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Auditoria Interna

Contabilidade e Auditoria

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE GESTÃO DE TURISMO E INFORMÁTICA

Anagénia Joel Macuacua

A ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA COMO INSTRUMENTO


DE COMBATE À CORRUPÇÃO NAS INSTITUIÇOES PÚBLICAS
MOÇAMBICANAS: ESTUDO DO CASO DA AUTORIDADE
TRIBUTÁRIA DE MOÇAMBIQUE – DELEGAÇÃO PROVINCIAL
DE CABO DELGADO (2022-2023)

PEMBA, JANEIRO DE 2025


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE GESTÃO DE TURISMO E INFORMÁTICA

ANAGÉNIA JOEL MACUACUA

A ANÁLISE DA AUDITORIA INTERNA COMO INSTRUMENTO


DO COMBATE À CORRUPÇÃO NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS
MOÇAMBICANAS: ESTUDO DO CASO DA AUTORIDADE
TRIBUTÁRIA DE MOÇAMBIQUE – DELEGAÇÃO PROVINCIAL
DE CABO DELGADO (2022-2023)

Projecto de pesquisa científica submetido à


Faculdade de Gestão de Turismo e
Informática, como condição para
elaboração de monografia científica para
obtenção do grau académico de
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria.

Supervisor: Amisse Rachide MsC

PEMBA, JANEIRO DE 2025


Índice
1. CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO OU CONTEXTO....................................4
1.1. Delimitação do Tema.............................................................................................5
1.1.1. Objecto de estudo................................................................................................5
1.1.2. Âmbito disciplinar..............................................................................................5
1.1.3. Espaço e Tempo..................................................................................................5
1.1.4. Localização da área de estudo............................................................................5
1.2. Problematização.....................................................................................................6
1.3. Objectivos...............................................................................................................7
1.3.1. Geral....................................................................................................................7
1.3.2. Específicos..........................................................................................................7
1.4. Justificativa.............................................................................................................8
2. CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO OU REFERENCIAL TEÓRICO.................9
2.1. Revisão Bibliográfica.............................................................................................9
2.1.1. Auditoria interna...............................................................................................10
2.1.2. Os objectivos da auditoria interna....................................................................10
2.1.3. Princípios da auditoria interna..........................................................................11
2.2. Definição dos termos............................................................................................11
3. CAPÍTULO III: METODOLOGIA.........................................................................12
3.1. Desenho Metodológico.........................................................................................13
3.2. Universo...............................................................................................................13
3.3. Amostra................................................................................................................13
3.4. Técnica de recolha e análise de dados..................................................................13
4. Cronologia ou cronograma e orçamento..................................................................15
4.1. Cronograma..........................................................................................................15
4.2. Orçamento............................................................................................................16
5. Referências Bibliográficas.......................................................................................17

3
1. CAPÍTULO I: CONTEXTUALIZAÇÃO OU CONTEXTO

A Auditoria Interna é um instrumento na gestão de riscos operacionais, dos controles


internos administrativos e do processo de governação corporativa proporcionando uma
razoável garantia de que tais processos funcionam de acordo com o planejado, fazendo
recomendações para a melhoria das operações da Companhia, em termos de
economicidade, eficiência, eficácia, efectividade e equidade do desempenho
organizacional.

A corrupção é um dos maiores desafios enfrentados pelas instituições públicas em


diversos países, incluindo Moçambique, onde compromete a eficiência administrativa, a
transparência e a confiança da população nos órgãos governamentais. Esse fenómeno
prejudica o desenvolvimento socioeconómico, desviando recursos que poderiam ser
destinados a áreas prioritárias, como saúde, educação e infra-estrutura. Em resposta a
esses desafios, a auditoria pública tem se destacado como uma ferramenta essencial no
combate à corrupção, promovendo a fiscalização, a transparência e a prestação de
contas nas instituições públicas.

No contexto moçambicano, a Autoridade Tributária desempenha um papel estratégico


na arrecadação de receitas que financiam as funções do Estado. Entretanto, a gestão
inadequada desses recursos, aliada a práticas corruptas, pode comprometer a eficácia da
instituição e prejudicar a arrecadação tributária. Nesse sentido, a Delegação Provincial
da Autoridade Tributária de Cabo Delgado, localizada em uma região marcada por
desafios económicos e sociais específicos, tem um papel crucial na implementação de
boas práticas de governação pública.

A auditoria interna surge como um instrumento indispensável para identificar e mitigar


irregularidades, garantindo que os recursos públicos sejam geridos de forma responsável
e eficiente. Além disso, a auditoria pode contribuir para fortalecer os mecanismos de
controlo interno, fomentar a integridade institucional e restaurar a confiança dos
cidadãos nas instituições públicas.

Este estudo busca explorar a relevância da auditoria interna como uma estratégia para
combater a corrupção nas instituições públicas moçambicanas, com foco na Delegação
Provincial da Autoridade Tributária de Cabo Delgado, no período de 2022 a 2023. A
análise visa compreender como as práticas de auditoria podem contribuir para a

4
transparência e a responsabilização, além de identificar os desafios enfrentados nesse
processo. Aqui reside o cerne da nossa pesquisa.

1.1. Delimitação do Tema

Segundo LAKATOS &MARCONI (2005, p. 220), delimitação do tema é dotado


necessariamente de um sujeito e de um objecto, o tema passa por um processo de
especificação. O processo de delimitação do tema só é dado por concluído quando se
faz a sua limitação geográfica e espacial com vistas na realização da pesquisa. As
verbas disponíveis determinam uma limitação maior do que o desejado pelo
pesquisador, mas se pretende um trabalho científico, é preferível o aprofundamento a
extensão.

1.1.1. Objecto de estudo

Segundo LAKATOS & MARCONI (2005, p. 220), constitui o local onde se responde à
pergunta o quê?

Com este tema pretende-se estudar a auditoria interna como o instrumento de combate
à corrupção em instituições públicas moçambicanas.

1.1.2. Âmbito disciplinar

No entanto, o estudo irá se centrar especificamente no âmbito da Auditoria Interna, uma


das cadeiras ministradas no 4.º ano do Curso de Licenciatura em Contabilidade e
Auditoria na Faculdade de Gestão de Turismo e Informática – UCM.

1.1.3. Espaço e Tempo

O projecto será implementado no ano de 2025, sendo pesquisa feita na Autoridade


Tributária de Moçambique, Delegação Provincial de Cabo Delgado na Cidade de
Pemba. Serão considerados os dados passados e presentes sobre o tema tendo em conta
ao nível de informação que proporcionarão.

1.1.4. Localização da área de estudo

O presente trabalho será desenvolvido na Cidade de Pemba, província de Cabo Delgado,


antes (até 1976) conhecida como a cidade de ‘‘Porto Amélia’’, da Província de Cabo
Delegado, situa-se no Norte de Moçambique, ao longo do eixo Centro-Sul da Província.
Cidade litoral, confina à Norte e Oeste com o distrito de Metuge, através da Bacia de

5
Pemba, ao Sul com os distritos de Mecúfi e Metuge e a Este é banhada pelo Oceano
Índico. De acordo com o censo de 2017 a cidade tem uma área de 102 km² e uma
população de 200 529 habitantes. Actualmente a urbe possui 10 bairros municipais e
duas unidades residenciais, que são: Paquitequete, Cimento, Ingonane, Natite, Cariacó,
Alto Gingone, Josina Machel, Muxara, Mahate e Chuiba. (Fonte: Instituto Nacional de
Estatística).

1.2. Problematização

Ilustra a professora LAKATOS & MARCONI (2005, p. 220), que a formulação do


problema prende-se ao tema proposto: ela esclarece a dificuldade específica com a qual
se defrontam e que se pretende resolver por intermédio da pesquisa.

A gestão eficiente e transparente dos recursos públicos é um dos principais desafios


enfrentados pelas instituições públicas em Moçambique. Em um cenário caracterizado
por limitações orçamentárias, demandas crescentes por serviços públicos e denúncias de
má gestão, a auditoria pública desempenha um papel estratégico no fortalecimento da
governação, na garantia da legalidade das acções administrativas e na promoção da
accountability (prestação de contas).

A corrupção nas instituições públicas moçambicanas tem sido um dos maiores


obstáculos ao desenvolvimento do país, comprometendo a eficiência administrativa e a
confiança da população nas suas entidades governamentais. A Autoridade Tributária de
Moçambique, como uma das principais entidades responsáveis pela arrecadação de
receitas fiscais, tem um papel crucial na gestão pública, sendo, portanto, um alvo
constante de práticas corruptas. A Delegação Provincial da Autoridade Tributária de
Cabo Delgado, em particular, apresenta desafios únicos, dado o contexto
socioeconómico da região, marcado por instabilidade política, conflitos armados e altos
índices de pobreza.

No entanto, persistem questões sobre a efectividade da auditoria interna em um contexto


marcado por desafios estruturais, como a falta de recursos humanos qualificados,
limitações tecnológicas, pressões políticas e resistência à implementação de
recomendações dos auditores. Além disso, a corrupção e a falta de transparência são
frequentemente apontadas como factores que comprometem o desempenho das
instituições públicas e reduzem a confiança da sociedade nos órgãos do governo.

6
Nesse contexto, a auditoria pública emerge como um instrumento fundamental para
monitorar, avaliar e garantir a transparência nas acções dessas instituições, funcionando
como uma ferramenta de prevenção e combate à corrupção. No entanto, questiona-se:
até que ponto a auditoria interna contribui como instrumento de combate à
corrupção nas instituições públicas moçambicanas?

1.3. Objectivos
1.3.1. Geral

De acordo com Marconi e Lakatos (2005, p. 219), objectivo geral está ligado a uma
visão global e abrangente do tema; relaciona-se com o conteúdo, quer fenómenos e
eventos, quer das ideias estudadas, vinculando-se directamente a própria significação
da tese proposta pelo projecto.

Assim, o presente projecto tem como objectivo geral seguinte:

 Analisar o papel da auditoria interna como instrumento de combate à corrupção


nas instituições públicas moçambicanas com o foco na autoridade tributária de
Moçambique, delegação provincial de Cabo Delgado no período de 2022 à
2023.

1.3.2. Específicos

Aos objectivos gerais associam-se os objectivos específicos. Os objectivos Específicos


de acordo com Vergara (2002) são as metas cujo tingimento depende o alcance do
objectivo geral.

Na perspectiva de MARCONI & LAKATOS (2005, p. 219), é nos objectivos


específicos onde se apresentam carácter mais concreto. Tem função intermediária e
instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objectivo geral e de outro, aplica-lo a
situações particulares.

Assim sendo, são objectivos específicos deste projecto:

 Compreender o processo da auditoria interna nas instituições públicas


moçambicanas;
 Compreender até que ponto a auditoria interna contribui como instrumento no
combate à corrupção nas instituições públicas moçambicanas;

7
 Examinar os métodos e procedimentos de auditoria pública aplicados na
Delegação Provincial da Autoridade Tributária de Cabo Delgado no período em
análise;
 Propor estratégias e melhorias para fortalecer a actuação da auditoria pública
como ferramenta de combate à corrupção nas instituições públicas
moçambicanas.

1.4. Justificativa

De acordo com MARCONI e LAKATOS (2005: 258-263), “justificativa é o único item


do projecto que apresenta respostas à questão porque? De suma importância,
geralmente é o elemento que contribui mais directamente na aceitação da pesquisa pela
(s) pessoa (s) ou entidades que vão financia-lo”.

Justifica-se a nossa abordagem por um lado pelas constatações vivenciadas no dia-a-dia,


no momento em que, a corrupção reina em todas as instituições públicas moçambicanas.
Os serviços públicos têm sido alvo de queixas por parte de alguns estratos da população
quanto a sua qualidade, sobre tudo no atendimento dos administrados.

A corrupção é um dos principais desafios enfrentados pelas instituições públicas em


Moçambique, afectando negativamente a eficiência administrativa, a transparência na
gestão dos recursos públicos e a confiança da população no governo. A ausência de
mecanismos eficazes de controlo e fiscalização pode levar ao desvio de recursos
essenciais, comprometendo a prestação de serviços básicos e o desenvolvimento
socioeconómico do país.

Nesse contexto, a auditoria interna assume um papel central como instrumento de


combate à corrupção, contribuindo para a identificação de irregularidades, a promoção
da transparência e o fortalecimento da prestação de contas. Além de detectar práticas
ilícitas, a auditoria pública tem potencial para prevenir actos corruptos, ao reforçar os
sistemas de controlo interno e estabelecer uma cultura de conformidade e ética nas
instituições públicas.

A escolha de analisar o papel da auditoria interna na Delegação Provincial da


Autoridade Tributária de Cabo Delgado justifica-se por sua relevância estratégica no
sistema de arrecadação fiscal de Moçambique. Esta instituição desempenha um papel
essencial na mobilização de recursos financeiros para o Estado, especialmente em uma

8
província marcada por desafios económicos, sociais e de segurança. Nesse sentido,
investigar a eficácia da auditoria interna no combate à corrupção nessa delegação pode
oferecer insights valiosos para aprimorar a gestão pública em contextos similares.

Do ponto de vista académico, a pesquisa contribui para a ampliação do conhecimento


sobre os desafios e oportunidades da auditoria interna como instrumento de combate à
corrupção em Moçambique, abordando um tema de relevância local e global. Do ponto
de vista prático, o estudo poderá subsidiar gestores públicos e formuladores de políticas
na implementação de estratégias mais eficazes para combater a corrupção, garantindo
maior eficiência na gestão dos recursos públicos e maior confiança dos cidadãos nas
instituições públicas.

Portanto, esta pesquisa é de grande relevância tanto para o fortalecimento da


governação pública quanto para o desenvolvimento de soluções práticas que enfrentem
o problema da corrupção em Moçambique.

2. CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO OU REFERENCIAL TEÓRICO

Na perspectiva da professora LAKATOS & MARCONI (2005, p. 224), referencial


teórico ou embalamento teórico, é o lugar onde se responde a questão como? Sendo que
apresenta-se elementos de fundamentação teórica da pesquisa e, também, a definição
dos conceitos empregados.

2.1. Revisão Bibliográfica

Segundo a professora LAKATOS & MARCONI (2005, p. 225), é na revisão


bibliográfica onde se constata que pesquisa alguma parte hoje na estaca zero. Mesmo
que exploratória, isto é, de avaliação de uma situação concreta desconhecida, em um
dado local, alguém ou um grupo, em algum lugar, já deve ter feito pesquisas iguais ou
semelhantes, ou mesmo complementares de certos aspectos da pesquisa pretendida.

Não obstante a professora LAKATOS & MARCONI (2005, p. 225), sustenta que na
revisão bibliográfica procura-se fontes quer documentais ou bibliográficas, que torna
imprescindível para a não duplicação de esforços, a não “descoberta” de ideias já
expressas, a não inclusão de “lugares-comuns” no trabalho.

Ademais, na revisão bibliografia onde há citações das principais conclusões a que


outros autores chegaram permitindo salientar a contribuição da pesquisa realizada,

9
demonstrando contradições ou reafirmações de comportamentos ou de atitudes. Tanto a
confirmação, em dada comunidade, de resultados obtidos em outra sociedade quanto a
enumeração das discrepâncias é de grande importância. (LAKATOS & MARCONI,
2005: p. 225)

Neste contexto, propusemos seguintes pressupostos teóricos.

2.1.1. Auditoria interna

Pode-se definir Auditoria, de uma forma bem simples, como o levantamento, estudo e
avaliação sistemática das transacções, procedimentos, operações e rotinas das
demonstrações financeiras de uma entidade. A auditoria das demonstrações contábeis
constitui o conjunto de procedimentos técnicos que tem por objectivo a emissão de
parecer sobre sua adequação, consoante às normas pertinentes e à legislação específica.

Segundo Almeida, 2014. Defende que Auditoria interna é uma função de avaliação
independente, efectuada por funcionários da entidade com o objectivo de examinar e
avaliar as actividades constantes na entidade, sendo o seu principal objectivo assistir os
seus membros no desempenho efectivo das suas funções, através de análises, avaliações,
recomendações, conselhos e informações necessárias.

Para Willian Attie (1998, p. 25) a Auditoria é uma especialização contábil voltado a
testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objectivo de
expressar uma opinião sobre determinado dado.

Franco e Marra (2000, p. 26), define a auditoria como a técnica contábil que através de
procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e
documentos, inspecções, e na obtenção de informações e confirmações, relacionados
com o controle de uma entidade.

Dentre vários conceitos de auditoria, percebe-se alguns pontos em comuns entre as


definições dos doutrinadores. Entre eles é evidente que é um tipo de actividade que tem
como objectivo verificar se os controles internos, procedimentos e regras estabelecidas
pela entidade se estão sendo cumpridas, e, se os documentos, registros e papéis estão
regulares.

2.1.2. Os objectivos da auditoria interna

Em linhas gerais, os objectivos da auditoria interna são:


10
 Aumentar e proteger o valor organizacional;
 Fornecer avaliação (assurance);
 Prestar assessoria (advisory) e insights objetivos baseados em riscos;
 Identificar não conformidades e oportunidades de melhoria;
 Obter e manter a confiança dos clientes;
 Garantir a conformidade da empresa com leis, regulamentos, normas e controles
internos;
 Identificar fraudes, corrupção e irregularidades.

Além disso, a realização de auditorias internas é eficiente para a verificação do


cumprimento de metas e indicadores. Assegurando, assim, a continuidade das
actividades e optimização dos processos internos.

2.1.3. Princípios da auditoria interna

Para cumprimento dos objectivos, os auditores internos devem observar e seguir


algumas directrizes. A ISO 19011:2018, estabelece alguns princípios. São eles:

 Abordagem Baseada em Riscos (ABR);


 Integridade;
 Apresentação justa;
 Devido cuidado profissional;
 Confidencialidade;
 Independência;
 Abordagem baseada em evidências.

A adesão a esses princípios é fundamental para o fornecimento de conclusões relevantes


e suficientes após o processo de auditoria.

2.2. Definição dos termos

Segundo a LAKATOS & MARCONI (2005, p. 225), a definição de termos constitui


etapa onde se apresentam conceitos ligados ao tema do projecto, isto é termos
simbólicos, que sintetizam as coisas e os fenómenos perceptíveis na natureza, do mundo
psíquico do homem ou na sociedade, de forma directa ou indirecta.

11
“Para que se possa esclarecer o facto ou o fenómeno que se esta investigando e ter
possibilidade de comunica-lo, de forma não ambígua, é necessário defini-lo com
precisão.” (LAKATOS & MARCONI, 2005: p. 255)

Para o projecto em alusão constitui definição dos termos:

Segundo Willian Attie (1998, p. 25) a Auditoria é uma especialização contábil voltado a
testar a eficiência e eficácia do controle patrimonial implantado com o objectivo de
expressar uma opinião sobre determinado dado.

Franco e Marra (2000, p. 26), define a auditoria como a técnica contábil que através de
procedimentos específicos que lhe são peculiares, aplicados no exame de registros e
documentos, inspecções, e na obtenção de informações e confirmações, relacionados
com o controle de uma entidade.

3. CAPÍTULO III: METODOLOGIA

Na perspectiva de LAKATOS (2010, p. 107), “Metodologia científica é a disciplina que


trata do método científico. É a estrutura das diferentes ciências, e se baseia na análise
sistemática dos fenómenos e na organização dos princípios e processos racionais e
experimentais. Permite, por meio da investigação científica, a aquisição do
conhecimento científico”.

Pesquisa bibliográfica, os instrumentos legislativos, as decisões jurisprudenciais se


existirem, ou fontes secundárias que consistirão no desenvolvimento da pesquisa com
matéria já elaborada e publicada por diferentes autores, constituída principalmente por
livros, artigos de jornais científicos e artigos publicados em portais científicos da
internet relacionados com o tema; pesquisa documental ou fontes primárias, que
consistirá na recolha de material que não recebeu tratamento analítico que segundo Gil
(2012) nesta categoria encontramos documentos conservados em arquivos de órgãos
públicos e instituições privadas, incluindo outros documentos.

Depreende ainda a professora LAKATOS & MARCONI (2010, p. 106), Metodologia é


uma palavra derivada de “método”, do Latim “methodus” cujo significado é “caminho
ou a via para a realização de algo”. Método é o processo para se atingir um determinado
fim ou para se chegar ao conhecimento. Metodologia é o campo em que se estuda os
melhores métodos praticados em determinada área para a produção do conhecimento.

Segundo a professora LAKATOS & MARCONI (2005, p. 221), depreende que “a


especificação da metodologia da pesquisa é a que abrange maior número de itens, pois

12
responde, a um só tempo, às questões como? com o que? quanto? onde? corresponde
aos seguintes componentes:”

3.1. Desenho Metodológico

Quanto ao método de abordagem, recorrer-se-á o critério qualitativo, que segundo


CANASTRA (2015, p. 11), a finalidade deste enfoque visa compreender os
sentidos/significados co-produzidos pelos actores em contexto, sendo que o investigador
procura, tão-somente, ser um intérprete a partir das narrativas/textos produzidos pelos
participantes no estudo.

Para SILVESTRE, ARAÚJO (2012, p. 76), o propósito da abordagem qualitativa


consiste em obter descrições detalhadas de uma realidade que permitam a interpretação
de uma situação ou contexto.

3.2. Universo

No presente trabalho vai ser discutida a colher informações pela pesquisa universo para
MARKONI e LAKATOS (2008, p. 27), universo é o conjunto de seres animados ou
inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum.

Portanto, no nosso universo será constituído por seis (6) indivíduos, dentre eles: os
funcionários da Autoridade Tributária de Moçambique – delegação provincial de Cabo
Delgado na cidade de Pemba e contabilistas da mesma cidade.

3.3. Amostra

Para o presente trabalho será de base a amostra, segundo MARCONI e LAKATOS


(2008, p. 27) é uma porção ou parcela, conveniente seleccionada do universo.

Para presente trabalho, partindo do universo acima mencionada, a nossa amostra será de
seis (6) indivíduos sendo, quatro (4) funcionários da Autoridade Tributária de
Moçambique – Delegação Provincial de Cabo Delgado e dois (2) licenciados em
Contabilidade e Auditoria.

3.4. Técnica de recolha e análise de dados

Para o preste trabalho, vai ser de base como a técnica de colecta de dados e segundo
CERVO (2002, p. 44), a colecta de dados ocorre após a escolha e delimitação do

13
assunto, a revisão bibliográfica, a definição dos objectivos, a formulação do problema e
das hipóteses e a identificação das variáveis.

O método qualitativo privilegia a mobilização de instrumentos/técnicas de recolha de


dados para aceder aos significados dos autores em estudo. Por isso, privilegia dentre
outros, a pesquisa documental e análise de conteúdo (ou análise narrativas) são técnicas
mais usadas pelos investigadores.

Para o presente trabalho, também serão feitas as entrevistas e questionários aos


funcionários da Autoridade Tributária de Moçambique – Delegação Provincial de Cabo
Delgado. Quanto as entrevistas serão semi-estruturadas, pois, estas permitem que o
pesquisador faça um roteiro sobre o tema a pesquisar, mais isso não impede que o
entrevistado possa falar de alguns assuntos fora do tema, mas que estejam relacionados.

Segundo o CERVO (2002, p. 46), a entrevista é não simples conversa. É conversa


orientada para um objectivo definido: recolher, por meio do interrogatório do
informante, dados para a pesquisa.

Para o mesmo autor (p. 48), o questionário é a forma mais usada para a colectar dados,
pois possibilita medir com melhor exactidão o que se deseja. Em geral, a palavra
questionário refere-se a um meio de obter a respostas às questões por uma fórmula que
o próprio informante preenche. Assim qualquer pessoa que preencheu um pedido de
trabalho teve a experiencia de responder a um questionário. Ele contém um conjunto de
questões, todas logicamente relacionadas com um problema central.

Quanto ao procedimento para a realização do trabalho, recorrer-se-á a pesquisa


bibliográfica.

Para o CERVO (2002, p. 65), a pesquisa bibliográfica, procura explicar um problema a


partir de referências teóricas publicadas em documentos, pode ser realizada
independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Em ambos os
casos, busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado
existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.

Para o mesmo autor, a pesquisa bibliográfica constitui geralmente o primeiro passo de


qualquer pesquisa científica. (Idem, p. 66)

14
4. Cronologia ou cronograma e orçamento

Cronograma e orçamento constituem os diferentes passos do trabalho, assim como os


custos de cada acção com devido orçamento.

4.1. Cronograma

Para GIL (2002, p. 156), cronograma indica com a clareza o tempo de execução do
projecto para diversas fases, bem como os momentos em que estas se interpõem
constituído por linhas, que indicam as fases da pesquisa, e por colunas, que indica, o
tempo previsto.

Actividades Mês - Ano

Dezembro - 2024 Janeiro - 2025 Fevereiro - 2025 Março - 2025

Início do Projecto
X
Correcções do
Projecto X

Colecta de dados
X X

Pesquisa
Bibliográfica X X X

A redacção de
capítulos X

As reuniões com
supervisor X X

A apresentação de
capítulos para X
análise do
supervisor
A correcção e
complementação do X
texto
A apresentação de
versão provisória do X
trabalho, para
análise do
supervisor
A revisão
ortográfica X

A formatação final e
impressão X

15
Entrega do Projecto X

4.2. Orçamento

Para o GIL (2002, p. 157), para se ter uma estimativa dos gastos com a pesquisa,
convém que seja elaborado um orçamento. Para ser adequado, o orçamento deverá
considerar os custos referentes a cada fase da pesquisa, segundo itens de despesa.

N.º Descrição Unidade Custo (MZN) Custo Total


(MZN)
1 Bloco de Nota 2 35.00mts 70.00mts

2 Canetas 3 10mts 30.00mts

3 Credito para Uso ----- 1.000.00mts 1.000.00mts


de Internet

4 Água 8 25.00mts 200.00mts

5 Lanche 10 200.00mts 2000.00mts

6 Transporte ----- ----- 1000.00mts

Total 4.300.00mts

16
5. Referências Bibliográficas

ALMEIDA. (2014), Auditoria Interna. 4.ª ed. São Paulo.

CANASTRA, Fernando et al,. (2015). Manual de Investigação Cientifica da


Universidade Catolica de Mocambique, 6.ª Ed, Beira.

CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. (2002). Metodologia Científica, 5.ª
Ed, Prentice Hall, São Paulo.

Gil, A. C. (1996). Projecto de pesquisa, 3.ª Edição, São Paulo: Editora Atlas.

GIL, Antonio Carlos. (2002). Como Elaborar Projeto de Pesquisa, 4.ª ed, São Paulo:
Editora Atlas,.

LAKATOS, E. M.MARCONI, M. A. (2010). Metodologia do Trabalho Científico, 7.ª


Edição, São Paulo, Editora Atlas.

MARCONI, Maria de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. (2005). Metodologia


Científica, 3.ª Edição, ed. Atlas, S. Paulo.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. (2003). Fundamentos de


Metodologia Cientifica, 5.ª Edição, São Paulo.

MARRA (2000), Auditoria Interna. 2.ª ed. São Paulo.

RAMOS, Santa Taciana Carrilo, NARANJO, Ernan Santiesteban. (2014). Metodologia


da Investigação Científica, Escolar Editora, Angola.

VERGARA, Sílvia Constante. (2000). Projectos e relatórios de Pesquisa em


Administração. 3.ª Edição, Editora Atlas S. A.

WILLIAN, Attie (1998). Auditoria Interna. 5.ª ed. São Paulo.

17

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