ROCHAS
Registros de Processos Geológicos
Rocha
Rocha – agregado sólido de minerais que ocorre
naturalmente.
Algumas rochas são compostas de somente um
mineral. Ex: mármore branco – calcita.
Outras rochas são compostas por matéria
não‐mineral.
Ex: rocha vulcânica vítrea – material não cristalino.
carvão – restos de plantas compactados.
Rocha
Em um agregado os minerais são unidos de maneira a manter
suas características individuais.
Rocha
O que determina a aparência física de uma rocha?
As rochas variam na cor, no tamanho de seus cristais, ou
grãos, e nos tipos de minerais que as compõem.
Constituição mineralógica – é a proporção relativa dos
minerais constituintes de uma rocha.
Textura – é o termo que indica o tamanho e as formas dos
cristais, além do modo como estão unidos. Os cristais (ou
grãos) podem ser grossos, se possível de ver a olho nu
(alguns milímetros), ou finos, caso contrário.
Três tipos de Rochas
Tipos de rocha e Processo formador
material-fonde de rocha Exemplo
ÍGNEA
Fusão de rochas Cristalização
na crosta quente e (solidificação de
profunda e no magma ou lava)
manto supeerior
Granito com
cristalização grossa
SEDIMENTAR
Intemperismo e Deposição
erosão das rochas soterramento e
expostas na litificação
superfície
Arenito acamadado
METAMÓRFICA
Rochas sob altas Recristalização
temperturas e em estado
pressões nas sólido de novos
profundezas da minerais
crosta e no manto
superior
Gnaisse
1- Rochas Ígneas
As rochas ígneas (do latim ignis, “fogo”) forma‐se da
cristalização do magma, uma massa de rocha que se
origina em profundidade na crosta e no manto superior.
Temperatura maiores que 700°C são suficientes para fundir a
maioria das rochas.
A medida que o magma esfria abaixo da temperatura de fusão
(lentamente) alguns desses cristais tem tempo de crescer até
poucos milímetros até que toda massa seja cristalizada em um
rocha ígnea de granulação grossa.
Quando o magma é extrudido de um vulcão na superfície terrestre
o magma esfria tão rapidamente que os cristais não tem tempo
para crescer, resultando em uma rocha ígnea de granulação fina.
1 - Rochas Ígneas
Rochas formadas pela
solidificação de magmas.
1- Rochas Ígneas
Assim, distinguem‐se dois tipos de rochas ígneas com base
no tamanho de seus cristais: intrusivas e extrusivas.
1 - Rochas Ígneas
A maioria dos minerais
das rochas ígneas são
silicatos, em parte
porque o silício é muito
abundante e em parte
porque vários minerais
silicatados fundem‐se
em altas temperaturas
e pressões alcançadas
nas partes mais
profundas da crosta e
do manto.
2- Rochas Sedimentares
Os sedimentos, precursores das rochas sedimentares,
são encontrados na superfície terrestre como camadas
de partículas soltas, como areias, silte e conchas de
organismos. Essas partículas são formadas a medida que
as rochas vão sendo alteradas e erodidas.
O intemperismo são todos os processos químicos e físicos que
desintegram e decompõem as rochas em fragmentos de vários
tamanhos. As partículas das rochas fragmentadas são então
transportadas pela erosão, que é o conjunto de processos que
desprendem o solo e as rochas, transportando‐os para locais onde
são depositados em camadas de sedimentos.
As partículas de rocha são geradas
pelo intemperismo...
... Transportadas pela erosão...
... e depositadas como camadas de
sedimento no solo ou na água...
... onde elas formarão
camadas paralelas ou
estratificação
Os sedimentos soterrados
litificam-se pela
Sedimentos clásticos: areia, silte e
compactação e cimentação
cascalho.
Sedimentos bioquímicos: recife de
corais e conchas.
2 - Rochas Sedimentares
O intemperismo e a erosão produzem dois tipos de
sedimentos:
Sedimentos clásticos, que são partículas depositadas fisicamente,
como os grãos de quartzo e feldspato derivados de um granito
alterado. (Clástico é derivado da palavra grega Klastos,
“quebrado”). Estes são depositados pela água corrente, pelo vento
e pelo gelo e formam camadas de areia, silte e cascalho.
Sedimentos químicos e bioquímicos, que são substâncias químicas
novas que se formam por precipitação quando alguns dos
componentes das rochas dissolvem‐se durante o intemperismo e
são carregados pelas águas dos rios para o mar. Entre esses
sedimentos incluem‐se as camadas de minerais como a halita
(cloreto de sódio) e a calcita (carbonato de cálcio, freqüentemente
encontrados na forma de recifes e conchas).
2 - Rochas Sedimentares
Do sedimento à rocha sólida
A litificação é o processo que converte os sedimentos em
rocha sólida, e isso ocorre de uma das seguintes
maneiras:
•Por compactação, quando os grãos compactados pelo peso de
sedimento sobreposto, formando uma massa mais densa que a
original.
•Por cimentação, quando minerais precipitam‐se ao redor das
partículas depositadas e agregam‐nas uma às outras.
2 - Rochas Sedimentares
Camada de Sedimentos
Os sedimentos e as rochas sedimentares são
caracterizados pela estratificação, a formação continuada
de camadas paralelas de sedimentos à medida que as
partículas depositam‐se no fundo do mar, de um rio ou
da superfície do terreno.
Pelo fato de as rochas sedimentares serem formadas por
processos superficiais, elas cobrem grande parte dos
continentes e do fundo dos oceanos.
Fundamentos da Engenharia do Petróleo I Washington M artins da Silva Jr.
2 - Rochas Sedimentares
A maioria das rochas encontradas na superfície terrestre
é sedimentar. Todavia, o volume dessas rochas é menor
que os das rocha ígneas e metamórficas (que constituem
o principal volume da crosta), pois dificilmente são
preservadas.
2 - Rochas Sedimentares
Os minerais comuns
dos sedimentos
clásticos são os
silicatos, porque eles
predominam nas
rochas que são
alteradas para formar
partículas
sedimentares .
2 - Rochas Sedimentares
Os minerais mais abundantes nos sedimentos
precipitados química ou biologicamente são os
carbonatos, como a calcita, o principal constituinte do
calcário. A dolomita, também encontrada no calcário,
é um carbonato de magnésio e cálcio formado por
precipitação durante a litificação. Dois outros
sedimentos químicos – a gipsita e a halita –
formam‐se por precipitação quando a água do mar
evapora.
3 - Rochas Metamórficas
As rochas metamórficas (do grego meta – “mudança” e
morphe – “forma”) são produzidas quando as altas
temperaturas e pressões das profundezas da terra atuam
em qualquer tipo de rocha – ígnea, sedimentar ou outra
metamórfica – para mudar sua mineralogia, textura ou
composição química – embora mantendo sua forma
sólida.
As temperaturas do metamorfismo estão abaixo do ponto
de fusão das rochas (aproximadamente 700°C), mas são
altas o bastante (acima de 250°C) para as rochas
modificarem‐se por recristalização e reações químicas.
3 - Rochas Metamórficas
O metamorfismo pode ocorrer numa área extensa ou, pelo
contrário, limitada.
O metamorfismo regional ocorre onde altas pressões e
temperaturas estendem‐se por regiões amplas, o que
acontece onde placas colidem. O metamorfismo regional
acompanha as colisões das placas resultando na
formação de cadeias de montanhas e no dobramento e
fraturamento das camadas sedimentares que até então
eram horizontais. Onde as temperaturas altas
restringem‐se a áreas pequenas, como as rochas que
estão perto ou em contato com uma intrusão, as rochas
são transformadas por metamorfismo de contato.
3 - Rochas Metamórficas
Crosta Fossa
Continental
Litosfera Crosta Oceânica
Continental
Litosfera
Astenosfera Oceânica
Sedimentos
Formação de
cornubianitos
ou hornfels
Eclogito Micaxisto Xisto Azul
Metamorfismo de contato: Metamorfismo de ultra-alta Metamorfismo regional: Metamorfismo de alta pressão e
auréola de contato (intrusão). pressão: crosta profunda. pressões e temperaturas baixa temperatura: subducção
variadas de baixo ângulo.
3 - Rochas Metamórficas
Muitas rochas metamorfisadas regionalmente como os
xistos, têm uma foliação característica, isto é, superfícies
onduladas ou planares produzidas quando a rocha foi
deformada estruturalmente por dobras. As texturas
granulares são mais típicas da maioria das rochas de
metamorfismo de contato e de certas rochas de
metamorfismo regional formadas por temperatura e
pressão muito altas.
3 - Rochas Metamórficas
Os minerais mais
abundantes nas
rochas metamórfica
são os silicatos*, pois
as rochas parentais
também são ricas
nesses minerais.
3 - Rochas Metamórficas
Os minerais típicos das rochas metamórficas são o quartzo, o
feldspato, a mica, o piroxênio e os anfibólios (os mesmos silicatos
característicos das rocha ígneas).
Muitos outros silicatos – como a cianita, a estaurolita e algumas
variedades de granadas – são exclusivos das rochas metamórficas.
Esses minerais formam‐se sob condições de alta pressão e
temperatura na crosta e não são característicos das rochas ígneas.
Eles são bons indicadores de metamorfismo.
A calcita é o principal mineral dos mármores, os quais são calcários
metamorfisados.
3 - Rochas Metamórficas
As Trajetórias de Pressão‐Temperatura‐Tempo.
A tectônica de placas produz metamorfismo de contato e regional,
um processo dinâmico no qual os volumes de rochas são
submetidos a mudanças de condições de pressão e temperatura ao
longo do tempo. Conseqüentemente, as rocha metamorfizadas
regionalmente contêm assembléias minerais distintivas, nas quais
as mais antigas são substituídas por assembléias posteriores. Tais
rochas registram, dessa forma, os regimes de pressão e
temperatura que mudam com o tempo. As trajetórias de pressão‐
temperatura‐tempo são gravadas não somente por mudanças nas
assembléias minerais, mas também por mudanças nas
composições químicas dos minerais presentes (cap 9).
4 – Onde as rochas são encontradas
As rochas são encontradas na natureza dispostas segundo
padrões determinados pela história geológica da região.
Os geólogos mapeiam esses padrões tanto em superfície como suas
projeções em profundidade e tentam deduzir o passado geológico
da variedade e da distribuição das rochas presentes.
Milhares de sondagens relativamente rasas foram perfuradas nos
continentes a procura por óleo, água e recursos minerais. Essas
sondagens são as maiores fontes de informação, principalmente
sobre as rochas sedimentares e sua história.
Mesmo com todas essa fontes de informações sobre o que fica
abaixo da superfície terrestre, os geólogos continuam a confiar nas
rochas expostas em afloramentos, lugares onde o substrato
rochoso – a rocha subjacente aos materiais soltos na superfície –
está exposto.
Afloramento
Superfície
do terreno
Os afloramentos
variam de região
para região, pois
exemplificam a
estrutura geológica
da Terra em um
ponto específico.
Solo e
Rocha fresca rocha
alterada
Afloramento de rocha ígnea no leito do rio Priumã, Uauá-BA.
Afloramento de rocha ígnea em lajedo na Faz. Traíra, Santa Quitéria-CE.
Afloramento de rocha sedimentar próximo a BR 101, sul da Bahia.
Afloramento de rocha sedimentar próximo a BR 101, sul da Bahia.
Afloramento de rocha metamórfica na região de Itabaiana, porção central de Sergipe.
Afloramento de rocha metamórfica da Formação Frei Paulo, Sergipe.
No Brasil – margem de rios – rochas ígnea
No Brasil – Formações – rocha metamórfica
No Brasil – formação – rocha sedimentar
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
O ciclo das rochas é o resultado das interações de dois
dentre os três sistemas fundamentais da Terra: o sistema
da tectônica de placas e o sistema clima. Controlados
pelas interações desses dois sistemas, materiais e
energia são trocados entre o interior da Terra, a
superfície terrestre, os oceanos e a atmosfera.
Ciclo das rochas – 1785 – cientista escocês James
Hutton, apresentação oral para a Sociedade Real de
Edinburgo.
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
Em primeira análise, observa‐se o magma na profundeza
da Terra, onde as temperaturas e as pressões são altas o
suficiente para fundir qualquer tipo de rocha: ígnea,
metamórfica ou sedimentar.
A subducção de uma placa oceânica
em uma placa continental soergue
uma cadeia de montanhas vulcânicas.
Crosta
Crosta Oceânica
Continental
Litosfera A placa que subducta funde‐se à
medida que mergulha. O magma
Continental ascende da placa fundida e do manto e
extravasa‐se como lava ou intrude‐ se
na crosta.
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
Hutton chamou a fusão das rochas na profundeza da
crosta de episódio plutônico, em referência a Plutão, o
Deus romano do mundo subterrâneo.
Intrusões ígneas – rocha plutônica. Rochas extrusivas
– rocha vulcânica.
Quando uma rocha preexistente se funde , todos os
seus componentes minerais são destruídos e seus
elementos químicos são homogeneizados, resultando
em um liquido aquecido. À medida que o magma
esfria, cristais de novos minerais crescem e formam
novas rochas ígneas.
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
O ciclo começa subducção de um placa oceânica em uma placa
continental. As rocha ígneas que se formam nas bordas onde as
placas colidem, juntamente com as rochas sedimentares e
metamórficas associadas, são então soerguidas para formar uma
cadeia de montanhas à medida que uma secção de crosta
terrestre dobra‐se e deforma‐se.
Os geólogos chamam esse processo, o qual se inicia com a colisão
de placas e finaliza com a formação de montanhas, de orogenia.
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
O magma esfria para formar as rochas ígneas:
as rochas vulcânicas cristalizam do magma ou
da lava extrudida; e as rochas plutônicas
cristalizam das intrusões subterrâneas.
Rocha Ígnea
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
As montanhas soerguidas forçam o ar carregado de
umidade a ascender, esfriar condensar e precipitar.
Sedimento
A precipitação, o congelamento e o degelo criam material
solto – sedimento – que é carregado pela erosão...
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
Rocha
Sedimentar ... e é transportado
para o oceano por
O soterramento é rios, onde é
acompanhado de depositado como
subsidência, que é camadas de areia e
o afundamento da de silte. As camadas
crosta da terra. de sedimentos são
soterradas e sofrem
litificação, tornando‐
se rochas
sedimentares.
Subsidência
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
A subducção de uma placa oceânica em uma placa continental
soergue uma cadeia de montanhas vulcânicas
Rocha
Metamórfica
Ao longo das margens tectonicamente ativas, por exemplo, onde
os continentes colidem, as rochas são soterradas ou comprimidas
por pressão extrema, em um processo chamado orogenia.
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima.
Crosta Crosta
Continental Oceânica
Litosfera
Continental
Fusões
subseqüentes
ou a subducção
de outra placa
oceânica
recomeçam o
ciclo.
5 – Ciclo das rochas: interação dos sistemas da
tectônica de placas e do clima
Essa séria de processo é uma das variações do ciclo das rochas.
Qualquer rocha – metamórfica, sedimentar ou ígnea – pode ser
soerguida durante uma orogênese e meteorizada e erodida para
formar novos sedimentos.
Certos estágios podem ser omitidos: Ex: quando uma rocha
sedimentar é soerguida o metamorfismo e o afundamento não
acontecem.
Outros estágios podem ocorrer fora de seqüência: uma rocha ígnea
formada no interior que é metamorfizada depois de ser soerguida.
Algumas rochas ígneas localizadas a grandes profundidade na crosta
podem nunca ser soerguidas ou expostas ao intemperismo e à erosão.
6‐ O ciclo das rochas e os sistemas terrestres:
únicos no sistema solar
O ciclo das rochas que acabamos de descrever é exclusivo da Terra
porque o sistema da tectônica de placas e do clima são diferentes
daqueles que ocorrem em outros planetas do sistema solar.
Na Lua e em Vênus não há rochas sedimentares porque não há
hidrosfera.
Em Marte, a falta de água e a atmosfera fina permite dizer que o
intemperismo deste planeta acontece de forma diferente que o da
terra.
Esses exemplos mostram como os geosistemas básicos e suas
interações, que caracterizam um planeta, controlam o modo como
esse planeta funciona.
MINERAIS
Constituintes Básicos das Rochas
Mineral
• Mineralogia – ramo da geologia que
estuda a composição, a estrutura, a
aparência, a estabilidade, os tipos de
ocorrência e as associações de minerais.
1‐ O que é um mineral?
Mineral – substância de ocorrência natural,
sólida, cristalina, geralmente inorgânica, com
uma composição química específica.
...de ocorrência natural... – Para ser
qualificada como mineral, uma substância deve
ser encontrada na natureza.
• Ex: diamantes naturais e diamantes
sintéticos.
1‐ O que é um mineral?
Mineral – substância de ocorrência natural,
sólida, cristalina, geralmente inorgânica, com
uma composição química específica.
... sólida, cristalina... – Sólidos, os átomos que
o compõem estão dispostos em um arranjo
tridimensional ordenado e repetitivo. Os sólidos
não cristalinos são considerados vítreos ou
amorfos (não minerais).
• Ex: vidro de janela; rocha vulcânica.
1‐ O que é um mineral?
Mineral – substância de ocorrência natural,
sólida, cristalina, geralmente inorgânica, com
uma composição química específica.
...geralmente inorgânica... Os minerais são definidos
como substâncias inorgânicas, excluindo assim os
materiais orgânicos que formam os corpos de plantas e dos
animais. A matéria orgânica é composta de carbono
orgânico, que é a forma de carbono encontrada em todos
os seres vivos (ou mortos). Ex: A vegetação em
decomposição em um pântano pode ser transformada, por
processos geológicos, em carvão (não é tradicionalmente
considerado mineral).
1‐ O que é um mineral?
Mineral – substância de ocorrência natural,
sólida, cristalina, geralmente inorgânica, com
uma composição química específica.
...geralmente inorgânica... Muitos minerais são
constituídos de carbono inorgânico secretado por
organismos. Ex: Calcita em conchas e ostras.
A calcita constitui a parte principal de muitos calcários,
e satisfaz a definição de mineral por ser inorgânica e
cristalina.
1‐ O que é um mineral?
Mineral – substância de ocorrência natural,
sólida, cristalina, geralmente inorgânica, com
uma composição química específica.
...com uma composição química específica... A
composição química dos minerais esta associada com
os elementos químicos que o compõem e com o tipo
de retículo cristalino.
Ex: Quartzo – dois átomos de oxigênio para um de
silício.
Olivina – ferro magnésio e silício, sempre
ocorrem em uma proporção fixa.
2‐ A estrutura atômica da matéria
Gregos – “algo considerado como a menor parte
possível d qualquer matéria” – “átomo” = “indivisível”
Químico Inglês John Dalton é 12
considerado pai da teoria atômica C
moderna. Em 1805 Dalton formulou a
hipótese de que cada elemento químico
consiste em diferentes tipos de átomos,
todos os átomos de um dado elemento
químico são idênticos e os compostos
químicos são formados por várias
combinações de átomos de diferentes
elementos em proporções definidas.
2‐ A estrutura atômica da matéria
Conceito atual – átomo é a menor parte de um
elemento que conserva as propriedades físicas e
químicas deste. Os átomos são as menores unidades
da matéria que se combinam nas reações químicas e
que os próprios átomos são divisíveis em unidades
ainda menores.
2‐ A estrutura atômica da matéria
Estrutura dos átomos
2‐ A estrutura atômica da matéria
O número atômico é o número de prótons no núcleo de
um átomo. A tabela periódica dos elementos é organizada
de acordo com o número atômico.
A massa atômica de um elemento é a soma das massas de
seus prótons e nêutrons. Um átomo pode ter numero de
nêutrons diferentes do número de prótons e, portanto
diferentes massas atômicas – isótopo.
Ex: Carbono pode ter 6, 7 e 8 nêutrons, cujas massas
atômicas são 12, 13 e 14 respectivamente.
Tabela Periódica dos elementos
Elementos Elementos de
de maior menor abundância
A massa atômica do carbono é 12,011. O
abundância mas de maior carbono 12 é o mais abundante na
na crosta
terrestre
importância
geológica.
natureza – média.
Elementos importantes na
geologia
Elementos Elementos de menor
de maior abundância mas de
abundância maior importância
na crosta geológica.
terrestre
3‐ Reações Químicas
As reações químicas são as interações entre átomos de
dois ou mais elementos químicos em certas proporções
fixas, produzindo novas substâncias químicas – os
compostos químicos.
Os compostos químicos tais como os minerais, são
formados por transferência de elétrons entre os átomos
reagentes (formando íons) ou por compartilhamento de
elétrons entre eles.
Fórmula química:
NaCl
Forma íons.
3‐ Reações Químicas
4‐ Ligações Químicas
Ligações iônicas – ligação com formação de íons. A
força da ligação diminui muito a medida que a
distância entre os íons aumenta e é mais forte se as
cargas elétricas destes forem maiores.
As ligações iônicas são predominantes nas estruturas
cristalinas: cerca de 90% de todos os minerais são
compostos essencialmente iônicos.
4‐ Ligações Químicas
Ligações covalentes – ocorre o compartilhamento
eletrônico e forma cristais. Ex: diamante.
Ligação metálica – ocorre com átomos que possuem
forte tendência a perder elétrons. Estes átomos são
empacotados como se fossem cátions e os elétrons
permanecem livres para mover‐se, são compartilhados
e ficam dispersos entre os íons. A ligação metálica
ocorre em poucos minerais, ex: cobre metálico e
sulfetos.
4‐ Ligações Químicas
Diamante – compartilhamento de elétrons – estrutura tetragonal
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Como se formam os minerais?
Os minerais formam‐se pelo processo de cristalização,
que é o crescimento de um sólido a partir de um gás ou
líquido cujos átomos constituintes agrupam‐se segundo
proporções químicas e arranjos cristalinos adequados.
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Estrutura cúbica do cloreto de sódio
Nos minerais a maioria
dos cátions é pequena
e a maioria dos ânions
tem grande raio.
A maio parte dos
espaços de um cristal é
ocupada por ânions.
As faces cristalinas de um mineral são a
expressão externa da estrutura atômica
interior.
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Os grandes cristais com faces bem
definidas formam‐se quando o
crescimento é lento e estável, e
quando há espaço adequado para
permitir o crescimento sem
interferência de outros cristais
próximos. Por essa razão, a
maioria dos grandes cristais
formam‐se em espaços abertos
nas rochas, tais como fraturas e
cavidades.
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Comumente os espaços entre os cristais em crescimento
encontram‐se preenchidos ou, então, a cristalização
ocorre com muita rapidez. Dessa forma os cristais
acabam crescendo uns sobre os outros e coalescem para
se tornar uma massa sólida de partículas cristalinas,
chamadas grãos.
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Diferentemente dos materiais cristalinos, os materiais
vítreos são o resultado de uma solidificação rápida sem
qualquer ordem atômica interna – não formam cristais
com faces planas. São encontrados na natureza como
massas com superfícies curvas, irregulares. O mais
comum dos vidros é o vidro vulcânico.
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Quando se formam os minerais?
Diminuindo a temperatura de um líquido abaixo da
“temperatura de congelamento” – termo mais usado:
“temperatura de fusão" .
Ex:
Temperatura de congelamento da água = 0°C.
Temperatura de fusão do magma > 1000°C. (abaixo dessa
temperatura cristais de silicatos como olivina ou feldspato
começam a se formar).
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Quando se formam os minerais?
Outra possibilidade de formação dos minerais ocorre
quando os líquidos de uma solução evaporam.
Solução é uma mistura com uma substância química
dissolvida (soluto) em um solvente, como o sal na água.
A medida que a água evapora de uma solução salina, a
concentração de sal (soluto) na água aumenta até a
saturação. Se a evaporação continuar, o sal começa a
precipitar, isto é, abandona a solução para formar
cristais. Ex: depósitos de halita (NaCl ‐ evaporitos) são
formados pela evaporação da água do mar.
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Diamante e grafita ‐ polimorfismo – possibilidade
de estruturas diferentes para o mesmo composto químico.
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Íons silicato e os diferentes arranjos de polimorfos de
silicatos(?).
5‐ A estrutura atômica dos minerais
Embora sejam conhecidos milhares de minerais, a maioria
das rochas são compostas por pouco mais de 30 minerais
diferentes, sendo estes constituintes da maioria das rochas
crustrais, e por esse motivo são chamados de minerais
formadores de rochas. Esse número reduzido de minerais é
conseqüência do numero reduzido dos elementos de maior
abundância na crosta – 99% da crosta é composta por
apenas nove elementos.
6‐ Minerais formadores de rochas
Os minerais formadores de rochas podem ser divididos
em 6 grupos principais:
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
Óxido – Hematita ‐ Fe2O3
6‐ Minerais formadores de rochas
Óxido ‐ Espinélio ‐ MgAl2O4
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
Pirita ‐ FeS2
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
Gipsita ‐ Sulfato ‐ CaSO4 . 2H2O
6‐ Minerais formadores de rochas
6‐ Minerais formadores de rochas
Halita ‐ Haleto – NaCl
7‐ Propriedade física dos minerais
Para entender a origem das rochas é necessário
conhecer a estrutura e a composição dos minerais
que as compõem.
Os minerais de uma rocha são identificados de
acordo com suas propriedades físicas e químicas.
Século XIX e XX – teste de efervescência –
princípio químico.
7‐ Propriedade física dos minerais
Reação do mineral com ácido clorídrico (HCl) diluído, para forçar a
liberação de dióxido de carbono (CO2) o que indica que o mineral é
calcita ‐ um carbonato.
7‐ Propriedade física dos minerais
Em mineralogia Dureza é a facilidade com que a superfície
de um material pode ser riscada.
1822 ‐ Frederich Mohs, mineralogistra austríaco, construiu
uma escala baseada na facilidade que um material risca o
outro.
No extremo dessa escala está o mineral mais mole (talco),
e no outro está o mais duro (diamante).
7‐ Propriedade física dos minerais
7‐ Propriedade física dos minerais
Dentro de grupos específicos de minerais com estruturas cristalinas
similares, o aumento da dureza está relacionado a força das ligações
químicas, que, por sua vez, está relacionado com alguns fatores:
Tamanho: Quanto menores os átomos ou íons, menor a distância
entre eles, mais forte a atração elétrica e, portanto, mais forte a
ligação.
Carga: Quanto maior a carga dos íons, maior a atração entre eles e,
portanto, mais forte a ligação química.
Empacotamento dos átomos ou íons: Quanto mais fechado o
empacotamento de átomos ou íons, menor a distância entre eles, e
portanto, mais forte a ligação.
7‐ Propriedade física dos minerais
Clivagem – é a tendência de um cristal de partir‐se
segundo superfícies planares.
A perfeição dessas superfícies é inversamente proporcional a
força da ligação, ou seja, minerais com ligações fortes (covalentes)
produzem superfícies de clivagem imperfeitas.
As clivagens são classificadas de acordo com dois grupos
principais:
1‐ número de planos de clivagem;
2‐qualidades dos planos de clivagem e facilidade com que o cristal
se separa ao longo desses planos.
7‐ Propriedade física dos minerais
1 ‐ Número de planos; padrão de clivagem
O número de planos e os padrões de clivagem estão associados a
estrutura cristalina do mineral.
A moscovita é um silicato da família da mica com estrutura de
folhas (planar). Esse mineral apresenta somente um plano de
clivagem bem definido. A excelente qualidade da clivagem das
micas é resultante da fraqueza das ligações entre as camadas de
cátions.
A estrutura cúbica da calcita e da dolomita determinam três
excelentes planos de clivagem, conferindo uma aparência
romboidal.
7‐ Propriedade física dos minerais
Clivagem da mica:
7‐ Propriedade física dos minerais
Mica ‐ clivagem planar
7‐ Propriedade física dos minerais
Calcita – clivagem
romboidal (ou
romboedral)
Três planos preferenciais
de clivagem.
7‐ Propriedade física dos minerais
2‐ Qualidades dos planos de clivagem e facilidade de
separação dos planos.
A clivagem de um mineral pode ser avaliada como perfeita, boa
ou regular, dependendo da qualidade da superfície produzida e
da facilidade com que o mineral se separa nos planos de
clivagem.
A moscovita pode ser facilmente clivada e produz uma superfície
lisa; diz‐se que sua clivagem é perfeita.
Os silicatos de cadeia simples e duplas (piroxênio e anfibólio
respectivamente) tem clivagens boas. Embora esses materiais
quebrem‐se facilmente ao longo de seus planos de clivagem, eles
podem também quebrar em outras direções, conferindo
superfícies de clivagem não tão lisas quanto as das micas.
7‐ Propriedade física dos minerais
7‐ Propriedade física dos minerais
2‐ Qualidades dos planos de clivagem e facilidade de
separação dos planos.
A clivagem regular ocorre no berilo, um silicato com estrutura em
anéis. A clivagem do berilo é menos regular que das micas, e o
mineral quebra‐se de forma relativamente fácil ao longo de
direções diferentes daquelas dos planos de clivagem.
Alguns minerais possuem ligações tão fortes que não apresentam
planos de clivagens regulares. O quartzo, é um silicato com
estrutura em redes tridimensionais, tem ligações tão fortes em
todas as direções que se quebra ao longo de superfícies
irregulares.
7‐ Propriedade física dos minerais
Fratura – É a tendência que os cristais têm de quebrar
ao longo de superfícies irregulares ao invés de utilizarem
planos de clivagem.
As fraturas estão relacionadas ao modo como as forças de ligação
distribuem‐se em direções transversais aos planos cristalinos. A
quebra dessas ligações resulta em fraturas irregulares. As fraturas
conchoidais têm superfícies lisas, encurvadas, como as que
formam pela quebra de peças espessas de vidro.
As fraturas comumente têm a aparência de madeira rachada e,
nesse caso são chamadas de fraturas fibrosas.
A forma e a aparência dos muitos tipos de fraturas irregulares
dependem da estrutura particular de cada mineral.
7‐ Propriedade física dos minerais
Brilho – Modo como a superfície de cada mineral reflete a
luz.
O brilho é controlado pelos tipos de átomos presentes (ligações
químicas) e pela estrutura cristalina. Esses fatores afetam a maneira
como a luz passa através do mineral ou é refletida por ele.
Os cristais com ligações iônicas tendem a ser vítreos, mas os cristais
com ligações covalentes são mais variáveis, sendo muitos deles
caracterizados pelo brilho adamantino, como o do diamante. O brilho
metálico ocorre em metais puros, como o ouro, e em muitos sulfetos,
como a galena (sulfeto de chumbo, PbS).
7‐ Propriedade física dos minerais
Brilho –
Modo como
a superfície
de cada
mineral
reflete a luz.
7‐ Propriedade física dos minerais
Cor – A cor de um mineral é conferida pela luz refletida
ou transmitida seja através dos cristais e das massas
irregulares, seja através do traço.
O traço refere‐se a cor do fino depósito de pó que é deixado
quando ele é raspado sobre uma superfície abrasiva, tal como
uma placa de porcelana não vitrificada.
7‐ Propriedade física dos minerais
A cor da Hematita
pode ser preta,
vermelha ou marrom.
O traço é castanho‐
avermelhado.
7‐ Propriedade física dos minerais
Gravidade específica e densidade – A densidade
depende da massa atômica dos íons que compõem o
mineral e da proximidade com a qual eles estão
empacotados em sua estrutura cristalina.
A densidade (massa/unidade de volume) da maioria dos
minerais e rochas comuns é muito parecida. Uma
medida padrão da densidade é a gravidade‐específica,
que é o peso do mineral no ar, dividido pelo peso de um
volume igual de água pura a 4°C.
7‐ Propriedade física dos minerais
Hábito cristalino de um mineral é a forma como seus
cristais individuais ou agregados de cristais crescem –
lâminas, placas, agulhas, et .
Essas formas indicam não só os planos de átomos ou íons, como
também a velocidade e a direção de crescimento típicas de do
cristal. Assim, um cristal acicular cresce muito rápido em uma
direção e muito lentamente em todas as outras.
Um cristal em forma de placa (placóide) cresce muito rápido em
todas as direções perpendiculares a única direção em que o
crescimento é lento.
Os cristais fibrosos tomam a forma de múltiplas fibras, longas e
estreitas, que constituem essencialmente de longas agulhas –
asbesto.
7‐ Propriedade física dos minerais
8‐ Os minerais e o mundo biológico
Importância biológica ‐ O hábito e a composição
química de alguns minerais fazem com que eles tornem-
se importantes no mundo biológico. Os exemplos mais
simples são a calcita e a aragonita, minerais de
carbonato de cálcio que constituem as conchas e muitos
animais invertebrados, como mexilhões e ostras.
Nossos ossos são de apatita, um fosfato de cálcio que
constitui o esqueleto dos vertebrados.
8‐ Os minerais e o mundo biológico
whewellita – Ca(C2O4).H2O
weddellita – Ca(C2O4).2H2O
asbesto
diamante
dolomita
feldspato
granada
gipsita
halita
hematita
caulinita
pirita
ESTRUTURANDO UM
PLANETA
O universo, o sistema solar
e o planeta Terra
Geologia
O que estuda? Como nos ajuda a manter o
nosso modo de vida?
A Geologia é a ciência que estuda a Terra: como nasceu,
como evoluiu, como funciona, de que é constituída, como
está estruturada e como podemos ajudar a preservar os
hábitats que sustentam a vida.
Geologia é uma ciência como a física
e a química
Contudo, devido a escala dos problemas
considerados, tanto espaciais como
temporais, os geólogos não podem
conduzir experimentos em laboratórios
relacionados a problemas geológicos em
grande escala.
O método científico
• É um plano geral de pesquisa baseado em
observações metodológicas e experimentos.
• Hipótese: Uma tentativa de explicação baseada em
dados coletados por meio de observação e
experimentação.
• Teoria: Uma hipótese que sobreviveu a repetidas
mudanças e acumulou um significativo corpo e
suporte experimental é elevada à condição de teoria.
• Modelo: É a representação de algum aspecto da
natureza com base em um conjunto de hipóteses
(incluindo teorias bem estabelecidas) .
Observações e
Experimentos
O método científico
Acaso
Mudanças HIPÓTESE
Uma hipótese é uma
explanação inicial que se faz
Outras
hipóteses
para um conjunto de
Não observações.
Confirmada? Revisar _____________________________________
... ou ...
Sim Descartar Quando uma hipótese
subsiste a muitos testes ela
Mudanças TEORIA
pode ser chamada de teoria.
_____________________________________
Outras
teorias
Em uma teoria quando não
Não
Confirmada? Revisar há razão para mudá-la visto
... ou ...
Sim Descartar que ela funciona por muito
tempo, ela pode ser chamada
Mudanças
MODELO
CIENTÍFICO de lei.
As teorias e as práticas modernas
da Geologia
Característica comum:
Como em muitas outras ciências, a Geologia
depende de experimentos de laboratório e
simulações computacionais para descrever as
propriedades físicas e químicas dos materiais
terrestres e modelar os processos naturais que
ocorrem na superfície e no interior da terra.
As teorias e as práticas modernas
da Geologia
Característica particular:
A Geologia é uma “ciência de campo”, que se
fundamenta nas observações e experimentos
orientados no local do objeto de estudo e coletados
por dispositivos de sensoriamento remoto, como o
de satélites orbitais. Especificamente, os geólogos
comparam as observações diretas dos
processos, na forma como ocorrem no mundo
atual, com aquelas que inferem a partir de um
registro geológico.
Uma boa teoria é…
• Parcimoniosa
(é a mais simples explicação
disponível)
• Conciliadora
(explica uma ampla faixa de
fenômenos)
Uniformitarismo
“O presente é a chave do
passado.”
Médico e geólogo escocês James Hutton – século XVIII.
As leis naturais não mudam
mas as taxas e intensidades dos
processos podem variar.
Alguns eventos geológicos são lentos
The Grand Canyon
Levou mais que 250
milhões de anos para
depositar esta
seqüência de rochas.
As rochas do fundo
do canyon bottom
possuem cerca de 2
bilhões de anos.
Fig. 1.2
Alguns eventos geológicos são rápidos
Cratera Meteórica
Esta feição (~2 km
de diâmetro) se
formou em menos
de 1 minuto a
cerca de 50.000
anos atrás.
Algumas investigações geológicas são
microscópicas
1 mm
Feições com menos de 0.1 mm podem dar
importantes informações da história de muitas
rochas.
As teorias e as práticas modernas
da Geologia
• O princípio do uniformitarismo não implica que os
únicos fenômenos significativos são aqueles que
observamos ocorrer hoje.
• Esse princípio é usado para interpretar feições
encontradas em formações antigas.
• A moderna Geologia deve ocupar‐se com todo o
intervalo da história da Terra.
O início do início:
o nascimento do sistema solar
•O curso da evolução foi
significativamente influenciado pelo
estado inicial do sistema solar.
• Hoje sabe-se muito sobre a Terra. O
conhecimento do início nos ajudou a
entender o tempo entre o
“nascimento” do planeta Terra e o
presente.
Origem do sistema solar
• O universo começou a cerca de 14
bilhões de anos atrás – Teoria do
Big Bang.
• Desde então o universo expandiu
para formar as galáxias, estrelas e
planetas.
A hipótese da “Nebula”
• A grande nuvem de gás (nebula) começou
a se condensar.
• Boa parte da massa do seu centro tinha
mais turbulência em relação à sua parte
externa.
• Turbulências coletaram materiais
medindo metros. Pequenas
concentrações cresceram e colidiram,
eventualmente tornando-se grandes
agregados de gás e materiais sólidos.
Uma nebulosa difusa, grosseiramente esférica e em
lenta rotação começa a contrair-se.
Como um resultado da contração e rotação, uma disco
achatado, girando rapidamente, forma-se com matéria
concentrada em seu centro, que se transformará no proto-
Sol.
O Sol
• Depois de massa e densidade
suficientemente concentrada
aparece o Sol; a temperatura
6
aumenta para 1x10 °C (1.000.000ºC),
resultando na fusão termonuclear.
• H + H = He + energia
Planetesimais
Embora a maior parte da matéria tenha se
concentrado no proto‐Sol, restou um disco de gás e
poeira, chamado nebulosa solar, envolvendo‐o. A
nebulosa solar tornou‐se quente quando se achatou
na forma de disco e ficou mais quente na região
interna, onde mais matéria se acumulou do que nas
regiões externas, menos densas.
A atração gravitacional causou a agregação de
poeira e material condensado por meio de colisões
“pegajosas” em blocos planetesimais de1 km.
Protoplanetas
• corpos celestes considerados
embriões planetários, de tamanho
aproximado ao da Lua.
• Gases saíram dos interiores dos
planetas. Como planetas exteriores
estavam distantes do sol, eles
retiveram grandes quantidades de
gases no exterior.
O disco envolvido por gás e poeira forma grãos que
colidem e se agregam em pequenos blocos ou
planetesimais.
Proto-estrela
Os planetas terrestres estruturam-se a partir de múltiplas
colisões e acrescimento de planetesimais ocasionado por
atração gravitacional. Os planetas gigantes exteriores
aumentam por acrescimento de gás.
Planetas terrestres. Outros planetas gigantes.
Planetesimais Gás
Sol Planetas
Sistema Solar
Tamanho dos planetas
Planetas Cinturão de Planetas exteriores
Interiores asteróides
Os planetas interiores Os quatro planetas exteriores e Plutão é uma bola gelada
são menores e rochosos. gigantes e suas luas são gasosos com de metano, água e rocha.
núcleos rochosos.
Outros sistemas solares?
• Evidências de dúzias de
“exoplanetas” agora existem.
• Existem planetas distantes
observáveis diretamente por
telescópios, mas eles são grandes o
bastante para causar o movimento de
estrelas em sua órbita.
Como, a partir de uma massa rochosa, a
Terra evoluiu até um planeta vivo?
Diferenciação
A Terra inicial quente
Quatro fatores levaram ao esquentamento e fusão
Inicial na história da Terra
1. Acresção de corpos de tamanhos variados
2. Colisões Transformação de energia cinética em
calor
3. Compressão
4. Radioatividade de elementos (ex. urânio, potássio,
ou tório)
O Núcleo
• Cerca de 200–100 milhões de anos depois
da acresção inicial, temperaturas em
profundidades de 400–800 km, abaixo da
superfície da Terra, alcançaram o ponto de
fusão do ferro.
• Os fundidos de ferro concentraram-se no
centro “núcleo” (o núcleo tem 1/6 do volume
da Terra e 1/3 de sua massa).
• Energia gravitacional → calor.
A Crosta
Materiais líquidos menos densos
flutuaram na superfície do oceano de
magma – silício, alumínio, ferro, cálcio,
magnésio, sódio e potássio combinados
com o oxigênio.
O Manto
Entre o núcleo e a crosta encontra‐se o
manto. Consiste de rochas com
densidade intermediária – óxidos de
magnésio, ferro e silício.
Resfriamento - Evolução (Terra)
(começou cerca de 4.3 bilhões de anos atrás)
Formação da Lua
(em torno de 4.5 bilhões de anos atrás)
Composição química da Terra
Terra total: Crosta:
Fe+O+Si+Mg = 93% Si+O+Al = 82%
Composição Química
Terra Total
Composição Química
Crosta da Terra
Diferenciação Química
Continentes: magma solidificado
proveniente do Manto.
Oceanos e Atmosfera: camadas de
fluidos externas derivadas de voláteis e
da transferência de gases do interior (e
talvez dos cometas).
Transferência de Voláteis
Diversidade dos Planetas
Mercurio: pequeno planeta de rochas com
quase nenhuma atmosfera.
Vênus: aproximadamente o mesmo tamanho
da Terra com atmosfera densa e muito
quente.
Marte: considerado inativo mas mostra
evidências de inicial ação da água.
Planetas Jovens: enormes bolas gasosas
Plutão: mistura de rocha e gelo (muito
distante e difícil de ser estudado).
Tamanho e Relevo de Vênus,
Terra e Marte
Bombardeamento do Espaço
• Colisões com asteróides médio a
grande foram comuns na Terra
inicial e historia do sistema solar
• Alguns significantes impactos
ocorreram através da história da
Terra, incluindo um de 65 milhões
de anos atrás que causou a extinção
em massa da vida sobre a Terra,
incluindo os dinossauros.
Fonte de Calor
Energia é importada do Sol; energia é perdida do
interior. A magnitude desses fluxos não são iguais.
Componentes principais do
sistema Terra
Energia solar dirigida para o sistema Terra
Atmosfera: envelope gasoso estendendo-
se da superfície para cerca de 1000 km.
Hidrosfera: água de todos os rios, lagos,
oceanos, e águas subterrâneas.
Biosfera: matéria orgânica relacionada à
vida perto da superfície da Terra.
Calor emanado de dentro da Terra
Litosfera: forte, Terra sólida incluindo toda a crosta e
a parte superior do manto até uma profundidade de
~100 km (contêm as placas).
Astenosfera: fraca, camada dúctil do Manto abaixo da
litosfera; deforma-se para acomodar o movimento
das placas superpostas.
Manto Profundo: manto abaixo da astenosfera (~400
a 2900 km de profundidade).
Nucleo externo: líquido composto principalmente de
ferro.
Nucleo interno: esfera mais interna composta
primariamente de ferro sólido.
Sistema Terra
Transferência integrada de massa e
energia, ambas dentro e entre
sistemas incluindo:
• Sistema Climático
•Sistema de placas tectônicas
• Sistema Geodinâmico
Convecção
Em uma panela No Manto
Tempo
•A grande diferença entre a geologia e
as outras ciências é o TEMPO
(geologicamente falando, nada
acontece no tempo da vida humana).
•Taxas de processos geológicos:
µm/ano para cm/ano.
•Grandes terremotos talvez desloquem
o assoalho diversos metros em
poucos segundos, mas somente a
cerca de 500 anos.
Tempo
As taxas dos processos
geológicos são quase sempre
mais lentos que os efeitos
humanos sobre o ambiente.
Tempo geológico
Evolução da vida na Terra
• Atmosfera e hidrosfera formada a
4 bilhões de anos atrás.
• Fosseis são reconhecidos em
rochas mais antigas que 3.5
bilhões de anos.
• Oxigênio (da fotossíntese) foi um
importante componente da
atmosfera pelo menos a 2.5
bilhões de anos atrás.
Organismos extintos
segundo os registros fósseis