrar essas teorias no ensino.
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ÍTENS:

Bases teóricas sobre práticas pedagógicas;

Espaço de trabalho pedagógico;

Intervenientes do PEA;

A gestão de sala de aulas;

Aulas;

Tipos de aulas;

Planificações;

Fases e desenvolvimento metodológico da aula;

Avaliação;

Tipos e momentos de avaliação;

Elaborado pela estudante: Mankele Cristina João Eduardo

Orientador

_____________________

Docente Abílio Kudikeka

1
INTRODUÇÃO

Compreender as bases teóricas é crucial para o professor, pois elas fornecem um


entendimento mais profundo sobre como os alunos aprendem e quais métodos podem ser
mais eficazes em diferentes situações. Isso permite que o professor possa, personalizar o
Ensino por meio de ajuste a suas estratégias com base nas características e necessidades dos
alunos. Avalie e reflicta, analise o que funciona ou não, aperfeiçoando constantemente suas
práticas, crie um ambiente inclusivo que entenda e respeite as diferenças individuais de cada
aluno, promovendo um espaço de aprendizagem acolhedor. Lembrando que a educação é uma
área em constante evolução, é sempre bom estar actualizado com novas teorias e práticas
pedagógicas.

2
Capitulo 1- Bases teóricas sobre práticas pedagógicas

A prática pedagógica é complexa e envolve diversos elementos que se inter-relacionam em


um ambiente educativo. Neste capítulo abordarei as bases teóricas relacionadas a práticas
pedagógicas, incluindo o espaço de trabalho pedagógico, os intervenientes do processo de
ensino e aprendizagem, a relação interpessoal e a gestão da sala de aula. Saviani, D. (2010).

As bases teóricas em práticas pedagógicas referem-se ao conjunto de princípios e concepções


que fundamentam e orientam o processo de ensino e aprendizagem (PEA). Ou seja, são as
ideias, teorias e métodos que os educadores (professores) utilizam para planejar e executar
suas aulas, visando tornar a aprendizagem mais eficiente e significativa. Refere-se em
contexto geral de envolvimento didáctico, as circunstâncias da formação, os espaços e tempos
escolares, as opções da organização do trabalho dos professores, as parcerias e expectativas
do professor. Saviani, D. (2010).

Nessa perspectiva, a prática docente não se fará inteligível como forma de poesias ou seja,
como acção regida por fins prefixados e governadas por regras predeterminadas. A prática
educativa, de modo amplo, só adquirirá a inteligibilidade quando for regida por critérios
éticos imanentes, que segundo o Carr (1996), servem para distinguir uma boa prática de uma
boa prática indiferente ou má. Saviani, D. (2010).

É preferível considerar esses critérios éticos, a fim de distinguir uma prática tecida
pedagogicamente de outra apenas tecnologicamente tecida. Assim, realça-se o pressuposto
que será o fio condutor do texto; há práticas docentes construídas pedagogicamente e há
práticas docentes construídas sem a perspectiva pedagógica, num agir mecânico que
desconsidera a construção do humano.

Este aspecto é destacado por Pinto (2005), ao abordar a técnica como produto humano,
diferente da técnica como produtora do humano. Isso remete a uma possível mistificação da
técnica no campo pedagógico, supervalorizando-a como produtora das práticas. Considera-se
que, nas práticas pedagogicamente construídas, há a medição do humano e não a submissão
do humano a um artefacto técnico previamente construído.

Assim, uma aula ou encontro educativo tornar-se-á uma prática pedagógica quando se
organizar em torno de intencionalidades, bem como na construção de práticas que conferem
sentido às intencionalidades. Será prática pedagógica quando incorporar a reflexão contínua e
colectiva, de forma a assegurar que a intencionalidade proposta é disponibilizada a todos; será
pedagógica á medida que buscar a construção de práticas que garantam que os
encaminhamentos propostos pelas intencionalidades possam ser realizados. Saviani, D.
(2010).

Nesse aspecto uma prática pedagógica em seu sentido de praxis, configura-se sempre como
uma acção consciente e participativa que emerge da multidimensionalidade que cerca o ato
educativo. Como conceito, entende-se que a prática educativa é algo mais do que expressão
do ofício dos professores; é algo que não pertence por inteiro os professores, uma vez que há
traços culturais compartilhados que formam o que pode ser designado por subjectividades

3
pedagógicas (Franco, 2012). No entanto destaca-se por conceito de prática pedagógica poderá
variar dependendo da compreensão de pedagogia e até mesmo do sentido que se atribui a
prática.

Em práticas pedagógicas existem teorias educacionais com seus respectivos princípios e


práticas tais como;

Construtivismo

Princípios: Aqui a aprendizagem é vista como um processo activo em que o aluno constrói
seu conhecimento a partir de suas experiências. O papel do professor é o de mediador.

Práticas: As actividades práticas, projectos, e a resolução de problemas são comuns,


permitindo que os alunos explorem e descubram novas ideias. Marsh, C. (2019).

Behaviorismo

Princípios: A aprendizagem é uma resposta a estímulos do ambiente. Comportamentos podem


ser moldados através de reforços.

Práticas: Utilização de recompensas e punições; práticas como testes e exercícios repetitivos


são comuns nesta abordagem. Marsh, C. (2019).

Humanismo

Princípios: O foco está no desenvolvimento integral do aluno, considerando suas emoções e


interesses. A aprendizagem deve ser relevante e significativa.

Práticas: Actividades que valorizam o desenvolvimento pessoal e emocional, como discussões


em grupo e projectos colaborativos. Marsh, C. (2019).

Sociocultural

Princípios: A aprendizagem acontece em contexto social e cultural. O conhecimento é


construído em interacções com os outros.

Práticas: Trabalho em grupo, intercâmbio cultural e discussões que incentivam o diálogo e a


relação entre alunos e professores. Marsh, C. (2019).

Quanto a Integração das Teorias em Práticas pedagógicas em geral, muitos educadores


(professores) utilizam uma combinação dessas teorias, adaptando-as às necessidades de seus
alunos e ao contexto escolar. Aqui estão algumas dicas práticas:

Planeamento Flexível: Ao planejar uma aula, considere diferentes abordagens que podem ser
utilizadas para ensinar o mesmo conteúdo. Isso ajudará a atender diversas formas de
aprendizagem. Marsh, C. (2019).

Interacção e Colaboração: Promover debates e trabalhos em grupo para que os alunos


aprendam uns com os outros, reflectindo a abordagem sociocultural.

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Feedback e Reforço: Utilize-se o feedback construtivo e o reforço positivo para motivar e
direccionar o aprendizado dos alunos, alinhado ao behaviorismo. Marsh, C. (2019).

1.1 Espaço de trabalho pedagógico

O espaço de trabalho pedagógico refere-se ao ambiente físico e emocional onde o ensino e a


aprendizagem ocorrem. Este espaço deve ser organizado de forma a estimular a
aprendizagem, ambientes acolhedores e bem estruturados facilitam a concentração e o
envolvimento dos alunos. Marsh, C. (2019).

Para promover a interacção deve haver áreas que favoreçam o trabalho em grupo, permitindo
que os alunos colaborem entre si. O espaço deve ser adaptável às diferentes metodologias de
ensino, podendo mudar conforme as necessidades do grupo ou da actividade planejada.

Estudos mostram que o ambiente físico pode influenciar directamente a motivação dos alunos
e, consequentemente, seu desempenho.

Os espaços de trabalho pedagógico são ambientes físicos ou virtuais que visam promover a
aprendizagem, a criatividade e a colaboração entre os estudantes. Meyer, L. A., & Turner, J.
C. (2017).

O espaço físico da escola é um espaço pedagógico que deve ser bem organizado e
acolhedor para fornecer o aprendizado. A estrutura física, a manutenção e a segurança da
escola revelam muito sobre a vida que se desenvolve.

O ambiente pedagógico é um elemento constitutivo da prática educacional que deve ser


construído permanentemente Meyer, L. A., & Turner, J. C. (2017).

Alguns elementos que podem ser considerados na organização do trabalho pedagógico


são:
 Apresentação dos resultados do ano anterior.
 Definição da carga horária de cada disciplina.
 Organização da sala e das matérias.
 Divulgação das metas e objectivos da escola.
 Divisão das turmas.
 Criação de planos de acção.

1.1.2 Os intervenientes no PEA (Processo de Ensino e Aprendizagem)

O processo de ensino e aprendizagem é um processo amplo que visa o desenvolvimento


integral do individuo, englobando habilidades cognitivas, sócias e emocionais. O ensino
refere-se a acção do professor em transmitir conhecimento, facilitar o aprendizado e orientar
os alunos em seu percurso educacional.

Sendo neste caso um sistema complexo no qual os alunos assimilam, processam e aplicam
informações e habilidades, envolvendo não apenas a memorização mas também a

5
compreensão e aplicação do conhecimento, os intervenientes no processo de ensino e
aprendizagem são todos os agentes que influenciam ou participam desse processo. Cada um
tem um papel crucial e contribui para o sucesso educacional. Meyer, L. A., & Turner, J. C.
(2017).

Professor: O professor é o mediador do conhecimento e seu papel vai além de transmitir


conteúdo. Ele deve planejar e adaptar suas aulas, utilizando diferentes estratégias de ensino
para atender às necessidades de cada aluno. É fundamental que o professor seja um
motivador, encorajando os alunos a desenvolverem sua curiosidade e criatividade. Esta
realidade é buscada em dia-a-dia do corpo docente da escola do Magistério COR-MARIE do
Uíge.

Alunos: Os alunos são os protagonistas do processo de aprendizagem. Cada um traz consigo


suas experiências, habilidades e estilos de aprendizagem. Reconhecer e respeitar as
individualidades é essencial para uma prática pedagógica efectiva. O engajamento dos alunos
é maior quando se sentem parte activa do processo educativo.

Família: A participação da família é vital para o sucesso escolar. Os pais e responsáveis


devem ser envoltos no processo educativo, criando um vínculo entre a escola e o lar. Isso
pode ser feito através de reuniões, eventos escolares e comunicação constante entre
professores e famílias.

Comunidade: A interação com a comunidade enriquecendo o processo educativo,


conectando os alunos com realidades e experiências externas. Projectos que envolvem a
comunidade ajudam os alunos a compreenderem seu papel social e a aplicarem o que
aprendem na prática. Meyer, L. A., & Turner, J. C. (2017).

1.1.3 Relação interpessoal no PEA (Processo de Ensino e Aprendizagem)

A relação interpessoal no processo de ensino e aprendizagem (PEA) pode envolver o estudo


de comportamento e atitudes relacionados a um tema, a comunicação e o processo de
aprendizagem.

O relacionamento interpessoal é o processo de conhecer, interagir e criar laços com outras


pessoas. Pode acontecer em diferentes contextos, como o familiar, escolar, de trabalho ou de
comunidade. Meyer, L. A., & Turner, J. C. (2017).

A relação interpessoal no ambiente escolar é um aspecto que merece destaque, pois influencia
diretamente o clima da sala de aula e a motivação dos alunos para aprender.

Relação Professor-Aluno: Essa relação deve ser baseada em respeito mútuo, empatia e
abertura para o diálogo. Professores que se mostram disponíveis e compreensivos tendem a
criar laços mais fortes com seus alunos, o que pode resultar em um ambiente de aprendizagem
mais saudável e produtivo.

Interação entre Alunos: A colaboração e o trabalho em equipa são fundamentais para o


desenvolvimento de habilidades sociais. Ao promover actividades colaborativas, o professor

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pode criar um clima de amizade e respeito entre os alunos, ajudando-os a aprender a lidar com
diferenças e a trabalhar em conjunto.

Comunicação Efectiva: A comunicação clara e respeitosa entre todos os intervenientes é a


chave para a resolução de conflitos. Uma relação interpessoal saudável promove a confiança e
o desejo de aprender, assim como uma atitude positiva em relação à escola e ao processo
educativo. Meyer, L. A., & Turner, J. C. (2017).

No PEA, a relação interpessoal pode ser abordada ainda na forma como; Identificar e analisar
o comportamento e as atitudes associados ao tema.

Aprender sobre a comunicação na óptica da própria profissão e de outras áreas.

 Avaliar o processo pessoal de aprendizagem.


 Criar roteiros e dramatizarem a situações.
 Discutir em grupo.

Para desenvolver um bom relacionamento interpessoal, é importante ter empatia,


autoconhecimento, assertividade, cordialidade e ética.

1.1.3 Gestão da sala de aula

A gestão da sala de aula é um aspecto fundamental do processo educacional, e envolve uma


série de práticas e conhecimentos que visam criar um ambiente de aprendizado positivo e
eficaz. De uma forma didáctica e científica, a gestão da sala de aula refere-se a um conjunto
de estratégias e práticas que o professor utiliza para organizar e dirigir o ambiente de
aprendizagem, promovendo um clima favorável para que todos os alunos possam participar de
forma activa e produtiva. A importância da gestão da sala de aula é que ela busca introduzir
os seguintes elementos:

Ambiente Positivo: Um bom gerenciamento contribui para a criação de um ambiente seguro


e acolhedor, onde os alunos se sentem confortáveis para expressar suas opiniões e cometer
erros.

Engajamento dos Alunos: Quando a sala de aula é bem gerida, os alunos tendem a se
engajar mais nas actividades, o que facilita o aprendizado.

Minimização de Comportamentos Disruptivos: Uma gestão eficaz ajuda a prevenir


comportamentos indesejados e a manter a ordem, permitindo que a aula aconteça de forma
fluida.

Ainda existem os elementos que possam se referir a práticas de Gestão da Sala de Aula tais
como:

Planejamento: Um dos pilares da gestão é o planejamento das aulas, que inclui a definição
de objectivos claros, estratégias de ensino e actividades que estimulem o aprendizado.

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Estabelecimento de Regras: Definir e comunicar claramente as regras da sala de aula ajuda a
criar um ambiente de respeito e responsabilidade. As regras devem ser discutidas e acordadas
com os alunos, promovendo um senso de pertencimento.

Rotinas e Procedimentos: Estabelecer rotinas regulares ajuda a criar previsibilidade e


segurança. Isso pode incluir o gerenciamento de como os alunos devem entrar e sair da sala,
participar de actividades, ou pedir ajuda.

Relacionamento Interpessoal: Uma boa relação entre o professor e os alunos é crucial. O


professor deve estar atento às necessidades e sentimentos dos alunos, tanto individualmente
quanto em grupo.

Feedback Consistente: Fornecer feedback construtivo e oportuno aos alunos é essencial para
ajudá-los a entender seu progresso e a melhorar.

Nas perspectivas científicas, a gestão da sala de aula é influenciada por várias teorias
educacionais, como o construtivismo, que valoriza a participação activa dos alunos e os
incentivos a se tornarem protagonistas em seu aprendizado. Psicologia do Comportamento
onde o conhecimento sobre as motivações e comportamentos dos alunos pode ajudar os
professores a aplicar estratégias que sejam mais efectivas. Por exemplo, a teoria da motivação
de Maslow nos apresenta a importância de atender às necessidades básicas dos alunos antes
de que se sintam motivados a aprender.

Ambientes de Aprendizagem demostram em pedagogia e psicologia educacional enfatizando


a importância do ambiente físico, o que inclui a disposição das carteiras, a iluminação e a
decoração da sala, que podem influenciar o estado emocional e o desempenho dos alunos.

É importante reconhecer que a gestão da sala de aula pode apresentar desafios, como a
diversidade de níveis de habilidade dos alunos, as diferentes personalidades e
comportamentos, e até mesmo questões externas que podem afectar o clima escolar sobre
tudo quanto ao acompanhamento que se faz na escola do Magistério COR MARIE DO UÍGE,
portanto, desenvolver habilidades de gestão e adaptação às necessidades dos alunos é uma
parte contínua do processo de ensino.

A gestão da sala de aulas é o conjunto de acções que os professores realizam para que os
alunos aprendam, comportarem e se sintam seguros. A gestão da sala de aula visa:

 Melhorar o ambiente de aprendizagem.


 Desenvolver competências cognitivas, práticas e sócio emocionais.

Para gerir a sala de aulas os professores precisam de:

 Conhecer os alunos, as suas dificuldades, facilidades, habilidades e talentos.


 Ter competências e habilidades para executar bem as suas funções.
 Ter formação continuada.

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 Ter apoio do coordenador e outros integrantes da equipe de pedagogia.

Algumas estratégias de gestão de sala de aulas muito usado pelo corpo docente da
escola do Magistério COR MARIE DO UÍGE são:
 Manter o contacto visual com a turma.
 Fazer diagnósticos para avaliar o nível de conhecimento dos alunos.
 Permitir que os alunos mostrem os seus talentos.
 Criar costumes e tradições quotidianas.
 Educar os alunos sobre a gestão de tempo e do cansaço digital.
Aulas.

1.1.4 Aulas

A aula é uma unidade básica do processo de ensino e aprendizagem, onde um professor (ou
Docente) apresenta conteúdos e actividades para um grupo de alunos. O objectivo da aula é
promover o aprendizado de conceitos, habilidades e atitudes por meio de métodos variados.
Marsh, C. (2019).

Tipos de Aulas

Existem várias formas de classificar as aulas, mas uma classificação comum envolve as
seguintes categorias:

Aulas Teóricas: Nestas aulas, o foco está na transmissão de conhecimentos, conceitos e


teorias. Geralmente, o professor faz uma exposição oral ou utiliza recursos visuais (como
slides) para explicar o conteúdo. Marsh, C. (2019).

Exemplo: Uma aula sobre a reconciliação nacional em Educação Moral e Cívica, onde o
professor explica as causas e benefícios desse evento histórico.

Aulas Práticas: Envolvem actividades que permitem aos alunos aplicar o que aprenderam,
experimentando, manipulando ou criando. Essas aulas são essenciais em disciplinas como
Ciências, Artes e Educação Física.

Exemplo: Na aula de Ciências ministradas na escola do magistério COR MARIE DO UÍGE,


os alunos realizam uma experiência de laboratório para observar diversas reacções sejam elas
químicas ou outras. Marsh, C. (2019).

Aulas Expositivas: O professor apresenta um tema de forma estruturada, com uso de recursos
audiovisuais e interações pontuais com os alunos.

Exemplo: Uma aula sobre a Educação Moral e Cívica, onde o professor explica os processos
com slides e vídeos.

Aulas Interactivas: O foco é a participação activa dos alunos, que são incentivados a fazer
perguntas, debater e compartilhar suas opiniões. Isso pode incluir discussões em grupos ou
actividades colaborativas.

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Exemplo: Uma aula sobre EMC com o tema como eu em vejo, onde os alunos discutem suas
experiências e propõem soluções para melhor das suas personalidades na sociedade.

Aulas Invertidas: Os alunos estudam o conteúdo em casa (por meio de vídeos, textos ou
materiais online) e a aula é utilizada para tirar dúvidas, realizar discussões e aprofundar o
conhecimento. Este tipo é menos usado na escola do Magistério COR MARIE DO UÍGE.

Exemplo: Os alunos assistem a um vídeo sobre a democracia em casa e, na aula, discutem os


pontos principais e fazem actividades relacionadas. Marsh, C. (2019).

Aspectos Importantes das Aulas

Planejamento: Um bom planejamento é essencial para o sucesso de uma aula. Isso inclui
definir objectivos claros, escolher os métodos de ensino apropriados e preparar materiais e
recursos necessários.

Metodologia de Ensino: A escolha da metodologia (ou métodos de ensino) é fundamental. O


professor pode optar por uma abordagem mais tradicional ou adoptar métodos mais
inovadores, como aprendizagem baseada em projectos, discussões em grupo ou uso de
tecnologia.

Avaliação: A avaliação é um aspecto central do processo de ensino. Ela pode ser formativa
(por meio de observações e feedback contínuo durante a aula) ou somativa (como provas e
trabalhos). O objectivo é entender o que os alunos aprenderam e como melhorar o ensino.

Adaptação: É importante que os professores estejam preparados para adaptar suas aulas às
necessidades dos alunos, levando em consideração diferentes estilos de aprendizagem, ritmos
e interesses.

Clima da Aula: Criar um ambiente acolhedor e respeitoso é essencial para o aprendizado.


Um clima positivo incentiva a participação e o envolvimento dos alunos.

Inovação nas Aulas: As inovações tecnológicas têm trazido novas possibilidades para as
aulas. O uso de plataformas online, aplicativos educacionais, realidade aumentada e recursos
digitais está transformando a forma como o ensino é conduzido, permitindo uma maior
interactividades e engajamento dos alunos.

Existem vários tipos de aulas, como a expositiva, a dialógica, a pratica, a magistral, o


seminário e o colóquio, cada uma delas tem as suas características próprias, como o grau de
participação dos alunos e o nível de profundidade da abordagem.

2. Aula expositiva: pode ser clássica, dialógica, demostrativa ou magistral.


3. Aulas dialógicas: O professor expõe o conteúdo e os alunos participam
activamente.
4. Aulas práticas: o aluno experimenta e alia a teoria e a prática, o que contribui
para o desenvolvimento da pesquisa e da problematização.
5. Aula magistral: é um tipo de aula expositiva.

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Cada tipo de aula tem o seu objectivo especifica para estimular a
aprendizagem dos alunos.

Planificação de aulas

A planificação de aula é um roteiro que descreve o que será ensinado, como quando será
avaliado. É um instrumento de trabalho do professor que visa melhor o aprendizado dos
alunos.

Para planificar aula o professor precisa escolher um tema para cada aula, definir os objectivos
da aprendizagem, escolher o conteúdo a ser abordado, definir a metodologia de ensino,
escolher recursos didácticos, definir a avaliação, considerar as possíveis dificuldades e
planejar as catividades. Marsh, C. (2019).

O plano de aulas deve ser flexível e adaptado as características e necessidade dos alunos.

Alguns elementos que devem compor um plano de aulas são: Clareza, Objectividade,
Actualização periódica, conhecimento dos recursos, disponíveis de escola, Articulação entre
teoria e prática e a utilização da metodologia.

Planificação de aulas curtas, longo e médio prazo

A planificação é uma ferramenta que ajuda a definir os objectivos, conteúdos, metodologia e


formas de avaliar uma disciplina.

Planificação de curto prazo

Envolve planos de uma unidade que pode ser realizada em até um ano.

Os objectivos são mais específicos do que na planificação.

Planificação de médio prazo

Envolve planos de uma unidade de ensino ou de um período de aulas.

Os objectivos são mais específicos do que na planificação ao longo prazo.

Planificação ao longo prazo

Envolve um esboço geral de como cumprir as principais metas curricular do ano lectivo.

Para fazer uma planificação de aulas ao longo prazo, é possível sugerir os seguintes passos:
Definir a visão do futuro, criar um plano de acção, analisar os dados, planejar o calendário,
planejar o tempo, escolher o tema para cada aula, considerar as possíveis dificuldades,
escolher os recursos didácticos, o objectivo do plano de aulas e definir metas.

2. Avaliação

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Avaliações são ferramentas que nós, educadores, usamos para medir o aprendizado dos
alunos, entender como eles estão se saindo em relação aos conteúdos e também para ajudá-los
a melhorar. Existem diferentes tipos de avaliações, e cada uma tem seu propósito específico.

2.1 Tipos e momentos de avaliações

Avaliação Diagnóstica: Essa avaliação acontece no início de um período lectivo ou antes de


um novo conteúdo ser apresentado. O objectivo principal é identificar o que os alunos já
sabem sobre um determinado assunto e quais são suas dificuldades. Isso ajuda os professores
a planejar aulas mais adequadas às necessidades dos alunos. É como um “diagnóstico” de
saúde, onde você descobre onde estão os pontos fortes e fracos. Marsh, C. (2019).

Avaliação Formativa: A avaliação formativa acontece ao longo do processo de


aprendizagem. Ela é utilizada para monitorar o progresso dos alunos e fornecer feedback
contínuo. Isso significa que, durante as actividades, os professores podem fazer perguntas,
realizar quizzes ou até actividades em grupo para ver como os alunos estão assimilando o
conteúdo. O importante aqui é que o foco é no aprendizado e na reflexão, não apenas na nota
final.

Avaliação Somativa: Essa avaliação é normalmente realizada ao final de um período de


ensino, como um bimestre ou um semestre. O objectivo é avaliar o conhecimento que os
alunos adquiriram durante aquele tempo. Os exemplos mais comuns são provas, exames e
trabalhos finais. Aqui, as notas são mais formalizadas e têm um peso maior na avaliação do
desempenho do aluno.

Avaliação Autêntica: Essa forma de avaliação foca em medir o conhecimento dos alunos em
situações reais ou próximas à realidade deles. Em vez de simplesmente aplicar uma prova
tradicional, os alunos podem ser convidados a realizar projectos, apresentações ou resolver
problemas práticos que podem ser encontrados no dia-a-dia. Assim, eles demonstram não
apenas o que aprenderam, mas também como podem aplicar esse conhecimento na prática.

Auto-avaliação: Esse tipo de avaliação permite que os alunos reflictam sobre seu próprio
aprendizado. Eles podem considerar seus pontos fortes e fracos, o que entenderam bem e o
que ainda precisam melhorar. A auto-avaliação é uma maneira excelente de desenvolver a
autonomia e a responsabilidade no aprendizado.

Avaliação entre Pares: Aqui, os alunos avaliam o trabalho uns dos outros. Isso pode ocorrer
em actividades em grupo ou projectos. Além de ajudar na compreensão do conteúdo ao
discutir com os colegas, essa avaliação promove a colaboração e a troca de feedback entre
eles.

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BIBLIOGRAFIA

Saviani, D. (2010), Pedagogia Histórico-Crítica

Marsh, C. (2019). Teaching: Models, Strategies, and Techniques. Oxford: Routledge.

Tardif, M. (2002). Os Conhecimentos Docentes

Nóvoa, A. (1995). Os Professores e a sua Formação. Lisboa: Editora Dom Quixote.

Evertson, C. M., & Weinstein, C. S. (2013). Handbook of Classroom Management. New


York: Routledge.

Simonsen, B., Fairbanks, S., Briesch, A., Myers, D., & Sugai, G. (2010). Evidence-Based
Practices in Classroom Management: Considerations for Research to Practice. Education and
Treatment of Children, 33(2), 275-298.

Meyer, L. A., & Turner, J. C. (2017). Creating Classroom Management Plans that Work: A
Guide for Educators. New York: Holt McDougal.

Weinstein, C. S., & Mignano, A. J. (2013). Elementary Classroom Management: A Home-


School Connection. New York: McGraw-Hill.

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