Apostila Etecba - Física Aplicada
Apostila Etecba - Física Aplicada
MAGNO EVANGELISTA
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 2/2009
Prof. Leoberto Lopes Brabo
A FÍSICA NA RADIOLOGIA
“Vivemos em um mundo inundado de radiações. Desde o seu instante inicial, este Universo em
que vivemos foi propulsionado por quantidades por quantidades inimagináveis de energia, que geraram
galáxias, estrelas, planetas, luz (...). Estes últimos percorrem o Universo em todas as direções, gerando a
radiação cósmica onipresente”.
As radiações sempre estiveram conosco. Estão aqui neste momento e estarão presentes até os
últimos instantes deste Universo. Somo seres cujas existências foram e continuam sendo moduladas pelas
radiações. A vida como, como nós a conhecemos, não teria sido possível sem elas. Se tivéssemos sido
constituídos organicamente de outra forma, talvez pudéssemos percebê-las como um oceano
multicolorido e sinfônico no qual estamos imersos. Talvez, então pudéssemos ter para com as radiações
uma atitude mais correta – uma atitude de compreensão, de respeito e até mesmo de gratidão, ao invés de
temor.
A utilização efetiva das técnicas de radiodiagnóstico, assim como a interpretação das imagens
produzidas, requer a compreensão de fenômenos físicos envolvidos nos processos de formação da
imagem, pois a habilidade de visualizar estruturas anatômicas específicas ou condições patológicas
depende, não só de características inerentes a cada técnica de radiodiagnóstico em particular, como
também do conjunto de ajustes selecionados no equipamento. A relação entre visibilidade e ajustes de
parâmetros nesses equipamentos é complexa e, freqüentemente, envolve comprometimento e
interdependência dentre os diferentes aspectos da qualidade da imagem.
Apesar dos benefícios incontestes à Medicina, todas as técnicas de radiodiagnóstico podem
representar um risco à saúde, pois os processos de aquisição das imagens sempre envolvem deposição de
alguma forma de energia no corpo do paciente, o que, em alguns casos pode também trazer prejuízos à
saúde de médicos e técnicos em radiologia ou em enfermagem. Os níveis de exposição do paciente aos
raios X de uso médico variam muito e têm forte influência sobre a qualidade da imagem radiográfica. Uma
abordagem da relação entre riscos e os danos à saúde envolve análise de conceitos físicos, grandezas e
unidades de medidas.
Em geral, as estruturas internas e funções do corpo humano não são visíveis. Entretanto, por meio
de diversas tecnologias, podem-se obter imagens através das quais um médico pode detectar condições
anormais, ou ainda, guiar-se em procedimentos terapêuticos invasivo. A imagem radiográfica é uma janela
para o corpo. Nenhum tipo de imagem mostra tudo. Os diversos métodos de radiodiagnóstico nos revelam
diferentes características do corpo humano. Em cada método é necessário se trabalhar com níveis
satisfatórios de qualidade de imagem e de visibilidade das estruturas do corpo. Estes níveis de qualidade e
visibilidade dependem das características do equipamento, da perícia do observador e do compromisso
com fatores tais como a minimização da dose no paciente devida aos raios X ou o tempo de obtenção da
imagem.
(Princípios de Física em Radiodiagnóstico – CBR 2002)
“Hoje teremos aula de Física Radiológica, está preparado? Puxa, não entendi nada do que foi dito
na ultima aula, e você? Acho que peguei alguma coisa, só que não entendo porque temos que ter aulas de
Física, que nos toma tanto tempo, já que temos tantas outras coisas mais importantes para aprender...”
É bem provável que você já tenha ouvido ou mesmo tenha tido este diálogo com algum colega
durante a residência na radiologia. Se é atualmente residente e reticente quanto às aulas, talvez possa ao
final deste texto encarar a Física com outros olhos...
Foi com a disposição de desvendar os mistérios da natureza é que o ser humano ao procurar
respostas e descrever os fenômenos utilizando-se de métodos experimentais construiu um campo de
estudo que se denomina Física (do grego physis, “natureza”). Se caracteriza pela associação entre
observações e métodos experimentais e se utiliza da matemática para descrever quantitativamente os
fenômenos naturais. Não é a Física que é complicada e sim os fenômenos naturais é que são complexos e
exigem a matemática como ferramenta, que muitas vezes, por não dominarmos, nos afasta da
possibilidade de entendermos os fenômenos de uma forma objetiva e quantitativa.
O que é radiação?
De onde vêm?
Como interagem com o meio em que se encontram?
Como fazemos para detectá-las?
Como podemos utiliza-las?
Como se proteger de seus efeitos?
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1.1- RADIAÇÃO
O que é a Radiação?
É possível que o termo RADIAÇÃO, a princípio, pareça um pouco estranho. Com certeza, você já
deve tê-la visto associada a acidentes nucleares, usinas nucleares ou mesmo em filmes de guerra. O que
ocorre é uma confusão de conceitos, ou ainda, tratar-se de um mesmo termo aplicado a coisas diferentes.
O termo IRRADIAR significa lançar de si, emitir, espalhar, projetar. Pode ser aplicado a diversas
situações ou fenômenos diferentes. O Sol irradia luz, calor e ultravioleta.
Já RADIAÇÃO é aquilo que é IRRADIADO por alguma coisa.
Pode ser aplicado às várias formas de luz visíveis e “invisíveis” ou a feixes de partículas
ATÔMICAS.
Radiação é o processo pelo qual uma fonte emite energia que se propaga no espaço.
Segundo o dicionário Aurélio:
“Qualquer dos processos físicos de emissão e propagação de energia, seja por intermédio de
fenômenos ondulatórios, seja por meio de partículas dotadas de energia cinética” ou “Energia que se
propaga de um ponto a outro no espaço vazio ou através de um meio material”.
O termo radiação se usa também para designar a própria energia emitida.
Portanto:
Radiação é energia em
movimento.
Este conceito é geral e inclui as
ondas mecânicas (como o ultra-som ou as
oscilações de um maremoto), ondas
eletromagnéticas ou radiações nucleares
com massa, como veremos mais adiante.
1.3- ONDAS
O conceito de onda é de fundamental importância para a compreensão de uma série de
fenômenos físicos. Em termos formais, onda é o resultado de algum tipo de perturbação que se
propaga.
Por exemplo, no mar, as ondas se formam basicamente
devido à perturbação da água pela atração da Lua e da ação dos
ventos. Se você estiver boiando um pouco além da rebentação,
deve ter percebido que seu corpo alternadamente sobe e desce,
mas na média permanece praticamente no mesmo lugar. O fato de
seu corpo subir e descer significa que existe uma energia
associada à onda (realiza trabalho). Esta energia é transportada
pela onda, sem, entretanto causar um deslocamento líquido final
do meio, no caso, a água. Já no caso da rebentação, outros fatores
interferem com a onda, acarretando um movimento efetivo da
água ou de algum objeto flutuante. A brusca frenagem da onda pelo fundo de areia da praia, faz com que à
parte de cima da onda se projete para frente, literalmente despejando a água.
Quanto à forma, existem basicamente dois tipos de onda: Ondas Mecânicas e Ondas
Eletromagnéticas.
As ondas mecânicas dependem de um meio material para se propagarem, como as ondas do
mar e as ondas sonoras, por exemplo.
As ondas eletromagnéticas não dependem de um meio material, pois correspondem à
propagação de uma perturbação nos campos elétricos e magnéticos. Estes campos podem existir
independentemente de um meio material.
Os elementos fundamentais de uma onda são:
A distância entre dois picos ou dois vales, ou ainda, dois pontos quaisquer equivalentes da
onda, define o que se chama comprimento de onda, representado normalmente pela letra grega LAMBDA
(λ).
O número
de ciclos de sobe e Comprimento de Onda
desce, por unidade
de tempo define a
freqüência da onda,
Crista
medida
normalmente em
Hertz ou ciclos por
segundo e
representada
normalmente pela
letra f. O produto do
comprimento de
onda pela
freqüência da onda Depressão ou Vale
fornece a velocidade
de propagação da
1.4- O ÁTOMO
É a menor porção de matéria
A idéia de que a matéria é formada por partículas muito pequenas e
“indivisíveis”, ou átomos, é muito antiga. Demócrito, que viveu quase 400
anos antes de Cristo, já pensava nessas coisas. Ele propôs um modelo
atômico onde os átomos se encaixavam mais ou menos como as peças de
um Lego. Mas, a verdadeira estrutura do átomo só foi revelada no início do
século XX com o trabalho de Ernest Rutherford.
Obviamente os resultados de Rutherford foram debatidos
exaustivamente até que se chegasse a um quadro de consenso. A idéia que
temos de átomo hoje em dia é o resultado dessas discussões. Um átomo
possui um núcleo que concentra praticamente toda a sua massa, e retém a
carga positiva. O diâmetro de um átomo é cerca de 100 000 vezes o
diâmetro do seu núcleo. O núcleo é circundado por elétrons (na eletrosfera),
que são os portadores de carga negativa. A massa do elétron é igual a 9,
10939× 10−31 kg.
O núcleo é composto por dois tipos de partículas:
Os prótons, e os nêutrons. Os nêutrons não possuem carga elétrica e
portanto não interagem eletricamente com os prótons do núcleo, mas
exercem um papel fundamental na sua estabilidade. Um próton possui uma
carga igual à do elétron, mas de sinal contrário: +1, 602×10−19 C; sua massa
é de 1, 67262×10−27 kg, cerca de 1836 vezes maior do que o elétron. A massa
do nêutron, por sua vez, é muito próxima à do próton:1, 67482×10−27 kg. O
número total de prótons no núcleo é chamado de número atômico, em geral
representado pela letra Z.
Os nêutrons não possuem carga elétrica. Como num átomo o número de prótons é igual ao
número de elétrons, a carga elétrica total do átomo é nula.
De modo geral os corpos são formados por um grande número de átomos. Como a carga de cada
átomo é nula, a carga elétrica total do corpo também será nula e diremos que o corpo está neutro. No
entanto é possível retirar ou acrescentar elétrons de um corpo. Desse modo o corpo estará com um
excesso de prótons ou de elétrons; dizemos que o corpo está eletrizado ou ionizado.
1.5.1. Princípio da atração e repulsão
Dados dois corpos eletrizados, sendo Q1 e Q2 suas cargas elétricas, observamos que:
1. Se Q1 e Q2 tem o mesmo sinal (Figura 1 e Figura 2), existe entre os corpos um par de forças de
repulsão.
2. Se Q1 e Q2 têm sinais opostos (Figura 3), existe entre os corpos um par de forças de atração.
1.6- RADIOATIVIDADE
Núcleos atômicos que espontaneamente emitem partículas
ou energia pura (radiação eletromagnética) são chamados
radioativos.
A radioatividade é um fenômeno natural, mas pode
também ser produzida em laboratório. O fenômeno foi descoberto
em 1896 pelo francês Henri Becquerel e, em 1934, foi produzido
pela primeira vez em laboratório por Irene Curie e Pierre Joliot, que
bombardearam alumínio com partículas alfa emitido pelo polônio, e
produziram o isótopo de fósforo 30P. Irene e Pierre levaram o Nobel
de Química de 1935 pelo seu trabalho. Os pais de Irene, Pierre e
Marie Curie, já haviam sido agraciados com o Nobel de Física de
1903 (com Becquerel), pelo seu trabalho com radioatividade
natural.
A radioatividade é a liberação de energia por um núcleo
excitado.
Esse processo é chamado de decaimento radioativo, e pode
ocorrer basicamente de três modos distintos: por emissão alfa, por
emissão beta ou por emissão gama. Alfa, beta e gama são nomes dados a
tipos de radiação cuja natureza era desconhecida na época em que foram
descobertas.
a) RADIAÇÕES CORPUSCULARES
mv 2
Ec
Onde: 2
m de massa e v de velocidade;
Ec é chamada de energia cinética (de movimento);
Ex:
Elétrons, prótons, nêutrons;
Íons leves e pesados (átomos sem elétrons);
Píons, káons, múons;
Pósitrons, Négatrons, alfa.
α (alfa)
Núcleo instável
β- (négatron)
b) RADIAÇÕES ELETROMAGNÉTICAS
Você com certeza sabe ou mesmo ouvir falar que o controle remoto de sua TV ou DVD funcionam
por infravermelho. Também já não é mais novidade um microcomputador operado por mouse e teclado
sem fios, ou seja, por infravermelho.
- Mas afinal de contas o que vem a ser esse tal de infravermelho?
- Alguma espécie de raio invisível?
- Exatamente!
O Universo que nos rodeia é banhado por um imenso "oceano" de luzes, das quais nossos olhos
conseguem captar apenas uma pequeníssima fração. Essa pequena fração de radiações que o olho humano
vê, é chamada de luz visível ou apenas luz.
Por esta razão, é mais conveniente chamarmos ao conjunto de todas as “luzes” que não vemos de
RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA. O termo luz fica reservado à pequena parcela de radiação
eletromagnética que conseguimos enxergar.
A radiação eletromagnética é uma forma de energia. Sem ela simplesmente não haveria vida na
Terra.
Outro aspecto importante da radiação eletromagnética é seu caráter ondulatório, isto é, a
radiação eletromagnética é constituída de ondas com componentes elétricos e magnéticos.
Portanto as Radiações Eletromagnéticas:
Não possuem massa;
13 Atribuição / Uso não-comercial / Não a obras derivadas
[email protected] - http://www.centrocapnext.com.br
FÍSICA APLICADA A RADIOLOGIA I 2/2009
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São ondas com componentes elétricos e magnéticos;
Nas figuras abaixo, temos uma representação gráfica de uma radiação eletromagnética:
hc
E
Onde:
h é a constante universal chamada constante de Planck e cujo valor é h = 6,63 X 10-34 J.s(Joule x
segundo);
c é a velocidade da LUZ e é o comprimento da onda.
Ao conjunto de todas as radiações eletromagnéticas chamamos de: ESPECTRO
ELETROMAGNÉTICO
Ex:
Rádio e TV
Microondas
Infravermelho (calor)
Luz visível (vermelho ao violeta)
Ultravioleta
Raios X
Raios gama
a) ORIGEM NUCLEAR
Possuem origem no NÚCLEO do átomo instável.
Ex: Radiações alfas, betas, nêutrons e gama.
Obs: Estas radiações são as chamadas RADIOATIVAS, pois são conseqüência do fenômeno da
RADIOATIVIDADE
(Gama)
Núcleo Instável
b) ORIGEM ATÔMICA
Possuem origem na ELETROSFERA atômica devido a transições eletrônicas e/ou colisões entre
partículas carregadas
Ex: Raios X, Ultravioleta, Luz visível, calor,...
a) RADIAÇÕES IONIZANTES
São aquelas radiações que produzem íons na matéria com a qual interagem.
Ex: Raios Gama, RAIOS X, Ultravioleta, Radiações alfas, betas e de nêutrons.
Interação
b) RADIAÇÕES NÃO-IONIZANTES
Estas radiações apenas depositam suas energias no meio, normalmente causando uma excitação
atômico-molecular.
Ex: Todas as demais radiações do espectro eletromagnético.
Radiações em Celulares
Tem havido recentemente especulações de que o uso de telefones celulares possa estimular o
crescimento de tumores cerebrais na região da cabeça próxima à antena.
(Fischetti, M., The Cellular Phone Scare, IEEE Spectrum, 43-47 June 1993)
A maneira mais eficiente de se proteger dessas radiações dos telefones celulares é, sem dúvida, a
instalação, quando possível, de uma antena externa. Ao transferir toda a potência de transmissão para
17 Atribuição / Uso não-comercial / Não a obras derivadas
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essa antena,estrategicamente localizada longe do aparelho, além de propiciar uma comunicação de muito
melhor qualidade, estaremos poupando o usuário de radiações que podem ser perigosas.
Além dessa solução, existe ainda a possibilidade de se usar protetores contra radiação fixa ao
aparelho, que são dispositivos cerâmicos absorvedores de ondas eletromagnéticas.
Há um método, desenvolvido pelo cientista japonês Y. Omura e denominado "Bi-digital O-Ring
test", que é capaz de mostrar uma diminuição considerável (no mínimo 70 %) dos efeitos nocivos ao
homem quando da instalação de uma antena externa no aparelho celular, e que também demonstra a
proteção exercida pelos absorvedores.
Conheça o protetor WaveShield que bloqueia até 97% das radiações.
Links úteis:
USA - FCC - Information on Human Exposure to Radiofrequency Fields from Cellular and PCS
Radio Transmitters
Austrália: Mobile Telephone Communication Antennas: Are They a Health Hazard?
Nova Zelândia - The Electromagnetic Radiation Health Threat
Medical College of Wisconsin - Cellular Phone Antennas and Human Health
2.1. APRESENTAÇÃO
Em Novembro de 1895, Wilhelm Conrad RoentgenP, fazendo
experiências com raios catódicos (feixe de elétrons), notou um brilho
em um cartão colocado a pouca distância do tubo. Notou ainda que o
brilho persistia mesmo quando a ampola (tubo) era recoberta com
papel preto e que a intensidade do brilho aumentava à medida que se
aproximava o tubo do cartão. Este cartão possuía em sua superfície
uma substância fosforescente (platino cianeto de bário).
Roentgen concluiu que o aparecimento do brilho era devido a
uma radiação que saia da ampola e que também atravessava o papel
preto. A esta radiação desconhecida, mas de existência comprovada,
Roentgen deu o nome de raios-X, posteriormente conhecido também
por raios Roentgen.
Roentgen constatou também que estes estranhos raios podiam
atravessar materiais densos, em um desses resultados ele pode
visualizar os ossos da mão de sua mulher.
1ª Radiografia
Laboratório de Roentger
2.2.1.1. CATODO
É o pólo (ou eletrodo) negativo do tubo de
raios-X. Dividindo-se em duas partes: Filamento
catódico e capa focalizadora ou copo de foco
(cilindro de Welmelt).
a) Filamento Catódico
Tem forma de espiral, construído em
tungstênio e medindo cerca de 2mm de diâmetro, e 1
ou 2 cm de comprimento. Através dele são
produzidos os elétrons, quando uma corrente atravessa o filamento. Este fenômeno se chama emissão
termiônica. A ionização nos átomos de tungstênio ocorre devida ao calor gerado e os elétrons são
emitidos.
O tungstênio é utilizado porque possui um alto ponto de fusão, suportando altas temperaturas
(cerca de 3.400 °C). Normalmente os filamentos de tungstênio
são acrescidos de 1 a 2% de tório, que aumenta eficientemente a
emissão termiônica e prolonga a vida útil do tubo.
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Filamento
Catódico
Foco grosso
Foco fino
Catodo
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Exemplo de uma
ampola com anodo
giratório
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d) Aquecimento do anodo
O anodo giratório permite uma corrente mais alta
pois os elétrons encontram uma maior área de impacto.
Com isso o calor resultante não fica concentrado apenas
em um ponto como no anodo fixo. Fazendo a comparação
de ambos, num tubo com foco de 1mm, temos: no anodo
fixo a área de impacto (alvo) é de aproximadamente 1mm
x 4mm = 4mm².
No anodo rotatório de diâmetro de 7 cm, o raio de
impacto é de aproximadamente 3 cm (30 mm). Sua área
alvo total é aproximadamente 2 x π x 30mm x 4mm =
754mm². Portanto, o anodo rotatório permite o uso de
área uma centena de vezes maior que um anodo fixo, com
mesmo tamanho de foco.
A capacidade de carga é aumentada com o
número de rotações do anodo. Normalmente a
capacidade de rotação é de 3.400 rotações por minuto. Existe anodo de tubos de maior capacidade que
giram a 10.000 rpm.
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Depressões no
anodo causadas
por
superaquecimento
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Raios X
C A
Raios X
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Filtro
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2.7. OBSERVAÇÕES
a) A KILOVOLTAGEM – kV:
É a tensão aplicada no tubo;
b) O KILOVOLTPICO (kVp):
É a tensão máxima aplicada no tubo que determina a energia do fóton mais energético em keV
(Kiloeletronvolt) não representa a energia efetiva do feixe que está em torno de 30% a 40% do valor do
kVp;
c) O RETIFICADOR:
Transforma CORRENTE ALTERNADA (CA) em CORRENTE CONTÍNUA (CC);
g) FILTRAGEM
A filtragem do feixe aumenta a energia média do feixe, pois retira radiação com pouco poder de
penetração raios X moles .
h) TEMPO DE EXPOSIÇÃO:
Em radiografias, a exposição é iniciada pelo operador do equipamento e terminada depois que se
esgota o tempo selecionado previamente.
Em fluoroscopia, a exposição é iniciada e terminada pelo operador, mas há um indicador do
tempo de exposição acumulado que emite um sinal sonoro após 5 minutos de exposição.
Os temporizadores e botões de controle ajustados pelo operador ativam e desativam a geração de
raios X acionando dispositivos de chaveamento que pertencem, ao circuito primário do gerador.
CONCLUSÃO
16
Física Aplicada à Radiação ETECBA
INTERAÇÃO DA RADIAÇÃO
COM A MATÉRIA
Prof. Magno Evangelista
elétron
incidente
absorvedor
Efeito fotoelétrico
Efeito Compton
Produção de pares
6
Efeito fotoelétrico
Efeito Compton
Produção de pares
120
100
Produção de
80 Efeito fotoelétrico pares
dominante dominante
60
40 Efeito Compton
20
dominante
11
UNIDADES
RAD unidade de dose absorvida sendo essa definida pela razão d/ dm, onde
d é a energia média distribuída pela radiação à massa dm.
1 rad = 100 erg/g
MEIA - VIDA tempo médio para que metade dos átomos de um elemento
radioativo decaiam.
T 1/2 = (ln2)/l , onde l é a constante de decaimento
13
RELAÇÕES DE UNIDADE
DL50/30 (seres humanos): 4 Gy = 400 rad = 4 Sv (para radiação eletromagnética)
1 mSv = 0,1 rem = 0,1 rad = 0,1 cGy (para radiação eletromagnética)
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BOMBA DE BOMBA DE
HIROSHIMA NAGAZAKI
16
DECAIMENTO RADIOATIVO
Física Aplicada à Radiação ETECBA
Física Aplicada à Radiação ETECBA
Física Aplicada à Radiação ETECBA
Física Aplicada à Radiação ETECBA