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Programa Seminário de Pesquisa-2025.1

A disciplina de Seminário de Pesquisa e Metodologia em História Social visa aprofundar a reflexão teórica e metodológica dos mestrandos, através da análise crítica de seus projetos de pesquisa. O curso é estruturado em reuniões quinzenais, abordando temas como a relação entre História e conhecimento, e culmina na elaboração de um inventário analítico de fontes. A avaliação final considera a participação dos alunos e a entrega do inventário, que deve incluir uma lista de fontes e um plano de coleta de dados.

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Programa Seminário de Pesquisa-2025.1

A disciplina de Seminário de Pesquisa e Metodologia em História Social visa aprofundar a reflexão teórica e metodológica dos mestrandos, através da análise crítica de seus projetos de pesquisa. O curso é estruturado em reuniões quinzenais, abordando temas como a relação entre História e conhecimento, e culmina na elaboração de um inventário analítico de fontes. A avaliação final considera a participação dos alunos e a entrega do inventário, que deve incluir uma lista de fontes e um plano de coleta de dados.

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CENTRO DE HUMANIDADES

Pós-Graduação em História Social


Disciplina: Seminário de Pesquisa e Metodologia (2025.1)
Professor: Jailson Pereira da Silva

Disciplina organizada por Linhas de Pesquisa, com reuniões quinzenais, incluindo os docentes e os
mestrandos que as compõem. Objetiva-se nesta disciplina, a partir da leitura crítica dos projetos
apresentados pelos alunos selecionados, proporcionar o aprofundamento teórico/metodológico que
permita precisar a temática, redefinir e adequar, se necessário, os procedimentos de pesquisa com
vistas à elaboração da proposta de estudos. A bibliografia a ser trabalhada será definida pelo
conjunto de professores que integram cada uma das linhas, considerando os objetos e os interesses
dos mestrandos.

APRESENTAÇÃO
A elaboração de uma dissertação em história é um processo de produção de conhecimento que exige
uma reflexão incessante sobre seus diversos passos: a definição (cronológica, espacial e temática) do
objeto e sua problematização, a seleção, classificação e análise das fontes que acompanham e
fundamentam os argumentos, o estabelecimento de um método para a análise, o diálogo entre teoria
e evidências empíricas, o vai-e-vem do problema para as fontes e vice-versa, o diálogo entre as
fontes e a bibliografia, a construção do texto, a forma de apresentação dos resultados da pesquisa.
A disciplina Seminário de Dissertação pretende ser, portanto, um espaço de reflexão coletiva sobre
essas questões fundamentais do trabalho do historiador, avaliando o andamento da pesquisa dos
alunos, apresentando-lhes caminhos que possam ser úteis para a continuidade do trabalho, que os
ajudem a tomar decisões em relação à pesquisa, encaminhando-os para a elaboração do texto para o
exame de qualificação.

OBJETIVOS:

― Discutir com os discentes as suas propostas de pesquisa (GERAL)-


― Organizar o levantamento de elementos empíricos da investigação, tematizá-los e indicar (quando
possível) expectativas de análise.
― Orientar os pesquisadores na construção dos marcos de problematizações e de seus referencias
teórico-metodológicos.
― Pensar campos epistêmicos não hegemônicos e sua relação com o conhecimento histórico
― Propor e pensar, quando possível, a incorporação desses campos às propostas de pesquisa.

METODOLOGIA
Nessa proposta, a disciplina organiza-se em dois momentos distintos, mas não separados. No
primeiro, propõe-se a análise de obras que circulem por questões consideradas incontornáveis nos
labirintos da história. Aqui destacam-se temas como: a relação entre História e conhecimento, a
dimensão metodológica do fazer histórico, a problemática dos documentos, os objetos e os tempos
da História. No segundo momento, busca-se uma discussão coletiva acerca das propostas de
pesquisa. Anseia-se por perceber possíveis avanços resultantes da contínua reflexão sobre essas
propostas, o que elucida os caminhos de aproximação entre os temas/ problemas apresentados e as
linhas de pesquisa do Programa de Pós-graduação em História Social da UFC.

AVALIAÇÃO
Além das apresentações das propostas de pesquisa, das contribuições nas discussões bibliográficas,
outro trabalho básico da disciplina é a constituição de um inventário analítico de materiais
empíricos.

Deverá ser elaborado como um índice analítico dos registros a serem analisados. Em sua elaboração,
tentem dar ênfase à:
a) Listagem das fontes. Por exemplo: Se pretendo trabalhar com o Jornal “Diário do
Nordeste”, preciso pensar questões como: por que esse jornal e não outro? Como é seu
acesso e materialidade? Quem é responsável pela guarda? (controle do arquivo). Enfim, liste
fontes de acordo com a sua natureza; faça comentários descrevendo os materiais e suas
características; possibilidade de usá-los; indicações de guarda e acesso.
b) Indicação do momento de exploração das fontes pesquisa. Pensar “em que momento da
pesquisa eu estou?” Conheço essas fontes? Já as li, quando da elaboração do projeto? Já sei o
que procurar? Por exemplo: Quando leio o “jornal x”, vou direto à coluna do “Fulaninho”,
pois ele é meu foco. Também fale das ferramentas de pesquisa que tem utilizado, como por
exemplo, palavras-chaves, quando se pesquisa em jornais na Hemeroteca Digital da
Biblioteca Nacional.
c) Apresentação de como, potencialmente, as fontes listadas ajudam na escrita do
trabalho. Se possível, coloquem o inventário em diálogo com os capítulos e pensem quais
questões de pesquisa as fontes ajudam a responder. (Voltem e olhem os objetivos de vocês.
Já os transformaram em perguntas?)
d) Apresentação de um plano de coleta de dados, em diálogo com referências
bibliográficas. Em qual momento de seu cronograma está prevista a pesquisa, o
enfrentamento das fontes? (Releia o texto “Febvre contra a história historizante)

BIBLIOGRAFIA
A bibliografia completa será indicada de acordo com a necessidade teórico-metodológica,
referenciada a partir da leitura dos projetos, e de acordo com as orientações individuais. Por hora,
seguem as referências completas de alguns dos textos que dialogam com a proposta da disciplina.
(Em azul, leituras fulcrais; em amarelo, textos sugeridos; sem marcação, indicações mais temáticas e
de estilo)
AGUALUSA, José Eduardo. O vendedor de passados. Rio de Janeiro: Gryphus, 2004.
ARENDT, Hanna. Entre o passado e futuro. São Paulo: Perspectiva, 2005.
BALLESTRIN, Luciana. América Latina e o giro decolonial. Revista Brasileira de Ciência Política,
nº11. Brasília, maio - agosto de 2013, pp. 89-117
BHABHA, Homi K. O Local da Cultura. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
BORGES, Jorge Luis. O livro dos seres imaginários. Rio de Janeiro: Cia das Letras, 2007.
CANCLINI, Néstor Garcia. Culturas híbridas. São Paulo: EDUSP, 2015.
CASTORIADIS, Cornelius. O Social-histórico. In: A instituição imaginária da sociedade. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1992. (p.p. 201-257) RBCS Vol. 27 n° 80 outubro/2012
CATROGA, Fernando. Recordação e esquecimento. In: Os passos do homem como restolho do
tempo. Coimbra: Edições Almedina, 2011. (p.p. 09-32)
CERTEAU, Michel. História e Psicanálise. Belo Horizonte: Autêntica, 2012
DIAS, Inês; FAZENDA, Maria do Mar & DUARTE, Suzana N. (ed). O que é o arquivo? Lisboa:
Documenta, 2018.
DIDI-HUBERMAN, Georges. Imagens apesar de tudo. Lisboa: KKYM, 2012.
FARGE, Arlette. Lugares para a História. Belo Horizonte: Autêntica, 2011. (Coleção História e
Historiografia- vol. 4)
FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense-universitária, 1987.
GINZBURG, Carlo. Relações de força: História, retórica e prova. São Paulo: Cia das Letras, 2002.
HARTOG, François. Evidência da História: o que os historiadores veem. Belo Horizonte, Autêntica,
2011. (Coleção História e Historiografia- vol. 5)
HARTOG, François. Regimes de Historicidade: Presentismo e Experiência do tempo. Belo
Horizonte, Autêntica, 2011. (Coleção História e Historiografia- vol. 8) (particularmente, capítulo 4.
(“Memória, história, presente”)
HUNT, Lynn (org.). A Nova História Cultural. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
JAQUET, Gabriela Menezes. Discursivo não-discursivo: Acontecimento Em Foucault, Deleuze E
Veyne. Sapere Aude, 7(14), 715–731. https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2016v7n14p715
KLEIN, Étienne. O tempo que passa(?) São Paulo: Editora 34, 2019.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: ed. 34, 2018.
LOWENTHAL, D., Haddad, T. L., & Maluf, R. técnica: M. (2012). COMO CONHECEMOS O
PASSADO. Projeto História : Revista Do Programa De Estudos Pós-Graduados De História, 17.
Recuperado de https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/11110
OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos
ocidentais de gênero /Oyèrónkẹ Oyěwùmí; tradução wanderson flor do nascimento. – 1. ed. – Rio de
Janeiro: Bazar do Tempo, 2021, 324 p. in https://www.professores.uff.br/ricardobasbaum/wp-
content/uploads/sites/164/2022/05/Oyewumi_Oyeronke_A_Invencao_das_Mulheres.pdf
PROST, Antoine. Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.
REIS, Eliana Lourenço de Lima. Pós-colonialismo, identidade e mestiçagem cultural: a literatura de
Wole Soyinka. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2011.
ROUDINESCO, Elisabeth. A análise e o arquivo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006
RUNIA, Eelco. Moved by the past: discontinuity and historical mutation. New York: Columbia
University Press, 2014.
SILVA, Tomaz Tadeu da. Identidade e Diferença: a perspectiva dos estudos culturais. Petrópolis:
Vozes, 2000.
SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: ed. UFMG, 2010.
WHITE, Hayden. Meta-história: A imaginação histórica no século XIX. São Paulo: EDUSP, 2008.

CALENDÁRIO DAS ATIVIDADES

DATA PROGRAMAÇÃO
01/04/2025 Início do Semestre
08/04/2025 Seminário Interno da Pós-Graduação em História
15/04/2025 Introdução dos temas de pesquisa (apresentação da Disciplina)
22/04/2025 Tema do Encontro: O Arquivo e a História
DIAS, Inês; FAZENDA, Maria do Mar & DUARTE, Suzana N. (ed). O que
é o arquivo? Lisboa: Documenta, 2018
ROUDINESCO, Elisabeth. A análise e o arquivo. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2006
29/04/2025 Tema do Encontro: O Arquivo e a História
DIAS, Inês; FAZENDA, Maria do Mar & DUARTE, Suzana N. (ed). O que
é o arquivo? Lisboa: Documenta, 2018
ROUDINESCO, Elisabeth. A análise e o arquivo. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2006

06/05/2025 Tema do Encontro: Objeto e acontecimento


CERTEAU, Michel. História e Psicanálise. Belo Horizonte: Autêntica, 2012
FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense-
universitária, 1987.
FOUCAULT (Ditos e escritos, vol. IV)
JAQUET, Gabriela Menezes. Discursivo não-discursivo: Acontecimento Em
Foucault, Deleuze E Veyne. Sapere Aude, 7(14), 715–731.
https://doi.org/10.5752/P.2177-6342.2016v7n14p715
13/05/2025 Tema do Encontro: Lugares para História
FARGE, Arlette. Lugares para a História. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
(Coleção História e Historiografia- vol. 4)
20/05/2025 Tema do Encontro: Lugares para História
FARGE, Arlette. Lugares para a História. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
(Coleção História e Historiografia- vol. 4)
27/05/2025 Tema do Encontro: Tempo e Documento
DIDI-HUBERMAN, Georges. Imagens apesar de tudo. Lisboa: KKYM,
2012.
HARTOG, François. Evidência da História: o que os historiadores veem.
Belo Horizonte, Autêntica, 2011. (Coleção História e Historiografia- vol. 5)
HARTOG, François. Regimes de Historicidade: Presentismo e Experiência
do tempo. Belo Horizonte, Autêntica, 2011. (Coleção História e
Historiografia- vol. 8) (particularmente, capítulo 4. (“Memória, história,
presente”)
KLEIN, Étienne. O tempo que passa(?) São Paulo: Editora 34, 2019.

03/06/2025 Tema do Encontro: Tempo e Documento


DIDI-HUBERMAN, Georges. Imagens apesar de tudo. Lisboa: KKYM,
2012.
HARTOG, François. Evidência da História: o que os historiadores veem.
Belo Horizonte, Autêntica, 2011. (Coleção História e Historiografia- vol. 5)
HARTOG, François. Regimes de Historicidade: Presentismo e Experiência
do tempo. Belo Horizonte, Autêntica, 2011. (Coleção História e
Historiografia- vol. 8) (particularmente, capítulo 4. (“Memória, história,
presente”)
KLEIN, Étienne. O tempo que passa(?) São Paulo: Editora 34, 2019.
10/06/2025 Apresentação das propostas de pesquisa (inventário de fontes)-
17/06/2025 Apresentação das propostas de pesquisa (inventário de fontes)-
24/06/2025 Apresentação das propostas de pesquisa (inventário de fontes)-

01/07/2025 Apresentação das propostas de pesquisa (inventário de fontes)-


08/07/2025 Apresentação das propostas de pesquisa (inventário de fontes)-
15/07/2025 Apresentação das propostas de pesquisa (inventário de fontes)-
22/07/2025 Apresentação das propostas de pesquisa (inventário de fontes)-
29/07/2025 Encerramento da disciplina

AVALIAÇÃO:

A nota final da disciplina será baseada na avaliação da participação do aluno à disciplina e do


trabalho final a ser entrega no formato do Inventário Analítico dos Materiais Empíricos,
acompanhado do Plano de Coleta de dados para 2023 e do Tratamento Bibliográfico.

INVENTÁRIO ANALÍTICO DE MATERIAIS EMPÍRICOS:

É o trabalho básico da disciplina, a ser apresentado a partir do final do mês de maio 2023.
Deverá ser elaborado como um índice analítico dos registros a serem analisados, contendo o
arrolamento das fontes de acordo com a sua natureza, comentários descrevendo os materiais e suas
características, a possibilidade de usá-los para construir uma abordagem, indicações de guarda e
acesso.

Ex.: 1- FONTE: Anais do Congresso Agrícola de 1878


Publicada pela Fundação Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro, 1988.

Característica: Trata-se dos depoimentos dos proprietários de terras e escravos da província


do sul do Império que se reuniram no Rio de Janeiro sob convocatória do visconde de Sinimbu,
Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas do Gabinete Liberal de 1878. Contém a lista dos
proprietários, identificando as suas respectivas origens, as atas de eleição dos representantes de
cada região das províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, as respostas que fizeram
ao questionário elaborado pelo Ministro, que consta perguntas como: “Em sua região, há carência
de braços para a lavoura?’’, os projetos apresentados sobre imigração e tentativas de realizar a
transição do trabalho escravo para o trabalho livre e que foram discutidos no Congresso, os
discursos e debates proferidos.
Comentário: O Congresso permitiu pela primeira vez no Brasil que os proprietários falassem
claramente, e diretamente ao governo, sem os artifícios da representação parlamentar, sobre as
preocupações da classe proprietária de terras e escravo num momento crucial da transição, que havia
sido colocado a partir da lei de 1871. É uma fonte de pesquisa importante para a minha problemática
porque evidencia de forma direta os projetos de transição, podendo ser identificadas inclusive, as
divergências entre as regiões, permitindo conhecer aquelas áreas mais dependentes da força de
trabalho escravo. Além disso, através dos debates e projetos apresentados poderei discutir qual o
horizonte de incorporação do trabalhador nacional que se objetivavam naquele momento.
Guarda e acesso: Possuo exemplar.

PLANO DE COLETA DE DADOS:

É indicação dos registros a serem coletados durante o primeiro ano do Mestrado, aqueles que
irão constituir a base documental da dissertação. Um plano inicial deverá ser apresentado nos
seminários que iniciam a disciplina e que será complementado no seminário final.

TRATAMENTO BIBLIOGRÁFICO:

Parte constituinte do trabalho final da disciplina. Deverá ser composto de uma tematização
das leituras realizadas e a realizar, com as fichas bibliográficas, relacionadas à abordagem teórico-
metodológica desenvolvida em relação às problematizações (a serem apresentadas) e às temáticas
envolvidas na construção do objeto.

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