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Resumo Soja

O documento aborda a botânica e ecofisiologia da soja, detalhando o sistema radicular, tipos de folhas, flores e estágios de desenvolvimento, além de discutir os efeitos da água e temperatura nas fases de germinação, vegetativa, floração e enchimento de grãos. Também são apresentadas exigências climáticas, incluindo hídricas e térmicas, e práticas de implantação da cultura, como cuidados na semeadura e escolha de cultivares. A fertilidade do solo é destacada como fundamental para o potencial produtivo da soja, enfatizando a importância da amostragem e manejo adequado.
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Resumo Soja

O documento aborda a botânica e ecofisiologia da soja, detalhando o sistema radicular, tipos de folhas, flores e estágios de desenvolvimento, além de discutir os efeitos da água e temperatura nas fases de germinação, vegetativa, floração e enchimento de grãos. Também são apresentadas exigências climáticas, incluindo hídricas e térmicas, e práticas de implantação da cultura, como cuidados na semeadura e escolha de cultivares. A fertilidade do solo é destacada como fundamental para o potencial produtivo da soja, enfatizando a importância da amostragem e manejo adequado.
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BOTÂNICA

Sistema radicular pivotante.

Caule herbáceo a sub lenhoso. O hipocótilo inicia seu desenvolvimento elevando os cotilédones
acima da superfície do solo. As folhas cotiledonares são de reserva. Depois de abertas as folhas
cotiledonares, ocorre o desenvolvimento do epicótilo.

Folhas: apresenta três tipos de folhas, sendo elas: cotiledonares (2 folhas), unifolioladas (2
folhas) e trifolioladas.

Flores: apresenta cleistogamia (polinização antes da abertura).

ECOFISIOLOGIA

VE: emergência. Cotilédones acima da superfície do solo.

VC: cotilédones expandidos, com as folhas unifolioladas abertas de tal modo que os bordos
dessas folhas não estejam se tocando.

V1: primeiro nó. Folhas unifolioladas expandidas com a primeira folha trifoliolada aberta de tal
modo que os bordos de cada folíolo não estejam se tocando.

V2: segundo nó. Primeiro trifólio expandido e a segunda folha trifoliolada aberta.

V3: terceiro nó. Segundo trifólio expandido e a terceira folha trifoliolada aberta, de tal modo
que os bordos de cada folíolo não estejam se tocando. *do V3 ao R1 é a fase de indução, sendo
os danos maiores em decorrência de adversidades climáticas.

Vn: enésimo nó com trifólio aberto, antes da floração.

R1: início da floração, com até 50% das plantas com uma flor.

R2: floração plena. Maioria dos racemos com flores abertas.

R3: final da floração. Vagens com até 1,5cm.

R4: maioria das vagens do terço superior com 2 a 4 cm.

R5.1: grãos perceptíveis ao tato a 10% da granação. *adversidade climática – massa de mil
grãos.

R5.2: maioria das vagens com granação de 11 a 25%

R5.3: maioria das vagens entre 26 e 50% de granação

R5.4: maioria das vagens entre 51 a 75% de granação

R5.5: maioria das vagens entre 76 a 100% de granação

R6: vagens com 100% de granação e folhas verdes. *último estádio que aplica fungicida.

R7.1: início a 50% de amarelecimento das folhas e vagens


R7.2: entre 51 e 75% de folhas e vagens amarelas. *ponto para aplicação de dessecante

R7.3: mais de 76% de folhas e vagens amarelas.

R8.1: início a 50% de desfolha.

R8.2: mais de 51% de desfolha à pré-colheita

R9: ponto de maturação de colheita.

Efeitos da água e temperatura na germinação

*a germinação inicia quando há 40 a 50% de umidade.

*a temperatura deve estar em torno de 20ºC a 25ºC para uma boa germinação. A germinação e a
emergência são muito afetadas pela temperatura e umidade. Temperaturas extremas vão causar
redução na velocidade de germinação, ou até mesmo fazer com que as plantas não germinem,
quando em condições extremas (maior que 40ºC e menor que 15ºC).

*não há efeito da falta de luz nessa fase

Efeitos da água e temperatura na fase vegetativa

*a soja não é das plantas mais sensíveis à falta de água. É interessante um período de estiagem
no início do desenvolvimento, levando a planta a explorar uma maior área do solo. É favorável,
mesmo com consequente redução no crescimento da parte aérea, desde que não muito severa. *a
soja, para expressar toda sua capacidade produtiva, deve ter uma raiz de 1 a 1,20m de
profundidade. Por isso deve-se evitar compactação, acidez, etc.

**durante a fase vegetativa, a inundação, quando persiste por um longo período, é prejudicial,
causando epinastia, menor permeabilidade das raízes, clorose e abscisão foliar, menor
crescimento, hipertrofia do caule, formação de raízes adventícias (produção de aerênquima),
e morte de raízes. Se ocorrer no período vegetativo e durar em torno de 9 dias, não afeta a
produção. Se ocorrer no período reprodutivo o prejuízo é muito grande, levando a plantas a
ficarem amareladas devido à baixa disponibilidade de N.

*se ocorrer estresse na fase vegetativa, retarda essa e apressa a fase reprodutiva.

TºC ótima entre 25 a 28ºC. *T C altas durante a noite levam a maior respiração e perda do
carbono sequestrado durante o dia.

Efeitos da água e temperatura no florescimento

*a fase de início do florescimento é a que mais demanda água, pois do R1 ao R5 é onde há a


máxima área foliar (7,4 mm de evapotranspiração diária). Se ocorrer estresse apressa essa fase.

O estresse hídrico nessa fase aumenta a síntese de etileno, levando a uma maior queda de flores,
com consequente redução na produção.

*é a fase em que a soja é mais sensível a qualquer tipo de estresse de TºC. A temperatura ótima
para pegamento de vagens está em torno de 30ºC durante o dia e 20ºC durante a noite.
*T C altas durante a noite levam a maior respiração e perda do carbono sequestrado durante o
dia.

*nesta fase é muito sensível a baixa luminosidade. Sempre que há imposição de sombra a
fotossíntese é reduzida, e há reflexos na produtividade, sendo a fase de enchimento de grãos a
mais sensível.

Efeitos da água e temperatura no desenvolvimento de grãos

*é a fase mais sensível da planta em relação aos fatores ambientais.

*no R5 adversidade climática afeta massa de mil grãos.

*no início do florescimento é ocorre a maior evapotranspiração, porém do R3 ao R7.1 é a fase


mais crítica para a produtividade, devendo chover do R1 ao R2.

*a TºC ótima para o enchimento de grãos está entre 17 e 21ºC. Temperaturas acima de 25ºC na
maturação leva a perda de vigor de sementes.

*luminosidade baixa leva a redução no peso de 1000 sementes (grãos menores). O ideal são dias
claros, TºC amenas e redução de água.

*adversidade climática no estádio R5 afeta diretamente a massa de mil grãos.

EXIGÊNCIAS CLIMÁTICAS

Exigências hídricas

A água é mais importante em dois períodos: germinação-emergência e floração-enchimento de


grãos. Durante a germinação-emergência o déficit é prejudicial a uma boa uniformidade na
população de plantas. Deve haver nessa fase entre 50 e 85% do máximo de água disponível.

A necessidade de água na cultura da soja vai aumentando com o desenvolvimento da planta,


atingindo o máximo durante a floração-enchimento de grãos (R1 a R5: 7 a 8 mm/dia),
decrescendo após esse período. Déficits hídricos expressivos, durante a floração e o enchimento
de grãos, provocam alterações fisiológicas na planta, como o fechamento estomático e o
enrolamento de folhas e, como consequência, causam queda prematura de folhas e de flores
e abortamento de vagens (aumenta a síntese de etileno) resultando, por fim, em redução do
rendimento de grãos.

A necessidade total de água na cultura da soja, para obtenção do máximo rendimento, varia
entre 450 a 800 mm/ciclo. Deve-se utilizar cultivares adaptadas à região de implantação da
cultura, realizando a semeadura em época adequada e com adequada umidade em todo o perfil
do solo, e adotar práticas que favoreçam o armazenamento de água pelo solo.

*no início do desenvolvimento, se ocorrer um período de estiagem, é interessante para o


desenvolvimento das raízes em profundidade, levando a planta a explorar uma maior área do
solo. É favorável, mesmo com consequente redução no crescimento da parte aérea, desde que
não muito severa. *a soja, para expressar toda sua capacidade produtiva, deve ter uma raiz a 1 a
1,20m de profundidade. Por isso deve-se evitar compactação, acidez, etc.
*estresse hídrico: a soja, durante o desenvolvimento vegetativo, consegue manter uma
capacidade fotossintética maior em comparação ao milho.

*a inundação, quando persiste por um longo período, é prejudicial, causando epinastia,


produção de aerênquima, etc. Se ocorrer no período vegetativo e durar em torno de 9 dias, não
afeta a produção. Se ocorrer no período reprodutivo o prejuízo é muito grande, levando a
plantas amareladas devido a baixa disponibilidade de N.

*o estresse, se ocorrer na fase vegetativa, retarda esta e apressa a reprodutiva.

Exigências térmicas e fotoperiódicas

A soja melhor se adapta a temperaturas entre 20 oC e 30oC, sendo a temperatura ideal em torno
de 30oC.

Temperaturas inferiores a 20ºC causam redução na germinação, devendo a temperatura do solo


estar em torno de 25ºC. Em temperaturas inferiores a 10ºC o crescimento da planta é quase
nulo. Temperaturas superiores a 40ºC causam distúrbios na floração e diminuem a capacidade
de retenção de vagens.

A floração da soja somente é induzida quando ocorrem temperaturas acima de 13 oC, ocorrendo
a floração precoce, principalmente, em decorrência de temperaturas mais altas, podendo
acarretar diminuição na altura de planta. Esse problema pode se agravar se, paralelamente,
houver insuficiência hídrica e/ou fotoperiódica durante a fase de crescimento.

A maturação pode ser acelerada pela ocorrência de altas temperaturas. Quando vêm associadas a
períodos de alta umidade, as altas temperaturas contribuem para diminuir a qualidade da
semente e, quando associadas a condições de baixa umidade, predispõem a semente a danos
mecânicos durante a colheita. Temperaturas baixas na fase da colheita, associadas a período
chuvoso ou de alta umidade, podem provocar atraso na data de colheita, bem como haste verde
e retenção foliar.

*temperaturas altas a noite fazem com que a planta respire mais, levando a perca do carbono
sequestrado durante o dia. É interessante que os dias e as noites sejam mais frescos, por isso é
favorável o cultivo em regiões de altitude.

A soja é considerada planta de dia curto.

*o sombreamento (dias nublados) pode reduzir até 17% da produtividade, sendo a fase crítica
no enchimento de grãos.

**adversidade climática em V3 a R1 (fase de indução) leva a grandes danos.

**Adversidade climática em R5 afeta diretamente a massa de mil grãos.

IMPLANTAÇÃO DA CULTURA

*deve-se conhecer as características genéticas de cada solo para adotar o manejo mais
ecologicamente correto.
Sistema convencional: não existe controle eficiente da erosão, há elevada lixiviação de
nutrientes, há oscilações elevadas de temperatura, e não há retenção, a longo prazo, de água.

Sistema de semeadura direta: há formação de cobertura do solo com palhada, havendo


eficiente controle da erosão. Ocorrem boas condições físicas de solo, pouca lixiviação de
nutrientes, retenção de umidade a longo prazo, e estabilidade da Tº do solo.

Umidade e temperatura do solo

Cuidados na semeadura:

- Tipo de dosador da semente: disco horizontal e sistema pneumático.

*no sistema pneumático a densidade de plantas é muito mais precisa. No disco horizontal, em
função da desuniformidade de sementes, ocorre deficiência na densidade, ocasionando redução
de 5 a 8% na produtividade. *discos horizontais com ranhuras seriam uma alternativa para
proporcionar maior produtividade.

- Limitador de profundidade: buscar equipamentos que se adaptem ao micro relevo do


terreno.

- Compactador de sulco: importante para facilitar o contato com a água.

Espaçamento: 0,45 ou 0,50m.

*em função da característica da soja de produzir ramificações secundárias, não ocorre grande
influência do espaçamento.

Velocidade de semeadura: 4 a 6 km/h.

Época de semeadura: deve respeitar o zoneamento agrícola, que vai de 15 de outubro a 15 de


dezembro (atualmente começa em 1º de outubro). A melhor época vai da segunda quinzena de
outubro ao início da segunda quinzena de novembro.

*o maior problema de plantar no início do zoneamento é a dificuldade de germinação devido às


baixas temperaturas.

*Semeaduras antecipadas para início de outubro, garantem boa disponibilidade de umidade no


período reprodutivo das plantas, mas, geralmente, produzem plantas com porte muito baixo.
*Semeaduras após meados de dezembro expõem as plantas a maiores riscos de perdas
provocadas por percevejos, por ferrugem e por deficiência hídrica no solo, além da redução do
porte das plantas e da duração de ciclo.

*os materiais superprecoces, precoces e semi-precoces são os mais utilizados, principalmente


em função do cultivo de milho safrinha.

*materiais precoces são mais sensíveis ao fotoperíodo.


*materiais mais precoces estão menos sujeitos a surtos de ferrugem. Materiais mais tardios
sofrem mais com a pressão do patógeno, apesar de, fisiologicamente, terem condições de
produzir mais.

Profundidade: argilosos 2 a 4 cm e arenosos 3 a 6 cm. *no solo arenoso realiza a semeadura


mais profunda para evitar que uma pequena quantidade de água inicie a germinação e ocorra
posterior redução no stand devido a não haver umidade suficiente.

Densidade: a população ideal é de 10 a 14 sementes/m. A soja muito adensada favorece


proliferação de doenças. Quando a população estiver abaixo de 6 plts/m recomenda-se fazer o
replantio.

*as perdas devido à desuniformidade podem ser equivalentes ao lucro do agricultor.

*em regiões de clima temperado, onde há uma densa palhada sobre o solo, permitindo uma boa
disponibilidade de água no decorrer do ciclo, as plantas crescem mais e estão mais sujeitas ao
acamamento, recomendando uma população menor que 300 mil plts/ha. Em regiões mais
quentes, onde a soja apresenta limitações de altura, recomenda-se uma população em torno de
400 mil plts/ha, para permitir um bom fechamento do dossel da cultura.

CULTIVARES

Deve-se levar em conta, no momento da escolha de cultivares, a necessidade de escalonamento


com diferentes genótipos.

Deve fazer diagnóstico da área, levantando a presença de doenças que ocorrem historicamente
na área, fertilidade do solo, plantas anteriores, etc.

Levar em consideração, também, a expectativa de produção, a altitude, época de semeadura,


distribuição horizontal, frota de máquinas e equipamentos (escalonamento de plantio e colheita),
interação entre cultivares (adubação e época de semeadura)

*deve basear a escolha no ensaio de cultivares.

*os materiais tardios são recomendados para semeadura no final do período, pois são menos
sensíveis ao fotoperíodo.

FERTILIDADE DO SOLO: CALAGEM, GESSAGEM E ADUBAÇÃO

A amostragem de solo é o alicerce para todas as operações seguintes. É a fase mais crítica em
um sistema de recomendação de adubação e corretivos de acidez.

O manejo adequado da fertilidade pode proporcionar as devidas condições para a cultura da soja
expressar todo seu potencial produtivo. Se o solo estiver mal nutrido as demais práticas culturais
não terão grande influência na produtividade, e a planta não poderá expressar todo seu potencial
produtivo.

As amostras devem ser representativas, possibilitando avaliar a real situação da fertilidade do


solo. Deve começar com criteriosa separação dos talhões.
*no sistema de semeadura direta deve-se cuidar com o gradiente criado pelas adubações. Há um
gradiente natural, porém o SSD acentua esse gradiente.

*no sistema convencional há o revolvimento do solo, misturando as diferentes camadas.

Amostragem: deve-se amostrar um ponto na linha, e dois em cada entrelinha.

Gessagem: para gessagem deve-se amostrar de 20-40cm

Quando: S estiver menor que 10 mg dm-3(0-10 cm); quando o teor de Ca estiver menor que 0,3
cmol dm-3; ou quando a saturação por Al estiver maior que 20% (20-40cm).

Quanto: recomendando 1/3 da necessidade de calagem ou baseado na CTC.

ADUBAÇÃO: utilizar a camada de 10-20 cm para recomendação, pois a concentração de P é


menor.

*as recomendações preconizam os cálculos e a recomendação pelos valores da camada


superficial, porém se na camada de 11-20 cm der diferença superior a 25%, esta deve ser
utilizada como base para os cálculos.

*não se recomenda a aplicação de N no plantio. A recomendação feita pelas empresas é apenas


uma forma de vender o insumo, não havendo viabilidade econômica.

Micronutrientes: a aplicação de micronutrientes deve ser feita com base na tabela de


recomendação. A reaplicação deve ser baseada na amostragem foliar.

Diagnose foliar: realizar a amostragem em R1, coletando 30 a 40 folhas por talhão. Coletar o
terceiro e quatro trifólio completamente expandido, contando a partir do ápice para a base. Não
coletar os pecíolos.

Sintomas de deficiência: quando for em folhas velhas é sintoma de nutrientes móveis (N, P, K e
Mg), e quando for em folhas novas é sintoma de nutrientes pouco móveis (Ca, S, B, Cu, Fe, Mn,
Zn).

*a adubação com micronutrientes pode ser feita via foliar, juntamente com inseticida/fungicida,
porém antes de R6.

TRATAMENTO DE SEMENTES

No tratamento de sementes deve utilizar um volume de 300 a 400 mL para cada 100 kg de
sementes. O excesso de líquido pode causar danos à semente, soltando o tegumento e
prejudicando a germinação. Deve jogar uniformemente no misturador, para que toda a massa de
sementes seja inoculada.

*não é recomendada a aplicação de fungicida juntamente com o inoculante, pois pode reduzir a
eficiência da FBN, principalmente no primeiro ano de inoculação. Nesse caso pode não fazer
aplicação de fungicida na semente, desde que a área esteja livre de doenças, a semente seja
certificada, e as condições climáticas sejam favoráveis para uma rápida germinação e
crescimento.

MANEJO DE PLANTAS DANINHAS

Deve-se conhecer as plantas daninhas presentes na área, através do levantamento


fitossociológico. *Este deve ser feito antes da semeadura e antes do PAI.

*as plantas daninhas podem reduzir a produtividade em 40 a 80%.

Deve-se ter conhecimento dos períodos de convivência

PAI – VE A V2

PCPI – V3 A V5

PTPI – VE A V5

*O controle deve ser realizado no PCPI, deixando a cultura no limpo.

Deve-se fazer o manejo integrado dos métodos de controle

Fazer rotação dos mecanismos de ação.

*Com o intuito de evitar a seleção de espécies tolerantes e resistentes ao glyphosate é


importante rotacionar soja convencional e transgênica (soja RR) e/ou herbicidas de diferentes
mecanismos de ação.

*controle de folhas largas: bentazon, chlorimuron e flumioxazin.

*controle de folhas estreitas: fenoxaprop, fluazifop, imazethapyr.

*manejo da entressafra: produtos a base de paraquat, paraquat + diuron, glyphosate, 2,4-D,


chlorimuron, carfentrazone ou a mistura formulada de glyphosate + imazethapyr. Esse manejo é
importante para eliminar espécies tolerantes ao Roundap.

CONTROLE DE DOENÇAS

*se até o R6 não houve nenhuma doença, não compensa aplicar fungicida, pois em R7 já entra
em maturação fisiológica.

*se ocorrer a doença e não aplicar fungicida, ocorre redução direta na massa de mil grãos.

Ferrugem asiática: se tornou uma das doenças mais importantes. Inicia sua infecção pelo terço
inferior da planta. Observa-se urédias na face abaxial da folha. Condições climáticas que
favorecem a cultura também favorecem a doença.

O monitoramento preventivo é peça chave para um controle eficiente. Deve-se realizar o


monitoramento o mais abrangente possível, com maior atenção para as primeiras semeaduras e
os locais com maior acúmulo de umidade. O monitoramento deve ser intensificado próximo á
floração. Para realizar o monitoramento, deve-se considerar que a doença se inicia pelas folhas
inferiores da planta, devendo o monitoramento sempre ser realizado a partir do terço inferior das
plantas. O número e a necessidade das reaplicações vão ser determinados pelo estádio inicial em
que for identificada a doença na lavoura, pelo residual dos produtos e pelas condições
climáticas.

*deve-se coletar as folhas do terço médio e inferior das plantas, e olhar contra a luz, procurando
pontuações escuras. No verso da folha, a presença de saliências semelhantes a pequenas feridas
ou bolhas, confirma a doença. Pode-se observar com lupa de 30x de aumento a presença de
urédias na face abaxial da folha. Em caso de dúvida fazer câmara úmida com um saco plástico e
algodão umedecido.

A ferrugem pode ser confundida com as lesões iniciais de mancha parda (Septoria glycines)
que forma um halo amarelo ao redor da lesão necrótica, que é angular e castanho-avermelhada.
Em ambos os casos, as folhas infectadas amarelam, secam e caem prematuramente. Outras
doenças com as quais a ferrugem pode ser confundida são o crestamento bacteriano
(Pseudomonas savastanoi pv. glycinea) e a pústula bacteriana (Xanthomonas axonopodis pv.
glycines). A diferenciação das doenças é feita através da observação das estruturas de
reprodução do fungo (urédias), no verso da folha. No caso da pústula bacteriana, há presença
de saliência, porém a mesma não apresenta abertura.

Controle: eliminar plantas voluntárias, semear cultivares precoces, evitar semeaduras em várias
épocas e cultivares tardias, semear a soja com densidade que permita bom arejamento foliar e
maior eficiência de penetração de fungicidas no dossel, monitorar a lavoura desde o início do
crescimento, controlar a doença com aplicação de fungicidas no início do aparecimento dos
sintomas ou preventivamente.

Controle a base de estrobirulinas, benzimidazóis e triazóis. Usar estrobirulina + triazóis, pois os


triazóis sozinhos apresentam baixa eficiência de controle.

*em doenças foliares se a doença aparecer deve utilizar tratamento curativo e preventivo
(monitorar a folha baixeira)

*doenças de caule deve priorizar cultivares tolerantes, pois o controle é mais difícil.

Podridão branca da haste: doença muito importante no cerrado. Tem apenas uma cultivar
tolerante (P98R31).

DFCs: mancha parda e crestamento foliar – fazer rotação de culturas.

MANEJO DE PRAGAS

Emergência – insetos como lagarta rosca, broca do colo.

Fase vegetativa – lagarta da soja, falsa medideira e broca das axilas.

Fase reprodutiva – percevejos


*manejo integrado de pragas: Conhecimento das pragas e inimigos naturais, amostragens
periódicas, conhecer os níveis de ação, uso de produtos seletivos, controle biológico, práticas
culturais, variedades resistentes.

Controle de percevejos: aplicação de inseticida na borda das lavouras no início da colonização,


mistura de sal com a metade da dose de inseticida recomendado, controle biológico aplicado.
Aplicar neonicotinóides, acefato (organofosforado), e liberar trissolcus basalis.

(inseticidas: tamaron, engeo pleno, ortene, connect).

*o nível de controle para percevejos é de 1 por metro ou 2 por pano de batida em campo de
semente, e 2 percevejos por metro ou 4 por pano de batida em campo de produção de grãos.

Lagartas desfolhadoras: Anticarsia gemmatalis (lagarta da soja) fica na parte superior e tem
quatro pares de pernas, enquanto Pseudoplusia includens (falsa medideira) fica no terço inferior
e deixa a folha rendilhada. Para controle usa bico tipo cônico com indução de ar.

Nível de controle: 20 lagartas grandes por metro linear, ou quando houver desfolha de 30% na
fase vegetativa, e de 15% na fase reprodutiva. *para controle de insetos de parte aérea utilizar
produtos biológicos, fisiológicos e neonicotinóides seletivos.

Controle: Para controle com Baculovírus, considerar como limites máximos 20 lagartas
pequenas (no fio) ou 15 lagartas pequenas e 5 lagartas grandes por 1m.

Dar preferência, sempre que possível, à utilização do Baculovirus, na dose de 20 g/ha de


lagartas mortas pelo próprio vírus (aproximadamente 50 lagartas/ha), maceradas em um pouco
de água, ou 20g/ha da formulação em pó molhável. Em situações nas quais a população de
lagartas grandes já tenha ultrapassado o limite para a aplicação de Baculovírus puro (mais que 5
lagartas grandes/m) e for inferior ao nível preconizado para o controle químico (20 lagartas
grandes/m), o Baculovírus pode ser utilizado em mistura com o inseticida profenofós ou com
endossulfam, na dose de 30 g i.a./ha e 35 g i.a./ha, respectivamente. (inseticidas: Dipel, dimilin,
match)

*mosca branca – teflubenzuron

COLHEITA

A colheita deve ser realizada no estádio R9, quando os grãos apresentam 14 a 15% de umidade.

*um perda de 60 kg/ha é tolerável. Mais do que isso deve ser realizada avaliação de perdas e
verificar onde está ocorrendo.

Velocidade de colheita: 6 a 10 km/h.

Dessecação: operação realizada apenas em área de produção de grãos. Deve ser realizada em
R7.2, quando há 75% da parte aérea amarelecida. Não aplicar antes de R7, pois é a fase em que
a soja começa a maturação.

Utilizar diquat, paraquat, diuron+paraquat ou glufosinato de amônio.


*não utilizar glyphosate para dessecação de campos de produção de sementes, pois vai reduzir
seu vigor e germinação, devido à não emissão das radículas secundárias.

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