COLÉGIO CENECISTA MÁRIO QUINTANA
GEOGRAFIA
Guerra Fria
Ana Clara De Cól Zanchi
Orientador William Bobsin Tietbohl
3° Ano E.M.
Encantado - RS, Abril de 2025.
INTRODUÇÃO
A Guerra Fria, período de tensão geopolítica entre Estados Unidos e União Soviética
após a Segunda Guerra Mundial. Essa polarização marcou o mundo de 12 de março de 1947
(data do discurso de Truman, então presidente dos EUA, anunciando a guerra contra o
comunismo) a 26 de dezembro de 1991 (data da renúncia de Gorbatchev, último presidente
soviético), causando diversos conflitos em outros países.
A Guerra Fria foi uma consequência direta do fim da Segunda Guerra Mundial e de
como se configurou o mundo após aquele conflito, com a disputa de duas potências com
modelos políticos e econômicos completamente distintos: de um lado, os Estados Unidos
(EUA), capitalista, e, do outro, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS),
socialista. Ambos buscavam conquistar novos países sob seu domínio e estabelecer uma nova
hegemonia mundial.
Foi marcada também por uma intensa corrida armamentista e pela disputa por influência
global. Ambas as superpotências investiram maciçamente no desenvolvimento de armas
nucleares e tecnologias militares avançadas, buscando superar uma à outra em poderio bélico.
Esse cenário de rivalidade também se estendeu ao campo espacial, culminando na chamada
corrida espacial, onde eventos como o lançamento do satélite soviético Sputnik I, em 1957 e a
chegada do homem à Lua pelos norte-americanos, em 1969, evidenciaram a competição
tecnológica entre as nações.
A crise econômica da União Soviética, agravada a partir da década de 1970, foi
intensificada pela Guerra do Afeganistão e pelo acidente nuclear de Chernobyl em 1986. O
governo de Mikhail Gorbachev tentou reestruturar o país com as políticas de perestroika
(reformas econômicas) e glasnost (maior abertura política), mas a dissolução da URSS se
concretizou em 1991 com sua renúncia.
Com o colapso soviético, a Guerra Fria chegou ao fim, facilitando a integração da ex-
URSS ao Ocidente, especialmente no âmbito econômico. Diversos países surgiram no Leste
Europeu e em outras regiões, como Ucrânia, Bielorrússia e Cazaquistão. A antiga União
Soviética voltou a ser Rússia.
A União Europeia foi fortalecida, enquanto a OTAN, liderada pelos EUA, manteve sua
influência militar. O mundo passou a adotar um sistema amplamente capitalista, encerrando a
polarização ideológica do período da Guerra Fria.
Dentro desse contexto global, a Ásia foi palco de transformações significativas,
destacando-se a Revolução Chinesa e a Guerra da Coreia. A Revolução Chinesa, consolidada
em 1949, resultou na ascensão do Partido Comunista Chinês ao poder, estabelecendo a
República Popular da China sob a liderança de Mao Tsé-tung. Pouco depois, em 1950, eclodiu
a Guerra da Coreia, conflito que dividiu a península coreana em dois estados distintos,
refletindo diretamente a polarização ideológica da Guerra Fria.
DESENVOLVIMENTO
Revolução Chinesa e Guerra da Coréia
A Revolução Chinesa foi resultado de um longo período de conflitos na China. No
começo do século XX, a queda da dinastia Qing, também conhecida como dinastia Manchu,
em 1911, levou à criação de uma república frágil, marcada por disputas internas e pela
interferência de potências estrangeiras. O Kuomintang (Partido Nacionalista), liderado por Sun
Yat-sen e depois por Chiang Kai-shek, tentou unificar e modernizar o país. Ao mesmo tempo,
o Partido Comunista Chinês (PCC), fundado em 1921, crescia entre camponeses e
trabalhadores, defendendo reformas sociais e agrárias.
Inicialmente, nacionalistas e comunistas se uniram contra os senhores da guerra que
dominavam diferentes partes da China, e eram mediados pela União Soviética. Mas, com o
tempo, as diferenças ideológicas levaram a conflitos. Nos anos 1930, sob a liderança de Chiang
Kai-shek, os comunistas começaram a usar táticas de guerrilha e realizaram a Longa Marcha
(1934-1935) - uma retirada estratégica, onde percorreram cerca de 10 mil quilômetros, saindo
das regiões de Jiangxi e Fujian para se estabelecer em Yanan - que fortaleceu Mao Tse-tung
como líder do movimento.
Durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), os nacionalistas e comunistas
fizeram uma trégua para lutar contra a invasão japonesa. Mas, depois da derrota do Japão, a
guerra civil recomeçou. O PCC tinha mais organização e apoio popular, conseguindo vencer os
nacionalistas, que fugiram para Taiwan. No dia 1º de outubro de 1949, Mao Tsé-tung proclamou
a República Popular da China, dando início a reformas socialistas que mudaram
profundamente o país, como a coletivização das terras e o fortalecimento do Estado no controle
da economia.
A Guerra da Coréia começou depois que a Península Coreana, que estava sob domínio
japonês até o fim da Segunda Guerra Mundial, foi dividida no Paralelo 38: ao norte, um
governo comunista, liderado por Kim ll-sung e apoiado pela União Soviética; ao sul, um
governo capitalista, liderado por Syngman Rhee e apoiado pelos Estados Unidos. Essa divisão
aconteceu por conta da rivalidade da Guerra Fria.
No dia 25 de junho de 1950, a Coreia do Norte invadiu a Coreia do Sul para unificar o
país sob o regime comunista. Os norte-coreanos avançaram rápido e quase tomaram todo o
território do sul. Em resposta, os EUA, junto com forças da ONU, lançaram uma contraofensiva
e empurraram os norte-coreanos de volta para o norte, chegando perto da fronteira com a China.
Preocupado com a presença das tropas americanas tão perto, o governo de Mao Tse-
tung enviou um grande número de soldados chineses para ajudar a Coreia do Norte. Os
combates foram intensos e estabilizaram a guerra perto do Paralelo 38. Depois de três anos de
batalhas e muitas mortes, um armistício foi assinado em 27 de julho de 1953, criando uma zona
desmilitarizada entre as duas Coreias. No entanto, um tratado de paz formal nunca foi assinado,
deixando os dois países tecnicamente em guerra até hoje.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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