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Aulas 5, 6 e 7

O documento aborda o Classicismo e o Renascimento, destacando sua importância na literatura e cultura europeia entre os séculos XIV e XVI. O Renascimento promoveu o humanismo, antropocentrismo, cientificismo e racionalismo, influenciando a arte, ciência e filosofia, com figuras notáveis como Leonardo da Vinci e Nicolau Copérnico. Além disso, o Renascimento transformou o pensamento europeu, questionou o poder da Igreja e trouxe avanços significativos nas ciências.
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Aulas 5, 6 e 7

O documento aborda o Classicismo e o Renascimento, destacando sua importância na literatura e cultura europeia entre os séculos XIV e XVI. O Renascimento promoveu o humanismo, antropocentrismo, cientificismo e racionalismo, influenciando a arte, ciência e filosofia, com figuras notáveis como Leonardo da Vinci e Nicolau Copérnico. Além disso, o Renascimento transformou o pensamento europeu, questionou o poder da Igreja e trouxe avanços significativos nas ciências.
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*Aulas 5, 6 e 7

Nesta aula vamos falar sobre o Classicismo, os movimentos de grande importância para a literatura portuguesa, o período de transição entre a
Idade Média e o Renascimento, que foi marcado pela retomada de valores.

O Renascimento foi um movimento cultural e artístico que surgiu na Europa entre os séculos XIV e XVI, marcando a transição da Idade Média
para a Idade Moderna. Ele teve início na Itália e se espalhou por toda a Europa, influenciando a arte, a ciência, a filosofia e a sociedade.

O Renascimento ajudou a moldar o mundo moderno, promovendo o pensamento crítico e incentivando descobertas que mudaram a história.

1. Contexto Histórico

Crise da Idade Média: A Europa enfrentava mudanças devido à Peste Negra, ao declínio do feudalismo e ao crescimento das cidades.

Fortalecimento da burguesia: Comerciantes e banqueiros passaram a financiar artistas e pensadores, estimulando o florescimento cultural.

Invenção da imprensa: Criada por Gutenberg (c. 1450), ajudou na disseminação de livros e ideias.

Expansões marítimas: O contato com novas culturas impulsionou conhecimentos e descobertas científicas.

2. Características Principais do Renascimento

a) Humanismo

Valorização do ser humano, da razão e da educação.

Rejeição do pensamento medieval baseado no teocentrismo.


Grande interesse pelos textos clássicos da Grécia e Roma.
Um exemplo de humanismo no Renascimento é a obra "Oração pela Dignidade do Homem", escrita por Pico della Mirandola em 1486. Esse
texto é considerado um dos manifestos do pensamento humanista, pois enfatiza a liberdade e o potencial ilimitado do ser humano
Pico della Mirandola argumentava que o homem não estava preso a um destino fixo, mas podia se transformar através do conhecimento e da
escolha. Essa visão contrastava com a ideia medieval de que tudo era determinado por Deus e pela Igreja, colocando o ser humano no centro
das preocupações filosóficas e intelectuais.

Esse pensamento influenciou a arte, a ciência e a política do Renascimento, levando a avanços como a valorização da educação, o
desenvolvimento da perspectiva na pintura e as descobertas científicas que marcaram a época.

b) Antropocentrismo

O homem é o centro do conhecimento e não mais Deus.

Ênfase na observação da natureza e do mundo real.


Outro exemplo de antropocentrismo no Renascimento é a escultura "Davi", de Michelangelo (1501-1504).

Essa obra representa o herói bíblico Davi com um corpo detalhadamente esculpido, destacando sua força, beleza e expressão confiante.
Diferente das representações medievais, que enfatizavam o aspecto religioso e simbólico das figuras, Michelangelo valorizou a anatomia
humana e a perfeição física, refletindo a visão renascentista do homem como centro do universo.

Além da arte, esse antropocentrismo também influenciou a ciência e a filosofia, promovendo o estudo do corpo humano, a exploração do
mundo e o desenvolvimento do pensamento racional.

c) Cientificismo

Busca pelo conhecimento baseado na experiência e no método científico.

Questionamento das explicações religiosas sobre fenômenos naturais.


Um exemplo de cientificismo no Renascimento é a teoria heliocêntrica de Nicolau Copérnico (1473-1543).

Antes do Renascimento, a visão predominante era o geocentrismo, defendido pela Igreja, que afirmava que a Terra era o centro do universo.
Copérnico, com base em observações astronômicas e cálculos matemáticos, propôs que o Sol, e não a Terra, estava no centro do sistema
solar. Essa teoria foi publicada em seu livro "De revolutionibus orbium coelestium" (1543).

O trabalho de Copérnico abriu caminho para a Revolução Científica, influenciando cientistas como Galileu Galilei e Johannes Kepler, que
usaram métodos experimentais e matemáticos para comprovar e aperfeiçoar essa teoria. Esse processo refletiu o espírito cientificista do
Renascimento, que priorizava a razão, a observação e a experiência como formas de compreender o mundo.

d) Racionalismo

Desenvolvimento do pensamento crítico e do uso da lógica.

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Um exemplo de racionalismo no Renascimento é o pensamento de René Descartes (1596-1650), considerado o pai da filosofia moderna.

Descartes propôs que o conhecimento deveria ser baseado na razão e na dúvida metódica, em vez da tradição ou da fé. Sua famosa frase
"Cogito, ergo sum" ("Penso, logo existo") resume essa ideia: o único conhecimento indiscutível é o fato de que pensamos, e a partir disso
podemos construir um entendimento racional do mundo.

Esse racionalismo influenciou não só a filosofia, mas também a ciência, ao incentivar métodos de investigação baseados na lógica, na
matemática e na experimentação, como os desenvolvidos por Galileu Galilei e Isaac Newton.

e) Naturalismo e Realismo na Arte


Representação fiel do corpo humano e da natureza.

Uso da perspectiva para dar profundidade às pinturas.

Um exemplo claro de naturalismo e realismo na arte do Renascimento é a pintura "A Virgem e o Menino com Santa Ana", de Leonardo da
Vinci.

Naturalismo: Da Vinci aplicou uma técnica refinada de sombreamento (chamada "sfumato") e estudou a anatomia humana para criar figuras
mais naturais e realistas. As expressões faciais e os gestos das figuras são mais humanos e expressivos, refletindo a observação direta da
natureza.

Realismo: A obra também reflete um realismo ao representar as figuras de forma não idealizada. Por exemplo, a relação entre a Virgem Maria
e Santa Ana é retratada com proximidade e naturalidade, com um foco nas interações genuínas entre as pessoas. As texturas e detalhes,
como as roupas e o fundo da paisagem, são tratados com grande realismo, buscando mostrar a cena o mais próximo possível da vida
cotidiana.

3. Grandes Nomes do Renascimento

Na Arte

Leonardo da Vinci (1452-1519) – "Mona Lisa", "A Última Ceia".

Michelangelo (1475-1564) – Teto da Capela Sistina, "Davi".

Rafael Sanzio (1483-1520) – "Escola de Atenas".

Na Ciência

Nicolau Copérnico – Desenvolveu a teoria heliocêntrica (o Sol no centro do universo).


Galileu Galilei – Melhorou o telescópio e comprovou o heliocentrismo.

Johannes Kepler – Descobriu as órbitas elípticas dos planetas.

Na Literatura

William Shakespeare – Escritor inglês, autor de "Hamlet", "Romeu e Julieta".

Luís de Camões – Autor de "Os Lusíadas", que exalta as navegações portuguesas.

4. Impactos do Renascimento
Transformação do pensamento europeu: Maior valorização do conhecimento e da razão.

Reformas Religiosas: Questionamento do poder da Igreja, levando à Reforma Protestante.

Avanços científicos: Desenvolvimento da astronomia, medicina e matemática.

Influência na arte: Uso da perspectiva, equilíbrio e harmonia nas obras.

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