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HIV E AIDS
anos apesar dos seus efeitos
→ É um vírus que diminui a
colaterais.
imunidade do ser humano.
→ Essas espículas (APCs) são os -Depois criou-se o segundo grupo mais
apresentadores de antígenos, e esse importante que foram os inibidores de
vírus tem um complexo no protease.
aparelho enzimático que vai
Então temos 2 grupos de antirretrovirais:
proteger ele facilitando sua
replicação. Inibidor da transcriptase
Inibidor de protease
-Ele tem a enzima protease, integrasse
que o integra dentro da célula; tem Então quando o paciente tinha uma carga
também a transcriptase transformando o
viral muito grande, tínhamos que associar
RNA com objetivo de se integrar ao DNA
da célula. esses dois
→ A protease vai fazer a síntese Aí começamos a ter maior sobrevida dos
proteica, e tem as quebras para pacientes com o vírus, aí chegaram as
poder formar um novo vírus. complicações pelo uso dos inibidores de
protease.
-Ele consegue entrar dentro da célula e
jogar o conteúdo genético dentro da Dentre as maiores complicações foi a
célula pelo RNA, tendo logo em seguida a distrofia, aumento de colesterol,
ação da integrase, depois transcriptase obesidade, GIBA, acúmulo de gordura
transformando-o de RNA para DNA e se onde não deve ser acumulado, IAM, AVC
integrar dentro da célula(provírus), em devido ao inibidor de protease.
que para ele integrar ele precisa da
enzimaintegrase, começando a síntese Quando começamos com essa medicação,
proteica, aí vem a protease pra fazer os em 3 meses se o paciente tomar o remédio
cortes para formação de novo vírus. certinho ele já sai com uma carga viral de
1 milhão, 340.000 saindo pra menor que
Essas enzimas são importantes porque 40.
estão diretamente ligadas ao tratamento
do paciente. O exame que detecta a carga viral só
consegue detectar quando ele tem quadro
→ Inibidor da transcriptase reversa. laboratorial que é 50 e quando tem outro
→ Inibidor da integração, que não exame que é 40
deixa o vírus entrar dentro da
célula, pois inibe a integrase
→ E o outro tratamento é o inibidor da → Quando você dá um diagnóstico de um
protease que foi usado em muitos paciente com Aids, ele já tem essa
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carga viral muito elevada, ele tem AIDS, apesar de ter o vírus, apesar
mais de 1000 cópias. desse vírus ser detectado.
→ Progressores rápidos: Cerca de 5%
E pra você começar esse tratamento é
evoluem para AIDS em 1 ou 2 anos
lógico que ele vai começar a demorar
após a infecção primária.
mais pra diminuir essa carga viral para
chegar a 40 cópias, do que se você der um Essa perda é se o paciente não estiver
diagnóstico de um paciente que só tem o tomando o medicamento.
HIV.
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
-Em alguns pacientes o HIV infecta
entrando nas células vitais do sistema -Infecção aguda pelo HIV: ela acontece
imunitário, comprometendo os Linfócitos nas 1ª semanas, é onde a fase em que vai
T auxiliares CD4, Macrófagos e Células ocorrer essa replicação com maior
dendríticas”, células da mucosa vaginal, velocidade, indo desde a fase aguda até a
células da mucosa anal. Mas a prioridade fase avançada da doença.
dele é a diminuição do número de A infecção nessa fase da doença
linfócitos T CD4. dificilmente é detectada porque os sinais e
-Se o paciente tem a carga viral muito exames físicos são muito parecidos com
elevada, essa ação citada acima vai outras patologias
ocorrer mais rápido pra morte. Se essa No início o paciente não tratado e que não
carga viral está menor, essa locomotiva sabe que ele tem a doença, essa fase no
pra morte vai ocorrer mais lentamente e início até a fase da manifestação da
esse paciente vai ter mais chance de vida. doença pode durar até 10 anos, por conta
Por isso precisamos entender a história da evolução
natural do paciente. O objetivo é ESTÁGIOS DA INFECÇÃO DO HIV
diagnosticar o paciente precocemente,
fazer o tratamento inicial e diminuir a Soroconversão: Infecção viral: revelada
mortalidade. pela presença de Anticorpos não
neutralizantes contra o HIV
PROGRESSÃO DA INFECÇÃO
Diagnóstico da fase aguda:
→ Progressores típicos: A maior parte
dos pacientes evolui de forma → Soroconversão: Ocorre entre dois
assintomática durante vários anos exames colhidos
→ Não progressores: Alguns pacientes → 1º. Início dos sintomas da doença
permanecem com contagens estáveis aguda
de células CD4 + por vários anos. A → 2º. Após a primeira coleta 30 a 60
literatura não sabe o porquê esses dias
pacientes nunca entram em estado de Remissão da Síndrome retroviral Aguda
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→ Síndrome retroviral Aguda apresentar Rash, ictiose. Já a
desaparecerá = Latência Clínica micose e a psoríase são na transição
para infecção aguda em que ele
Latência: nessa fase de latência, o
começa a apresentar algumas
paciente tem geralmente CD4 >350
alterações
→ 2º. Após a primeira coleta 30 a 60
dias
-Remissão da Síndrome retroviral Aguda
-Síndrome retroviral Aguda desaparecerá
Paciente tem uma infecção aguda pode
desenvolver qualquer manifestação de
viroses, diferente da fase sintomática
-Período de latência: mostra a linha
Latência Clínica paciente pode ficar
amarela representando o CD4 que ainda assintomático por anos, ele estando
está alto, e também a carga viral (linha
assintomático anticorpo conseguiu
roxa) que também está alta. E esse diminuir a carga, porém não conseguiu
momento é chamado de viremia, ou seja,
eliminar (CD4 alto carga viral baixa)
o vírus está alto e ainda tenho bastante perde 30 a 60 CD4 por ano se ele não
CD4. Todos os sintomas que o paciente
tratar, aí a carga viral começa a crescer e
irá apresentar nesta fase não são de
o CD4 começa a baixar aparecendo os
imunossupressão porque o CD4 ainda sintomas constitucionais que é a infecção
estará alto
de fase sintomática relacionada ao vírus
Enquanto ele não tiver a presença de HIV. Atenção nessa fase, pois muitos dos
anticorpo essa sorologia vai dar negativa. sintomas que acontecem nessa fase
Quando ele começa a ter a presença de também chama a atenção porque pode
anticorpo ele estará na soroconversão estar relacionado diretamente com a fase
porque ele já passou a apresentar o de Aids. Pode dizer que esse momento
anticorpo por conta do vírus. paciente tem Immuno supressão
moderada não avançada como na aids
Mas existe o período da janela
imunológica; alguns pacientes demoram • Fase sintomática inicial:
mais a fazer essa soroconversão, e esse → Não produziu anticorpo e mesmo
paciente pode fazer a sorologia hoje e que ele o produza ainda não
daqui a 2 semanas dar negativo mesmo consegue combater a infecção
ele tendo o vírus, aí ele vai ter que repetir porque ele não consegue neutralizar
com 30, 60 dias. 100%.
→ 1º. Início dos sintomas da doença
retroviral aguda: paciente pode
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→ Coletar todos os exames, se o 1º NA FASE LATENTE PRA AGUDA
for negativo você repete depois de
dermatite seborreica, alterações
30 a 60 dias.
neurológicas, sarcoma de kaposi,
→ Pode também apresentar de
acometimento de fígado e
repetição úlceras orais, candidíase,
pâncreas,linfadenopatias, moluscos
moluscos contagiosos.
contagioso, foliculite, psoríase e micose.
• Fase de retrovirose: -Se ele tomar antirretroviral ele não
→ Vem antes da fase de latência. evolui para a fase aguda do HIV.
→ É possível que ele tenha os
-O vírus não tá inativado, eles ficam se
anticorpos, então o melhor
multiplicando silenciosamente. Ai se o
diagnóstico é o RT-PCR para
paciente tem baixa imunidade ou alguma
investigar o RNA viral ou a GP140 situação de estresse ele avança mais
rápido.
-Mas não pede RT PCR para todo mundo
porque ele é caro, não é disponível para FASE AGUDA DO HIV:
todos, mas se tiver dúvida em diagnóstico
-Terá aumento da carga viral e o CD4 tem
a gente solicita.
um leve declínio. No gráfico a fase aguda
Nessa fase o paciente apresenta sintomas dura até 8 semanas.
constitucionais como febre, cefaléia,
E os principais marcadores laboratoriais
astenia, mialgia, adenopatia,
dessa fase são o RNA, e o T24 e o IgM
faringite,exantema.
estão em menor quantidade ou qualquer
-Pode ter também diarreia crônica, outra síndrome infecciosa. Isso é diferente
cefaléia, alterações neurológicas e da fase sintomática.
infecções bacterianas, sobretudo
-Dura de 8 a 10 anos.
pneumonia, sinusite, bronquite, lesões
orais, leucoplasia oral. -Pode se relacionar com qualquer
O paciente que apresenta cedo esses manifestação de virose, dengue ou outras
sinais, dentre eles linfoadenopatia síndromes virais.
prolongada, letargia e astenia prolongada,
é indicativo de mau prognóstico. Também -Lembrar que o vírus acomete todos os
existe a possibilidade de o paciente ter o sistemas, então todos os órgãos podem
acometimento do fígado e pâncreas, mas estar comprometidos e ele pode começar
isso não é normal. a ter algumas manifestações. Dentre elas,
as mais comuns são perda de peso, febre e
A partir de 8 semanas, o IgG total é o faringite, linfoadenomegalia.
melhor marcador.
Obs: linfoadenomegalia é em todas as
cadeias, e tem que chamar a atenção no
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diagnóstico de TB ganglionar e doença Kaposi(SK), linfoma não Hodgkin e
linfoproliferativa. câncer de colo uterino em mulheres
jovens nessas situações (CD4<200) na
Diagnóstico:
maioria das vezes.
-Por meio de exames imunológicos.
• Manifestação de manifestação
-Os parâmetros de prognóstico são usados moderada de imunodefiencia
para adequar o tratamento clínico por → Perda de peso inexplicada (> 10%
meio da carga viral e da contagem de do peso)
CD4. → Diarréia crônica por mais de um
mês
-Quando a linfadenopatia é persistente é
→ Febre persistente inexplicada por
caracterizada como sinal de mau
mais de um mês (> 37,6°C,
prognóstico, a gente sempre tem que
intermitente ou constante)
pensar como diagnósticos diferenciais as
doenças linfoproliferativas ou a → Leucoplasia pilosa oral
tuberculose ganglionar. → Anemia inexplicada (< 8 g/dL),
neutropenia (< 500 células/µL)
AIDS: e/ou trombocitopenia crônica (<
- É uma imunossupressão avançada, ele 50.000 células/µL)
vai ter sintomas que são geralmente
relacionados às doenças oportunistas. Diagnostico de AIDS:
→ Paciente vai apresentar uma doença
O sarcoma de kaposi é um câncer definidora de aids
definidor de aids. → CD4<350 cel/mm
-Tem doenças que são definidoras de Síndrome que se caracteriza por intensa
aids. destruição de linfócitos CD4+
-Alterações neurológicas como neuro Aparecimento de infecções oportunistas
criptocócica,neurotuberculose são
definidoras de aids. Laboratorialmente: contagem de CD4+
inferior a 350 céls./mm3.
-Dentre essas infecções oportunistas
podemos citar a pneumocistose (fungo O início da TARV e o tratamento das
que atinge pulmões causando tosse seca e infecções oportunistas deve ser o mais
calafrios), neurotoxoplasmose( precoce possível, devido à alta taxa de
CD4<100), TB pulmonar atípica ou mortalidade
disseminada, meningite criptocócica e DOENÇA COMUNISTA OPORTUNISTA
rinite por CMG.
Sistema nervoso central chama para duas
Neoplasias mais comuns são sarcoma de
doenças:
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→ Meningite e toxoplasmose (Cd4 → Imunofluorescência
abaixo de 100) → Western Blot.
Faz teste 1 e 2: negativo se o paciente
tiver manifestações clínicas você repete
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL
novamente após 30 dias
Inicialmente dois testes de triagem testes
Teste imunoenzimático negativo e
sorológicos podem serem confirmatório
imunoblot + fazer o teste 3 que é outro
ou podem deixar dúvida ai vamos pros
imunoblot, mas de 4ª geração.
testes confirmatórios
-Caso 2 amostra positiva para HIV: pedir
Considerar um paciente portador de HIV
carga viral (RT-PCR) e contagem de CD4
após dois exames de triagem e um exame
do paciente, e na carga viral verei ele.
confirmatório positivos.
Enquanto começo a carga viral já início o
Entende-se por exame de triagem:
tratamento
→ Teste rápido anti-HIV ROTEIRO DE ASPECTOS A SEREM
→ ELISA (demora 1 semana) ABORDADOS NOS ATENDIMENTOS
INICIAIS:
Entende-se por exames confirmatórios:
Quanto mais baixo o CD4, mais frequente
→ Imunofluorescência
o paciente deve ser examinado.
→ Western Blot.
Exame físico
Cada paciente tem que fazer 2 testes,
sendo o teste 1 e o 2 Sinais clínicos mais encontrados são as
No teste 1 é o ensaio imunoenzimático, e dermatites, que tem como o sarcoma de
o teste 2 é teste rápido imunoblot que é
kaposi, micose, psoríase,
confirmatório
verrugas,foliculite,
adenopatias cervicais, molusco
contagioso.
-Será feito manobras para identificação de
hepatoesplenomegalia.
-Alterações neurocognitivas : adenopatias
axilares,adenopatias de cabeça e pescoço.
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EXAMES COMPLEMENTARES: tóxico, precisamos ter ideia desses
parâmetros basais para saber como o
Primeiramente deve-se solicitar a carga TARV
viral e a contagem de linfócitos CD4.
-Testar sífilis, hepatite viral,
-Antes de iniciar tratamento, deve-se
fazer a genotipagem para identificação se toxoplasmose (detecta IGG, em que pode
tem 2 tipos de HIV, se tem HIV 1 ou 2 e ser reativado devido ao HIV), HTLV,
se tem algum tipo de resistência ao chagas.
tratamento.
-Pedir glicemia em jejum e raio x de tórax
Alguns vírus têm resistência devido ao 9 ver se tem TB, pneumocistose ou
abandono do tratamento; aí a transmissão qualquer outro acometimento pulmonar).
já pode ser por vírus resistente.
-Fazer prova tuberculínica antes de início
O hemograma pode ser um dos primeiros do tratamento, e se der >5mm daquela
exames que se altera na abordagem, lesão, a gente tenta evitar início do
caracterizado com leucopenia, tratamento porque você começa a tratar a
plaquetopenia e diminuição da contagem tuberculose e 2 semanas depois que você
de linfócitos, já se pode acender alerta de deve iniciar o tratamento por HIV. E se
infecção pelo HIV. Porque ele é um vírus caso a contagem de linfócitos for <200
com preferência por células do sistema começa o tratamento do HIV após 8
imunológico. E ele vai se reproduzir semanas.
causando a diminuição das células e da
-Se ele tiver só infecção, ele vai tratar TB
contagem de linfócitos. Quando tem
latente, eu não preciso esperar. A gente já
<1000 linfócitos a gente pode suspeitar
pode iniciar.
que a contagem de CD4 daquele paciente
ta <200 no hemograma. COMO SERÁ PERIODICIDADE DE
CONSULTA
-Uma tática boa para presumir contagem
de CD4 é analisar a quantidade de -Após a introdução ou alteração da
linfócitos no hemograma. TARV, faremos retorno do paciente no
período de 7 a 15 dias.
-É importante a dosagem de lipídios,
avaliação hepática com Até a adaptação da TARV: faz retorno
TGO/TGP/fosfatase alcalina, bilirrubina, mensal.
função renal através de ureia e creatinina.
PVHIV em TARV com supressão viral e
-Então ele causando esse processo assintomático: retorno até 6 meses.
inflamatório multissistêmico, ele pode
Ex: atendi o paciente hoje, você pediu
causar alterações renais, hepáticas.
todos os exames dele, aí ele voltou pra
-E para iniciar o TARV, por ser trazer resultado dos exames, já comecei o
medicamento TARV
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1º retorno será com 7 dias, o 2º retorno é INFECÇÕES OPORTUNISTA SNC
com 15 dias. Esse retorno precoce é para Meningite e Meningoencefalite
avaliar a adesão do paciente ao Criptococcica
tratamento.
Mais importante nas mamifestações é a
Depois marco a consulta por mês; e
cefaleia intensa
depois disso é que passa para 6 meses
caso supressão viral e assintomático Diagnostico:
→ Isso significa que só posso agendar → Punção lombar mostrará criptococo
ele pra voltar daqui a 6 meses,
Fatores de pior prognostico na meningite
quando a carga
ou meningoencefalite criptocócica:
viral<40(controlada)
→ CD4 muito baixo.
-Individualizar tratamento caso paciente
com PVHIV em TARV sem supressão Tratamento de escolha da Meningite:
viral, sintomático ou com comorbidades
-1ª. indução: Duas semanas =
não controladas.
Anfotericina
MONITORIZAÇÃO LABORATORIAL
USANDO CD4: B + Flucitosina ou Fluconazol
(geralmente usa drogas mais pesadas)
-Analisa o paciente de acordo com esses
retornos que ele está fazendo -2ª. Consolidação: Oito semanas =
→ Pedindo CD4 e carga viral. Fluconazol (400mg a 800mg/dia)
-Em relação ao CD4, se o paciente tiver -3ª. Mamutenção: 12 meses e duas
fazendo tratamento corretamente, se tiver contagens de LT-CD4+ superiores a 200
assintomático e essa carga viral for cels/mm3 com intervalo de seis meses =
indetectável (<40), e o CD4<350 a gente Fluconazol (200mg/dia)
vai pedir a carga viral em 6 meses. Se cultura positivo pode manter a
-Se no período de 6 meses em dois anos Anfotericina B se bem tolerada fazer até
consecutivos o CD4>350 a gente não negativar cultura ou Dose Acumulada
solicita mais o CD4.
-Se paciente com PVHIV que não usa OBS: na prova na prova as doenças do
TARV, ou teve um evento clínico ou uma SNC são somente essas duas acima e
falha virológica🡪qualquer valor de carga fazer diagnóstico diferencial de
viral, é obrigatório fazer CD4 a cada 6 tuberculose meníngea e tuberculose
meses. disseminada
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Toxoplasmose cerebral -Punção lombar: vai ter aumento de
proteínas, células <500, mas ela não
A apresentação clínica é variada, de
mostra a toxoplasmose
acordo com a topografia das lesões
cerebrais, habitualmente, tem curso Ela é indiferente, o que vai ajudar mesmo
subagudo. a fechar o diagnóstico desse paciente
além do dado clínico, é a tomografia e a
-Ele produz um efeito de massa, em que
ressonância nuclear magnética se a
esse efeito de massa é por conta da
tomografia não for reveladora ou
presença da lesão
convincente.
Ele forma uma lesão em massa no SNC e
• Tratamento:
o paciente apresenta comprometimento
neurológico motor, como 1ª. Fase (escolha): 6 semanas
comprometimento de par craniano, ele
-Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido
pode parecer com AVC
folínico
O comprometimento depende da
Ou Sulfametoxazol-Trimetoprima
quantidade de lesão.
Esquema Alternativo para quem tem
As manifestações clinicas mais comuns
alergia a sulfa: Clindamicina +
da toxoplasmose cerebral são:
Pirimetamina + Ácido folínico
→ Cefaléia, Sinais Focais, Febre,
Convulsões, Alteração do Estado
Mental: Letargia, Desorientação; -2ª. Fase Manutenção: até melhora do
Coma
LCD4+
Sinais Focais da toxoplasmose cerebral:
→ Hemiparesia, Hemiplegia, Disfasia,
INFECÇÕES NO RESPIRATÓRIO
Paralisia de nervos cranianos,
Diplopia → Lembrar que o criptococo pode
• Diagnostico: passar pelo pulmão.
→ Sorologia da toxoplasmose: essa → Tuberculose pulmonar
sorologia pode vir negativa se ele → Pneumocistose
estiver muito imunossuprimido, aí → Micoses profundas (histoplasmose,
ele apresentará lesão cerebral na criptococose, candidíase...)
TC → Citomegalovírus
→ E isso é diagnóstico clínico e
tomográfico. Isso já é suficiente • Pneumocistose:
para iniciar o tratamento,
independente da sorologia dele - É um fungo Pneumocystis jiroveci
(Pneumocystis carinii)
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-Fungo saprófita das vias aéreas desde a Balanço ácido-básico: Normal ou
1ª. década da vida Alcalose respiratória
-Transmissão inter-humana e através das Rx Tórax:
vias aéreas (ex: paciente do lado do leito
→ Infiltrado intersticial difuso
do contaminado).
bilateral – 90%
-A PCP é a causa mais comum de doença → Variantes(+raro): Infiltrada
pulmonar oportunista em PVHIV com alveolar localizado, consolidações
contagem de LT-CD4 + abaixo de 200 focais, infiltrado nodular.
cels/mm3 em pacientes que não estão → Achado mais típico é o infiltrado
usando o tratamento. (quando paciente intersticial peri-hilar e simétrico.
estáusando TARV, diminui a
possibilidade dela). Escarro induzido: mas é difícil, porque o
paciente vai ter dificuldade de escarrar
-Ela conduz no pulmão uma pneumonite devido a insuficiência respiratória, e o
intra-alveolar (ela faz processo escarro em si não mostrará muitas células.
inflamatório em ambos os pulmões com
infiltrado alveolar)⇒ com essa lesão Mas se ele faz o lavado brônquio alveolar
extensa ele leva o paciente a uma e encaminha o lavado para a patologia e o
hipoxemia ( dependendo da gravidade médico solicita pesquisa de pneumocystis
essa hipoxemia pode ser um efeito clínico , o patologista irá fazer uma coloração
+ importante levando o paciente a IR). especial e ver se essas células estão
grandes
-Inspiração forçada ⇒ Tosse seca (70%)
Não tem broncoscopia, clínica, hiv e raio
⇒ Insuficiência respiratória ⇒Hipoxemia x
-Ausculta pulmonar inexpressiva: normal
ou com estertores finos ao final da
expiração.
→ Desidrogenase Lática (LDH)
>500U/I
-Se saturação estiver caindo faça a
gasometria arterial
-Gasometria arterial:
→ Hipoxemia grave ⇒ PaO2 <60
mmHg(tem que associar corticóide
ao tratamento desse paciente)
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• Tratamento da pneumocistose: • Tratamento do cmg:
SMX-TMP: sulfametoxazol-trimetoprim. Fase de indução:
Em casos graves faz associação com -1ª escolha: Ganciclovir 5mg/kg a cada
corticoide. doze horas, por 14 a 21 dias.
Em pacientes alérgicos a Alternativamente: Foscarnet 60 mg/kg a
sulfa🡪clindamicina+primaquina(remédio cada oito horas ou 90 mg/kg a cada 12
de malária). horas, por 14 a 21 dias.
Casos de PaO2<70 mmHg: -Terapia intraocular (adjuvante): depende
da topografia da lesão retiniana e deve ser
- Associar prednisona(corticóide)
avaliada sua indicação e necessidade por
OBS.: O início do uso da prednisona só é oftalmologista.
justificado nas primeiras 72 horas de
Fase Manutenção (profilaxia secundária):
evolução do quadro respiratório
ganciclovir ou foscarnet
• Doença Citomegálica
-Até a elevação sustentada da contagem
-Doenças em órgãos causadas pelo CMV
de LT-CD4 + acima de 100 cels/mm3
ocorrem em pacientes com avançada
durante pelo menos três a seis meses, em
imunossupressão, tipicamente naqueles
uso regular de TARV.
com contagem LT CD4+ abaixo de 50
cels/mm3, que frequentemente não estão Obs: para a prova só precisa saber qual
em uso de TARV ou estão em falha remédio pro tratamento e o tempo.
virológica ao esquema prescrito.
CANDIDIASE ORAL E ESOFAGICA
-Alta CV-HIV (acima de 100.000
-É um fungo que fica na boca, faz as
cópias/mL) também pode ser considerada
placas esbranquiçadas.
um fator de risco
As candidíases orofaríngea e esofágica
-Os principais sítios de infecção são:
são comuns em pacientes com
Retina(retinite) e aparelho digestivo;
imunossupressão pelo HIV, sendo
-Podendo ser acometidos: pulmões, observadas, geralmente, em pacientes
fígado, vias biliares e SNC (demência, com contagem de LT-CD4 + inferior a
ventrículo encefalite e 200 cels/mm3.
polirradiculomielite).
-O principal agente da candidíase é a
-Pode fazer esofagite, enterite e pode Candida albicans.
fazer gastrite
-O sintoma mais comum de candidíase
orofaríngea é o aparecimento de placas
removíveis esbranquiçadas.
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Os sintomas típicos de candidíase primária ou por reativação endógena no
esofágica incluem: pulmão
→ Dor retroesternal difusa: dor na -Apresentação clínica varia de acordo
passagem do alimento. com o grau de comprometimento
→ Disfagia e/ou odinofagia imunológico
→ Normalmente sem febre.
Pode fazer doenças disseminadas como
Diagnostico da candidíase: hepatoesplenomegalia, linfadenomegalia,
doenças cutâneas, mas o mais comum é a
→ Candidíase oral e/ou esofágica: lesão pulmonar.
Clínico
-Em áreas endêmicas, a incidência anual
A cultura de material dessas regiões entre indivíduos HIV positivos é de 5%.
pouco útil, devido a presença de fungo
como comensal dessas mucosas -A pneumonia é a principal forma de
apresentação
A EDA é indicada para casos que
apresentem persistência de sintomas após -O infiltrado pulmonar retículo-nodular
tratamento antifúngico, para investigação difuso é o achado radiológico mais
de outras causas de esofagite. característico.
• Tratamento da candidíase oral e O aspecto é que em asa de borboleta,
esofágica: infiltrada para hilar, pode também fazer
micronodular lembrando tuberculose.
Os principais sinais e sintomas clínicos
são:
-Febre
-Perda de peso,
-Hepatoesplenomegalia, anemia,
leucócitos e plaqueta baixa
-Linfadenomegalia,
HISTOPLASMOSE: -Alterações pulmonares
→ A histoplasmose no Brasil é -Lesões mucocutâneas numerosas, que se
causada pelo fungo dimórfico
Histoplasma capsulatum, iniciam como papulas, progredindo para
→ Infecção se dá por inalação de pequenos nódulos umbilicados e úlceras.
esporos presentes no solo.
→ A doença pode ocorrer por infecção -
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Tratamento da Histoplasmose: devemos analisar o exame de escarro e o
RX.
-Escarro BAAR teste rápido molecular.
Ou seja, o PPD não fecha diagnóstico de
TB ativa, o diagnóstico de TB ativa é com
exame de escarro.
-Se for TB ganglionar- a gente faz a
biópsia do gânglio.
-Se for meníngea-faz punção lombar, TC,
avalia o liquor (liquor com muita
proteína).
TUBERCULOSE E HIV
- O paciente com HIV pode ter TB • Tratamento da TB pulmonar:
pulmonar e dependendo do seu CD4 ele → Se o paciente já estiver tomando
pode evoluir para tuberculose TARV: eu não paro o TARV após
extrapulmonar descoberta de TB, aí eu começo o
tratamento para tuberculose.
Normalmente a TB + comum é a → Se o paciente nunca tomou TARV,
pulmonar, mas em pacientes com Aids descobriu agora que tem HIV e TB:
com imunossupressão a gente espera ser priorizo o tratamento da TB para
mais comum a TB extrapulmonar que ocorra melhora dessa infecção,
(hepatoesplenomegalia, diarreia, úlceras diminuição do processo
intestinais). inflamatório para aí sim poder
-Quanto mais imunossuprimido o iniciar TARV.
paciente estiver, mais grave será sua Isso porque quando estamos fazendo uso
apresentação. de remédio para TB ocorre lesão celular,
Em que inclusive pode evoluir com TB ocorre aumento de processo inflamatório,
meníngea. se eu for fazer o remédio do HIV junto
vai aumentar mais ainda o processo
-Nas consultas laboratoriais a gente tem inflamatório diminuindo a carga viral e
que pedir o PPD com isso aumentando o CD4. Então além
do processo inflamatório terá uma
→ Se o PPD>5 o paciente está com
resposta celular maior de recuperação
infecção, então eu tenho que avaliar
se ele também está com TB ativa celular (Síndrome da recuperação
imunológica)
→ E para diagnosticar o paciente com
TB ativa
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PERGUNTA DE PROVA – síndrome da → Quando iniciar o Tratamento
recuperação imunológica (ler pcdt) Antirretroviral_páginas 79 a 85.
Como Iniciar_(item 10)10.1-terapia
A síndrome da recuperação imunológica
TARV preferencial_e
não acontece só no paciente que trata
alternativa_páginas 93 e 99 (até o
tuberculose.
primeiro paragráfo - Raltegravir
Síndrome de recuperação imunológica é (RAL).
quando ocorre uma recuperação rápida → SÍNDROME INFLAMATÓRIA
das células do paciente, em que invés de DA RECONSTITUIÇÃO IMUNE:
ele melhorar ele piora por conta da DIAGNÓSTICO E
resposta inflamatória. Então tem isso na TRATAMENTO_páginas 135 a
TB, a gente não pode começar os 137.
medicamentos juntos se não esse paciente → Parte V: coinfecções_Tuberculose
piora. e HIV páginas 218 a 227. Parte VI:
Infecção Oportunistas: paginas 289
Nesse caso temos que esperar no mínimo
a 314.
2 semanas (mas o ideal é esperar 4
semanas)
Fazer tratamento de TB igual o
tratamento de pacientes não HIV, com 2
meses de indução terapêutica , 4 meses de
manutenção.
-TB meníngea ou óssea: 2 meses de
indução+10 manutenção.
LIVRO: PCDT
→ Abordagem Inicial: História
Natural da Doença_ paginas 53 a
56.;
→ Diagnóstico Laboratorial da
Infecção pelo HIV_páginas 59-60 e
mais orientações da aula do
professor.
→ Abordagem inicial do Adulto
Infectado pelo HIV_páginas 63 a
72;
→ Continuando na Abordagem inicial
= Investigação de
Tuberculose_paginas 73.