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O Baú Secreto Da Vovó

A história narra a descoberta de um baú secreto da avó, onde a narradora aprende sobre objetos que representam memórias e lições sobre coragem e superação de medos. A avó compartilha suas experiências de vida, mostrando como pequenos objetos guardam significados importantes. A narrativa destaca a importância do diálogo entre gerações para manter viva a história e aprender com o passado.
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O Baú Secreto Da Vovó

A história narra a descoberta de um baú secreto da avó, onde a narradora aprende sobre objetos que representam memórias e lições sobre coragem e superação de medos. A avó compartilha suas experiências de vida, mostrando como pequenos objetos guardam significados importantes. A narrativa destaca a importância do diálogo entre gerações para manter viva a história e aprender com o passado.
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O BAÚ SECRETO DA VOVÓ

Quando eu era menina e sentia medo, no lugar de chorar, ficava com raiva.
Na noite em que descobri o baú da minha avó, eu estava em Santos. Trovejava muito. Apavorada, comecei a
gritar que odiava o mar. Foi quando minha avó me chamou.
— Minha neta, você sabia que eu tenho um baú cheio de segredos?
— Como assim? Onde?
— Lá no fundo da garagem.
Pronto. Nada como a curiosidade para espantar o medo. Na garagem, vovó o abriu e retirou de dentro dele
uma espécie de régua:
— Você sabe o que é isto? — Uma régua esquisita – respondi.
— Não, isso é uma palmatória. Quem errasse na escola levava uma batida na palma da mão.
— Não acredito! E por que a senhora guardou esse treco?
— Pra lembrar que a gente precisa ser mais forte do que as injustiças. Olhe... meu dedal preferido. Foi com ele
que eu costurei essa roupa – e ela me mostrou um vestidinho com uma espécie de short por baixo.
— Você jogava tênis, vovó?
— Não, isso é um maiô!
— Você nadava de vestido?
— Sim, e era considerada atrevida. Mas foi assim que conquistei seu avô.
— Nadando de roupa?
— Eu vinha de uma família pobre. Seu avô, não. Ele lia, gostava de dançar.
— E de nadar também?
— Sim, e por isso fiz esse maiozinho. Corri até a praia de chapéu. Seu avô estava tomando sol. Fingi que tinha
perdido o chapéu no mar. Ele era um cavalheiro e veio ajudar. O chapéu foi parar no fundo. Apostamos uma
corrida para ver quem o apanhava. Ele gostou da minha ousadia.
— Foi assim que vocês começaram a namorar?
— E logo me casei. Guardei o dedal pra lembrar que a gente precisa tecer a felicidade, e o maiô, porque um
pouco de coragem não faz mal a ninguém. Olhe essa caixinha de música. Seu avô me deu quando você nasceu.
Não é linda?
Vovó mostrou para mim outros objetos e assim fui descobrindo que: se não fosse o mar que eu temia, não
haveria o encontro de meus avós e que viver, é saber perder o medo de tudo o que a gente nunca espera e nunca
vai conseguir controlar.

1) Leia o texto com muita atenção:

2) Conversando com a avó, a narradora aprendeu muitas coisas interessantes sobre o passado de sua família,
sobre como era a escola antigamente, como eram feitas as roupas, como era a moda.
a) Você gosta de conversar com seus avós? Por quê?
b) Você acha que as crianças e os jovens podem aprender com as pessoas mais velhas?
( ) Sim ( ) Não Explique.
c) A menina tinha medo de trovão e do mar, mas aprendeu com a avó que “um pouco de coragem não faz mal a
ninguém”. E você, já venceu algum medo? Qual? De que modo?

3) Infelizmente, hoje em dia, poucas são as crianças que têm o hábito de sentar com os mais velhos, para ouvir
atentamente as experiências que eles têm para contar. O encontro de gerações, para aprender sobre o passado e
compreender o presente, é uma forma de manter viva a nossa história.
a) De que outra maneira, além do diálogo, é possível obter conhecimento sobre o passado? Comente.
b) Cite alguma coisa interessante que você aprendeu conversando com pessoas de outras gerações ou fazendo
uso de outros recursos.

4) No texto “O Baú secreto da vovó”, cada um dos objetos foi guardado pela avó por uma razão especial.

Objetos do cotidiano, como roupas e brinquedos, também são usados para se conhecer
um pouco da história de alguém. Pode-se descobrir a quem o objeto pertenceu, para
que e em que situação era utilizado, entre outras informações.
 Desenhe um objeto que faça você se lembrar de um acontecimento especial de sua vida. Em seguida, explique
nas linhas abaixo por que ele é especial.

É possível perceber a passagem do tempo ao compararmos modos de vida e costumes de uma época com outra,
destacando aquilo que permaneceu e aquilo que mudou.
5) Quando era moça, a avó da narradora era considerada atrevida por usar um maiô com saia e uma espécie de
bermuda.
a) A moda muda? ( ) Sim ( ) Não
b) Que diferenças há entre o maiô de hoje e o de antigamente?

6) O tempo passa e as pessoas mudam. Você já viu alguma fotografia sua de quando era bebê? Que
semelhanças e diferenças podem ser observadas em você hoje e na época em que era bebê?

7) Como você se imagina no futuro. Desenhe você daqui a vinte anos. Não se esqueça de colorir.
Que profissão você imagina seguir?

*****************************

1. Quem conta a história é alguém que participa dela ou apenas a assiste de fora? Como você descobriu?
2. Que informação traz o 1.º parágrafo sobre a faixa etária da personagem principal?
3. Observe o termo destacado: “Quando eu era menina e sentia medo, no lugar de chorar, ficava com raiva.” Qual
é o sentido dessa expressão? Uma dica: mentalmente vá tentando substituir esse termo por outro e relendo até
compreender.
4. Qual é a situação inicial da história?
5. O que significa, no texto, dizer: “Nada como a curiosidade para espantar o medo”?
6. Que objetos do baú eram muito especiais para a avó?
7. Qual é o sentido da palavra destacada no trecho: “...a gente precisa tecer a felicidade...”?
8. Que motivo levou a avó a guardar o dedal?
9. Que sentimentos afetaram as personagens do texto? Como você costuma reagir a eles?
10. Que efeito de sentido tem o ponto de exclamação em “Não, isso é um maiô!”?
11. Sublinhe no texto a lição que a menina compreende ao final da história.
12. A seguir, sublinhe um trecho que expresse uma opinião e outro que destaque um fato: “Pronto. Nada como a
curiosidade para espantar o medo. Na garagem, vovó o abriu.”

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