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Instituto Superior de Ciências E Educação A Distância Faculdade de Ciências Da Saúde Curso de Licenciatura em Nutrição

O documento aborda a influência do estresse no comportamento alimentar e no estado nutricional de estudantes de nutrição da Universidade Lúrio-Nampula. Destaca que o estresse pode levar a escolhas alimentares inadequadas, resultando em impactos negativos na saúde e no comportamento alimentar. O estudo visa analisar essa relação e conscientizar os estudantes sobre a importância de uma alimentação saudável em situações de estresse.
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O documento aborda a influência do estresse no comportamento alimentar e no estado nutricional de estudantes de nutrição da Universidade Lúrio-Nampula. Destaca que o estresse pode levar a escolhas alimentares inadequadas, resultando em impactos negativos na saúde e no comportamento alimentar. O estudo visa analisar essa relação e conscientizar os estudantes sobre a importância de uma alimentação saudável em situações de estresse.
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INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

Faculdade de Ciências da Saúde


Curso de Licenciatura em Nutrição

TEMA: A influência do estresse no comportamento alimentar e no estado nutricional de


estudantes de nutrição do 1° Ano da Universidade Lúrio-Nampula.

Nome do aluno:

Pemba, Março de 2023

INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS E EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

1
Faculdade de Ciências da Saúde
Curso de Licenciatura em Nutrição

TEMA: A influência do estresse no comportamento alimentar e no estado nutricional de


estudantes de nutrição do 1° Ano da Universidade Lúrio-Nampula.

Trabalho de Campo a ser submetido na


Coordenação do Curso de Licenciatura
em Nutrição da UnISCED.

Tutor: Dércio Romão

Nome do aluno:
Código do estudante:

Pemba, Março de 2023

2
Indice
1.Título........................................................................................................................................4
2. Tema de estudo....................................................................................................................4
3. Justificativa..........................................................................................................................4
4. Problema de estudo..............................................................................................................4
5. Questão de estudo................................................................................................................5
6. Hipóteses.............................................................................................................................5
7. Objectivos;...........................................................................................................................5
7.1 Objectivo Geral.....................................................................................................................5
7.2 Objectivos Específicos..........................................................................................................5
8. Quadro teórico.....................................................................................................................5
8.1 Conceitos Base......................................................................................................................5
8.1.1 Processo de atuação do estresse.........................................................................................6
8.2 A importância de uma dieta saudável...................................................................................7
8.3 Causas de estresse.................................................................................................................7
8.4 Comportamento alimentar no campo Alimentação e Nutrição.............................................7
8.5 Alimentação induzida por estresse........................................................................................8
8.6 Estresse, ingestão de alimentos e obesidade.........................................................................9
8.6.1 Estresse e ingestão de alimentos........................................................................................9
8.6.2 Pesquisa humana sobre estresse e ingestão alimentar........................................................9
8.6.3 Acúmulo de cortisol e gordura visceral...........................................................................10
8.6.4 Comer comedido..............................................................................................................10
8.6.5 Diferença entre fome e apetite.........................................................................................10
8.6.6 Diferença entre fome emocional e fome física................................................................11
8.7 Fatores associados ao comportamento alimentar................................................................11
8.7.1 Nutricional e consumo alimentar.....................................................................................11
8.7.2 Fatores ocupacionais........................................................................................................12
9. Metodologia;......................................................................................................................12
10. Cronograma....................................................................................................................13
11. Orçamento;.....................................................................................................................13
12. Referências Bibliográficas.............................................................................................14

3
1. Título

A influência do estresse no comportamento alimentar e no estado nutricional


2. Tema de estudo

A influência do estresse no comportamento alimentar e no estado nutricional de estudantes de


nutrição do 1° Ano da Universidade Lúrio-Nampula.
3. Justificativa

A exposição ao estresse pode ocorrer em diversas situações, seja no âmbito social,


profissional ou acadêmico. O estudante, ao ingressar na universidade, está sujeito a novos
ciclos e grandes mudanças em sua rotina, o que pode ocasionar altos índices de estresse. Isso
ocorre pela grande
responsabilidade e novas demandas exigidas pela atmosfera acadêmica, onde atividades
corriqueiras como realizar avaliações, trabalhos em grupo e apresentações podem se tornar
fatores estressores que geram um desequilíbrio emocional nos indivíduos, bem como as
cobranças e a sobrecarga estudantil. Esses fatores são capazes de interferir diretamente no
comportamento alimentar e impactar negativamente as escolhas alimentares.

4. Problema de estudo

O processo de escolhas alimentares é complexo e envolve uma série de fatores como estado
emocional, escolaridade, renda, cultura, ambiente familiar, entre outros, que impactam
diretamente no comportamento alimentar dos indivíduos. Ao alimentar-se, o ser humano
almeja satisfazer suas necessidades fisiológicas e hedônicas, isto é, não pretende apenas suprir
a fome, mas também buscar o prazer no ato em si, sendo este acentuado nos momentos de
estresse. O desequilíbrio entre esses fatores faz com que o indivíduo opte pela aquisição de
produtos de baixa qualidade nutricional, mas que causam bem-estar, resultando em impactos
não só em sua saúde, mas também no seu hábito e cultura alimentar. Dentre os alimentos
preferidos pelos indivíduos em situação de estresse estão os de valor energético elevado e de
maior palatabilidade, caracterizados por serem ricos em açúcar e gorduras, que estão
associados a uma recompensa instantânea de prazer e alívio da tensão.

4
5. Questão de estudo

Até que ponto o estresse influencia no Comportamento alimentar e no estado nutricional de


estudantes de nutrição do 1° Ano da Universidade Lúrio-Nampula

6. Hipóteses

-Consciencializar aos estudantes do 1° ano um bom comportamento alimentar;


-Elaborar questionário semestral referente ao comportamento alimentar para os estudantes do
1° ano;
- Programar seminários referente ao tema em destaque.
7. Objectivos;

7.1 Objectivo Geral


- Analisar a influência do estresse no comportamento Alimentar e no estado nutricional de
estudantes de nutrição do 1° Ano da Universidade Lúrio-Nampula.

7.2 Objectivos Específicos


- Apresentar as principais diferenças da fome e apetite;
- Identificar as principais causas do estresse;
- Descrever a importância de uma dieta saudável e Alimentação induzida por estresse.

8. Quadro teórico

8.1 Conceitos Base


De acordo com Souza et al. ( 2019) citado por (Matos & Ferreira, 2021), "o comportamento
alimentar é definido como um conjunto de ações realizadas desde o momento da escolha do
alimento a ser consumido. Comportamentos alimentares de risco podem desencadear o
desenvolvimento de patologias e transtornos alimentares".

Pode-se definir como um breve conceito de estresse o entendimento como sequências de


reações, que transformam a integridade física e psicológica, que aterrorizam o equilíbrio do
organismo (homeostase). O estresse é um fator importante no desenvolvimento do vício e
na recaída do vício e pode contribuir para um maior risco de obesidade e outras
doenças metabólicas. O estresse incontrolável muda os padrões de alimentação e a saliência e
o consumo de alimentos hiper palatáveis; com o tempo, isso poderia levar a mudanças na

5
carga alostática e desencadear adaptações neurobiológicas que promovem um
comportamento cada vez mais compulsivo (Sampaio, 2017 Citado em Fereira & Matos,
2021).

8.1.1 Processo de atuação do estresse


Comer bem ajuda a manter a saúde e a atividade, melhorando assim o prazer de
viver. Boas dietas e hábitos alimentares são fundamentais para o crescimento e
desenvolvimento adequados e para a prevenção de doenças. Vários problemas de saúde
diferentes são causados por dietas e nutrição inadequadas (Costa, 2017 citado por Matos &
Ferreira, 2021).

Muitos desses problemas prejudicam as pessoas por toda a vida; alguns deles levam à morte.
Comer bem para uma boa saúde requer um conhecimento básico dos alimentos e dos
nutrientes que eles fornecem e uma compreensão das necessidades nutricionais ao
longo das várias fases da vida. Atitudes e comportamentos em relação à alimentação
são moldados por fatores multitudinais, incluindo fatores psicológicos e estresse (Dalmazo et
al, 2019 citado por Matos & Ferreira, 2021).

O estresse é um dos fatores que podem influenciar os comportamentos e a saúde,


especialmente quando um indivíduo enfrenta desafios que ultrapassam suas habilidades de
enfrentamento. estresse pode ser definido como “a resposta generalizada e não específica do
corpo a qualquer fator que oprime, ou ameace sobrecarregar, as habilidades compensatórias
do corpo para manter a homeostase (Ferreira, 2018 citado por Matos & Ferreira, 2021).

O estresse psicológico, um desafio percebido ao bem-estar, é uma parte indispensável e


influente da vida. Embora os fatores causadores de estresse variem muito de pessoa para
pessoa e entre os sexos, as reações fisiológicas do corpo humano contra o estresse são
bastante semelhantes entre si. Reações fisiológicas como pressão alta, úlcera, enxaqueca,
transpiração e respiração rápida causam mudanças psicológicas como recessão,
ansiedade, preocupação, aceitação e depressão. Aprender como lidar com o estresse pode
fornecer a capacidade de um indivíduo de a presentar reações adequadas e suficientes contra o
estresse extremo e prolongado (Ferreira, 2019 citado por Matos & Ferreira, 2021).

Os hábitos alimentares desempenham um papel importante no enfrentamento do


estresse, bem como dos colapsos neurológicos e psiquiátricos. Afirma-se que alguns
alimentos levam a aumentar as reações de estresse, tornando os indivíduos muito mais

6
sensíveis ao estresse. Observa-se que mulheres e pessoas com moderação consomem mais
calorias e gordura sob estresse e mudam suas escolhas alimentares de alimentos do tipo
refeição, como carne e vegetais, para alimentos do tipo lanche. Em contraste, os
homens e os comedores desenfreados mostram pouca diferença ou uma redução na
ingestão de alimentos sob estresse (França et al., 2012 citado por Matos & Ferreira, 2021).

É difícil para as pessoas mudarem seus hábitos alimentares. As maneiras mais eficazes de
lidar com o estresse são comer em pequenas quantidades, de maneira mais lenta e frequente,
evitando alimentos ricos em gordura e açúcar, cafeína e sal e não pular refeições. Além disso,
o sono regular e a prática de exercícios têm grandes benefícios para lidar com o estresse e os
comportamentos alimentares desordenados. Aqueles que se exercitam regularmente e têm
nutrição adequada e dietas saudáveis bem balanceadas apresentam menor frequência
cardíaca e pressão arterial como uma reação em situações geradoras de estresse do
que aqueles que se exercitam menos e têm uma dieta desequilibrada. Assim, fazer
exercícios e ter uma alimentação adequada e balanceada é parte imprescindível do
treinamento de relaxamento ( Lamas et al., 2017 citado por Matos & Ferreira, 2021).

8.2 A importância de uma dieta saudável


A importância de uma dieta saudável é amplamente aceita. Mais especificamente, as
diretrizes dietéticas são formuladas na prevenção da obesidade com foco na alta ingestão de
frutas e vegetais e na baixa ingestão de alimentos com alto teor calórico, como os ricos em
gordura e açúcar (Lourenço, 2016 citado por Matos & Ferreira, 2021).

Uma dieta geral saudável consiste em uma composição alimentar e nutritiva


balanceada, bem como em um comportamento alimentar equilibrado. Um comportamento
alimentar equilibrado consiste em comer com fome, em momentos regulares para permitir o
crescimento fisiológico e o gasto de energia. No entanto, uma tendência de comer na
ausência de fome e lanches intermitentes é c0ada vez mais observada no padrão alimentar na
sociedade ocidental (Mayer et al., 2020 citado por Matos & Ferreira, 2021).

8.3 Causas de estresse


As causas relacionadas ao estresse podem as seguintes: Finanças; Trabalho; Família;
Preocupações pessoais; Saúde e segurança pessoal; Morte.

8.4 Comportamento alimentar no campo Alimentação e Nutrição

7
No campo da Alimentação e Nutrição, hábitos alimentares são relacionados à ideia de
consumo alimentar ou, ainda, ingestão alimentar (ingestão energética e de nutrientes),
enquanto o comportamento alimentar aparece, na maioria das vezes, relacionado aos aspectos
psicológicos da ingestão de comida. A insuficiência de referências que busquem delimitar ou
conceituar os termos aqui tratados aponta a necessidade de ampliar as discussões sobre a
interface entre os campos da Alimentação e Nutrição e das Ciências Humanas e Sociais, o que
começa a ser realizado no interior de alguns grupos de pesquisa e também por pesquisadores
isoladamente (Silva, Prado & Seixas, 2016 citados por Matos & Ferreira, 2021)
8.5 Alimentação induzida por estresse
A vida cotidiana exige constante restabelecimento e manutenção de um equilíbrio dinâmico
em face de um ambiente em rápida mudança, é inerentemente e envolve mudanças no fluxo
de energia - apetite e ingestão, armazenamento de energia e mobilização.

Em humanos, o estresse afeta a alimentação de forma bidirecional; um subgrupo,


possivelmente em torno de 30%, diminui a ingestão de alimentos e perde peso durante ou
após o estresse, enquanto a maioria dos indivíduos aumenta a ingestão de alimentos durante o
estresse (Silva, 2019 citado por Matos & Ferreira, 2021)

Dado que as pessoas que vivem em países ocidentalizados vivem em um ambiente


alimentar saboroso, com uma abundância de alimentos caloricamente densos, faz
sentido que a maioria das pessoas reclame de comer mais durante o estresse, ao invés
de menos. O impulso induzido pelo estresse por calorias densas é alarmante em face da
crescente epidemia de obesidade (Sampaio, 2017 citado por Matos & Ferreira, 2021).

A alimentação induzida pelo estresse pode ser definida como fazer com que a pessoa se sinta
melhor comendo ou bebendo em resposta a uma situação estressante. Acrescente que durante
os períodos de estresse crônico, as pessoas muitas vezes têm pouco tempo para preparar
escolhas alimentares saudáveis e, consequentemente, tendem a escolher alimentos
rápidos, que geralmente são mais calóricos (Silva et al., 2018 citado por Matos & Ferreira,
2021).

Os indivíduos com excesso de peso tendem a comer mais quando expostos ao estresse
crônico, enquanto indivíduos com peso normal ou abaixo do peso não. Parece que as pessoas
que estão cronicamente estressadas - independentemente de comerem mais ou menos -
tendem a escolher alimentos mais agradáveis ou saborosos contendo níveis mais altos de
gordura e / ou açúcar (Silva, 2020 citado por Matos & Ferreira, 2021).
8
8.6 Estresse, ingestão de alimentos e obesidade.
8.6.1 Estresse e ingestão de alimentos
Estão se acumulando rapidamente evidências de que o excesso de glicocorticoides
desempenha um papel no desenvolvimento da obesidade por meio do aumento da ingestão
de alimentos, bem como por meio da facilitação da deposição de gordura visceral.

Diferença entre gordura corporal visceral e subcutânea. A gordura corporal visceral ou


central, que ocorre na área intra-abdominal do corpo, é muito diferente da gordura corporal
subcutânea ou periférica, que fica logo abaixo da pele (Santos, 2021citado por Matos &
Ferreira, 2021).

A gordura corporal visceral tem um fluxo sanguíneo muito maior e mais receptores de
glicocorticoides. Os receptores de glicocorticoides regulam os efeitos de acúmulo de gordura
do cortisol e são quatro vezes mais concentrados na gordura visceral do que na gordura
subcutânea. Assim, o estresse crônico(é quando o estressor representa um aborrecimento
"contínuo", medo ou uma questão avassaladora na vida de uma pessoa), que eleva os
níveis de cortisol, resulta no acúmulo de gordura na região intra-abdominal do corpo
(Saldanha et al., 2019 citado por Matos & Ferreira, 2021).

8.6.2 Pesquisa humana sobre estresse e ingestão alimentar


Embora a complexa relação entre estresse e alimentação tenha sido reconhecida há
muito tempo em humanos, os mecanismos psicobiológicos subjacentes que moldam a
direção da mudança, quer se com a mais ou menos durante o estresse, são amplamente
desconhecidos. Pesquisas anteriores mostraram que ser do sexo feminino, estar acima do
peso ou ter uma pontuação alta na restrição alimentar são indicadores de comer mais
durante o estresse (Bittencourt, 2015 citado por Matos & Ferreira, 2021).

Níveis elevados de cortisol podem aumentar a ingestão calórica, como para pessoas que
tomam prednisona para várias condições médicas ou tratamento de câncer. Em um
estudo bem controlado, a administração de glicocorticoides aumentou significativamente
a ingestão de alimentos. Presumivelmente, a alta reatividade ao estresse, que aumenta o

9
cortisol, deve levar a uma maior ingestão de calorias, pelo menos fisicamente (Dalmazo et al.,
2019 citado por Matos & Ferreira, 2021).

É possível que os comedores de estresse tenham alta reatividade ao estresse


subjacente, o que promove sua alimentação em excesso, embora isso não tenha sido
testado diretamente. Pessoas com anorexia, bulimia e transtorno da compulsão alimentar
periódica (TCAP) tendem a apresentar maior cortisol basal ou maior reatividade ao cortisol
(Freitas et al., 2015 citado por Matos & Ferreira, 2021).

8.6.3 Acúmulo de cortisol e gordura visceral


A obesidade está associada à desregulação do eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal) que
pode se originar do aumento do impulso para a frente, diminuição da sensibilidade à
regulação do feedback negativo ou alteração da sensibilidade do tecido periférico da gordura e
do tecido muscular esquelético aos glicocorticoides.

Os glicocorticoides também afetam a gordura visceral por meio de seu efeito no metabolismo
lipídico. Agudamente, as concentrações fisiológicas de cortisol estimulam a lipólise de
todo o corpo. Na presença de insulina, as concentrações aumentadas de cortisol inibem a
mobilização lipídica e favorecem o acúmulo de lipídios, seja diretamente pela estimulação da
lipase lipoproteica, seja indiretamente pela inibição dos efeitos lipolíticos do hormônio do
crescimento (Silva et al., 2018 citado por ).

8.6.4 Comer comedido


Quando a alimentação é restringida, a pessoa está tentando controlar a ingestão de alimentos.
Comedores reprimidos tendem a comer mais (em comparação com os comedores livres que
não controlam o que comem) quando estão sob estresse crônico. Comedores contidos não
apenas comem mais quando estressados; eles comem mais alimentos doces e gordurosos
durante o período de alto estresse. Uma razão para essa resposta é que indivíduos que
habitualmente tentam controlar seu peso regulando sua ingestão de alimentos (comedores
contidos) podem eventualmente perder esse controle em situações estressantes (Ferreira,
2018).

8.6.5 Diferença entre fome e apetite


A fome e o apetite estão relacionados ao desejo do indivíduo de comer alimentos. Ambos
desencadeiam diretamente a alimentação. A fome é comumente descrita como a
necessidade psicológica e biológica de alimento. É uma condição que resulta do

10
consumo de menos calorias do que a ingestão diária recomendada. As sensações de
fome variam de um leve desconforto a verdadeiras dores de estômago. O apetite é o desejo
físico instintivo ou a ânsia por comida. O apetite motiva o indivíduo a comer em um
determinado horário e também o que comer. Além disso, o apetite tem um componente
emocional, visto que é uma resposta aprendida intimamente associada às memórias de
experiências alimentares anteriores (Lourenço, 2016 citado por Matos & Ferreira, 2021).

8.6.6 Diferença entre fome emocional e fome física


A fome emocional surge repentinamente: atinge em um instante e parece opressora e urgente.
A fome física, por outro lado, surge mais gradualmente.

A fome emocional anseia por alimentos de conforto específicos: quando está


fisicamente faminto, quase tudo soa bem, incluindo coisas saudáveis como vegetais. Mas a
fome emocional anseia por alimentos gordurosos ou lanches açucarados que proporcionem
um ímpeto instantâneo.

A fome emocional muitas vezes leva a comer sem pensar: antes que alguém perceba, ele
comeu um saco inteiro de batatas fritas ou um litro inteiro de sorvete sem realmente
prestar atenção ou desfrutar totalmente. Quando alguém está comendo em resposta à
fome física, ele normalmente está mais ciente do que está fazendo (Camargo et al., 2016).

A fome emocional não é satisfeita depois de saciada: a pessoa fica querendo mais e mais,
muitas vezes comendo até ficar desconfortavelmente farto. A fome física, por outro lado, não
precisa ser alimentada. Sentimo -nos satisfeitos quando o estômago está cheio. A fome
emocional não está localizada no estômago: em vez de uma barriga roncando ou uma dor no
estômago, a pessoa sente a fome como um desejo.

A fome emocional geralmente leva ao arrependimento, à culpa ou à vergonha: quando alguém


come para satisfazer a fome física, é improvável que se sinta culpado ou envergonhado
porque está simplesmente dando a seu corpo o que ele precisa. Se alguém se sente culpado
depois de comer, é provável que saiba, no fundo, que não está comendo por razões
nutricionais (Costa, 2013).

8.7 Fatores associados ao comportamento alimentar


Segundo (Souza, Sampaio, Cavalcante, Arruda, & Pinto, 2020), os factores associados ao
comportamento alimentar são:

8.7.1 Nutricional e consumo alimentar


11
comportamento alimentar em toda sua complexidade de fatores envolvidos e fatores
influenciadores exerce forte e importante efeito no estado nutricional do indivíduo, seja na
direção do sobrepeso e obesidade ou na perspectiva de perda de peso. Nesse contexto, as três
mais estudadas esferas do comportamento alimentar: restrição alimentar, ingestão emocional
e ingestão externa estão sendo intensamente investigadas no sentido de explicar o estado
nutricional e as mudanças de peso corporal em indivíduos adultos.

8.7.2 Fatores ocupacionais


A Saúde do Trabalhador é parte integrante da Saúde Pública e leva em consideração as inter-
relações entre trabalho, produção e saúde no âmbito social e ambiental, considerando que o
trabalho é um significativo fator no que diz respeito ao processo saúde-doença. Defende-se
ainda que o trabalhador é sujeito ativo da sua história no contexto pessoal e laboral, e
inclusive do desenvolvimento de melhorias nas circunstâncias de trabalho.

Nos dias atuais, a saúde do trabalhador pode ser afetada pelo ambiente competitivo, exigente,
hostil e desgastante que muitas vezes está agregado ao contexto de trabalho do indivíduo.
Dessa forma, em decorrência desses fatores, o processo de adoecimento do trabalhador pode
iniciar-se devido a prejuízos na saúde física e psicológica.

Fatores como o trabalho em tempo integral e longas horas de trabalho (>40h por semana),
mostraram-se associados ao aumento no risco de desenvolvimento de obesidade. Essa
associação pode estar ligada ao fato de que indivíduos que trabalham por muitas horas possam
vir a ter mais dificuldade em engajar-se em atividades físicas regulares. Adicionalmente,
revelou-se que indivíduos que trabalham no horário da noite também são menos adeptos à
prática de atividade física voltada ao fortalecimento muscular. Isso pode ser explicado ou
influenciado pela associação entre trabalho noturno e a insuficiente qualidade do sono e
consequente fadiga crônica. Turnos e horários de trabalho mostraram-se influenciar também
escolhas alimentares.

9. Metodologia;

Quanto à técnica de pesquisa, optou-se pela pesquisa bibliográfica, desenvolvida a


partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.
Quase em todos os estudos é exigido algum tipo de trabalho desta natureza. Trata-se de uma
pesquisa descritiva e exploratória, que segue os pressupostos científicos fazendo uso da
revisão bibliográfica.

12
Segundo Acevedo e Nohara (2017) a pesquisa exploratória proporciona uma maior
compreensão do fenômeno que está sendo investigado. Sua principal função é a explicação
sistemática das coisas (fatos) que ocorrem no contexto social e que geralmente se relacionam
com uma multiplicidade de variáveis. Já a pesquisa descritiva visa descrever o fenômeno que
está sendo investigado, como as características do grupo, os elementos e características do
comportamento desse grupo; descobrir e compreender as relações que envolvem o fenômeno
investigado.

10. Cronograma

Data proposta
2023
Actividades Meses
Fevereiro Março Abril Mai Junho Julho
o
Apresentação da proposta na X
Universidade Lúrio polo de Pemba.
Sessão com os docentes da área em X X
estudo.
Reunião com os estudantes envolvidos X
Execução das actividades X X X
Entrega do relatório final. X

11. Orçamento;

Material Quantidade Preco unitario Total


Canetas 1 15 15
Bloco de notas 1 30 30
Modem 1 1500 1.500
Computador 1 40.000 40.000
Material bibliográfico 5 200 1.000
Câmera fotográfica 1 20.000 20.000
Total 64.545

13
12.Referências Bibliográficas
 Acevedo C.R. & Nohara J. J. (2017). Como fazer monografias: TCC, dissertações,
teses.
 Camargo, E. M. C., Oliveira, M. P., et al. (2016). Estresse percebido,
comportamentos relacionados à saúde e condições de trabalho de professores
universitários. Psicol. Argum.

 Matos, S. M., & Ferreira, J. C. (2021). Estresse e comportamento alimentar.


 Souza, M. P., Sampaio, R., Cavalcante, A. C., Arruda, S. P., & Pinto, F. J. (2020).
COMPORTAMENTO ALIMENTAR E FATORES ASSOCIADOS EM SERVIDORES:
CONTRIBUIÇÕES PARA A SAÚDE COLETIVA.

14

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