UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO
DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA
DISCIPLINA: ANÁLISE REAL
PROFESSOR: RODRIGO CLEMENTE
4a LISTA DE EXERCÍCIOS
1. Mostre um exemplo de função Lipschitziana que não é derivável em algum ponto.
2 (Regra do produto). Suponha que f e g são deriváveis em a. Prove que f g também é derivável em a e
que vale
(f g)0 (a) = f 0 (a)g(a) + f (a)g 0 (a).
1
3 (Regra do quociente). Se f é diferenciável em a e f (a) 6= 0, então f é diferenciável em a e vale
0
1 f 0 (a)
(a) = − .
f [f (a)]2
Use este fato juntamente com a regra do produto para provar a regra do quociente.
1
x2 sin
se x 6= 0
4. A função f : R → R definida por f (x) = x é diferenciável na origem?
0 se x = 0
5. Suponha que f : [a, b] → [a, b] seja contı́nua e possua derivada f 0 também contı́nua em [a, b]. Prove que
f é Lipschitziana.
6. Dizemos que f : R → R é Hölder-contı́nua se existirem α > 0 e M > 0 tais que |f (x) − f (y)| ≤ M |x − y|α ,
para todos x, y ∈ I. (α é chamado expoente de Hölder e M a constante de Hölder.) Prove que se f : R → R
é Hölder-contı́nua com expoente α > 1 então f é constante.
7 (Fómula de Cauchy). Sejam f, g funções contı́nuas em um intervalo [a, b] e deriváveis em (a, b). Suponha
que g 0 (x) 6= 0 para todo x ∈ (a, b). Mostre que existe um ponto c ∈ (a, b) tal que
f (b) − f (a) f 0 (c)
= 0 .
g(b) − g(a) g (c)
(Observação: A fórmula de Cauchy reduz-se ao Teorema do Valor Médio quando fazemos g(x) = x.)
8. Seja p(x) um polinômio de grau m com m raı́zes reais distintas. Prove que as raı́zes de p0 (x) são reais e
distintas.
9. Seja p(x) um polinômio com todas as raı́zes reais, não necessariamente distintas. Prove que p0 (x) possui
todas as raı́zes reais.
10. Determine dois números reais cuja soma é 3π 2 e cujo produto seja o maior possı́vel.
11. Seja f : (a, b) → R uma função derivável que possui em c ∈ (a, b) um mı́nimo local estrito. Suponha
também que exista d ∈ (a, b) tal que f (d) ≤ f (c). Mostre que existe ao menos um ponto crı́tico entre c e d.
12. Seja f : R → R de classe C 1 . Prove que o conjunto de seus pontos crı́ticos é fechado.
1
2
13. Seja f : R → R. Um ponto crı́tico c de f é dito não degenerado quando f 00 (c) 6= 0. Prove que todo
ponto crı́tico não degenerado é um ponto de máximo local ou de mı́nimo local.
14. Prove que se f : R → R é derivável com f 0 (x) = 0 em todos pontos x ∈ R então f é constante.
15. Seja f : [a, b] → R uma função contı́nua convexa tal que f (a) < 0 < f (b). Prove que existe um único
ponto c ∈ (a, b) com f (c) = 0.