IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS EM PERNAMBUCO
SUPERINTENDÊNCIA DAS CAMPANHAS EVANGELIZADORAS
Pastor Presidente Ailton José Alves
PROJEFÉRIAS 2025.1 – A INFLUÊNCIA DE JESUS NA VIDA CRISTÃ (MT 11.29)
Estudo 01 – A influência de Jesus nos sentimentos humanos: raiva, inveja, cobiça.
TEXTO BASE: Mt 5. 21-26
INTRODUÇÃO. Fomos chamados a nos assemelhar a Cristo, permitindo sua influência constante em nossa vida. Isso
inclui adotar seus padrões e atitudes, controlando sentimentos como raiva, inveja e cobiça. Sendo assim, Cristo se tornará
visível em nossas ações e comportamentos. Hoje, estudaremos sobre este importante tema.
I – DEFINIÇÃO DE SENTIMENTOS. No hebraico, "sentimento" pode ser relacionado a termos como "leb" (coração),
representando emoções, pensamentos e vontade. No grego, é associado a palavras como "pathos", que denota paixões ou
emoções profundas. Em ambas as línguas, sentimentos envolvem o centro interior do ser humano, abrangendo emoções,
intelecto e espiritualidade. Por isso, nossos sentimentos precisam estar sempre sobre o domínio de Cristo, já que, Ele deve
ser o direcionador de nossas ações.
II – SENTIMENTOS HUMANOS DISTORCIDOS PELO PECADO. Precisamos entender que o pecado deformou
nossos sentimentos, aquilo que antes era perfeito e bom, agora se tornou terrível e por vezes destrutivo a nós mesmos e ao
nosso próximo, a quem deveríamos amar (Mt 22. 39). Vejamos agora alguns sentimentos que infelizmente poderemos sentir
e que estão distorcidos pelo pecado:
1. A IRA (raiva). É uma emoção intensa de descontentamento ou indignação, geralmente provocada por uma ofensa,
injustiça ou frustração. Pode ser expressa de forma controlada, como uma reação justa a uma situação errada, ou de
forma descontrolada, levando a comportamentos agressivos. O apóstolo Paulo reconheceu que é possível um crente
irar-se, quando disse: “Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Ef 4.26). O termo grego para
ira é thumos e significa “raiva” ou “fúria” que podem acarretar agressões físicas e verbais. A Palavra de Deus nos
adverte quanto aos perigos da ira e como podemos superá-la (Sl 37.8; Pv 1919; 29.22; Ef 4.31; 6.4; Cl 3.8; Tg 1.19).
2. A INVEJA. É um misto de ódio, desgosto e pesar pelo bem e felicidade de outrem; é o desejo violento de possuir o
bem do próximo. No hebraico a expressão aparece por quarenta e duas vezes no AT (Jó 5.2; Pv 14.30; Ec 4.4; Is 11.13;
Ez 35.11...). No grego o vocábulo ocorre por nove vezes (Mt 27.18; Mc 15.10; Rm 1.29; Gl 5.21; Fl 1.15; 1Tm 6.4; Tt
3.3; Tg 4.5; 1Pe 2.1). A inveja é sempre um sentimento negativo, ao passo que o zelo pode ser negativo ou positivo. A
palavra portuguesa para inveja vem do latim que significa: “olhar contra”, ou seja, olhar para alguém de modo
contrário.
3. A COBIÇA. É definida como o desejo desordenado de adquirir coisas, posição social, fama, proeminência secular ou
religiosa etc. Pode incluir a tentativa de apossar-se do que pertence ao próximo. Este pecado é listado entre os frisados
por Paulo, em Ef 4.19; aparece na lista dos vícios dos povos pagãos, em Rm 1.29. Apesar da cobiça não ser
especificamente listada entre as obras da carne em Gl 5.19-21, ela é uma das causas de várias daquelas obras carnais,
como o adultério, o ódio, as dissensões, a beligerância que é a pessoa que suscita guerras etc.
III – COMO PODEMOS CONTROLAR TAIS SENTIMENTOS? Todos nós estamos sujeitos aos desejos pecaminosos;
a fim de podermos seguir a orientação do Espírito Santo, devemos, decididamente, enfrentá -los e crucificá-los (Gl 5.24).
Para se viver de modo que agrade ao Senhor, é preciso crucificar as paixões que brotam na carne e as concupis cências, e
ter a certeza de que Deus sempre nos dá o êxito (1Co 15.57; Gl.5.24). como fazer isso? Buscando a santificação, pois ela
requer que o crente mantenha:
a) Profunda comunhão com Cristo (Jo 15.4) e mantenha a comunhão com os crentes (Ef 4.15,16);
b) Dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça à Palavra de Deus (Jo 17.17); e mortifique o pecado (Rm 6);
c) Submeta-se à disciplina de Deus (Hb 12.5-11) e continue cheio do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).
CONCLUSÃO. O fruto da temperança suscitado pelo Espírito Santo opõe-se a todas as obras da natureza pecaminosa
carnal e humana. Ao longo da vida terrena, precisamos exercer o governo disciplinado sobre os desejos da carne. O melhor
antídoto contra as obras da carne é estar cheio do Espírito Santo, porque desta maneira estaremos sob o seu controle. E
estaremos nos submetendo a Cristo, nos tornando parecidos com Ele.