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Material Prova LIF 2025

A dengue é uma doença febril aguda, transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, que pode variar de casos assintomáticos a graves, afetando cerca de 50 milhões de pessoas anualmente nas regiões tropicais. O diagnóstico é feito por exames de sangue e o tratamento envolve hidratação e uso de antitérmicos, enquanto a prevenção inclui vacinação e eliminação de criadouros de mosquitos. A nova vacina Qdenga foi lançada no Brasil em 2023, sendo a primeira autorizada para pessoas nunca expostas ao vírus.

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A dengue é uma doença febril aguda, transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, que pode variar de casos assintomáticos a graves, afetando cerca de 50 milhões de pessoas anualmente nas regiões tropicais. O diagnóstico é feito por exames de sangue e o tratamento envolve hidratação e uso de antitérmicos, enquanto a prevenção inclui vacinação e eliminação de criadouros de mosquitos. A nova vacina Qdenga foi lançada no Brasil em 2023, sendo a primeira autorizada para pessoas nunca expostas ao vírus.

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TEMA PARA ESTUDO – LIGA DE INFECTOLOGIA - UNIFIPA

DENGUE

Epidemiologia

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar
um amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves. No curso
da doença – em geral debilitante e autolimitada –, a maioria dos pacientes
apresenta evolução clínica benigna e se recupera. No entanto, uma parte pode
evoluir para formas graves, inclusive óbitos.

É a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, incluindo o Brasil, sendo


uma importante suspeita em pacientes que apresentam quadro febril agudo. Sua
ocorrência é ampla, atingindo principalmente os países tropicais e subtropicais,
onde as condições climáticas e ambientais favorecem o desenvolvimento e a
proliferação dos vetores Aedes aegypti e Aedes albopictus.

Estima-se que a Dengue acometa, nas regiões tropicais, cerca de 50 milhões de


pessoas anualmente, sendo que dessas, em torno de 500 mil são quadros
graves com sintomas hemorrágicos.

A dengue é endêmica no Brasil – com a ocorrência de casos durante o ano todo


– e tem um padrão sazonal, coincidente com períodos quentes e chuvosos,
quando são observados o aumento do número de casos e um risco maior para
epidemias.
Agente Etiológico

A Dengue é provocada por um flavivírus – um vírus do gênero Flavivirus e da


família Flaviviridae -, que é um patógeno de RNA, envelopado e que possui 4
sorotipos bem estabelecidos:

• DENV-1;

• DENV-2;

• DENV-3;

• DENV-4.

Em termos de virulência (capacidade de causar casos mais graves), o vírus 2 é


o que mais se destaca, seguido pelo 3, depois o 4 e, por último, o sorotipo 1
(então para organizar isso: 2 > 3 > 4 > 1).

Transmissão da dengue

A dengue é transmitida pelo Aedes aegypti e o Aedes albopictus, mosquitos de


hábitos diurnos, com preferência por ambientes urbanos. Sua proliferação ocorre
através da deposição de ovos em água parada, que eclodem posteriormente
formando larvas. Esses ovos podem sobreviver por cerca de 1 ano ou mais fora
da água, aguardando condições favoráveis para se desenvolver. O mosquito
adquire o vírus ao picar uma pessoa doente. Uma vez infectada a fêmea do
mosquito inocula o vírus junto com a sua saliva ao picar a pessoa sadia.

Manifestações clínicas

Pode apresentar três fases clínicas: febril, crítica e de recuperação.

Febril

A fase febril é a mais conhecida por nós já que corresponde ao período


sintomático clássico da doença. Ela se apresenta com uma febre alta (39-40ºC)
de início súbito e duração de 2 a 7 dias, frequentemente associada àqueles
sintomas pouco específicos como:

• Cefaleia
• Adinamia (fraqueza)

• Mialgia

• Artralgia

• Dor retro-orbitária.

Além disso, o paciente também pode ter náuseas e vômitos, falta de apetite,
diarreia e manchas no corpo (exantema).

Crítica

Após a fase febril, boa parte dos pacientes evoluem direto para a recuperação,
havendo melhora dos sintomas e do estado geral.

Contudo, uma parte das pessoas podem entrar no que chamamos de fase
crítica, a qual se caracteriza pelo desenvolvimento de sinais de alarme, os quais
são:

• Dor abdominal intensa;

• Vômitos persistentes;

• Acúmulo de líquidos;

• Letargia/irritabilidade;

• Hipotensão;

• Hepatomegalia (aumento do fígado) > 2cm;

• Sangramento de mucosas;

• Aumento do hematócrito.

De Recuperação

Por fim, a última fase da doença é a de recuperação, que é quando o paciente


começa a ter uma melhora progressiva dos sintomas e do estado geral, mas isso
não significa que vamos ficar tranquilos e pronto.
É importante continuar acompanhando o paciente por um tempo e mantê-lo
orientado de que deve retornar ao serviço caso identifique algum dos sinais de
alarme.

Estadiamento clínico da dengue

O atendimento inicial ao paciente com suspeita de dengue deve ser baseado na


anamnese e história clínica. Deve-se classificar o paciente em grupos para
manejo adequado. São eles, o grupo:

• A: paciente com suspeita de dengue, sem sinais de alarme ou


condições especiais;

• B: paciente com suspeita de dengue, sem sinais de alarme, mas com


condições especiais (idosos, diabéticos, gestantes e portadores de
doenças crônicas).

• C: paciente com diagnóstico de dengue e com sinais de alarme; deve


ser internado em hospital

• D: paciente com diagnóstico de dengue grave, apresentando colapso


circulatório; deve ser internado em hospital.

Diagnóstico Definitivo de Dengue

É realizado por exame de sangue.

Entre o 1º e o 5º dia de sintomas pode ser realizado o teste NS1 e o exame de


biologia molecular (RT-PCR). Ambos pesquisam a presença de partículas virais
no sangue.

A partir do 6º dia é preconizada a realização de sorologia com pesquisa de


anticorpos IgM para dengue.

O resultado positivo confirma o diagnóstico.


Tratamento

Envolve realização de hidratação vigorosa por via oral ou endovenosa, nos casos
mais graves (grupos C e D). Antitérmicos e analgésicos como a dipirona e o
paracetamol podem ser utilizados. Não usar ácido acetil salicílico (AAS).

Prevenção: vacina contra dengue

A nova vacina contra a dengue, chamada Qdenga, desenvolvida pelo


laboratório japonês Takeda, foi lançada no Brasil (06/2023). Inicialmente, a
vacina estará disponível apenas em clínicas privadas. Essa é a primeira vacina
autorizada no país para pessoas que nunca foram expostas ao vírus da dengue,
mas também poderá ser administrada em indivíduos que já tiveram a doença.

Até fevereiro de 2023, a única vacina disponível no Brasil para a Dengue era a
chamada de Dengvaxia, do laboratório francês Sanofi Pasteur. Entretanto, esse
imunizante não está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), apenas nas
redes privadas. Além disso, essa vacina, segundo a Anvisa e OMS, é
recomendada apenas para aqueles que já tiveram contato com o vírus e não
para uso de todos, como forma de prevenção.

Prevenção: reduzir a infestação do mosquito

Reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti, que é o responsável por


transmitir o vírus. Eliminar o criadouro é fácil e pode ser feito em pouco tempo,
adotando ações simples do cotidiano.

Evitar água parada em pneus, latas e garrafas vazias sempre é importante,


assim como cuidar as plantas e vasos, potes e outros objetivos que acumulam
água. Realizar a limpeza regular da caixa d’água e sempre mantê-la fechada,
com tampa adequada também entra nesta lista. O cuidado com a sua residência,
terreno e lote vai fazer a diferença no combate à doença.

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