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Tension analisys of gears

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Desenho e Sistemas Mecânicos

Licenciatura em Automação e Sistemas de


Produção

Daniel Braga [email protected]

1
Análise de Esforços
Engrenagens

2
Esforços em engrenamento
Na análise dinâmica de engrenagens é habitual
efetuar se a simplificação que considera que as forças
de engrenamento são pontuais e atuam na zona
central dos flancos dos dentes.
Por outro lado, durante o engrenamento de duas
rodas dentadas é provável que um dente seja mais
solicitado do que os dentes adjacentes, por isso, é
comum considerar se que a força de engrenamento é
totalmente transmitido apenas num dente.

3
Esforços em engrenamento
Observa-se que a força de engrenamento F pode ser
dividida nas suas componentes tangencial e radial.
A primeira componente diz respeito à força útil, a qual
representa a força responsável pela transmissão de
potência.
A componente radial não transmite potência e atua na
direção radial das rodas e no sentido dos respetivos
centros de rotação (força de separação).
Da análise deste engrenamento observa-se que:

𝑃1 = 𝑀1 𝜔1 𝑃2 = 𝑃1 = 𝑀2 𝜔2

𝜔1 𝑀2 𝑑1
𝑖= = 𝑀1 = 𝐹 𝑡
𝜔2 𝑀1 2

2𝑃1 60𝑃1
𝐹𝑡 = 𝑑 𝐹𝑡 =
1 𝜔1 𝜋𝑑1 𝑛1

𝐹 𝑟 = 𝐹 𝑡 tan 𝛼 𝐹𝑡
𝐹= cos 𝛼

4
Diagrama de Corpo Livre
Um diagrama de corpo livre não é mais do que um desenho, um esquema ou um esboço do
corpo, componente ou subsistema em análise, o qual é retirado, ou isolado, do sistema
mecânico a que pertence e onde se representam todas as forças e momentos que sobre ele
atuam.

5
Diagrama de Corpo Livre
No caso de uma transmissão por três engrenagens em séries, podemos isolar cada roda e fazer o
seu diagrama de corpo livre.

O diagrama de corpo livre de cada roda fica:

6
Diagrama de Corpo Livre
Analisando um trem de engrenagens acionado pelo anel exterior, 1, que, por sua vez transmite o
movimento às rodas 2, 3 e 4. A roda central, 5, está estacionária e ligada ao braço 6.
Representam-se também os diagramas de corpo livre simplificados dos elementos que
constituem o trem.

7
Notação em Dinâmica de Engrenagens
No lado fixo, ou estrutura do sistema
mecânica, utiliza-se para designação o
número 0.
À roda motora é atribuído o número 1,
sendo que as restantes rodas são
definidas sucessivamente pelos números
2, 3, 4 etc. até à última roda do sistema.
Pela mesma ordem de ideias, os veios das
rodas são denominados pelas letras
minúsculas do alfabeto, ou seja, a, b, c, d,
etc.
Às direções tangencial, radial e axial associadas aos engrenamentos são atribuídos os expoentes
t, r e a, respetivamente. De igual modo, as direções associadas aos eixos cartesianos são
referidas pelas expoentes x , y e z.
Com efeito, 𝐹21 representa a força que a roda 2 exerce sobre a roda 1. Atendendo à terceira lei
de Newton sabe se que 𝑭𝟐𝟏 e 𝑭𝟏𝟐 têm a mesma direção, a mesma magnitude, mas atuam em
sentido contrário. A força que o veio a exerce na roda 1 é designada por 𝑭𝒂𝟏 , a qual tem duas
componentes O efeito do motor na roda 1 é indicado por 𝑀𝑎1 , que representa o momento
motor. É frequente omitir os índices associados aos veios, assim tem se que 𝑀𝑎1 = 𝑀1 .

8
Diagramas do Corpo Livre de um Engrenamento de
Dentado Reto
No caso de duas engrenagens de dentes retos, separando o pinhão e a roda, obtemos os
seguintes diagramas de corpo livre:

Em consonância com a nomenclatura apresentada anteriormente, a força 𝐹21 denota a ação que
a roda exerce sobre o pinhão, a qual atua no ponto primitivo, na direção da linha de
engrenamento e no sentido contrário ao sentido de rotação do pinhão.
Da análise do engrenamento tem-se que:
2𝜋𝑛1 𝑡
𝑡 𝑑1 60𝑃1 𝑟 𝑡 𝐹21
𝑀1 = 𝐹21 𝑡
𝐹21 = 𝑃1 = 𝑀1 𝜔1 𝜔1 = 𝐹21 = 𝐹21 tan 𝛼 𝑟
𝐹21 =
2 𝜋𝑑1 𝑛1 60 cos 𝛼

9
Diagramas do Corpo Livre de um Engrenamento de
Dentado Reto
Na representação da figura (a) o pinhão roda no sentido indireto, ao passo que na representação
da figura (b) o pinhão roda no sentido
Deve referir-se que a definição do sentido de rotação do órgão motor é importante no correto
estabelecimento do sentido de atuação das forças de engrenamento, nomeadamente no caso
das engrenagens de dentes inclinados e engrenagens de parafuso sem-fim.

10
Diagramas do Corpo Livre de um Engrenamento de
Dentes Inclinados
Da análise de forças numa engrenagem de dentes inclinados e atendendo a que o ponto de
contacto pertence à hélice primitiva, pode escrever-se que:

𝐹 𝑟 = 𝐹 sin 𝛼𝑛 𝐹 𝑡 = 𝐹 cos 𝛼𝑛 cos 𝛽 𝐹 𝑎 = 𝐹 cos 𝛼𝑛 sin 𝛽

em que 𝐹 representa a força total que se


desenvolve no contacto e 𝐹 𝑟 , 𝐹 𝑡 e 𝐹 𝑎 dizem
respeito às componentes radial, tangencial e
axial, respetivamente.
Pode-se ainda escrever que:
60𝑃
𝐹𝑡 =
𝜋𝑑𝑛
𝐹 𝑎 = 𝐹 𝑡 tan 𝛽
tan 𝛼𝑛
𝐹 𝑟 = 𝐹 𝑡 tan 𝛼𝑡 = 𝐹 𝑡
cos 𝛽
𝐹𝑡
𝐹=
cos 𝛼𝑛 cos 𝛽
11
Diagramas do Corpo Livre de um Engrenamento de
Dentes Inclinados
Os sentidos das forças que se desenvolvem em engrenagens cilíndricas de dentes inclinados são
em função do sentido de rotação do órgão motor e do tipo de hélice.

12
Diagramas do Corpo Livre de um Engrenamento de
Dentes Inclinados
O sentido da hélice (esquerda ou direita) influenciará o sentido de atuação da força axial.
As rodas dentadas helicoidais podem ser esquerdas ou direitas, conforme a inclinação dos
dentes ou hélices.
A direção das hélices das rodas de dentes helicoidais é definida pela regra da mão direita.

13
Forças em Engrenagens Cónicas
Em engrenagens exteriores cónicas de dentes retos, as forças de engrenamento, decompõem-se
nas suas componentes tangencial, radial e axial:

𝐹 = 𝐹𝑡 + 𝐹𝑟 + 𝐹𝑎

O estabelecimento das direções e sentidos


de atuação das componentes tangencial e
radial no caso das engrenagens cónicas de
dentes retos é em tudo semelhante ao
procedimento apresentado para as
engrenagens cilíndricas de dentes retos.
A componente axial da força de
engrenamento atua sempre no sentido de
promover a compressão das superfícies dos
dentes.
Na dinâmica de engrenagens cónicas de
dentes retos é frequente considerar se que a
força resultante atua perpendicularmente à
superfície do dente no ponto médio situado
no cone primitivo.

14
Forças em Engrenagens Cónicas
Tal como no caso das engrenagens cilíndricas, nas engrenagens cónicas as componentes radial e
axial da força de engrenamento são expressas em função da força tangencial ou transmitida e da
geometria das rodas. Assim, relembre-se que:
60𝑃
𝐹𝑡 =
𝜋𝑑𝑚 𝑛
Em que 𝑑𝑚 representa o diâmetro médio da
roda no cone primitivo definido do seguinte
modo:
𝑑𝑚 = 𝑑 − 𝑏 sin 𝛿

𝐹 𝑟 = 𝐹 𝑡 tan 𝛼 cos 𝛿

𝐹 𝑎 = 𝐹 𝑡 tan 𝛼 sin 𝛿
𝐹𝑡
𝐹=
cos 𝛼

15
Forças em Engrenagens Cónicas
A direção das forças de engrenamento em engrenagens cónicas, são dependentes dos sentidos
de rotação da roda e pinhão, como se pode constatar no exemplo das rodas cónicas de dentes
retos em que o ângulo de conicidade é igual a 90º.
Neste caso, o pinhão é o órgão motor e roda no sentido direto em (a) e indireto em (b).
Pode-se então escrever que:

𝑡 𝑡
𝐹12 = 𝐹21
𝑟 𝑎
𝐹12 = 𝐹21

𝑎 𝑟
𝐹12 = 𝐹21

16
Forças em Engrenagens de Parafuso Sem-Fim
Em geral, no funcionamento das engrenagens verifica se um misto de rolamento e de
deslizamento entre os flancos dos dentes do pinhão e da roda. Assim, durante o engrenamento
entre os perfis conjugados dos dentes de uma engrenagem desenvolvem se forças de atrito que
atuam perpendicularmente à linha de engrenamento, tal como se representa na figura abaixo.
Deve relembrar-se que o movimento de rolamento puro apenas acontece no ponto primitivo.
Contudo, pode dizer-se que o movimento entre os flancos em contacto é fundamentalmente de
rolamento.

17
Forças em Engrenagens de Parafuso Sem-Fim
Na perspetiva cónica da figura abaixo estão representadas as diversas componentes das forças
que se desenvolvem no engrenamento de uma engrenagem de parafuso sem-fim roda
helicoidal, em que o parafuso é órgão motor. Atente-se ao facto de que a força de engrenamento
𝐹, que atua perpendicularmente à superfície dos filetes, origina uma força de atrito 𝜇𝐹. Esta
força de atrito pode ser dividida em duas componentes ortogonais entre si, tal como se observa
na figura abaixo, ou seja:

𝜇𝐹 sin 𝛽1 𝜇𝐹 cos 𝛽1
Da figura do lado vem que:

𝐹 𝑡 = 𝐹 cos 𝛼𝑛 𝑐𝑜𝑠𝛽1 + 𝜇 sin 𝛽1


𝐹 𝑟 = 𝐹 sin 𝛼𝑛
𝐹 𝑎 = 𝐹 cos 𝛼𝑛 sin 𝛽1 − 𝜇 cos 𝛽1
Tal como acontece nas demais engrenagens,
nos parafusos sem-fim a força tangencial ou
útil pode ser determinada do seguinte
modo:
60𝑃
𝐹𝑡 =
𝜋𝑑𝑛
18
Forças em Engrenagens de Parafuso Sem-Fim
A figura abaixo mostra os sentidos de atuação das forças que se desenvolvem no parafuso sem-
fim e na roda helicoidal em função do sentido de rotação do órgão motor, que é o parafuso sem-
fim, e da inclinação dos dentes do parafuso e da roda.
Pode dizer-se que a análise das forças que se desenvolvem nas engrenagens de parafuso sem-
fim é idêntica à que se apresentou para as engrenagens cilíndricas de dentes inclinados.

Deve salientar-se que no caso em que os eixos


do parafuso sem-fim e da roda helicoidal
fazem um ângulo de 90º entre si, são válidas as
seguintes relações:

𝑡 𝑎
𝐹12 = 𝐹21
𝑟 𝑟
𝐹12 = 𝐹21

𝑎 𝑡
𝐹12 = 𝐹21

19
Flexão no dente – Equação de Lewis
A equação de Wilfred Lewis serve para estimativa das tensões de flexão derivadas das forças de
engrenamento.
Esta equação é obtida, equivalendo o dente a uma viga encastrada equivalente

𝑀𝑐 6𝑊𝑡 𝑙
𝜎= ⟺ 𝜎=
𝐼 𝐹𝑡 2

20
Flexão no dente – Equação de Lewis
Pela dedução da equação de Lewis é possível então relacionar as tensões de flexão com a
geometria do dente e cargas de transmissão:

𝑊𝑡 𝐹ou 𝑏 é a largura do dente


𝜎= 𝑊 𝑡 ou 𝐹 𝑡 é a força tangencial ou útil
𝐹. 𝑚. 𝑌
𝑌 é o fator de forma

𝑡2
𝑌= O fator de forma é um valor tabelado para
4𝑙 𝛼 = 20° dependendo do número de dentes

21
Flexão no dente – Equação de Lewis
Da equação de Lewis é possível constatar que apenas se considera os esforços de transmissão
(que causam flexão), desprezando a componente radial de compressão.

A aplicação da equação de Lewis tem as seguintes considerações:


• Considera-se que o dente não compartilha o carregamento e que a máxima força é exercida
no fim do dente;
• Como a razão de contato pode ser maior do que 1, cerca de 1.5, é desconsiderado o efeito de
distribuição do carregamento
• Mesmo que a engrenagem seja perfeitamente fabricada, assumir que o carregamento
máximo ocorre na parte superior do dente é ser conservativo, pois mais de um dente deve
estar em contato, reduzindo o carregamento

22
Flexão no dente – Efeito dinâmico
O fenómeno de engrenamento é um fenómeno dinâmico e como tal a velocidade terá impacto
no carregamento em engrenamento.
Para contemplar o efeito acrescenta-se um fator de correção, denominado, fator de correção
dinâmico, 𝐾𝑣 .
A equação então fica:

𝐾𝑣 𝑊 𝑡
𝜎=
𝐹. 𝑚. 𝑌

Este fator de correção é dependente da velocidade axial (em 𝑚/𝑠) no ponto primitivo e do
processo de fabrico / material das rodas dentadas.

3.05 + 𝑉 Ferro fundido / Rodas 3.56 + 𝑉 Dentes gerados ou moldados


𝑘𝑣 = obtidas por fundição 𝑘𝑣 = (hobbing e Shapping)
3.05 3.56

6.1 + 𝑉 5.56 + 𝑉
𝑘𝑣 = Dentes fresados 𝑘𝑣 = Dentes gerados e retificados
6.1 5.56

23
Flexão no dente – Fator de concentração de tensões
Dada a forma dos dentes e as transições de secção, forma-se concentrações de tensões na raiz
dos dentes. Este será relevante na consideração da resistência à fadiga do dente.
Através de análises de fotoelasticidade foi possível estabelecer uma relação entre a geometria
dos dentes e o fator de concentração de tensões:
𝑡 𝐿 𝑡 𝑀
𝐾𝑓 = 𝐻 +
𝑟 𝑙
onde:
𝐻 = 0.34 − 0.458 366 2𝛼
𝐿 = 0.316 − 0.458 366 2𝛼

𝑀 = 0.29060.458 366 2𝛼
2
𝑏 − 𝑟𝑓
𝑟=
𝑑Τ2 + 𝑏 − 𝑟𝑓

onde 𝛼 é o ângulo de pressão, 𝑟𝑓 é o raio de


filete.

24
Durabilidade de superfície
Um outro modo de falha que pode ocorrer é desgaste dos dentes derivado do contacto. Com
base na teoria de Hertz aplicada ao contacto de dois dentes de engrenagens temos que a
resistência a este fenómeno é dado por:
1Τ2
𝐾𝑣 𝑊 𝑡 1 1
𝜎𝑐 = −𝐶𝑝 +
𝐹 cos 𝛼 𝑟1 𝑟2

onde 𝐶𝑝 é o coeficiente elástico, 𝐹 a força de compressão entre os dois cilindros, 𝐾𝑣 o fator de


correção dinâmico, 𝑊 𝑡 a força útil ou tangencial e 𝑟1 e 𝑟2 os raios das primitivas.

25
Critérios AGMA
A American Gear Manufacturers Association (AGMA), estabeleceu uma metodologia para
dimensionamento de engrenagens.
Inclui análise a dois modos de falha (por flexão ou por contato). Usa fatores de correção para
contabilizar diversas situações. Toma por base as equações de Lewis e de Barth.

Tensões de flexão: Tensões de contato:

1 𝐾𝐻 𝐾𝐵 𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎 = 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠 𝜎 = 𝑍𝐸 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠
𝑏 𝑚𝑡 𝑌 𝑑𝑤1 𝑏 𝑍𝑙

26
Critério AGMA de Tensão
Os fatores de correção tentam prever todos os modos possíveis de falha.

𝑡
1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠 𝑌𝐽 Fator de forma
𝑏 𝑚𝑡 𝑌𝐽
𝑚𝑡 Módulo transverso
𝑏 Largura do dente
𝐾𝐵 Fator de espessura
𝐾𝐻 Fator de distribuição de
carga
𝐾𝑠 Fator de dimensão
𝐾𝑣 Fator dinâmico
𝐾𝑜 Fator de sobrecarga
𝑊 𝑡 Força tangencial

27
Critério AGMA de Tensão
A tensão de flexão admissível é também definida no critério AGMA

𝑡
1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠
𝑏 𝑚𝑡 𝑌𝐽

onde:

𝑆𝑡 𝑌𝑁 𝑆𝑡 Tensão de flexão admissivel (𝑁/𝑚𝑚2 )


𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑆𝐹 𝑌𝜃 𝑌𝑍 𝑌𝜃 Fator de temperatura
𝑌𝑍 Fator de fiabilidade
𝑌𝑁 Fator de duração à flexão
𝑆𝐹 Fator de segurança

O Critério de falha é se esta tensão de flexão total ultrapassar a capacidade de carga à flexão em
fadiga estabelecida pela AGMA.

28
Resistência em virtude de material e dureza
Dentes em aço com núcleo totalmente endurecido:

29
Resistência à fadiga em virtude de material e dureza
Engrenagens de aço endurecido nitretado

30
Resistência à fadiga em virtude de material e dureza
Engrenagens de aço de nitretação

31
Critério AGMA de Compressão
O carregamento cíclico, leva à falha por pitting, derivado da ação cíclica das tensões de contato
que geram fadiga de contato. Neste critério, para além dos critérios utilizados na flexão, no
contacto adiciona-se os seguintes

𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎 = 𝑍𝐸 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠 𝑍𝐸 Coeficiente elástico
𝑑𝑤1 𝑏 𝑍𝐼
𝑍𝑅 Fator de qualidade superficial
𝑑𝑤1 Diâmetro do passo do pinhão
𝑍𝐼 Fator de resistência para pitting

32
Critério AGMA de Compressão
Define-se também a tensão de contato admissível

𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎 = 𝑍𝐸 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠
𝑑𝑤1 𝑏 𝑍𝐼

onde:
𝑆𝑐 𝑍𝑁 𝑍𝑊
𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑆𝑐 Tensão de contato admissível (𝑁/𝑚𝑚2 )
𝑆𝐻 𝑌𝜃 𝑌𝑍
𝑍𝑁 Fator de duração ao contacto
𝑍𝑊 Fator de dureza
𝑌𝜃 Fator de temperatura
O Critério de falha é se esta tensão de
𝑌𝑍 Fator de fiabilidade
contato total ultrapassar a capacidade
de carga em contacto à fadiga. 𝑆𝐻 Fator de segurança em contato

33
Resistência à fadiga em virtude de material e dureza
Capacidade de carga em contacto à fadiga para 107 ciclos e fiabilidade de 99%
Gear Contact Strength,2 Sc , psi
Minimum Surface
Material Designation Heat Treatment Hardness1 Grade 1 Grade 2 Grade 3
Through- See Fig. 14–5 See Fig. 14–5 See Fig. 14–5 —
3
Steel hardened 4
Flame5 or 50 HRC 170 000 190 000 —
induction 54 HRC 175 000 195 000 —
hardened5
Carburized and See Table 9* 180 000 225 000 275 000
hardened5
Nitrided5 83.5 HR15N 150 000 163 000 175 000
(through 84.5 HR15N 155 000 168 00 180 000
hardened steels)
2.5% chrome Nitrided5 87.5 HR15N 155 000 172 000 189 000
(no aluminum)
Nitralloy 135M Nitrided5 90.0 HR15N 170 000 183 000 195 000
Nitralloy N Nitrided5 90.0 HR15N 172 000 188 000 205 000
2.5% chrome Nitrided5 90.0 HR15N 176 000 196 000 216 000
(no aluminum)

34
Resistência à fadiga em virtude de material e dureza
Material Heat Typical Minimum Surface Gear Bending
Material Designation1 Treatment Hardness2 Strength,3
ASTM A48 gray Class 20 As cast — 50 000–60 000
cast iron
Class 30 As cast 174 HB 65 000–75 000

Class 40 As cast 201 HB 75 000–85 000

ASTM A536 Grade 60–40–18 Annealed 140 HB 77 000–92 000


ductile
(nodular) Iron
Grade 80–55–06 Quenched and 179 HB 77 000–92 000
tempered
Grade 100–70–03 Quenched and 229 HB 92 000–112 000
tempered
Grade 120–90–02 Quenched and 269 HB 103 000–126 000
tempered
Bronze — Sand cast Minimum tensile strength 30 000
40 000 psi
ASTM B-148 Alloy Heat treated Minimum tensile strength 65 000
954 90 000 psi

35
Resistência à fadiga em virtude de material e dureza
Engrenagens em aço com núcleo totalmente endurecido:

36
Fator Dinâmico 𝐾𝑣
➢ O fator dinâmico tenta compensar erros de fabrico e operação
➢ Os principais erros observados são:
• Erros geométricos e dimensionais nos dentes resultantes do fabrico
• Vibração do dente durante o engrenamento devido a sua rigidez
• Intensidade da velocidade na linha de pitch
• Desbalanceamento do elementos em rotação
• Desgaste e deformação plástica na face de contato
• Desalinhamentos lineares e angulares, resultantes da flexão dos eixos
• Atrito nos dentes
➢ Para compensar estes erros a AGMA definiu graus de qualidade 𝑄𝑉 quality numbers
➢ Estes definem as tolerâncias para engrenagens de diversos tamanhos
➢ Graus de 3 a 7 engrenagens comerciais
➢ Graus de 8 a 12 engrenagens de precisão

37
Fator Dinâmico 𝐾𝑣
As equações de fator dinâmico, tendo em conta o grau de qualidade:

𝐵
𝐴 + 200𝑉
𝐾𝑣 =
𝐴

𝐴 = 50 + 56 1 − 𝐵

2ൗ
𝐵 = 0.25 + 56 12 − 𝑄𝑣 3

2
𝐴 + 𝑄𝑣 − 3
𝑉=
200

38
Fator de Sobrecarga 𝐾𝑂
Serve para contabilizar a possibilidade de aumentos súbitos da carga tangencial devido às
aplicações em causa.
Há valores recomendados:

Table of Overload Factors, Ko


Driven Machine
Power source Uniform Moderate shock Heavy shock

Uniform 1.00 1.25 1.75


Light shock 1.25 1.50 2.00
Medium shock 1.50 1.75 2.25

39
Fator de Distribuição de Carga 𝐾𝐻
O fator de distribuição de carrega modifica as equações de tensões de forma a refletir uma
distribuição não uniforme ao longo da linha de contato

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐 𝐶𝑝𝑓 𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎 𝐶𝑒

Fator de correção do alinhamento da malha


Fator de alinhamento da malha
Fator modificador da proporção do pinhão
Fator de proporção do pinhão
Fator de correção da carga

1 for uncrowned teeth


Cmc = (14 - 31)
0.8 for crowned teeth

40
Fator de Distribuição de Carga 𝐾𝐻
O fator de distribuição de carrega modifica as equações de tensões de forma a refletir uma
distribuição não uniforme ao longo da linha de contato

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐 𝐶𝑝𝑓 𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎 𝐶𝑒

Fator de proporção do pinhão

𝑏
− 0.0025 𝑏 ≤ 25.4 𝑚𝑚 (1 𝑝𝑜𝑙. )
10𝑑
𝑏
𝐶𝑝𝑓 = − 0.0375 + 0.0125𝑏 25.4 < 𝑏 ≤ 431.8 𝑚𝑚 (17 𝑝𝑜𝑙. )
10𝑑
𝑏
− 0.1109 + 0.0207𝑏 − 0.000228𝑏2 431.8 < 𝑏 ≤ 1016 𝑚𝑚 (40 𝑝𝑜𝑙. )
10𝑑

onde:
𝑏 largura da face do dente
𝑑 diâmetro do primitivo

41
Fator de Distribuição de Carga 𝐾𝐻
O fator de distribuição de carrega modifica as equações de tensões de forma a refletir uma
distribuição não uniforme ao longo da linha de contato

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐 𝐶𝑝𝑓 𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎 𝐶𝑒

Fator modificador da proporção do pinhão

𝑆1
1 < 0.175
𝐶𝑝𝑚 = 𝑆
𝑆1
1.1 ≥ 0.175
𝑆

42
Fator de Distribuição de Carga 𝐾𝐻
O fator de distribuição de carrega modifica as equações de tensões de forma a refletir uma
distribuição não uniforme ao longo da linha de contato
Fator de precisão da montagem
𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐 𝐶𝑝𝑓 𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎 𝐶𝑒

Fator de alinhamento da malha

2
𝑏 𝑏
𝐶𝑚𝑎 =𝐴+𝐵 +𝐶
25.4 25.4

Condition A B C
Open gearing 0.247 0.0167 −0.765(10−4)
Commercial, enclosed units 0.127 0.0158 −0.930(10−4)
Precision, enclosed units 0.0675 0.0128 −0.926(10−4)
Extraprecision enclosed gear units 0.00360 0.0102 −0.822(10−4)

43
Fator de Distribuição de Carga 𝐾𝐻
Fator de alinhamento da malha, pode ser representado graficamente.
2
𝑏 𝑏
𝐶𝑚𝑎 =𝐴+𝐵 +𝐶
25.4 25.4

44
Fator de Distribuição de Carga 𝐾𝐻
O fator de distribuição de carrega modifica as equações de tensões de forma a refletir uma
distribuição não uniforme ao longo da linha de contato

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐 𝐶𝑝𝑓 𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎 𝐶𝑒

Fator de correção do alinhamento da malha

0.8 para engrenagens ajustadas na montagem


𝐶𝑒 = ቊ
1 para qualquer outra condição

45
Fator de Dimensão 𝐾𝑠
Contabiliza o efeito de dimensão e não unifomidade das propriedades de material na fadiga para
componentes de grandes dimensões.

0.0535
𝑏 𝑌
𝐾𝑠 = 1.192 𝑃

Para engrenagens normais a AGMA recomenda a adoção de valor unitário

𝐾𝑠 = 1

46
Fator de Espessura 𝑲𝑩
O Fator de espessura da curvatura 𝐾𝐵 , ajusta as estimativas da tensão de flexão (para
engrenagens de espessuras curvatura fina).
Depende do fator 𝑚𝐵

47
Fator Geométrico para flexão 𝒀𝑱
Contabiliza o efeito da forma do dente na tensão de flexão.
Inclui:
• Um fator de forma da equação Lewis modificado 𝑌 (𝑌 e 𝑍 listado nos standards AGMA)
• Fator de concentração de tensões 𝐾𝑓
• Razão de carregamento 𝑚𝑁

𝑌
𝑌𝐽 =
𝐾𝑓 𝑚𝑁
𝑝𝑁 Para engrenagens de
𝑚𝑁 =
0.95𝑍 dente reto 𝑚𝑁 =1

Onde:
𝑝𝑁 é o passo normal
𝑍 comprimento da linha de ação no
plano transversal

48
Fator de resistência para pitting 𝒁𝑰
Este fator é relativo à resistência para pitting dependendo da geometria

cos 𝛼𝑡 sin 𝛼𝑡 𝑚𝐺
engrenagens externas
2 𝑚𝑁 𝑚𝐺 + 1
𝑍𝐼 =
cos 𝛼𝑡 sin 𝛼𝑡 𝑚𝐺
engrenagens internas
2 𝑚𝑁 𝑚𝐺 − 1
Diâmetro primitivo da roda
𝑝𝑁 𝑁𝐺 𝑑𝐺
𝑚𝑁 = 𝑚𝐺 = =
0.95𝑍 Diâmetro primitivo do pinhão
𝑁𝑃 𝑑𝑃

Para engrenagens de dente


reto 𝑚𝑁 =1 Razão de condução

Para engrenagens de
dentes inclinados verificar
os gráficos AGMA

49
Coeficiente elástico 𝒁𝑬
Da relação das equações de Lewis e Barth para contacto como discutido anteriormente

1ൗ
1 2
𝑍𝐸 =
1 − 𝜈𝑃2 1 − 𝜈𝐺2
𝜋 𝐸𝑃 + 𝐸𝐺

Pinion Pinion Modulus of Steel 30 × 106 Malleable Iron 25 × Nodular Iron 24 × Cast Iron 22 × Aluminum Bronze 17.5 Tin Bronze 16 ×
Material Elasticity Ep (MPa)* (2 × 105) 106 (1.7 × 105) 106 (1.7 × 105) 106 (1.5 × 105) × 106 (1.2 × 105) 106 (1.1 × 105)
Steel (2 × 105) (191) (181) (179) (174) (162) (158)

Malleable (1.7 × 105) (181) (174) (172) (168) (158) (154)


iron
Nodular (1.7 × 105) (179) (172) (170) (166) (156) (152)
iron
Cast iron (1.5 × 105) (174) (168) (166) (163) (154) (149)

Aluminum (1.2 × 105) (162) (158) (156) (154) (145) (141)


bronze
Tin bronze (1.1 × 105) (158) (154) (152) (149) (141) (137)

50
Fator de qualidade superficial 𝒁𝑹
Serve para contabilizar o efeito negativo de qualidade superficial inferior.
Atualmente a AGMA não indica valores para este fator devendo ser tomado como 1 para
engrenagens comerciais.

𝑍𝑅 = 1

O Fator de condicionamento de superfície 𝑍𝑅 é utilizado apenas na equação de durabilidade


superficial.

𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎 = 𝑍𝐸 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠
𝑑𝑤1 𝑏 𝑍𝐼

A validade destas equações depende:


• do acabamento superficial, não somente as características topográficas do (ex. shaving,
retificado, lapidado)
• Tensão residual
• Deformação plástica (endurecimento) devido ao uso
51
Fator de dureza 𝒁𝑾
Dado que a pinhão é sujeito a mais ciclos que a roda, este é normalmente mais duro.
Este fator contabiliza a diferença de dureza entre o pinhão e roda em contacto.
Este fator aplica-se á roda, sendo 1 para o pinhão.
Então para a roda fica:

𝑍𝑊 = 1 + 𝐴´ 𝑚𝑔 − 1

𝐻𝐵𝑃 𝐻𝐵𝑃
𝐴´ = 8.98 × 10−3 − 8.29 × 10−3 1.2 ≤ ≤ 1.7
𝐻𝐵𝐺 𝐻𝐵𝐺
𝐻𝐵𝑃
𝐴´ = 0 < 1.2
𝐻𝐵𝐺
𝐻𝐵𝑃
𝐴´ = 0.00698 > 1.7
𝐻𝐵𝐺

52
Fatores de relação tensão / fadiga 𝒀𝑵 e 𝒁𝑵
Os valores admissíveis para flexão e contato são calculados por defeito para 107 ciclos.
Os fatores 𝑌𝑁 e 𝑍𝑁 servem para corrigir no caso de ser pretendido outras vidas de
funcionamento.
Para o caso de tensão em flexão, 𝑌𝑁 :

53
Fatores de relação tensão / fadiga 𝒀𝑵 e 𝒁𝑵
Os valores admissíveis para flexão e contato são calculados por defeito para 107 ciclos.
Para o caso de tensão devido ao contato, 𝑍𝑁 :

54
Fator de confiabilidade 𝒀𝒁
Fator de confiabilidade contabiliza o efeito da probabilidade estatística de falha do material na
fadiga.
As “resistências” 𝑆𝑡 e 𝑆𝑐 estão baseadas numa grau de confiabilidade de 99%, este fator corrige
para outros graus de confiabilidade.

0.658 − 0.0759 ln(1 − R) 0.5  R  0.99


𝑌𝑍 = K R =  (14 - 38)
0.50 − 0.109 ln(1 − R) 0.99  R  0.9999

Reliability KR(YZ)
0.9999 1.50
0.999 1.25
0.99 1.00
0.90 0.85
0.50 0.70
Source: ANSI/AGMA 2001-D04.

55
Fator de temperatura 𝒀𝜽
Critério para compensar temperaturas de serviço elevadas.
Não estabelecido na AGMA.
Para engrenagens em situações normais com temperatura de serviço até 120ºC

𝑌𝜃 = 1

Para temperaturas superiores, deve-se incluir formas de transferência de calor, para garantir o
correto funcionamento dos órgãos mecânicos.

56
Exemplo

6. Um conjunto de roda pinhão tem 17 e 52 dentes, módulo 2.5 mm e largura de dente de 38


mm. O pinhão roda a 1800 rpm e transmite 2980 w. O grau de qualidade das engrenagens é
6 e estão montadas em plataforma com rolamentos imediatamente adjacentes. O pinhão é
de aço grau 1 com dureza de 240 Brinell na superfície do dente e núcleo totalmente
endurecido. A roda é de também de material grau 1 e núcleo totalmente endurecido e com
dureza superficial de 200 Brinell. Os aços têm um Módulo de Young de 207 GPa e Coeficiente
de Poisson de 0.3. Os fatores de forma são 𝑌𝐽𝑝 = 0.3 e 𝑌𝐽𝑔 = 0.4. O carregamento é suave
derivado do motor e carga. Os dentes das engrenagens são sem coroamento. O
engrenamento é fechado. Assuma-se uma vida de 108 ciclos e uma confiabilidade de 0.90,
𝑌𝑁 = 1.3558𝑁 −0.0178 , 𝑍𝑁 = 1.4488𝑁 −0.023

a) Qual o fator de segurança em flexão?


b) Qual o fator de segurança em desgaste?
c) Tendo em conta os valores qual o maior risco de falha para cada
elemento de transmissão deste conjunto?

57
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

𝑆𝑡 𝑌𝑁
𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑆𝐹 𝑌𝜃 𝑌𝑍

Começando por determinar a velocidade do primitivo e carga útil:

𝑑𝑃 = 𝑍. 𝑚 = 17 × 2.5 = 42.5 𝑚𝑚 𝑑𝐺 = 𝑍. 𝑚 = 52 × 2.5 = 130 𝑚𝑚

𝑉 = 𝜋𝑑𝑃 𝑛𝑝 = 𝜋 × 42.5 × 1800 = 240 331.84 𝑚𝑚Τ𝑚𝑖𝑛 = 4 𝑚Τ𝑠

𝑡
𝑃 2980
𝐹21 = = = 744 𝑁
𝑉 4

58
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

Nada é referido sobre sobrecarga então assumimos 𝐾𝑜 = 1. Para 𝐾𝑣 , sabemos que 𝑄𝑣 = 6

2ൗ 2ൗ
𝐵 = 0.25 + 56 12 − 𝑄𝑣 3 = 0.25 + 56 12 − 6 3 = 0.8255

𝐴 = 50 + 56 1 − 𝐵 = 50 + 56 1 − 0.8255 = 59.77

𝐵 0.8255
𝐴 + 200𝑉 59.77 + 200 × 4
𝐾𝑣 = = = 1.377
𝐴 59.77

59
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

Para determinar o fator de dimensão 𝐾𝑠 , usamos os fatores de forma

𝑌𝑃 = 0.303

Interpolação linear para obter 𝑌𝐺

𝑥 − 𝑥1 𝑦2 − 𝑦1
𝑦 = 𝑦1 +
𝑥2 − 𝑥1

52 − 50 0.422 − 0.409
𝑌𝐺 = 0.409 + = 0.412
60 − 50
0.0535
𝑏 𝑌
𝐾𝑠 = 1.192 𝑃
0.0535
38 0.303
𝐾𝑠 𝑃 = 1.192 = 1.04
25.42

𝐾𝑠 𝐺 = 1.05

60
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

Para determinar o Fator de distribuição de carga 𝐾𝐻 , usamos os fatores de forma

𝐾𝐻 = 1 + 𝐶𝑚𝑐 𝐶𝑝𝑓 𝐶𝑝𝑚 + 𝐶𝑚𝑎 𝐶𝑒

𝐶𝑚𝑐 = 1 Dentes sem coronamento

𝑏 38 38
𝐶𝑝𝑓 = − 0.0375 + 0.0125𝑏 = − 0.0375 + 0.0125 × = 0.0706
10𝑑 10 × 42.5 25.4
𝐶𝑝𝑚 = 1 Rolamentos adjacentes

𝐶𝑚𝑎 = 0.15 Engrenamento fechado


𝐶𝑒 = 1

𝐾𝐻 = 1.22

61
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

Assumindo espessura constante 𝐾𝐵 = 1. 𝑌𝑁 Fator de duração à flexão, calcula-se para 108


ciclos. Para a roda 108 /𝑚𝐺

𝑁 52
𝑚𝐺 = 𝑁𝐺 = 17 = 3.059
𝑃

𝑌𝑁 𝑃 = 1.3558 108 −0.0178


= 0.977
−0.0178
108
𝑌𝑁 𝐺 = 1.3558 = 0.996
3.059

Para uma fiabilidade de 0.9, consultando a tabela da AGMA, 𝑌𝑍 = 0.85. Assumimos


temperatura normal de serviço, 𝑌𝜃 = 1. Engrenagens são de dentes retos, 𝑚𝑛 = 1.

cos 𝛼𝑡 sin 𝛼𝑡 𝑚𝐺
engrenagens externas
2 𝑚𝑁 𝑚𝐺 + 1
𝑍𝐼 = 𝑍𝐼 = 0.121
cos 𝛼𝑡 sin 𝛼𝑡 𝑚𝐺
engrenagens internas
2 𝑚𝑁 𝑚𝐺 − 1

62
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

𝑆𝑡 𝑃 = 0.5330 240 + 88.3 = 216.22 𝑀𝑃𝑎

𝑆𝑡 𝐺 = 0.5330 200 + 88.3 = 194.9 𝑀𝑃𝑎

𝑆𝑐 𝑃 = 2.22 240 + 200 = 732.8 𝑀𝑃𝑎


𝑆𝑐 𝐺 = 2.22 200 + 200 = 644 𝑀𝑃𝑎

63
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

𝑍𝑁 𝑃 = 1.4488 108 = 0.948


𝑍𝑁 𝐺 = 1.4488 108 /3.059 = 0.973

64
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?
𝐻𝐵𝑃 240
Para o fator de dureza 𝑍𝑊 , tomamos em atenção a relação de durezas = = 1.2
𝐻𝐵𝐺 200

𝑍𝑊 = 1 + 𝐴´ 𝑚𝑔 − 1

𝐻𝐵𝑃
𝐴´ = 8.98 × 10−3 − 8.29 × 10−3
𝐻𝐵𝐺

𝐴´ = 8.98 × 10−3 1.2 − 8.29 × 10−3 = 0.00249

𝑍𝑊 = 1.005

65
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

Subsistindo agora na equação para a capacidade de carga à flexão no pinhão

1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠
𝑏 𝑚𝑡 𝑌𝐽

1 1.22 1
𝜎 𝑃 = 743.97 1 1.377 1.043 = 47 725.69 𝑘𝑃𝑎
38 2.5 1000 0.3

𝑆𝑡 𝑌𝑁
𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑆𝐹 𝑌𝜃 𝑌𝑍

216.22(1000)(0.977)/[1 0.85 ]
𝑆𝐹 𝑃 = = 5.43
45 725.69

66
Exemplo
a) Qual o fator de segurança em flexão?

Subsistindo agora na equação para a capacidade de carga à flexão na roda

1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠
𝑏 𝑚𝑡 𝑌𝐽

1 1.22 1
𝜎 𝐺 = 743.97 1 1.377 1.052 = 34 577 𝑘𝑃𝑎
38 2.5 1000 0.4

𝑆𝑡 𝑌𝑁
𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑆𝐹 𝑌𝜃 𝑌𝑍

149.9(1000)(0.996)/[1 0.85 ]
𝑆𝐹 𝐺 = = 6.6
34 577

67
Exemplo
b) Qual o fator de segurança em desgaste?

Subsistindo agora na equação para a capacidade de carga em contacto

𝐾𝐻 𝑍𝑅 𝑆𝑐 𝑍𝑁 𝑍𝑊
𝜎 = 𝑍𝐸 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠 𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑑𝑤1 𝑏 𝑍𝐼 𝑆𝐻 𝑌𝜃 𝑌𝑍

Pinion Pinion Modulus of Steel 30 × 106 Malleable Iron 25 × Nodular Iron 24 × Cast Iron 22 × Aluminum Bronze 17.5 Tin Bronze 16 ×
Material Elasticity Ep (MPa)* (2 × 105) 106 (1.7 × 105) 106 (1.7 × 105) 106 (1.5 × 105) × 106 (1.2 × 105) 106 (1.1 × 105)
Steel (2 × 105) (191) (181) (179) (174) (162) (158)

Malleable (1.7 × 105) (181) (174) (172) (168) (158) (154)


iron
Nodular (1.7 × 105) (179) (172) (170) (166) (156) (152)
iron
Cast iron (1.5 × 105) (174) (168) (166) (163) (154) (149)

Aluminum (1.2 × 105) (162) (158) (156) (154) (145) (141)


bronze
Tin bronze (1.1 × 105) (158) (154) (152) (149) (141) (137)

𝑍𝐸 = 191 𝑀𝑃𝑎

68
Exemplo
𝑆𝑐 𝑍𝑁 𝑍𝑊
b) Qual o fator de segurança em desgaste? 𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑆𝐻 𝑌𝜃 𝑌𝑍
Subsistindo agora na equação para a capacidade de carga em contacto para o pinhão

𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠
𝑑𝑤1 𝑏 𝑍𝐼

1.22 1
𝜎𝑐 𝑃 = 191 1000 743.94 1 1.377 1.043 = 493 024 𝑘𝑃𝑎
42.5 38 0.121

𝑆𝑐 𝑍𝑁 𝑍𝑊 732.8(1000)(0.948)
𝑆𝐻 𝑃 = = = 1.66
𝜎𝑐 𝑌𝜃 𝑌𝑍 493 024 1 0.85

69
Exemplo
𝑆𝑐 𝑍𝑁 𝑍𝑊
b) Qual o fator de segurança em desgaste? 𝜎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =
𝑆𝐻 𝑌𝜃 𝑌𝑍
Subsistindo agora na equação para a capacidade de carga em contacto para a roda

𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎𝑐 = 𝑍𝐸 𝑊 𝑡 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑠
𝑑𝑤1 𝑏 𝑍𝐼

1.22 1
𝜎𝑐 𝐺 = 191 1000 743.94 1 1.377 1.052 = 495 055 𝑘𝑃𝑎
42.5 38 0.121

𝑆𝑐 𝑍𝑁 𝑍𝑊 644 1000 0.973 1.005


𝑆𝐻 𝐺 = = = 1.50
𝜎𝑐 𝑌𝜃 𝑌𝑍 495 055 1 0.85

70
Exemplo
c) Tendo em conta os valores qual o maior risco de falha para cada elemento de transmissão
deste conjunto?

Como o critério de falha por contacto é dado pela raiz quadrada do tensão corrigida e o
critério de falha por flexão é dado pela tensão corrigida à flexão, então, devemos comparar o
fator de segurança em flexão pelo fator de segurança em contacto ao quadrado.
Comparando então os fatores para o pinhão e para a roda
𝑆𝐹 𝑃 = 5.43 e 𝑆𝐻 2𝑃 = 1.662 = 2.75, logo para o pinhão o carregamento critico é o
contacto (falha por pitting)
2
𝑆𝐹 𝐺 = 6.6 e 𝑆𝐻 𝑃 = 1.502 = 2.24
Logo, o elemento critico será a roda por falha por pitting.

71

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