CENTRO UNIVERSITÁRIO UNI-FACUNICAMPS
CURSO DE ENFERMAGEM
MARIA VITORIA SILVA JUBE
HISTÓRIA DO SURGIMENTO E CONSTRUÇÃO DO ENSINO
SUPERIOR DE ENFERMAGEM NO BRASIL
GOIANIRA-GO
2025/1° PERÍODO
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNI-FACUNICAMPS
CURSO DE ENFERMAGEM
MARIA VITORIA SILVA JUBE
HISTÓRIA DO SURGIMENTO E CONSTRUÇÃO DO ENSINO
SUPERIOR DE ENFERMAGEM NO BRASIL
Trabalho de pesquisa, apresentado como requisito para
nota da disciplina de Fundamentos Históricos de
Enfermagem do CENTRO UNIVERSITÁRIO
UNI-FACUNICAMPS.
Prof(a): Dr° Raquel Soares Araujo.
GOIANIRA-GO
2025/1° PERÍODO
INTRODUÇÃO
O ensino da Enfermagem no Brasil teve início por instituições religiosas, não tinha
nenhum currículo formal e o aprendizado era sem qualquer base científica. A Enfermagem
moderna só chegou ao Brasil no ano de 1923, para atender as demandas acometidas pelas
grandes epidemias.
No início, o curso valorizava a formação hospitalar, e a maioria das pessoas
formadas era moldada para atuar na área hospitalar. Ao longo dos anos, a Enfermagem vem
mudando, mudanças essas em decorrência dessas transformações no quadro
político-econômico-social da educação e da saúde.
As novas diretrizes do curso têm adotado perspectivas mais humanistas, reflexivo,
crítico qualificado para o exercício da profissão. Com essa mudança os profissionais
conseguem uma amplitude melhor do curso para um melhor desempenho.
METODOLOGIA
Para tratar do tema designado foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental,
para levantamento de dados. Essa pesquisa traz dados detalhados sobre o ensino da
enfermagem e a participação das leis na formação do curso.
A busca bibliográfica foi realizada através da análise de artigos nas bases de dados
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scientific Electronic Library
Online e DEDALUS, internet e livros da área.
Os trabalhos estudados continham leis, artigos, teses e dissertações publicados a
partir da década de 1960 trazendo dados sobre a história da enfermagem. Com base nos
estudos do material identificado, foi coletado os dados e iniciou o processo de análise critica
e reflexiva sobre o tema.
DESENVOLVIMENTO
A primeira escola de enfermagem do Brasil foi criada no ano de 1890 no estado do
Rio de Janeiro, a escola ficava no hospício nacional de alienados e seu principal objetivo era
preparar pessoal a baixo custo para cuidar dos doentes mentais. Posteriormente, a escola
ganhou o nome de Escola Alfredo Pinto, foi inspirada na Enfermagem Francesa, os
estudantes eram requisitados das famílias estrangeiras do sul do país e inicialmente a escola
era dirigida por médicos.
Foi somente em 1923, que se introduziu a enfermagem moderna no Brasil, essa
escola foi criada por meio de uma missão de enfermeiras norte-americanas lideradas por
Ethel Parsons, com a criação da escola de enfermeiras do departamento nacional de saúde
pública no Rio de Janeiro, dirigida por Carlos Chagas.
Essa escola foi criada junto ao hospital de alienados, a duração do curso era de dois
anos e visava formar profissionais que garantissem o saneamento urbano e o controle de
epidemias. Em 1926 a escola recebeu o nome de Anna Nery, e em 1931 o nome de Escola de
Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro, seu principal objetivo era formar
enfermeiras que atuavam junto a população, o currículo era direcionado para conteúdos e
atividades, com o intuito de ações educativas e preventivas em saúde.
O curso era composto por disciplinas de pequena carga horária e de curta duração;
era essencialmente teórico nos primeiros quatros meses, e era obrigatória a prestação de
serviços ao hospital, com direito a moradia, pequeno salário mensal e duas meias-folgas
semanal. O último período era designado para especialização em enfermagem clínica e de
saúde pública.
Além disso, havia a obrigatoriedade do serviço de oito horas no hospital geral de
assistência, dessa forma o ensino teórico era um acréscimo às quarenta e oito horas semanais
de prática hospitalar.
Ao longo dos anos, as mudanças no processo de expansão política e econômica
evidenciou a necessidade de aumentar a força de trabalho qualificada e com saúde,
aumentando a necessidade de novos trabalhadores da saúde. Essa evolução dos cursos de
nível superior em Enfermagem, só passou a crescer de forma expressiva a partir da década de
40, com o fortalecimento da industrialização e a aceleração econômica do país.
Em 1947, no Brasil existiam 16 cursos de nível superior de enfermagem, uma
quantidade relativamente pequena. Houve um aumento expressivo no período de 1947 a
1964, onde passou de 16 para 39 cursos da área de enfermagem, um grande crescimento de
43,75% num período de dezesseis anos.
Nesse período, um fato marcante foi a promulgação da lei n° 775, de 1949, onde o
estado incentivou o aumento da quantidade de escolas, de modo que obrigou a inclusão do
curso de enfermagem em todas as universidades ou sede de faculdade de medicina. Outro
fator que a lei trouxe, foi o ensino fortemente vinculado à formação hospitalar, focado no
mercado de trabalho da época, para desenvolver um melhor aprendizado e prática.
No ano de 1991, a Associação Brasileira de Enfermagem apresentou proposta de
currículo mínimo para a formação de 3000 horas, redirecionamento dos conteúdos, mudança
no nome do curso de enfermagem e obstetrícia para enfermagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A presente pesquisa mostra o desenvolvimento do curso de enfermagem do qual
teve seu início no século xx, e se desenvolveu no decorrer dos anos. Onde o pico do
crescimento foi em torno do ano de 1949 com a lei 775, onde trouxe algumas obrigações para
crescimento da enfermagem.
Diante do assunto abordado, podemos concluir que a enfermagem veio para o Brasil
para ajudar a cuidar dos doentes mentais e no combate das epidemias que estavam ocorrendo
na época. De certo modo, a enfermagem no Brasil foi criada dentro de um hospicio e logo
depois teve sua prática mais desenvolvida nos hospitais.
Conclui-se que, a primeira escola de enfermagem moderna no Brasil foi a escola de
enfermeiras Anna Neri, onde não se tinha grade curricular e nem base científica. Através dela
vieram outras escolas, onde foi adquirindo mais conhecimentos e organização, criando grade
curricular e base científica para estudo e um melhor desenvolvimento da profissão e melhor
atendimento à população.
REFERÊNCIAS
GEOVANINI, Telma. História da Enfermagem: Versões e Interpretações. Impresso no Brasil
pela Zit Editora e Grafica Ltda. Ed. 4, Rio de Janeiro.
MEDEIROS, Marcelo. A Expansão das Escolas de Enfermagem no Brasil na Primeira
Metade do Século xx. rev 1999. Disponível em
https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/biblio-1119435. Acesso em 12/03/2025.
MV, Miranda Neto. A Formação Supeior de Enfermagem no Brasil: Uma Visão Histórica.
Ed. 2011. Disponível emhttps://doi.org/10.1590/S0080-62342011000800024. Acesso:
12/03/2025
SILVEIRA, C.A; PAIVA, S.M.A. A Evolução do Ensino De Enfermagem no Brasil: Uma
Revisão Histórica. Minas Gerais, 2011. Disponível em
https://www.researchgate.net/profile/Cristiane-Silveira-6/publication/277154999_A_evolucao
_do_ensino_de_enfermagem_no_brasil_uma_revisao_historica_-_doi_104025cienccuidsaude
v10i16967/links/5a1f7c8baca272cbfbc2f8bd/A-evolucao-do-ensino-de-enfermagem-no-brasil
-uma-revisao-historica-doi-104025-cienccuidsaudev10i16967.pdf. Acesso em 12/03/2025.