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21321-Texto Do Artigo-86331-1-10-20240627

A pesquisa analisa criticamente o Plano de Manejo do Parque Natural Municipal e da Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba, utilizando a Geoecologia das Paisagens como base teórica. Os resultados mostram que, após doze anos da criação do plano, poucas medidas foram implementadas e a maioria das normas não foi cumprida, dificultando a preservação ambiental. A urbanização crescente na região litorânea torna urgente a execução das medidas previstas para garantir a sustentabilidade entre os ambientes natural e social.

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A pesquisa analisa criticamente o Plano de Manejo do Parque Natural Municipal e da Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba, utilizando a Geoecologia das Paisagens como base teórica. Os resultados mostram que, após doze anos da criação do plano, poucas medidas foram implementadas e a maioria das normas não foi cumprida, dificultando a preservação ambiental. A urbanização crescente na região litorânea torna urgente a execução das medidas previstas para garantir a sustentabilidade entre os ambientes natural e social.

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Análise crítica do plano de manejo parque natural municipal das

dunas e área de proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza,


Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens

Ana Carla Oliveira de Barros1


Francisca Laryssa Feitosa Araujo
Francisco Davy Braz Rabelo
Edson Vicente da Silva

RESUMO
A pesquisa utilizou o arcabouço teórico e metodológico da Geoecologia das Paisagens, difundido por Rodriguez
e Silva (2018), com o intuito de realizar uma análise crítica do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal e da
Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza (CE). O estudo contou com as seguintes fases: (i)
Organização e Inventário, (ii) Análise, (iii) Diagnóstico e (iv) Prognóstico. Os resultados indicaram que após doze
anos da criação do primeiro Plano de Manejo das referidas Unidades de Conservação poucas foram as medidas
executadas feitas no zoneamento. Através da análise do PM e da pesquisa de campo e observando as principais
zonas definidas no Plano de Manejo constatou-se o não cumprimento da maioria de suas normas gerais. Devido
aos avanços urbanísticos para áreas litorâneas fica cada vez mais difícil a preservação e conservação dos ambientes
naturais e é necessário que realmente sejam executadas as medidas previstas nos PM para que ocorra a
sustentabilidade entre o natural e o social.
Palavras-chave: Geoecologia das paisagens, Plano de manejo, Unidades de conservação.

ANÁLISIS CRÍTICO DEL PLAN DE GESTIÓN DEL PARQUE NATURAL


MUNICIPAL DE LAS DUNAS Y ÁREA DE PROTECCIÓN AMBIENTAL DE
SABIAGUABA, FORTALEZA, CEARÁ: A LA LUZ DE LA GEOECOLOGÍA DEL
PAISAJE

RESUMEN
La investigación utilizó el marco teórico y metodológico de la Geoecología del Paisaje, divulgado por Rodríguez
y Silva (2018), para realizar un análisis crítico del Plan de Manejo del Parque Natural Municipal y Área de
Protección Ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza (CE). El estudio incluyó las siguientes fases: (i) Organización e
Inventario, (ii) Análisis, (iii) Diagnóstico y (iv) Pronóstico. Los resultados mostraron que doce años después de la
creación del primer Plan de Gestión de estas Unidades de Conservación, se han aplicado pocas medidas en la
zonificación. El análisis del PM y de la investigación de campo y la observación de las principales zonas definidas
en el Plan de Gestión revelaron que la mayoría de sus normas generales no se habían cumplido. Debido a la
urbanización de las zonas costeras, cada vez es más difícil preservar y conservar los entornos naturales y es
necesario que las medidas establecidas en los MP se apliquen realmente para que pueda darse la sostenibilidad
entre lo natural y lo social.
Palabras Clave: Geoecología del Paisaje, Plan de Manejo, Unidades de Conservación.

1
Universidade Federal do Ceará – UFC, [email protected]

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Barros, Ana Carla Oliveira de; Araujo, Francisca Laryssa Feitosa; Rabelo, Francisco Davy Braz; Silva,
Edson Vicente da. Análise crítica do plano de manejo parque natural municipal das dunas e área de
proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

Introdução

Em 2010, ocorreu a décima primeira sessão especial do Fórum Ministerial Global


sobre Meio Ambiente do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em
Bali, Indonésia. Na sessão, os ministros do meio ambiente e chefes de delegações adotaram a
Declaração de Nusa Dua, com o compromisso de combate à degradação ambiental, mudanças
climáticas, conservação da biodiversidade e a importância de avançar para uma “economia
verde” (PNUMA, 2020).
No Brasil temos como dispositivo legal de proteção dos recursos naturais a lei nº
9.985, de 18 de julho de 2000, instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da
Natureza (SNUC) e determina o conjunto de critérios e normas que auxiliam na criação,
implantação e gestão das unidades de conservação. As Unidades de Conservação (UC) são áreas
territoriais, que possuem recursos ambientais, com características naturais importantes,
legalmente estabelecidos pelo poder público, com o intuito de realizar a conservação e
estabelecer limites definidos garantindo a administração adequada de proteção (BRASIL,
2000).
O Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba (PNMDS) e a Área de
Proteção Ambiental (APA) de Sabiaguaba são regulamentados pelos decretos nº 11.986 e nº
11.987 de 20 de fevereiro de 2006, ambos classificados como Unidades de Conservação
municipal e localizados no bairro Sabiaguaba, município de Fortaleza, Estado do Ceará.
Fortaleza, a capital do Estado do Ceará, possui uma área de 313,14km², com latitude
3º43’35” e longitude 30º32’35”. Ao Norte faz limite com o Oceano Atlântico e Caucaia; ao Sul,
com os municípios de Maracanaú, Pacatuba, Itaitinga e Eusébio; ao Leste, com os municípios
de Eusébio, Aquiraz e Oceano Atlântico; a Oeste, com os municípios de Caucaia e Maracanaú.
O bairro de Sabiaguaba está localizado ao extremo Leste do litoral de Fortaleza; Nordeste:
Oceano Atlântico; Oeste: bairros Edson Queiroz, Sapiranga e Lagoa Redonda; Sudeste:
Aquiraz; Sudoeste: Eusébio. A Figura 1 a seguir mostra a localização da área de estudo.
Segundo Terborgh e Schik (2002), a implementação efetiva e a gestão de muitas
áreas deixam a desejar, pois acaba não se cumprindo a sua função conservacionista. O plano de
manejo visa garantir e restaurar a composição, estrutura e função dos ecossistemas, degradados
ou não, tendo como objetivo principal a sustentabilidade em longo prazo (BENSUSAN, 2006).
Assim, são necessários estudos que analisem o PM das Unidades de Conservação e que
verifiquem possíveis impasses que dificultam a sua execução.
Diante do contexto apresentado, levanta-se a seguinte questão norteadora: o Plano
de Manejo do Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba e da Área de Proteção
Ambiental de Sabiaguaba atende às demandas para a preservação e conservação das devidas
UCs?

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Edson Vicente da. Análise crítica do plano de manejo parque natural municipal das dunas e área de
proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

Figura 1. Mapa de localização do PNMDS e APA de Sabiaguaba, Fortaleza (Ceará).

Fonte: Autor (2022).

Este artigo tem por objetivo fazer uma análise crítica do Plano de Manejo do
PNMDS e da APA, a fim de gerar subsídios para os futuros planos de manejo das Unidades de
Conservação. Para tanto, foram utilizadas como fundamentação teórica e metodológica as
diretrizes da Geoecologia das Paisagens.

Fundamentação teórica: A Geoecologia das Paisagens

No século XIX surgiram as primeiras bases teóricas e técnicas ecogeográficas


através dos trabalhos dos geógrafos Alexander Von Humboldt (escola alemã), Mikhail
Lomonosov e Vasily Dokuchaev (escola russo-soviética). Já no século XX destaca-se também
o geógrafo alemão Carl Troll, em 1939, que nomeou o estudo paisagístico de “Ecologia das
Paisagens”, e posteriormente, em 1966, de “Geoecologia”, em que o prefixo “Geo” infere a
inserção da esfera social nos estudos ambientais.
Esta área de estudo traz uma nova perspectiva para a questão ambiental através da
multidisciplinaridade, proporcionando um novo olhar para as características, aos estudos e
processos socioambientais (RODRIGUEZ; SILVA; CAVALCANTI, 2022).
Para Teixeira et al., (2021), a Geoecologia das Paisagens trata-se de uma
perspectiva teórica e metodológica sistêmica, com o intuito de analisar a relação entre sociedade
e natureza, partindo da investigação e interpretação das inter-relações e interações entre os
elementos antroponaturais. Segundo Rodriguez, Silva e Leal (2011), a Geoecologia das
Paisagens parte da investigação de três pontos centrais para a compreensão da gênese,
estruturação, morfologia e funcionabilidade paisagística. Os pontos referidos são:

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Edson Vicente da. Análise crítica do plano de manejo parque natural municipal das dunas e área de
proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

A maneira em que se formou e ordenou a natureza na superfície do globo terrestre.


A imposição e construção, pelas atividades humanas, de diferentes sistemas de uso e
de objeto, de acordo com lógicas econômicas, sociais e políticas, articulando e
colocando a natureza em função de suas necessidades.
A maneira pela qual a sociedade concebe a natureza e as modificações e/ou
transformações feitas pelas atividades humanas, de acordo com determinados
sistemas de representações, significações, imagens, símbolos e identidades, que
respondem a fatores de caráter espiritual e cultural (RODRIGUEZ, SILVA e LEAL,
2011, p. 37-38).

A área tem como objeto de estudo o conceito de paisagem que, por sua vez,
fundamenta-se em três dimensões que se intercruzam dialeticamente: paisagem natural,
paisagem social e paisagem cultural. A paisagem apresenta-se como a representação material e
imaterial, uma expressão morfológica e fisiográfica dos geossistemas (GUERRA, 2020). Nesse
caso, assume-se a paisagem como a cristalização do geossistema, sendo este compreendido
como:

[...] o espaço terrestre de todas as dimensões, onde os componentes da natureza


encontram-se em relação sistêmica uns com os outros, e como uma integridade
definida interatuando com a esfera cósmica e a sociedade humana. Conceber a
paisagem como um sistema significa ter uma percepção do todo, compreendendo as
inter-relações entre as partes no sistema (RODRIGUEZ; SILVA; CAVALCANTI,
2022, p. 10).

A paisagem é fundamental para a ciência geográfica, pois possui um caráter


polissêmico e integrado, além disso, destaca-se em diversas áreas utilizando metodologias,
escala de análise e taxonomias (MEDEIROS, et al., 2022). Rodriguez, Silva e Figueiró (2021,
p. 31), explicam que:

“[...] os valores atribuídos às dimensões físicas e culturais conduzem a uma renovação


contínua da experiência ambiental e territorial. Somos parte intrínseca de uma
paisagem, ao protegê-la, resguardamos nossa própria vida. Isto significa que qualquer
trabalho que vise planejar, gerenciar, administrar, construir uma visão de
desenvolvimento, envolve sobretudo a percepção e construção de imagens de
realidades objetivas e subjetivas para cada um de nós. Isso implica que qualquer
estratégia para a utilização, conservação ou proteção do meio ambiente deve incluir a
noção de paisagem.” (tradução nossa).

Verifica-se, então, que a paisagem é uma categoria dialética, holística, sistêmica e


integral, sendo o resultado da dinâmica natural em sua relação com as atividades antrópicas. A
partir da base geossistêmica, a Geoecologia das Paisagens promove uma compreensão do
quadro natural, socioeconômico e cultural e como estes influenciam nas inter-relações da
transformação da paisagem e da estruturação do geossistema como unidade operativa de
análise. Segundo Rodriguez, Silva, Leal (2011 apud Veras 1995), a perspectiva geoecológica
permite entender como:

Em que grau as sociedades humanas transformam a natureza e a veem no espaço;


Uma sociedade concebe a natureza, ao natural e ao espaço derivado da própria
natureza;
Uma sociedade evoca a sua natureza;
Percebe a Natureza;
Esse quadro mental se traduz nas projeções de uso e gestão de seu espaço, sua
paisagem, e de seu território (VERAS, 1995, apud RODRIGUEZ; SILVA; LEAL,
2011, p. 38).

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Edson Vicente da. Análise crítica do plano de manejo parque natural municipal das dunas e área de
proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

Para a compreensão das implicações resultantes da relação sociedade e natureza,


que configuram e reconfiguram constantemente o estado paisagístico/geossistêmico das
unidades ambientais, a Geoecologia das Paisagens utiliza categorias analíticas de apoio que
são: espaço, paisagem e território que interagem dialeticamente e formam a análise
geoecológica (TEIXEIRA et al., 2021). A seguir, o Quadro 1 mostra as categorias analíticas da
Geoecologia das Paisagens:

Quadro 1. Categorias analíticas da Geoecologia das Paisagens.

CATEGORIAS CONCEITUAÇÃO
Constitui um sistema espaço-temporal, uma organização espacial
ESPAÇO OU complexa e aberta, formada pela interação entre componentes ou
PAISAGEM elementos biofísicos que podem, em diferentes graus, ser
NATURAL modificados ou transformados pelas atividades humanas. É o meio
natural por meio de uma visão sistêmica.
A definição tradicional de Milton Santos (1994, 1996) é a de ser um
conjunto indissociável, solidário e contraditório de sistemas de
objetos e de ações na superfície do globo terrestre. Assim, o espaço
ESPAÇO
geográfico está formado por objetos naturais, fabricados, técnicos,
GEOGRÁFICO
mecânicos e cibernéticos. De acordo com essa visão, a natureza, os
objetos naturais estão submetidos à constituição da sociedade,
porque com essa visão, o espaço está estruturado pela sociedade. [...].
É a fisionomia, a morfologia e a expressão formal do espaço e dos
territórios. A paisagem cultural está situada no plano de contato entre
os fatos naturais e os fenômenos da ocupação humana, também entre
PAISAGEM
os objetos e os sujeitos que os percebem e agem sobre eles. E,
CULTURAL
também, uma imagem sensorial, afetiva, simbólica e material dos
espaços e dos territórios (BERINGUIER e BERINGUIER, 1991). É,
portanto, um construto ecológico, psicológico e social.
Do ponto de vista da materialidade física e de uma visão dialético-
sistêmica, o território é considerado como o conjunto de espaços e
paisagens geográficos e de sistemas naturais, econômicos, de habitat
e sociais em uma determinada área delimitada, fundamentalmente,
TERRITÓRIO
pelo poder econômico e político, submetido a um determinado
modelo e processo de gestão. Assim, a área que é delimitada e
controlada exerce determinado poder e realiza o controle político do
espaço e da paisagem.
Fonte. Adaptado de Rodriguez; Silva; Leal (2011, p. 39-41); Segundo Guerra e Silva (2022,
p. 9).

Rodriguez, Silva e Cavalcanti (2022, p. 50), estabelecem princípios, conceitos,


métodos e índices que auxiliam metodologicamente as análises geoecológicas aplicadas para o
planejamento, ordenamento e gestão territorial. A seguir, o Quadro 2 faz uma síntese dos
enfoques e métodos da análise da paisagem:

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Edson Vicente da. Análise crítica do plano de manejo parque natural municipal das dunas e área de
proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
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Quadro 2. Enfoques e métodos de análise da paisagem.


PRINCÍPIOS CONCEITOS MÉTODOS ÍNDICES
BÁSICOS
ESTRUTURAL Estrutura das Cartografia das Imagem,
paisagens: paisagens, complexidade, forma
monossistêmica e classificação dos contornos,
parassistêmica. quantitativa- vizinhança, conexão,
Estrutura horizontal estruturais, composição,
e vertical tipologia e integridade, coerência
regionalização e configuração
geoecológica
FUNCIONAL Balanço de EMI, Análise funcional, Função, estabilidade,
interação de geoquímica, solidez, fragilidade,
componentes, geofísica e estado geoecológico,
gênese, processos, investigação capacidade de
dinâmica funcional, estacionais automanutenção,
resiliência e autorregulação e
homeostasia organização,
equilíbrio
DINÂMICO Dinâmica temporal, Retrospectivo, Ciclos anuais, regimes
EVOLUTIVO estados temporais, estacional, dinâmicos, geomassa,
evolução e evolutivo e geohorizonte, idade e
desenvolvimento paleogeográfico tendências evolutivas
Antropogênese, Índices de
HISTÓRICO transformação e Histórico e análise antropogênese, cortes
ANTROPOGÊNICO modificação das antropogênica histórico-
paisagens paisagísticos,
perturbações, tipos de
modificação e
transformação humana
(paisagens
contemporâneas,
trocas, hemorobia)
INTEGRATIVO Sustentabilidade Análise paisagística Suporte estrutural,
geoecológica das integral funcional, relacional,
paisagens; evolutivo, produtivo
paisagem das paisagens;
sustentável categoria de manejo da
sustentabilidade da
paisagem
Fonte. Rodriguez; Silva; Cavalcanti (2022, p. 50).

A Geoecologia das Paisagens propicia orientação teórica e metodológica para o


planejamento, ordenamento e a gestão territorial:

Devido ao rico arsenal conceitual e aos métodos de estudos elaborados, a Geoecologia da


Paisagem pode enquadrar-se como uma ciência ambiental, que oferece uma contribuição
essencial no conhecimento da base natural do meio ambiente, entendido com o meio global.
Propicia, ainda, fundamentos sólidos na elaboração das bases teóricas e metodológicas do
planejamento e gestão ambiental e na construção de modelos teóricos para incorporar a
sustentabilidade no processo produtivo (RODRIGUEZ; SILVA CAVALCANTI, 2022, p. 9).

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Edson Vicente da. Análise crítica do plano de manejo parque natural municipal das dunas e área de
proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
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Dessa forma o Quadro 3 mostra as fases usadas na Geoecologia das Paisagens para
o planejamento e gestão ambiental:

Quadro 3. Planejamento e Gestão ambiental: Fases/Atividades na Perspectiva Geoecológica.


FASES DO
ATIVIDADES PROPOSTAS COMO APORTE
PLANEJAMENTO
PARA GESTÃO TERRITORIAL
AMBIENTAL
Tarefas gerais preparatórias; Inventário das
condições naturais; Inventário das condições
ORGANIZAÇÃO E socioeconômicas; Inventário geral. Tem por
INVENTÁRIO objetivo identificar, caracterizar e cartografar as
unidades espaciais de partida com base no que foi
desenvolvido em torno do planejamento ambiental.
Análise das propriedades do espaço natural, da
realidade social e das paisagens culturais. Tem por
objetivo estudar as propriedades sistêmicas
ANÁLISE
(estruturais, funcionais, evolutivas e integradoras)
das unidades em questão, a partir de uma
perspectiva sistêmica.
Diagnóstico geoecológico e geocultural de caráter
integrado. Tem por objetivo esclarecer o estado em
DIAGNÓSTICO que se encontram os sistemas ambientais, como
resultado da utilização e exploração dos seus
recursos e serviços ambientais.
Desenho de um modelo geral de ordenamento.
Elaboração de planos e projeções de cenários. Tem
PROGNÓSTICO
por objetivo estabelecer proposições e diretrizes
para o planejamento e gestão ambiental.
Coordenação, aprovação e implementação
democrática e participativa do planejamento. Tem
EXECUÇÃO
por objetivo a efetivação de programas de gestão e
seu devido monitoramento.
Fonte. Adaptado de Rodriguez e Silva, (2018, p. 328-334); Segundo Guerra e Silva (2022, p.
11).

Portanto, a Geoecologia das Paisagens apresenta os fundamentos epistemológicos


necessários para trabalhos de planejamento e gestão ambiental, o que envolve a concepção,
implementação e monitoramento das Unidades de Conservação. Desta forma, tendo o conceito
de paisagem como objeto de estudo e o geossistema como unidade operativa, além das
proposições teóricas e metodológicas para se trabalhar a problemática socioambiental, a
Geoecologia das Paisagens é utilizada como premissa para análise crítica do Plano de Manejo
do PNMDS e da APA.

Análise geoecológica PNMDS e APA de Sabiaguaba, Fortaleza (Ceará)

A análise geoecológica tem o intuito de cooperar com trabalhos de planejamento,


ordenamento e gestão ambiental. Segundo Teixeira (2018), a Geoecologia das Paisagens utiliza
o espaço, a paisagem e o território como categorias analíticas, entretanto, essas categorias de
análises não ocorrem isoladas entre si e formam a análise geoecológica integrada e propositiva.

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proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
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Essa análise busca a relação dos sistemas sociais e culturais na dimensão socioecológica do
sistema, obtendo uma visão integrada da unidade com o meio natural (LOPEZ; LEÃO, 2018).
Seguindo tais diretrizes, a caracterização geoecológica do PNMDS e da APA de
Sabiaguaba, localizada na capital cearense, é apresentada conforme a seguir. De acordo com o
Plano de Manejo (2010), o Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba tem uma área
de 467,60ha e possui as seguintes unidades geoecológicas que constituem a paisagem:
a) Mar litorâneo com 20,2ha, Faixa Praial/Pós-Praia e Marinha com 9ha e caracterizada
pela dinâmica dirigida através de processos marinhos e eólicos, com ausência de vegetação e
presença de sedimentos holocênicos marinhos e beach rocks (CEPEMA, 2010).
b) Planície de Deflação Eólica, com área de 113ha possuindo relevo plano, com dinâmica
eólica contida por vegetação herbácea e umidade devido ao lençol freático (CEPEMA, 2010).
c) Dunas Móveis, possuindo 152ha e dinâmica intensa, que propicia o transporte de
sedimentos eólicos, com alta permeabilidade de infiltração das águas das chuvas, pois possui
ausência de vegetação (CEPEMA, 2010).
d) Dunas Fixas e Semifixas, ocupando 83ha e estrutura vegetal arbustiva, com restrições
ao transporte de sedimentos, mas que contribui para a gênese dos solos e da biodiversidade
terrestre (CEPEMA, 2010).
e) Tabuleiro Costeiro, com área de 9ha e que se caracteriza como relevo plano, com
sedimentos da Formação Barreiras, com camada fina de sedimentos arenosos (CEPAMA,
2010).
f) Planície Fluviomarinha, com 3,3ha, composta por ecossistema aquático (CEPEMA,
2010).
g) Área Degradada (Mineração) que corresponde a 58ha e caracteriza-se como área
aplainada de sedimentos arenosos, com permeabilidade média devido à compactação do solo,
afloramentos do lençol freático (CEPEMA, 2010).
h) Agrossistema (Hortaliças), com 5,3ha, possuindo área de inundação sazonal e solos
hidromórficos (CEPEMA, 2010).
i) Agrossistema (Cajueiro), com 14ha, caracteriza-se como relevo suavemente ondulado,
mas possui partes planas, com alta permeabilidade (CEPEMA, 2010).
A seguir a Figura 2 exemplifica melhor a Planície de Deflação Eólica da Sabiaguaba:

Figura 2. Planície de Deflação Eólica da Sabiaguaba. Fonte: Plano de Manejo PNMDS e


APA de Sabiaguaba (2010).

Fonte: Organizado pelos autores.

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A Área de Proteção Ambiental da Sabiaguaba tem uma área de 1.009,74ha e atua


como Zona de Amortecimento, que favorece o sistema de gestão a partir de fundamentos e
critérios com o intuito de minimizar os impactos do PNMDS (CEPEMA, 2010).
a) Mar litorâneo, com 35,3ha, Faixa Praial/Pós-Praia e Marinha, com 23ha
caracterizada por processos marinhos e eólicos, com ausência de vegetação e predominância de
sedimentos marinhos, rochas de praia e conglomerados da Formação Barreias (CEPEMA,
2010).
b) Planície de Deflação Eólica, com 143,7ha caracterizada por relevo plano, além
disso, a dinâmica eólica é controlada por vegetação herbácea e umidade de origem do
afloramento do lençol freático, com presença de corredores eólicos e sítios arqueológicos
(CEPEMA, 2010).
c) Planície Fluviomarinha, com 304,8ha e caracteriza-se como ambiente
influenciado pelos efeitos das marés, por exemplo, vegetação de manguezal, sedimentos
argilosos e presença de elevada biodiversidade (CEPEMA, 2010).
d) Tabuleiro Costeiro, com 377,2ha possuindo relevo plano e também sedimentos
da Formação Barreiras, com uma pequena camada de sedimentos arenosos (CEPEMA, 2010).
e) Planície Fluviolacustre, com 75,7ha, é um ecossistema aquático que se mantém
constantemente inundado e caracteriza-se como área de amortecimento de cheias, com
vegetação de várzea nos setores marginais (CEPEMA, 2010).
f) Agrossistemas são áreas de inundação sazonal e solos compostos por
hidromórficos (hortaliças com 23ha). Áreas aplainadas, com feições de sedimentos arenosos e
possuem permeabilidade média da compactação do solo e afloramento do lençol freático
(Mineração, 11,2ha). Além disso, possui uma área com resort de 14,7ha (CEPEMA, 2010).
A paisagem do PNMDS e APA de Sabiaguaba são constituídas por paisagem
natural, social e cultural. Desse modo, a criação do plano de manejo é indispensável, pois
através do PM é possível estabelecer medidas de planejamento e gestão ambiental para UCs
promovendo a sustentabilidade entre os ambientes.

Materiais e Métodos

A pesquisa utilizou o arcabouço teórico e metodológico da Geoecologia das


Paisagens, procedimento difundido por Rodriguez e Silva (2018), com o intuito de realizar uma
análise crítica do Plano de Manejo do Parque Natural Municipal e da Área de Proteção
Ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza/CE. O estudo contou com as seguintes fases: (i)
Organização e Inventário, (ii) Análise, (iii) Diagnóstico e (iv) Prognóstico.
Na primeira fase foi feito o levantamento bibliográfico das UC da Sabiaguaba,
Fortaleza, Estado do Ceará. Para esse levantamento foram utilizados o Repositório Institucional
da Universidade Federal do Ceará e da Universidade Estadual do Ceará, o Google Acadêmico
e o Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal e Nível Superior
(CAPES), como monografias, dissertações e teses. Além disso, foram pesquisados artigos
publicados em eventos e revistas especializadas que também tratam sobre a temática para
auxiliar na análise crítica do Plano de Manejo do PNMDS e da APA de Sabiaguaba.
Já na segunda fase foi realizada uma análise dos dados coletados e observações de
campo. Para isso foram utilizadas imagens de satélites do Google Earth PRO de 2010, quando
foi criado o PM até o presente ano. Em seguida foram realizados os trabalhos de campo durante
o mês de novembro de 2022, em que foi possível correlacionar a realidade cartográfica
levantada com a realidade terrestre observada in loco. Durante esses trabalhos de campo foram
realizadas inspeções técnicas, análise dos componentes paisagísticos e registros fotográficos.

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Barros, Ana Carla Oliveira de; Araujo, Francisca Laryssa Feitosa; Rabelo, Francisco Davy Braz; Silva,
Edson Vicente da. Análise crítica do plano de manejo parque natural municipal das dunas e área de
proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

A terceira fase traz um diagnóstico do plano de manejo do PNMDS e da APA de


Sabiaguaba, juntamente com o material levantado em campo, para averiguar se as medidas
propostas em 2010 feitas no PM estão sendo cumpridas.
Na quarta fase foi feito o prognóstico para ajudar nos futuros Planos de Manejo do
Parque Natural Municipal das Dunas e da Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba, que
serão abordados no tópico Análise Crítica do Plano de Manejo do PNMDS e da APA de
Sabiaguaba.

Resultados e Discussão

Análise crítica do plano de manejo PNMDS e da APA de Sabiaguaba, Fortaleza (Ceará)


e proposições
Na etapa organização e inventário foram pesquisados trabalhos desenvolvidos entre
os anos de 2011 e 2022 que tratassem sobre as UCs de Sabiaguaba voltados para o
planejamento, gestão, sustentabilidade ambiental e análise das áreas e do seu plano de manejo.
O levantamento foi realizado no Repositório Institucional da Universidade Federal do Ceará e
da Universidade Estadual do Ceará, o Google Acadêmico e o Portal de Periódicos da
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal e Nível Superior (CAPES), onde foram
encontrados 12 trabalhos científicos, sendo 4 artigos, 6 monografias, 1 dissertação e 1
especialização, conforme Quadro 4 a seguir:

Quadro 4. Pesquisas realizadas entre 2011 e 2022 sobre as UCs PNMDS e APA
de Sabiaguaba, Fortaleza (Ceará).
Nº Título Autor Tipo Ano
Demandas ambientais de
Sabiaguaba na perspectiva
1 Magda Silony Maciel Dissertação 2011
dos marcadores sociais do
lugar
As UCs de Sabiaguaba
(Fortaleza – Ceará, Brasil): Lílian Sorele Ferreira Souza
2 diagnóstico geoambiental e Edson Vicente da Silva Artigo 2011
propostas de gestão e Fábio Perdigão Vasconcelos
manejo
Análise da vulnerabilidade
ambiental da Área de
3 Larisse Silva Lopes Monografia 2014
Proteção Ambiental da
Sabiaguaba, Fortaleza
Processo de uso e ocupação
4 na área da Sabiaguaba- Antônia Alesandra de Assunção Monografia 2017
Ceará
Análise do Plano de
Manejo e panorama atual
5 do Parque Natural Lara Souza Campana Monografia 2017
Municipal das Dunas da
Sabiaguaba
A importância do
geoprocessamento para Lucas Adrian de Almeida
6 análise do uso e ocupação Bentemuller Artigo 2019
da Área de Proteção Ana Carla Alves Gomes
Ambiental (APA) de

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proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

Sabiaguaba em Fortaleza-
CE
O cadastro territorial
multifinalitário como
ferramenta para proteção e
preservação das UC’s: o Lucas Adrian de Almeida
7 Monografia 2019
caso do Parque Natural Bentemuller
Municipal das Dunas de
Sabiaguaba em Fortaleza,
Ceará
Priscila Daiane Pereira Lopes
Ocupações irregulares no Nagela Segundo Teixeira
Parque Natural Municipal Lucas Adrian de Almeida
8 Artigo 2019
de Dunas da Sabiaguaba, Bentemuller
Fortaleza, Ceará Mariana Monteiro Navarro de
Oliveira
Francisca Dalila Menezes
Gestão e legislação Vasconcelos
ambiental das Unidades de Francisco Suetônio Bastos Mota
9 Artigo 2019
Conservação inseridas no Nosliana Nobre Rabelo
município de Fortaleza/CE Rauí Dantas Cavalcante Gama
Larissa de Miranda Menescal
Políticas de gestão
ambiental das Unidades de
Especializaç
10 Conservação de Ketlly Capistrano do Nascimento 2021
ão
Sabiaguaba –
Fortaleza/Ceará
Os impactos ambientais
das intervenções do poder
11 público nas Dunas da Leonam Cesário Lima Silva Monografia 2021
Sabiaguaba (Fortaleza,
Ceará)
Evolução da ocupação dos
Campos de Dunas de
12 Fortaleza – Ceará: causas e Monique Torres de Queiroz Monografia 2022
consequências para a
cidade
Fonte: BARROS (2022).

Os trabalhos abordam diferentes pesquisas sobre as UCs, como, demandas


ambientais, diagnósticos geoambientais, uso e ocupação, proteção e preservação, gestão e
legislação ambiental, impactos ambientais, dentre outros, mas com o mesmo intuito de
planejamento, gestão e sustentabilidade ambiental para as referidas áreas. Destes, apenas um
trata sobre a análise da vulnerabilidade ambiental da APA e outro que foca especificamente na
análise do plano de manejo fazendo um panorama atual (ano de 2017) do PNMDS mostrando
que há uma escassez sobre essa temática em questão.
O Plano de Manejo (PM) do Parque Natural Municipal das Dunas e Área de
Proteção Ambiental da Sabiaguaba do município de Fortaleza, Estado do Ceará, surge em
cumprimento da lei federal nº 9.985 de 18 de julho de 2000 e dos decretos municipais nº 11.986

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proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

e nº 11.987 de 20 de agosto de 2006. O SNUC estabelece no capítulo I, art. 2º, inciso XVII o
que é plano de manejo:

Documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos gerais de uma
unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem
presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das
estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.

O primeiro PM das UCs em questão foi elaborado em 2010 e após pouco mais de
uma década não foi realizada nenhuma atualização. Este PM busca traçar medidas para a
sustentabilidade, planejamento e gestão ambiental das Unidades de Conservação PNMDS e
APA de Sabiaguaba. O propósito para que o Parque Natural das Dunas e a Área de Proteção
Ambiental de Sabiaguaba sejam denominados Unidades de Conservação é o que se segue:

Art. 1º - Fica criado o Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba, localizado
no bairro de Sabiaguaba Município de Fortaleza, no Estado do Ceará, com área
aproximada de 467,60 hectares, cujo objetivo é preservar os ecossistemas naturais
existentes, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de
atividades de educação ambiental e de turismo ecológico (Decreto Municipal Nº
11.986 de 20 de agosto de 2006).

Art. 1º - Fica criada Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba, localizada no bairro


Sabiaguaba Município de Fortaleza, no Estado do Ceará, com área aproximada de
1.009,74 hectares, cujos objetivos são: I – proteger os remanescentes de vegetação do
complexo litorâneo; II – proteger os recursos hídricos; III – melhorar a qualidade de
vida da população residente, mediante orientação e disciplina das atividades
econômicas locais; IV – fomentar o turismo ecológico e a educação ambiental; V –
preservar as culturas e as tradições locais (Decreto Municipal Nº 11.987 de 20 de
agosto de 2006).

Este plano foi concluído no ano de 2010 e trouxe uma nova perspectiva para as
UCs, além de apresentar seus serviços e funções dos sistemas ambientais do PNMDS e da APA
de Sabiaguaba. As UCs se encontram dentro dos instrumentos legais, dentre eles:
a) Normas Gerais (Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,
Constituição do Estado do Ceará de 1989 e Lei Orgânica do Município de Fortaleza de 1990);
b) Normas específicas de Unidade de Conservação Legislação Federal e Municipal
(Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000; Decreto nº 4.340 de 22 de agosto de 2002 e Decreto nº
5.300 de 7 de dezembro de 2004; Decreto Municipal nº 11.986, de 20 de fevereiro de 2006;
Decreto Municipal nº 11.987, de 20 de fevereiro de 2006, Lei Complementar nº 62, de 02 de
fevereiro de 2009);
c) Normas Específicas para Áreas de Preservação Permanente e Sítios
arqueológicos Legislação Federal (Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965,
Resolução/CONAMA nº 303, de 20 de março de 2002, Resolução/CONAMA nº 369, de 28 de
março de 2006, Resolução/CONAMA nº 341, de 25 de setembro de 2003,
Resolução/CONAMA nº 428, de 17 de dezembro de 2010, Lei nº 3.924, de 26 de julho de
1961).
Além disso, o PM apresentou estratégias para a gestão das UCs com a criação do
Conselho Gestor do PNMDS e da APA de Sabiaguaba, como previsto pela Lei Federal
9.985/2000 e composição de competências do Decreto 4.340/2002 (art. 17, §6º).
No plano também foram definidos os componentes ambientais locais relacionados
aos ecossistemas, sistemas geoambientais e áreas urbanizadas e com interferências humanas.
Além disso, foi feito um diagnóstico ambiental para a definição das zonas especiais e para a

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preservação e conservação e recuperação ambiental, o que favorece para traçar medidas de


sustentabilidade específicas para cada zona.
A equipe do PM definiu que devido às inter-relações dos sistemas ambientais dos
fluxos de matéria e energia as UCs são interdependentes, assim, para o PNMDS foram definidas
as Zonas Intangível, Primitiva e de Uso Extensivo; já para a APA de Sabiaguaba foram
caracterizadas as Zonas de Uso Intensivo e Especial (CEPEMA, 2010). O fluxograma a seguir
exemplifica melhor as interações dos principais componentes ambientais e socioeconômicos
das áreas (Figura 3).

Figura 3. Fluxograma integração dos principais componentes ambientais socioeconômicos.

Fonte. Adaptado do PM do PNMDS e da APA de Sabiaguaba (2010, p. 219).

O PM também traz medidas para que o bairro seja um “bairro ecológico”,


incentivando a educação ambiental e práticas da permacultura. A partir do zoneamento foram
encontradas espécies vegetais que fornecem remédios fitoterápicos constatando que as áreas
não possuem só um valor paisagístico para a sociedade, como também são ricas em plantas
medicinais para o tratamento de diversas doenças.
Foi possível observar também que as referidas UCs são espaços de lazer para a
população e o fluxo de pessoas é mais observado aos finais de semana, que frequentam barracas
de praia, o complexo ambiental e gastronômico da Sabiaguaba, realizam passeios de barco pelo
Rio Cocó, observam o pôr do Sol nas Dunas da Sabiaguaba, dentre outras atividades. A Figura
4 mostra as imagens que exemplificam melhor os fluxos observados.

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proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

Figura 4. Fluxos no PNMDS e APA Sabiaguaba, Fortaleza (CE).

Fonte: Acervo do autor (2022).

A geração de renda conta com medidas sustentáveis para a valorização e usufruto


dos produtos florestais de origem da sociobiodiversidade, como medicamentos, alimentos
artesanato, dentre outros. O estudo serviu de grande importância justamente quando elabora a
confecção de um mapa dos setores de monitoramento das UCs, que é de grande ajuda para o
monitoramento de cada unidade das áreas do PNMDS e da APA de Sabiaguaba.
A fim de evitar impactos nos recursos naturais é fundamental criar mecanismos de
gestão que garantam a sustentabilidade da Unidade de Conservação, uso e ocupação da terra,
assim é indispensável o PM, para definir as inter-relações da UC e seu uso correto (BERNADI
et al, 2019). O Plano de Manejo traça ainda medida para a implantação e incentivos à educação
ambiental e patrimonial, com a valorização e respeito às comunidades tradicionais, pois o
intuito primordial de um PM é justamente promover o equilíbrio entre sociedade e natureza,
promovendo a sustentabilidades para o território/área que está sendo analisado.
Contudo, destaca-se também em seu conteúdo pouca fundamentação teórica para
classificar alguns termos técnicos e figuras para melhor exemplificar o que está sendo
caracterizado, dificultando a compreensão do leitor através dos termos utilizados.

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proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

Vale destacar que o PM também estipulou diretrizes dos Projetos Arquitetônicos


entre elas: Sede da Unidade de Conservação, Centro de Referência Ambiental e Projeto para a
Identidade Visual para o Parque Natural Municipal das Dunas de Sabiaguaba, Fortaleza, no
Estado Ceará. Entretanto esses projetos não foram criados, tendo apenas o EcoMuseu do
Mangue de Sabiaguaba, que promove o combate ao lixo no mangue e no mar da Sabiaguaba,
proporcionando ainda trilhas ecológicas com parcerias entre escolas e universidades para a
propagação da Educação Ambiental.
O EcoMuseu foi reconhecido como Patrimônio Histórico-Cultural e Natural de
Fortaleza em 2020 publicado no Diário Oficial do município, pois desempenha um papel
importante para a preservação do mangue de Sabiaguaba, educação ambiental, fauna e flora
que se encontram na área (DIÁRIO DO NORDESTE, 2020). A seguir a foto (Figura 5) do
EcoMuseu do Mangue de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará.

Figura 5. EcoMuseu do Mangue de Sabiaguaba.

Fonte: Acervo do autor (2022).

Ao analisar o Plano de Manejo das UCs, observa-se que muitas medidas traçadas
em 2010 foram poucos executadas nos últimos doze anos. É notória a ausência de informação
sobre limites em uma área de preservação e conservação. Assim, é primordial a divulgação
sobre as referidas UCs, de preferência nas redes socias, que possuem um alcance de público
maior. Sugere-se ainda promover um diálogo com o setor da educação do município de
Fortaleza para que essa temática seja contemplada dentro dos currículos escolares, para que
crianças e jovens enxerguem o PNMDS e a APA de Sabiaguaba como áreas importantes para
a cidade e assim incentivar o cuidado de seus recursos naturais.
No âmbito de planejamento, gestão e zoneamento ambiental é importante notar uma
maior concentração de acesso de fluxos turísticos dentro do PNMDS e da APA, mais
especificamente nos avanços urbanísticos.
Dessa forma, para a atualização dos planos de Manejo do Parque Natural Municipal
das Dunas e da Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba é fundamental executar pelo menos
parte das medidas sustentáveis propostas no documento, a fim de assegurar a preservação e
conservação dos recursos naturais de cada uma das UCs.
Cabe ao órgão fiscalizador responsável, juntamente com a comunidade local,
garantir a gestão eficaz das áreas, que possuem um valor não só paisagístico, como
geoecológico, espiritual, cultural, econômico, turístico, científico, histórico, educativo, dentre
outros. Desse modo, o plano de manejo cumpriria com sua função de planejar, organizar e traçar

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proteção ambiental de Sabiaguaba, Fortaleza, Ceará: à luz da Geoecologia das Paisagens. Revista
Pantaneira, V. 24, EDIÇÃO ESPECIAL CIGEPPAM(UFC), UFMS, Aquidauana-MS, 2024.

medidas que ajudam no manejo adequado dos recursos naturais presentes na área do PNMDS
e da APA de Sabiaguaba.

Considerações Finais

O presente artigo iniciou o trabalho de pesquisa quando se constatou que muitos


planos de manejos são feitos apenas para cumprir normas exigidas por leis e dificilmente as
medidas propostas estabelecidas no PM são executadas pelos órgãos competentes. Na UC do
Parque Natural Municipal das Dunas e Área de Preservação Ambiental de Sabiaguaba,
Fortaleza, Ceará, não é diferente, assim, é importante fazer uma análise crítica do seu conteúdo.
Diante disso a pesquisa teve como objetivo a análise crítica do Plano de Manejo do
PNMDS e da APA, com o intuito de gerar subsídios para os futuros planos de manejo das UCs.
Consta-se que o objetivo da pesquisa foi atendido porque efetivamente o trabalho conseguiu
analisar criticamente o Plano de Manejo do PNMDS e APA de Sabiaguaba, trazendo
proposições para os próximos PM das Unidades de Conservação.
A pesquisa trouxe a seguinte questão: o Plano de Manejo do Parque Natural
Municipal das Dunas e Área de Proteção Ambiental de Sabiaguaba atende às demandas para a
preservação e conservação das devidas UCs? Isso porque muitas das medidas traçadas no PM
são deixadas de lado, o que dificulta a gestão adequada dos recursos naturais. Durante o trabalho
verificou-se que após doze anos da criação do primeiro Plano de Manejo das referidas UCs
poucas foram as medidas executadas feitas no zoneamento. Através da análise do PM e da
pesquisa de campo e observando as principais zonas definidas no Plano de Manejo constatou-
se o não cumprimento da maioria de suas normas gerais.
Devido aos avanços urbanísticos para áreas litorâneas fica cada vez mais difícil a
preservação e conservação dos ambientes naturais e é necessário que realmente sejam
executadas as medidas previstas nos PM para que ocorra a sustentabilidade entre o natural e o
social.
A metodologia de pesquisa Geoecologia das Paisagens é teórica e metodológica
caracterizada como sistêmica e dialética, que possibilita uma análise completa. O trabalho foi
feito através do levantamento bibliográfico, observações de campo e imagens de satélites, que
permitiu uma visão ampliada dos termos teóricos e práticos do Plano de Panejo nas referidas
UCs.
Sugere-se que estudos posteriores possam se debruçar sobre a grande
potencialidade de pesquisa que a área da APA e do PNMDS de Sabiaguaba, Fortaleza, no
Estado do Ceará proporciona, por exemplo, Comunidade Boca da Barra, EcoMuseu Natural do
Mangue, Mangue da Sabiaguaba, Patrimônio Arqueológico, dentre outras. Assim, pode-se
desenvolver trabalhos atuais, como também o planejamento e sustentabilidade desses
ambientes.

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