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Trabalho Emilly Granato Gomes

O documento aborda as classes de antibióticos e suas funções na medicina veterinária, destacando a importância desses medicamentos no combate a infecções bacterianas e os mecanismos de resistência que as bactérias desenvolvem. São discutidas as principais classes de antibióticos, como aminoglicosídeos, sulfonamídeos e macrolídeos, além dos impactos do uso excessivo e a necessidade de políticas públicas para conscientização sobre o uso responsável. A conclusão enfatiza a urgência de reconsiderar a administração de antibióticos e a importância de uma fiscalização ética na prescrição desses medicamentos.

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Trabalho Emilly Granato Gomes

O documento aborda as classes de antibióticos e suas funções na medicina veterinária, destacando a importância desses medicamentos no combate a infecções bacterianas e os mecanismos de resistência que as bactérias desenvolvem. São discutidas as principais classes de antibióticos, como aminoglicosídeos, sulfonamídeos e macrolídeos, além dos impactos do uso excessivo e a necessidade de políticas públicas para conscientização sobre o uso responsável. A conclusão enfatiza a urgência de reconsiderar a administração de antibióticos e a importância de uma fiscalização ética na prescrição desses medicamentos.

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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS

MEDICINA VETERINÁRIA

EMILLY VICTORIA DA SILVA GRANATO GOMES

CLASSE DE ANTIBIÓTICOS E SUAS FUNÇÕES

ANÁPOLIS, 2025
Autor:EMILLY VICTORIA DA SILVA GRANATO
GOMES
Titulo:CLASSES DE ANTIBIÓTICOS E SUAS
FUNÇÕES
Curso: MEDICINA VETERINÁRIA
Professor: MURILO
Sumário

1.1 Introdução
2.1 Desenvolvimento
2.2 Principais classes de antibioticos
2.2.1 Aminoglicosídeos
2.2.2 Sulfonamídeos
2.2.3 Macrolídeos
2.2.4 Tetraciclina
2.2.5 Anfenicóis
2.2.6 Metronidazol
2.2.7 Rifamicina
2.2.8 Quinolonas
3.1Resistência bacteriana
4.1 Conclusão
5.1 Referência
1.1 INTRODUÇÃO

Os antibióticos é muito importante na farmacologia, são


medicamentos desenvolvidos para combater as bactérias
causadoras de inflamações e infecções. As bactérias criam um
mecanismo de resistência aos antimicrobianos.
Isto acontece no momento em que a bactéria desenvolve
diferentes mecanismos para intervir na ação do antibiótico, o que
pode ocorrer por mutação de DNA. Portanto, o uso excessivo de
antibióticos tem induzido a resistência antimicrobiana, que
sobrevivem ao tratamento, podendo se multiplicar,espalhar
doenças e, até mesmo, levar á morte.
O uso de antimicrobianos na Medicina Veterinária se dá no
tratamento de infecções, e para manter a qualidade do ambiente
do trato digestório de animais de produção.
2.1 Desenvolvimento

Os antibióticos são substâncias de origem natural ou sintética, que


inibem o crescimento de micro-organismos propiciando sua morte. A
descoberta deste fármaco, revolucionou a ciência, trazendo inúmeras
possibilidades e esperança para o tratamento de doenças causadas por
infecções. Entretanto, o tratamento com antibióticos e o mais utilizado e
sua função é o ataque direto do agente patogênico causador da doença, sem
ocasionar nenhum dano ou efeito colateral ao paciente. Os agentes
antimicrobianos podem ser divididos em aqueles obtidos de
microrganismos, chamados de antibióticos e os obtidos não naturalmente,
apresentando compostos químicos sintéticos e semissintéticos chamados
de quimioterápicos. A ação de um antibiótico é complexa, porque pode
varia de substância para substância atuando de forma diferente de um
microorganismo para o outro.
A principal ação do antibiótico é impossibilita a multiplicação do
micro-organismo, levandoo à morte. A síntese de parede celular, membrana
plasmática, proteínas, e ácidos nucleicos, bem como as reações
metabólicas dos precursores dos ácidos nucleicos, são os alvos deste
fármaco. Os Antibióticos da classe dos Glicopeptídeos, como a
Vancomicina, a Teicoplanina e Ramiplanina atuam diretamente sob a
síntese da parede celular, através do bloqueio na formação de
peptidoglicano, componente principal no qual confere rigidez à célula.
"A síntese do peptidoglicano é um dos alvos principais de várias das
classes de antibióticos mais úteis na clínica, como, por exemplo, as
penicilinas". Portanto, os antibióticos como os Anfenicóis, inibem a síntese
de proteínas bacterianas, penetrando rapidamente nas células bacterianas,
provavelmente por um processo de difusão facilitada (DOS SANTOS,
2019). Não obstante, a Tetraciclina, os Aminoglicosídeos e Macrolídeos
também atuam impedindo o desenvolvimento e a multiplicação microbiana
produzindo efeitos sob a síntese proteica. Alguns antibióticos inibem a
síntese de ácidos nucléicos como as quinolonas, e metabólitos essenciais
como a gramicidina, impedindo seu desenvolvimento e multiplicação.
Outros como Polimixínas, atuam na modificação da membrana plasmática
bacteriana, que ao ter a estrutura modificada, sofrem lise, levando à morte
microbiana.
2.2 PRINCIPAIS CLASSES DE ANTIBIOTICOS

2.2.1 Aminoglicosídeos;

Modo de ação: Ligam-se ao ribossomo evitando a síntese


proteica. São antibióticos bactericidas importantes para o
tratamento de infecções causadas por bactérias gram-
negativas. Os aminoglicosídeos interfere na síntese proteica
ligando-se ás subunidade 30 S do ribossomo, e para
exercerem esse efeito há necessidade de penetrarem na
célula bacteriana. É por isso que antimicrobianos que
interferem na síntese da parede celular, com os antibióticos
betalactâmicos, são associados aos aminoglicosídios para
obter efeitos sinérgico, uma vez que facilitam a entrada
desses últimos no interior da bactéria.

Exemplos:Amicacina,Gentamicina, Canamicina,Neomicina,
Plazomicia, Estreptomicina e Tobramicina.

2.2.2 Sulfonamídeos;

Modo de ação: Impedem a utilização normal pelas bactérias para


a síntese de ácido fólico. São comumente empregados como
denominações aenéricas dos derivados de para-
aminobenzenossulfonamida (sulfonilamida).
As sulfonamidas, quando administradas em concentrações terapêuticas, são
bacteriostáticas e, em concentrações altas, são bactericidas, mas nessas
concentrações podem causar graves reações adversas ao hospedeiro. Este
quimioterápico é um análogo estrutural do ácido para-aminobenzoico.
Uma substancia essencial para a sintese de acido folico. o qual,
por sua vez, quando em sua forma reduzida, o ácido tetra-
hidrofólico, é fundamental para a síntese de DNA e RNA
bacteriano; portanto, as sulfas funcionam como um
antimetabólito.

Exemplos:sulfanilamida,sulfisoxazol,sulfacetamida,ácido para-
aminobenzóico, sulfadiazina e sulfametoxazol, sendo as duas
últimas de maior importância clínica.

2.2.3 Macrolídeos;

Modo de ação: Age sobre a síntese proteica ao se ligar à


subunidade 50S, sem afetar a síntese de ácidos nucléicos. Inibem
a translocação, ou seja, alongamento da cadeia peptídica.
Em Medicina Veterinaria seu uso é limitado devido à toxicidade
causada quando administrado a herbívoros por via oral e também
à dor no local da administração por via intramuscular.Os
macrolídios impedem a síntese proteica bacteriana ao se ligar à
subunidade 50 S do ribossomo. O local de ligação dos
macrolídios no ribossomo é próximo daquele no qual se liga o
cloranfenicol, podendo ocorrer antagonismo, caso sejam
associados.
Os macrolídios inibem a translocação do RNA transportador no
sítio aceptor do aminoácido, interferindo na adição de novos
aminoácidos e, dessa forma, impedindo a síntese proteica da
célula do microrganismo. Esses antibióticos, em geral, não se
ligam ao ribossomo dos mamíferos, uma vez que estes
apresentam subunidade 40 S e 60 S.

Exemplos: Eritromicina, Tilosina

2.2.4 Tetraciclinas;

Modo de ação:Inibe a síntese proteica dos micro-organismos


sensíveis,ligando se aos ribossomos.
As tetraciclinas são antibióticos bacteriostáticos que inibem a síntese
proteica dos microrganismos sensíveis ligando-se aos ribossomos.
Estes antibióticos, após penetrarem no interior da bactéria por um
processo mediado por carreador, ligam-se reversivelmente à
subunidade 30 S do ribossomo do microrganismo, impedindo que o
RNA-transportador (RNAt) se fixe ao ribossomo e, com isto, a
síntese proteica é inibida.
Embora as tetraciclinas tenham maior afinidade pela subunidade 30
S do ribossomo microbiano, podem ligar-se também à subunidade 40
S do ribossomo dos animais superiores, explicando algumas reações
adversas decorrentes do seu uso terapêutico, como veremos adiante.
Exemplos:Doxiciclina,Minoxiclina,Oxitetraciclina.

2.2.5 Anfenicóis;

Modo de ação:Inibe a síntese da parede celular de bactérias sensíveis;


resistência dos enterococos decorre da alteração da molécula D
ealanil da parede celular. Fazem parte desse grupo o cloranfenicol, o
tianfenicol e o florfenicol. O cloranfenicol (descoberto em 1947),
produzido pelo Streptomyces venezuelae, também pode, atualmente, ser
obtido por síntese laboratorial.
Os anfenicóis inibem a síntese proteica dos microrganismos sensíveis,
ligando-se irreversivelmente à subunidade 50 S do ribossomo bacteriano e,
deste modo, interferem na formação do peptídio pelo bloqueio da enzina
peptidiltransferase, impedindo o alongamento da cadeia polipeptídica.

Exemplos:Cloranfenicol, Florfenicol.

2.2.6 Metronindazol;

Modo de ação:entra nas paredes celulares bacterianas, rompe o DNA


e inibe a síntese do DNA em certos microrganismos. O metronidazol
é amplamente distribuído pelo organismo, atravessando as barreiras
hematoencefalica e placentária, e, por possuir efeito mutagênico, não
se indica seu uso em animais prenhes Este quimioterápico é
biotransformado no gado, por oxidação e conjugação com
glicuronídeo; entretanto, uma grande parte do metronidazol
(mais da metade) é excretada na urina, em sua forma ativa.

2.2.7 Rifamicinas

As Rifamicinas, constituem, da família de antibióticos


semissintéticos derivados da rifampicina B, que quimicamente
são formadas por hidrocarbonetos aromáticos macrocíclicos. As
Rifamicinas têm atividade bactericida. Considerando seu
mecanismo de ação, esperava se atividade bacteriostática, porém
a ligação irreversível com a RNA polimerase faz com que todo o
processo de síntese protéica, inclusive de DNA (bloqueia a
formação de nucleotídios), que comprometido, levando à morte
da bactéria.

2.2.8 Quinolonas

Modo de ação: Inibe o DNA Girase das bactérias.


As quinolonas são antimicrobianos bactericidas e sua atividade
antimicrobiana se relaciona com a inibição das topoisomerases
bacterianas do tipo II, também conhecida como DNA girase; in vitro
inibem também a topoisomerase IV, porém não se sabe se esse fato
contribui para ação antibacteriana.
As topoisomerases são enzimas que catalisam a direção e a extensão
do espiralamento das cadeias de DNA. Assim, embora as quinolonas
apresentem diferentes características de ligação com a enzima, todos
estes quimioterápicos inibem a DNA girase, impedindo o
enrolamento da hélice de DNA em uma forma superespiralada.
Em mamíferos, existem algumas topoisomerases, entretanto as
quinolonas não exercem ação sobre estas enzimas.

Exemplos:Ciprofloxacina,Norfloxacino,Enrofloxacino,Marbofloxaci
no.
3.1 RESISTÊNCIA BACTERIANA

O número de bactérias resistentes aos antibióticos na medicina


veterinária cresce mais rápido do que os novos medicamentos que
estão se desenvolvendo na indústria farmacêutica. Somente 50% dos
antibióticos produzidos é utilizado na terapia humana, a outra metade
é empregada na profilaxia, tratamento, promoção do crescimento
animal e no extermínio de pragas na agricultura Todavia, de acordo
com a Organização Mundial de Saúde, deve haver controle e
restrição ao uso de antimicrobianos na produção animal, pois o uso
indiscriminado pode selecionar bactérias resistentes em diversos
ecossistemas. Assim, é de suma importância a conscientização a
respeito da não utilização do consumo de antibióticos de forma
exacerbada em animais.
4.1 CONCLUSÃO

Portanto, as classes de antibióticos é de grande valia que o


uso exacerbado de antibióticos seja reconsiderado, levando em
consideração os danos nos quais podem surgir a partir destes. Os
dados nos mostram o quão preocupante é a forma como os
antibióticos são administrados, sendo necessário o
desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes para a
conscientização da população quanto aos desdobramentos de tal
administração de maneira errônea. Também é necessária uma
maior fiscalização da conduta ética de profissionais, como
farmacêuticos, quanto à liberação de receitas sem consulta ou
avaliação adequada.
5.1Referências

https://repositorio.ifgoiano.edu.br/bitstream/prefix/1658/1/
tcc_EDINEY%20JHONATTA%20OLIVEIRA%20ROCHA
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FACULDADE METROPOLITANA DE ANÁPOLIS

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