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01 - Introdução A Anatomia Geral

A anatomia é a ciência que estuda a estrutura e arquitetura dos seres vivos, dividindo-se em anatomia vegetal e animal, com várias subcategorias. O estudo da anatomia utiliza métodos como dissecação e maceração, e possui uma terminologia própria que deve ser clara e consistente. Além disso, conceitos de normalidade, variação e anomalia são fundamentais para entender as diferenças anatômicas entre indivíduos.
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A anatomia é a ciência que estuda a estrutura e arquitetura dos seres vivos, dividindo-se em anatomia vegetal e animal, com várias subcategorias. O estudo da anatomia utiliza métodos como dissecação e maceração, e possui uma terminologia própria que deve ser clara e consistente. Além disso, conceitos de normalidade, variação e anomalia são fundamentais para entender as diferenças anatômicas entre indivíduos.
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INTRODUÇÃO A ANATOMIA

Prof. Me. Luciano Braga de Oliveira


CONCEITOS
• Quanto à etimologia, a palavra anatomia deriva-se do grego, ana =
partes e tommei = cortar, significando, assim, cortar em partes. Do
latim vem a palavra Discecarre que deriva das palavras dis e secarre
que têm o mesmo significado que anatomia.

• Conceito: A anatomia é a ciência que estuda a arquitetura e a


estrutura dos seres vivos. Entendemos como arquitetura a forma
dos seres vivos, dos seus órgãos e dos seus acidentes anatômicos. Já
estrutura como os elementos que constituem os diferentes órgãos do
ser.
DIVISÕES DA ANATOMIA
• A anatomia está dividida em vegetal e animal. A
anatomia animal pode ser subdividida em:

▫ Anatomia microscópica (Histologia, Citologia);


▫ Anatomia macroscópica (que observamos a olho nu);
▫ Embriologia (Estudo do desenvolvimento intrauterino);
▫ Nepiologia (Anatomia da criança);
▫ Anatomia do adulto;
▫ Anatomia geriátrica (Anatomia do senil);
• Anatomia funcional (Estudo da anatomia com ênfase
no funcionamento dos órgãos);
• Anatomia sistêmica (Estudo dos sistemas e seus
órgãos, independente das diferentes regiões em que
estejam localizados estes órgãos);
• Anatomia topográfica ou regional (Estudo dos
órgãos de diferentes sistemas que se localizam em uma
determinada região);
• Anatomia teratológica (Estudo das patologias
congênitas, “monstruosidades”);
• Anatomia patológica (Estudo das diferentes
alterações observadas nos órgãos, devido a diversas
doenças que os afetam).
MÉTODOS DE ESTUDO
• Dissecação (Cortar o cadáver com o auxilio de materiais
adequados, respeitando os diferentes planos, na busca dos sistemas
e/ou órgãos desejados. Este é o método mais antigo de estudo da
anatomia, porém continua sendo o principal método);
• Maceração (Eliminar toda à parte mole do cadáver, objetivando
retirar os ossos);
• Corrosão (Utilizado para órgãos ocos, vãos e ductos, onde é
introduzido um componente acrílico dentro da estrutura, que será
depois corroída resultando apenas o molde negativo em acrílico);
• Diafanização (Técnica que tem como objetivo colorir estruturas,
deixando o restante do órgão ou corpo transparente, diáfana);
• Tomografia
TERMINOLOGIA ANATÔMICA
• A anatomia, como toda a ciência, possui uma terminologia própria.
Durante muito tempo houve um grande número de nomes para uma
mesma estrutura.
• Desde 1997 temos oficialmente a ultima edição da Terminologia
Anatômica, com todos os termos atualizados.
• Ela deve ser escrita em latim e traduzida para o vernáculo de cada
país;
• Os nomes das estruturas devem ser claros e dar uma
noção de posição, forma ou relação, como músculo
oblíquo interno do abdome;
• Estruturas próximas devem, sempre que possível, ter o
mesmo nome, como veia, artéria e nervo femoral.
• Algumas abreviações são usadas na terminologia
anatômica: A. = artéria, Aa. = artérias, Lig. = ligamento,
Ligg. = ligamentos, M. = músculo, Mm. = músculos, N. =
nervo, Nn. = nervos, R. = ramo, Rr. = ramos, v. = veia e
Vv. = veias.
• Cabeça
DIVISÃO DO CORPO •

Pescoço
Tronco
▫ Tórax
▫ Abdômen
▫ Pelve
HUMANO
• Membro superior
▫ Cíngulo do membro superior
▫ Braço
▫ Antebraço
▫ Mão
 Carpo
 Metacarpo
 Dedos
▫ Membro inferior
 Cíngulo do membro inferior
 Coxa
 Perna
 Pé
 Tarso
 Metatarso
 Dedos
POSIÇÃO ANATÔMICA
• Para a anatomia o corpo humano está
posicionado de uma forma diferente ao
observado na nossa posição ordinária.
A denominamos de posição anatômica
do corpo humano, onde o individuo está
em pé, ereto, olhando para o horizonte,
os braços próximos ao corpo com as
mãos abertas e as palmas voltadas
para frente e os membros inferiores
próximos com os dedos apontando
para o horizonte.
PLANOS E EIXOS
• Traçamos, de uma forma imaginaria planos de
delimitação, planos de secção e eixos de construção
em torno e através do corpo humano. Estes planos e
eixos serão usados como pontos de referência para
nos situarmos no corpo humano.
PLANOS DE DELIMITAÇÃO
• Planos de delimitação: são planos imaginários que se unem, formando uma
figura geométrica, paralelepípedo, também imaginário. Dentro deste
paralelepípedo está supostamente delimitado o corpo humano. Estes planos
são denominados de:
• Plano superior ou cranial: tangencia a cabeça do individuo;
• Plano inferior ou podal: tangencia a planta do pé do indivíduo;
• Planos laterais: tangenciam o lado esquerdo e o direito do indivíduo;
• Plano posterior ou dorsal: tangencia a parte posterior do indivíduo;
• Plano anterior ou ventral: tangencia a parte anterior do indivíduo.
EIXOS DE CONSTRUÇÃO
• Eixos de construção: são linhas imaginárias que partem de um plano de
delimitação de um lado para seu contra-lateral, de outro lado. Eles são
assim denominados, tendo em vista que a partir do deslizamento de dois
eixos construímos um plano de secção. Os eixos são:
• Eixo supero-inferior: vai do plano superior ou cranial ao plano inferior ou
podal;
• Eixo antero-posterior: vai do plano anterior ou ventral ao posterior ou dorsal;
• Eixo latero-lateral: vai do eixo lateral esquerdo ao direito.
▫ Dizemos que os eixos supero-inferior e Antero-posterior são inequipolares, já que partem e
chegam a planos diferentes, e que o latero-lateral é equipolar por partir e chegar em planos
iguais
PLANOS DE SECÇÃO
• Planos de secção: são planos que quando construídos
seccionam o corpo em partes. Estes planos são construídos a
partir do deslizamento de dois eixos de construção. Estes são
designados de:
▫ Plano sagital: são planos imaginários resultantes do deslocamento do
eixo de construção antero-posterior sobre o supero-inferior ou vice-
versa. Estes planos são paralelos à sutura sagital, que une os ossos
parietais.
▫ O plano que passa sobre a linha sagital é denominado de mediano (divide
o corpo em duas metades, uma direita e outra esquerda), os outros planos
paralelos ao mediano são designados de sagitais ou paramedianos. Estes
planos resultam cortes verticais.
• Plano frontal: são planos imaginários resultantes do deslocamento do eixo
de construção latero-lateral paralelos à sutura coronal, que une o osso
frontal com os parietais. Estes planos resultam cortes verticais,
perpendiculares aos sagitais separando as partes em anterior e posterior.

• Plano transverso: são planos imaginários resultantes do deslocamento do


eixo de construção latero-lateral sobre o antero-posterior. Estes planos são
perpendiculares aos planos anteriores. Resultam cortes que divide em
superior e inferior.
▫ Porém há uma exceção, que é observada no pé. Neste local o eixo maior é antero-
posterior, como o plano de secção transverso é perpendicular ao longo eixo da
estrutura, resulta que o plano transverso no pé é vertical e tem a mesma
disposição que o plano frontal.
TERMOS GERAIS
• Para o estudo da anatomia é necessário conhecer alguns termos gerais que
estão relacionados com a posição e direção das estruturas. Estes termos
têm muita relação com os planos e eixos descritos acima e outros tantos,
que vão nos dar a compreensão da local onde se encontram as estruturas e
órgãos, suas relações e seu percurso. Alguns destes termos são citados
abaixo:
• Mediana: estrutura ou órgão que esteja localizado sobre o plano mediano.
• Lateral: estrutura mais distante do plano mediano.
• Medial: estrutura mais próxima à mediana, quando há mais de duas
estruturas.
• Intermédia: estrutura entre uma estrutura medial e outra lateral.
• Mediana: 1, 2,3
• Medial: 6
• Lateral: 4
• Intermédia: 5
• Anterior: 3
• Média: 2
• Posterior: 1
• Proximal: usada para os membros, é a estrutura mais próxima ao tronco.
• Distal: também usada para os membros, é a estrutura mais distante ao
tronco.
• Anterior ou ventral: estrutura mais próxima à superfície anterior.
• Posterior ou dorsal: estrutura mais próxima à superfície posterior.
• Superficial: usada para partes sólidas, estrutura mais próxima à superfície.
• Profundo: usada para partes sólidas, estrutura mais profunda.
• Externa: usada para órgãos ocos ou cavidades, estrutura mais próxima à
superfície.
• Interna: usada para órgãos ocos ou cavidades, estrutura mais interna.
• Superior: estrutura mais próxima ao plano superior.
• Inferior: estrutura mais próxima ao plano inferior.
• Cranial: estrutura mais próxima ao crânio.
• Caudal: mais próximo à cauda.
• Rostral: usada na cabeça, estrutura mais próxima ao nariz.
• Médio: estrutura localizada entre outras duas estruturas, dentre as citadas
anteriormente, desde que estas não sejam mediano, medial ou lateral.
• Palmar: estrutura localizada mais próxima à superfície anterior da mão
(palma).
• Plantar: estrutura localizada mais próxima à superfície inferior do pé
(planta). Para a mão e o pé, as superfícies opostas à palma e a planta são
denominadas de dorsal, então as estruturas mais próximas á esta superfície
são dorsais.
CONCEITO DE NORMALIDADE
• Normal: para a medicina normal é o órgão são, para a anatomia normal é o
mais frequente. Ex.: um coração normal apresenta o tamanho e o peso mais
frequente dentro da população estudada (50% da população têm um coração
com 380 gramas).

• Variação: para anatomia variação é toda alteração para mais ou para menos,
sem, contudo, modificar o funcionamento do órgão. Utilizando o exemplo
dado acima poderíamos dizer que aqueles corações um pouco maiores ou
menores que têm um funcionamento normal são variações anatômicas (20%
da população têm 280 gramas e 25% têm 520 gramas). Dentro deste conceito
de variação observamos as variações aleatórias
• Há também as variações esperadas. Estas variações esperadas dependem de
vários fatores, dentre eles podemos citar:
• Sexo: sabemos que existe uma variação quanto ao sexo, não só na genitália, como também em
alguns caracteres como bigode, barba, tamanho das glândulas mamárias.
• Idade: existem variações esperadas de acordo com a idade. O fígado e a cabeça da criança são bem
maiores que no adulto, os membros inferiores são relativamente menores na criança que no adulto
e o timo está bem desenvolvido na criança e geralmente desaparece no adulto.
• Biótipo: existem variações de acordo com o biótipo da pessoa, pessoas longilíneas apresentam uma
conformação interna dos órgãos diferente de pessoas brevilíneas.
• Raça: há diferentes variações raciais, como pôr exemplo os olhos os orientais em relação aos
olhos dos ocidentais.
• Evolução: as várias espécies em suas linhas evolutivas, demonstradas pelas arvores filogenéticas,
diferem am alguns aspectos de seus ancestrais.
• Espécie: diferentes espécies apresentam diferenças particulares, mesmo espécies de um mesmo
grupo sistemático.
Anomalia:
alteração para mais ou para menos que modifica o funcionamento
dos órgãos. Pôr exemplo um coração hipertrofiado, dificultando
seu funcionamento normal.

Monstruosidade:
alteração para mais ou para menos que sejam incompatíveis com
a vida. Pôr exemplo uma criança que nasça sem cérebro (acéfalo).
Imagens retiradas da internet de domínio público

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