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As Cinco Colunas

O documento explora as cinco colunas nobres da maçonaria, cada uma representando virtudes essenciais como beleza, força, sabedoria, integração e simplicidade. As colunas Dórica, Jônica, Coríntia, Compósita e Toscana são discutidas em termos de suas características arquitetônicas e significados simbólicos, orientando o desenvolvimento moral e espiritual do maçom. Cada coluna é posicionada no Pavimento Mosaico da Loja, refletindo a jornada iniciática do Aprendiz em busca de autodesenvolvimento.
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O documento explora as cinco colunas nobres da maçonaria, cada uma representando virtudes essenciais como beleza, força, sabedoria, integração e simplicidade. As colunas Dórica, Jônica, Coríntia, Compósita e Toscana são discutidas em termos de suas características arquitetônicas e significados simbólicos, orientando o desenvolvimento moral e espiritual do maçom. Cada coluna é posicionada no Pavimento Mosaico da Loja, refletindo a jornada iniciática do Aprendiz em busca de autodesenvolvimento.
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As cinco colunas nobres

O termo "coluna" tem origem no latim columna, derivado de columen, que


remete a "pico", "cume" ou "ponto mais alto". Em sua acepção geral, refere-se a um
elemento estrutural elevado, utilizado para sustentação. Contudo, o conceito também
assume significados figurados, como a disposição de números em uma tabela, o
alinhamento de tropas militares ou seções em publicações periódicas.
Na arquitetura, a coluna, distinta do pilar, é um elemento vertical que suporta cargas e
estruturas, desempenhando tanto funções estruturais quanto decorativas.
Tradicionalmente, é composta por três partes principais:
• Base: a seção inferior que repousa sobre a superfície ou pedestal;
• Fuste: o corpo principal da coluna;
• Capitel: o topo da coluna, responsável pela transição para a estrutura superior.
A partir da obra De Architectura, de Vitrúvio, as colunas adquiriram um papel
adicional como elementos estéticos, combinando funcionalidade e ornamentação.
No contexto maçônico, especificamente no grau de Companheiro, cinco estilos
arquitetônicos clássicos assumem um papel simbólico fundamental: Dórico, Jônico,
Coríntio, Toscano e Compósito. Enquanto as ordens Dórica, Jônica e Coríntia são
de origem grega, as ordens Toscana e Compósita derivam da tradição romana. Cada
coluna carrega significados profundos, orientando o desenvolvimento moral,
intelectual e espiritual do maçom.

Disposição e Simbolismo das Colunas


As cinco colunas estão posicionadas no Pavimento Mosaico da Loja, organizadas da
seguinte forma:
• No Norte, encontram-se a Coluna Coríntia (próxima à mesa do Segundo
Vigilante), a Dórica (ao centro) e a Jônica (próxima à mesa do Chanceler).
• No Sul, estão a Coluna Compósita (próxima à mesa do Tesoureiro) e a Toscana
(próxima à mesa do Primeiro Vigilante).
O Aprendiz, durante sua jornada iniciática, cessa sua caminhada diante de cada uma
das colunas, representando os cinco estágios da evolução intelectual e espiritual.

As Colunas e seus significados


A coluna da ordem Coríntia, é onde o Aprendiz é conduzido em sua primeira
viagem, é a mais rica das ordens, ornada de folhas de acanto.
Suas principais características assinalam-se no formato do capitel, o qual
sugere o ornamento com folhas de acanto, e quatro espirais simétricas, usado para
substituir o capitel jônico como uma variante luxuosa dessa ordem. É distinguida,
portanto, pelos acantos estilizados, com pontas curvadas para fora, com 4 volutas
menores nos cantos; um fuste mais delgado do que o da ordem Jônica; mais esguia; o
entablamento e o frontão ricamente adornados com relíquias; em especial, a precisão
de detalhes, que visava à expressão de luxo e poder, e refletem a busca pela
excelência em ações e intenções e pela estética em todas as áreas da vida.
Para o desenvolvimento pessoal, essa metáfora sugere que o homem deve
buscar a perfeição em suas atitudes, elevando-se acima da média humana,
aperfeiçoando sua capacidade intelectual e moral, cultivando virtudes como bondade,
generosidade e integridade. Espiritualmente, ela inspira a busca pela conexão com o
divino através da beleza e da pureza.
Ela está relacionada a Beleza que, no Templo, está vinculada à Coluna do
Norte, dirigida pelo 2º Vigilante.

Na segunda viagem, o Aprendiz passa diante da Coluna que representa a


Ordem Dórica de Arquitetura, caracterizada pela sobriedade, simplicidade e robustez,
é a mais antiga e rústica das ordens gregas, derivando a sua ideia do antigo Egito.
Dentre suas características é possível citar que se trata de coluna desprovida de
base. O friso é intercalado por módulos compostos de três ou mais tríglifos ou estrias
verticais, denominados de caneluras. O capitel é despojado, formado pelo équino ou
coxim, que se assemelha a uma almofada, e por um elemento quadrangular, o ábaco,
sobre o qual se apoia a arquitrave lisa.
É a mais antiga e a mais simples das três existentes na arte e ordens gregas.
Define um edifício, em geral, baixo e de caráter sólido.
É comumente empregada no exterior de templos dedicados a divindades
masculinas. É a razão pela qual está relacionada com a Força, representada no
Templo pela Coluna do Sul, liderada pelo 1º Vig.'..
A força representada pela coluna Dórica não é apenas física, mas também
moral e emocional. Ela reflete a importância de valores fundamentais como
integridade e resiliência, simboliza a capacidade de enfrentar adversidades com
resiliência e de construir uma vida baseada em princípios sólidos. Para o
desenvolvimento pessoal, essa metáfora inspira o maçom a cultivar uma base ética e
a ser um pilar de estabilidade para si mesmo e para os outros.

No percurso da terceira viagem, fica imóvel perante a Coluna que representa a


Ordem Jônica de Arquitetura, caracterizada sobretudo por um capitel ornado por
duas volutas laterais; originária da Assíria; simboliza a Sabedoria e o equilíbrio,
reflete a busca pelo conhecimento e pela harmonia.
A Ordem Jônica desenvolveu-se paralelamente à Ordem Dórica. Apresenta, no
entanto, formas mais fluidas e uma leveza geral, sendo mais utilizada em templos
dedicados a divindades femininas.
A coluna possui uma base larga e o fuste é mais elegante e mais alto;
apresentacaneluras cavadas profundamente, separadas por listéis planos, ao invés de
arestasvivas. Além disso, a Coluna Jônica apresenta uma base circular, com bela
estrutura, eum envolvente capitel, que termina num ábaco, sobre a qual se apoia a
arquitrave. Contudo, o capitel é assentado sobre o fuste, que acentua um elemento
novo, comatributos de uma árvore, posto entre o coxim e o ábaco, as volutas, que se
prolongamsuperficialmente, para a direita e para a esquerda, em almofada arqueada,
que se enrola, com força elástica e tensa, em torno de um eixo.
No contexto maçônico, essa coluna enfatiza a importância do aprendizado
contínuo e do cultivo da mente e do espírito. É um convite para o maçom ser um
eterno estudante e fazer da sabedoria um guia para as suas ações, o aprendizado
contínuo e a reflexão são essenciais para alcançar a harmonia interior. Seu lugar é no
Oriente, junto ao Venerável Mestre.

A quarta viagem, o Aprendiz depara-se com a Coluna Compósita, a qual é


constitúida por elementos das outras colunas, ela surgiu de um estilo misto, em que se
inserem no capitel as volutas do jônico e as folhas de acanto do coríntio. Simboliza a
integração, a maturidade e a capacidade de aplicar o ensinamentos maçônicos
adquiridos, refletindo a união harmoniosa de força, sabedoria, beleza e simplicidade,
representando a completude e o equilíbrio que o maçom deve cultivar ao longo de sua
jornada.

Na última viagem, o Aprendiz é guiado ate a Coluna que representa a Ordem


Toscana, é a mais simples das cinco ordens apresentadas. É uma simplificação de
mesma proporção do dórico. A coluna dispõe de base circular e apresenta o seu fuste
liso, sem caneluras, e o capitel simples. As coluna dessa ordem são separadas por
grandes distâncias.
Representa a simplicidade e funcionalidade, a humildade e o trabalho árduo,
destacando a importância de realizar tarefas com dedicação e eficiência. Na
maçonaria, ela simboliza o valor do esforço e da contribuição para o bem coletivo. O
progresso pessoal e espiritual é alcançado através do esforço constante e da
dedicação. O maçom é incentivado a ser prático e objetivo, a valorizar as pequenas
conquistas e a contribuir para o bem coletivo com ações práticas e significativas.

Conclusão:
Cada estilo arquitetônico representa virtudes essenciais, como beleza, força,
sabedoria, integração e simplicidade. A beleza da Coluna Coríntia nos desafia a agir
com excelência. A Dórica a importância de construir uma base sólida para enfrentar
os desafios, a Jônica que nunca devemos parar de aprender, a Compósita que
devemos integrar diferentes conhecimentos durante a vida e a Toscana a importância
da simplicidade e o trabalho.

Essas cinco colunas não são apenas elementos decorativos, elas orientam o
maçom em sua busca por autodesenvolvimento e aprimoramento, em contribuir para
uma sociedade melhor, são uma metáfora para o crescimento pessoal.
Referências bibliográficas:
- Manual de Procedimentos Ritualístico Rito Adonhiramita Grau de
Companheiro
- Livro de Instruções do Rito Adonhiramita do Grau de Companheiro
- EMILIÃO, Sergio, Artigo As Colunas no Rito Adonhiramita
- FACHIN, Luiz. Verdade e Virtude: Graus Simbólicos: Tomo I. 2a edição. Ed.
AGE.
Porto Alegre, 2018;
- JUNIOR, Raymundo D'Elia. Maçonaria, 50 Instruções de Companheiro.
– Manual de Instrução do Segundo Grau. Disponível em massloi.org.

Leonardo Pedrazzi Knackfuss


Comp.'. Maç.'.
A.'.R.'.L.'.S.'. CAVALEIROS DA ALDEIA
Rito Adonhiramita
Grande Oriente do Rio Grande do Sul – GORGS

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