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Sociologia E Psicologia Aplicadas Ao Trabalho

O documento aborda a oferta de trabalho, explorando conceitos de economia aplicáveis, como microeconomia e macroeconomia, e a teoria do consumidor. O autor, Manuel Piñon, enfatiza a importância da elasticidade da oferta e do princípio da racionalidade na tomada de decisões econômicas. O material é destinado a concurseiros e é protegido por direitos autorais.
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Sociologia E Psicologia Aplicadas Ao Trabalho

O documento aborda a oferta de trabalho, explorando conceitos de economia aplicáveis, como microeconomia e macroeconomia, e a teoria do consumidor. O autor, Manuel Piñon, enfatiza a importância da elasticidade da oferta e do princípio da racionalidade na tomada de decisões econômicas. O material é destinado a concurseiros e é protegido por direitos autorais.
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SOCIOLOGIA E

PSICOLOGIA APLICADAS
AO TRABALHO
Oferta de Trabalho

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes

Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais
do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de
uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às
penalidades previstas civil e criminalmente.

CÓDIGO:
240123222904

MANUEL PIÑON

Atualmente, exerce o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil e é


Professor, voltado para a área de concursos públicos.
Foi aprovado nos seguintes concursos públicos:
1 – Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil – AFRFB 2009/2010;
2 – Analista de Finanças e Controle – AFC (hoje, Auditor Federal de Finanças e
Controle) da Controladoria-Geral da União – CGU (hoje, Ministério da Transparência)
em 2008; e
3 – Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional – AFTN (Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil) em 1998.

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Sociologia e Psicologia Aplicadas ao Trabalho
Oferta de Trabalho
Manuel Piñon

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Oferta de Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Alguns Conceitos de Economia Aplicáveis na Aula. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2. Oferta de Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.1. Teoria sobre a Decisão de Trabalhar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.2. Análise da Demanda por Lazer . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.3. Análise da Oferta de Trabalho. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4. Utilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
2.5. Ótimo (Equilíbrio) do Trabalhador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
2.6. Elasticidade Salário da Oferta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
2.7. Salário de Reserva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
2.8. Rendas Econômicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2.9. Efeito Renda-Ordinário e Efeito Renda-Dotação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
Questões Comentadas em Aula . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

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APRESENTAÇÃO
Olá, amigo(a) concurseiro(a)!
Nosso objetivo nesta aula é concluir o estudo do tema de oferta de trabalho, ou
melhor, da oferta de mão de obra. Vamos conhecer os principais aspectos relacionados
à disponibilização da força de trabalho feita pelos trabalhadores.
Como diria o velho Heráclito:
“Nada é permanente, exceto a mudança”.
Então, é hora de mudar nossa realidade e passar nesse concurso!
Prof. Manuel Piñon
E-mail: [email protected]

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OFERTA DE TRABALHO

1. ALGUNS CONCEITOS DE ECONOMIA APLICÁVEIS NA AULA


Vamos estudar a oferta de trabalho seguindo a mesma linha de raciocínio usada quando
se aprende sobre a oferta de outros fatores de produção, como a Terra e o Capital, mas
com as suas devidas particularidades.
No estudo da demanda por mão de obra, foi importante o conhecimento sobre vários
temas concernentes à Teoria da Produção ou Firma, já que são as empresas que demandam
mão de obra. Agora, de modo oposto, no estudo da oferta de mão de obra, será importante
o aprendizado de vários temas relacionados à Teoria do Consumidor.
Assim, enquanto a Demanda por Trabalho tem como pré-requisitos os conhecimentos da
Teoria da Produção, a Oferta de Trabalho utiliza conceitos oriundos da Teoria do Consumidor.
Se você já tem uma boa base acerca da Teoria do Consumidor, pode passar para o tópico
2 da aula. Todavia, antes de apresentar os conceitos extraídos da Teoria do Consumidor,
precisamos saber diferenciar a Macroeconomia da Microeconomia, pois a Economia do
Trabalho utiliza conhecimentos das duas áreas, ao estudar o mercado de trabalho e suas
variáveis (oferta/demanda e emprego/desemprego) tanto no nível do indivíduo, quanto no
nível agregado.
A Economia, especificamente o estudo da Ciência Econômica, para fins didáticos,
divide seu campo de atuação em duas áreas específicas principais: a Microeconomia e
a Macroeconomia.
Antes de adentrarmos nesses conceitos, tenha em mente que o termo em grego “micro”
significa pequeno, e “macro” significa grande.
A Microeconomia estuda o comportamento das unidades produtivas (empresas ou
firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
Pertence ao campo da Microeconomia, por exemplo, o estudo de um determinado
mercado, as causas do desequilíbrio entre oferta e procura (se os preços estão altos ou
baixos, por exemplo), os tipos de mercado (por exemplo, se ocorre monopólio ou se existe
a concorrência perfeita) etc.
Podemos dizer, ainda, que a Microeconomia é o ramo da Teoria Econômica que estuda
o funcionamento do mercado de um determinado produto ou serviço, ou de um grupo
de produtos ou serviços, tendo como objeto o comportamento de seus consumidores e
produtores.

EXEMPLOS
Mercado de computadores, mercado de equipamentos de tecnologia da informação etc.

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A Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de


forma global, é o ramo da Teoria Econômica que estuda o funcionamento da economia
no seu todo. Seu foco é identificar e medir as variáveis que determinam o nível geral de
preços do sistema econômico, o nível geral de emprego da economia e a produção total
da economia.

EXEMPLOS
Produto Interno Bruto (PIB), a inflação (evolução dos preços), o desemprego etc.

DICA
Uma forma simples de melhor definir essas duas áreas
(Microeconomia e Macroeconomia) é fazendo uma
comparação entre ambas. Caso o objeto de estudo fosse,
por exemplo, a nossa maravilhosa Floresta Amazônica,
enquanto a Microeconomia se ocuparia apenas do estudo de
determinada árvore ou tipos de árvores, a Macroeconomia

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teria como objeto de atuação o estudo da floresta de uma


forma ampla.

Antes de partirmos para os conceitos importantes para nossa aula da Teoria do


Consumidor, vamos também conhecer os principais aspectos da elasticidade da oferta.
A chamada Elasticidade-preço da oferta mede o aumento ou diminuição em percentagem
da quantidade ofertada, devido a uma mudança percentual nos preços.

Essa variação, normalmente, é afetada, ou melhor, determinada pelos seguintes fatores:

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• Habilidade dos produtores de mudar a quantidade produzida de um determinado


bem. Exemplo: Em uma fazenda, reduzir a área plantada de uvas e passar a produzir
mangas nesse espaço.
• Tempo. A oferta é mais elástica no longo prazo, pois, desse modo, os produtores/
empresários têm mais tempo para se adaptar.
Bem, agora, vamos aos conceitos da Teoria do Consumidor, também conhecida como
Teoria da Escolha, que busca descrever como os consumidores decidem, em termos de
ações de compra, e como eles reagem às mudanças em seu ambiente.
Merece destaque o chamado Princípio da Racionalidade, o qual nos revela que as
empresas sempre têm como objetivo a maximização dos lucros condicionados pelos custos
de produção, enquanto os consumidores procuram sempre maximizar sua satisfação no
consumo de bens e serviços, em função da sua limitação de renda e dos preços dos bens
e serviços. Temos aqui um “cabo de guerra” movido por interesses antagônicos do ponto
de vista econômico.
Um conceito chave na Teoria do Consumidor é a Utilidade, intimamente ligada ao
consumo de bens e serviços, porque as pessoas somente consumirão aquilo que lhes trouxer
alguma satisfação. Por sua vez, essa satisfação é intrínseca à utilidade.
As principais características da utilidade são:
• não ser mensurável: não existe uma unidade de medida para mensurar a utilidade;
• ser comparável: mesmo não sendo mensurável, cada pessoa pode comparar a
utilidade de um bem em relação a outro, pelo julgamento de que um será mais útil
do que o outro;
• depender da percepção de cada indivíduo: está ligada ao nível de informação
e cultura de cada indivíduo, de forma que determinado bem pode ser de grande
utilidade para alguém, e de nenhuma utilidade para outro (ex.: quando jovem, um
rapaz considera desejável e útil um carro esportivo; quando casa e tem filhos, passa
a considerar mais útil e desejável um carro espaçoso e seguro).
Quando acrescentamos uma unidade adicional de um dos bens à cesta, a utilidade
marginal mede a variação na utilidade total, em função de uma variação na margem de
um dos bens que compõem a cesta de consumo.
Lei da substituição: guarde que, quanto menos de um bem se tem, maior é a utilidade
marginal desse bem. Em contraste, quanto mais se tem de um bem qualquer, menor é a
sua utilidade marginal.
A Lei da Utilidade Marginal Decrescente nos diz que, à medida que aumenta o consumo
de um bem, sua utilidade marginal decresce.

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Um exemplo clássico é o da cerveja! Digamos que você chegue no estádio, ao meio dia,
sol forte e calor, à espera de um jogo às 16 horas. Tem sede, e muita. O vendedor de bebidas
lhe pede R$ 10,00 por um copo de cerveja bem gelada. Você paga, uma vez que o copo terá
grande adequação a sua necessidade, logo, terá grande utilidade.
Contudo, após matar a sede, mesmo parcialmente, você (espero) não estará disposto a
pagar os mesmos R$ 10,00 por um copo adicional. Tentará negociar e pagar menos, porque
o segundo copo tem uma utilidade marginal menor do que o primeiro, e assim por diante.

Observe o gráfico da utilidade total e marginal:

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Agora, veja como fica o gráfico da utilidade total de consumo:

Como o consumidor está disposto a pagar mais por aquilo que lhe traz mais utilidade,
pode-se concluir que o valor máximo que alguém está disposto a pagar por um bem é a
sua medida de utilidade.
Esse preço máximo é chamado de preço marginal de reserva, é o máximo que o
consumidor está disposto a pagar por um determinado bem ou serviço e diminui a
cada unidade adicional.
Então, é possível calcular o excedente do consumidor, que é a diferença líquida em
dinheiro entre o que o consumidor está disposto a pagar e o valor que um consumidor
obtém quando consome um bem ou serviço.
Em suma, o excedente do consumidor é como se fosse o “lucro” do consumidor, ou seja,
é a diferença entre quanto ele pagaria e quanto ele pagou efetivamente.
Veja uma tabela hipotética de cálculo do excedente do consumidor:
Excedente do
Preço Marginal de Preço de Mercado
Copo de cerveja Consumidor
Reserva (1) (2)
(3) = (1) - (2)
1º R$ 5,00 R$ 1,00 R$ 4,00
2º R$ 3,50 R$ 1,00 R$ 2,50
3º R$ 2,50 R$ 1,00 R$ 1,50
4º R$ 2,00 R$ 1,00 R$ 1,00
Total do Excedente do
R$ 9,00
Consumidor

Tenha em mente que o excedente do consumidor é a diferença entre o que ele pagou
(preço de mercado) e o que ele aceitaria pagar (preço marginal de reserva). Na tabela, repare
que o consumidor está disposto a pagar (preço marginal de reserva) R$ 5,00 pelo primeiro
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copo de cerveja, mas o preço de mercado (quanto pagou) é um R$ 1,00. Desse modo, seu
excedente é dado pela diferença: R$ 4,00.
A ideia da tabela é demonstrar que a utilidade marginal da cerveja é decrescente, já
que, a cada copo que o consumidor em tela bebe, ele mesmo atribui um Preço Marginal de
Reserva inferior para o próximo. Note que, na tabela, o excedente vai caindo a cada unidade
consumida. Assim, chega-se a um ponto em que o preço marginal de reserva pelo copo de
cerveja e o preço de mercado se igualam. Essa é a ideia representada no gráfico: quando a
quantidade consumida for Q e o preço for P, os preços de mercado e os preços marginais
de reserva são iguais. Logo, o excedente cai a cada unidade consumida, devido à utilidade
marginal decrescente refletida em um preço marginal decrescente.
Veja, abaixo, como é representado graficamente o excedente do consumidor:

Quando a quantidade consumida for Q e o Preço for P, significará que os preços de


mercado e os preços marginais de reserva são iguais. Dessa maneira, a curva apresentada
será a curva de Demanda desse consumidor neste espaço de tempo.
Ao saber que a utilidade pode ser usada como instrumento de ordenação das preferências
de um consumidor e que as preferências são representadas graficamente por meio das
curvas de indiferenças, concluímos que as curvas de indiferença representam níveis de
utilidade, ou, em outras palavras: para cada curva de indiferença, pode ser atribuída
uma utilidade.
De fato, uma curva de indiferença do consumidor nada mais é do que a representação
gráfica de uma tabela de indiferença, pois mostra as cestas em que o consumidor apresenta
indiferença, o bom e velho “tanto faz”.

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A ideia é de que cada curva de indiferença apresenta uma utilidade ao consumidor,


podendo, assim, ser quantificada.
Tecnicamente falando, a curva de indiferença é uma linha em que todos os pontos
correspondem a combinações de dois bens que proporcionam ao consumidor o mesmo
nível de satisfação/utilidade.
Como veremos adiante, a curva de indiferença clássica é negativamente inclinada e de
formato convexo, sendo a representação no eixo vertical das quantidades demandadas de
um bem qualquer, e no eixo horizontal as quantidades demandas de um outro bem qualquer.

Importante guardar que, como a curva de indiferença apresenta cestas indiferentes ao


consumidor, duas curvas não podem se cruzar.

Guarde também que a taxa de troca entre os bens é negativa, visto que, para consumir
mais de um bem, o consumidor precisa abrir mão do consumo de outro bem, gerando uma
curva negativamente inclinada.
Outro aspecto importante diz respeito ao fato de que a taxa de troca entre os bens é
decrescente à medida que nos deslocamos à direita na curva.
Calma!
Vamos explicar por meio de um exemplo hipotético!

EXEMPLO
Imagine que você possui muitas quantidades de um produto B e poucas de A. Nessa situação,
você está disposto a abrir mão de algumas unidades de B para poder ter mais unidades de A.
Até aqui beleza.
Entretanto, à medida que você passar a ter cada vez menos unidades de B, você começa a
não querer abrir mão tão facilmente de suas unidades de B, passando a exigir cada vez mais
unidades do bem A para continuar com as trocas. Resumindo, a sua disposição em abrir mão
do bem B é decrescente.

Podemos dizer que o “plano de consumo” de um consumidor qualquer pode ser


representado por diversas curvas de indiferença, demonstrando a sua escala de preferências
individual.
Nessa pegada, percebemos que o chamado “Mapa de Indiferença” representa o conjunto
de curvas de indiferença desse consumidor, sendo que cada curva evidencia determinado
nível de bem-estar/utilidade do consumidor.

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A seguir, temos a representação gráfica da curva de indiferença padrão e do mapa de


indiferença de um consumidor.

001. (CESPE/POLÍCIA-FEDERAL/AGENTE/2014) Tendo em vista que o consumidor, muitas


vezes de forma inconsciente, obedece a determinadas regras de comportamento em sua
atuação no mercado, julgue o item que se segue.
Os mapas de indiferença são elaborados com base no conceito de utilidade ordinal dos
bens e serviços.

O mapa de indiferença nada mais é do que a representação gráfica do conjunto de curvas


de indiferença de um consumidor, sendo que cada curva representa determinado nível de
utilidade de acordo com a abordagem ordinal, já que não são atribuídos números cardinais
para cada nível de utilidade.
Certo.

O Consumidor faz várias combinações para sua cesta de produtos, sendo que uma delas
é a preferida. Aqui, entra o aspecto psicológico da demanda por um bem ou serviço.
Na verdade, as preferências de um mesmo consumidor são circunstanciais, levando
em conta que os consumidores podem valorizar um mesmo produto ou serviço de modo
distinto, a depender da circunstância em que se encontra. Quando estamos com muita
sede, damos muito mais valor a um copo de água...

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Embora existam diversas preferências, as quais são representadas graficamente em


diversas formas de curvas de indiferença, há um padrão considerado “normal” (bem-
comportado), pelo menos em termos teóricos.
Nesse sentido, existem pressupostos necessários para as chamadas preferências bem-
comportadas, as quais devem atender, pelo menos, esses dois pressupostos:

1) Consumir mais é melhor do que consumir menos.


Basicamente, as cestas que representam mais bens são preferíveis a outras que representam
menos. Lembre-se que as necessidades humanas são ilimitadas. Esse requisito é denominado
“monotonicidade” ou “preferências monotônicas”.
2) As cestas médias de consumo são preferíveis às cestas extremas.
A ideia básica aqui é que um consumidor deve preferir consumir uma cesta que represente
uma combinação de diferentes itens, em vez de consumir outra que seja composta por
apenas 1 bem, as chamadas “cestas especializadas”.

Como consequência, a curva de indiferença bem-comportada é convexa, dado que o


normal é o consumidor comprar um pouco de cada bem ou serviço, em contraste com a
ideia de comprar tudo de um item e nada de outro.
É importante destacar que, para o estudo das preferências do consumidor, precisamos
de pelo menos duas cestas de produtos/serviços, porque é preciso compará-las para saber
qual é, dentre pelo menos 2 opções, a preferência do consumidor.
Dentre os resultados decorrentes dessa comparação entre as opções A e B, temos
3 situações distintas, comentadas a seguir.
Se na prova aparecer o símbolo ≻, ele representa o resultado estritamente preferido.
Se o resultado for A ≻ B, o consumidor em tela prefere estritamente A à B.
Se aparecer o símbolo ∼ para representar o resultado da preferência do consumidor,
significa que esse consumidor foi indiferente, ou seja, para ele tanto faz, visto que as
duas cestas o atendem igualmente.
Entretanto, caso apareça na questão o símbolo ≽, significa que existe uma fraca
preferência, ou seja, o consumidor prefere ambas as cestas ou mostra-se indiferente na
escolha de ambas. Dessa forma, a preferência de uma cesta por outra é fraca.
A Teoria da Preferência do Consumidor tem como base 3 premissas fundamentais, que
obedecem aos princípios da racionalidade e da razoabilidade:
1ª – A integralidade (as preferências são completas) indica que dois ou mais consumidores
podem comparar e ordenar todas as cestas do mercado. Logo, para um determinado número

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de cestas, um consumidor optará só por uma ou será indiferente a qualquer uma delas,
portanto, qualquer uma das cestas deixará o consumidor igualmente satisfeito.
Destaca-se que as preferências não são influenciadas pelo preço, o qual age apenas por
ocasião da compra. Como exemplo, temos aquele consumidor que prefere livros a revistas,
porém pode optar pelas revistas, em função do preço do livro.
2ª – A transitividade (as preferências são transitivas) revela a racionalidade do consumidor,
pois se um consumidor prefere o produto X ao produto Y, e prefere o produto Y ao produto
Z, também prefere o produto X ao produto Z.
3ª - A reflexividade/aspiração (todas as mercadorias são boas e desejáveis; mais é melhor
= consumidor insaciável) desconsidera os preços, ao presumir que todas as mercadorias
são desejáveis. Desse modo, os consumidores sempre preferem quantidades maiores de
uma mercadoria.

002. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Em relação aos princípios da teoria do consumidor,


julgue o item que se segue.
De acordo com a teoria ordinal do consumidor, as preferências do consumidor serão
transitivas quando ele puder decidir se prefere a cesta A à B, se prefere a cesta B à A ou se
é indiferente às cestas A e B.

O examinador “misturou” dois pressupostos da teoria do consumidor. Quando um consumidor


pode decidir se prefere a cesta A à B, se prefere a cesta B à A ou se é indiferente às cestas
A e B, dizemos que suas preferências são completas, isto é, que ele pode comparar todas
as cestas e as ordenar.
Por outro lado, dizemos que as preferências são transitivas quando o fato do consumidor
preferir A à B e B à C resulta, naturalmente, do fato dele preferir A à C.
Errado.

003. (CESPE/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2010) Julgue o item seguinte quanto ao comportamento


do consumidor, sua demanda individual e às demandas de mercado.
A inclinação para baixo (negativa) das curvas de indiferença deriva do princípio de que as
preferências do consumidor são transitivas.

Na verdade, a premissa da transitividade nada tem a ver com a inclinação da reta. O fato
de as preferências serem transitivas está relacionado com a racionalidade do consumidor,

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uma vez que, caso um consumidor prefira o produto X ao produto Y e prefira o produto Y
ao produto Z, também prefere o produto X ao produto Z.
A inclinação negativa, na verdade, está ligada ao fato de que os 2 bens representados são
desejados pelo consumidor.
Errado.

O preço não influencia a preferência do consumidor, contudo, nem todos os bens e serviços
podem ser adquiridos por ele, pois o consumidor está sujeito à restrição orçamentária.
Como todos possuem uma renda limitada, em cada período de tempo, o consumidor
opta pela cesta de consumo que melhor se adapta a seu limite de renda.
Supondo um consumidor com renda de R$ 200,00 que tenha em sua cesta sapatos
ao preço de R$ 40,00, e meias ao preço de R$ 20,00, ele poderá compor suas cestas da
seguinte forma:
R = p * q (sapatos) + p * q (meias)
Cesta de Mercadorias Gasto com sapatos Gasto com meias
A 0 200
B 40 160
C 80 120
D 120 80
E 160 40
F 200 0

Aprendemos que, em economia, a regra básica, ou melhor, o mantra é que “os recursos
são escassos e as necessidades são ilimitadas”.
Assim, quando estamos estudando a Teoria do Consumidor, a escassez dos recursos se
apresenta na própria renda do consumidor, a qual é o seu grande limitador. Por isso, com
recursos limitados, o consumidor escolhe a melhor cesta de bens que pode adquirir, em
função da sua restrição orçamentária.
Vamos, a seguir, ver como é a representação gráfica de Restrição Orçamentária de um
consumidor qualquer, representada pela linha azul, que limita suas possibilidades de consumo:

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Suponha que exista um conjunto de bens e que um consumidor hipotético qualquer


escolhe dois deles.
A cesta de consumo é representada por (XA, XB), na qual XA simboliza as quantidades
do bem A, e XB representa as quantidades do bem B.
Para isso, precisamos considerar que o consumidor conhece os preços dos bens A e B
(PA, PB) e que ele possui determinado – restrição orçamentária – valor em dinheiro para
gastar (m).
A restrição orçamentária é, então, representada por:
m ≥ PA.XA x PB.XB
Guarde que o comportamento do consumidor poderá variar dependendo de suas
variações de renda e do preço dos bens. Além disso, o comportamento também pode variar
em função dos efeitos dos impostos e dos subsídios.

Quando os preços (PA e PB) e a renda (m) variam, a regra é que o conjunto orçamentário
também varia. Com o aumento da renda, o conjunto orçamentário se expande e a reta
orçamentária se desloca paralelamente para a direita, em contraste com a situação oposta,
quando temos uma redução da renda, o conjunto orçamentário se retrai e a reta orçamentária
se desloca paralelamente para a esquerda. Quando somente os preços variam, ocorre uma
variação na inclinação da reta.

Nesse contexto, chegamos ao conceito de equilíbrio do consumidor!


O equilíbrio do consumidor corresponde à sua escolha ótima, aquela que coincide com
a maximização de sua satisfação, considerando as suas limitações orçamentárias e o valor
disponível para o consumo.
A ideia básica é que o equilíbrio do consumidor é alcançado quando ele realiza sua escolha
ótima, comprando as quantidades de bens e de serviços que lhe proporcionam a máxima
satisfação, conforme sua restrição orçamentária.
Em outras palavras, é válido afirmar que o consumidor, no caso das preferências bem-
comportadas, prefere a cesta de consumo que fornece mais utilidade, isto é, prefere a cesta
que corresponda a curva de indiferença mais distante da origem, levando em consideração,
claro, a sua restrição orçamentária.
O equilíbrio do consumidor é localizado, no gráfico, no ponto A, o ponto em que a reta
orçamentária (linha vermelha) tangencia a curva de indiferença mais distante da origem,
pois esse ponto revela a sua maximização da utilidade.

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O ponto de equilíbrio do consumidor indica a cesta de consumo que lhe proporciona


a maior utilidade limitada em termos de orçamento, o qual é representado pela reta
em vermelho.
Lembre-se que a regra geral para os casos normais é de que o consumidor escolhe
o ponto de tangência.

Quando conhecemos o equilíbrio do consumidor, podemos saber quanto de cada


item será comprado.
Para isso, é só associar o ponto de equilíbrio com as quantidades representadas
nos eixos do gráfico.
Nessa lógica, a função de demanda é aquela função que relaciona a escolha ótima do
consumidor considerando a sua renda e o preço dos bens.
Guarde que a quantidade demandada de um bem qualquer é em função do seu preço,
do preço de outro bem e da renda do consumidor.
Além desse conhecimento, precisamos saber que existe variação também em função da
curva de indiferença dos bens analisados. É preciso analisar se estamos tratando de bens com
curva de indiferença bem-comportada, ou de bens substitutos perfeitos, complementares
perfeitos ou neutros.
As provas de concursos públicos cobram muito esse entendimento teórico!

004. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) No que diz respeito à teoria microeconômica, julgue:

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Considere que um consumidor, após avaliar diversas cestas de bens, localizadas em diferentes
curvas de indiferença, conclua que uma delas é a melhor do conjunto todo e a escolha.
Nessa situação, é correto afirmar que as preferências desse consumidor foram saciadas.

Lembre-se que as curvas de indiferença nos trazem diferentes graus de utilidade. A curva
de indiferença mais alta é, também, a curva que traz o maior grau de utilidade.
Nessa linha de raciocínio, quando o consumidor conclui que uma cesta de bens é a melhor
do conjunto todo, ele está maximizando sua utilidade e, portanto, está escolhendo uma
cesta de bens localizada na curva de indiferença mais alta. Logo, tal escolha sacia suas
preferências.
Em suma, embora as necessidades sejam ilimitadas, note que a assertiva diz que as
preferências do consumidor foram saciadas dentro das opções que tinha, por isso, ele fez
a melhor escolha (melhor conjunto de todos).
Certo.

005. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo


para gastar na aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar
um prédio de sua propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais. Com base
nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A duplicação dos preços da mesa e do computador apresenta o mesmo efeito, na linha do
orçamento, que a redução, pela metade, do montante fixo.

A assertiva está correta, pois aqui vale o raciocínio de que duplicar os preços dos bens
pertencentes à cesta de consumo tem o mesmo efeito de diminuir a renda em sua metade.
Em suma, a ideia é que o poder de compra foi reduzido pela metade.
Certo.

006. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Suponha que as famílias atendidas pelo Programa


Bolsa Família tenham preferências bem comportadas com relação a alimento e vestuário,
que esses dois bens sejam normais e que seus preços mantenham-se constantes.
Com base nessa situação, julgue o item.
O conjunto orçamentário de uma família é formado por todas as combinações de quantidades
de bens e serviços que podem ser adquiridas, apresentando como limites os preços relativos
e a renda dessa família.

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A restrição orçamentária de uma família indica as possíveis combinações de bens e serviços


que podem ser comprados em função da limitação da sua renda.
Essa restrição orçamentária pode variar em função da variação da renda e/ou da variação
dos preços relativos dos bens e serviços.
Certo.

007. (CESPE/SUFRAMA/ECONOMISTA/2014) No que se refere à teoria do consumidor, julgue


o item que se segue.
Quando preços dos bens e renda do consumidor são multiplicados por escalar positivo, a
restrição orçamentária não é alterada.

Se tanto a renda quanto os preços dos bens são alterados (no caso multiplicados) na mesma
proporção, não há alteração na restrição orçamentária.
Certo.

008. (CESPE/PF/AGENTE/2014) Julgue:


O crescimento da renda de um consumidor em determinado período provoca alterações
na inclinação da reta de orçamento.

O aumento da renda provoca deslocamento paralelo na reta orçamentária. Apenas uma


mudança nos preços relativos tem a capacidade de alterar a inclinação na reta de orçamento.
Errado.

009. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Julgue o seguinte item, relativo aos axiomas e às


hipóteses que regem as preferências do consumidor.
As curvas de indiferença apresentam inclinação positiva e densidade em todo o espaço de
bens.

Realmente, as curvas de indiferenças ocupam todo o espaço dos bens, mas, como estudamos,
a inclinação é negativa.
Errado.

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2. OFERTA DE TRABALHO
Voltemos à Economia do Trabalho, com o foco sobre o trabalhador, quem oferta a
sua mão de obra.

2.1. TEORIA SOBRE A DECISÃO DE TRABALHAR


A decisão de trabalhar, em última análise, é uma decisão sobre como passar o tempo.
Em nosso estudo, consideramos que os trabalhadores gastam seu tempo em somente
duas atividades: trabalho ou lazer.
Assim, se a pessoa está trabalhando, obrigatoriamente, não está no lazer. Se ela está
no lazer, obrigatoriamente, não está trabalhando. Uma atividade é excludente da outra.
Geralmente, usa-se o tempo diário total disponível como sendo de 16 horas (24h
menos 8h de sono). Dentro dessas 16 horas, é verificado se estamos trabalhando e, se não
o estivermos, obrigatoriamente, estamos desfrutando do lazer.
Dessa forma, navegar na internet, pegar os filhos na escola, tomar café da manhã,
cortar as unhas, escovar os dentes, por exemplo, são atividades consideradas lazer, pelo
simples fato de não serem consideradas trabalho.
Nesse sentido, caso seja considerado o tempo diário disponível como sendo de 24 horas,
as horas de sono também serão consideradas lazer.
Importante ter em mente que, como o tempo é dividido entre lazer e trabalho, a demanda
pelo lazer pode ser considerada como o outro lado da moeda rotulada oferta de trabalho.
Portanto, se conseguirmos descobrir qual é a demanda pelo lazer, consequentemente,
estaremos descobrindo também qual será a oferta de trabalho, pois basta subtrair as horas
de lazer das horas totais disponíveis para obtermos a oferta de trabalho.
Nessa toada, o ponto de partida da nossa teoria será a análise da demanda pelo lazer
e, a partir desta, tiraremos as conclusões sobre a oferta de trabalho, considerando sempre
que maior demanda de lazer significa menor oferta de trabalho e vice-versa.
Vamos analisar a demanda pelo lazer como se o lazer fosse um bem qualquer (que
obedece à lei da demanda: quanto maior seu preço, menores as quantidades demandadas.
Quanto maior a renda, maior a demanda por lazer etc.).
Em seguida, após a análise da demanda pelo lazer, deduziremos a oferta de trabalho
(se a demanda pelo lazer sobe, a oferta de trabalho diminui e vice-versa, já que trabalho
e lazer são excludentes).

2.2. ANÁLISE DA DEMANDA POR LAZER


Considerando que a nossa metodologia pressupõe, em primeiro lugar, a análise da
demanda pelo lazer, é vantajoso apresentar os fatores que a afetam, levando-se em conta
que o lazer é um bem qualquer.

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Desse modo, a demanda por lazer depende dos seguintes fatores:


• Custo de oportunidade do lazer (preço do lazer)
O conceito de custo de oportunidade de um determinado bem é aquele que você deixou
de ganhar se houvesse optado por não adquirir este bem.

Um bom exemplo é: Qual o custo de oportunidade de colocar um funcionário experiente para


ensinar tarefas simples a um funcionário recém-contratado?
É o que deixou de ser produzido, caso o funcionário experiente estivesse trabalhando em
seu ritmo normal.

Amigo(a), vamos trazer mais o assunto para o mercado de trabalho, fazendo a


seguinte pergunta:

Qual o custo de oportunidade do lazer?

É o que você deixou de ganhar caso decidisse trabalhar. Neste caso, o custo de oportunidade
de 1 hora de lazer é a taxa salarial W (salário/hora).

E, por sua vez, qual o custo de oportunidade do trabalho?

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É o que você deixou de ganhar em satisfação/utilidade se decidisse desfrutar do lazer


ao invés de trabalhar (veja que tal mensuração não é tão simples).
De modo mais concreto, o custo de oportunidade também pode ser conceituado como,
simplesmente, o preço ou custo do bem. Conclui-se que o preço ou o custo de oportunidade
de 1 hora de lazer é a taxa salarial/hora W.
Por estudarmos a demanda por lazer, o qual deve ser encarado como um bem qualquer,
inferimos o seguinte: o aumento de salários (W) causa diminuição da demanda por lazer. Essa
sentença é uma mera afirmação da lei da demanda: o custo ou preço do lazer é W, logo,
quando W aumenta, a demanda por lazer diminui.
Ainda, é possível fazer outra conclusão acerca da oferta de trabalho: como a demanda
por lazer e a oferta de trabalho são excludentes, podemos afirmar que o crescimento de
W aumenta a oferta de trabalho (em virtude da diminuição da demanda por lazer).
• Disponibilidade financeira
Em primeiro lugar, devemos fazer a distinção entre disponibilidade financeira, renda
e salários.
Salário(W) é a remuneração por hora de trabalho.
Disponibilidade financeira são todos os ativos de um trabalhador (investimentos no
banco, ações, imóveis para locação, sua mão de obra, dividendos etc.).
A renda significa os retornos desta disponibilidade financeira.
A soma de salários, aluguéis, juros recebidos e dividendos forma a renda do trabalhador.
Nem sempre renda é igual a salário e, de fato, podemos ter casos de alta renda e baixos salários.
O conceito mais utilizado pelos economistas é a renda, pois os dados que a qualificam
estão prontamente disponíveis a partir de fontes governamentais, o que pode não ser o
caso de dados da disponibilidade financeira.
Tenho que lhe dizer que a teoria convencional da demanda nos sugere que, se a renda
aumenta, tudo o mais permanecendo constante, a demanda por lazer também aumenta.
Dito de outra maneira: se a renda aumenta, com os salários mantendo-se constantes, as
horas desejadas de trabalho cairão. Inversamente, se a renda for reduzida enquanto a taxa
salarial for mantida constante, as horas desejadas de trabalho se elevarão.
Perceba, mais uma vez, que a demanda por lazer e a oferta de trabalho variam em
direções opostas: quando uma diminui, a outra aumenta e vice-versa.
• Outros Fatores
Nesse ponto, nós podemos ter inúmeros fatores, como o conjunto de preferências, em
que trabalhadores que possuem filhos podem demandar mais lazer (passar mais tempo
com os filhos), aqueles mais jovens podem demandar menos lazer (estão no início da vida,
em fase de formação de patrimônio) etc.

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Geralmente, os economistas assumem que tais preferências são inevitáveis e que não
estão sujeitas a mudanças imediatas.
Para fins de política e aplicação, os fatores relevantes que afetam a demanda são o
custo de oportunidade do lazer (preço do lazer) e a renda. Trabalharemos nossa análise
com as mudanças nesses dois fatores.

2.3. ANÁLISE DA OFERTA DE TRABALHO


Como dito anteriormente, vamos começar o estudo da oferta de trabalho tomando
como referência a análise da demanda pelo lazer.

Qual o efeito do aumento de renda sobre a oferta de trabalho?

A teoria econômica estatui que, conforme a renda aumenta, “coeteris paribus” (todos
os demais fatores constantes), a demanda por um bem aumenta.
Se a renda aumenta, mantidos os outros fatores constantes, a demanda por lazer cresce
(visto que o lazer é um bem).
Observe que, quando falamos “mantidos os outros fatores constantes”, isso significa
que todo o resto é constante, inclusive os salários (lembre-se que salários ≠ renda).

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Seguindo essa linha de pensamento, podemos reescrever a afirmação da seguinte


maneira: se a renda aumenta e os salários mantêm-se constantes, a oferta de trabalho cai.

A resposta das horas de lazer demandadas às mudanças na renda, com os salários mantidos
constantes, é chamada de efeito renda.

Esse efeito renda é baseado no fato de que, à medida que as rendas se elevam, mantendo-
se o custo de oportunidade do lazer constante (salários constantes), as pessoas desejarão
consumir mais lazer (o que significa trabalhar menos).
Vamos avançar no estudo da Oferta de Trabalho, começando pelo estudo do chamado
“efeito renda”!

Qual o efeito do aumento de renda sobre a oferta de trabalho? Você tem algum palpite?

A Teoria Econômica tem!


Ela nos diz que, ao passo que a renda aumenta, coeteris paribus, a demanda por um
bem aumenta.
Se a renda aumenta, mantidos os outros fatores constantes, a demanda por lazer
cresce ( já que o lazer é um bem).
Novamente, quando falamos “mantidos os outros fatores constantes”, estamos dizendo
que todo o resto é constante, inclusive os salários (lembre-se sempre que salários ≠ renda).

Podemos afirmar que, se a renda aumenta e os salários mantêm-se constantes, a oferta


de trabalho cai.

De novo, guarde que a resposta das horas de lazer demandadas às mudanças na renda,
com os salários mantidos constantes, é chamada de efeito renda.
Também memorize que o efeito renda é baseado no fato de que, à medida que as rendas
se elevam, mantendo-se o custo de oportunidade do lazer constante (salários constantes),
as pessoas desejarão consumir mais lazer (o que significa trabalhar menos).
Transformando esse efeito em uma expressão algébrica, definimos o efeito renda como
sendo a mudança nas horas de trabalho (ΔH) produzida por uma mudança na renda (ΔY),
mantendo-se os salários constantes (W).

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O Efeito Renda pode ser representado por:


Efeito renda = Δ𝐻
Δ𝑌
Lembrando que 𝑊 permanece constante

DICA
Em regra, o efeito renda é negativo.

Se a renda (ΔY) aumentar (com salários constantes), as horas de trabalho (ΔH) caem.
Se a renda cai, as horas de trabalho aumentam.
Observe que o numerador e o denominador se movem em direções opostas, dando um
sinal negativo ao efeito renda.
Suponha agora uma situação oposta: aumento de salários, mantendo-se a renda
constante.
A teoria sugere que, se a renda for mantida constante, um aumento na taxa salarial
reduzirá a demanda pelo lazer, elevando, assim, os incentivos ao trabalho.
O raciocínio é que o aumento de salários (W) aumenta o custo do lazer porque este é
igual aos salários.
A lei da demanda nos diz que o aumento de preços/custos provoca reduções nas
quantidades demandadas.
Desse modo, o aumento do custo do lazer diminui a demanda pelo mesmo, logo, pode-
se dizer que a oferta de trabalho aumenta.
Da mesma forma, um declínio na taxa salarial com renda constante reduzirá o custo de
oportunidade do lazer, aumentará a demanda por lazer e diminuirá os incentivos ao trabalho.

A resposta das horas de lazer demandadas às mudanças nos salários, mantendo-se a renda
constante, é chamada de efeito substituição.

Convertendo este efeito em uma expressão algébrica, definimos o efeito substituição


como sendo a mudança nas horas de trabalho (ΔH) induzida por uma mudança no salário
(ΔW), mantendo-se a renda constante (Y):
Efeito Substituição = Δ𝐻
ΔW
Lembrando que Y permanece constante.

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DICA
De maneira oposta ao efeito renda, o efeito substituição
é positivo.

Se o salário ΔW aumentar (com renda constante), as horas de trabalho ΔH aumentam.


Por seu turno, se o salário cai, as horas de trabalho também caem.
Observe que o numerador e o denominador sempre se movimentam na mesma direção,
indicando que o sinal da fração será positivo.

010. (FGV/ICMS-RJ/AFTE/2009) Um trabalhador escolhe livremente entre horas de lazer e


de trabalho num mercado sem obrigações contratuais.
Com relação à teoria clássica de oferta de trabalho, que relaciona horas trabalhadas com
salário/hora pago, assinale a afirmativa correta quanto às suas hipóteses e conclusões.
a) O trabalhador não escolhe livremente entre horas de trabalho e de lazer.
b) Quanto maior o salário/hora, menor a oferta de trabalho.
c) A oferta de trabalho aumenta com o aumento do salário até um dado nível w*, reduzindo
para níveis de salário superiores a w*.
d) Obrigações contratuais incentivam rápidos ajustes às variações de salários.
e) A oferta de trabalho aumenta com o aumento do salário.

Esta questão exige o conhecimento da curva de oferta de trabalho deduzida por meio da
análise trabalho x lazer, apresentada nesta aula.
Veja que a letra B descreve o comportamento da oferta de trabalho no trecho negativamente
inclinado da curva de oferta e a alternativa E descreve o comportamento da oferta de
trabalho no trecho positivamente inclinado, por isso, estão erradas.
A primeira premissa que precisamos entender é a de que uma decisão em ofertar trabalho,
por parte de um trabalhador qualquer, visa maximizar a sua utilidade.
Veja o meu caso: Sou Auditor da Receita Federal e decidi ofertar horas de trabalho adicionais
como professor. Às 14 horas de um domingo com feriadão, estou aqui trabalhando. Como
não posso gastar a mesma hora com trabalho e lazer (é preciso escolher uma das atividades),
fiz uma escolha de folgar ontem e trabalhar hoje, ou seja, dividi minhas horas entre trabalho
(o trabalho é necessário para propiciar consumo ao indivíduo, o que eleva sua utilidade) e
lazer (que é, por si só, fonte de utilidade).
E o que faz o indivíduo ofertar menos ou mais trabalho, a fim de maximizar sua utilidade?

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O salário-hora, definido pela questão como w*.


A regra é que, até certo ponto, aumentos no salário-hora elevam a disposição do trabalhador
em ofertar trabalho (como ele irá ganhar mais e consumir mais, a tendência é trabalhar
mais). No entanto, a partir de certo valor (w*), o trabalhador aumenta a quantidade de
horas gastas com lazer, pois não há mais intenção em auferir rendimentos mais elevados
com mais horas trabalhadas.
No meu caso, por exemplo, se o salário de Auditor fosse maior do que já é, eu talvez desistisse
de dar aulas ou diminuísse o número de turmas que atendo.
De um modo geral, a mudança acontece a partir de salários muito elevados, os quais conferem
ao trabalhador a oportunidade de auferir maiores rendimentos mesmo trabalhando menos,
afinal, o salário-hora aumentou partindo de uma base já elevada.
Esse raciocínio corrobora que a alternativa C está correta, concorda?
Agora, vamos analisar a alternativa E: “A oferta de trabalho aumenta com o aumento do
salário”.
Tenho certeza que você, agora, já pode ver que o erro da E foi não estabelecer um limite,
um ponto de inflexão da curva de oferta de trabalho, ou seja, a oferta de trabalho se eleva
com o aumento do salário, mas somente até determinado nível salarial porque, em regra,
quando um trabalhador ganha muito, ele prefere curtir, ter mais momentos de lazer do
que trabalhar ainda mais.
Letra c.

Voltando à nossa teoria, preciso dizer que, em alguns casos, é possível observar situações
que criam efeitos renda ou substituição puros, entretanto, o mais comum é a presença dos
dois efeitos simultaneamente, um trabalhando contra o outro.

EFEITO RENDA PURO


O recebimento de uma herança é um exemplo clássico do efeito renda puro. Tal
acontecimento aumenta nossa disponibilidade financeira, independentemente das horas
de trabalho. Logo, temos um aumento de renda, mantendo-se o salário constante.
Nesse caso, o efeito renda induz a pessoa a consumir mais lazer, reduzindo sua disposição
para trabalhar.
Repare que o contrário, logicamente, também é válido. Se a mudança na renda fosse
negativa, mantendo-se o salário constante, o efeito renda sugeriria maior oferta de trabalho.
A título de informação corroborativa, uma pesquisa realizada nos EUA com pessoas que
receberam pequenas e grandes heranças parece comprovar a previsão teórica. De fato, o
índice de participação na força de trabalho daquele grupo de pessoas que recebeu maiores
legados era menor do que a participação das pessoas que receberam legados menores.

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EFEITO SUBSTITUIÇÃO PURO


Imagine que o governo decida controlar o uso da gasolina como combustível. Seu
plano consiste em aumentar o imposto sobre a gasolina, mas compensando esse aumento
mediante uma redução no imposto de renda da pessoa física. A ideia é elevar o preço da
gasolina sem reduzir a renda disponível das pessoas.
Este tipo de ação do governo cria um efeito substituição puro, dado que, ao reduzir
o IR sobre a pessoa física, o valor que os trabalhadores receberão no contracheque será
maior. Isto é, haverá aumento de salário. No entanto, esse mesmo aumento de salário será
compensado pela gasolina mais cara, de forma que a renda disponível não se alterará.
Portanto, os salários são aumentados enquanto a renda é mantida, aproximadamente,
constante.
O programa do governo, assim, cria um efeito substituição que induz as pessoas a
ofertar mais trabalho.

OS DOIS EFEITOS SIMULTANEAMENTE


Embora os exemplos citados acima nos remetam a efeitos renda e substituição puros,
a situação normal é os dois efeitos atuarem simultaneamente.
Pense no caso de uma pessoa que receba um aumento salarial. A resposta da oferta
de trabalho a uma simples mudança salarial envolverá tanto o efeito renda, como o efeito
substituição. Isso acontece porque aumentos salariais, em princípio, aumentam tanto o
salário quanto a renda.
Nessa perspectiva, o aumento de renda, conforme vimos, faz com que haja aumento
da demanda por lazer e, com efeito, redução da oferta de trabalho.
Por outro lado, o aumento de salários faz com que haja redução da demanda por lazer
e, em consequência, aumento da oferta de trabalho.

A resposta real da oferta de trabalho será a soma dos efeitos renda e substituição, de forma
que não podemos prever a resposta antecipadamente.
Se o efeito renda é dominante, a pessoa responderá a um aumento salarial reduzindo sua
oferta de trabalho. Esse declínio será menor do que se alguma mudança na renda fosse
devida a um aumento na riqueza não trabalhista (teríamos efeito renda puro). Lembre-se
que, quando duas variáveis variam em sentidos opostos, temos uma curva negativamente
inclinada. Aqui, essas duas variáveis são os salários e a quantidade de trabalho.
Por outro lado, se o efeito substituição é dominante, a pessoa responderá a um aumento
salarial aumentando sua oferta de trabalho. Essa elevação será menor do que no caso do
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efeito substituição puro (aumenta salário sem alteração de renda). Guarde que, quando
duas variáveis mudam no mesmo sentido, temos uma curva positivamente inclinada.

DICA
É aceito doutrinariamente pela Teoria Econômica que, a
níveis salariais baixos, o efeito substituição domina o efeito
renda, de forma que a curva de oferta de trabalho será
positivamente inclinada. A níveis salariais mais altos, no
entanto, maiores aumentos de salários resultam em horas
reduzidas de trabalho (domina o efeito renda).

011. (ESAF/MTE/AFT/2003) A oferta de trabalho passa a ter inclinação negativa porque,


quando o salário real fica suficientemente elevado,
a) o custo de oportunidade do lazer passa a ser menor.
b) o efeito substituição e o efeito renda atuam na mesma direção.
c) o efeito substituição se torna maior que o efeito renda.
d) o lazer passa a ser um bem “inferior”.
e) o efeito renda se torna maior do que o efeito substituição.

A curva de oferta de trabalho tem inclinação decrescente quando o efeito renda se torna
maior do que o efeito substituição. Por isso, já podemos marcar como correta a letra E.
Vale a pena fazer um destaque adicional acerca da assertiva D: quando o lazer é considerado
um bem inferior (bem cuja demanda diminui com o aumento de renda), aumentos de renda
provocarão reduções da demanda por lazer.
Desse modo, diferente da regra geral, teremos a seguinte sequência proveniente do efeito
renda: → aumento da renda → redução da demanda por lazer → aumento da oferta de
trabalho.
É UMA EXCEÇÃO e, neste caso específico de considerarmos o lazer como sendo um bem
inferior, a curva de oferta de trabalho terá inclinação positiva em toda a sua extensão
porque o efeito renda, bem como o efeito substituição, terá o poder de aumentar a oferta
de trabalho.
Letra e.

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012. (ESAF/MTE/AFT/1998) Considerando a curva de oferta neoclássica de trabalho derivada


da escolha individual entre renda e lazer, podemos afirmar que:
a) a curva de oferta de trabalho pode ser negativamente inclinada, caso o efeito renda
supere o efeito substituição.
b) a curva de oferta de trabalho é sempre positivamente inclinada, mudando apenas a
declividade de acordo com o efeito substituição.
c) a curva de oferta de trabalho é derivada do efeito substituição entre renda e lazer, ao
passo que o efeito renda provoca apenas deslocamentos desta curva.
d) o caso em que o aumento da taxa de salário leva a uma diminuição da oferta de trabalho
não pode ser representado pela curva de oferta de trabalho.
e) quando a taxa de salário aumenta, o efeito substituição induz a uma quantidade menor
de trabalho.

Note que, quando o efeito renda é dominante, a curva de oferta é negativamente inclinada,
porém, quando o efeito substituição é dominante, a curva de oferta é positivamente
inclinada. Com esse raciocínio, já podemos ver que a alternativa A é o gabarito.
Vamos confirmar o gabarito por meio da análise das demais alternativas:
b) Errada. Caso o efeito renda supere o efeito substituição, a curva de oferta será
negativamente inclinada.
c) Errada. Sabemos que a curva de oferta de trabalho é derivada dos efeitos rendas e
substituição entre trabalho e lazer. Vale lembrar que o efeito renda tem o poder de mudar
a inclinação da curva, transformando a inclinação positiva em negativa, e não provocar
deslocamentos da curva de oferta.
d) Errada. O caso em que o aumento da taxa de salário leva a uma diminuição da oferta de
trabalho pode ser representado pela curva de oferta de trabalho, o que ocorre quando o
efeito renda supera o efeito substituição.
e) Errada. Quando a taxa de salário aumenta, o efeito substituição induz a uma quantidade
maior de trabalho (trecho positivamente inclinado da curva).
Letra a.

Voltando à nossa teoria, vamos à representação gráfica desses efeitos em um exemplo


hipotético, meramente ilustrativo.
Despreze as informações dos balões quadrados e atente-se apenas para os sentidos
das setas na parte inferior do gráfico, relativas aos efeitos renda e substituição.

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2.4. UTILIDADE
Bem, vamos avançar mais um pouco no estudo da Oferta de Trabalho.
Volto a lembrar que, no estudo da Demanda por Trabalho, o foco das ações e decisões
estava no empregador porque é ele quem demanda trabalho.
Agora, no estudo da Oferta de Trabalho, o foco das ações e decisões está sobre o
trabalhador, pois é ele quem oferta o trabalho.
Aliás, chamo sua atenção para o fato de que, quando estudamos a Demanda por Trabalho,
vimos o objetivo das firmas: a maximização de lucros, ou seja, quanto mais lucros, melhor.
Entretanto, se pensarmos do ponto de vista do trabalhador e utilizarmos a mesma
lógica, poderá parecer que seu objetivo seja a maximização da renda e, quanto mais renda,
mais consumo, e quanto mais consumo, melhor será (em Economia, supomos que toda a
renda é convertida para o consumo). Mas esse raciocínio está equivocado!

O objetivo do trabalhador não é maximização da renda ou consumo, mas sim a maximização


da UTILIDADE!

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Em muitos textos, a utilidade também pode ser chamada de satisfação, no entanto, na


maioria das vezes, iremos tratá-la pelo termo utilidade porque é a expressão mais comum
em provas de concursos públicos.
Vamos tentar exemplificar de modo prático o que vem a ser a UTILIDADE!

EXEMPLO
Imagine um trabalhador que, das 16 horas disponíveis ao dia, trabalhe 8 horas e ganhe R$
6.000,00 mensais.
Vamos supor que, se ele decidir acrescentar 2 horas de trabalho por dia (tenha, portanto,
uma jornada de trabalho de 10 horas), passe a receber R$ 20.000,00 mensais.
Provavelmente, ele terá ganhos de utilidade/satisfação, pois, apesar de estar trabalhando
mais, estará ganhando bem mais do que antes e ainda terá um razoável tempo de lazer diário
(neste caso, o tempo de lazer será 6 horas).
Então, pense que ele passe a ganhar R$ 22.000,00 mensais para trabalhar 14 horas ao dia.
E agora?
A combinação R$ 22.000 com apenas 2 horas de lazer por dia trará um nível de utilidade maior?
Você tem algum palpite?
Alguns responderão que sim, o nível de utilidade será maior, pois a renda foi aumentada.
Outros responderão que o nível de utilidade será menor, afinal de contas, de que vale ganhar
bem e não ter tempo para o lazer?
A Teoria Econômica não nos dá uma resposta exata porque cada pessoa possui o seu conjunto
de preferências.
Desse modo, há pessoas que têm grande propensão a trabalhar cada vez mais, com o intuito
de ter cada vez mais renda/consumo. De outra linhagem, há pessoas que não trocam seu
lazer por nada neste mundo!
O importante é você entender que, em ambas as situações, mesmo que implicitamente,
tenta-se maximizar as suas utilidades.
Assim, a nova combinação salário/lazer de R$ 22.000 por 2 horas de lazer diário trará mais
utilidade ou não dependendo do conjunto de preferências de cada um.

É nesse conjunto de preferências que nos fixaremos daqui a pouco para descobrirmos
como o trabalhador alcança seu objetivo: a maximização da utilidade.

FUNÇÃO DE PRODUÇÃO X FUNÇÃO UTILIDADE


Já sabemos que, na missão de maximizar os lucros, a firma utiliza basicamente dois
insumos: capital e trabalho (mão de obra).

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Como agora nosso foco não é mais a produção, e sim a UTILIDADE do trabalhador, temos
que desenvolver uma relação que determine ou expresse matematicamente essa utilidade.

Na economia, é admitido que a utilidade do trabalhador seja uma função do seu tempo
de lazer e trabalho, sendo que o trabalho serve para gerar o dinheiro a ser gasto no consumo.
Nessa linha de pensamento, a utilidade é função do tempo de lazer e de consumo:
U = f(C,L) U = Ca.Lb
Ca = Consumo
Lb = Lazer
Portanto, nós podemos ter funções utilidade de vários formatos (por exemplo: U = 3C
+ 5L ou U= C/L ou U=5C/L + 4 etc.).
No estudo da oferta, em razão de aprendermos a função utilidade, tornam-se
importantes os termos “utilidade marginal do lazer” e “utilidade marginal do consumo”.
Aí vão as definições:
Utilidade marginal do consumo (UmgC): é o acréscimo de utilidade (U) em virtude do
acréscimo de uma unidade de consumo (C).
De forma matemática: UmgC = ΔU/ΔC = dU/dC
Ou seja, dada uma função utilidade qualquer, para acharmos o UmgC, basta derivarmos
a utilidade U em relação a C.
Utilidade marginal do lazer (UmgL): é o acréscimo de utilidade (U) em virtude do acréscimo
de uma unidade de lazer (L).
De forma algébrica ou matemática: UmgL = ΔU/ΔL = dU/dL
Desse modo, dada uma função utilidade qualquer, para acharmos o UmgL, basta
derivarmos a utilidade U em relação a L.
Utilidade marginal decrescente
A exemplo do que ocorre com os produtos marginais da mão de obra e do capital, as
utilidades marginais também são decrescentes. Em outras palavras, elas também seguem
a lei dos rendimentos marginais decrescentes.
Isso acontece porque, à medida que se tem mais de consumo ou lazer, cada dose adicional
(marginal) desse consumo/lazer traz cada vez menos utilidade ao trabalhador.
Assim, quanto mais horas de lazer temos, menor é a UmgL. Da mesma maneira, quanto
mais consumimos, menor é a UmgC (veja que o raciocínio é igual ao do PmgL – quanto mais
trabalhadores, menor o PmgL).

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013. (ESAF/MTE/AFT/2006) Suponha um modelo neoclássico de oferta de trabalho individual


em que a utilidade do indivíduo dependa apenas do consumo (C) e do lazer (L) e que o
indivíduo disponha de uma dotação inicial dos dois bens: C0 e L0. Suponha que L0=24 horas.
Suponha também que a função utilidade seja U (C,L) = Ca.L1-a, onde 0 < a < 1, que a restrição
orçamentária seja linear e que o preço do bem de consumo C seja 1 por unidade do bem.
Considere as seguintes afirmações:
I – Os indivíduos irão escolher as horas de trabalho a serem ofertadas de tal modo que a
taxa de salário seja igual à razão das utilidades marginais do lazer e do consumo, dado que
o salário de mercado é maior que o salário de reserva.
II – O salário de reserva é aquele que torna o indivíduo indiferente entre ofertar zero horas
de trabalho ou ofertar horas positivas de trabalho.
III – A curva de oferta de trabalho individual pode ter um trecho negativamente inclinado,
desde que a soma do efeito renda ordinário e do efeito renda-dotação compense o efeito
substituição. Nesse trecho negativamente inclinado, a elasticidade da oferta de trabalho
com relação ao salário é negativa.
A opção correta é:
a) I, II e III estão incorretas.
b) I e II estão corretas e III está incorreta.
c) I está incorreta; II e III estão corretas.
d) I e III estão incorretas; II está correta.
e) I, II e III estão corretas.

Vamos analisar cada uma das afirmações.


I – Correta. Foram dados pela questão:
U= Ca.L1-a (função utilidade)
PC=1
PL=W
Observe que o trabalhador atinge o ótimo quando:
UmgL / UmgC PC = PL (1)
Substituindo PL e PC, temos: UmgL/UmgC = W/1
Em outras palavras, o trabalhador está em seu equilíbrio no ponto em que a razão das
utilidades marginais do lazer e do consumo se iguala à taxa salarial (esta afirmação está
correta porque, nesta questão, o preço do consumo é R$ 1).

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Aliado a isso, esse mesmo trabalhador só ofertará trabalho se o salário oferecido for maior
do que seu salário de reserva, salário abaixo do qual ele oferta ZERO horas de trabalho.
II – Correta. Observe que o conceito exposto na assertiva é um dos três conceitos possíveis
para o salário de reserva. É o salário que torna o indivíduo indiferente entre ofertar ou não
ofertar trabalho.
III – Correta. O efeito renda-dotação e efeito renda-ordinário somados são o efeito renda
total. Importante registrar que, quando o efeito renda supera o efeito substituição, a
curva de oferta de trabalho é negativamente inclinada. Da mesma forma, quando a
elasticidade da oferta é negativa, a curva de oferta é negativamente inclinada e, quando
a elasticidade da oferta é positiva, a curva de oferta é positivamente inclinada.
Letra e.

MAXIMIZAÇÃO DA UTILIDADE
A função utilidade segue os mesmos princípios que qualquer outra função matemática.
Vamos ver um exemplo: dada uma função utilidade qualquer, se quisermos saber qual
será a quantidade de consumo que maximizará a utilidade, basta derivar U em relação a C
e igualar a 0. Em outras palavras, quando UmgC=0.
Por outro lado, se quisermos saber qual a quantidade de lazer que maximizará a utilidade.
Basta derivar U em relação a L e igualar a 0 (quando UmgL=0).

PREFERÊNCIAS
Agora, entendemos que a utilidade do trabalhador é dependente do consumo (ou da
renda) e das horas de lazer. Com isso, podemos traçar um gráfico em que colocaremos
as horas de lazer no eixo das abscissas e a renda ou consumo do trabalhador no eixo das
ordenadas.

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É neste diagrama consumo/lazer que colocaremos as preferências do trabalhador. Veja:

É perfeitamente possível que esse trabalhador tenha outras combinações de renda e


horas de lazer que também proporcionem o mesmo nível de utilidade U0, U1 ou U2, uma
curva denominada curva de indiferença.
Então, podemos definir curva de indiferença: é uma curva que liga as várias combinações
de renda monetária e lazer que proporcionam igual utilidade.
Vale destacar que a expressão curva de indiferença deriva do fato de que cada ponto
na curva rende a mesma utilidade, logo, o trabalhador será indiferente sobre qualquer
combinação ao longo da curva.

RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
Colega, pense que os trabalhadores queiram maximizar sua utilidade.
É natural que, se eles pudessem, gastariam cada hora disponível de lazer combinada
com a mais alta renda (ou consumo) possível. Em outras palavras, buscariam a curva de
indiferença mais alta possível.
Infelizmente, porém, os recursos de cada trabalhador são limitados.

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O melhor de cada trabalhador passará pela restrição de seus recursos. Esses recursos
são representados pela sua renda. Com ela, os trabalhadores podem comprar lazer e
consumo. Então, a maximização da utilidade passa, fundamentalmente, pela restrição
imposta pela renda do trabalhador, sendo que esta é voltada para a compra de lazer
e consumo.
Dessa maneira, é importante definir o que será o preço do lazer e o que será o preço do
consumo. O preço do lazer é o mesmo que seu custo de oportunidade.
Como vimos anteriormente, o custo de oportunidade do lazer é o que o trabalhador
deixou de ganhar caso estivesse trabalhando. Isto é, a taxa salarial (W).
Assim, podemos definir que o preço do lazer é igual a W.
A definição de preço do consumo é mais simples, não exige malabarismos de raciocínio.
O preço do consumo é simplesmente o preço do bem a ser consumido (C).
Dessa forma, chegamos à conclusão de que, dada uma certa renda (R), o trabalhador poderá
comprar diversas quantidades de lazer e consumo, de modo que sua renda seja totalmente
utilizada (lembre-se que, na Economia, é suposto que toda a renda é inteiramente gasta).
Dentro dessa linha de raciocínio, surge o conceito de reta de restrição orçamentária
(também chamada em algumas bibliografias de “linha do orçamento”).
A reta de restrição orçamentária é a linha que reflete as combinações de lazer e
consumo possíveis para a determinada renda de um trabalhador.

2.5. ÓTIMO (EQUILÍBRIO) DO TRABALHADOR


Supondo um nível de renda (R) de um trabalhador que nos remeta a uma reta de
restrição orçamentária, o trabalhador encontrará seu equilíbrio no ponto em que essa linha
de orçamento encontrar a curva de indiferença mais alta possível.
Desse jeito, ele estará encontrando a maior utilidade possível, dada a sua restrição de renda.
Graficamente, isso ocorre quando a reta de restrição orçamentária toca a curva de
indiferença mais alta.
Podemos reescrever a condição de equilíbrio do trabalhador, de acordo com determinada
renda (R) e preços do lazer e consumo – W e C:
UmgL = W
UmgC C
Com W sendo o Custo de Oportunidade (preço) do Lazer e C sendo o preço do Consumo.
Com isso, as pessoas irão escolher as horas de lazer a serem demandadas (ou as horas
de trabalho a serem ofertadas) de tal modo que a razão das utilidades marginais do lazer
e consumo seja igual à razão da taxa salarial e do preço do bem a ser consumido.
Agora, a partir da função utilidade e da restrição orçamentária, vamos calcular a cesta
ótima de consumo/lazer.

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Esse cálculo é MUITO cobrado em provas de concursos e não é muito complicado.


A chave para responder questões, como as que veremos ao final da aula, é sabermos
que o equilíbrio (ótimo) do trabalhador é atingido quando:
UmgL / UmgC PC = PL
Substituindo PL e PC, temos: UmgL/UmgC = W/1
Em outras palavras, o trabalhador está em seu equilíbrio no ponto em que a razão das
utilidades marginais do lazer e do consumo se iguala à taxa salarial.

014. (CESPE/BACEN/ANALISTA/2013/ADAPTADA) Considere um trabalhador que possua dois


bens, consumo(C) e Lazer(L), com preços do lazer e consumo, respectivamente, PL=1 e PC=1.
Para este trabalhador, cuja função utilidade é dada por U =C.L e que possui uma renda total
M de seis unidades monetárias, a cesta de consumo que lhe maximizará a satisfação é:
a) C=3 e L= 3
b) C=3 e L=2
c) C=2 e L=3
d) C=2 e L=2
e) C=0 e L=6.

Comecemos sempre anotando as informações que foram dadas pela questão:


U= C.L (função utilidade)
1.C + 1.L = 6 (equação da linha de orçamento, na qual renda M=6, preço do lazer PL=1 e
preço do consumo PC=1)
Como já sabemos, o trabalhador atinge o ótimo quando:
UmgL / UmgC PC = PL (1)
Agora, vamos calcular:
1) UmgL = dU/dL = 1.C.L1-1 = C
2) UmgC = dU/dC = 1.C1-1.L = L
Já sabemos que PL=1 e PC=1.
Agora basta substituirmos em (1):
UmgL/UmgC = W/PC
C/L = 1/1 → C/L = 1 → C=L
Substituindo C por L na equação da renda:
C+L=6
L+L=6

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2L = 6
L = 3 (horas de lazer)
Como C=L, TEMOS QUE C=3 (bens a serem consumidos)

DICA
Fique ligado numa possível pegadinha de prova!
Se a questão exigisse as horas ofertadas de trabalho,
bastaria fazer a subtração: 16 – 3 = 13 (visto que, como se
gasta 1,5 hora no lazer, obrigatoriamente, gasta-se todo
o restante do dia no trabalho).

Letra a.

2.6. ELASTICIDADE SALÁRIO DA OFERTA


A elasticidade salário da oferta para uma categoria de mão de obra é definida como
a variação percentual na oferta de emprego (E) induzida por um aumento de 1% em sua
taxa salarial (W).
De modo menos técnico, a elasticidade salário da oferta reflete a variação na oferta de
emprego em virtude de variações nos salários.
Resumindo, a elasticidade salário da oferta mede a variação % da quantidade de mão
de obra ofertada em função da variação % do salário pago.
É válido dizer que a elasticidade salário da oferta segue as mesmas propriedades da
elasticidade salário da demanda, com a diferença, é claro, que agora estamos tratando da
oferta de trabalho e não da demanda de trabalho.
Assim, caso η>1, temos oferta elástica, se η<1, oferta inelástica, se η=1, oferta de
elasticidade unitária.
No estudo da elasticidade salário da demanda, é comum tratá-la sempre pelo valor de
seu módulo, tendo em vista que seu valor é negativo (ΔE e ΔW variam em sentidos opostos,
maiores salários (+ΔW) indicam menor demanda de emprego (-ΔE) e vice-versa).
Desse modo, como a curva de oferta geralmente é positivamente inclinada (maiores
salários indicam maior emprego ofertado), a elasticidade da oferta será positiva, pelo
menos na maioria das vezes.
Entretanto, quando o efeito renda supera o efeito substituição, sabemos que a curva
de oferta de trabalho é negativamente inclinada e, como efeito, teremos a elasticidade
da oferta negativa (pois ΔE e ΔW variarão em sentidos opostos, do mesmo modo que na
curva de demanda).

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Sendo assim, podemos concluir que:


1) Se a elasticidade da oferta é positiva, a curva de oferta de trabalho será positivamente
inclinada e o efeito substituição superará o efeito renda;
2) Se a elasticidade da oferta é negativa, a curva de oferta de trabalho será negativamente
inclinada e o efeito renda superará o efeito substituição.

2.7. SALÁRIO DE RESERVA


Existe, ainda, no jargão econômico, o termo “preço de reserva”, que significa um
determinado preço em que o consumidor é exatamente indiferente entre consumir ou
não o bem.
Chamo sua atenção ao fato de que esse termo tem origem do mercado de leilões.
Dessa forma, quando alguém queria vender algo em leilão, essa pessoa, em geral,
estabelecia um preço mínimo pelo qual estava disposta a vender o bem. Se o melhor preço
oferecido estivesse abaixo do preço declarado, o vendedor reservava-se o direito de comprar
o item ele mesmo.
Esse preço exato em que o bem era levado a leilão passou a ser conhecido como “preço
de reserva” do vendedor e acabou por ser usado para descrever o preço exato pelo qual
alguém está indiferente entre comprar ou não o bem.
Veja que tal bem possui um preço exato em que o consumidor é indiferente entre
consumir ou não.
Se o preço praticado estiver acima desse preço exato (o preço de reserva), o consumidor
não comprará o bem (não haverá mais indiferença, haverá a certeza de não comprar o bem).
Contudo, se o preço estiver abaixo do preço de reserva, o consumidor comprará o bem
(não haverá mais indiferença, haverá a certeza da compra).
Com isso, há somente um preço em que, em determinado momento, o consumidor é
exatamente indiferente entre consumir o bem ou não, esse preço é chamado preço de reserva.
Aplicando esse conceito para o mercado de trabalho, temos o “salário de reserva”, o
qual torna o indivíduo indiferente entre ofertar ZERO horas de trabalho ou ofertar algumas
horas de trabalho.

DICA
De modo mais simples, funciona da seguinte maneira: cada
trabalhador possui um patamar mínimo remuneratório,
abaixo do qual, ele não estará disposto a ofertar trabalho.
Esse patamar mínimo é o salário de reserva e é variável de
pessoa para pessoa.

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Há profissionais no mercado que não aceitam trabalhar por menos de R$ 50.000,00!


Por outro lado, há profissionais que, devido às suas condições pessoais, aceitam trabalhar
recebendo apenas o salário mínimo fixado pelo governo.
Logo, para o primeiro profissional, o salário de reserva será R$ 50.000,00. Para o segundo,
o salário de reserva será de R$ 1.320,00 em 2023.
Em relação ao salário de reserva, pode-se estar em três situações, as quais, por sua vez,
geram três definições distintas:
1ª – abaixo do salário de reserva: caso o salário oferecido seja menor do que o salário
de reserva, serão ofertadas ZERO horas de trabalho;
2ª – ao nível do salário de reserva: caso o salário oferecido seja exatamente igual ao
salário de reserva, a pessoa será indiferente entre ofertar ZERO horas de trabalho ou ofertar
horas positivas de trabalho;
3ª – acima do salário de reserva: caso o salário oferecido seja maior do que o salário de
reserva, serão ofertadas horas positivas de trabalho.

2.8. RENDAS ECONÔMICAS


A renda econômica pode ser definida como a quantia atingida quando o salário de
mercado supera o salário de reserva em um emprego particular.

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EXEMPLO
Imagine um trabalhador que aceite ofertar trabalho caso receba R$100,00 por hora. Esse
salário é, portanto, seu salário de reserva.
Suponha, agora, que ele seja contratado e receba um salário de R$120,00 por hora. Esses R$
20,00 acima do salário de reserva constituem a renda econômica.

Assim, vemos claramente que a renda econômica é a diferença entre os pagamentos


destinados à mão de obra e o mínimo valor que teria de ser despendido para poder contratar
o uso de tal mão de obra.

2.9. EFEITO RENDA-ORDINÁRIO E EFEITO RENDA-DOTAÇÃO


O efeito renda-ordinário é o efeito renda comum e representa a alteração na demanda
proveniente de uma alteração na renda do consumidor. No entanto, por vezes, no estudo
da economia, ao invés de focarmos na renda do consumidor, focamos na sua dotação.
A dotação reflete os bens que o consumidor possui e que podem ser transformados em renda.

EXEMPLO
Se o consumidor tem em seu patrimônio 10 unidades de banana e 20 unidades de abóbora,
dizemos, por exemplo, que sua dotação é (10,20).

Esses bens têm os seus respectivos preços e podem ser vendidos no mercado, de forma
que a dotação poderá ser utilizada para comprar outros bens. Ou seja, em muito, a dotação
se assemelha à própria renda, pois pode ser revertida para o consumo.
A diferença básica é que, quando há alterações nos preços dos bens, teoricamente, não
há alteração de renda, mas há alteração da dotação.

EXEMPLO
Se o preço da banana aumenta, a renda monetária do consumidor não se altera, mas o valor
de sua dotação sim. Isso traz algumas implicações para a demanda dos bens.

Outro aspecto cobrado em prova é que a soma dos efeitos renda-ordinário e renda-dotação
é igual ao efeito renda total. Veja:
Efeito renda = efeito renda-ordinário + efeito renda-dotação

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Oferta de Trabalho
Manuel Piñon

RESUMO
A Teoria do Consumidor é a base conceitual para o entendimento da oferta de trabalho.
A decisão de trabalhar, em última análise, no fundo no fundo, é uma decisão sobre
como passar o tempo. Premissa: os trabalhadores gastam seu tempo em somente duas
atividades: trabalho ou lazer, considerando sempre que maior demanda de lazer significa
menor oferta de trabalho e vice-versa.
O custo de oportunidade pode ser conceituado como, simplesmente, o preço ou custo do
bem. Assim, o preço ou o custo de oportunidade de 1 hora de lazer é a taxa salarial/hora W.
Acerca da oferta de trabalho: como a demanda por lazer e a oferta de trabalho são
excludentes, podemos afirmar que o aumento de W eleva a oferta de trabalho (em virtude
da diminuição da demanda por lazer).
Salário (W) é a remuneração por hora de trabalho.
Disponibilidade financeira são todos os ativos de um trabalhador (investimentos no
banco, ações, imóveis para locação, sua mão de obra, dividendos etc.).
A renda significa os retornos dessa disponibilidade financeira.
A soma de salários, aluguéis, juros recebidos e dividendos forma a renda do trabalhador.
Veja que nem sempre renda é igual ao salário e, de fato, podemos ter casos de alta renda
e baixos salários.
Entretanto, nós podemos ter inúmeros fatores afetando as escolhas dos trabalhadores,
como o conjunto de preferências, por exemplo: trabalhadores que têm filhos podem
demandar mais lazer (passar mais tempo com os filhos), aqueles mais jovens podem
demandar menos lazer (estão no início da vida, em fase de formação de patrimônio) etc.
A resposta das horas de lazer demandadas às mudanças na renda, com os salários
mantidos constantes, é chamada de efeito renda. Podemos afirmar que: se a renda aumenta
e os salários mantêm-se constantes, a oferta de trabalho cai. Guarde a ideia de que, em
regra, o efeito renda é negativo.
A resposta das horas de lazer demandadas às mudanças nos salários, mantendo-se a
renda constante, é chamada de efeito substituição.
O aumento de salários faz com que haja redução da demanda por lazer e, em consequência,
aumento da oferta de trabalho. A resposta real da oferta de trabalho será a soma dos efeitos
renda e substituição, de forma que não podemos prever a resposta antecipadamente.
Se o efeito renda é dominante, a pessoa responderá a um aumento salarial reduzindo
sua oferta de trabalho.
Por outro lado, se o efeito substituição é dominante, a pessoa responderá a um aumento
salarial aumentando sua oferta de trabalho.

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Oferta de Trabalho
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O objetivo do trabalhador não é maximização da renda ou consumo, mas, sim, a


maximização da UTILIDADE!
Reta de restrição orçamentária: é a linha que reflete as combinações de lazer e consumo
possíveis para a determinada renda de um trabalhador.
O trabalhador está em seu equilíbrio no ponto em que a razão das utilidades marginais
do lazer e do consumo se iguala à taxa salarial.
1) Se a elasticidade da oferta é positiva, a curva de oferta de trabalho será positivamente
inclinada e o efeito substituição superará o efeito renda;
2) Se a elasticidade da oferta é negativa, a curva de oferta de trabalho será negativamente
inclinada e o efeito renda superará o efeito substituição.
Salário de reserva é o salário que torna o indivíduo indiferente entre ofertar ZERO horas
de trabalho ou ofertar algumas horas de trabalho.

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

001. (CESPE/POLÍCIA-FEDERAL/AGENTE/2014) Tendo em vista que o consumidor, muitas


vezes de forma inconsciente, obedece a determinadas regras de comportamento em sua
atuação no mercado, julgue o item que se segue.
Os mapas de indiferença são elaborados com base no conceito de utilidade ordinal dos
bens e serviços.

002. (CESPE/TCE-SC/AUDITOR/2016) Em relação aos princípios da teoria do consumidor,


julgue o item que se segue.
De acordo com a teoria ordinal do consumidor, as preferências do consumidor serão
transitivas quando ele puder decidir se prefere a cesta A à B, se prefere a cesta B à A ou se
é indiferente às cestas A e B.

003. (CESPE/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2010) Julgue o item seguinte quanto ao comportamento


do consumidor, sua demanda individual e às demandas de mercado.
A inclinação para baixo (negativa) das curvas de indiferença deriva do princípio de que as
preferências do consumidor são transitivas.

004. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA/2014) No que diz respeito à teoria microeconômica, julgue:


Considere que um consumidor, após avaliar diversas cestas de bens, localizadas em diferentes
curvas de indiferença, conclua que uma delas é a melhor do conjunto todo e a escolha.
Nessa situação, é correto afirmar que as preferências desse consumidor foram saciadas.

005. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) O Ministério da Justiça (MJ) tem um montante fixo


para gastar na aquisição de dois bens: mesas e computadores. Ainda, o MJ planeja ocupar
um prédio de sua propriedade, atualmente alugado para profissionais liberais. Com base
nessa situação hipotética, julgue o item seguinte.
A duplicação dos preços da mesa e do computador apresenta o mesmo efeito, na linha do
orçamento, que a redução, pela metade, do montante fixo.

006. (CESPE/MJ/ECONOMISTA/2013) Suponha que as famílias atendidas pelo Programa


Bolsa Família tenham preferências bem comportadas com relação a alimento e vestuário,
que esses dois bens sejam normais e que seus preços mantenham-se constantes.
Com base nessa situação, julgue o item.
O conjunto orçamentário de uma família é formado por todas as combinações de quantidades
de bens e serviços que podem ser adquiridas, apresentando como limites os preços relativos
e a renda dessa família.

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007. (CESPE/SUFRAMA/ECONOMISTA/2014) No que se refere à teoria do consumidor, julgue


o item que se segue.
Quando preços dos bens e renda do consumidor são multiplicados por escalar positivo, a
restrição orçamentária não é alterada.

008. (CESPE/PF/AGENTE/2014) Julgue:


O crescimento da renda de um consumidor em determinado período provoca alterações
na inclinação da reta de orçamento.

009. (CESPE/CGE-PI/AUDITOR/2015) Julgue o seguinte item, relativo aos axiomas e às


hipóteses que regem as preferências do consumidor.
As curvas de indiferença apresentam inclinação positiva e densidade em todo o espaço de bens.

010. (FGV/ICMS-RJ/AFTE/2009) Um trabalhador escolhe livremente entre horas de lazer e


de trabalho num mercado sem obrigações contratuais.
Com relação à teoria clássica de oferta de trabalho, que relaciona horas trabalhadas com
salário/hora pago, assinale a afirmativa correta quanto às suas hipóteses e conclusões.
a) O trabalhador não escolhe livremente entre horas de trabalho e de lazer.
b) Quanto maior o salário/hora, menor a oferta de trabalho.
c) A oferta de trabalho aumenta com o aumento do salário até um dado nível w*, reduzindo
para níveis de salário superiores a w*.
d) Obrigações contratuais incentivam rápidos ajustes às variações de salários.
e) A oferta de trabalho aumenta com o aumento do salário.

011. (ESAF/MTE/AFT/2003) A oferta de trabalho passa a ter inclinação negativa porque,


quando o salário real fica suficientemente elevado,
a) o custo de oportunidade do lazer passa a ser menor.
b) o efeito substituição e o efeito renda atuam na mesma direção.
c) o efeito substituição se torna maior que o efeito renda.
d) o lazer passa a ser um bem “inferior”.
e) o efeito renda se torna maior do que o efeito substituição.

012. (ESAF/MTE/AFT/1998) Considerando a curva de oferta neoclássica de trabalho derivada


da escolha individual entre renda e lazer, podemos afirmar que:
a) a curva de oferta de trabalho pode ser negativamente inclinada, caso o efeito renda
supere o efeito substituição.
b) a curva de oferta de trabalho é sempre positivamente inclinada, mudando apenas a
declividade de acordo com o efeito substituição.

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c) a curva de oferta de trabalho é derivada do efeito substituição entre renda e lazer, ao


passo que o efeito renda provoca apenas deslocamentos desta curva.
d) o caso em que o aumento da taxa de salário leva a uma diminuição da oferta de trabalho
não pode ser representado pela curva de oferta de trabalho.
e) quando a taxa de salário aumenta, o efeito substituição induz a uma quantidade menor
de trabalho.

013. (ESAF/MTE/AFT/2006) Suponha um modelo neoclássico de oferta de trabalho individual


em que a utilidade do indivíduo dependa apenas do consumo (C) e do lazer (L) e que o
indivíduo disponha de uma dotação inicial dos dois bens: C0 e L0. Suponha que L0=24 horas.
Suponha também que a função utilidade seja U (C,L) = Ca.L1-a, onde 0 < a < 1, que a restrição
orçamentária seja linear e que o preço do bem de consumo C seja 1 por unidade do bem.
Considere as seguintes afirmações:
I – Os indivíduos irão escolher as horas de trabalho a serem ofertadas de tal modo que a
taxa de salário seja igual à razão das utilidades marginais do lazer e do consumo, dado que
o salário de mercado é maior que o salário de reserva.
II – O salário de reserva é aquele que torna o indivíduo indiferente entre ofertar zero horas
de trabalho ou ofertar horas positivas de trabalho.
III – A curva de oferta de trabalho individual pode ter um trecho negativamente inclinado,
desde que a soma do efeito renda ordinário e do efeito renda-dotação compense o efeito
substituição. Nesse trecho negativamente inclinado, a elasticidade da oferta de trabalho
com relação ao salário é negativa.
A opção correta é:
a) I, II e III estão incorretas.
b) I e II estão corretas e III está incorreta.
c) I está incorreta; II e III estão corretas.
d) I e III estão incorretas; II está correta.
e) I, II e III estão corretas.

014. (CESPE/BACEN/ANALISTA/2013/ADAPTADA) Considere um trabalhador que possua dois


bens, consumo(C) e Lazer(L), com preços do lazer e consumo, respectivamente, PL=1 e PC=1.
Para este trabalhador cuja função utilidade é dada por U =C.L e que possui uma renda total
M de seis unidades monetárias, a cesta de consumo que lhe maximizará a satisfação é:
a) C=3 e L= 3
b) C=3 e L=2
c) C=2 e L=3
d) C=2 e L=2
e) C=0 e L=6.

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EXERCÍCIOS

015. (CESGRANRIO/UNIRIO/ECONOMISTA/2019) Um investidor racional toma decisões


considerando o custo, o retorno e o risco de seu portfólio como um todo. Leve em conta
que esse investidor considera os custos de corretagem desprezíveis e que comprou uma
ação da empresa X por R$1.000,00, para compor seu portfólio. Um mês após, ele recebeu
várias propostas para vender a ação, a melhor delas, por R$1.500,00, e não aceitou vendê-la.
Ao decidir não vender, o investidor considerou o custo da ação da empresa X, presente em
seu portfólio, como sendo
a) R$1.000,00, pois foi o que ele pagou.
b) R$1.010,00, pois R$10,00 são juros no mês que teria recebido se investisse em renda
fixa, ao invés de comprar a ação.
c) R$1.500,00, pois foi o preço da melhor proposta que rejeitou.
d) R$0,00, pois já pagou pela ação.
e) R$2.000,00, pois estaria disposto a vender a ação a esse preço.

016. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ECONOMISTA/2018) Observe o trecho abaixo:


(...) se os combustíveis fósseis representam um grande problema para o meio ambiente,
para a energia eles representam uma grande solução.
JUNIOR, H.Q.et al. (organização). Economia da Energia: fundamentos econômicos, evolução histórica e
organização industrial. Rio de Janeiro. Elsevier, 2016.

O antagonismo descrito pelo autor aponta um conflito que se traduz em um trade-off de


objetivos, o qual o Estado deve gerir.
Esses objetivos são a(o)
a) mitigação da mudança climática e a garantia da redução de emissões
b) mitigação da mudança climática e a garantia da segurança energética
c) diminuição da demanda por energia e o aumento da frota de veículos elétricos
d) aumento da oferta de fontes renováveis e a garantia de segurança energética
e) aumento da segurança energética e o aumento da frota de veículos a etanol

017. (CESGRANRIO/BNDES/BIBLIOTECONOMISTA/2013) Macroeconomia é o estudo da


estrutura de economias nacionais e das políticas econômicas exercidas pelos seus governos,
com o objetivo de melhorar o desempenho econômico doméstico.
NÃO se considera como uma questão pertencente ao ramo da Macroeconomia aquela que
a) causa desemprego.
b) causa aumento de preços.
c) causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.
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d) causa volatilidade da atividade econômica de uma nação.


e) determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo.

018. (CESGRANRIO/CEF/TÉCNICO/2012) A gestão da economia visa a atender às necessidades


de bens e serviços da sociedade e também a atingir determinados objetivos sociais e
macroeconômicos, tais como pleno emprego, distribuição de riqueza e estabilidade de preços.
Para que isso ocorra, o governo atua por meio de
a) ações fiscais
b) ações monetárias
c) políticas econômicas
d) políticas de relações internacionais
e) diretrizes fiscais e orçamentárias

019. (CESGRANRIO/INEA/ECONOMISTA/2008) O investimento em capital físico ou em capital


humano tem um custo de oportunidade. A respeito de tal custo, pode-se afirmar que
a) a concentração elevada da distribuição da renda é o custo do crescimento.
b) a insuficiência de demanda agregada é o custo do crescimento econômico.
c) a poupança externa e o investimento estrangeiro podem eliminar os custos do crescimento
econômico.
d) o crescimento econômico implica custos de redução de consumo e do lazer da população.
e) uma política vigorosa de incentivo às exportações propicia o crescimento econômico
com custos mínimos.

020. (CESGRANRIO/PETROBRAS/TÉCNICO/2012)

Marca de Óleo
Preço Desempenho Confiança
Combustível
V 10 8 5
X 8 8 7
W 4 9 7
Y 2 10 10
Z 1 10 9

A tabela apresenta as crenças de um determinado consumidor em relação a cinco marcas


de óleos combustíveis: Considere que esse consumidor atribui 40% de importância ao
atributo preço, 10% ao atributo desempenho e 50% ao atributo confiança.
Segundo a previsão desse modelo de expectativa em relação ao valor, a preferência desse
consumidor será exercida pelo óleo
a) V
b) X

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c) W
d) Y
e) Z

021. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2013) Um consumidor com renda mensal inicial


de R$ 1.000,00 gasta em transporte R$ 200,00 por mês. Sua renda mensal aumenta para R$
1.100,00, e o preço do transporte aumenta 50%, não ocorrendo qualquer outra alteração
de preços. Em sua nova posição de equilíbrio, esse consumidor gasta com transporte R$
250,00 por mês.
Considerando as alterações descritas acima, para esse consumidor, o(a)
a) transporte é um bem ou serviço inferior.
b) transporte não tem substitutos.
c) nível de bem-estar diminuiu.
d) nível de bem-estar aumentou.
e) demanda por transporte é totalmente elástica.

022. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


O efeito renda pode ser conceituado como sendo a resposta das horas de lazer demandadas
às mudanças na renda de um trabalhador, com os salários mantidos constantes.

023. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


O objetivo do trabalhador é a maximização da renda ou consumo, e não a maximização da
utilidade.

024. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da relação existente entre o comportamento do


mercado de trabalho e o nível de atividade e da relação existente entre salários, inflação e
desemprego, julgue o item a seguir.
Imigração, mudança nas preferências do trabalhador e mudanças tecnológicas deslocam
a curva de oferta de mão de obra.

025. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da relação existente entre o comportamento do


mercado de trabalho e o nível de atividade e da relação existente entre salários, inflação e
desemprego, julgue o item a seguir.
A curva de oferta de mão de obra é descendente por causa do produto marginal decrescente.

026. (ESAF/MTE/AFT/2003) A curva de oferta de trabalho que enfrenta um monopsonista


tem inclinação positiva porque:
a) os monopsonistas somente contratam mão de obra especializada.
b) outras indústrias competem por esses trabalhadores e empurram para cima o salário.

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c) ele deverá aumentar o salário caso queira atrair mais mão de obra.
d) políticas trabalhistas restringem a oferta de mão de obra para um monopsonista.
e) ele tem poder monopólico no mercado de bens finais.

027. (CESPE/BACEN/ANALISTA/2013) Julgue o seguinte item acerca da teoria dos ciclos


econômicos e do mercado de trabalho.
As curvas de oferta coletiva e individual de mão de obra têm inclinação positiva, com a
curva de oferta individual à direita da de oferta coletiva.

028. (CETRO/PREF.CAMPINAS/ECONOMISTA/2012) Sobre a oferta agregada, assinale a


alternativa correta.
a) A quantidade total de trabalho oferecida numa economia aumentará caso os salários
reais ultrapassem os montantes necessários para obter certo nível de mercadorias.
b) O nível geral de salários que a força de trabalho de uma economia recebe é indiferente
aos diversos salários recebidos numa economia para todos os diferentes tipos de emprego.
c) A totalidade da produtividade da mão de obra numa economia, além do número de
trabalhadores, está correlacionada também com as habilidades e hábitos dos trabalhadores,
quantidade e qualidade do capital e nível de tecnologia empregados.
d) A conversão do nível de salários monetários pagos pela utilização de mão de obra é
incompatível com os diferentes níveis de salários reais que ocorrem a cada nível de preços.

029. (UFPR/TJ-PR/ANALISTA/2006) Assinale a alternativa que traduz a explicação dada por


Arthur W. Lewis, no chamado modelo dualista, para o problema da mobilidade da mão de
obra do campo em direção das cidades.
a) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque a
modernização da agricultura gera desemprego no campo e força uma migração para as
cidades.
b) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque os
preços dos imóveis nas cidades são mais caros do que o preço dos imóveis do campo.
c) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque a política
de assentamento do homem no campo não realiza uma perfeita distribuição da terra.
d) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque a
oferta de serviços de saúde é maior no meio urbano do que nas cidades.
e) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque os
salários pagos no meio urbano são fixados acima do nível de subsistência da agricultura.

030. (CESPE/SENADO/CONSULTOR/2002) Considerando a perspectiva neoclássica e o


arcabouço analítico proposto por Hicks-Marshall, julgue o item subsequente.

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Pode-se caracterizar a idade ótima para aposentadoria em função do custo de oportunidade


decorrente do exercício da atividade profissional.

031. (CESPE/SENADO/CONSULTOR/2002) Com relação à perspectiva neoclássica do mercado


de trabalho, julgue o item abaixo.
Um aumento de salário sempre induzirá a uma elevação no número de horas que cada
trabalhador estará disposto a ofertar.

032. (CESPE/SENADO/CONSULTOR/2002) Com relação à perspectiva neoclássica do mercado


de trabalho, julgue o item abaixo.
Os trabalhadores possuem o mesmo salário de reserva (reservation wages), que pode ser
representado pela curva de oferta de mão de obra.

033. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Assinale a opção que indica o fator que torna a oferta
mais elástica.
a) Maior horizonte temporal de análise.
b) Limitação na oferta de terrenos.
c) Choque positivo na oferta de insumos produtivos.
d) Disponibilidade de substitutos próximos.
e) Bens menos necessários.

034. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) Considere a elasticidade-preço da demanda e da oferta de


um bem qualquer e as formas de incidência tributária na economia de um país:
I – Quando a oferta de um bem é mais elástica à variação do preço do que a demanda
(preço-inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do
que sobre os consumidores.
II – Quando a oferta de um bem é mais elástica à variação do preço do que a demanda
(preço-inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores
do que sobre os produtores.
III – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta
(preço-inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores
do que sobre os produtores.
IV – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta
(preço-inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do
que sobre os consumidores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.

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c) II e III.
d) II e IV.
e) I e IV.

035. (FGV/ALERO/CONSULTOR/2018) Considere o mercado de venda de imóveis, no qual a


oferta é fixa no curto prazo e a demanda é negativamente inclinada. Assinale a opção que
apresenta a estática comparativa que melhor se aplica a essa situação.
a) Um aumento no preço sem alteração na demanda eleva a quantidade de imóveis disponíveis
para venda.
b) A elasticidade preço da oferta varia com o equilíbrio de mercado.
c) Se as curvas de oferta e demanda se deslocarem no mesmo sentido e em magnitudes
iguais, o preço de equilíbrio não se altera.
d) A elasticidade preço da demanda depende da elasticidade preço da oferta.
e) Se o preço de equilibro é p, então o excesso de oferta e demanda serão iguais se o preço
praticado for p+1 e p-1, respectivamente.

036. (CESPE/MPOG/ECONOMISTA/2015) Em relação a preferências e curvas de indiferença


do consumidor racional, julgue o item a seguir.
Se o estudo for considerado um bem, na situação em que o candidato estuda cinco horas
e depois não consegue mais estudar, verifica-se a violação de ao menos um axioma das
preferências do consumidor.

037. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) Suponha que um indivíduo tenha apenas duas escolhas:


trabalho e lazer. Assim, o custo de oportunidade do lazer será
a) o salário esperado do trabalho.
b) o valor monetário das despesas com lazer.
c) a probabilidade de ficar desempregado.
d) o benefício do seguro-desemprego.
e) o custo do tempo de procurar um emprego.

038. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-ECONOMISTA/2021) No país Gama, para a produção dos


bens X e Y, é empregada apenas a mão de obra local. Em um dia, cada trabalhador é capaz
de produzir 2 unidades do bem X ou, alternativamente, 4 unidades do bem Y. Nesse caso,
é correto afirmar que:
a) o custo de oportunidade de se produzir 2 unidades do bem Y é de 2 unidades do bem X;
b) o custo de oportunidade de se produzir 1 unidade do bem X é de 1 unidade do bem Y;
c) o custo de oportunidade de se produzir 1 unidade do bem X é de 1/2 unidade do bem Y;
d) o custo de oportunidade de se produzir 1 unidade do bem Y é de 1/2 unidade do bem X;

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e) não é possível calcular o custo de oportunidade da produção do bem X ou do bem Y, pois


o enunciado não informa a oportunidade perdida com essa produção.

039. (FGV/FUNSAÚDE/ANALISTA-ADM/2021) Suponha que um técnico de enfermagem


empregado decida cursar faculdade de Medicina. O custo de oportunidade de realizar esse
curso será igual à
a) remuneração futura que será recebida como médico.
b) renda sacrificada recebida como técnico de enfermagem.
c) mensalidade da faculdade, no caso de ser privada.
d) perda de bem-estar por não cuidar dos pacientes durante o curso.
e) taxa interna de retorno esperado de se graduar em Medicina.

040. (FGV/SEFIN-RO/AUDITOR/2018) No mercado de trabalho, os trabalhadores ofertam mão


de obra e as empresas a demandam por um salário. Considere esse mercado competitivo
e que o trabalho e o capital são complementares. Uma inovação tecnológica, que reduza o
custo do capital utilizado pelas empresas, leva a
a) um aumento da participação das pessoas no mercado de trabalho.
b) uma redução salarial devido ao aumento do desemprego.
c) uma redução da produtividade do trabalho.
d) um impacto nulo, se o salário mínimo estiver abaixo do salário de equilíbrio entre oferta
e demanda.
e) um aumento da demanda por trabalhadores, elevando a produção.

041. (FGV/PREF-SALVADOR/TÉCNICO-NÍVEL-SUPERIOR/2017) O Governo Federal lançou


recentemente um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para seus servidores. Suponha um
servidor que recebeu uma proposta de emprego no setor privado por um salário menor e
resolve aderir ao PDV. Neste caso, o seu custo de oportunidade para adesão é
a) o valor oferecido pelo PDV.
b) o valor presente líquido dos rendimentos no setor privado.
c) o benefício previdenciário que receberá quando se aposentar no setor privado.
d) a diferença salarial do emprego no setor público federal em relação ao do setor privado.
e) a aplicação investida em um fundo de renda fixa.

042. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) Considere uma linha de produção executada por apenas


um trabalhador. Nesse processo produtivo, ele pode produzir o carro X e o carro Y utilizando
o capital disponível, em quantidades diferentes, em uma hora de trabalho.
Nessa hora de trabalho, a capacidade produtiva máxima deste trabalhador é representada
pela tabela a seguir:

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Carro X Carro Y
10 0
8 1
6 2
4 3
2 4
0 5

O custo de oportunidade de produzir uma unidade a mais do carro X e o custo de oportunidade


de produzir uma unidade a mais do carro Y são iguais, respectivamente, a
a) 1 unidade a menos do carro Y e 1 unidade a menos do carro X.
b) 0,5 unidade a menos do carro Y e 0,5 unidade a menos do carro X.
c) 2 unidades a menos do carro Y e 2 unidades a menos do carro X.
d) 0,5 unidade a menos do carro Y e 2 unidades a menos do carro X.
e) um valor entre 0 e 2, em ambos os casos, dependendo do nível de partida.

043. (CONSULPLAN/MAPA/ADMINISTRADOR/2014) “A Macroeconomia trata do comportamento


da economia como um todo – de períodos de prosperidade e de recessão” (Rossetti,
1997. p. 717.).
Constituem-se indicadores de desempenho macroeconômico, EXCETO:
a) Preço.
b) Emprego.
c) Produto agregado.
d) Eficiência das unidades produtivas.

044. (ESAF/MPOG/APO/2010-ADAPTADA) Julgue a afirmativa:


A Macroeconomia trata os mercados de forma global.

045. (VUNESP/BNDES/ANALISTA/2002) A diferença entre a Microeconomia e a Macroeconomia


é que, na primeira,
a) são estudadas a produção e a formação dos preços das pequenas e médias empresas
e, na segunda, das grandes.
b) é estudada a alocação dos recursos das empresas grandes e, na segunda, das pequenas.
c) são estudados o comportamento das empresas e dos consumidores e, na segunda, o
desempenho dos agregados econômicos, tais como o produto interno bruto e o nível geral
de preços.
d) utiliza-se a hipótese do tudo o mais constante (coeteris paribus), enquanto, na segunda, não.
e) a variável relevante a ser estudada é a taxa de desemprego, enquanto, na segunda, são
os preços relativos dos bens agrícolas.

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046. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) O momento atual da economia brasileira é um


ambiente de recursos restritos, que requer que a tomada de decisão das pessoas avalie
as vantagens e desvantagens de cada alternativa. Julgue o item seguinte, em relação aos
conceitos de custo oportunidade e fronteiras de possibilidade de produção.
O custo de oportunidade ao optar por um emprego de diretor em uma empresa com
remuneração fixa em vez de participar de uma sociedade de uma startup é igual para
qualquer pessoa.

047. (CESPE/PF/APF/2014) A Microeconomia constitui um segmento da ciência econômica


voltado para as relações entre os agentes econômicos e seus efeitos sobre preços e níveis
de equilíbrio. A respeito de Microeconomia, julgue o item subsequente.
Os modelos utilizados na Microeconomia são essencialmente de característica indutiva e
ignoram a complexidade do mundo real.

048. (CESPE/SEFAZ-ES/AFTE/2010) Com relação ao crescimento econômico, ao consumo


e ao investimento, julgue o próximo item.
A Macroeconomia estuda as flutuações econômicas e o produto efetivo em análises de curto
prazo. Já em avaliações de longo prazo, ela estuda o crescimento econômico e produto
potencial.

049. (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Com relação aos fundamentos da economia, julgue o


seguinte item.
A Macroeconomia não se ocupa da formação dos preços de um produto especificamente,
mas, sim, do comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específicos.

050. (INÉDITA/2021) Julgue:


O custo de oportunidade sempre é o mesmo para qualquer pessoa que opte por fazer
uma segunda faculdade em vez de aumentar a carga horária de trabalho e obter melhor
remuneração no emprego atual.

051. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) A teoria econômica utiliza o termo trade-off para explicar


a tomada de decisões por parte das pessoas. Segundo a teoria, toda a decisão requer a
comparação entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação.
O trade-off enfrentado pelo agente econômico implica um custo:
a) de oportunidade.
b) marginal.
c) de transação.
d) de eficiência.
e) de equidade.

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052. (CESPE/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2010) Acerca dos conceitos de Macroeconomia, julgue


o item que se segue.
A Macroeconomia, que estuda o índice geral de preços e a determinação da renda nacional,
também se ocupa do estudo de como é gerado e de como é possível um aumento no nível
agregado de recursos da economia.

053. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) A diferença entre a Macroeconomia e a Microeconomia se dá


a) pelas diferenças entre os tamanhos das plantas das firmas.
b) pelas formas de organização dos mercados, se mais concorrenciais ou mais monopolizados.
c) porque é exclusividade da Microeconomia o estudo de variáveis como a oferta, a demanda
e a produção.
d) porque a abordagem macroeconômica não leva em conta as expectativas dos agentes
econômicos.
e) porque se tratam de abordagens da ciência econômica que estudam diferentes graus
de agregação entre os agentes econômicos.

054. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Num mercado de trabalho as empresas são


demandantes da força de trabalho e as pessoas ofertam sua mão de obra em troca de salário.
A fixação de um salário mínimo acima do salário de equilíbrio de mercado gera
a) excesso de demanda e o nível de emprego fica acima de seu nível natural.
b) excesso de oferta, ocasionando desemprego.
c) escassez de oferta, com ofertas salariais crescentes.
d) escassez de demanda, com a oferta determinando o nível salarial.
e) um novo nível de equilíbrio entre oferta e demanda, com desemprego nulo.

055. (CESPE/ALECE/ANALISTA/2021) Considere-se que as curvas de oferta de trabalho e


demanda por trabalho são, respectivamente, positiva e negativamente inclinadas, embora
não perfeitamente elásticas ou inelásticas a mudanças no nível salarial. Dessa forma, em
caso de fixação, pelo governo, de salário mínimo acima do nível de equilíbrio do mercado
de trabalho, haveria
a) desemprego, decorrente do excesso de oferta.
b) sobre emprego, decorrente do excesso de demanda.
c) redução da oferta de trabalho, o que levaria a níveis salariais superiores àqueles propostos
pelo governo.
d) equilíbrio no nível salarial fixado pelo governo, pois a demanda se ajustará à oferta.
e) redução da demanda por trabalho, levando à informalidade e à redução forçada dos
níveis salariais propostos pelo governo.

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056. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


O estudo da Demanda por Trabalho abrange alguns temas concernentes à Microeconomia,
como a Teoria da Produção ou Firma, por serem as empresas responsáveis pela demanda
de mão de obra. No estudo da Oferta de Trabalho, de modo oposto, é importante o estudo
da Teoria do Consumidor.

057. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


A decisão de trabalhar, por parte de um trabalhador, não envolve uma decisão inequívoca
relacionada ao lazer.

058. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


O custo de oportunidade do trabalho é o que um trabalhador deixou de ganhar em termos
lazer.

059. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


A demanda por lazer e a oferta de trabalho variam em direções opostas: quando uma
diminui, a outra aumenta e vice-versa.

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GABARITO

1. C 21. d 41. d
2. E 22. C 42. d
3. E 23. E 43. d
4. C 24. E 44. C
5. C 25. E 45. c
6. C 26. c 46. E
7. C 27. C 47. E
8. E 28. c 48. C
9. E 29. e 49. E
10. c 30. C 50. E
11. e 31. E 51. a
12. a 32. E 52. C
13. e 33. a 53. e
14. a 34. d 54. b
15. c 35. c 55. a
16. b 36. C 56. C
17. c 37. a 57. E
18. c 38. d 58. C
19. d 39. b 59. C
20. b 40. e

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GABARITO COMENTADO

015. (CESGRANRIO/UNIRIO/ECONOMISTA/2019) Um investidor racional toma decisões


considerando o custo, o retorno e o risco de seu portfólio como um todo. Leve em conta
que esse investidor considera os custos de corretagem desprezíveis e que comprou uma
ação da empresa X por R$1.000,00, para compor seu portfólio. Um mês após, ele recebeu
várias propostas para vender a ação, a melhor delas, por R$1.500,00, e não aceitou vendê-la.
Ao decidir não vender, o investidor considerou o custo da ação da empresa X, presente em
seu portfólio, como sendo
a) R$1.000,00, pois foi o que ele pagou.
b) R$1.010,00, pois R$10,00 são juros no mês que teria recebido se investisse em renda
fixa, ao invés de comprar a ação.
c) R$1.500,00, pois foi o preço da melhor proposta que rejeitou.
d) R$0,00, pois já pagou pela ação.
e) R$2.000,00, pois estaria disposto a vender a ação a esse preço.

Note que o investidor pagou R$1.000 em uma ação, porém, um mês depois, uma outra
pessoa propôs pagar R$1.500 pela mesma ação.
Como o custo de oportunidade é o valor da próxima melhor alternativa que foi sacrificada
ao se fazer a escolha de permanecer com a ação, a melhor alternativa, neste caso, depois
da escolhida (que foi ficar com a ação), foi a proposta de R$1.500.
Letra c.

016. (CESGRANRIO/PETROBRAS/ECONOMISTA/2018) Observe o trecho abaixo:


(...) se os combustíveis fósseis representam um grande problema para o meio ambiente,
para a energia eles representam uma grande solução.
JUNIOR, H.Q.et al. (organização). Economia da Energia: fundamentos econômicos, evolução histórica e
organização industrial. Rio de Janeiro. Elsevier, 2016.

O antagonismo descrito pelo autor aponta um conflito que se traduz em um trade-off de


objetivos, o qual o Estado deve gerir.
Esses objetivos são a(o)
a) mitigação da mudança climática e a garantia da redução de emissões
b) mitigação da mudança climática e a garantia da segurança energética
c) diminuição da demanda por energia e o aumento da frota de veículos elétricos
d) aumento da oferta de fontes renováveis e a garantia de segurança energética
e) aumento da segurança energética e o aumento da frota de veículos a etanol

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Temos que encontrar uma alternativa que apresente um dilema (trade-off). Note que,
na alternativa B, com a mitigação da mudança climática e a garantia da segurança
energética, temos um dilema.
De um lado, temos a necessidade de se mitigar a mudança climática para a sustentabilidade
do planeta e da qualidade de vida das gerações futuras, contudo, em contraste, também
temos a necessidade da continuidade da exploração de combustíveis fósseis extremamente
poluentes para manutenção/aumento do nível de produção e consumo no presente.
Vamos apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Aqui não existe dilema, as duas situações apresentadas são no sentido da
preservação ambiental em detrimento da segurança energética, por meio da utilização de
combustíveis fósseis.
c) Errada. Aqui não existe dilema, as duas situações apresentadas são no sentido da
preservação ambiental em detrimento da segurança energética, por meio da utilização de
combustíveis fósseis.
d) Errada. Aqui consegue-se atender tanto ao meio ambiente, quanto à segurança energética
(limpa), ou seja, inexiste trade-off.
e) Errada. Também não existe dilema, já que o aumento da frota de veículos a etanol também
favorece o aumento da segurança energética.
Letra b.

017. (CESGRANRIO/BNDES/BIBLIOTECONOMISTA/2013) Macroeconomia é o estudo da


estrutura de economias nacionais e das políticas econômicas exercidas pelos seus governos,
com o objetivo de melhorar o desempenho econômico doméstico.
NÃO se considera como uma questão pertencente ao ramo da Macroeconomia aquela que
a) causa desemprego.
b) causa aumento de preços.
c) causa o desequilíbrio entre oferta e demanda de produtos.
d) causa volatilidade da atividade econômica de uma nação.
e) determina o crescimento econômico de uma nação ao longo do tempo.

O estudo da Macroeconomia foca na estrutura de economias nacionais e nas políticas


econômicas exercidas pelos seus governos, com o objetivo de melhorar o desempenho
econômico, tendo como objeto a avaliação dos agregados macroeconômicos.
Não faz parte do estudo da Macro os aspectos pertinentes aos mercados, quando vistos
de maneira individualizada, tema pertinente ao estudo da Microeconomia, por se tratar da
relação entre oferta e demanda em mercados de produtos específicos.

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Nas demais, alternativas temos exemplos de objetos de estudo da Macroeconomia.


Letra c.

018. (CESGRANRIO/CEF/TÉCNICO/2012) A gestão da economia visa a atender às necessidades


de bens e serviços da sociedade e também a atingir determinados objetivos sociais e
macroeconômicos, tais como pleno emprego, distribuição de riqueza e estabilidade de preços.
Para que isso ocorra, o governo atua por meio de
a) ações fiscais
b) ações monetárias
c) políticas econômicas
d) políticas de relações internacionais
e) diretrizes fiscais e orçamentárias

O conjunto de medidas governamentais planejadas para atingir determinadas finalidades


econômicas, tais como pleno emprego, distribuição de riqueza e estabilidade de preços, é
denominado política econômica, podendo ser fiscal, monetária, de rendas ou comercial/
externa.
Letra c.

019. (CESGRANRIO/INEA/ECONOMISTA/2008) O investimento em capital físico ou em capital


humano tem um custo de oportunidade. A respeito de tal custo, pode-se afirmar que
a) a concentração elevada da distribuição da renda é o custo do crescimento.
b) a insuficiência de demanda agregada é o custo do crescimento econômico.
c) a poupança externa e o investimento estrangeiro podem eliminar os custos do crescimento
econômico.
d) o crescimento econômico implica custos de redução de consumo e do lazer da população.
e) uma política vigorosa de incentivo às exportações propicia o crescimento econômico
com custos mínimos.

A variável investimento é a responsável por gerar processos de crescimento de longo prazo,


uma vez que, por meio do investimento, a oferta no longo prazo é ampliada em decorrência
do aumento da capacidade produtiva da economia.
Perceba que o investimento depende da poupança e, considerando que a maneira de gerar
crescimento é aumentando a poupança, temos um trade-off entre consumo (presente) e
poupança (consumo futuro).

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Portanto, podemos concluir que, para poder investir mais, é necessário aumentar a taxa
de poupança da economia via redução de parte do consumo e do lazer no presente.
Letra d.

020. (CESGRANRIO/PETROBRAS/TÉCNICO/2012)

Marca de Óleo
Preço Desempenho Confiança
Combustível
V 10 8 5
X 8 8 7
W 4 9 7
Y 2 10 10
Z 1 10 9

A tabela apresenta as crenças de um determinado consumidor em relação a cinco marcas


de óleos combustíveis: Considere que esse consumidor atribui 40% de importância ao
atributo preço, 10% ao atributo desempenho e 50% ao atributo confiança.
Segundo a previsão desse modelo de expectativa em relação ao valor, a preferência desse
consumidor será exercida pelo óleo
a) V
b) X
c) W
d) Y
e) Z

Note que os preços são avaliados em atributos, ou seja, números maiores representam
preços menores.
Veja, por exemplo, que o óleo V é mais barato do que o óleo Z.
Agora, vamos aos cálculos de valor que o consumidor atribui a cada óleo combustível, sabendo
que ele atribui 40% de importância ao atributo preço, 10% ao atributo desempenho e 50%
ao atributo confiança.
Nesse contexto, cada óleo terá sua avaliação realizada por meio da seguinte função:
Valor = 0,4P + 0,1D + 0,5C
em que:
P é preço
D é o desempenho
C é a confiança.
Mãos à obra!

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V – Valor V = 0,4×10 + 0,1×8 +0,5×5


Valor V = 4 +0,8 +2,5
Valor V = 7,3
X – Valor X = 0,4×8 + 0,1×8 + 0,5×7
Valor X = 3,2 +0,8 +3,5
Valor X =7,5
W
Valor W = 0,4×4 + 0,1×9 + 0,5×7
Valor W = 1,6 + 0,9 +3,5
Valor W = 6
Y
Valor Y = 0,4×2 + 0,1×10 + 0,5×10
Valor Y = 0,8 + 1 + 5
Valor Y =6,8
Z
Valor Z = 0,4×1 +0,1×10 +0,5×9
Valor Z = 0,4 + 1 +4,5
Valor Z = 5,9
Logo, o consumidor atribui maior valor à marca X de óleo combustível (nota 7,5).
Letra b.

021. (CESGRANRIO/BNDES/ECONOMISTA/2013) Um consumidor com renda mensal inicial


de R$ 1.000,00 gasta em transporte R$ 200,00 por mês. Sua renda mensal aumenta para R$
1.100,00, e o preço do transporte aumenta 50%, não ocorrendo qualquer outra alteração
de preços. Em sua nova posição de equilíbrio, esse consumidor gasta com transporte R$
250,00 por mês.
Considerando as alterações descritas acima, para esse consumidor, o(a)
a) transporte é um bem ou serviço inferior.
b) transporte não tem substitutos.
c) nível de bem-estar diminuiu.
d) nível de bem-estar aumentou.
e) demanda por transporte é totalmente elástica.

Observe que o aumento no preço do transporte em 50% elevou os gastos com transportes
em R$ 100,00, reduzindo o poder de compra do consumidor em 10% antes do aumento da
renda, a qual também aumentou 10%.

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Assim, antes do aumento da renda e da passagem, o consumidor gastava 20% da renda


com transporte. Após o aumento do preço da passagem, ele passou a comprometer 30% da
renda com transporte, todavia, após o aumento da renda, passou a comprometer 22,72%
da renda com transporte.
Podemos notar, portanto, que o bem-estar do consumidor aumentou.
Perceba que o preço do transporte aumenta em 50% e o comprometimento da renda com
transporte passou de 20% para 22,72%, ou seja, houve uma elevação final de 2,72% da
renda com gastos de transporte.
Dessa forma, o aumento do gasto com o bem é menor do que o aumento de preço desse
bem e, por isso, pode-se afirmar que o bem-estar aumentou.
Letra d.

022. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


O efeito renda pode ser conceituado como sendo a resposta das horas de lazer demandadas
às mudanças na renda de um trabalhador, com os salários mantidos constantes.

Ora, se a renda aumenta e os salários mantêm-se constantes, a oferta de trabalho cai e a


resposta das horas de lazer demandadas às mudanças na renda, com os salários mantidos
constantes, é chamada de efeito renda.
Esse efeito renda é baseado no fato de que, à medida que as rendas se elevam, mantendo-
se o custo de oportunidade do lazer constante (salários constantes), as pessoas desejarão
consumir mais lazer (o que significa trabalhar menos).
Certo.

023. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


O objetivo do trabalhador é a maximização da renda ou consumo, e não a maximização da
utilidade.

O raciocínio de que a objetivo do trabalhador é a maximização da renda, ou seja, quanto


mais renda, mais consumo, e quanto mais consumo, melhor será atingido o seu objetivo,
está equivocado.
O objetivo do trabalhador não é maximização da renda ou consumo, mas, sim, a maximização
da UTILIDADE ou SATISFAÇÃO.
Como cada pessoa possui o seu conjunto de preferências, há pessoas que têm grande
propensão a trabalhar cada vez mais, com o intuito de ter cada vez mais renda/consumo.
De outra linhagem, há pessoas que não trocam seu lazer por nada neste mundo!

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O importante é você entender que, em ambas as situações, ainda que, implicitamente,


tenta-se maximizar as suas utilidades.
Errado.

024. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da relação existente entre o comportamento do


mercado de trabalho e o nível de atividade e da relação existente entre salários, inflação e
desemprego, julgue o item a seguir.
Imigração, mudança nas preferências do trabalhador e mudanças tecnológicas deslocam
a curva de oferta de mão de obra.

Colega, na verdade, a curva de oferta de trabalho relaciona as quantidades de trabalhadores


dispostos a trabalhar a um determinado valor de salário real. Essa curva é ascendente, dada
a relação direta entre as variáveis.
Por sua vez, as mudanças incorridas ao longo da curva de oferta de trabalho são geradas por
fatores que afetam o salário real e as preferências do trabalhador em permutar trabalho
por lazer.
Logo, as mudanças nas preferências do trabalhador não deslocam a curva, mas, sim,
provocam alterações ao longo da curva de oferta sem deslocá-la.
Errado.

025. (CESPE/MPU/ANALISTA/2010) Acerca da relação existente entre o comportamento do


mercado de trabalho e o nível de atividade e da relação existente entre salários, inflação e
desemprego, julgue o item a seguir.
A curva de oferta de mão de obra é descendente por causa do produto marginal decrescente.

A curva de oferta de trabalho relaciona as quantidades de trabalhadores dispostos a


trabalhar a um determinado valor de salário real.
Tal curva é ascendente, dada a relação direta entre as variáveis.
Logo, quanto maior o salário, mais trabalhadores vão se interessar em ofertar sua força
de trabalho.
Errado.

026. (ESAF/MTE/AFT/2003) A curva de oferta de trabalho que enfrenta um monopsonista


tem inclinação positiva porque:
a) os monopsonistas somente contratam mão de obra especializada.

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b) outras indústrias competem por esses trabalhadores e empurram para cima o salário.
c) ele deverá aumentar o salário caso queira atrair mais mão de obra.
d) políticas trabalhistas restringem a oferta de mão de obra para um monopsonista.
e) ele tem poder monopólico no mercado de bens finais.

Vamos analisar as alternativas e escolher a correta.


a) Falsa. Na verdade, o monopsonista pode contratar qualquer tipo de trabalhador.
b) Falsa. Como ele é o único contratante empregador, não existe competição com outras
firmas nesse sentido.
c) Verdadeira. Isso é a regra básica de qualquer mercado e vale para o monopsonista também.
d) Falsa. Nesse tipo de mercado, não há essa influência política.
e) Falsa. O monopsonista tem o poder monopolista sobre a contratação de trabalhadores,
mas não sobre a venda de bens finais.
Letra c.

027. (CESPE/BACEN/ANALISTA/2013) Julgue o seguinte item acerca da teoria dos ciclos


econômicos e do mercado de trabalho.
As curvas de oferta coletiva e individual de mão de obra têm inclinação positiva, com a
curva de oferta individual à direita da de oferta coletiva.

Colega, importante registrar que a questão em tela trata sobre OFERTA COLETIVA de
trabalho e NÃO sobre OFERTA AGREGADA!
Calma!
Vamos decifrar isso!
A Curva de Oferta Agregada é aquela que, como o nome sugere, agrega ( junta) as ofertas
individuais dos trabalhadores.
De modo distinto, a Curva de Oferta Coletiva é aquela que representa a oferta de trabalho
de modo coletivo.
Apesar de ambas as curvas terem inclinação positiva, entretanto, existe uma diferença
importante entre esses conceitos, pois a um determinado salário real, a oferta de horas de
trabalho negociada individualmente será superior à coletiva, em função do maior poder de
barganha dos trabalhadores na oferta coletiva e da maior concorrência na oferta agregada.
Trocando em miúdos, isso quer dizer que, quando os trabalhadores ofertam coletivamente
sua força de trabalho, eles têm mais poder de barganha nessa negociação e concorrem
menos entre si, o que gera uma tendência de conseguir um salário melhor para todos.
Certo.

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028. (CETRO/PREF.CAMPINAS/ECONOMISTA/2012) Sobre a oferta agregada, assinale a


alternativa correta.
a) A quantidade total de trabalho oferecida numa economia aumentará caso os salários
reais ultrapassem os montantes necessários para obter certo nível de mercadorias.
b) O nível geral de salários que a força de trabalho de uma economia recebe é indiferente
aos diversos salários recebidos numa economia para todos os diferentes tipos de emprego.
c) A totalidade da produtividade da mão de obra numa economia, além do número de
trabalhadores, está correlacionada também com as habilidades e hábitos dos trabalhadores,
quantidade e qualidade do capital e nível de tecnologia empregados.
d) A conversão do nível de salários monetários pagos pela utilização de mão de obra é
incompatível com os diferentes níveis de salários reais que ocorrem a cada nível de preços.

A questão trata da Oferta Agregada, aquela que, como o nome sugere, agrega ( junta) as
ofertas individuais dos trabalhadores.
Vamos analisar cada uma das alternativas e escolher a correta.
a) Errada. O examinador fez uma confusão, tentando desorientar o candidato, uma vez
que, a partir de determinado nível salarial real elevado, não há oferta da oferta de trabalho.
b) Errada. Na verdade, o nível geral de salários é calculado/definido, justamente, quando
são computados os diversos salários existentes em uma determinada economia, em um
determinado período.
c) Certa. A produtividade total de uma economia nada mais é do que a combinação dos
aspectos mencionados na assertiva:
• Habilidades e hábitos dos trabalhadores;
• Quantidade e qualidade do capital; e
• Nível de tecnologia empregados.
d) Errada. Em verdade, os salários nominal e real, embora sendo conceitos distintos entre
si, estão plenamente correlacionados.
Letra c.

029. (UFPR/TJ-PR/ANALISTA/2006) Assinale a alternativa que traduz a explicação dada por


Arthur W. Lewis, no chamado modelo dualista, para o problema da mobilidade da mão de
obra do campo em direção das cidades.
a) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque a
modernização da agricultura gera desemprego no campo e força uma migração para as
cidades.
b) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque os
preços dos imóveis nas cidades são mais caros do que o preço dos imóveis do campo.

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c) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque a política
de assentamento do homem no campo não realiza uma perfeita distribuição da terra.
d) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque a
oferta de serviços de saúde é maior no meio urbano do que nas cidades.
e) A mobilidade de mão de obra do meio rural em direção das cidades ocorre porque os
salários pagos no meio urbano são fixados acima do nível de subsistência da agricultura.

O chamado modelo dualista de Arthur W. Lewis, embora não venha explícito em nosso
edital, merece ao menos ser mencionado.
O modelo dualista de Lewis, em seu conceito, faz referência à coexistência de dois setores
econômicos dentro do mesmo espaço, separados por diferentes graus de desenvolvimento
e padrões de demanda dessa economia.
Nessa linha de raciocínio, enquanto um setor usa intensivamente o fator de produção capital
e acaba sendo tecnologicamente mais avançado, o outro segmento foca em ser intensivo
de mão de obra, sendo mais atrasado em termos tecnológicos.
Diante desse pensamento, lendo as alternativas, podemos ver que a alternativa E dispõe
desse sentido, sendo o gabarito.
Letra e.

030. (CESPE/SENADO/CONSULTOR/2002) Considerando a perspectiva neoclássica e o


arcabouço analítico proposto por Hicks-Marshall, julgue o item subsequente.
Pode-se caracterizar a idade ótima para aposentadoria em função do custo de oportunidade
decorrente do exercício da atividade profissional.

A premissa é a de que o indivíduo oferta menos trabalho conforme aumenta o custo de


oportunidade de desfrutar de consumo e lazer.
Na situação específica da aposentadoria, o aposentado pode receber uma renda não
trabalho, aumentando suas possibilidades de consumo mesmo sem trabalhar.
Dessa forma, quando o trabalhador decide se aposentar, ele deve ter chegado à conclusão
de que o nível de consumo que ele obterá com a renda não trabalho resultará em maior
utilidade do que a renda que recebe trabalhando.
Certo.

031. (CESPE/SENADO/CONSULTOR/2002) Com relação à perspectiva neoclássica do mercado


de trabalho, julgue o item abaixo.

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Um aumento de salário sempre induzirá a uma elevação no número de horas que cada
trabalhador estará disposto a ofertar.

Na verdade, quando o efeito renda supera o efeito substituição, os aumentos no salário


geram redução no número de horas que cada trabalhador se dispõe a ofertar.
Errado.

032. (CESPE/SENADO/CONSULTOR/2002) Com relação à perspectiva neoclássica do mercado


de trabalho, julgue o item abaixo.
Os trabalhadores possuem o mesmo salário de reserva (reservation wages), que pode ser
representado pela curva de oferta de mão de obra.

Na verdade, como cada trabalhador possui suas próprias preferências, os seus salários de
reserva também são individuais.
Errado.

033. (FGV/SEFAZ-AM/TÉCNICO/2022) Assinale a opção que indica o fator que torna a oferta
mais elástica.
a) Maior horizonte temporal de análise.
b) Limitação na oferta de terrenos.
c) Choque positivo na oferta de insumos produtivos.
d) Disponibilidade de substitutos próximos.
e) Bens menos necessários.

As pessoas e firmas vão se ajustando ao longo tempo.


No que diz respeito à demanda, Mankiw nos traz o exemplo do aumento do preço de
gasolina, situação em que, inicialmente, a quantidade demandada diminui pouco, porém,
com o passar do tempo, as pessoas usam mais transporte público, moram mais próximo do
trabalho, compram carros mais econômicos e a demanda por gasolina fica mais elástica.
Em relação à oferta, nas palavras de Mankiw:

na maioria dos mercados, um determinante-chave da elasticidade-preço da oferta é o período


que está sendo considerado. A oferta é, geralmente, mais elástica no longo prazo do que no
curto. No curto prazo, as empresas não podem mudar facilmente o tamanho de suas plantas
para produzir uma quantidade maior ou menor. No longo prazo, as empresas podem construir
ou fechar fábricas. Além disso, novas empresas podem entrar e sair. Assim, no longo prazo, a
quantidade ofertada pode reagir de maneira substancial a mudanças no preço.

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Vamos apontar os erros das demais alternativas.


b) Errada. Na verdade, gera deslocamento da curva de oferta, mas não alteração de sua
inclinação (sensibilidade).
c) Errada. Na verdade, gera deslocamento da curva de oferta, mas não alteração de sua
inclinação (sensibilidade).
d) Errada. Na verdade, afeta a demanda.
e) Errada. Na verdade, afeta a demanda.
Letra a.

034. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) Considere a elasticidade-preço da demanda e da oferta de


um bem qualquer e as formas de incidência tributária na economia de um país:
I – Quando a oferta de um bem é mais elástica à variação do preço do que a demanda
(preço-inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do
que sobre os consumidores.
II – Quando a oferta de um bem é mais elástica à variação do preço do que a demanda
(preço-inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores
do que sobre os produtores.
III – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta
(preço-inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os consumidores
do que sobre os produtores.
IV – Quando a demanda por um bem é mais elástica à variação do preço do que a oferta
(preço-inelástica), a incidência tributária recai mais pesadamente sobre os produtores do
que sobre os consumidores.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I e IV.

A I está errada porque o maior peso da tributação cai nas costas do contribuinte, dado que
a demanda é mais inelástica do que a oferta, ou seja, ocorre maior variação na quantidade
ofertada do que na demandada, quando o preço é majorado.
Seguindo a linha de raciocínio do item I, a II está correta.
A III, por sua vez, é falsa! Observe que, quando a demanda tem maior grau de elasticidade
em função dos preços que a oferta, os ofertantes arcarão mais com o ônus tributário.

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Seguindo a linha de raciocínio do item III, a IV está correta.


Então, temos II e IV corretas.
Letra d.

035. (FGV/ALERO/CONSULTOR/2018) Considere o mercado de venda de imóveis, no qual a


oferta é fixa no curto prazo e a demanda é negativamente inclinada. Assinale a opção que
apresenta a estática comparativa que melhor se aplica a essa situação.
a) Um aumento no preço sem alteração na demanda eleva a quantidade de imóveis disponíveis
para venda.
b) A elasticidade preço da oferta varia com o equilíbrio de mercado.
c) Se as curvas de oferta e demanda se deslocarem no mesmo sentido e em magnitudes
iguais, o preço de equilíbrio não se altera.
d) A elasticidade preço da demanda depende da elasticidade preço da oferta.
e) Se o preço de equilibro é p, então o excesso de oferta e demanda serão iguais se o preço
praticado for p+1 e p-1, respectivamente.

Quando ocorre um deslocamento da oferta e da demanda no mesmo sentido e na mesma


proporção, o preço de equilíbrio permanece o mesmo, visto que uma oferta maior será
absorvida por uma demanda igualmente maior. Confira no gráfico:

Vamos apontar os erros das demais alternativas:


a) Errada. Como a oferta é fixa, não temos alteração da quantidade de imóveis disponíveis
para venda. Em outras palavras, a oferta fixa é insensível às variações de preços.
b) Errada. Note que, como a oferta não é sensível a variações de preço, a elasticidade-preço
da oferta é nula.

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d) Errada. Na verdade, a elasticidade-preço da demanda e da oferta são variáveis


independentes entre si.
e) Errada. Na realidade, depende da curva de demanda. Se a demanda for não linear, a
alternativa é falsa.
Letra c.

036. (CESPE/MPOG/ECONOMISTA/2015) Em relação a preferências e curvas de indiferença


do consumidor racional, julgue o item a seguir.
Se o estudo for considerado um bem, na situação em que o candidato estuda cinco horas
e depois não consegue mais estudar, verifica-se a violação de ao menos um axioma das
preferências do consumidor.

Ora, se o estudo for considerado um bem, de acordo com a teoria do consumidor, então
estudar 3 horas deveria gerar uma utilidade ao candidato maior do que aquela que ele
obtém com 2 horas de estudo. Se o candidato não consegue estudar uma 3ª hora, então
a utilidade marginal de obter essa 3ª hora de estudo é nula e, de fato, estará violado um
axioma das preferências do consumidor, de que mais é melhor do que menos, ou seja, o
princípio da não saciedade.
Certo.

037. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) Suponha que um indivíduo tenha apenas duas escolhas:


trabalho e lazer. Assim, o custo de oportunidade do lazer será
a) o salário esperado do trabalho.
b) o valor monetário das despesas com lazer.
c) a probabilidade de ficar desempregado.
d) o benefício do seguro-desemprego.
e) o custo do tempo de procurar um emprego.

O custo de oportunidade é o que se abre mão ao se escolher outra opção. Na questão em


tela, a escolha do indivíduo deve ser feita entre trabalho e lazer. Em outras palavras, ou opta
pelo trabalho ou pelo lazer, de acordo com o que julga ser mais “lucrativo/melhor” para ele.
Quando o indivíduo usufrui de lazer, o custo de oportunidade do lazer é aquilo que ele está
deixando de ganhar com o trabalho, que é o salário esperado do trabalho.
Letra a.

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038. (FGV/TJ-RO/ANALISTA-JUD-ECONOMISTA/2021) No país Gama, para a produção dos


bens X e Y, é empregada apenas a mão de obra local. Em um dia, cada trabalhador é capaz
de produzir 2 unidades do bem X ou, alternativamente, 4 unidades do bem Y. Nesse caso,
é correto afirmar que:
a) o custo de oportunidade de se produzir 2 unidades do bem Y é de 2 unidades do bem X;
b) o custo de oportunidade de se produzir 1 unidade do bem X é de 1 unidade do bem Y;
c) o custo de oportunidade de se produzir 1 unidade do bem X é de 1/2 unidade do bem Y;
d) o custo de oportunidade de se produzir 1 unidade do bem Y é de 1/2 unidade do bem X;
e) não é possível calcular o custo de oportunidade da produção do bem X ou do bem Y, pois
o enunciado não informa a oportunidade perdida com essa produção.

Na economia em tela, apenas são produzidos os bens X e Y e essas são as possibilidades de


produção diária para cada trabalhador: 2X = 4Y
Em outras palavras, cada trabalhador produz 2X ou produz 4Y.
Agora vamos encontrar o custo de oportunidade:
X = 4/2Y
X = 2Y.
Assim, o custo de oportunidade de produzir 1 unidade do bem X é deixar de produzir 2
unidades do bem Y.
Y = 2/4X
Y = 1/2X.
Portanto, o custo de oportunidade de produzir 1 unidade do bem Y é deixar de produzir
1/2 unidade do bem X.
Letra d.

039. (FGV/FUNSAÚDE/ANALISTA-ADM/2021) Suponha que um técnico de enfermagem


empregado decida cursar faculdade de Medicina. O custo de oportunidade de realizar esse
curso será igual à
a) remuneração futura que será recebida como médico.
b) renda sacrificada recebida como técnico de enfermagem.
c) mensalidade da faculdade, no caso de ser privada.
d) perda de bem-estar por não cuidar dos pacientes durante o curso.
e) taxa interna de retorno esperado de se graduar em Medicina.

O custo de oportunidade de qualquer coisa é aquilo que você abre mão para obtê-lo. Por
isso, quando um técnico em enfermagem sai de seu emprego para cursar a faculdade de

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medicina, ele está abrindo mão economicamente do salário que recebia no emprego de
técnico de enfermagem.
Letra b.

040. (FGV/SEFIN-RO/AUDITOR/2018) No mercado de trabalho, os trabalhadores ofertam mão


de obra e as empresas a demandam por um salário. Considere esse mercado competitivo
e que o trabalho e o capital são complementares. Uma inovação tecnológica, que reduza o
custo do capital utilizado pelas empresas, leva a
a) um aumento da participação das pessoas no mercado de trabalho.
b) uma redução salarial devido ao aumento do desemprego.
c) uma redução da produtividade do trabalho.
d) um impacto nulo, se o salário mínimo estiver abaixo do salário de equilíbrio entre oferta
e demanda.
e) um aumento da demanda por trabalhadores, elevando a produção.

Devemos considerar que o enunciado diz que capital e trabalho são complementares. Dessa
forma, se esses fatores de produção são complementares, quanto maior for a demanda
por capital, maior será a demanda por trabalho.
Além disso, o enunciado afirma que, com a evolução tecnológica, o custo do capital caiu,
gerando aumento da sua demanda. Então, se estamos falando de bens complementares,
a elevação da demanda por capital elevará a demanda por trabalho. Considerando que a
oferta de trabalho é a mesma, o desemprego acaba diminuindo com o aumento da demanda,
resultando em aumento da produção.
Vamos comentar as demais alternativas:
a) Errada. De acordo com o enunciado, a oferta de trabalho não muda.
b) Errada. Na verdade, a elevação da demanda por capital eleva a demanda por trabalho e,
como a oferta de trabalho é a mesma, o desemprego acaba diminuindo.
c) Errada. Na realidade, a produtividade vai ser tanto maior quanto maior for o estoque de
capital (incluindo a tecnologia aplicada).
d) Errada. Se o salário-mínimo estiver abaixo do ponto de equilíbrio, com o aumento da
demanda por trabalho, a tendência é que o impacto não seja nulo, e sim positivo.
Letra e.

041. (FGV/PREF-SALVADOR/TÉCNICO-NÍVEL-SUPERIOR/2017) O Governo Federal lançou


recentemente um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para seus servidores. Suponha um
servidor que recebeu uma proposta de emprego no setor privado por um salário menor e
resolve aderir ao PDV. Neste caso, o seu custo de oportunidade para adesão é
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a) o valor oferecido pelo PDV.


b) o valor presente líquido dos rendimentos no setor privado.
c) o benefício previdenciário que receberá quando se aposentar no setor privado.
d) a diferença salarial do emprego no setor público federal em relação ao do setor privado.
e) a aplicação investida em um fundo de renda fixa.

De acordo com o enunciado, o salário na inciativa privada é menor, seja em termos financeiros
ou em aspectos subjetivos, como melhor ambiente de trabalho, mas o enunciado deixou
expresso a diferença salarial. Quando o servidor mudar de cargo, ele abre mão da diferença
entre o salário do setor público (maior) e o salário da diferença do setor privado (menor).
Sobre as demais alternativas:
a) Errada. Representa um ganho decorrente da escolha.
b) Errada. Representa um ganho decorrente da escolha.
c) Errada. Representa um ganho decorrente da escolha.
e) Errada. Alternativa desconexa com o enunciado da questão.
Letra d.

042. (FGV/PC-AM/PERITO/2022) Considere uma linha de produção executada por apenas


um trabalhador. Nesse processo produtivo, ele pode produzir o carro X e o carro Y utilizando
o capital disponível, em quantidades diferentes, em uma hora de trabalho.
Nessa hora de trabalho, a capacidade produtiva máxima deste trabalhador é representada
pela tabela a seguir:
Carro X Carro Y
10 0
8 1
6 2
4 3
2 4
0 5

O custo de oportunidade de produzir uma unidade a mais do carro X e o custo de oportunidade


de produzir uma unidade a mais do carro Y são iguais, respectivamente, a
a) 1 unidade a menos do carro Y e 1 unidade a menos do carro X.
b) 0,5 unidade a menos do carro Y e 0,5 unidade a menos do carro X.
c) 2 unidades a menos do carro Y e 2 unidades a menos do carro X.
d) 0,5 unidade a menos do carro Y e 2 unidades a menos do carro X.
e) um valor entre 0 e 2, em ambos os casos, dependendo do nível de partida.

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Note que o examinador pede primeiro o custo de oportunidade de produzir uma unidade
a mais do carro X. Em outras palavras, precisamos saber o valor que deixamos de produzir
de Y ao produzir uma unidade de X.
Perceba que, de 0 unidades de X para 2 unidades de X, deixei de produzir 1 unidade de Y
(5-4). Logo, é só fazermos a proporção:
2 --- 1
1 --- x
x = 0,5.
Assim, o custo de oportunidade de produzir uma unidade a mais do carro X é deixar de
produzir 0,5 unidades de Y.
Agora, vamos identificar o custo de oportunidade de produzir uma unidade a mais do carro
Y. Desse modo, para produzir uma unidade de Y, quanto é preciso deixar de produzir de X.
De 0 unidades de Y para 1 unidades de Y, deixei de produzir 2 unidades de X (10-8). Nesse
caso, já está direto. Então, o custo de oportunidade de produzir uma unidade a mais do
carro Y é deixar de produzir 2 unidades de X.
Letra d.

043. (CONSULPLAN/MAPA/ADMINISTRADOR/2014) “A Macroeconomia trata do comportamento


da economia como um todo – de períodos de prosperidade e de recessão” (Rossetti,
1997. p. 717.).
Constituem-se indicadores de desempenho macroeconômico, EXCETO:
a) Preço.
b) Emprego.
c) Produto agregado.
d) Eficiência das unidades produtivas.

A eficiência das unidades produtivas é um tema relacionado à Microeconomia, já que


avalia a “árvore”, ou seja, avalia o desempenho individual da produção de uma firma ou
setor da economia, e não a economia de forma geral. Preço (preços em sentido amplo),
Emprego (nível geral de emprego) e Produto agregado são indicadores macroeconômicos
relevantes.
Letra d.

044. (ESAF/MPOG/APO/2010-ADAPTADA) Julgue a afirmativa:


A Macroeconomia trata os mercados de forma global.
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Guarde que, enquanto a Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados


econômicos de forma global, a Microeconomia foca na individualidade dos agentes ou setores.
Certo.

045. (VUNESP/BNDES/ANALISTA/2002) A diferença entre a Microeconomia e a Macroeconomia


é que, na primeira,
a) são estudadas a produção e a formação dos preços das pequenas e médias empresas
e, na segunda, das grandes.
b) é estudada a alocação dos recursos das empresas grandes e, na segunda, das pequenas.
c) são estudados o comportamento das empresas e dos consumidores e, na segunda, o
desempenho dos agregados econômicos, tais como o produto interno bruto e o nível geral
de preços.
d) utiliza-se a hipótese do tudo o mais constante (coeteris paribus), enquanto, na segunda,
não.
e) a variável relevante a ser estudada é a taxa de desemprego, enquanto, na segunda, são
os preços relativos dos bens agrícolas.

Na Microeconomia, o foco é o estudo do comportamento dos consumidores ou das empresas


de forma individual, ou numa análise de determinado mercado apenas, enquanto na
Macroeconomia, o foco é o estudo dos agregados econômicos, tais como o nível geral de
preços, a renda agregada, o consumo agregado etc.
Vamos agora comentar as demais alternativas:
a) Errada. Os termos “macro” e “micro” não estão relacionados ao tamanho das empresas
que analisam, mas sim de acordo com o nível de agregação da análise econômica.
b) Errada. Os termos “macro” e “micro” não estão relacionados ao tamanho das empresas
que analisam, mas sim de acordo com o nível de agregação da análise econômica.
d) Errada. Essa hipótese serve para a análise estática na ciência econômica, podendo ser
aplicada tanto em Micro quanto na Macroeconomia.
e) Errada. A taxa de desemprego é uma das variáveis estudadas na Macroeconomia e os
preços relativos de determinados bens são estudados em Microeconomia.
Letra c.

046. (CESPE/CODEVASF/ANALISTA/2021) O momento atual da economia brasileira é um


ambiente de recursos restritos, que requer que a tomada de decisão das pessoas avalie
as vantagens e desvantagens de cada alternativa. Julgue o item seguinte, em relação aos
conceitos de custo oportunidade e fronteiras de possibilidade de produção.
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O custo de oportunidade ao optar por um emprego de diretor em uma empresa com


remuneração fixa em vez de participar de uma sociedade de uma startup é igual para
qualquer pessoa.

O benefício que pode ser desfrutado na situação apresentada pela assertiva é a utilidade
proporcionada pela eventual remuneração obtida na sociedade de startup.
Importante ter em mente que a utilidade proporcionada por uma remuneração qualquer
pode não ser igual para mim, para você ou para uma pessoa qualquer.
Tenha em mente, também, que existe considerável incerteza quanto à remuneração que
pode ser obtida no empreendimento, uma vez que, se a startup “bombar”, a pessoa pode
ficar muito rica, mas, se o negócio não der certo, não haverá remuneração.
Diante desse quadro, o custo de oportunidade de se “abrir mão” do empreendimento na
startup vai ser tanto maior, quanto menor, a depender do quão avessa a pessoa for ao risco.
Ora, se uma pessoa é muito avessa ao risco, o custo de oportunidade de “abrir mão” de
empreender na startup será baixo porque ela valoriza muito a segurança da remuneração,
mas, se for uma pessoa menos avessa ao risco, terá um custo de oportunidade mais alto, por
“abrir mão” de empreender, pois valoriza menos a segurança e está mais disposta a arriscar.
Errado.

047. (CESPE/PF/APF/2014) A Microeconomia constitui um segmento da ciência econômica


voltado para as relações entre os agentes econômicos e seus efeitos sobre preços e níveis
de equilíbrio. A respeito de Microeconomia, julgue o item subsequente.
Os modelos utilizados na Microeconomia são essencialmente de característica indutiva e
ignoram a complexidade do mundo real.

Na verdade, cabe a um modelo econômico apresentar a vida real, eles não podem ignorar
a complexidade do mundo real. Além disso, os modelos econômicos são dedutivos, e não
indutivos, como diz a assertiva.
Errado.

048. (CESPE/SEFAZ-ES/AFTE/2010) Com relação ao crescimento econômico, ao consumo


e ao investimento, julgue o próximo item.
A Macroeconomia estuda as flutuações econômicas e o produto efetivo em análises de curto
prazo. Já em avaliações de longo prazo, ela estuda o crescimento econômico e produto
potencial.

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É isso mesmo!
Enquanto cabe à Macroeconomia estudar o comportamento dos grandes agregados
econômicos de forma global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc.,
isto é, estudar a floresta, cabe à Microeconomia estudar o comportamento das unidades
produtivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
No curto prazo, a Macroeconomia se ocupa, justamente, com o estudo das flutuações dos
agregados macroeconômicos e, na visão de longo prazo, o foco é o crescimento da economia
e pleno emprego.
Certo.

049. (CESPE/ANTAQ/ERSTA/2009) Com relação aos fundamentos da economia, julgue o


seguinte item.
A Macroeconomia não se ocupa da formação dos preços de um produto especificamente,
mas, sim, do comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específicos.

A Macroeconomia estuda o comportamento dos grandes agregados econômicos de forma


global, como Produto Interno Bruto (PIB), inflação, desemprego etc., ou seja, estudar a
floresta.
Quem estuda as árvores é a Microeconomia, que estuda o comportamento das unidades
produtivas (empresas ou firmas), dos indivíduos, de determinados mercados etc.
Errado.

050. (INÉDITA/2021) Julgue:


O custo de oportunidade sempre é o mesmo para qualquer pessoa que opte por fazer
uma segunda faculdade em vez de aumentar a carga horária de trabalho e obter melhor
remuneração no emprego atual.

Vale lembrar que o custo de oportunidade é aquele custo que representa o fato de ter
escolhido uma opção em detrimento de outra.
No caso apresentado pela questão, o custo de oportunidade é representado pela possibilidade
de ter uma maior remuneração no emprego atual, em vez de aumentar a sua capacitação
e obter ter um maior potencial de crescimento pessoal e profissional.
Entretanto, merece destaque o fato de que a perda de satisfação não é igual para as
pessoas, ou seja, os indivíduos possuem utilidades marginais da renda diferentes. Nesse

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ponto de vista, não podemos afirmar que o custo de oportunidade será o mesmo para
qualquer pessoa.
Errado.

051. (FCC/SEFAZ-PI/ATE/2015) A teoria econômica utiliza o termo trade-off para explicar


a tomada de decisões por parte das pessoas. Segundo a teoria, toda a decisão requer a
comparação entre custos e benefícios dentre variadas possibilidades alternativas de ação.
O trade-off enfrentado pelo agente econômico implica um custo:
a) de oportunidade.
b) marginal.
c) de transação.
d) de eficiência.
e) de equidade.

Cada escolha que fazemos implica em abrir mão de uma opção em detrimento daquela
que escolhemos.
Nesse sentido, abrimos mão de uma oportunidade, isto é, incorremos em um custo de
oportunidade. Em outras palavras, essa troca/escolha/trade-off enfrentada pelo agente
econômico implica em um custo de oportunidade.
Letra a.

052. (CESPE/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2010) Acerca dos conceitos de Macroeconomia, julgue


o item que se segue.
A Macroeconomia, que estuda o índice geral de preços e a determinação da renda nacional,
também se ocupa do estudo de como é gerado e de como é possível um aumento no nível
agregado de recursos da economia.

Sem dúvida, os objetos de estudo da Macroeconomia são os agregados e as variáveis


macroeconômicas, ou seja, o produto, a renda, a inflação, o emprego, os juros, dentre outros.
A assertiva fala em índice geral de preços, ou seja, cita um indicador da variação da inflação e
o aumento agregado no nível agregado de recursos da economia, que sem dúvida pertencem
ao campo de estudo macroeconômico.
Certo.

053. (FCC/SABESP/ANALISTA/2018) A diferença entre a Macroeconomia e a Microeconomia se dá

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a) pelas diferenças entre os tamanhos das plantas das firmas.


b) pelas formas de organização dos mercados, se mais concorrenciais ou mais monopolizados.
c) porque é exclusividade da Microeconomia o estudo de variáveis como a oferta, a demanda
e a produção.
d) porque a abordagem macroeconômica não leva em conta as expectativas dos agentes
econômicos.
e) porque se tratam de abordagens da ciência econômica que estudam diferentes graus
de agregação entre os agentes econômicos.

Como na Macroeconomia não estudamos mercados específicos, mas sim todos os mercados
de modo agregado, diferentemente da Microeconomia, que estuda mercados específicos,
podemos dizer que a diferença é o nível de agregação.
Vamos agora apontar os erros das demais alternativas:
a) Errada. Esse é um ponto específico, objeto de estudo apenas da Teoria da Firma no
âmbito da Microeconomia.
b) Errada. Esse é um ponto específico, objeto de estudo apenas das estruturas de mercado
no âmbito da Microeconomia.
c) Errada. Ambas estudam essas variáveis, mas com níveis de agregação distintos.
d) Errada. A Macroeconomia leva em conta as expectativas dos agentes econômicos, como
no estudo das expectativas e na seara da inflação.
Letra e.

054. (FGV/SEFAZ-ES/CONSULTOR/2022) Num mercado de trabalho as empresas são


demandantes da força de trabalho e as pessoas ofertam sua mão de obra em troca de salário.
A fixação de um salário mínimo acima do salário de equilíbrio de mercado gera
a) excesso de demanda e o nível de emprego fica acima de seu nível natural.
b) excesso de oferta, ocasionando desemprego.
c) escassez de oferta, com ofertas salariais crescentes.
d) escassez de demanda, com a oferta determinando o nível salarial.
e) um novo nível de equilíbrio entre oferta e demanda, com desemprego nulo.

Com a imposição de salário mínimo acima do salário mínimo de equilíbrio, a oferta de


trabalho será maior do que a demanda por trabalho. Confira no gráfico de Mankiw:

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Vamos apontar os erros das demais alternativas.


a) Errada. O excesso é de oferta.
c) Errada. Existe excesso de oferta.
d) Errada. Com a mesma demanda, existe excesso de oferta.
e) Errada. Como o valor foi imposto, o mercado foi desequilibrado.
Letra b.

055. (CESPE/ALECE/ANALISTA/2021) Considere-se que as curvas de oferta de trabalho e


demanda por trabalho são, respectivamente, positiva e negativamente inclinadas, embora
não perfeitamente elásticas ou inelásticas a mudanças no nível salarial. Dessa forma, em
caso de fixação, pelo governo, de salário mínimo acima do nível de equilíbrio do mercado
de trabalho, haveria
a) desemprego, decorrente do excesso de oferta.
b) sobre emprego, decorrente do excesso de demanda.
c) redução da oferta de trabalho, o que levaria a níveis salariais superiores àqueles propostos
pelo governo.
d) equilíbrio no nível salarial fixado pelo governo, pois a demanda se ajustará à oferta.
e) redução da demanda por trabalho, levando à informalidade e à redução forçada dos
níveis salariais propostos pelo governo.

Com a imposição de salário mínimo acima do salário mínimo de equilíbrio, a oferta de


trabalho será maior do que a demanda por trabalho, gerando desemprego (involuntário).
Sobre as demais alternativas:

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b) Errada. Na verdade, temos excesso de oferta de trabalho.


c) Errada. Na realidade, temos excesso de oferta de trabalho e geração de desemprego.
d) Errada. Na prática, como temos excesso de oferta de trabalho gerada artificialmente, a
demanda não conseguirá se ajustar à oferta.
e) Errada. Em verdade, temos excesso de oferta de trabalho, que gerará aumento da
informalidade pelo aumento do desemprego.
Letra a.

056. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


O estudo da Demanda por Trabalho abrange alguns temas concernentes à Microeconomia,
como a Teoria da Produção ou Firma, por serem as empresas responsáveis pela demanda
de mão de obra. No estudo da Oferta de Trabalho, de modo oposto, é importante o estudo
da Teoria do Consumidor.

Exato, a Demanda por Trabalho tem como pré-requisitos os conhecimentos da Teoria da


Produção, enquanto a Oferta de Trabalho utiliza conceitos oriundos da Teoria do Consumidor.
Certo.

057. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


A decisão de trabalhar, por parte de um trabalhador, não envolve uma decisão inequívoca
relacionada ao lazer.

No estudo da oferta de trabalho, considera-se que os trabalhadores gastam seu tempo


em somente duas atividades: trabalho ou lazer. Por isso, se a pessoa está trabalhando,
obrigatoriamente, não está no lazer. Se ela está no lazer, obrigatoriamente, não está
trabalhando. Uma atividade é excludente da outra. A decisão de trabalhar, em última análise,
é uma decisão sobre como passar o tempo.
Errado.

058. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


O custo de oportunidade do trabalho é o que um trabalhador deixou de ganhar em termos
lazer.

Sim, o custo de oportunidade do trabalho é o que se deixa de ganhar em termos satisfação/


utilidade se decidir desfrutar do lazer ao invés de trabalhar.
Certo.

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059. (INÉDITA/2023) Acerca da Oferta de Trabalho, julgue a assertiva abaixo:


A demanda por lazer e a oferta de trabalho variam em direções opostas: quando uma
diminui, a outra aumenta e vice-versa.

Sim, o aumento de salários (W) causa diminuição da demanda por lazer. Essa sentença é
uma mera afirmação da lei da demanda: o custo ou preço do lazer é W, logo, quando W
aumenta, a demanda por lazer diminui.
Nessa toada, também podemos fazer uma conclusão acerca da oferta de trabalho: como a
demanda por lazer e a oferta de trabalho são excludentes, é possível afirmar que o aumento
de W eleva a oferta de trabalho (em virtude da diminuição da demanda por lazer).
Certo.

Caro(a) aluno(a),
Chegamos ao final da aula de hoje!
Temos que estar felizes pelo nosso progresso, ou, como diria William Shakespeare:
“Sofremos demasiado pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito
que temos”.
Agora, quero lhe pedir um favor.
Avalie nossa aula, é rápido e fácil, deixe sugestões de melhoria.
Ficarei extremamente feliz com o feedback e trabalharei ainda mais para torná-la
ainda melhor.
Tenho muito a aprender e você pode me ajudar nisso.
Pode ser?
Muito obrigado.
Até a próxima ou ao fórum de dúvidas!
Professor Manuel Piñon
[email protected]
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