aprox. 8.
000 espécies descritas;
Ambiente marinho e de água-doce;
Diferentes profundidades;
Substratos consolidados;
Não possuem tecidos verdadeiros;
Formas adultas = assimétricos ou radialmente simétricos;
Possuem células totipotentes;
Possuem poros nas paredes do corpo, condutos e câmaras;
Possuem células flageladas (coanócitos) na superfície interna do
corpo;
Esqueleto é formado por espículas (carbonato de cálcio ou sílica) ou
por fibras orgânicas (colágenas);
Digestão intra-celular (filtradores);
excreção por difusão;
Respiração por difusão;
Reprodução de forma assexuada e sexuada (hermafroditas).
As esponjas viventes datam do Cambriano ou Ordoviciano.
Espécies já extintas são mais antigas provavelmente datam do Pré-
Cambriano
Homo sapiens
Extinção dos
Dinossauros!
aves
Mamíferos/dinossauros
Pangea!
Répteis
Anfíbios
Plantas terrestres
Peixes cartilaginosos
Sphaeroeca volvox
Proterospongia
Porifera é um grupo basal
Simplicidade morfológica (ausência de órgãos; baixo nível de diferenciação
e interdependência celular) e semelhança com grupos protozoários
Qual a semelhança com Protozoa?
Coanócitos = Filo Choanoflagellata
A estrutura do corpo das esponjas não é encontrado em nenhum outro grupo.
Filo sem saída ou final de linha (nenhum outro animal teve como ancestral uma
esponja).
- Primariamente classificados como vegetais!
- em 1756 foram reconhecidas como animais
- sec. 18 e 19 : Lamarck, Linnaeus e Cuvier “Zoophyta” (Cnidaria)
Coelenterata e/ou Radiata
- Robert Edmont Grant (1826): estudou morfologia e fisiologia
detalhadamente
Criou o nome Porifera
- Huxley (1875) e Sollas (1884): separaram Porifera de outros
Metazoa
Classe CALCAREA - Espículas ou esqueleto mineral composto
“esponjas calcárias” inteiramente de CaCo3 depositado como calcita;
- Elementos esqueléticos frequentemente não
Subclasses diferenciados em megascleras e microscleras;
CALCINEA (Dendya sp) - Exclusivamente marinhas.
CALCARONEA (Leucosolenia sp)
Classe HEXACTINELLIDA -Espículas silicosas e basicamente hexa-radiada
“esponjas-de-vidro” com megascleras e microscleras sempre presentes;
-Parede do corpo com rede sincicial;
Subclasses -Exclusivamente marinhas ocorrendo em águas
AMPHIDISCOPHORA (Hyalonema sp) profundas (RARAS).
HEXASTEROPHORA (Hexactinella sp)
Classe DEMOSPONGIAE -Espículas silicosas, nunca hexa-radiada, o
“demosponjas” esqueleto pode ser suplementado ou substituído por
uma rede orgânica de colágenos (espongina)
Subclasses -Marinhas, estuarinas e de água-doce (família
HOMOSCLEROMORPHA (Oscarella sp) Spongillidae).
TETRACTINOMORPHA (Chondrilla sp)
CERACTINOMORPHA (Astrosclera sp)
Brusca & Brusca 2003.
Ósculo
óstio Átrio
Pinacoderme
Mesoílo
Coanoderme
Pinacoderme: camada única de células espessas (Pinacócitos)
Coanoderme: camada interna formada pelos coanócitos.
Mesoílo: Camada não celular, coloidal, formada por uma mesogléia embebida por
fibras de colágeno, espículas e vários tipos celulares.
Pinacócitos: Células que constituem a camada externa das esponjas
pinacoderme .
Porócitos: Pinacócitos modificados que formam os óstios
coanoderme Coanócitos: Células de colarinho flageladas que formam a coanoderme.
Arqueócitos (amebócitos): Células amebóides fagocitárias, com
numerosos lisossomos (tótipotentes).
Espongiócitos (apenas em Desmospongiae): semelhante aos arqueócitos,
porém segregam colágeno que polimeriza em espessas fibras de
esqueleto conhecido como espongina.
Esclerócitos: Segregam espículas mineralizadas do esqueleto das
mesoílo esponjas.
Espículas: silicosas ou de carbonato de cálcio: sustentação!
Miócitos: Céluas que contém actina e miosina, se agregam ao redor dos
ósculos, apópilas e prosópilas (abre/fecha câmaras coanocíticas).
Oócitos e Espermatócitos: Células reprotutivas que sofrem
gametogênese.
Pinacoderme
Pinacócitos: Células que constituem a camada externa das esponjas.
Porócitos: Pinacócitos modificados que formam os óstios.
Rede sincicial
Coanoderme
Coanócitos:.
Mesoílo
Arqueócitos (amebócitos)
Mesoílo Espículas
A maioria das esponjas: endoesqueleto bem desenvolvido.
A dureza e rigidez = variável
Calcarea = carbonato de cálcio
Hexactinellida = sílica
Demospongia = sílica + fibras de colágeno ou espongina.
Algumas espécies podem utilizar materiais alóctones em seus esqueletos!
Gêneros: Euspongia, Spongilla e Hippospongia Hexactinellida (esponjas de vidro)
Utilizadas na classificação das esponjas!
Megascleras: Tipicamente formam o vigamento do esqueleto principal.
Microscleras: Suportam o forro da pinacoderme e quando em altas
densidades fortalecem a parede do corpo.
Sustentação e proteção contra predadores!
Três designs anatômicos: Asconóide, Siconóide e Leuconóide
Design Asconóide:
Hexactinellida
Pequeno tamanho
devido a capacidade de
difusão entre as células
(1mm de diametro)
Óstio Átrio (Espongiocele) Ósculo
Design Siconóide:
alguns Calcarea
Óstio Canais inalantes Prosópilas Câmaras coanocíticas
Apópila Atrio (espongiocele) Ósculo.
Design Leuconóide:
Todos Demospongiae
e maioria Calcarea
Óstio Canais inalantes Prosópilas Câmaras coanocíticas
Apópila Canais exalantes Ósculo.
Podem atingir grandes proporções devido ao complexo sistema aqüífero!
Algumas espécies têm capacidade limitada de
locomoção.
Resultado de movimentos coletivos das células
amebóides da pinacoderme da base!
Contração de partes do corpo
Resultado da contração dos ósculos pelos
miócitos.
Células amebóides do mesoílo estão em constante
movimento!
Endopinacócitos e coanócitos podem se mover para
remodelar o sistema aqüífero durante o crescimento!
Bombeamento de água = batimento flagelar dos coanócitos!
Volume filtrado = sua massa a cada 5 segundos!
Capazes de regular a velocidade da corrente ou parar a circulação de água.
Utilizam as correntes ambientais conservando energia metabólica
- Filtragem por modo mais passivo!
Filtradores!
“Filtros” = canais inalantes e câmaras coanocíticas.
O tamanho das partículas é selecionado pelo óstio. (1 a 50 μm).
Todas as células de uma esponja podem ingerir partículas por fagocitose.
As partículas entram nas câmaras
coanocíticas e são removidos por
fagocitose ou pinocitose na
superfície dos coanócitos.
Microfibras: Malha que prende o
material mais fino.
Tanto os coanócitos quanto os arqueócitos engolfam e digerem partículas
em vacúolos, mas os coanócitos quase sempre transferem as partículas
para os arqueócitos realizarem a digestão.
Em função do sistema aqüífero “ventilar” todo o corpo as células por difusão
simples respondem pelo transporte de gases e resíduos metabólicos (em
grande parte amônia).
Os arqueócitos pelos seus movimentos amebóides, podem se deslocar e
entregar nutrientes para as células do corpo, como também podem eliminar
resíduos (exocitose) nos canais exalantes.
Ausência de células nervosas
e tecido nervoso!
Entretanto...
Algumas espécies
são capazes de transmitir
impulsos nervosos simples
reagindo a estímulos!
(Assexuada)
Reprodução clonal 3 formas: Fragmentação, Brotamento e Gemulação.
Fragmentação: Resultado de danos causados por predadores, correntes, ondas…
etc.
Esponjas tem capacidade de regenerar adultos
a partir de fragmentos!
Fazendas de criação de esponjas
Experimentos de dissociação
(Assexuada)
Brotamento: é incomum mas acontece em algumas esponjas. Algumas
extremidades livres da esponja se soltam (Brotos) e formam outra esponja
funcional.
(Assexuada) Gemulação: em condições desfavoráveis!
Semelhante a esporos, as
gêmulas podem entrar em
diapausa. Quando as
condições ambientais voltam
a serem favoráveis estas são
novamente “ativadas” e
formam uma nova esponja.
(Assexuada)
Formação de uma gêmula
- Arqueócitos carregados de
nutrientes se agrupam;
- Espongiócitos secretam um
envoltório de espongina ao
redor da massa celular;
- Esclerócitos podem secretar
espículas
(Assexuada)
Formação de uma gêmula
Quando encontram
condições
favoráveis as
gêmulas “eclodem”
e os arqueócitos se
diferenciam em uma
pinacoderme,
migrando para o
exterior pela
micrópila.
(Sexuada)
- Esponjas são hermafroditas!
- Não possuem gônadas!
formação
- Espermatozóides surgem de
coanócitos ou câmaras coanocíticas
completas que se aprofundam no
mesoílo e são envolvidas por uma fina
parede celular – cisto espermático
- Óvulos surgem de amebócitos que
se diferenciam, acumulando vitelo por
fagocitose de células nutritivas
adjacentes no mesoílo.
(Sexuada)
processo
Os espermatozóides rompem o cisto são
e liberados de uma esponja,
transportados pelas correntes
de água até outras esponjas, nas
quais a fertilização acontece no interior
do corpo do animal.
- A maioria das esponjas são vivíparas,
retendo o zigoto no corpo parental e
liberando larvas.
As larvas são lecitotróficas!
(Sexuada) Fecundação
- A fecundação ocorre na coanoderme;
- Espermatozóide é capturado pelo
coanócito;
- Coanócito encapsula o espermatozóide
(vacúolo digestivo?), perde o colar e
flagelo e “entra” no mesoílo com
uma forma amebóide;
- Agora chamada “célula transportadora”,
localiza oócito maduro e entrega o
material genético do espermatozóide
(Sexuada) Desenvolvimento larval
Larvas possuem vários nomes!
Larvas “celoblástula” e “anfiblástula” = mais tempo no plâncton
(Sexuada)
Desenvolvimento larval
Larva “parenquímula” = menos tempo no plâncton (comum em Demospogiae)
http://www.poriferabrasil.mn.ufrj.br
Classe Demospongiae Sollas, 1885
Oscarella sp. em João Fernandes, Búzios (RJ).
http://www.poriferabrasil.mn.ufrj.br
Classe Demospongiae Sollas, 1885
Plakinastrella microspiculifera na entrada uma toca, rodeada por
outras espécies de esponjas, a aproximadamente 12 m de
profundidade (Foto F Moraes)
http://www.poriferabrasil.mn.ufrj.br
Classe Demospongiae Sollas, 1885
Plakortis microrhabdifera fotografada no Atol das Rocas (Foto G. Muricy)
http://www.poriferabrasil.mn.ufrj.br
Classe Demospongiae Sollas, 1885
Plakortis angulospiculatus (Carter, 1879),fotografada em Fernando de Noronha (Foto G. Muricy)
http://www.poriferabrasil.mn.ufrj.br
Classe Calcarea
Paraleucilla sp.
http://www.poriferabrasil.mn.ufrj.br
Classe Calcarea
Leucandra serrata Azevedo & Klautau, 2007; Fotografada no pilar do cais do porto de Guamaré (RN),
a 2 m de profundidade. Note a coroa de espículas em torno do ósculo (Foto L. Monteiro)
Obrigado!
BRUSCA, R.C. & BRUSCA, G.J. 2003. Invertebrates. 2ed. ed. Sinauer
Associates, Massachuester. 936 p.
RUPPERT, E.E., FOX, R.S. & BARNES, R.D. 2005. Zoologia dos
invertebrados: uma abordagem funcional-evolutiva. Editora Roca, São
Paulo. 1145 p.