0% acharam este documento útil (0 voto)
46 visualizações3 páginas

Caso Prático 1 DD350

O documento aborda a compreensão das ideações suicidas, destacando a diferença entre tentativas de suicídio e parasuicídio, além de enfatizar a importância de intervenções médicas e psicológicas. A coleta de informações sobre o paciente é crucial para identificar fatores de risco e encaminhamentos necessários para tratamento. O texto também menciona que a maioria das tentativas de suicídio está relacionada a transtornos mentais como depressão e ansiedade.

Enviado por

Thiara Potratz
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
46 visualizações3 páginas

Caso Prático 1 DD350

O documento aborda a compreensão das ideações suicidas, destacando a diferença entre tentativas de suicídio e parasuicídio, além de enfatizar a importância de intervenções médicas e psicológicas. A coleta de informações sobre o paciente é crucial para identificar fatores de risco e encaminhamentos necessários para tratamento. O texto também menciona que a maioria das tentativas de suicídio está relacionada a transtornos mentais como depressão e ansiedade.

Enviado por

Thiara Potratz
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato DOCX, PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 3

CASO PRÁTICO 1

1. A compreensão de ideações suicidas pode ser obtida pelo clínico ao identificar


na experiência da pessoa, ações suicidas que não atingem o seu propósito sendo
assim, nomeadas de "tentativa de suicídio”, "qualquer ação autodirigida,
empreendida pela própria pessoa e que conduzirá à morte, caso não seja
interrompida” (Stuart & Laraia, 2002, citado em Avanci, 2004, p. 30).

Segundo Fukumitsu (2011, citado por Reis, 2014) argumentou que o sujeito que
atenta contra si mesmo projeta na morte a possibilidade que não encontrou em
vida, ou seja, ela crê que o ato de tentar o suicídio é uma maneira do sujeito de
expressar algo o qual não é capaz em vida e conjectura que este sujeito não
deseja morte, mas outra forma de viver.

Desse modo todo o ato que provoca lesão a si mesmo, qualquer que tenha sido a
intenção é considerada tentativa de suicídio, e, portanto um suicídio
interrompido. (OMS, 2014).

2. O parasuicídio ou comportamento parasuicida corresponde, de acordo com a

O.M.S., a um ato ou comportamento não fatal, eventualmente não habitual num

dado indivíduo e com o qual ele não tem clara intenção de morrer, mas no qual

se arrisca a danos em si mesmo (mais ou menos graves) caso não exista a

intervenção de outrém; o parasuicídio pode também ocorrer na sequência da

ingestão excessiva de determinadas substâncias com o intuito de provocar

alterações desejadas. (Oliveira; Amâncio & Sampaio, 2001)

O paciente realiza a ação com o objetivo de tirar a própria vida, mas permanece

no nível de uma tentativa, pois não atinge o objetivo, enquadrando-se na

definição de suicídio frustrado. Observa-se que o paciente tem clara intenção de

tirar a própria vida, mas há um arrependimento profundo que o faz procurar o

serviço médico, diante disso, não podemos falar de um "parasuicídio", uma vez
que o paciente ele não tem clara intenção de morrer, pelo contrário, ele realiza a

ação estando consciente.

Verifica-se que o paciente apresenta um quadro psiquiátrico de transtorno

mental, diante dos sintomas que apresentou na admissão, como ansiedade,

labilidade emocional, etc., lembrando que a maioria das tentativas de suicídio

são decorrentes de desequilíbrios psicológicos como depressão, ansiedade, crises

emocionais, problemas familiares, etc.

3. Primeiramente, iria realizar os primeiros socorros médicos, uma vez que tem

uma intoxicação, em decorrência de ingestão de uma substância tóxica. O

paciente estando bem e estabilizado, pode se pensar nos primeiros socorros

psicológicos. Sendo: o contato com o paciente, onde tem como objetivo oferecer

apoio de uma forma não invasiva, ter uma abordagem mais empática, respeitosa

e com uma escuta ativa, afim do paciente se sentir acolhido; segurança e alívio,

com o objetivo de melhorar a segurança do paciente proporcionando alívio físico

e emocional à sua condição; estabilização, onde tem como objetivo, acalmar e

orientar o paciente que, após ter cometido o ato suicida, se encontra

sobrecarregado e desorientado por vivenciar os sintomas orgânicos do efeito das

sementes, além do desequilíbrio emocional e ansioso.

Coleta de informações. A importância desta etapa advém da necessidade de se

ter dados para abordar o paciente, detectando fatores de risco, redes de apoio ou

familiares a contatar, sintomas, causas do ato, histórico de tentativas anteriores

de suicídio, existência de doenças médicas ou psicológicas, estados induzidos

por drogas ou álcool, e gerando uma hipótese inicial do ocorrido.


Essa coleta de dados do paciente nos fornecerá informações importantes que nos

permitirão orientar o caso do paciente, se necessário, encaminhá-lo para

tratamento psicológico como um processo terapêutico mais longo do que a

intervenção de crise ou tratamento psiquiátrico, dependendo da magnitude dos

sintomas e dos dados coletados.

Avanci, R. (2004). O adolescente que tenta suicídio: Estudo epidemiológico de


uma unidade de emergência (Dissertação de Mestrado). Universidade de São
Paulo, Ribeirão Preto.

Fukumitsu, K. O. (2011). Suicídio e gestalt-terapia (2ª ed.). São Paulo: Digital


Publish & Print Editora.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE – OMS (2014). Preventing suicide: a


global imperative.Word health organization.Geneva.

Oliveira, Abílio; Amâncio, Lígia; Sampaio, Daniel. (2001). Arriscar morrer para
sobreviver: Olhar sobre o suicídio adolescente. Análise Psicológica, 4 (XIX):
509-521.

Você também pode gostar